Depressão claro

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no mundo tereis aflições

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no mundo tereis aflies

.Leis de Justia e de Causa e Efeito acompanham a criatura no corpo e fora dele, nesta e nas prximas encarnaes; que a morte no elimina de imediato os problemas no superados enquanto no corpo, e que a alma - muito especialmente - quem se apresentar depressiva ou no.

O depressivo, em regra, algum que atravs do tempo vem arquivando experincias negativas, sendo oportuno dizer que nesse arquivo todas as informaes so ali colocadas, ou seja, o subconsciente registra tanto os maiores quanto os menores fatos da vida, mas no somente os fatos como, tambm, as emoes sentidas quando da vivncia desses fatos

O depressivo, em regra, algum que traz a mente fixada no passado triste e sombrio, comprazendo-se em recordar as experincias menos felizes, as situaes que mais o afligiram. Mas, na hiptese de voc estar com depresso, pergunto-lhe: por que se fixar somente no lado pior, aquele que o descontentou? por que a eleio da amargura, em detrimento dos jbilos?Ningum, no mundo, que passe inclume s experincias alegres como s tristes.

Assim, alma irm, na hiptese de estar enferma, procure se libertar da amargura, da queixa e do pessimismo, recordando as horas boas e revivendo-as, o que lhe dar estmulo e foras para prosseguir.Fixar-se no passado desperdcio da oportunidade presente, com comprometimento do futuro.

A funo da terra fazer nascer o que nela se deposita, como a funo do subconsciente desenvolver os pensamentos e sentimentos que nele penetram. Se colocamos na terra um gro de abbora vai nascer um p de abbora. Se semeamos uma pequenina semente de mostarda brotar um p de mostarda. Se pusermos um gro de milho nascer um p de milho. Assim acontece com a mente humana. Quando plantamos um pensamento de amor no subconsciente, brotam atitudes impregnadas de amor. Quando plantamos pensamentos de angstia e preocupao, pode at nascer uma lcera gstrica... A funo da mente consciente pensar, dirigir, plantar idias certas na poca certa. A funo do subconsciente fazer brotar ou realizar o que a mente consciente lhe ordenou ou entregou. O pensamento uma grande energia, uma semente poderosa. A mente consciente a emite e transmite ao subconsciente, que seu receptor

Consideremos o subconsciente como parte do inconsciente, que pode aflorar conscincia, com os seus contedos, alterando o comportamento do indivduo. Ele o arquivo prximo das experincias, portanto, automtico, destitudo de raciocnio, esttico, mantendo fortes vinculaes com a personalidade do ser. ele que se manifesta nos sonhos, nos distrbios neurticos, nos lapsos orais e de escrita - atos falhos - tornando-se, depois de Freud e seus discpulos, mais tarde dissidentes, Jung e Adler, responsvel tambm pela conduta moral e social.

Os pensamentos e atos - logo aps arquivados no subconsciente - programam as atitudes das pessoas. Assim, quando se toma conhecimento de tal possibilidade, elege-se quais aqueles que devem ser acionados - no campo moral e social - para organizar ou reprogramar a existncia.

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No poucas criaturas, malbaratando o presente e no investindo no futuro, gastam-se e desgastam-se na posocupao. A posocupao ocupao v, porque retm a mente fixada em algo j ocorrido no pretrito e que poderia estar superado. uma atitude tpica do depressivo que se compraz, de maneira enfermia, em fixar-se nas experincias negativas transatas, desperdiando tempo, energia e oportunidade.

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De outras vezes, o ser desgasta-se numa atitude de preocupao. Preocupar-se, como o indica a prpria palavra, o ocupar-se antes com a ocorrncia que imagina ocorrer mais tarde. Com isto a pessoa ocupa-se pelo menos duas vezes, antes da ocorrncia e enquanto ela se d. Na hiptese de posocupar-se com o problema, a criatura ter se ocupado trs vezes, isto , antes, durante e depois.

Pensar e refletir com serenidade e confiana na problemtica, positivo e necessrio. Preocupar-se em excesso intil e nada de bom acrescenta.

O ideal, para a existncia humana, a criatura procurar viver sem tristeza pelo passado e sem ansiedade negativa pelo futuro, num interminvel e abenoado presente, vivendo cada instante, totalmente, no se preocupando de maneira estril com o que vir, e tambm no se /josocupando com o que de negativo sucedeu.

.O nosso passado, desta e de outras encarnaes, todas as nossas conquistas, experincias e emoes esto arquivadas nesse subconsciente, nesse arquivo, interferindo de maneira decisiva no que somos presentemente.Portanto, somos hoje, no momento em que nos ocupamos com a leitura desta obra, o que fizemos de ns nos sculos passados e na existncia atual. Eu sou o que me fiz, atravs das mltiplas encarnaes, experincias, vivncias e emoes. E o pensamento, como artfice, est na base dessa longa realizao.

somos hoje o que fizemos de ns. O hoje representa o futuro de um passado prximo ou remoto j vivido por ns, quando idealizamos e realizamos o que somos. No amanh da alma, seremos o que nos dispusermos a ser, conquista esta que principia no pensamento

Considerando que ningum vive sem pensar, conclui-se que o pensamento, pela sua capacidade criadora, tem sido o responsvel pela nossa desgraa como, tambm, pela nossa ventura.

Poderamos fazer uma projeo para o exterior e culpar circunstncias, pessoas e ou ocorrncias, no entanto, o pensamento est na base da felicidade ou da infelicidade individual ou coletiva, porque as ocorrncias de fora podero encontrar o anteparo do pensamento correto, do pensamento saudvel, do pensamento positivo, e a pessoa conservar-se relativamente bem intimamente conquanto as adversidades exteriores.

O depressivo algum que, insistentemente, e de maneira enfermia, se compraz em pensar no que negativo, prejudicial. O pensamento negativo, longamente acalentado, termina por conduzi-lo tristeza profunda...

Fatores externos e orgnicos, certamente, podero concorrer decisivamente para que algum sofra de depresso. Todavia, este ou aquele fator concorrer mais ou menos, dependendo do estado de esprito cm que se encontra a criatura. Tanto assim, que a mesma circunstncia ou ocorrncia que arrasta algum depresso, em outro poder produzir um efeito menor ou nenhum efeito. O que afeta a um nem sempre afetar necessariamente a outrem, o que demonstra que o prprio depressivo ou Esprito o primeiro fator decisivo para que ele venha ou no a cair em depresso.

Expressiva maioria de indivduos somente acalenta idias negativas, lucubra pessimismo, agasalha mal-estares. Como resultado, enfraquecem-se-lhe as resistncias morais, debilitam-se-Ihe os valores espirituais e alimenta-se da prprio insnia

SSSem dvida, aflies de natureza vria podero ocorrer na vida do indivduo, marcando-o consideravelmente. No entanto, dependendo da estrutura ntima da criatura, ela, ou no se permitir influenciar pela ocorrncia, ou, se por ela influenciada, saber conduzir-se de modo a no permitir estados emocionais mais graves ou danosos.Incontestavelmente, a depresso tem a sua matriz ou gnese no Esprito

Se desejarmos examinar as causas psicolgicas, genticas e orgnicas, bem estudadas pelas cincias que se encarregam de penetrar o problema, temos que levar em conta o Esprito imortal, gerador dos quadros emocionais e fsicos de que necessita, para crescer na direo de Deus.

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A depresso instala-se, a pouco e pouco, porque as correntes psquicas desconexas que a desencadeiam, desarticulam, vagarosamente, o equilbrio mental.Quando irrompe, exteriorizando-se, dominadora, suas razes esto fixadas nos painis da alma rebelde ou receosa de prosseguir nos compromissos redentores abraados. (16)Todos os males que infelicitam o homem procedem do Esprito que ele , no qual se encontram estruturadas as conquistas e as quedas, no largo mecanismo da evoluo inevitvel. (16a)Da alma procedem as realizaes edificantes e os processos degenerativos que se exteriorizam no corpo.

O depressivo, ao mesmo tempo em que examinar as causas outras para o seu abatimento moral, examinar a si mesmo, seu estado de alma, sua estrutura ntima, sua capacitao para o enfrentamento da vida, porque, fundamentalmente, nele se encontra a causa primeira da molstia e o fator preponderante para a cura.

Sendo imatura psicologicamente, a criatura tornar-se- egosta e, em sendo egosta, tornar-se- uma pessoa exigente, ingrata e rebelde, sobretudo quando contrariada em suas paixes infantis. Agir, pois, semelhantemente s crianas caprichosas. Com semelhante comportamento, as enfermidades psicolgicas se instalaro por fora de conseqncia.

Dominado pela instabilidade, o imaturo apresenta um comportamento alternado, em que o jbilo e a tristeza, a confiana e a suspeita, o amor e a animosidade se confundem... (e assim elabora) estados de instabilidade, de desdita, (que o conduziro) a enfermidades emocionais que so somatizadas, reaparecendo na rea orgnica com carter destruidor.

Sem resistncias morais para enfrentar as vicissitudes naturais do processo evolutivo, tais pessoas deixam-se consumir pela revolta ou sucumbem sob o peso da depresso e da amargura.

Massificado e com a sua identidade desnaturada, viver assim o homem: sem objetivos nobres; aferrado a metas imediatas; preocupado com as necessidades comuns; acomodado aos padres absorventes do cotidiano; sem encontrar soluo para os estados conflitivos da personalidade, tornando-se um homem-vazio, sem viver as emoes que do beleza e significado dignidade de ser consciente; agrupar-se- com outros que sofrem da mesma enfermidade; comprazer-se- com conversaes banais e promscuas...

O homem-vazio no consegue amar, porque no aprendeu a viver esta faculdade, base do comportamento de ser livre. Adaptou-se a ser amado ou disputado, sem preocupao de retribuir.Os homens-vazios disputam homenagens e guerreiam-se entre sorrisos, no desfile do luxo e do exibicionismo, nos quais escondem os conflitos, quando assim o fazem, e as profundas necessidades afetivas.Tal conduta leva-os melancolia e depresso, ou a lamentveis estados de irritabilidade, de mau humor, que os tornam rudes, insuportveis na intimidade, embora considerados sociveis e educados.Essa ambigidade no comportamento culmina com a instalao de neuroses que se agravam, desestruturando-os a mdio prazo.O homem acumula vcuo, porque se sente impotente para alcanar plenitude.

Acostumando-se competio nos negcios, nos relacionamentos espera ser o primeiro, o mais considerado. Se o logra, esvazia-se, de imediato. Quando no o consegue, frustra-se, perdendo-se da mesma forma.

No deve a criatura desconsiderar seus deveres perante o corpo, a famlia, o trabalho, o estudo e a sociedade - a trave horizontal. Todavia, desprezar os interesses espirituais e eternos - a trave vertical - grave, o que lhe acarretar perturbao ntima e desestruturao emocional.

. h quem estabelea em qual idade ir ser feliz, perdendo todas as ensanchas de s-lo a cada momento. Mais tarde, passar a sofrer de neurose depressiva, em razo de no a haver frudo suficientemente, deixando-se consumir pelo conflito de que j no pode desfrutar o que perdeu ou no dispor mais de foras para repetir a faanha...Acumula, ento, recordaes tristes e nega-se a novas alegrias, anulando os valores que possui, enquanto desenvolve conflitos cada vez mais destrutivos

. Em parte, a depresso pelo sentimento de perda, decorre do apego.E quais so as causas do apego?No esgotando o rol das causas desencadeadoras do apego, digo que este conseqncia: do sentimento de posse; da fragilidade humana; da dependncia, que leva algum a ter necessidade dos outros, das coisas, das circunstncias que o envolvem, de tudo;Y da insegurana, em face das incertezas da vida; do imediatismo, levando a criatura a fixar-se nos interesses materiais que lhe constituem a razo nica do existir; da dvida ou da negao da imortalidade da alma, conduzindo a pessoa a um excessivo apego ao corpo e a tudo quanto a ele se refere; das vinculaes espirituais e afetivas que a pessoa desenvolveu em outras vidas e vem desenvolvendo na presente encarnao, o que pode ocorrer desde o ventre materno, em plena gestao; dos muitos perigos que todos enfrentamos na travessia carnal; dos medos, inclusive o da separao ou perda; da educao, no meio social em que a pessoa foi levada a viver; do orgulho; do egosmo, condicionando a pessoa a viver centrada em si mesma...

. O sentimento de perda, como j mencionado, tambm pode decorrer de duas condies da alma, muito presentes nas causas da infelicidade humana, a saber: o egosmo e o orgulho.O egosmo leva a criatura a fixar-se em si somente, a querer todas as vantagens e benefcios exclusivamente para si, ou primeiramente para si, sem qualquer cogitao para com as necessidades do prximo. Os egostas colocam a felicidade no que possuem ou detm e, diante da perda ou da simples possibilidade de perder o objeto amado, so arrastados desesperao.

. O orgulho, por sua vez, desperta na pessoa um amor-prprio exacerbado, levando-a a considerar-se mais do que efetivamente e, desconsiderando os semelhantes, pensa que estes devam viver em funo de seus caprichos e vontades.O egosmo desperta nas criaturas o apego s pessoas, aos bens materiais, s coisas, s situaes.O egosta apega-se e o apego responde-lhe pela instabilidade emocional, trabalhando-lhe a ganncia, a soberba e a iluso da posse, que concede a falsa impresso de situar-se acima do seu prximo.

NO O orgulho - no homem invigilante ou imaturo -, intoxica-o, levando-o a pressuposio de credenciado pela vida a ocupar uma situao privilegiada e ser algum especial, merecedor de homenagens e honrarias, em detrimento dos demais.Qualquer ocorrncia que se apresente contraditria a esses engodos gerados pelo ego insano, e as emoes perturbadoras se lhe instalam (no egosta e no orgulhoso), proporcionando desequilbrios de largo porte

. O apego s posses, sob o disfarce da necessidade de segurana, dos mais temveis adversrios do indivduo, porque responde pelo medo da perda, pela sistemtica desconfiana em relao aos amigos e conhecidos, por fim pela insatisfao que sempre se instala em quem possui, atormentado pelo desejo infrene de ampliar os recursos.

Deste modo, compreende-se que o orgulho e o egosmo geram o sentimento de posse e o apego. Dominada por estes sentimentos, havendo a perda do objeto ou ser possudo, a pessoa poder, sem estrutura ntima, padecer de depresso. A posse e o apego, portanto, geram um elo de escravido, porque a pessoa termina possuda por aquilo que julga possuir.

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Quando se diz que o egosmo est na raiz do sentimento de posse e ou de perda, no se pretende dizer que a pessoa seja maldosamente egosta. No! O que se deseja enfatizar que medida em que o ser trabalhar sua estrutura ntima para amar mais e ocupar-se da felicidade alheia quanto se ocupa com a prpria, menos escravo de suas paixes e mais livre dos seus caprichos, menos se apegar ele de forma negativa a pessoas, bens materiais, coisas e situaes.

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O ressentimento uma das causas mais freqentes da depresso.A Humanidade, no estgio em que se encontra, maciamente composta de criaturas extremamente fragilizadas em si mesmas, ainda desestruturadas do ponto de vista emocional, psicolgico e ou espiritual.No que respeita ao perdo, talvez possamos classificar a Humanidade em trs grandes grupos: o primeiro, composto pelas criaturas que, sendo ofendidas, no perdoam nunca. O segundo, composto por pessoas que, em sendo ofendidas, se no conseguem desculpar num primeiro momento, logram perdoar depois. E, por fim, o terceiro grupo composto de seres indenes s ofensas, s provocaes, que as no magoam mais, no se permitindo influenciar ou ferir pelas ocorrncias de fora.

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Pelos muitos conflitos existentes, pode-se constatar que a Humanidade, por enquanto, apresenta um nmero muito pequeno de pessoas que j conseguem se sobrepor s injunes de fora, estruturadas que se encontram por dentro. A Humanidade, em sua grande maioria, constituda de pessoas que, sentindo-se ofendidas, no perdoam j amais, ou por pessoas que, ofendidas, conseguem perdoar, ainda que com grandes dificuldades.

Afirma o Esprito Emmanuel que o perdo sincero filho espontneo do amor. (31)Compreende-se, deste modo, a dificuldade de conceder-se o perdo para uma expressiva parcela da Humanidade. que o perdo estar na dependncia do amor. Quem ainda no ama, como ir perdoar?

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O ressentido algum inseguro, que aceita os petardos da ignorncia ou da maldade alheia, que se permite influenciar por observaes infelizes, por palavras azedas, por discusses desgastantes, revoltando-se contra as pessoas e contra as situaes que no correspondam s suas expectativas. Alguns ressentem-se at mesmo com a Vida, com Deus.O ressentido algum que se deixa mortificar (destruir-se, matar-se, torturar-se) pela ocorrncia infeliz.

A expresso ressentimento lembra o verbo ressentir, que significa sentir novamente, o que eqivale a dizer que o ressentido algum que se compraz, de maneira mrbida, em ruminar (remoer) o acontecimento desagradvel. Vendo-se envolvido por uma situao que considera infeliz, permitindo-se sensibilizar pela ocorrncia, o ressentido fixa o quadro na mente e passa a alimentar e realimentar os sentimentos da mgoa e ou da raiva, vitalizando-os e revitalizando-os..

O ressentido, portanto, difere do outro agressor pela caracterstica de optar por arquivar a mgoa ou a raiva que passou a nutrir, isto , enquanto um opta por exteriorizar a sua agressividade, o ressentido prefere recalcar o sentimento negativo que alimenta, sentindo uma, duas ou muitas vezes a mesma dor, a mesma mgoa, a mesma tristeza, a mesma amargura...

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E neste ressentir, inclui-se, no raras vezes, as muitas mgoas e dios acumulados desde outras encarnaes, a lembrana parcial ou mesmo completa do negativo sucedido no ontem do ser que, reencarnando e reencontrando o desafeto de outrora, deixa-se comburir pelo incndio do passado... que ainda no passou...

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Considere-se que o ressentimento , antes de tudo, um problema, uma caracterstica do prprio ressentido. Ou seja, ele se ressente com as situaes, mais por ser ainda como , e menos pelo que lhe sucedeu. Tanto assim que o ressentido vive a se ressentir com tudo e com todos.

Estando o ser em estgio inferior de evoluo, dominado pela predominncia da natureza animal, deixa-se ele arrastar ou envolver pelas ciladas, pelo competitivismo, pelo atrevimento dos mais ousados. E, dominado pela animalidade ancestral, permite ele que a revolta se vitalize, se revitalize ante a agresso sofrida, no compreendendo que os episdios conflitivos e as dificuldades fazem parte do relacionamento interpessoal, por falta de maturao psicolgica das criaturas, e porque as criaturas ainda no se aperceberam da importncia de aplicarem uma transao psicolgica em termos de bem-estar para todos..

D O ressentido agasalha sentimentos de antipatia, que se converte em animosidade crescente, sempre cultivada com satisfao, medida que lhe concede rea emocional para o desenvolvimento.O ressentimento tisna a razo, perturba a ptica pela qual se observam os acontecimentos, enquistando-se como fora destrutiva que, no conseguindo atingir aquele que lhe deu origem, fere o ser no qual se apoia.

Assim como o espelho reflete o nosso exterior, a conscincia reflete o nosso interior. Vemos atravs dela a imagem perfeita de nossa alma, como no espelho a imagem real do nosso rosto. O espelho d conta de nossa fisionomia, de nosso semblante, de nossa forma.A conscincia nos revela o esprito, o carter, os sentimentos mais ntimos e recnditos.Ambos - espelho e conscincia - se prestam ao mesmo fim: compor as linhas da harmonia, reparar os senes, corrigir, embelezar - o espelho, ao corpo, a conscincia, ao esprito. Ambos tem a mesma funo: refletir com justia, pondo, diante de nosso prprio critrio, o aspecto, a figura exata do nosso fsico e do nosso moral, a forma externa e a interna do nosso ser

A conscincia encontra-se no homem em todos os estgios do seu processo evolutivo...Nas faixas primrias manifesta-se como lampejos de discernimento, que o propelem para a conquista de degraus e patamares mais elevados.Mais tarde, medida que a razo se desenvolve, a capacidade de conscincia se dilata, podendo ser vtima dos mecanismos escapistas da astcia e do intelecto, que a adormecem, lesam-na ou intoxicam-na com os vapores perniciosos da frieza emocional.Somente quando o indivduo vence as etapas primrias, e as experincias se fazem mais significativas, mediante a compreenso do sentido elevado da vida, que ela se manifesta com plenitude e passa a comandar o direcionamento da existncia, revelando-se vitoriosa.A conscincia o rbitro interno, que se encarrega de estabelecer as diretrizes de segurana para a vida A.

Quando o ser possui a sua conscincia mais ou menos desperta, lcida, possuindo agora uma compreenso mais dilatada da vida, de sua finalidade, e de quais so os seus deveres para com ela, sempre quando se equivoca a conscinciagnta, chamando-lhe a ateno para o sucedido, concitando-o ao arrependimento e reparao.

A criatura erra por ignorncia ou por fraqueza moral.Enquanto ignorante, o ser agir mais ou menos arrastado por impulsos primrios, encontrando no erro a oportunidade de aquisio de conhecimento, de experincia, de discernimento, de lucidez.E, mesmo quando adquire um certo conhecimento, enquanto permanecer moralmente dbil, o ser poder persistir no erro, quando, ento, atravs da dor superlativa que advir da conduta equivocada, desenvolver ampla experincia. Atravs das dores que se seguiro aos erros sucessivos, fixar o aprendizado para sempre. Perceber que a dor conseqncia da atitude infeliz e que dele unicamente depende, pela conduta melhor, fazer que a dor cesse.

. Quando a conscincia principia a lucilar, a criatura que erra v-se arrastada para vrios estados emocionais e espirituais negativos. Pode ela tornar-se aptica, angustiada, apresentando a ferida profunda do engano, ulceraes dolorosas na alma, desenvolvendo, muitas vezes, a autocomiserao, a piedade de si mesma...

A angstia - por sua vez -, entorpece os centros mentais do discernimento e desarticula os mecanismos nervosos, transformando-se em fator positivo de alienaes. Afeta o psiquismo, o corpo e a vida, enfermando o esprito..

Quem erra tende a tornar-se escravo do gravame praticado. Se se dispusesse, pelo trabalho e pela melhoria ntima, a reparar o equvoco, certamente evitaria tal escravido. Por desinformao ou fraqueza, porm, prefere a autoflagelao estril no remorso intil..

Na psicognese profunda das alienaes mentais encontra-se a conscincia de culpa, geradora dos tormentos que se apresentam como processos de reedificao, recompondo os painis do dever mediante os dolorosos mecanismos da desordem mental.O desarranjo dos equipamentos psquicos proporciona ao esprito sofrimentos insuspeitveis, como forma rigorosa de apaziguamento da conscincia.

Quando delinqe, insculpe a fogo no seu arcabouo profundo os meios reparadores, particularmente na rea mental.Ignoradas as aes infelizes que a justia humana no alcana, a conscincia, que sabe, desarticula os complexos mecanismos da razo em desequilbrio, que somente a dor expungitiva recompor..

. No quadro das alienaes mentais, seja nas psicopatologias conhecidas e academicamente estudadas ou nas graves obsesses, a conscincia culpada que faculta a instalao do mal, que se exterioriza de maneira rigorosa em processo de reajustamento e reequilbrio

Com a conscincia culpada, sofrendo os gravames que lhe dilaceram a alegria ntima, imprime nas clulas os elementos que as desconectam, propiciando, em largo prazo, o desencadeamento dessa psicose que domina uma centena de milhes de criaturas na atualidade.

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O encarnado, muitas vezes abalado por problemas, ou fragilizado por imperfeies morais, faculta a sintonia com espritos perturbadores e ou vingativos, que se homiziam nos campos psquicos, arrastando-o a estados deprimentes.O encarnado, por invigilncia ou imaturidade, atravs dos pensamentos mrbidos, vitaliza o agente perturbador, esquecido de que h mentes maldosas interessadas no seu fracasso e que quanto mais deprimir-se, por este ou aquele fator, mais forte se far o cerco.A obsesso pode dar-se: Entre espritos desencarnados; Entre espritos encarnados; De encarnados para desencarnados; De desencarnados para encarnados; Em forma de auto-obsesso, quando o encarnado ou desencarnado, em uma atitude infeliz, estaciona indefinidamente na fixao mental inferior.

Poder-se-ia, ainda, dizer da obsesso atravs da contaminao fludica, quando o ser se deixa influenciar pelos fluidos perniciosos do meio ambiente, fluidos deletrios oriundos dos circunstantes que vo formando, pelas emanaes pestilenciais, uma atmosfera espiritual enfermia. Enquanto influenciado pelas emanaes dos outros, o ser contribui, por sua vez, com seus fluidos deletrios, para a perturbao dos que o rodeiam, numa terrvel reciprocidade.

Segundo o respeitvel Carlos Toledo Rizzini, a obsesso pode ser: intencional ou ativa; inconsciente ou passiva, sem inteno.Na obsesso intencional, o malfeitor, s vezes h bastante tempo, observa a futura vtima aguardando um momento favorvel para aproximar-se dela e influ-la prejudicialmente. No quer ser acintoso e percebido. F-lo quando a invigilncia momentnea abre uma entrada nas defesas pessoais. Sem causa aparente, o sujeito comea a experimentar depresso mental e dificuldades sbitas: no consegue ficar alegre, est tristonho e cheio de apreenses, enche-se de irritao surda e pensamentos deprimentes, no pode ler assuntos edificantes, nem orar, julga-se vtima, etc. Da podem surgir desavenas, fracassos e aborrecimentos variados. Tudo passa em seguida, deixando o indivduo a lastimar-se por suas atitudes "incompreensveis"... Quando comear a ficar azedo sem motivo patente, cuidado com a obsesso sutil, momentnea..

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Tambm a obsesso poder dar-se por vingana ou destoro pessoal, quando o obsessor pretende "fazer justia pelas prprias mos". a grande causa de obsesso e da pior espcie. Aquele que foi vtima aparentemente frgil e indefesa, uma vez posto em liberdade pela morte do corpo fsico, na maioria dos casos empreende severa perseguio contra o antigo carrasco. Pode durar mais de uma vida, criando uma cadeia de erros. O prprio "justiceiro" sofre muito com a situao e o encarniamento contra o seu inimigo no lhe traz a alegria que esperava colher

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Na obsesso inconsciente ou passiva, sem inteno, h troca de pensamentos, sentimentos e emoes transviados e desordenados, entre encarnados e desencarnados afins. Vibraes de dio, ressentimento, mgoa, desnimo, maledicncia, etc., unem os espritos de ambos os planos. No h inteno malfica, pois, os desencarnados so geralmente parentes e amigos cuja conscincia est embotada e que pertencem ao mesmo nvel mental.

os espritos inconscientes da sua condio, descrevendo-lhes o perfil: confuso mental, conscincia obnubilada, escurido, dores fsicas, cansao, apatia, desateno dos circunstantes, falta de maturao ou objetivo. Unem-se ao paciente por afinidade, buscando inconscientemente uma companhia, com a qual sentem-se confortados, etc. Resulta a obsesso passiva, por osmose

sabem o que fazem, mas esto mal orientados em face da ignorncia e/ou sentimentos possessivos que os impregnam: uns querem continuar ao lado de amigos e parentes, outros "trazer para o lado de c" pessoas que estimam, alguns "ajudar" entes queridos, etc.

.E quais so os efeitos da obsesso? Estes: a razo declina; a vontade enfraquece; os sentimentos deterioram-se; os hbitos mudam; instabilidade emocional; choro; raiva; riso; ansiedade; fria; sentimentos de culpa; apatia...

Muitos obsedados acomodam-se influncia dos seus obsessores e acabam at gostando dela. Quando acontece serem estes afastados, ficam inquietos, angustiados, e atraem-nos vigorosamente de novo! O obsessor, no sendo um inimigo encarniado que quer perder sua vtima o mais depressa possvel, alimenta suas iluses, desejos, hbitos, vcios, o que lhes causa prazer... O resto pouca importncia passa a ter para eles: a alienao do eu, a restrio mental. Tal ser um dos mais srios obstculos ao tratamento.

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A obsesso, como h pouco mencionado, pode conduzir a pessoa apatia. A apatia, por sua vez, pode ser brecha obsesso.

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Ouvi, certa vez, de um psiclogo amigo, que o depressivo nem sempre guarda o propsito deliberado de pr fim prpria vida. Em realidade, pressionado pelos fatores afugentes, deseja o enfermo pr fim dor que o vem dilacerando. Fosse possvel a ele - segundo a sua tica - eliminar a problemtica afugente e certamente envidaria esforos para super-la, preservando a vida. O suicida, portanto, no cr ou no vislumbra sada para o seu problema, e assim, dominado por desesperao que considera invencvel, elimina a vida orgnica, imaginando, com isto, livrar-se da dor.Terrvel e lamentvel engano, este. O suicida, como no-lo demonstra a Doutrina Esprita, pela mediunidade bem orientada, no somente no supera a problemtica angustiante como a ter agravada, no alm-tmulo, pelo recrudescer das dores, vendo-se arremessado a situao muito mais dolorosa, que dele exigir esforo ingente de superao nas prximas encarnaes. Isto, agravado pelos sofrimentos dos que permaneceram retaguarda, em horrenda situao.

. Suicdio indireto/inconsciente, como facilmente se compreende, aquele em que a morte no buscada deliberadamente, num gesto precipitado, irreversvel. A pessoa, dominada por uma tristeza longamente agasalhada (para nos referirmos somente depresso), a pouco e pouco vai se abatendo, entregando-se ao desalento, consumindo as foras psquicas e fsicas, at que o corpo, perdidas todas as resistncias, no mais permite que a alma nele se mantenha, expulsando-ii da vida. Nessa morte emocional, a pessoa se nega a viver.

. A tristeza longamente agasalhada, a mgoa conservada, a rebeldia sistemtica, a irritao constante, o desespero irrefreado, dentre outros estados emocionais mrbidos, podem ser considerados suicdios indiretos/inconscientes, cujos efeitos, no alm-tmulo, sero danosos para o esprito. Este, se no superada a aflio enquanto no corpo, prosseguir desditoso alm da vida fsica, podendo assim permanecer na erraticidade e at reencarnar trazendo, no bojo subconsciencial, a depresso no superada

Se a obsesso pode dar causa depresso, esta, a seu turno, pode dar causa obsesso. Espritos perturbadores, vingativos ou necessitados de variada procedncia, podem se homiziar nos campos psquicos do ser, abalado pelas prprias descargas mentais perniciosas.