Demons on My Way

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Demons on my way A primavera de 1525 estava sendo a melhor dos últimos vinte anos, Inglaterra. O doce e delicioso aroma das fores, árvores, de terra, vida de todos. A alegria era palpável em cada aldeia, em cada cidad cada pe!ena propriedade do campo o da cidade. "ada pessoa sentia nicidade de ma primavera t#o mágica. "omo se o mndo voltasse a s $elicidade original, essa primavera seria relem%rada por mitos. Apesar de toda a alegria correr livremente, as rotinas do dia&a&dia cessavam, nem mesmo as %rtais e'ec()es !e se assemelhavam a espetáclos grotescos. A vida se desenrolava em m drama único, *s il gica, irracional, crel, desprovida de !al!er hmanidade... O apenas viver ma $- inconse!ente, $echada, voltada para o medo e a "om todos estes pormenores, a esperan(a e a $elicidade de go+ar a v m nima. As ltas entre os cat licos e protestantes acontecia em cada arena Onde !er !e hovesse alg-m havia %rigas, ltas e mortes. A pe!e vila de "anterville era o palco mais confitoso e contr%ado. /ra ma comnidade $echada, religiosa, povoada de mist-rios e hist $antásticas. A possess#o era vista !ase sempre. Di$erentemente de comnidades, em !e se viam esporadicamente homens e mlheres endemoninhados, a t#o conhecida vila de "anterville era m celeiro pessoas com possess#o e liga(#o com o mndo demon aco. Os padres da vila eram constantemente vistos pela aldeia e n#o havi nenhma pessoa !e desconhecesse os últimos possessos. 0or este mot os ha%itantes da aldeia eram !ase todos vistos com descon an(a pe demais, mitos estavam desempregados por!e !ando di+iam !e moravam em "anterville ning-m aceitava empregá&los. em mais se divertia com os casos de possess#o eram as crian(as, $re!entemente elas eram vistas espionando por detrás das portas e escondidas ovindo os possessos. /las at- mesmo grace3avam e imitav os movimentos dos possessos e repetiam o !e di+iam.

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Um conto que escrevi aproximadamente há um ano e que versa sobre as visões de uma jovem inglesa em uma aldeia pequena e em um momento crucial na história da Inglaterra.

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Demons on my way

A primavera de 1525 estava sendo a melhor dos ltimos vinte anos, na Inglaterra. O doce e delicioso aroma das flores, rvores, de terra, inundava a vida de todos. A alegria era palpvel em cada aldeia, em cada cidade, em cada pequena propriedade do campo ou da cidade. Cada pessoa sentia a unicidade de uma primavera to mgica. Como se o mundo voltasse a sua felicidade original, essa primavera seria relembrada por muitos.

Apesar de toda a alegria correr livremente, as rotinas do dia-a-dia no cessavam, nem mesmo as brutais execues que se assemelhavam a espetculos grotescos. A vida se desenrolava em um drama nico, s vezes ilgica, irracional, cruel, desprovida de qualquer humanidade... O mundo era apenas viver uma f inconsequente, fechada, voltada para o medo e a dor. Com todos estes pormenores, a esperana e a felicidade de gozar a vida era mnima.

As lutas entre os catlicos e protestantes acontecia em cada arena da vida. Onde quer que houvesse algum havia brigas, lutas e mortes. A pequena vila de Canterville era o palco mais conflituoso e conturbado.

Era uma comunidade fechada, religiosa, povoada de mistrios e histrias fantsticas. A possesso era vista quase sempre. Diferentemente de outras comunidades, em que se viam esporadicamente homens e mulheres endemoninhados, a to conhecida vila de Canterville era um celeiro de pessoas com possesso e ligao com o mundo demonaco.

Os padres da vila eram constantemente vistos pela aldeia e no havia nenhuma pessoa que desconhecesse os ltimos possessos. Por este motivo, os habitantes da aldeia eram quase todos vistos com desconfiana pelos demais, muitos estavam desempregados porque quando diziam que moravam em Canterville ningum aceitava empreg-los.

Quem mais se divertia com os casos de possesso eram as crianas, frequentemente elas eram vistas espionando por detrs das portas e escondidas ouvindo os possessos. Elas at mesmo gracejavam e imitavam os movimentos dos possessos e repetiam o que diziam.

Entretanto, a comunidade de Canterville jamais vira uma execuo dos casos de possesso. No havia denncias de pactos com o diabo, as pessoas apenas falavam do ltimo possudo, e quando acabava elas ficavam quietas. Frequentemente queles que sofriam de possesso se isolavam ou se mudavam.

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A pequena famlia do senhor Telford, um dedicado arteso e quase esquecido habitante dentro da comunidade tentava se afastar dos murmrios e comentrios sobre as possesses. O senhor Telford tinha duas filhas, uma que era graciosa e alegre e que desgostava do excesso de retraimento e excluso do pai, seu nome era Clara e tinha quinze anos. A outra filha do senhor Telford era quela jovem que raramente algum no diria que era uma jovem potica e sonhadora. Ela constantemente falava de sonhos ligados a smbolos religiosos, aparies, de vises claras e fantsticas. Wilhelmine no se perdia em olhares vagos, desfocados, voltados contemplao, mas qualquer pessoa que dela se aproximasse sentiria o mundo do sagrado diante dos olhos. Alguns poderiam dizer que era uma santa, mas nela a santidade no era o comeo ou fim, nem mesmo o meio. Wilhelmine poderia viver sempre neste mundo mgico que vinha dela e a envolvia. O senhor Telford temia mais do que nunca a segurana de Wilhelmine, ela sempre falava de seus sonhos e ideias, e certa vez ela dissera para o assombro e espanto dos vizinhos que Jesus era um profeta iluminado e que voltaria a Terra em outra vida.

O senhor Telford brigava constantemente com Wilhelmine, e ela dizia que era impossvel manter para si mesma o que chamava de " mundo religioso flutuante e desconhecido". Clara aconselhava Wilhelmine a parar de comentar com os vizinhos as suas vises, mas sentia curiosidade e fascnio pelas vises da irm. Wilhelmine costumava dizer a Clara depois que relatava um sonho:

- Sabe, como se sentar e observar o movimento de nossa aldeia. s vezes voc tem um papel ativo: conversa, ri, se diverte, trabalha, mas s vezes como se algum te mostrasse uma nova paisagem, um novo mundo, um novo local a qual ningum jamais viu ou ouviu.

Clara nestes momentos queria que as vises de Wilhelmine a escolhessem para que ela pudesse contar alegremente e orgulhosamente o que vira. Na aldeia, dizia-se que a me de Wilhelmine e ela sentiam odores, olhares e palavras de uma maneira completamente diferente.

O senhor Telford certa vez ouvira a mesma histria de que a sua filha contava por outra moa da aldeia: Todos os dias aps o crepsculo uma voz era ouvida entoando uma triste e lenta msica, enquanto os animais ao redor comeavam a se agitar e fazer muito barulho. Wilhelmine disse ao pai calmamente:

- Esta voz deve pertencer a um homem ou mulher que incomodava o rebanho em sua vida na Terra.

O senhor Telford exclamava:

- Wilhelmine! Essa voz pertence ao demnio! o demnio querendo enganar e condenar as pessoas!

Quando a primavera comeava a terminar e o vero lanava seus primeiros raios, o senhor Telford comeou a ser questionado pelos vizinhos sobre Wilhelmine e o contedo de suas vises. O senhor Telford respondia que grande parte das histrias de Wilhelmine eram fantasias e outras antigas histrias passadas de famlia, e que Wilhelmine as embelezava e personificavam com a imaginao.

Wilhelmine odiava passar grande parte do dia dentro de casa, e os nicos momentos agradveis era quando conversava com Clara, porm a intensidade de suas vises estava aumentando a cada dia. Ela passava as noites acordada e falando palavras ininteligveis ou misturadas a outros idiomas.

O senhor Telford estava hesitante em chamar um padre. Wilhelmine era sempre comentada entre os vizinhos, e diversas vezes os vizinhos no disfaravam que estavam conversando sobre ela. At mesmo Clara saa pouco e o senhor Telford quando no estava trabalhando, ficava em casa.

Wilhelmine diferentemente das moas que tinham relatado sonhos e vises, era quase inerte, enquanto as outras moas relatavam as suas vises com acessos de fria, choro, dormncia, irritabilidade. Era como se as vises e sonhos de Wilhelmine sassem de dentro dela e retornavam rpida e imperceptivelmente. Nenhum acesso de fria, susto, nenhuma demonstrao fsica desequilibrada. Wilhelmine tinha equilbrio e uma vontade forte em relatar suas ligaes com o mundo espiritual. Muitos vizinhos a viam como uma santa, uma verdadeira santa.

O senhor Telford decidiu chamar um padre. Ele saiu em uma madrugada fria e nevoenta atrs de um padre em uma aldeia distante a Canterville. Eles demoraram quase duas horas e quando chegaram a casa do senhor Telford encontraram-na dormindo profundamente.

O padre ficou surpreso ao ouvir tudo o que o senhor Telford relatara.

- O senhor nunca se perguntou se a sua filha pode ter tido contato com seres malvolos?

- No, padre- retorquiu o senhor Telford- A minha filha s diz que consegue sentir as intenes e sentimentos das outras pessoas, quando elas esto mentindo ou dizendo a verdade, e relata vises que ela diz ser da vida aps a morte.

- Ela j foi vista em algum tipo d einvocao aos demnios? Em algum culto satnico?

- No, padre, como eu disse ela diz conhecer o que se passa no interior das pessoas. Uma vez ela me disse que a nossa vizinha, a senhora Middle estava traindo o marido. Outra vez, ela disse que as pessoas dessa aldeia tinham uma energia baixa, opressiva, sufocante. Ela sempre nos disse tudo que v ou sente.

- A sua filha uma moa devota, senhor Telford? Criou a sua filha nos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo? Ela reza? Acredita nos santos e anjos do Senhor?

- Sim, padre. Ela sempre disse que as oraes criam nela um sentimento muito forte de amor e paz.

- Ela nunca falou de contatos com santos?

- Padre, a minha filha raramente conta sobre as prprias crenas. Ela fala outras lnguas durante o sono, ns a vimos danar uma dana diferente; ela fica em p enquanto dorme, ns no sabemos se ela est sonhando ou acordada.

O padre estava curioso e ao mesmo tempo perplexo em ouvir o que senhor Telford estava lhe dizendo. Ele procurava no tornar a histria que o senhor Telford contava muito bizarra ou demonaca.Senhor Telford, no h nos anais de sua famlia problemas com vises distorcidas, h? Ou mesmo bbados?

O senhor Telford sentiu-se ofendido e olhou fixamente para o padre e respondeu rispidamente:

- No. A nossa famlia sempre foi reservada para falar de Deus.

- A sua filha est dormindo agora?

- Sim. Hoje ela est calma e tranquila enquanto dorme.

- O senhor permitiria que eu a visse, senhor Telford?

- Claro, padre. Eu o trouxe aqui para me dizer o que devo fazer.

O padre entrou em um quarto rstico e olhou para Wilhelmine deitada na cama. As mos de Wilhelmine pousadas no ventre se mexiam em movimentos precisos e rpidos. Ela respirava longamente, como se sentisse um aroma agradvel quando abruptamente ela comeou a falar em uma lngua desconhecida ao padre. Ele tentava compreender o que Wilhelmine balbuciava, mas todo esforo em compreender era intil. O padre saiu do quarto perturbado e o senhor Telford perguntou ansiosamente:

- A minha filha est bem? Ela est dormindo tranquilamente?

- Quando eu entrei no quarto a sua filha estava dormindo, depois ela comeou a falar palavras que no entendo e jamais ouvi.

O senhor Telford expressou desnimo e disse:

- Neste ms, apenas uma noite ela dormiu tranquilamente. Muitas vezes acordo com ela gritando e falando palavras que no compreendo.

- Senhor Telford, o senhor e a sua famlia j estiveram no Novo Mundo?

- No, claro que no.- respondeu o senhor Telford- Eu no tenho motivo para ir ao Novo Mundo e nem condies de viajar para to longe.

- Quando eu ouvi a sua filha falar- disse o padre com um tom baixo- Eu me lembrei que ive uma conversa com um amigo que estuda as lnguas do Novo Mundo.

- O senhor poderia traz-lo aqui para ver se ela est falando alguma lngua do Novo Mundo?

- Talvez, senhor Telford, mas se o senhor insiste que nunca foi ao Novo Mundo, traz-lo aqui desnecessrio. Irei pensar no que fazer e falo com o meu amigo sobre a sua filha.

- O senhor pode vir amanh ou depois de amanh, padre?

- Creio que sim. Agora preciso ir. Est tarde e preciso voltar para casa.

O padre se despediu do senhor Telford e saiu montado em seu cavalo. O senhor Telford comeava a ficar com esperanas de descobrir o que havia de errado com Wilhelmine.

Wilhelmine no dia seguinte havia relatado ao pai que no estava dormindo, mas sim que suprimira os sentidos e que conseguia perceber qualquer coisa ou pessoa na casa, ela at relatara a conversa que seu pai tivera com o padre. O senhor Telford ficara nada menos do que estupefato, ele tinha certeza de que a filha estava dormindo profundamente. Clara disse ao pai:

- Talvez a Wilhelmine estivesse semi-adormecida, papai. Voc sabe que a Wilhelmine sempre teve dificuldade em dormir.

- Acho que no, minha filha. A Wilhelmine tem estado muito agitada durante o sono. Eu chamei um padre para ver o que ela est sentindo.

- Um padre, papai?! A Wilhelmine no precisa de padres, mdicos, curandeiros ou qualquer outra ajuda. Ela diferente das outras pessoas.

- Eu sei, Clara- disse o senhor Telford em tom de preocupao- Eu quero que as outras pessoas parem de falar da Wilhelmine. Eu no gosto de comentrios maliciosos sobre ela.

No momento em que o senhor Telford falou, Wilhelmine apareceu e disse:

= Claro que eles falam mal de mim, eles negam que existe algo alm de suas vidas inteis e patticas.

- Wilhelmine, voc precisa entender que as outras pessoas no conseguem ver e sentir o que voc sente.

-Conseguir elas conseguem, papai. Mas elas so pequenas demais e insignificantes para ver o que eu vejo. As vises e sonhos que eu tenho no so privilgios meus, todos possuem essa capacidade de enxergar o que pode acontecer.

- Mas Wilhelmine, voc acredita em tudo que v?- perguntou Clara ceticamente.

- As vises e sonhos que tenho so to reais quanto esta casa em que estamos, Clara. Eu no estou contando fantasias, apenas relato o que vejo.

- Minha filha- disse o senhor Telford- Voc no gostaria de passar o vero na casa de sua tia? Posso conversar com ela e voc passa o vero com ela.

- No, papai- disse Wilhelmine veementemente- Quero ficar aqui e no falarei mais o que sinto e vejo nos meus momentos de solido. Serei discreta.

O senhor Telford assentiu. Clara queria dizer a Wilhelmine que o melhor a ela seria ir a casa da tia, afinal a casa em que a tia morava era o cenrio ideal para Wilhelmine ficar em paz dos comentrios maliciosos dos vizinhos e desenvolver as suas habilidades psquicas. O senhor Telford pressentia que se Wilhelmine continuasse a relatar os seus sonhos, eles no apenas teriam que aceitar os vizinhos falando mal de Wilhelmine, mas a segurana dela estava em perigo se as autoridades eclesisticas soubessem de suas vises. Wilhelmine queixou-se o dia todo que o padre deveria ter sido discreto e aceitado conversar com ela no dia seguinte, em vez de entrar no quarto dela. O senhor Telford tentou faz-la entender que o padre queria compreender o que estava acontecendo com ela.

- Papai- disse Wilhelmine- O que eu falei no era nada alm de uma conversa amigvel com os meus amigos psquicos. Este padre tolo em achar que eu estava falando uma lngua desconhecida do Novo Mundo.

noite, o senhor Telford foi atrs do padre. Ele no estava em casa, e uma senhora dissera que ele sara de manh e no retornara. O senhor Telford ficou desanimado e perguntou se a senhora conhecia o padre, a mulher disse que conhecia o padre h trs anos e que ele a ajudara com um problema de famlia, e que ele sempre fora um homem gentil e dedicado a ajudar as outras pessoas, mas que nos ltimos dias estava se comportando de forma incomum. O senhor Telford agradeceu e voltou para casa. Ele no conseguiu dormir e Wilhelmine gritava durante o sono, o senhor Telford correu at o quarto e acordou a filha que estava suada.

- O que aconteceu, Wilhelmine? Voc teve uma viso?

- Sim, papai- exclamou Wilhelmine- Eu vi o padre que o senhor chamou para me ajudar sendo perseguido por criaturas malvolas no caminho da casa dele.

- Wilhelmine- disse o senhor Telford acariciando o cabelo dela- Voc est assustada por eu ter chamado um padre e acabou sonhando. Foi um sonho, minha querida.

- No, papai!- disse Wilhelmine abraando-o- Eu o vi sendo perseguido em uma aldeia, papai. Os demnios... os demnios... eu acho que eles o mataro.

- Wilhelmine, foi um sonho. Voc tem muitos sonhos e a maioria deles algum est em perigo. Apenas isso.

- No, um sonho bem menos... bem menos... Papai, eu sempre soube diferenciar as minhas vises dos sonhos comuns. Posso te dizer com certeza que esse padre foi perseguido e morto por criaturas malvolas.

A expresso no rosto de Wilhelmine demonstrava preocupao e vontade de sair e procurar o padre. Ela deitou-se na cama e disse:

- Papai, eu vou tentar dormir. Fique tranquilo, eu no verei o padre novamente.

- Wilhelmine, voc pode dormir no meu quarto. Eu no gosto quando voc fica descontrolada noite com as suas vises.

- Irei rezar, papai, e tudo ficar bem comigo- disse Wilhelmine com um sorriso fraco.

O senhor Telford concordou e deu um beijo na testa da filha e saiu. Wilhelmine fechou os olhos e comeou a falar palavras ligadas a oraes em voz baixa, logo ela dormiu e o dia seguinte comeava. O senhor Telford estava habitualmente trabalhando quando um homem alto e moreno se aproximou dele:

- Senhor Telford?

- Sim- respondeu o senhor Telford olhando para o homem moreno.

- Eu gostaria de saber se conhece o padre Whitemore?

- Sim, eu o chamei para conhecer a minha filha. A minha filha tem alguns problemas...

- O senhor sabe onde ele est?- perguntou o homem.

- No. Fui procur-lo ontem na casa dele, me disseram que ele no estava em casa.

- O padre Whitemore relatou a trs dias que figuras demonacas estavam atrs dele. Ele sumiu e no sabemos onde ele est.

O senhor Telford lembrou-se do sonho de Wilhelmine no dia anterior e ficara preocupado. Seria apenas uma triste coincidncia que sua filha tivesse sonhado com o padre sendo perseguido por demnios ou ela realmente vira o padre?

- Eu no sei onde o padre Whitemore est. Provavelmente ele deve ter viajado para visitar um fiel ou um moribundo.

- Desculpe-me ser inquisitivo, senhor Telford. Eu gostaria que o padre Whitemore visitasse a minha av que est falecendo.

O senhor Telford ficou ansioso em saber o que havia acontecido com ao padre Whitemore. Ele ainda precisaria da ajuda do padre se Wilhelmine piorasse.

Wilhelmine continuava dizendo que vira o padre sendo perseguido e provavelmente morto no caminho para casa. O senhor Telford decidira no contar as filhas o que o estranho lhe dissera sobre o desaparecimento do padre Whitemore.

Ao passar dez dias, o senhor Telford foi chamado e lhe disseram que o padre havia sido encontrado morto e com uma cruz no peito. O senhor Telford ficou chocado e logo contou as filhas a morte do padre. Wilhelmine disse ao pai:

- Papai, voc sabe que o ato de eu ter visto o padre Whitemore sendo perseguido por demnios apenas uma viso. Eu jamais...

-Eu sei, Wilhelmine. Voc jamais tentaria nenhum mal a qualquer pessoa.

Wilhelmine continuara a ter vises e sonhos, porm lentamente comeara a sair de casa e mostrar-se mais tranquila durante o sono. Ela aprenderia que as vises e sonhos que tinha eram para mostrar a ela um mundo diferente do que ela vivia