Desafio Profissional - Problemas enfrentados pelo Corpo de Enfermagem de um Hospital

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Gestão Hospitalar

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1 Potenciais Problemas de Sade Inerentes s Atividades Realizadas por Profissionais do Setor de Enfermagem do Hospital Princesa do Agreste

Em face da necessidade de se manter um atendimento com alto padro de qualidade e excelncia aos seus clientes-usurios, a direo do Hospital Princesa do Agreste props ao seu Gestor Hospitalar o levantamento dos potenciais problemas de sade que mais acometem seus profissionais de Enfermagem.Nesse sentido, e aps o levantamento, a coleta e a anlise dos dados junto ao setor de Segurana e Medicina do Trabalho do referido Hospital, pde-se identificar e constatar que os problemas de sade que mais acometem os profissionais de Enfermagem dessa instituio hospitalar so: Acidentes de trabalho, como os acidentes com material perfurocortante e os acidentes causados por substncias qumicas (Ribeiro; Shimizu, 2007), posto que os profissionais de Enfermagem cotidianamente manuseiam instrumentos perfurocortantes durante os procedimentos que realizam (Marziale; Rodrigues, 2002; Lima; Pinheiro; Vieira, 2007) e tambm diversos tipos de substncias qumicas que, por sua vez, ao mesmo tempo em que podem promover a sade ao paciente, podem trazer riscos sade desses profissionais, destacando-se que muitos desses acidentes de trabalho ocorrem justamente pela falta do uso ou pelo uso incorreto dos EPIs equipamentos de proteo individual (ROBAZZI; XELEGATI, 2003; COSTA; FELLI, 2004); Doenas ocupacionais, como as doenas osteomusculares relacionadas ao trabalho (incluindo-se aqui as lombalgias, as ombralgias e as cervicalgias, geralmente causadas nos enfermeiros pela manuteno de posturas estticas, por perodos prolongados ou resultantes de traumas cumulativos que ocorrem com freqncia devido aos cuidados prestados diretamente aos pacientes) (Gurgueira; Alexandre; Corra Filho, 2003; Murofuse; Marziale, 2005) e certos tipos de dermatites ocupacionais, como a dermatite de contato irritativa causada por substncias qumicas irritantes sobre a pele, e a dermatite alrgica de contato causada pelo ltex das luvas de procedimento; Estresse ocupacional, que est justamente relacionado, no caso dos profissionais de enfermagem, com a exposio prolongada e contnua a estressores no meio ambiente laboral, como, por exemplo, carga horria prolongada/sobrecarga no trabalho; fadiga excessiva; burocracia excessiva; o prprio ambiente hospitalar; exposio a climas de grande tenso emocional; baixa remunerao; submisso entre Enfermeiros e Tcnicos de Enfermagem; desgaste fsico e psquico; dentre outros, destacando-se que tambm dentre os profissionais de Enfermagem o estresse excessivo bastante prejudicial sade, podendo levar a diversas patologias, posto o estresse poder afetar tanto o sistema imunolgico, quanto o sistema nervoso e tambm o endcrino, causando, portanto, uma grande variedade de sintomas, como tremores, insnia, sudorese, fadiga, ansiedade, taquicardia, lapsos de memria, desmotivao, dentre muitos outros, podendo levar o profissional de enfermagem a uma queda na produtividade no trabalho, ao absentesmo e a um conseqente afastamento da instituio hospitalar, causando, assim, impactos negativos tambm na qualidade dos servios prestados aos clientes-usurios da instituio de sade, merecendo ser aqui ainda mencionada a Sndrome de Burnout, que ocorre quando o estresse relacionado ao trabalho ultrapassa os nveis adaptativos (os limites do estresse ocupacional) e se cronifica no profissional de Enfermagem (COSTA; LIMA; ALMEIDA, 2003; MUROFUSE; ABRANCHES; NAPOLEO, 2005); Violncia no meio ambiente de trabalho, que engloba as agresses verbais e as ameaas; as agresses fsicas; e os assdios moral e sexual, incidentes esses que ao ocorrerem podem acarretar srias conseqncias sade do profissional de Enfermagem, dentre elas conseqncias fsicas, psicolgicas, emocionais, pessoais e profissionais, podendo a violncia ser provocada pelo cliente/paciente e ou ocorrer entre os profissionais de uma mesma instituio hospitalar, destacando-se que os fatores que geram a violncia no ambiente hospitalar geralmente so o contato face a face do profissional e o cliente/paciente; o nmero reduzido de funcionrios do hospital; a frustrao do cliente/paciente diante da espera para o atendimento; a atitude do profissional frente a uma situao estressante; o tipo de cliente/paciente atendido; e pacientes idosos, deprimidos, agitados e usurios de drogas e lcool (MORENO; MORENO, 2004).

2 Plano de Ao

Tem-se que identificados os problemas de sade mais comuns inerentes s atividades realizadas pelos profissionais de Enfermagem do Hospital Princesa do Agreste, e na qualidade de Gestor da supracitada instituio, elaborou-se um Plano de Ao objetivando a alocao de recursos humanos com melhoria no comportamento e desenvolvimento profissional do grupo de colaboradores de Enfermagem do Hospital estudado, tudo isso visando tambm causar um impacto positivo na qualidade da assistncia prestada aos clientes-usurios dos servios hospitalares da mencionada instituio.Tendo em vista que o capital humano o principal ativo de uma empresa, e acreditando-se que a motivao profissional se constitui em um investimento vital para o sucesso do Hospital ora analisado, bem como que um colaborador motivado inspira muitos outros colaboradores, o Plano de Ao aqui elaborado tambm est voltado, por sua vez, para a educao continuada de reciclagem e humanizao com direito a certificados; aplicao de atividades laborais dirias e encontro individual (a critrio do profissional) com o psiclogo, destacando-se que ouvir os colaboradores e procurar aproveit-los da melhor maneira possvel tambm se constitui em um fator bastante relevante para se alcanar xito no objetivo almejado.Nesse sentido, tem-se que passa-se agora a se descrever, de maneira individualizada e detalhada, o Plano de Ao proposto para cada um dos problemas encontrados, visando justamente a implantao da proposta aqui apresentada na instituio hospitalar em estudo, apontando e sugerindo as melhorias que devem ser colocadas em prtica.

2.1 Em Relao aos Acidentes de Trabalho e s Doenas Ocupacionais

O Plano de Ao, em relao aos acidentes de trabalho e s doenas ocupacionais, prope que sejam enfatizados o correto funcionamento e a efetiva atuao do SESMT (Servio Especializado em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho) e da CIPA (Comisso Interna de Preveno de Acidentes) do Hospital ora estudado, tendo em vista que os dois so os instrumentos que os colaboradores de Enfermagem e o Hospital Princesa do Agreste dispem para tratar adequadamente do controle e da preveno de acidentes de trabalho e de doenas ocupacionais, bem como tambm das condies e dos riscos do meio ambiente de trabalho, na medida em que esses dois rgos so responsveis justamente por proteger a integridade (especialmente a fsica) dos trabalhadores e de cuidar de todos os aspectos que potencialmente possam afetar sua sade, quando os rgos supracitados devero tambm realizar a informao e a conscientizao dos colaboradores acerca da importncia e da contribuio do uso adequado dos EPIs (Equipamentos de Proteo Individual) para a reduo e preveno dos acidentes de trabalho e do desenvolvimento de doenas ocupacionais e, consequentemente, para a manuteno da integridade dos trabalhadores.Destaque-se que a CIPA ainda dever ter como obrigatoriedade adicional a confeco do denominado mapa de riscos, que dever ser confeccionado com auxlio do SESMT, tendo justamente como finalidade bsica fazer uma representao grfica do reconhecimento dos riscos existentes nos diversos locais de trabalho do referido Hospital, promovendo a conscientizao e a informao dos trabalhadores do Hospital acerca desses riscos atravs da fcil visualizao dos riscos existentes na instituio.Prope-se ainda que o NCIH (Ncleo de Controle de Infeco Hospitalar) do Hospital passe a trabalhar mais enfaticamente a questo da importncia da preveno dos acidentes de trabalho e de doenas ocupacionais, ministrando aulas e palestras acerca do correto manejo de resduos hospitalares, bem como, por exemplo, acerca da lavagem correta das mos desses profissionais, passando a colocar em todos os setores do Hospital informativos que auxiliem os profissionais quanto ao descarte correto de materiais usados, bem como em todos os lavatrios informativos mostrando os passos para a lavagem adequada das mos.Portanto, a anlise das condies do ambiente de trabalho e a identificao dos principais riscos aos quais os profissionais de Enfermagem esto expostos dentro desse ambiente, um programa de preveno de acidentes de trabalho e de doenas ocupacionais, aes de educao contnua em sade, um trabalho de conscientizao que estimule a participao ativa dos prprios profissionais da Enfermagem acerca dos cuidados ao utilizar e manusear os materiais hospitalares e do correto uso dos EPIs so atitudes de fundamental relevncia para a tomada de medidas preventivas relacionadas aos acidentes de trabalho e s doenas ocupacionais.

2.2 Em Relao ao Estresse Ocupacional

Por sua vez, o Plano de Ao, visando solucionar o problema quanto ao estresse ocupacional e Sndrome de Burnout nos colaboradores de Enfermagem do Hospital estudado, prope inicialmente o desenvolvido de um trabalho de conscientizao frente aos profissionais de Enfermagem do Hospital estudado, possibilitando aos mesmos maneiras que favoream essa conscientizao para que os prprios possam se perceber doentes ou sadios no que se refere ao estresse ocupacional e, posteriormente, Sndrome de Burnout.Assim sendo, de fundamental relevncia para a sade fsica e mental desses colaboradores que os mesmos saibam identificar os sinais e as manifestaes do processo de estresse ocupacional, aprendendo a detectar quais so os estressores no ambiente laboral que desencadeiam esse processo, posto que somente assim podero utilizar mecanismos de enfrentamento eficientes e eficazes para a adaptao dos estressores e, conseqentemente, interromper a evoluo do processo de estresse ocupacional.Portanto, devero ser implementadas estratgias de enfrentamento do estresse para que essa categoria profissional no desenvolva o estresse ocupacional e a Sndrome de Burnout, que so justamente os mecanismos de coping, tanto de ordem individual, como, por exemplo, exerccios fsicos regulares, prticas de relaxamento, ginstica laboral, dietas equilibradas, dinmicas de grupo, atividades de lazer, quanto tambm de ordem organizacional, como, por exemplo, a promoo de ambientes relaxantes, condies de trabalho adequadas, interaes interpessoais saudveis, dentre outros.Destaque-se que outras aes preventivas podem ainda estar sendo asseguradas pela instituio, como proporcionar a esses profissionais melhores e mais satisfatrias condies de trabalho, como melhora no ambiente fsico, nas escalas de trabalho dirio, mensal e de frias; estmulo a relaes mais positivas e colaborativas entre as equipes; melhora das relaes entre chefia e subordinados; oferta de cursos sobre o processo de estresse ocupacional; e oferta de suporte emocional atravs de profissionais especializados. Nesse sentido, tem-se, portanto, que o Hospital deve buscar propostas que viabilizem a diminuio do estresse ocupacional enfrentado por esses profissionais, para que esse estresse no evolua at a Sndrome de Burnout, utilizando certas estratgias como as aqui citadas, que auxiliaro o organismo dos colaboradores de Enfermagem do Hospital a ser capaz de enfrentar as presses dirias sem desenvolver o estresse ocupacional, tendo em vista que compete justamente ao Hospital auxiliar tambm na preservao da sade mental de seus colaboradores, estimulando-os e melhorando a satisfao e as condies de trabalho, bem como consequentemente tambm melhorando a qualidade da assistncia prestada aos pacientes/usurios.

2.3 Em Relao Violncia no Meio Ambiente de Trabalho

Em se tratando da violncia no meio ambiente de trabalho, tem-se que o presente Plano de Ao prope justamente que seja realizado um maior controle ambiental no Hospital, realizando-se monitoramento com cmeras e iluminando-se adequadamente todos os ambientes e corredores, impedindo a entrada de pessoas armadas no interior do Hospital e contratando-se profissionais de segurana para todas as portarias da instituio, bem como tambm que seja realizado um maior controle administrativo, trabalhando-se com uma quantidade justa de servidores/colaboradores de Enfermagem, melhorando as condies de trabalho com nmero adequado de recursos humanos e materiais, de maneira a minimizar principalmente o tempo de espera dos pacientes e o desgaste excessivo dos profissionais de Enfermagem, sendo importante, ainda, melhorar a acomodao para os pacientes e acompanhantes, bem como tambm informar o motivo da demora no atendimento, quando essa demora for inevitvel.Portanto, prope-se que o Hospital estabelea polticas formais e atitudes administrativas propiciadoras de um meio ambiente de trabalho seguro, implementando-se estratgias para inibir qualquer forma de violncia no local de trabalho, atitudes essas que devem ser reforadas justamente por polticas claras e definies documentadas de procedimentos em relao violncia, estabelecendo-se e firmando-se uma cultura do local de trabalho centrada na pessoa, e que tenha por alicerce a dignidade, a no-discriminao, a igualdade de oportunidades e tambm a cooperao, incluindo iniciativas de sensibilizao quanto ao problema da violncia em todos os mbitos. Nesse sentido, devem-se realizar treinamentos com os profissionais de Enfermagem do Hospital, para que os mesmos possam reconhecer e lidar com comportamentos violentos de pacientes, de familiares ou da prpria equipe de sade, tendo em vista que a adequada capacitao dos colaboradores para detectar e evitar situaes crticas e de risco e, por sua vez, adotar posturas e procedimentos adequados diante da violncia reduz significativamente a possibilidade de consequncias srias, bem como que certas preparaes psicolgicas podem tambm minorar as conseqncias psquicas posteriores ao evento violento.Por fim, prope-se, ainda, que seja criado um protocolo sistemtico de registro das formas de violncia ocupacional ocorridas no ambiente do Hospital, formando-se um comit multidisciplinar e implantando-se um programa de preveno de violncia para o referido Hospital, isso tudo baseado nas diretrizes da Organizao Internacional do Trabalho e tambm da Organizao Mundial de Sade.

REFERNCIAS

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