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Desafio de Robótica
Regulamento
O Desafio de Robótica da Semana da Engenharia acontece anualmente no primeiro
dia do evento. Em 2015 o desafio constituiu-se da etapa estadual da OBR (Olimpíada
Brasileira de Robótica). Para a 13ª Semana da Engenharia o Desafio de Robótica será
realizado pelo Comitê Organizador da Semana da Engenharia e acontecerá no dia 22 de
agosto de 2016, no Centro de Convenções de Vitória.
Em um mundo onde a automação, a computação e a mecatrônica ditam o
desenvolvimento industrial, a robótica ganha cada vez mais espaço dentro da engenharia.
O Desafio tem o objetivo de incentivar com espirito esportivo a aplicação prática de
conceitos de engenharia como otimização, programação de computadores, elétrica,
eletrônica e construção mecânica.
O objetivo da competição é que sejam produzidos veículos autônomos terrestres
(UGV - Unmanned Ground Vehicles) capazes de realizar as tarefas propostas no desafio, de
forma mais eficiente possível e se adaptar a eventuais imperfeições no ambiente.
O desafio simula uma trilha em que o robô deverá escolher o caminho correto,
superar e desviar de obstáculos de modo a completar o percurso o mais rapidamente
possível.
A arena constitui-se de 4 salas e 1 ponte, com chão em MDF branco e com as trilhas
marcadas em fita isolante convencional de cor preta, lisa, sem texturas ou marcações.
Poderão ocorrer pequenas imperfeições ou irregularidades no trajeto, cabendo ao robô
superá-lo. Caso seja encontrado algum inconveniente que venha a atrapalhar a maioria dos
competidores, medidas serão tomadas pelos juízes, em comum acordo com as equipes,
durante a competição.
Uma maquete 3D de nossa arena encontra-se disponível no Grabcad
(https://grabcad.com/library/pista-comp-robotica-seng-1). Ela estará disponível em
diversos formatos para download, incluindo pdf 3D. No entanto, para uma melhor
visualização da arena, recomenda-se o uso de algum software 3D capaz de abrir o arquivo,
tais como SolidWorks, Catia, Solid Edge e Inventor.
Tanto o modelo 3D, quanto as imagens aqui dispostas, servem como base para a
pista. No entanto, poderão ocorrer modificações no caminho e disposição de obstáculos
sem aviso prévio, salve alguns pontos citados nas descrições das salas.
A primeira sala visa avaliar o desempenho do robô seguindo linha e superando
obstáculos. O robô deverá partir da Zona de Largada, constituída por um quadrado
30x30cm, onde o circuito em linha começará.
Ao sair da Zona de Largada, o robô estará entrando na sala 1. Nessa sala, serão 3 os
principais obstáculos: curvas de 90°, gaps e redutores de velocidade.
Curvas de 90°: constituem uma das partes mais difíceis de seguir linha. Por meio dela
é possível saber se os sensores para seguir linha foram bem alocados no robô e se o código
foi bem feito para superar tal. Antes e depois de uma curva de 90° haverá pelo menos 15cm
de linha reta, para o robô se alinhar. As curvas de 90° poderão estar presentes em qualquer
quantidade na sala 1.
Gaps: são espaços em branco, ou seja, com
ausência de linha preta, de comprimento de 10cm.
Estarão sempre dispostos em trechos retos, com pelo
menos 15cm de linha reta antes e depois do gap.
É por meio do gap que é possível avaliar se o robô está bem alinhado e com uma boa
programação para andar em linha reta, quando não há percurso para se seguir. Na sala 1,
serão dispostos 3 gaps ao longo da trilha.
Redutores de velocidade: serão compostos de um ou mais palitos de churrasco em
sequência. Os palitos serão pintados de branco e terão fita isolante passando em seu centro,
de modo a manter a linha preta contínua.
A disposição ao longo da pista, a quantidade de palitos e espaçamento entre eles
não é definida. No entanto, cada aglomerado de palitos de churrasco será considerado um
redutor de velocidade, tendo-se ao longo da sala 1 um total de 3 redutores de velocidade
dispostos pelo caminho. Pelos redutores de velocidade é possível avaliar o desempenho do
robô ao superar obstáculos e imperfeições.
Ao final do percurso da linha, haverá um código binário demarcado no chão com fita
isolante, de modo que caberão 4 quadrados 4x4cm e uma margem de fita isolante em torno
do código. O código será sorteado ao início de cada rodada e assumirá valores de 1 (0 0 0 1)
a 14 (1 1 1 0), onde um quadrado preto significa 1, e um quadrado sem cor (branco), significa
0.
O robô deverá executar a leitura desse código e caso o número seja par, ele se
encaminhará para a sala 2 na bifurcação em Y, que fica à esquerda. Caso o número seja
ímpar, ele deverá prosseguir para a sala 3, que ficará à direita na bifurcação em Y
Algumas possibilidades de código são:
1 2 4 5
6 8 9 10
Logo após o código binário, deixando a sala 1 e entrando na sala da bifurcação em
Y, haverá um desnível de cerca de 6mm (o robô sairá do mdf de 15mm de espessura, para
o mdf de 9mm de espessura). Esse desnível conta como um obstáculo extra, para encerrar
a sala.
A sala da bifurcação em Y é uma sala onde a linha
reta se bifurca em dois caminhos à 45° cada um. O
caminho da esquerda leva para a sala 2, e o caminho da
direita para a sala 3.
Na sala 2 haverá um circuito circular com uma entrada e uma saída. O robô, antes
de sair do circuito, deverá dar um número de voltas equivalente à metade do valor lido no
código binário. Será contada uma volta completa quando o robô passar pela entrada do
circuito. A entrada e a saída serão dispostas conforme o representado nas figuras.
Essa sala tem o intuito de avaliar a capacitação do código do robô.
Na Sala 3 haverá um circuito em U contendo 2 obstáculos para desvio e 2 áreas de
irregularidades na pista.
O robô, ao identificar o obstáculo, deverá deixar de seguir a linha e desviar do
obstáculo, retornando ao caminho logo em seguida. O desvio só será contabilizado caso o
robô retorne a linha reta em cujo trecho encontra-se o obstáculo. Ou seja, se ele cortar
caminho ou retornar para qualquer linha que não seja a linha reta onde encontra-se o
obstáculo, o desvio não será considerado. Além disso, o robô não deve tentar derrubar ou
remover o objeto da pista, havendo punição para esses casos, com subtração de pontos. É
permitido, no entanto, que o robô encoste no obstáculo, desde que esse não saia do lugar.
Os obstáculos para desvio serão constituídos de caixas de leite cheias de algum
material para dar maior massa, sendo que um obstáculo será apenas uma caixa, e outro
composto por duas caixas unidas face a face, conforme as figuras. A disposição dos
obstáculos na pista será o mais fiel possível a imagem. Haverá espaço para o robô fazer o
desvio por ambos os lados do obstáculo.
Além disso, essa sala conterá 2 áreas de irregularidades na pista. Nessas áreas,
teremos palitos de dente dispostos de forma aleatória e fixos com fita branca na pista, sem
cruzar a linha preta (eles estarão na área branca). Os palitos não serão pintados de branco,
no entanto a fita branca usada para fixa-los, eventualmente cobrirá parte deles. O robô
deverá superar esses obstáculos sem se perder da linha ou ficar preso.
Essa sala avalia a capacidade do robô de manter tração e seguir o caminho em um
terreno com irregularidades e a capacidade dimensional e do código para efetuar o desvio
dos obstáculos.
Após a saída do robô da sala 2 ou 3, haverá uma encruzilhada. Além dos dois
caminhos vindos das salas 2 e 3, haverá outras duas opções: um caminho que dá acesso a
ponte e outro sem saída. O caminho sem saída terá uma linha preta perpendicular,
conforme a figura.
Quando o robô entrar no caminho que dá acesso a ponte, haverá cerca de 40cm de
caminho em linha reta plana (contando do centro da encruzilhada até o começo da ponte),
para o robô garantir um alinhamento antes de subir a rampa.
A ponte será constituída de duas rampas de 1 metro e um vão central de 75cm de
extensão. O vão central estará a uma altura de aproximadamente 30cm do solo. Em cada
rodada, será disposto um gap em uma parte da ponte: rampa de subida, vão central, rampa
de descida.
Uma observação importante: conforme representado no modelo 3D (e retratado na
imagem acima), talvez o encaixe das tábuas MDF ocorram sem o devido aparo das quinas,
para um melhor encaixe. Nesse caso, poderão ocorrer vãos de cerca de 3mm e ressaltos de
cerca de 2mm nos encaixes das rampas com as partes planas. Caso isso ocorra, serão
colocados palitos de dente ou de churrasco para diminuir essas imperfeições, e o uso de
uma fita branca para garantir uma uniformidade do piso branco. Mas é obrigação da equipe
ter o robô preparado para essas condições, estando ela já informada. O modelo 3D foi
elaborado propositalmente de modo que é possível estimar as medidas mencionadas.
Recomenda-se ainda adicionar uma tolerância de 2mm para mais ou para menos em relação
aos valores do modelo. Nós tentaremos evitar essa condição.
Ao final da ponte, encontra-se a sala 4, com pelo menos mais 30cm de linha reta até
o fim do caminho, demarcado por uma linha transversal, conforme a figura disposta na
descrição da ponte. Também haverá uma parede de 25cm de altura no final da sala.
Na última sala, ao final da rampa o robô deverá permanecer parado por 3 segundos
sobre a transversal que indica o final do percurso. No final da contagem dos 3 segundos
para-se o cronometro e é encerrado o percurso.
Serão realizadas 3 rodadas, às 13h, às 15h e às 17h. O período da manhã será
reservado para treino das equipes. (Os horários poderão estar sujeitos a mudanças no dia
da competição).
No início de uma rodada, todos os robôs deverão ser colocados em área reservada
e os membros das equipes estarão proibidos de usar notebooks, tablets, celulares ou
qualquer outro dispositivo para programar o robô. Caso uma equipe opte por abdicar de
uma rodada, ela poderá fazer uso dos equipamentos, no entanto não receberá quaisquer
pontos pela rodada.
Depois será sorteado por algoritmo de números aleatórios um valor para o código
(1 a 14), e a ordem das equipes para se apresentarem a arena.
Cada equipe deve selecionar um membro para acompanhar o robô durante a
prova. Os outros dois deverão se manter afastados da pista. O membro que acompanhar o
robô deverá ser o responsável por decidir quando parar, quando solicitar reinício e mexer
no robô no tempo para os ajustes. No entanto, dada a largada, ele não poderá tocar mais
no robô, implicando em reinício, caso ocorra. Também é de responsabilidade desse membro
preservar a vida do robô, segurando-o caso ele saia da pista ou ameace cair da ponte,
implicando, mesmo assim, em um reinício.
Cada rodada será composta de 2 minutos para os ajustes finais e calibração de
sensores do robô, dentro da Zona de Largada e mais 5 minutos de prova.
Durante uma rodada, cada equipe terá 3 chances para realizar o percurso.
Conforme o robô vai superando os obstáculos corretamente, ele vai adquirindo pontos. A
qualquer momento da rodada, o membro responsável pode solicitar um reinício ou o fim
da rodada. Caso o robô fique parado por mais de 15 segundos ou executando movimentos
não condizentes, o juiz também poderá solicitar reinício.
Quando ocorre um reinício, o tempo continua contando, mas todos os pontos
adquiridos até então são zerados e o robô deve ser levado a Zona de Largada, para reinício
do percurso. Nesse caso, não haverá direito aos 2 minutos de ajustes, e qualquer ajuste ou
recalibração poderá ser feita com o tempo de prova (5 minutos) contando.
Após 3 tentativas sem sucesso de chegada ao final do percurso, ou após o término
dos 5 minutos de prova, ou após solicitação do membro da equipe para o fim da prova,
serão anotados os pontos adquiridos e o tempo decorrido.
Caso o robô tome atalhos, ignore certas partes do circuito ou falhe numa ação, ele
poderá continuar a prova, buscando chegar ao fim, mas não receberá os pontos daquele
obstáculo ou tarefa que ele falhou ou não executou. Ou seja, se o robô chegar ao fim da sala
4 e desligar dentro dos 3 segundos, ele terá concluído todo o percurso, mas não receberá
os pontos dos obstáculos que não superou.
Para o cálculo da pontuação final é desconsiderada a pior nota entre as três e
calculada a pontuação média entre as duas melhores rodadas de cada equipe. O tempo
médio entre as duas rodadas consideradas será usado como critério de desempate.
A prova deverá ser completada no tempo máximo de 5 minutos. Cada atividade
dentro de cada sala possui uma pontuação definida:
Cada Gap: 15 pontos (total de 45 pontos);
Cada redutor de velocidade: 15 pontos (total de 45 pontos);
Superar o desnível no final da sala (6mm): 10 pontos;
Seguir para o lado contrário ao indicado pelo código no cruzamento: - 50 pontos.
Atenção: se o robô seguir pela sala errada, Ele poderá completar as tarefas da sala
valendo metade da pontuação da sala. No caso de entrar por engano na sala 2, arredonda-
se para cima o número de voltas.
Total de pontos da sala: 100 pontos.
Dar o exato número de voltas indicado: 100 pontos;
Cada volta a mais ou a menos do número correto de voltas: - 10 pontos.
Total de pontos da sala: 100 pontos.
Cada obstáculo superado: 35 pontos cada (total de 70 pontos);
Área de irregularidades superada: 15 pontos cada (total de 30 pontos);
Deslocar o obstáculo do lugar: - 10 pontos;
Derrubar o obstáculo: -25 pontos.
Total de pontos da sala: 100 pontos.
Encontrar o caminho para a rampa de primeira: 25 pontos;
Encontrar o caminho para a rampa de segunda: 15 pontos.
Passar pelo gap: 15 pontos;
Subir a rampa: 25 pontos;
Descer a rampa: 25 pontos;
Desligar corretamente sobre a linha perpendicular da sala 4: 35 pontos.
Total de pontos da sala: 100 pontos.
Os 3 robôs que encerrarem o percurso com o menor tempo em cada rodada:
1o Lugar : 100 pontos;
2o Lugar: 75 pontos;
3o Lugar: 50 pontos.
O robô deverá ser um veículo autônomo, capaz de trafegar pelo cenário e
completar os objetivos sem qualquer interação humana ou com equipamento
(computador, smartphone, tablet, radio, …) externo à arena.
Todos os dados deverão ser processados em um sistema embarcado no próprio
robô.
Segue abaixo a lista de parâmetros dos robôs.
o Não há restrições quanto à dimensão ou peso dos robôs (desde que
ele não danifique a arena);
o Não há restrições quanto às tecnologias embarcadas;
o O robô deverá ser iniciado com o pressionamento de um único
botão, uma única vez;
o Os robôs deverão iniciar na "Zona de Largada".
o Times cujo robô viole qualquer restrição listada estarão sujeitos à
desclassificação.
As equipes devem ser compostas de 3 integrantes matriculados no Ensino
Fundamental, Médio ou Superior com qualquer combinação destes. Os Alunos do Ensino
Superior devem estar inscritos como congressistas na Semana da Engenharia.
Para os alunos de ensino fundamental e médio a inscrição para a competição será
de 30 reais por integrante.
As inscrições das equipes são feitas em plataforma de vendas do site da Semana da
Engenharia. As inscrições para estudantes de ensino superior serão vendidas juntamente
com o ingresso para a Semana da Engenharia.
As premiações de 1o, 2o e 3o lugares serão realizadas na manhã da terça-feira (23/08).
Também ganharão menção honrosa o melhor design de robô/uniforme (avaliado pelos
jurados) e robô mais criativo/inovador. Os prêmios serão negociados com patrocinadores
interessados na competição e divulgados com antecedência.
O melhor design de robô/uniforme será para a equipe que pelo entendimento dos
jurados teve maior cuidado estético do robô, caracterização da equipe (logo, camisa, etc.)
O robô mais criativo será para a equipe que pelo entendimento dos jurados utilizar
melhor tecnologias alternativas, materiais inusitados e formas não convencionais de
construção (o robô deve ser funcional).
Quaisquer dúvidas sobre aspectos não especificados no regulamento poderá ser
enviada para o perfil da Semana da Engenharia no Facebook e as perguntas e respostas
serão postadas no Hotsite do Desafio de Robótica em http://semanadaengenharia.com –
que será disponibilizado futuramente.