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1 Título do Projeto: A criação de um Centro Cultural no município de Álvares Machado/SP e sua ação educativa e turística. Identificação........: UNESP/Departamento de Planejamento , Urbanismo e Ambiente/Projeto FAPESP – PPPP Programas de Pesquisas em Políticas Públicas Ruth Künzli - Fone: (018) 3229-5388 ramal 5583 Fax:(018) 3229-5344 E-mail: [email protected] Instituição Parceira: DECEL - Divisão de Educação Cultura Esporte e Lazer da Prefeitura Municipal de Álvares Machado-SP. Equipe - Instituição UNESP - Presidente Prudente Profª Drª Ruth Künzli - Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente Prof. Dr. Jayro Gonçalves Melo - Departamento de Geografia Engº. Ms. Hélio Hirao - Arquiteto, já atuou junto ao Departamento de Planejamento Prof. Drª. Rita Filomena Bettini- Departamento de Educação Prof. Drª. Wilma M.Tachibana - Departamento de Matemática, Estatística e Computação Prof. Ms. Maria Peregrina de Fátima Rotta Furlanetti - Departamento de Educação Auxiliar Acadêmica Leonice Bigoni – Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente Equipe parceira Luís Takashi Katsutani – Prefeito Municipal Anacleto Avelaneda – Presidente da Comissão Organizadora do Museu Antonio Pereira da Silva – Coordenador do DECEL (Departamento de Educ. Cultura Esp. e Lazer) Estagiários: Aline de Oliveira Miraya, Simone Vasconcelos Santana e Paulo Rogério Piccoli Mazzi Integrantes da Comissão de Museus: Alberto Sano, Alcídio Gaban, Denise Bontempo, Elmo Henrique G. Martins, Festo José Selvério, José Carlos Mendes. Leonice Bigoni, Luís Gonçalves Rodrigues, Márcia Helena Noma, Márcia Regina S. Ambrósio, Marcos Takasho Aoki, Maria de Lourdes Gatti Fernandes, Maria Luiza de Oliveira, Maria Negri Fernandes, Myrtes Medáglia Maluly, Ozeas Henklain Ronchi, 1. INTRODUÇÃO O presente projeto prevê a criação de um Centro Cultural no Município de Álvares Machado, Estado de São Paulo, com o objetivo de, além de outras atividades, instalar e manter um Museu Histórico no Município. A origem do termo Museu vem do grego “Museion”, casa das musas, lugar onde se guardavam os conhecimentos da humanidade, em oposição a “pinakhotéke”, que tinha o sentido de local onde se guardam coisas: estandartes, quadros, obras de arte; hoje, refere-se a mostra de quadros, enquanto que os demais artefatos, como estandartes, obras de arte, artefatos significativos encontram-se hoje em Museus. No decorrer do tempo, “tesouros” eclesiásticos, palácios, nos quais os acervos representavam reservas financeiras e as “salas de curiosidades” passaram a desempenhar o papel de museu, pois permitiam visitas. Com os grandes descobrimentos, surgiram as coleções etnográficas, geológicas, paleontológicas, e as

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Título do Projeto: A criação de um Centro Cultural no município de Álv ares Machado/SP e sua ação educativa e turística.

Identificação........: UNESP/Departamento de Planejamento , Urbanismo e Ambiente/Projeto FAPESP – PPPP Programas de Pesquisas em Políticas Públicas Ruth Künzli - Fone: (018) 3229-5388 ramal 5583 Fax:(018) 3229-5344 E-mail: [email protected] Instituição Parceira: DECEL - Divisão de Educação Cultura Esporte e Lazer da Prefeitura

Municipal de Álvares Machado-SP. Equipe - Instituição UNESP - Presidente Prudente Profª Drª Ruth Künzli - Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente Prof. Dr. Jayro Gonçalves Melo - Departamento de Geografia Engº. Ms. Hélio Hirao - Arquiteto, já atuou junto ao Departamento de Planejamento Prof. Drª. Rita Filomena Bettini- Departamento de Educação Prof. Drª. Wilma M.Tachibana - Departamento de Matemática, Estatística e Computação Prof. Ms. Maria Peregrina de Fátima Rotta Furlanetti - Departamento de Educação Auxiliar Acadêmica Leonice Bigoni – Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente Equipe parceira Luís Takashi Katsutani – Prefeito Municipal Anacleto Avelaneda – Presidente da Comissão Organizadora do Museu Antonio Pereira da Silva – Coordenador do DECEL (Departamento de Educ. Cultura Esp. e Lazer) Estagiários: Aline de Oliveira Miraya, Simone Vasconcelos Santana e Paulo Rogério Piccoli Mazzi Integrantes da Comissão de Museus : Alberto Sano, Alcídio Gaban, Denise Bontempo, Elmo Henrique G. Martins, Festo José Selvério, José Carlos Mendes. Leonice Bigoni, Luís Gonçalves Rodrigues, Márcia Helena Noma, Márcia Regina S. Ambrósio, Marcos Takasho Aoki, Maria de Lourdes Gatti Fernandes, Maria Luiza de Oliveira, Maria Negri Fernandes, Myrtes Medáglia Maluly, Ozeas Henklain Ronchi, 1. INTRODUÇÃO O presente projeto prevê a criação de um Centro Cultural no Município de Álvares Machado, Estado de São Paulo, com o objetivo de, além de outras atividades, instalar e manter um Museu Histórico no Município. A origem do termo Museu vem do grego “Museion”, casa das musas, lugar onde se guardavam os conhecimentos da humanidade, em oposição a “pinakhotéke”, que tinha o sentido de local onde se guardam coisas: estandartes, quadros, obras de arte; hoje, refere-se a mostra de quadros, enquanto que os demais artefatos, como estandartes, obras de arte, artefatos significativos encontram-se hoje em Museus. No decorrer do tempo, “tesouros” eclesiásticos, palácios, nos quais os acervos representavam reservas financeiras e as “salas de curiosidades” passaram a desempenhar o papel de museu, pois permitiam visitas. Com os grandes descobrimentos, surgiram as coleções etnográficas, geológicas, paleontológicas, e as

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atividades de arqueólogos e antiquários geraram outras tantas coleções. Foram essas coleções particulares, posteriormente nacionalizadas, os embriões de muitos museus, que começaram a surgir no começo do Século XVIII, na França, com a consciência da necessidade de preservar patrimônios para a posteridade. No entanto, pela sua forma inicial, geraram, por sua vez, a idéia hoje ultrapassada de que Museu é um local onde se guarda “velharias”, sendo um local árido e de pouco interesse.

Hoje o museu representa um local onde se desenvolve a atividade museológica e o

acervo é o seu conteúdo, composto por todo o material existente, que compõem a exposição e a reserva técnica, seja ele histórico, de história natural, artístico ou de outra natureza. Pode-se conceituar Museu como “toda instituição permanente, aberta ao público, sem fins lucrativos, que adquire, conserva, pesquisa e expõe coleções e objetos de caráter cultural ou científico para fins de estudo, educação e entretenimento” (ICOM – Conselho Internacional de Museus). Sob esta ótica o museu passa a ser responsável pela guarda, preservação e divulgação da memória histórica, artística e científica da humanidade.

Assim, o antigo conceito de depósito de velharias foi substituído por aquele de um local

dinâmico, em que as informações são transmitidas de forma agradável e com a possibilidade de um maior aproveitamento. Nos modernos museus da Europa e dos Estados Unidos, bem como em alguns brasileiros, o Museu se auto-explica, ou seja, não há necessidade de guias, o visitante, seja ele um curioso ou um estudioso, poderá informar-se a respeito do que está sendo mostrado através de tecnologias modernas como fones de ouvido, som modulado dentro do prédio, computadores com programas especiais. No entanto, quando há grupos, seja de alunos ou de turistas para a visita, a presença de guias é importante, para facilitar as explicações ou desenvolver alguma atividade específica com classes de alunos. Na Europa é comum ver-se alunos, individualmente, sentados diante de uma vitrine num museu de história natural ou de um quadro num museu de arte, desenhando, analisando, observando ou realizando tarefas solicitadas por seus professores, tentando recuperar aquilo que não deixou marcas na paisagem, mas que pode ainda ser recuperado nas instituições de memória. No Brasil estamos apenas engatinhando na utilização mais generalizada do Museu como fonte de informações valiosa.

No entanto, para que o tipo de atividade acima mencionado possa ser desenvolvido, às

vezes por horas ou até dias a fio, é necessária infraestrutura que vai desde bancos ou cadeiras para que o visitante possa se acomodar, até um local onde ele possa beber ou comer alguma coisa, ambiente limpo e, naturalmente, toilettes.

Por outro lado, uma das mais importantes alavancas do turismo é o desejo de conhecer e saber mais sobre o ambiente de outras regiões, estados, países. Este ambiente, onde se encontram e se movem seus habitantes, constitui a soma dos aspectos naturais, das estruturas sociais, históricas e culturais e que são fatores fundamentais do turismo. Os bens de caráter cultural estão entre os que mais contribuem para que o turismo se produza, porque eles determinam por si a formação de correntes de viajantes e porque são desfrutados, em maior ou menor medida, por aqueles que praticam o turismo, mesmo que movidos por outros motivos. Constituem assim os museus uma das grandes ofertas do turismo. O patrimônio cultural de cada nação ou de cada lugar se converte em um símbolo representativo e as suas manifestações (história, movimentos sociais, arte, música, folclore, arquitetura, produções técnicas e científicas) tornam-se elementos motivadores do turismo. Os valores culturais de um núcleo receptor passam a ser atrativos para pessoas de qualquer classe social, por menor que seja a inquietude intelectual que possuam, e que freqüentemente não desdenham ampliar seus conhecimentos e por vezes confessam sua ignorância e o desejo de superá-la.

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Muitos destes valores culturais, quase sempre representados por um acervo, encontram-se em um ambiente de museu. Entretanto, o museu não constitui, isoladamente, o elemento motivador e de atração do turismo. Freqüentemente está interconectado a outros atrativos tanto da natureza quanto culturais e que passam a definir a importância e o peso de determinados núcleos e regiões nos roteiros e viagens de turismo.

LOCALIZAÇÃO E HISTÓRIA DE ÁLVARES MACHADO O município de Álvares Machado está localizado na 10ª Região Administrativa do Estado de São Paulo, no Oeste do Estado, distando 13 km de Presidente Prudente (Capital da Alta Sorocabana) pela SP- 270, e 7 km pela Estrada Arthur Boigues Filho. Dista de São Paulo, capital, em linha reta, 525 km e pela SP-270 - Raposo Tavares 576 km. Coordenadas Geográficas

51 graus 21' Longitude WGR

22 graus 5' Latitude Sul

450 metros de altitude

Limites Norte : Alfredo Marcondes

Sul : Tarabai e Pirapozinho

Leste : Presidente Prudente

Oeste : Presidente Bernardes

O município de Álvares Machado, inicialmente denominado "Brejão", foi fundado por Manoel Francisco de Oliveira, em 19 de Março de 1916. Com a vinda dos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana, em 1919, outros colonizadores ali se estabeleceram.

No ano de 1921 o senhor Manoel Francisco de Oliveira iniciou um loteamento, dando-lhe o nome de "Patrimônio São Luiz". Neste mesmo ano, o Governo do Estado mudou a designação da Estrada de Ferro "Brejão", para Álvares Machado, em homenagem a um médico de Porto Feliz, Deputado Geral por três legislaturas e Deputado Provincial, agraciado com a Ordem da Rosa e a condecoração de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro, mas que nada tinha a ver com a localidade que recebeu seu nome. A procura de novas terras para agricultura e a facilidade de transportes para os centros consumidores foram elementos preponderantes no desenvolvimento local, possibilitando seu rápido povoamento.

Em 26 de dezembro de 1927, pela Lei nº 2.242, o patrimônio foi elevado a Distrito de Paz, pertencente a Presidente Prudente, e, em 30 de novembro de 1944 a município, tendo sido agregadas a seu território, parte de terras de Presidente Prudente.

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O município incluia os Distritos de Paz de Álvares Machado, Alfredo Marcondes e Coronel Goulart, até que, em 24 de dezembro de 1948, pela Lei 232, foi desanexado o Distrito de Alfredo Marcondes.

Locais Históricos

Cemitério Japonês Igreja Koboji

Igreja Anakuji

Praça da Igreja Matriz

Bebedouro de animais (1945) Instalado no ano de 1945

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Parte do acervo de fotos

O Cemitério Japonês é o principal bem cultural da cidade de Álvares Machado, sendo

o único cemitério japonês da América Latina, construído na década de 1920 para enterrar as centenas de japoneses imigrantes ou seus descendentes mortos pela epidemia de febre amarela. Em 1945, o presidente Getúlio Vargas proibiu os sepultamentos neste cemitério por entender como discriminação o fato de apenas japoneses ou descendentes serem enterrados ali. Mesmo assim, a comunidade japonesa não deixou de reverenciar as almas ali enterradas realizando anualmente a celebração denominada Shokon-Sai , que significa convite às almas para a missa. A festa dura o dia todo. São realizadas danças típicas como o Bon-Odori, mas o ponto alto da festa é quando, ao cair da tarde, são acesas velas sobre cada túmulo. O cemitério é tombado pelo CONDEPHAAT estadual.

A PROPOSTA DA CRIAÇÃO DO CENTRO CULTURAL A criação e manutenção de um Centro Cultural dará condições de apoio técnico e

informativo às atividades de pesquisa e extensão à comunidade, através de serviços relacionados às áreas de memória, documentação, visual e iconográfia, preservação do patrimônio histórico, literário e de bens culturais.

A idéia de propor o presente Projeto surgiu em função de já existir em Álvares Machado, há vários anos, uma “Comissão de Museu” , formada por funcionários da Prefeitura Municipal, vereadores e voluntários para a criação de um Centro Cultural no município. Em 2003 o então prefeito Antonio Lustre já havia conseguido junto à Rede Ferroviária um documento autorizando a ocupação e utilização do prédio da antiga Estação Ferroviária (Figura1) em comodato por um período de 10 anos, sendo que a reforma ficaria a cargo da Prefeitura Municipal e ele seria transformado em Museu Municipal (Anexo 1). Também a Comissão de Museu conseguiu angariar fundos junto ao comércio e à população local, sendo que estes fundos (aproximadamente R$ 5.000,00) estão depositados em uma conta bancária e serão disponibilizados como contrapartida para a execução do presente projeto. O Departamento de Educação, Cultura, Esportes e Lazer tem desempenhado sobretudo o papel

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de depositário de objetos históricos, fotos e documentos, sem critérios estabelecidos, mantendo sob sua guarda, sem maiores condições, o material, tendo, portanto, dificuldades na preservação e na divulgação dessa memória histórica, seja através de exposições, seja com relação ao acesso do arquivo à pesquisa. Informações de que muitos moradores antigos possuem peças históricas, documentos, jornais, fotografias e outros também têm chagado até a equipe.

Figura 1: Prédio da Estação ferroviária cedida para o município

Foto: L.Bigoni

Tendo por base a experiência adquirida quando da realização do Projeto de Políticas Públicas “Política Cultural no Município de Presidente Prudente: o Museu Histórico e seu papel educacional e turístico”, executado no período de 2000 a 2005, com financiamento da FAPESP, objetivando a reorganização do Museu e Arquivo Histórico Municipal de Presidente Prudente, numa atuação conjunta entre a Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP, Campus de Presidente Prudente e uma equipe parceira que compreendia diretores do Museu Municipal e representantes da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, surgiu a idéia de atender à nova chamada de Políticas Públicas para a proposta do presente projeto. A experiência da equipe da FCT, através das exposições etnográficas e arqueológicas realizadas pelo Centro de Museologia, Antropologia e Arqueologia (CEMAARQ) dessa instituição universitária e da abertura do seu acervo à pesquisa, em trabalhos já realizados por alunos de graduação e pós-graduação, bolsistas ou não, sob a orientação de docentes deste Campus, já havia sido o ponto de toque para a proposta do projeto anterior, relativo ao Museu Histórico de Presidente Prudente. O desenvolvimento desse projeto foi de grande valia para o acréscimo de experiências de toda a equipe, o que a levou a se dispor a transferir parte de seu conhecimento e de sua prática, num projeto de construção de um Centro Cultural em Álvares Machado. Assim, por exemplo, 03 alunos que cursaram a Disciplina Patrimônio Cultural na FCT e haviam realizado trabalhos com propostas sobre o tombamento do prédio da Estação Ferroviária, estão vendo esses trabalhos poderem ser postos em prática e passaram a participar da equipe. Reunião com o Prefeito Municipal, Engenheiro Luiz Takashi Katsutani e com a Comissão de Museu, demonstrou o interesse positivo na elaboração deste projeto. Visitas aos locais considerados históricos do município e ao acervo existente, permitiram

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visualizar o grande potencial histórico existente no município e que vale a pena ser preservado, oferecendo à população uma fonte de conhecimentos sobre sua história, seu passado, como ponte para o melhor entendimento do presente, gerando possibilidades de informações para a comunidade em geral e, sobretudo, para as escolas. Também foi efetuada uma visita a um local já de antemão disponibilizado pelo Senhor Prefeito, onde funcionará provisoriamente o Centro Cultural (figura 2), enquanto o prédio da Estação Ferroviária passará pelos ajustes necessários para abrigar o Centro. Todos esses fatos permitiram à equipe perceber a viabilidade a aceitabilidade para a formulação do presente projeto, utilizando o programa de Políticas Públicas da FAPESP, com o objetivo de dar início a um processo de criação e modernização de um Centro Cultural/Museu no município, tendo em vista a sua utilização por alunos das redes escolares da cidade e região e por turistas que visitem a cidade.

A primeira visita da equipe constituída pela UNESP e pela Prefeitura Municipal foi ao local onde funcionará inicialmente o Centro Cultural ( museu) provisório, tendo por objetivo verificar a estrutura física do prédio (figura 2). Trata-se de um antigo Clube Municipal que hoje está sem uso e é constituído por uma ampla sala com palco, sistema de som, banheiros masculino e feminino e duas salas utilizadas como despensa. Já nesta visita foi possível verificar o quanto se faz necessária uma revisão de toda a infra-estrutura física do prédio, com revisão da parte elétrica, iluminação, e colocação de persianas nas amplas janelas para reter a iluminação natural sobre a exposição, bem como o conserto de algumas goteiras e climatização do ambiente. A adequação desse espaço se faz urgente tendo em vista a relevância do material que já compõe o acervo histórico do município como mapas, fotos, documentos e peças, estão depositados numa sala provisória no Departamento de Educação e Cultura, necessitando de uma reavaliação, catalogação e disponibilização em um banco de dados para que a população possa ter acesso.

Figura 2 : Prédio onde funcionará o Centro Cultural provisório

Foto: L.Bigoni

Este Projeto prevê três etapas: a primeira, por seis meses, pretende uma verificação do que já existe, através de um diagnóstico do acervo, da infraestrutura física e das necessidades mais prementes do Centro, incluindo-se o projeto para o tombamento da Estação da Estrada de Ferro, considerado como a futura sede do Museu; prevê ainda a realização de uma campanha para aumentar o acervo. Na segunda etapa, caso a primeira seja aprovada, por dois anos, pretende-se organizar, informatizar e disponibilizar o acervo. Estas duas etapas serão realizadas com financiamento da FAPESP, enquanto que a terceira passa a ser, na verdade,

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de responsabilidade da equipe parceira, pois diz respeito à manutenção das ações viabilizadas e a política cultural instaurada pelo projeto 2.JUSTIFICATIVA

A Comissão de Criação do Museu em Álvares Machado foi formada em 2003, e vem, desde então, amealhando um acervo sobre a história de Álvares Machado. No entanto esse material, além de numericamente pequeno, não tem tido o uso desejável e possível, seja para pesquisadores, seja para alunos das escolas das redes local e regional, seja para a comunidade em geral, já que não existe espaço apropriado.

A noção do que seja História tem trazido prejuízos para a Memória da Cidade, pois, por

ser uma cidade relativamente nova, fundada em 1.921, isso fez com que durante algumas gestões municipais o Centro Cultural fosse relegado a um plano secundário, já que a idéia era de que uma cidade tão nova “não tem história”. Talvez isto fosse verdade ao considerar-se história como prédios ou artes com vestígios barrocos ou neoclássicos, ou da época do baronato do café. Mas certamente Álvares Machado teve os seus pioneiros, que trouxeram consigo padrões de cultura que hoje formam a sua história. E é esta história que a presente gestão municipal tenta revalorizar, buscando, na população, na UNESP e na FAPESP, meios de imprimir uma dinâmica necessária para a correta utilização e ampliação do acervo. A cidade possui hoje aproximadamente 25.000 habitantes, entre a área rural e urbana, contando com Coronel Goulart, o Parque dos Pinheiros e o bairro Panorama, que também fazem parte do Município, o que justifica plenamente um Centro Cultural atuante e de interesse para toda essa comunidade.

Na Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), UNESP-Campus de Presidente

Prudente, o CEMAARQ, composto por dois laboratórios, o de Estudos Antropológicos e o de Estudos Arqueológicos atua como Centro de Pesquisa e Museu, sob os três aspectos: pesquisa, divulgação e conservação. Dentro da preocupação, sobretudo da divulgação, foi elaborado na FCT o Projeto “Museu-Escola: Dialogando com a Interdisciplinaridade”, envolvendo docentes dos Departamentos de Planejamento, Urbanismo e Ambiente e de Educação, bem como alunos dos cursos de Geografia e de Pedagogia. Este Projeto prevê visitas como parte de uma atividade tríplice: inicialmente é montado um texto pelos envolvidos no Projeto, a ser trabalhado por professores em sala de aula; em seguida monitores explicam o material exposto e permitem aos visitantes, sobretudo escolares, o manuseio de peças provenientes da reserva técnica e, finalmente é feita uma avaliação pelos professores, como feedback para posteriores programações. No presente projeto deverá ser implantada uma atividade semelhante a esta, sobretudo com alunos das escolas da cidade e região.

No presente Projeto pretende-se envolver também membros do grupo de Terceira

Idade (CCI - Centro de Convivência do Idoso) que fazem parte do Projeto Social da Prefeitura Municipal e que são moradores antigos da cidade, para que possam atuar, através de voluntariado, junto ao projeto, até eventualmente servindo como “memórias-vivas” durante visitas orientadas de alunos. Também poderá contar com a Associação de Mulheres de Negócios, que tem se mostrado muito atuante na cidade.

Outro elemento não menos importante é o da experiência adquirida pelo CEMAARQ

durante o desenvolvimento do Projeto Política Cultural Município de Presidente Prudente: o Museu Histórico e seu papel educacional e turístico , financiado pela FAPESP através do edital de Políticas Públicas aberto em 2000. Para tanto foi montada uma equipe com docentes

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e alunos de vários Departamentos da Faculdade de Ciências e Tecnologia, que ora se dispõe a repassar seus conhecimentos na organização do Centro Cultural de Álvares Machado.

O interesse pelo presente projeto partiu da Professora Drª Ruth Künzli, com total apoio

do Senhor Prefeito Municipal, Engenheiro Luís Takashi Katsutani e da Comissão de Museus de Álvares Machado, que se mostraram dispostos a um empenho para que tudo o que venha a ser implantado tenha continuidade futura, conforme mostra o documento em anexo (Anexo 2) e que, aliás, é uma das exigências da FAPESP.

O Projeto envolve docentes das áreas de História, Geografia e Educação, com

experiência em pesquisas de registro de memória histórica e o cadastramento de fotos e jornais; de Cartografia, para o tratamento do material cartográfico existente, que transpõe os séculos XIX e XX; de Educação, com experiência em atividades das mais variadas com escolares e com grupo de Terceira Idade; de Matemática, com experiência na área de estatística, sendo que esta docente passou a integrar a equipe por dois motivos primcipais ou seja, por ser descendente de imigrantes japoneses e por ser moradora de Álvares Machado,o que lhe permitirá estabelecer uma interface muito importante entre a equipe e a população de origem japonesa.

Por outro lado, já há vários anos pesquisadores do Departamentos de Planejamento,

Urbanismo e Ambiente, de Geografia e de Cartografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia vêm realizando várias pesquisas naquele município; salientam-se as pesquisas arqueológicas, estudos referente à imigração japonesa e, mais recentemente, estudos com vistas à formalização do Plano Diretor. Com relação aos estudos arqueológicos, alguns sítios arqueológicos já foram localizados pela equipe da FCT, sendo que os materiais estão sob guarda do CEMAARQ (figura 3). Durante a execução do presente projeto eles deverão ser catalogados, analisados, reconstituídos e colocados numa exposição temática a respeito da “Pré-história local”, no Centro Cultural, mostrando os vestígios deixados por uma população que viveu no município há pelo menos 1.000 anos antes do presente. Uma coleção única e completa de jornais da cidade em poder de um cidadão machadense, importantíssima para a história da cidade, deverá ser micro-filmada e disponibilizada às comunidade através de uma leitora adequada. Um banco de dados oferecerá também informações sobre temas como economia, esporte, educação, saúde, propaganda, etc. que, incorporados ao presente Projeto, certamente dará continuidade a este tipo de levantamentos e permitirá o estudo da memória, compondo a teia de acontecimentos e identificando ideologias diversas na construção das imagens dos objetos.

Figura 3 :material arqueológico do município de Álvares Machado

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Fonte: acervo do CEMAARQ

Um outro ponto muito positivo é que, além de já ter uma equipe formada por

pesquisadores, técnicos e alunos, poderá utilizar ainda toda uma tecnologia através de equipamentos já adquiridos, seja pelos programas INFRAs I,II,II,IV e V e pelo Projeto de Políticas Públicas realizado junto à Prefeitura Municipal de Presidente Prudente, que estão à disposição desta equipe (máquinas digitais, scanner A0, e outros), (figura 4).

Figura 4: Scanner de grande formato

Foto: CEMAARQ

Fonte: Relatório Fapesp Fonte: acervo CEMAARQ

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3. OBJETIVOS

O presente Projeto propõe-se a criar o Centro Cultural do Município de Álvares Machado-SP, contemplando um Museu Histórico, para dar condições de continuidade à pesquisa historiográfica e cartográfica e ao gerenciamento do acervo histórico que faz parte do município de Álvares Machado. Considerando que o material necessita de uma avaliação prévia e cuidados de manutenção, estes objetivos também estarão sendo contemplados.

Por outro lado, objetiva-se dar ao Centro Cultural condições para agir na outra vertente

de sua função, qual seja a de divulgação do seu acervo para pesquisa e exposições. Além disto, ele deverá estar direcionado também para ser incluído em roteiros turísticos, uma vez que o município pretende dinamizar o turismo através de política apropriada.

3.1. OBJETIVOS GERAIS

a) Ampliação do acervo b) Estruturação do Arquivo c) Informatização do Acervo d) Organização das exposições e) Implantação do Projeto Museu-Escola f) Implantação do Projeto Museu-Turismo

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

3.2.A Primeira etapa (concernentes aos primeiros 06 meses do projeto):

♦ realizar uma campanha para ampliar o acervo histórico relativo ao Município; ♦ avaliar o acervo de material histórico já existente, com a presença de

pesquisadores da própria Unesp e especialistas; ♦ avaliar o arquivo existente; ♦ avaliar e concentrar o material cartográfico, que está em diferentes locais; ♦ avaliar a coleção de jornais existentes; ♦ levantamento bibliográfico sobre o Município em Bibliotecas da região e do

Estado; ♦ acompanhamento bibliográfico para a atualização das ações a serem

desenvolvidas com os acervos. ♦ diagnosticar as condições físicas do prédio cedido pela Prefeitura para abrigar

o Centro Cultural; ♦ diagnosticar as condições físicas do prédio da Estação Ferroviária para a

proposição de obras de restauro e revitalização , para abrigar futuramente o Museu, tendo em vista a recuperação do estilo original do prédio também em sua parte interna;

♦ consolidar a parceria entre o Departamento Municipal de Cultura, a Comissão de Museus, a Associação de Mulheres de Negócios e a FCT/UNESP, através

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de seus Departamentos de Planejamento, Geografia, Cartografia, Educação e Matemática e Estatística;

♦ equipar um espaço definido para a execução do Projeto; ♦ elaborar propostas mais detalhadas tendo em vista o diagnóstico previsto nos

itens 1,2 e 3; ♦ verificar, através de testes, as condições de micro-filmagem e/ou conversão

analógico-digital via scanner; ♦ elaborar um projeto-piloto ou protótipo para o Centro; ♦ estabelecer contatos com Museus de São Paulo, com vistas a um futuro

treinamento de técnicos e estagiários. ♦ iniciar o treinamento tanto dos funcionários do Centro quanto daqueles

cedidos pela Prefeitura Municipal de Álvares Machado.

Esta etapa deverá ser acompanhada de perto pelos membros da equipe parceira, sobretudo os funcionários atuais e os que estarão à disposição do Centro, para que seja dada continuidade ao projeto após o término formal deste.

3.2.B Segunda etapa (para os dois anos seguintes)

♦ criar um banco de dados informatizado sobre o acervo e o arquivo do

Centro; ♦ elaborar propostas para solução de problemas relativos ao Centro; ♦ organizar o material para pesquisa histórica; ♦ preparar o material do acervo para exposição; ♦ registrar o material de arquivo através de micro-filmagem e/ou conversão

analógico-digital e geração em CD; ♦ automatizar a mapoteca através do emprego de um gerenciador de

informações de banco de dados; ♦ dar prosseguimento ao levantamento bibliográfico, acompanhando o

desenvolvimento das técnicas museológicas e museográficas; ♦ formar, treinar e capacitar técnicos para permitir a manutenção do acervo, a

orientação de visitantes e dar continuidade às pesquisas historiográficas relativas ao acervo do Centro;

♦ implementar o Projeto Museu-Escola; ♦ organizar o acervo do Museu relativamente a: fotos (inclusive aéreas),

retratos, documentos oficiais, jornais, depoimentos orais através de fitas cassetes e VHS; peças de cotidiano;

♦ incrementar e ampliar documentos dados históricos através de depoimentos de pessoas mais antigas sobre a memória da cidade e da região;

♦ adequar as condições físicas de instalação do acervo e de exposição, zoneamento do espaço e revisão da iluminação;

♦ confeccionar folders para distribuição ao público; ♦ produzir o protótipo de CD-Rom sobre o Museu e a história da cidade, para

envio às escolas como material preparatório para visitas. ♦ elaborar e disponibilizar uma “home page” para disseminação junto aos

internautas.

Já durante a primeira etapa, portanto com os dados e as necessidades levantados, sobretudo no que diz respeito à Estação da Estrada de Ferro, é intenção da equipe da UNESP auxiliar na montagem de projetos que possam ser apresentados a fundações que auxiliam especificamente reformas e restauros de Centros Culturais e Prédios Históricos, com o objetivo

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de que se possa fazer uso da Estação da Estrada de Ferro para a instalação do museu, através de uma reforma completa e ampliação do espaço físico construído. 4. MATERIAL, MÉTODOS E TÉCNICAS

Inicialmente será utilizado o método analítico, para que possa ser feito o diagnóstico da situação atual dos acervos (arquivo, material histórico e cartográfico); será feito também um teste para verificar qual a melhor maneira de preservar o arquivo, jornais e material cartográfico, seja através de micro-filmagem, seja através da utilização de scanner e conversão analógico-digital, ou através de ambos. Com base nos resultados do diagnóstico serão montados bancos de dados e imagens relativos aos ítens do acervo. Na segunda etapa (dois anos) serão utilizados métodos cartográficos e historiográficos, que permitirão o aproveitamento dos acervos de mapas e de artefatos. Serão utilizadas técnicas da Informática, através de softwares apropriados, tais como o Visual Class e o Re-map, para os arquivos fotográfico, de peças e de documentos; através de acesso a cursos e estágios, funcionários da prefeitura e/ou membros da Comissão de Museus terão acesso às modernas técnicas de curadoria do material, de museologia e de museografia, para a adequada utilização tanto do espaço físico quanto do acervo, bem como á sua preservação. O método pedagógico de aprendizagem será utilizado na elaboração das atividades com escolares. Todos os procedimentos serão acompanhados por pesquisa bibliográfica.

Para a execução das tarefas serão necessários os seguintes materiais: para a primeira

etapa um micro-computador, impressora, scanner, software class, gravador de CD, esterilizadores de ambiente, 1 vídeo VHS, 1 DVD, televisão, aparelho de som, câmara digital, filmadora.

Serão utilizados também trabalhos já realizados por alunos e docentes desta Unidade,

através de financiamentos, inclusive da FAPESP, que estarão constando da Bibliografia abaixo. 5. FORMAS DE ANÁLISE DOS RESULTADOS

Ao final da primeira etapa, o resultado das análises estará contido num diagnóstico generalizado da situação da infra-estrutura física e dos acervos de peças, do arquivo e do material cartográfico. Com base neste diagnóstico deverá ser feito o planejamento da segunda etapa (por dois anos), quando os acervos serão submetidos a pesquisas para tornar seu uso apropriado para guarda, para mostra a visitantes, turistas e alunos dos vários graus de ensino da cidade e região, bem como para pesquisadores. Por outro lado, a própria manutenção do Centro Cultural (Museu) deverá estar apropriada para poder manter sob os melhores parâmetros de curadoria o patrimônio cultural que ali será depositado. Também com base nesses resultados será organizada a exposição permanente e previstas exposições temporárias, bem como serão postos em prática os sub-projeto Museu-Escola e Museu-Turismo. Pretende-se também, durante a execução do projeto e ao seu término, divulgar os resultados, seja em eventos científicos, seja em publicação própria. 6. PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA

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O trabalho envolverá, durante todo o projeto, a equipe da UNESP e a equipe parceira num mutirão. Durante a primeira etapa, durante a qual se fará uma campanha na cidade, para localizar e conseguir obter o material existente nos diferentes locais e em posse de particulares, deverão ser envolvidos também todos os meios de comunicação. O material será levado ao local onde funcionará o Centro Cultural, onde será recebido por pesquisadores e técnicos, passando por uma triagem, sendo provisoriamente identificados e catalogados para posterior análise, recebendo cada doador um documento alusivo. Em seguida, todo o material levantado será colocado em bancos de dados, para permitir o diagnóstico de sua situação atual e permitir a programação da etapa seguinte.

A. 03 meses iniciais: adequação do espaço cedido pelo Prefeito Municipal para a execução do Projeto e instalação do computador; mutirão para campanha de doação e catalogação inicial das peças, quanto com uma avaliação do material histórico, do arquivo, da documentação cartográfica, com indicativo de eventuais ações reparadoras e a consolidação da parceria entre Departamentos Municipais, Comissão de Museu e FCT/UNESP;

B. 02 meses: realização de testes com o material jornalístico para verificar a viabilidade de micro-filmagem e/ou registro em scanner e conversão analógico-digital; início da elaboração do diagnóstico com vistas ao planejamento posterior através de propostas mais detalhadas; elaboração do projeto-piloto para o Centro Cultural (Museu) e estabelecer contatos com Museus de São Paulo; treinamento do pessoal da equipe parceira pela equipe da UNESP e por especialistas de outras localidades.

C. 01 mês : completar as tarefas previstas e elaboração do relatório, contendo as

propostas para a etapa seguinte. 6. BIBLIOGRAFIA 6.A. Trabalhos acadêmicos já existentes com dados junto ao Museu: EMERICH, Alessandro R. – “AutoMap 3,0: software para automação de mapotecas”, trabalho

realizado como bolsista da FAPESP, sob a orientação da Profª Drª Arlete Aparecida Correia Meneguette, junto ao Departamento de Cartografia, em andamento.

FRANCISCO, Francisco C. et alii – “Relatório do Projeto “Reconstituição histórico-cartográfica da evolução da estrutura fundiária da Alta Sorocabana e do processo de expansão territorial urbana de Presidente Prudente”, realizado como estágio não obrigatório, sob a orientação dos Professores Doutores Maria Encarnação Beltrão Spósito e Márcio Antônio Teixeira, junto ao Departamento de Geografia Humana e Regional, FCT, 1984

MARTINES, Patrícia R. – “Relatório do Projeto “Metodologia para análise espaço-temporal da expansão urbana através de Geoprocessamento: uma aplicação para a cidade de Presidente Prudente”, realizado como estágio não obrigatório, sob a orientação da Professora Doutora Arlete Aparecida Correia Meneguette, junto ao Departamento de Cartografia, 1999.

MÁXIMO, Maria Â. Z. – “Análise da evolução gráfica aplicada na Cartografia”, relatório de pesquisa em RDIDP, junto ao Departamento de Cartografia, sob a orientação das Professoras Doutoras Cleide S.C. Biancardi e Arlete Aparecida Correia Meneguette, junto ao Departamento de Cartografia, FCT, 993.

MÁXIMO, Maria Â.Z. – “Documentos cartográficos de Presidente Prudente,- Cronologia e contexto histórico – séculos XIX e XX”, relatório de pesquisa em RDIDP, junto ao

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Departamento de Cartografia, FCT, sob a orientação da Professora Doutora Arlete Aparecida Correia Meneguette, 1994

MELO, Jayro G. – “A trajetória de um Jornal: ‘A Voz do Povo’ e seus compromissos político-ideológicos (1933-1935)”, Departamento de Geografia, projeto em andamento.

MENEGUETTE, Arlete A C. (coor.) – “SIG-PONTAL: Sistema de Informações Geográficas para o Pontal do Paranapanema”- Departamento de Cartografia, FCT, 1998

SILVA, C. B. e BILHEIRO, Pedro L. – “Sistema Municipal de Arquivo: um compromisso com a democracia participativa (do caos ao seu planejamento em Presidente Prudente)”; monografia junto ao Curso de Especialização Latu Sensu Planejamento e Gestão Municipal , sob a coordenação da Professora Doutora Lúcia Maria Gomes Corrêa Ferri, junto ao Departamento de Planejamento da FCT, 1998

TOMASELLI, Antonio M.G. et alii – Relatório do “Projeto Exposição Temática Aspectos da Topografia na Região de Presidente Prudente, segundo a documentação de Francisco Cunha”, realizado como estágio não obrigatório sob a orientação dos Professores Doutores Lúcia Maria Gomes Corrêa Ferri, Maria de Lourdes Ferreira Lins e Gilberto José Garcia, junto ao Departamento de Cartografia, FCT, 1983.

VALENTE, Luís P. e JORDÃO, Daniele R. – “O Tênis Clube de Presidente Prudente e seu papel na história da cidade”, projeto desenvolvido com financiamento PIBIC, sob a orientação do Prof. Dr. Jayro Gonçalves Melo, junto ao Departamento de Geografia. Em andamento.

7.B. Textos relativos a Museu, museologia, arquivo . ABREU, Dióres S. – Formação Histórica de uma cidade pioneira paulista: Presidente Prudente . FFCLPP, Presidente Prudente, 1972. BANN, Stephen – As invenções da história . Trad. F. Villas-Boas, São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1994 BENOIST, Luc – Musées et Muséologie , PUF< Paris, 1971 BOSI, Ecléa – Memória e sociedade: lembranças de velhos . São Paulo, T. Aqueiroz: Editora da Universidade de São Paulo, 1987. BRUNO, Maria C. O. – “Os necessários alicerces para o desenvolvimento dos processos museais: o programa de Estudos museológicos”. Ciência em Museus , 4, 1992. CINTRA, Jorge P. e MEDEIROS FILHO, Dante A .- “A forma de apresentação de imagens digitais e sua influência no processo de comunicação visual”. Colloquium, I,3, Presidente Prudente, 1998 DANTAS, Beatriz G. – “A interdisciplinaridade como processo de trabalho: um estudo de caso envolvendo pesquisa e extensão”. Ciência em Museus , 4, 1992. FLEMING, Maria I. D’ª - “As exposições museológicas: a interdisciplinaridade é possível?”. Ciência em Museus , 4. 1992. FURET, François – A oficina da história . Trad. Revista por A. D. Rodrigues, Lisboa; Gradiva, s.d. JAMESON, Samuel H. – Administração de Arquivos e Documentação . Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 1964. MOUTINHO, Mário – “Museologia: novos enfoques / novos desafios” Ciência em Museus, 4,1992 Museus e Monumentos Históricos de São Paulo , Secretaria dos Negócios da Educação, São Paulo, 1960 PAIVA, Orlando M. (ed.) – Museu Paulista/USP. São Paulo, Banco Safra. 1984

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PRADO, Heloísa de A . – A Técnica de Arquivar . São Paulo, Ed. Polígono, 1970 SCHAFF, Adam - História e verdade . Trad. De M.P. Duarte, São Paulo:Ed. Martins fontes, 1978. SOBOTA, Karel M. – “A implementação de meios eletrônicos de armazenamento de informações em acervos etnográficos” Revista do Museu Paulista , XXXIII. TAVARES, Regina M.M. – “Ação cultural dos Museus”. Ciência em Museus , 4, 1992 VEYNE, Paul. Como se escreve a história . Trad. De A J. S. Moreira, Lisboa: Edições 70, 1983.

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QUALIFICAÇÃO DA EQUIPE PARCEIRA A equipe parceira está assim composta: Engenheiro Luís Takashi Katsutani, Prefeito Municipal de Álvares Machado, Antonio Pereira da Silva, Diretor do Departamento de Educação, Cultura Esportes e Lazer de Álvares Machado, Simone Vasconcelos Santana, estagiária na Prefeitura Municipal e aluna do 4º ano de Engenharia Ambiental da FCT/UNESP, Aline de Oliveira Miraglia, estagiária na Prefeitura Municipal e aluna do curso de bacharelado em geografia da FCT/UNESP; Paulo Rogério Piccoli Mazzi, baluno do Bacharelado em Geografia na FCT; Anacleto Avelaneda, cidadão e proprietário de uma gráfica local; Alberto Sano, empresário no município; Alcídio Gaban, comerciante; Denise Bontempo, professora do curso de Turismo da UNOESTE; Elmo Henrique G. Martins, empresário Machadense; Festo José Selvério, militar e vereador machadense; José Carlos Mendes, artista plástico; Leonice Bigoni, Auxiliar Acadêmica junto ao CEMAARQ/FCT/Unesp; Márcia Regina S. Ambrósio, Advogada; e os professores e cidadãos machadenses: Marcia Helena Noma, Marcos Takashi Aoki, Maria de Lourdes Gatti Fernandes, Maria Luiza de Oliveira, Maria Negri Fernandes, Myrtes Medaglia Maluly. CONTRAPARTIDA EXPLICITADA EM ÍTENS ORÇAMENTÁRIOS EM REAIS 1. Avaliação da parte estrutural do Centro Cultural (Museu) 3.000,00 2. Móveis (2 armários, 2 mesas e 2 cadeiras, 3 prateleiras) 930,00 3. Materiais de escritório 1.200,00 4. Instalação de ar condicionado e adequação da rede 5.000,00 5. Salário de 04 funcionários que estarão disponíveis durante o desenvolvimento do Projeto 2.340,00 Total da contrapartida 12.470,00 CONTRAPARTIDA DA FCT- UNESP

1. Equipamentos adquiridos através de projetos anteriormente contemplados pela FAPESP e por outros órgãos financiadores, tais como o scanner A0, máquinas digitais, GPS, dentre outros. Por outro lado, há que mencionar também a própria experiência da equipe adquirida durante o desenvolvimento do Projeto de Políticas Públicas anterior.

PROPOSTAS PARA A SEGUNDA ETAPA

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Com base no diagnóstico realizado na primeira etapa, faremos o planejamento da segunda etapa (por dois anos), quando os acervos adquiridos e organizados serão submetidos a pesquisas para tornar seu uso apropriado para guarda, para mostra a visitantes, turistas e alunos dos vários graus de ensino da cidade e região, bem como para pesquisadores. Por outro lado, a própria manutenção do Centro Cultural (Museu) deverá estar apropriada para poder manter sob os melhores parâmetros de curadoria o patrimônio cultural que foi doado e que ainda continua sendo e que ali está guardado. Também com base nesses resultados será organizada a exposição permanente e previstas exposições temporárias, bem como serão postos em prática os sub-projeto Museu-Escola e Museu-Turismo. Pretende-se também, durante a execução do projeto e ao seu término, divulgar os resultados, seja em eventos científicos, seja em publicação própria. 7. PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA PARA A SEGUNDA ETAPA Todo o material doado e cadastrado na primeira fase do projeto estão guardados em armários e prateleiras de aço adquiridos pela equipe parceira em duas salas que foram adequadas para recebe-los

O trabalho envolverá, durante todo o projeto, a equipe da UNESP e a equipe parceira num mutirão. Durante os primeiros meses será necessário fazer uma revisão no prédio onde funcionará as exposições permanente e as temáticas material será levado ao local onde funcionará o Centro Cultural, onde será recebido por pesquisadores e técnicos, passando por uma triagem, sendo provisoriamente identificados e catalogados para posterior análise, recebendo cada doador um documento alusivo. Em seguida, todo o material levantado será colocado em bancos de dados, para permitir o diagnóstico de sua situação atual e permitir a programação da etapa seguinte.

D. 03 meses iniciais: adequação do espaço cedido pelo Prefeito Municipal para a execução do Projeto e instalação do computador; mutirão para campanha de doação e catalogação inicial das peças, quanto com uma avaliação do material histórico, do arquivo, da documentação cartográfica, com indicativo de eventuais ações reparadoras e a consolidação da parceria entre Departamentos Municipais, Comissão de Museu e FCT/UNESP;

E. 02 meses: realização de testes com o material jornalístico para verificar a viabilidade de micro-filmagem e/ou registro em scanner e conversão analógico-digital; início da elaboração do diagnóstico com vistas ao planejamento posterior através de propostas mais detalhadas; elaboração do projeto-piloto para o Centro Cultural (Museu) e estabelecer contatos com Museus de São Paulo; treinamento do pessoal da equipe parceira pela equipe da UNESP e por especialistas de outras localidades.

F. 01 mês : completar as tarefas previstas e elaboração do relatório, contendo as

propostas para a etapa seguinte.