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NOTAS EXPLICATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 30 DE JUNHO DE 2018 (Valores expressos em R$)
1. ATIVIDADE
A CREDICOAMO CRÉDITO RURAL COOPERATIVA, constituída em 17 de novembro de 1989,
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil, em 13 de dezembro de 1989, é uma
cooperativa de crédito rural singular plena e sua sede está localizada no município de Campo
Mourão/PR, à Rua Fioravante João Ferri, nº 99 - Jardim Alvorada, tendo como objetivo a
assistência financeira e prestação de serviços aos seus cooperados. A CREDICOAMO possui
45 postos de atendimentos localizados nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso
do Sul, que atendem 19.248 cooperados.
2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Na elaboração das demonstrações contábeis adotamos as alterações na legislação societária
introduzidas pelas Leis nº 11.638/07 e 11.941/09. As Normas Brasileiras de Contabilidade
incorporaram estas alterações decorrentes deste processo de convergência através da
aceitação dos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC.
As demonstrações contábeis de 30 de junho de 2018 e de 2017 foram elaboradas de acordo
com os critérios estabelecidos pelo Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro
Nacional – COSIF, do Banco Central do Brasil, o qual contempla parte das Normas Brasileiras
de Contabilidade que foram alteradas pelo processo de convergência com as normas
internacionais de Contabilidade (IFRS). Os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC) para os quais o Conselho Monetário Nacional emitiu posicionamento sobre a
sua aplicabilidade para as instituições financeiras foram os seguintes: CPC Conceitual Básico
(Resolução 4144/12), CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável do Ativo (Resolução 3566/2008),
CPC 02 - Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis
(Resolução 4524/2016), CPC 03 - Fluxo de Caixa (Resolução 3604/2008), CPC 05 - Divulgação
sobre Partes Relacionadas (Resolução 3750/2009), CPC 10 - Pagamento Baseado em Ações
(Resolução 3.989/2011); CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de
Erro (Resolução 4007/2011); CPC 24 - Eventos Subsequentes (Resolução 3973/2011); CPC 25
- Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (Resolução 3.823/09) e CPC 33 –
Benefícios a Empregados (Resolução 4424/2015). Outras resoluções atreladas a contabilidade
internacional, mas sem referendar CPCs: Ativo Imobilizado (Resolução 4535/2016) e CPC 04-
Ativo Intangível (Resolução 4534/2016).
Na elaboração destas demonstrações contábeis também foram observadas as disposições da
legislação cooperativista.
Para efeito de comparabilidade, as demonstrações financeiras encerradas em 30 de junho de
2018 estão ladeadas pelas demonstrações de 30 de junho de 2017, demonstradas em reais.
3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
a) Apuração do resultado
As receitas e despesas são apropriadas mensalmente, pelo regime de competência.
b) Operações ativas e passivas
As operações ativas e passivas com encargos pré e pós-fixados são registrados pelo valor
principal, com acréscimo dos respectivos encargos incorridos, inclusive atualização monetária,
observada a periodicidade da capitalização contratual.
c) Operações de crédito
As operações de crédito estão classificadas de acordo com o risco apresentado, amparadas por
informações internas e externas em relação ao devedor e seus garantidores, e em relação à
operação, levando-se em conta, ainda, as situações de renda e patrimônio, bem como outras
informações cadastrais do devedor, conforme resoluções emanadas pelo Banco Central do
Brasil.
d) Efeitos inflacionários
Os valores que compõem o Ativo Permanente e o Patrimônio Líquido não foram corrigidos
monetariamente, em obediência à Lei 9.249/95, art. 4º, que revogou a correção monetária das
demonstrações financeiras.
e) Imobilizado e intangível
O imobilizado é demonstrado pelo custo de aquisição/construção, deduzido da depreciação
calculada pelo método linear, com base nas taxas anuais descritas na nota explicativa n° 09.
O intangível está demonstrado pelo custo incorrido deduzidas as amortizações acumuladas,
calculadas pela estimativa de vida útil do bem conforme pronunciamento técnico CPC 04 e
registrado no patrimônio conforme Carta Circular 3.357 do Banco Central do Brasil.
f) Provisões para risco de crédito
As provisões para risco em operações de crédito foram constituídas atendendo os normativos
do Banco Central do Brasil, a partir das Resoluções 2682/1999 e 2697/2000, classificando as
operações por faixas de riscos constituindo as devidas provisões.
g) Passivos e ativos contingentes
As práticas contábeis para registro, mensuração e divulgação de ativos e passivos contingentes
são efetuados de acordo com os critérios definidos na Resolução 3823/09 do Banco Central, e
no Pronunciamento Técnico CPC 25, a saber:
Ativo contingente – são reconhecidos somente quando a administração possui total
controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as
quais não cabem mais recursos; caracterizando o ganho como praticamente certo;
Passivo contingente – são reconhecidas nas demonstrações contábeis quando, levando
em conta a opinião de assessores jurídicos e da administração, a natureza das ações, à
complexidade e o posicionamento dos tribunais, sempre que a perda for avaliada como
provável, o que ocasiona uma provável saída de recursos para liquidação das obrigações e
quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos
contingentes classificados como perdas possíveis pelos assessores jurídicos são apenas
divulgados em notas explicativas, enquanto aqueles classificados como perda remota não
requerem provisão e divulgação.
4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Caixa e equivalentes de caixa incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários e investimentos
com liquidez imediata, que são utilizados para o gerenciamento dos compromissos de curto
prazo da cooperativa, compreendendo:
CONTAS 30/06/2018 30/06/2017
Caixas e Saldos em Bancos 13.863.904 13.903.246
Relações Interfinanceiras 624.523.454 972.901.844
TOTAL 638.387.358 986.805.090
Demonstração do fluxo de caixa
Obedecendo às normas vigentes, Resolução CMN 3.604/2008 em consonância com a
Resolução CFC 1.296/2010, itens 48 a 52, registramos como informações complementares a
nossa Demonstração de Fluxo de Caixa que todo saldo de Caixa e Equivalentes estava
disponível para a entidade na data de 30/06/2018. A instituição não possui linha de crédito pré-
aprovada.
5. RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS
As Relações Interfinanceiras compreendem os valores da Compensação de Cheques e Outros
Papéis a Devolver. Também compõem os saldos das Relações Interfinanceiras, cheques e
outros papeis remetidos ao serviço de compensação.
Tipo 30/06/2018 30/06/2017
Cheque e Outros Papéis Remetidos 2.848 14.633
Cheques Papéis Remetidos Serv. Comp. 3.261.634 2.478.683
Créditos Vinculados – Banco Central - 164
Total 3.264.482 2.493.480
6. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA
Em 30 de junho de 2018, comparando com 30 de junho de 2017, a composição da carteira de operações de crédito apresenta a seguinte
distribuição:
6.1 – Composição da carteira de crédito por tipo de operação e prazos:
Modalidade Curso Normal - À Vencer
Até 30 dias Até 60 dias Até 90 dias Até 180 dias Até 360 dias Acima de 360 dias
Total em 30/06/2018
Total em 30/06/2017
Empréstimos/Títulos Descontados 7.472.129 5.288.195 11.679.386 40.620.002 24.726.469 8.323.434 98.109.615 161.575.197
Financiamentos 78.817 732.452 938.406 2.702.823 8.755.616 32.114.454 45.322.568 40.829.825
Financiamentos Rurais – Recursos Próprios
46.703 1.662.295 5.773.386 21.608.278 15.881.920 255.743 45.228.325 72.750.052
Financiamentos Rurais – Recursos de Repasse
20.093.822 28.184.834 30.734.910 215.367.092 411.581.349 9.708.838 715.670.845 721.533.496
Total Operações de Crédito 27.691.471 35.867.776 49.126.088 280.298.195 460.945.354 50.402.469 904.331.353 996.688.570
Outros Créditos - - - - 149.520 - 149.520 338.934
TOTAL GERAL 27.691.471 35.867.776 49.126.088 280.298.195 461.094.874 50.402.469 904.480.873 997.027.504
Modalidade Curso Anormal – Vencidas
Até 30 dias Até 60 dias Até 90 dias Até 180 dias Até 360 dias Acima de 360 dias
Total em 30/06/2018
Total em 30/06/2017
Empréstimos/Títulos Descontados 2.257.233 1.634.402 3.625.942 889.082 1.907.785 - 10.314.444 17.465.459
Financiamentos - 597.783 21.775 - 14.800 - 634.358 416.703
Financiamentos Rurais – Recursos Próprios 30.201 - - 7.191 - - 37.392 1.815.947
Financiamentos Rurais – Recursos de
Repasse 8.546.110 42.419 - 15.995 1.549.658 - 10.154.182 13.194.831
Total Operações de Crédito 10.833.544 2.274.604 3.647.717 912.268 3.472.243 - 21.140.376 32.892.940
Outros Créditos - - - 276.468 - - 276.468 -
TOTAL GERAL 10.833.544 2.274.604 3.647.717 1.188.736 3.472.243 - 21.416.844 32.892.940
6.2 – Composição da carteira de crédito por nível de risco
Nível de Risco Carteira Provisão
30/06/2018 30/06/2017 30/06/2018 30/06/2017
AA 15.680.400 75.050.330 39.192 187.626
A 483.402.452 471.694.274 3.625.476 3.537.710
B 355.713.388 352.407.476 7.113.840 7.048.153
C 39.276.889 74.408.730 2.552.977 4.836.569
D 15.474.992 13.156.009 3.094.998 2.631.208
E 6.281.377 15.631.027 2.512.551 6.252.411
F 1.984.074 5.528.022 1.190.444 3.316.813
G 2.098.583 1.889.039 1.783.795 1.605.683
H 5.985.562 20.155.537 5.985.562 20.155.537
TOTAL 925.897.717 1.029.920.444 27.898.836 49.571.710
6.3 – Valores em prejuízo registrados no compensado
Exercícios 30/06/2018 30/06/2017
Créditos Baixados últimos 12 meses 26.345.777 1.737.656
Créditos Baixados entre 13 e 48 meses 1.506.745 674.054
Créditos Baixados a mais de 49 meses 3.181.930 3.237.239
TOTAL 31.034.452 5.648.949
7. OUTROS CRÉDITOS
Contas 30/06/2018 30/06/2017
Avais e Fianças Honrados 276.468 14.012
Rendas a Receber 2.249.040 1.644.187
Devedores Diversos – País 437.396 525.659
Devedores por Compra de Valores e Bens 149.520 324.923
Diversos 287.876 200.736
(-) Provisão para outros créditos (277.589) (16.448)
TOTAL 2.685.315 2.167.410
8. ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Em 30 de junho de 2018, comparando com 30 de junho de 2017, a composição da carteira de
operações de crédito apresenta a seguinte distribuição:
Representam valores a receber após 30 de junho de 2019:
Contas 30/06/2018 30/06/2017
Títulos de Renda Fixa 435.517.904 103.427.397
Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 74.668.206 -
Operações de Crédito 50.402.469 51.896.501
TOTAL 560.588.579 155.323.898
9. ATIVO PERMANENTE
9.1 – Imobilizado
Contas
Taxa Deprec. Ano %
30/06/2018 30/06/2017
Valor Deprec. (Acum.)
Saldo Líquido
Saldo Líquido
Equipamentos de Proc. de dados 20% 690.065 295.821 394.244 491.954
Veículos 20% 365.206 202.857 163.349 236.142
Direitos de Uso - 1.906 - 1.906 1.906
TOTAL 1.057.177 498.678 558.499 730.002
9.2 – Intangível
Contas
Taxa Amort. Ano %
30/06/2018 30/06/2017
Valor Amortiz. (Acum.)
Saldo Líquido
Saldo Líquido
Outros Ativos Intangíveis 20% 1.265.878 258.265 1.007.613 602.864
TOTAL 1.265.878 258.265 1.007.613 602.864
10. QUADRO DE DEPÓSITOS
10.1 – Composição dos depósitos:
Depósitos 30/06/2018 30/06/2017
À Vista 107.147.586 68.503.571
A Prazo 589.872.931 572.544.010
Interfinanceiros 731.416.794 -
TOTAL 1.428.437.311 641.047.581
10.1.1 – Depósitos à vista:
Contas 30/06/2018 30/06/2017
Pessoas Físicas 105.266.521 66.835.920
Pessoas Jurídicas 1.881.065 1.667.651
TOTAL 107.147.586 68.503.571
10.1.2 – Depósitos a prazo:
Contas 30/06/2018 30/06/2017
Pessoas Físicas 530.446.630 353.431.635
Pessoas Jurídicas 59.426.301 219.112.375
TOTAL 589.872.931 572.544.010
10.1.3 – Depósitos interfinanceiros
Contas 30/06/2018 30/06/2017
Circulante Não Circulante Total Total
Banco Itaú S/A 482.343.217 60.230.840 542.574.056 -
Banco Bradesco S.A. 55.310.025 - 55.310.025 -
Banco Safra S.A. 33.378.892 - 33.378.892 -
Banco Santander S.A. 100.153.821 100.153.821 -
TOTAL 671.185.954 60.230.840 731.416.794 -
Os valores tomados nestas instituições destinam-se às operações de custeio agrícola e pecuário
repassadas aos associados da CREDICOAMO limitadas às taxas dispostas no M.C.R. (Manual
de Crédito Rural).
11. OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES
As obrigações por repasses são apresentadas a seguir:
Contas 30/06/2018 30/06/2017
Circulante Não Circulante Total Total
Banco do Brasil S/A 23.162.826 - 23.162.826 165.222.024
Caixa Econômica Federal - - - 175.100.560
Banco Bradesco S/A 63.087.858 - 63.087.858 417.635.943
Banco Itaú S/A 19.783.283 12.210.813 31.994.096 340.917.852
Banco Santander S/A 35.227.286 - 35.227.286 102.061.956
Banco HSBC S/A - - - 4.315.545
Banco SAFRA S/A - - - 25.714.054
TOTAL 141.261.253 12.210.813 153.472.066 1.230.967.934
Os valores tomados nestas instituições financeiras destinam-se às operações de crédito de
financiamentos de custeio agrícola, investimento agrícola e investimento pecuário repassadas
aos associados da CREDICOAMO às mesmas taxas de juros.
12. OUTRAS OBRIGAÇÕES
12.1 – Sociais e estatutárias
Contas 30/06/2018 30/06/2017
F.A.T.E.S. (Resultado Atos com Não Associados) 17.441.989 14.526.114
F.A.T.E.S. (Resultado Atos com Associados) 29.086.038 25.175.368
Sobras Líquidas à Distribuir 970.295 353.825
Cotas de Capital à Pagar 28.246 42.381
TOTAL 47.526.568 40.097.688
12.2 – Fiscais e previdenciárias
Contas 30/06/2018 30/06/2017
Impostos e Contrib. s/ Lucros 288.783 284.907
Impostos e Contrib. s/ Serv. Terceiros 456 398
Impostos e Contribuições s/ Salário 940.303 747.281
Outros Impostos e Contrib. a Recolher 680.995 754.157
TOTAL 1.910.537 1.786.743
12.3 – Provisão de pagamentos a efetuar
Contas 30/06/2018 30/06/2017
Cheques Administrativos 35.076 44.921
Provisão Férias / Encargos Sociais 2.556.147 1.443.274
TOTAL 2.591.223 1.488.195
12.4 – Provisão para passivos contingentes
Contas 30/06/2018 30/06/2017
Provisão para contingências (i) 200.000 -
Provisão para garantias financeiras prestadas (ii) 6.918.766 6.940.867
TOTAL 7.118.766 6.940.867
(i) Valor referente a provisão para contingências em andamento de natureza trabalhista.
(ii) Valor referente a provisão para garantias solidárias prestadas junto ao Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Banco Safra S/A, relativas aos financiamentos
realizados por cooperados em Termos de Cooperação Técnica.
12.5 – Credores diversos
Contas 30/06/2018 30/06/2017
Fornecedores 400.488 183.059
Salários e Pró-Labore à Pagar 1.140.103 888.375
Outros Credores 528.967 683.318
TOTAL 2.069.558 1.754.752
13. CAPITAL SOCIAL
O capital está representado pela participação de cooperados, atingindo o montante de R$
182.531.502,47 em 30 de junho de 2018 e de R$ 157.358.156,75 em 30 de junho de 2017.
A cooperativa tem segmentação no seu quadro de cooperados é composto basicamente por
produtores rurais, seus dependentes e empresas cuja atividade é correlata a produção rural:
Área 30/06/2018
Produtores Rurais 19.229
Pessoas Jurídicas 19
TOTAL 19.248
14. SOBRAS OU PERDAS
O resultado apurado no 1º semestre de 2018 no valor de R$ 58.223.054,88 será mantido em
sobras acumuladas conforme circular 3.314/06 do Banco Central, o saldo desta conta no final
do exercício social será destinado conforme estabelece a Lei 5.764/71 e o estatuto social da
cooperativa.
15. COMPENSADO
Representado pelas seguintes contas:
Descrição 30/06/2018 30/06/2017
Classificação da Carteira de Crédito 925.897.717 1.029.920.446
Garantias Financeiras Prestadas 243.690.399 228.553.389
Custodia de Valores 921.476.609 1.025.148.123
Contratos de Seguros 21.961.846 19.665.218
Créditos Baixados como Prejuízo 31.034.452 5.648.949
Créditos Contratados a Liberar 167.915.874 174.942.153
TOTAL 2.311.976.897 2.483.878.278
16. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
A cooperativa opera com instrumentos financeiros, com destaque para disponibilidades,
aplicações interfinanceiras de liquidez, títulos e valores mobiliários, operações de crédito,
depósitos à vista e a prazo e depósitos interfinanceiros.
Os instrumentos financeiros ativos e passivos estão registrados no balanço patrimonial a valores
contábeis, os quais representam dos valores justos, conforme critérios mencionados nas
correspondentes notas explicativas.
Os saldos contábeis dos instrumentos financeiros inclusos no balanço patrimonial estão
indicados a seguir:
Contas 30/06/2018
Disponibilidades 13.863.904
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 699.191.660
Títulos e Valores Mobiliários 647.178.482
Operações de Crédito 897.850.482
Depósitos (1.428.437.311)
TOTAL 829.647.217
17. PARTES RELACIONADAS
Parte relacionada é a pessoa ou a entidade que se relaciona de maneira relevante com a
cooperativa. A cooperativa deve divulgar a natureza do relacionamento, montante das
transações, prazos e condições, garantias dadas ou recebidas e provisão para crédito de
liquidação duvidosa.
Membros estatutários: Na Assembleia Geral Ordinária que elege a Diretoria Executiva,
Conselhos de Administração e Fiscal é definida a remuneração dos mesmos.
Operações ativas e passivas: Foram realizadas transações com membros estatutários na
forma de depósitos, operações de crédito, capital social e outros serviços. As taxas e prazos
oferecidos para estes membros são as mesmas com as usufruídas pelos demais
cooperados da cooperativa.
Segue abaixo o montante de aplicações e empréstimos dos membros estatutários na data de
30/06/2018.
Tipo de Atividade Econômica Montante % em Relação à Carteira Total
Aplicações 11.662.542 1,98%
Operações de Crédito 2.357.816 0,24%
Provisões de Operações de Crédito 28.341 0,10%
18. RESOLUÇÃO 2554/98 – CONTROLES INTERNOS
De acordo com o estabelecido nesta resolução do Conselho Monetário Nacional, a Credicoamo
Crédito Rural Cooperativa implementou os controles internos exigidos, tendo como destaque:
I – A realização de Auditorias Internas, conforme Resolução 4.588/2017 do Banco Central do
Brasil;
II – Implantação do FGCoop (Fundo Garantidor para Cooperativas em concordância com a
resolução 4.284 do Banco Central do Brasil;
III – Implantação da Gestão Tributária;
IV – Implantação do programa de Prevenção a Lavagem Dinheiro e Financiamento a Terrorismo;
V – A Credicoamo Crédito Rural Cooperativa é auditada pela Bauer Auditores Associados,
contemplando a Auditoria Cooperativa nos termos da Resolução 4.454/2015 e Auditoria das
Demonstrações Contábeis nos termos das Resoluções 3.198/2004 e 4434/2015 e Circular
3.467/2009.
VI – A Credicoamo Crédito Rural Cooperativa é auditada periodicamente por sua Auditoria
Interna.
19. RESOLUÇÃO 4.193/13 – METODOLOGIA DE APURAÇÃO DO PR E DOS ATIVOS
PONDERADOS RISCOS
Tendo em vista a Resolução 4.553/17 do CMN, que institui o enquadramento das instituições
financeiras em segmentos, na qual a Credicoamo enquadra-se no segmento S4, e que para as
instituições deste segmento deve-se apurar PR e Ativos Ponderados pelo risco atendendo as
disposições da resolução 4.193/13 do CMN, que determina as regras de cálculos e limites para
apuração destes de forma completa.
20. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RISCOS E DE GERENCIAMENTO DE
CAPITAL (RESOLUÇÕES 4.557/17 e 4.327/2014)
A estrutura de Gerenciamento Integrado de Riscos e de Gerenciamento de Capital da
Credicoamo estão alicerçadas em suas diretrizes corporativas (missão, visão e valores), em seu
ambiente e em sua cultura de controles, que promovem alto padrão de competência técnica e
administrativa, comportamento ético na condução dos negócios, cumprimento da legislação
aplicável e gestão para resultados.
A estrutura de Gerenciamento de Riscos deve implantar e implementar procedimentos para
identificar, mensurar, avaliar, monitorar, reportar, controlar e mitigar os riscos: de crédito; de
mercado; de variação das taxas de juros das operações classificadas na carteira bancária
(IRRBB-Rban); operacional; de liquidez; socioambiental; e os demais riscos relevantes, segundo
critérios definidos pela instituição, incluindo aqueles não cobertos na apuração do montante dos
ativos ponderados pelo risco (RWA), que trata a Resolução nº 4.193/2013 do CMN.
O Gerenciamento de Riscos é integrado, possibilitando a identificação, a mensuração, a
avaliação, o monitoramento, o reporte, o controle e a mitigação dos efeitos adversos resultantes
das interações entre os riscos supramencionados.
A governança dos riscos e do controle do capital, exigido e necessário para fazer face aos
mesmos, é exercida pelo Conselho de Administração, com assessoramento e supervisão da
seguinte estrutura:
I – Comitê de Controles Internos, Compliance e Riscos:
II – Diretoria Executiva:
III – Diretor para Gerenciamento de Riscos e de Capital (CRO):
IV – Gerência Administrativa:
V – Departamento de Riscos e Compliance:
VI – Auditoria Interna.
20.1 GERENCIAMENTO DO RISCO DE CRÉDITO
Risco de Crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes do não cumprimento de
obrigações financeiras pactuadas pelo tomador ou contraparte, da desvalorização de contrato
de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, da redução de
ganhos ou remunerações, das vantagens concedidas na renegociação e dos custos de
recuperação.
São utilizados os seguintes instrumentos para controle do Risco de Crédito:
I - Política de concessão de crédito aos associados, regulamentada através de normativos,
veiculados por meio da Intranet para acesso dos funcionários, em consonância com as diretrizes
do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil:
a. Beneficiário, finalidade, limite, condição de pagamento e garantia para operação de
crédito;
b. Procedimento de análise, aprovação e liberação de crédito, onde são avaliadas as
seguintes condições do proponente: caráter; capacidade de pagamento; capital; colateral;
condições do negócio; conglomerado
c. A aprovação e liberação de crédito estão de acordo com a política de autonomia definida
e cadastrada no Sistema Credicoamo: Gerente de Agência, Coordenadoria de Crédito, e
Comitê de Crédito da Credicoamo.
II - Avaliação prévia de novas modalidades de operações de crédito;
III - Emissão de relatórios gerenciais periódicos para o Conselho de Administração, Diretoria
Executiva, Gerências da Administração Central e/ou para a Auditoria Interna, referentes ao
controle /desempenho do Gerenciamento de Risco de Crédito em decorrência das políticas e
estratégias adotadas pela Credicoamo.
IV - Comitê específico para apoiar o Conselho de Administração e/ou Diretoria Executiva quanto
à concessão de crédito aos associados, denominado Comitê de Crédito;
V - Controles específicos para atendimento ao Limite de Endividamento, que representa o limite
de exposição nas operações de crédito e de concessão de garantias em favor de um mesmo
associado, em consonância com o disposto na letra “a.” do inciso II do artigo 23 da Resolução
nº 4.434/2015 do Conselho Monetário Nacional.
VI - Além da provisão mínima obrigatória para créditos de liquidação duvidosa, de acordo com
os níveis de risco, determinada pelo Banco Central do Brasil, a Credicoamo utiliza um percentual
adicional ao mínimo exigido;
Com relação à alocação de capital para o Risco de Crédito, a Credicoamo realiza os cálculos
do requerimento de capital dos Ativos Ponderados de Risco de Crédito (RWAcpad), segregados
por fator de ponderação e tipos de ativos, mediante abordagem padronizada.
20.2 GERENCIAMENTO DO RISCO DE MERCADO
O Gerenciamento do Risco de Mercado é realizado de forma centralizada, por meio de
acompanhamento, avaliação e consolidação tempestiva das informações de Risco de Mercado,
visando controle e mitigação.
Na Credicoamo não há divisões de carteiras, sendo mantida apenas a carteira bancária
(Banking Book), formado pelas operações estruturais, de proteção financeira e de gestão ativa
da carteira, detidas sem a intenção de negociação.
São utilizadas as seguintes diretrizes para controle de Risco de Mercado:
I – Lastrear as captações diárias, não destinadas às operações de crédito, em aplicações
financeiras com os mesmos prazos de vencimento e mesmas características;
II – Destinar os recursos próprios, oriundos do Patrimônio Líquido, prioritariamente às operações
de crédito, e, havendo saldo remanescente, destinar às aplicações financeiras;
III – Repassar, aos associados, os recursos destinados às operações de crédito contratadas
junto às instituições financeiras parceiras, através de repasses interfinanceiros ou Depósitos
Interfinanceiros Rurais – DIR, com taxas, prazos de vencimentos e remuneração previstos no
MCR – Manual de Crédito Rural;
IV – Direcionar até 60% (sessenta por cento) dos recursos captados em depósitos à vista às
operações de crédito;
V – Respeitar o limite de exposição por cliente, previsto no Inciso I do Artigo 23 da Resolução
n.º 4.434/2015 do Conselho Monetário Nacional;
VI – Calcular, quando necessário, o valor em risco estatístico (VaR - Value at Risk), que prevê
a perda econômica potencial máxima esperada em condições normais de mercado,
considerando intervalo de confiança e horizonte de tempo determinados.
Com relação à alocação de capital para o risco de mercado, a Credicoamo realiza os cálculos
do requerimento de capital dos Ativos Ponderados de Risco de Mercado (RWAmpad),
segregados por fator de ponderação e tipos de ativos, mediante abordagem padronizada.
20.3 GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL
Os processos de Gerenciamento de Risco Operacional abrangem todas as funções da
Credicoamo, incluindo os sistemas, processos e infraestrutura de Tecnologia da Informação, e
as terceirizadas, quando aplicável, em consistência com os seus níveis de apetite por riscos;
Os eventos de Risco Operacional tipificados no gerenciamento de riscos incluem: fraudes
internas; fraudes externas; demandas trabalhistas e segurança deficiente do local de trabalho;
práticas inadequadas relativas a clientes, produtos e serviços; danos a ativos físicos próprios ou
em uso pela instituição; situações que acarretem a interrupção das atividades da instituição;
falhas em sistemas, processos ou infraestrutura de tecnologia da informação; falhas na
execução, no cumprimento de prazos ou no gerenciamento das atividades da instituição.
O processo de identificação do Risco Operacional contempla as seguintes fases:
I – Mapeamento dos Processos: identificação e organização dos processos com base na
estrutura e atividades da Credicoamo;
II – Mapeamento de Risco: identificação dos riscos de cada processo, de contratos, fiscais e
tributários, de pessoas, de sistemas e de eventos externos;
III – Indicadores de Risco: indicadores quantitativos que revelam a frequência e a probabilidade
de ocorrência de falhas operacionais;
IV – Indicador de exposição: valor de exposição obtido com base nos Indicadores de Risco e
nas severidades (valor total abrangido pelo Risco Operacional identificado);
V – Base de Perdas: armazenamento das informações de perdas contabilizadas e apuradas por
evento de Risco Operacional, processos e áreas.
O monitoramento, controle e a mitigação dos Riscos Operacionais são realizados através de
relatórios específicos, avaliando-se as incidências e as ações de mitigação e contenção de risco,
incluindo informações referentes às eventuais perdas financeiras.
As comunicações relacionadas ao Risco Operacional abrangem, ainda, as informações aos
associados, parceiros e órgãos reguladores e fomenta a cultura interna de Gerenciamento de
Riscos.
Para efeito do cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA), relativa ao cálculo
do capital requerido para o Risco Operacional mediante abordagem padronizada (RWAopad),
a Credicoamo adota a metodologia Abordagem do Indicador Básico.
20.4 GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ
Em consonância com os normativos do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central do
Brasil, o gerenciamento do Risco de Liquidez é realizado de forma centralizada, semelhante ao
Risco de Mercado, observando os diferentes cenários de projeção de liquidez e as diretrizes
segmentadas, são utilizados os seguintes instrumentos para o gerenciamento deste risco:
I - Posições gerenciais elaboradas diariamente, consolidadas com as informações do dia útil
anterior, contendo os dados necessários para controle e análise do Risco de Liquidez;
II - Fluxos de caixa diários e análise das suas variações (real e projetado);
III - Diversificação adequada das fontes de captação de recursos;
IV - Manutenção de estoque adequado de ativos líquidos que possam ser prontamente
convertidos em caixa em situações de estresse;
V - Plano de contingência visando compilar ações a serem desencadeadas para o
restabelecimento da liquidez mínima requerida.
20.5 GERENCIAMENTO DO RISCO SOCIOAMBIENTAL
Risco Socioambiental é a possibilidade de perdas resultantes de danos socioambientais, pela
responsabilização indireta em função da concessão de crédito para empreendimento
potencialmente causador de impactos sociais e/ou ao meio ambiente.
São utilizados os seguintes instrumentos para controle do Risco Socioambiental:
I – Avaliação constante dos serviços da Credicoamo quanto aos impactos socioambientais;
I – Análise documental da operação e do associado quando da concessão de crédito,
observando eventuais restrições e potenciais impactos socioambientais em sua
aplicação/utilização, regulamentada na Política de Concessão de Crédito da Credicoamo;
III – Os mesmos instrumentos de controle do Risco de Crédito relacionados ao Risco
Socioambiental.
20.6 GERENCIAMENTO DE CAPITAL
A Credicoamo utiliza os seguintes instrumentos para Gerenciamento de Capital:
I – Políticas e estratégias para Gerenciamento de Capital definidas, documentadas e
disseminadas, que estabelecem mecanismos e procedimentos destinados à manutenção do
capital necessário e exigido pela regulamentação em vigor, compatível com os riscos incorridos
pela Credicoamo;
II – Procedimentos e sistemas para controle da necessidade atual e futura de capital;
III – Relatórios gerenciais tempestivos, remetidos ao Conselho de Administração e Diretoria
Executiva, contendo;
a. A alocação do capital em relação aos riscos que a Credicoamo está exposta;
b. Eventuais deficiências nos processos de gerenciamento de capital e ações para corrigi-las;
c. Adequação do Patrimônio de Referência Mínimo aos níveis exigidos;
IV – Planejamento da necessidade de capital em consonância com as metas e objetivos de
crescimento da Credicoamo, prevendo:
a. Principais fontes de capital;
b. Projeções dos valores de ativos e passivos, bem como das receitas e despesas;
c. Participação no mercado de sua área de ação;
d. Ameaças e oportunidades relativas ao ambiente regulatório, econômico e de negócios;
e. Avaliação dos impactos na necessidade de capital referente os resultados dos testes de
estresse, no que tange a análise de sensibilidade;
f. Política de distribuição e capitalização de sobras.
V – Avaliação do impacto da continuidade da política de restituição ou retirada parcial de capital
social, de que trata o inciso XX do artigo 33, do Estatuto Social.
21. RESOLUÇÃO 4433/2015 – OUVIDORIA
Conforme estipulado pela Resolução 4433/15 do Banco Central do Brasil, foi implantada a
Ouvidoria na cooperativa a partir de discagem gratuita pelo telefone 0800-643-2211. O diretor
responsável atual é o Sr. Ricardo Accioly Calderari e o profissional responsável é o Sr. José
Luiz Conrado.
A instituição da ouvidoria como órgão técnico visa facilitar a comunicação dos cooperados com
a Cooperativa, visando pronto atendimento de seus pleitos.
Campo Mourão - PR, 30 de junho de 2018.
José Aroldo Gallassini Diretor Presidente CPF: 087.322.569-49
Claudio Francisco B. Rizzatto Diretor Administrativo CPF: 179.040.130-53
Ricardo Accioly Calderari Diretor Operacional CPF: 079.733.229-49
Edson de Santana Peres Contador CRC-PR: 31809/O-0 CPF: 513.772.419-04