Deformação plástica dos sólidos cristalinos

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    Deformao plstica dosslidos cristalinos

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    Deslizamento Nos metais, a deformao plstica ocorre atravs de deslizamentode "blocos" do cristal,

    uns sobre os outros, ao longo de planos cristalogrficos definidos (planos dedeslizamento);

    Ocorre quando a tenso cisalhante atinge um valor crtico;

    Da a simetria da estrutura cristalina, essa perfeitamente restaurada aps a ocorrncia

    do deslizamento, pois cada tomo move-se na regio deslizada o mesmo nmero deespaos na rede;

    O deslizamento ocorre preferencialmente segundo planos e direes cristalogrficas demaior densidade atmica:

    - planos de maior densidade atmica;

    - direes cristalogrficas mais compactas;

    A direo e o plano de deslizamento definem o sistemadedeslizamento;2

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    Deformao por deslizamento

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    Nos metais hexagonaiscompactos:

    - o plano basal (0001) o nico de grandedensidade atmica. Os eixos diagonais so as direes compactas;

    - dado que s existe 1 plano basal por

    clula e 3 direes compactas, h apenas3 sistemas de deslizamento;

    - Com isso, apresentam baixa ductilidade eso extremamente dependentes daorientao;

    Deformao por deslizamento

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    Nos metais cbicos de face centrada:

    - os planos octadricos {111} e as direes formam os sistemas compactos;

    - apresentam 8 planos {111}. Mas os planosdas faces opostas so paralelos, o que, na

    verdade, resulta apenas em 4 grupos deplanos octadricos. Em cada plano h 3direes , resultando em 12 sistemasde deslizamento;

    - tal fato resulta em grande ductilidade dos

    metais CFC;

    Deformao por deslizamento

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    Nos metais cbicos de corpo centrado:

    - sua estrutura no to compactaquanto a HC ou CFC, no apresentandoplano de densidade atmicapredominante. No entanto, a direo to compacta quanto do

    CFC ou do HC;

    - o deslizamento pode ocorrer nos planos{110}, {112} ou {123}, sendo sempre adireo [111];

    - dessa forma, h 48 sistemas dedeslizamento possveis;

    - contudo, como no so planos tocompactos, so necessrias maiorestenses de cisalhamentopara produzirseu deslizamento;

    Deformao por deslizamento

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    Alguns metais apresentam planos de deslizamento adicionais medida que atemperatura aumenta;

    O deslizamento em cermicos, com ligaes covalentes ou inicas, requer que sesatisfaam interaes entre tomos de mesma natureza e natureza diferente. Com isso,nesses materiais h muito menos direes de baixa tenso cisalhante, em comparaoaos cristais cbicos;

    Deformao por deslizamento

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    Deslizamento por discordncias Considerando-se uma rede cristalina perfeita, podem ser feitas estimativas da tenso de

    cisalhamento necessria para o deslizamento;

    Os valores tericos so da ordem de 102-103kgf/mm". Contudo, os valores experimentaisnos materiais metlicos so da ordem de 0,1-10 kgf/mm";

    Essa diferena dada pela atuao das discordnciasno processo de deslizamento:

    - o movimento de uma discordncia pela rede requer uma tenso de cisalhamento beminferior ao valor terico;

    - o movimento dessa discordncia produz um degrau - ou banda de deslizamento- nasuperfcie livre do metal;

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    Quando h uma discordncia, os tomos distantes permanecem em posio de energiamnima. Prximo mesma, necessrio apenas de um pequeno movimento atmico

    para que a discordncia se mova;

    Quando o semiplano atinge a superfcie livre, formado um degrau de deslizamento;

    Deslizamento por discordncias

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    A tenso para movimentar uma discordncia pode ser dada pela equao de Peierls-Nabarro:

    A tenso necessria para movimentar uma discordncia muito baixa;

    Nas direes compactas, b minimizado, reduzindo ainda mais o valor de #P;

    Quando a estrutura cristalina complexa e no apresenta planos e direes muitocompactas, as discordncias tendem a ser imveis, ocasionando sua alta dureza efragilidade;

    A deformao plstica macroscpica total dada pela soma de todas as pequenasdeformaes pela passagem de discordncias individuais;

    Deslizamento por discordncias

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    A deformao cisalhante macroscpica de um cristal pelo efeito da movimentao dediscordncias de ser dado por:

    A densidade dediscordncias () o

    comprimento total de linhasde discordncias porunidade de volume ou onmero de linhas quecortam uma reatransversal unitria.

    Deslizamento por discordncias

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    A extenso do deslizamento num monocristal depender de:

    - magnitude da tenso cisalhante produzida pela ao de cargas externas;

    - geometria da estrutura cristalina;

    - orientao dos planos de deslizamento ativos em relao s tenses de cisalhamento;

    O deslizamento se inicia quando a tenso cisalhante no plano de deslizamento atinge umvalor limite, a tenso cisalhante resolvida crtica (TCRC);

    Este valor o equivalente para os monocristais do limite de escoamento para os

    policristais. a tenso que causa o movimento de um grande nmero de discordncias,resultando em deformao mensurvel;

    Um carregamento em trao de uma monocristal induz tenses cisalhantes no mesmo euma relao entre a tenso trativa e a TCRC pode ser estabelecida;

    #crtica para o deslizamento

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    #crtica para o deslizamento

    A TCCR (#R) ser dada por:

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    A equao fornece a tenso cisalhante resolvida na direo e plano de deslizamento;

    A tenso ser mxima para $=%=45, onde #R=0,5 P/A;

    Se o eixo de trao for normal ou paralelo ao plano de cisalhamento, #R=0, o que significaquero deslizamento no ocorre. Os cristais prximos a essa orientao tendem a fraturarem vez de deslizar;

    A magnitude da TCRC de um cristal determinada pela interao entre a populao dediscordncias e com defeitos como lacunas e intersticiais;

    Essa tenso maior que a tenso para movimentar uma nica discordncia, mas muito

    menor que a necessria para produzir deslizamento numa rede cristalina perfeita;

    #crtica para o deslizamento

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    Nos metais, com a deformao plstica, h um aumento contnuo da tenso cisalhantenecessria para produzir deslizamento;

    Tal aumento da tenso por efeito da deformao plstica prvia o encruamento;

    causado pela interao entre as discordncias entre si e com barreiras que impedemseu movimento pela rede;

    O nmero de discordncias aumenta com a deformao 105- 106para 1010- 1012;

    A multiplicao de discordncias pode advir de:

    - condensao de lacunas;

    - fontes regenerativas que atuam sob a tenso aplicada (ex. fonte de Frank Read oumecanismo de deslizamento cruzado mltiplo);

    - emisso de discordncias em um contorno de alto ngulo;

    Encruamento

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    As discordncias se empilham nos planos de deslizamento, quando bloqueadas porbarreiras;

    Tais empilhamentos produzem uma tenso de reao, que se ope tenso aplicada noplano de deslizamento;

    Encruamento

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    Define a magnitude e direo de deslizamento:

    - discordncia em aresta: b perpendicular a linha da discordncia e paralelo aomovimento da mesma;

    - discordncia em espiral: b paralelo a linha da discordncia e perpendicular aomovimento da mesma;

    Vetor de Burgers (b)

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    Nos cristais reais, as discordncias so raramente linhas retas e raramente se encontramem apenas um plano;

    Em geral, a discordncia ser parcialmente aresta e parcialmente espiral, tornando aforma curvada ou de anel, formando uma rede interconectada;

    Ao se considerar um anel de discordncia no plano de deslizamento, qualquer segmento

    poder ser resolvido em componentes aresta e espiral;

    Anel de discordncia

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    Ocorre para discordncias em espiral, que podem mudar de plano de deslizamento, seeste contiver a direo de b;

    Deslizamento cruzado

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    Na rede CFC, o deslizamento ocorre no plano {111} e na direo [110];

    O deslocamento bdos tomos pode ser simplificado pela formao de discordnciasparciais, que representam a movimentao em duas etapas dos tomos,energeticamente mais favorveis;

    Discordncias na rede CFC

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    Uma discordncia perfeitaquebra-se em duas discordncias parciais, reduzindo aenergia da rede;

    Discordncias na rede CFC

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    Como as discordncias parciais tem deformaes na rede aproximadamente iguais, huma fora repulsiva entre elas. Isso forca a adio de outros planos de tomos;

    Isso leva a formao de discordncias extendidas;

    Discordncias na rede CFC

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    Entre as discordncias parciais h uma falha de empilhamento;

    A separao entre as duas discordncias parciais um balano entre a energiarepulsiva das discordncias e a energia superficial da falha;

    A dissociao de uma discordncia em parciais independente de seu carter: aresta,espiral ou mista;

    A separao de equilbrio entre as discordncias parciais dada pela energia de falhade empilhamento (EFE):

    - alta EFE: tende a formar falhas de empilhamento estreitas. Ex: Al;

    - baixa EFE: forma falhas de empilhamento mais largas. Ex: Cu;

    Discordncias na rede CFC

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    Outro tipo de discordncia parcial pode existir na rede, na qual h a falta de um pedaodo plano. Uma discordncia em aresta formada (discord. parcial de Frank);

    b perpendicular falha de empilhamento. Como o deslizamento restrito ao plano dafalha de empilhamento e b normal ao mesmo, a discordncia parcial imvel;

    So conhecidas como discordncias bloqueadas (sessiledislocations dislocations). As

    discordncias que podem se movimentar so conhecidas como discordncias mveis(glissile dislocations) ;

    S pode se mover pela difuso de tomos ou lacunas para a falha (escalagem);

    Esses tipos de discordncias parciais promovem obstculos movimentao de outrasdiscordncias;

    Discordncias na rede CFC

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    A interseo de discordncias pertencentes a dois planos {111} durante o deslizamentoduplex pode produzir discordncias bloqueadas;

    Tais discordncias formam as barreiras da Lomer-Cottrell;

    Forma uma discordncia em aresta com bno plano (100). Como (100) no o planomais compacto, a discordncia no deslizar livremente;

    A barreira de Lomer-Cottrell pode ser superada com altas tenses e/ou temperaturas.Constitui um importante mecanismo de encruamento;

    Discordncias na rede CFC

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    O deslizamento ocorre no plano basal (0001), segundo a direo ;

    As discordncias no plano basal podem reduzir a sua energia pela dissociao emdiscordncias parciais;

    A falha de empilhamento produzida nessa reao se encontra no plano basal;

    A discordncia estendida formada tem seu deslizamento confinado a esse plano;

    Discordncias na rede HC

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    Na rede CCC, odeslizamento ocorre na

    direo ;

    As linhas de deslizamentono Fe ocorrem em {110},{112} e {123} e, em outrosmetais CCC ocorrepredominantemente nosplanos {110};

    Discordncias extendidasno so normalmente

    observadas nos metaisCCC;

    Discordncias na rede CCC

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    Uma discordncia rodeada por campos de tenses elsticas que atuam sobre outrasdiscordncias e tomos soluto;

    Para as discordncias em aresta h campos de tenso trativo e compressivo e a tensocisalhante mxima dada em seu plano de deslizamento;

    Para as discordncias em espiral, no h um plano extra de tomos, no induzindo

    assim campos de trao e compresso. O campo de tenses simplesmente decisalhamento;

    A energia total de deformao de uma discordncia a soma da deformao elstica,acrescida da energia do ncleo da discordncia e pode ser simplificada para:

    Tenso e energia de discordncias

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    Quando uma fora externa suficiente for aplicada a um cristal, promover amovimentao das discordncias no mesmo. Tal fora sobre a linha da discordncia

    dada por:

    Uma discordncia possui uma tenso de linhaque tende a minimizar a sua energia pela

    reduo de seu comprimento;

    Portanto, uma discordncia pura s permanecer curva se houver uma tenso cisalhanteproduzindo uma fora sobre a mesma;

    Interaes das discordncias

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    Discordncias com sinais opostos em um mesmo plano de deslizamento iro se atrair,anulando-se mutuamente e fazendo com que o plano extra desaparea;

    Discordncias com sinais iguais num mesmo plano de deslizamento repelir-se-omutuamente;

    Quando discordncias de sinais opostos se encontram em planos vizinhos muito

    prximos, no possvel ocorrer anulao total. Se combinam dando origem a:

    - fileira de lacunas se:

    - tomo intersticial se:

    Foras entre discordncias

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    Discordncias em espiral:

    Discordncias em aresta:

    Foras entre discordncias

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    Uma discordncia em aresta s pode deslizar no plano de deslizamento definido pelalinha de discordncia e seu vetor de Burgers;

    Sob cotas condies, essa pode sair de seu planos de deslizamento para um planoparalelo, acima ou abaixo, pelo processo de escalagem de discordncia;

    Ocorre por meio da difuso de lacunas ou tomos intersticiais daou paraa base da

    discordncia;

    A escalagem controlada pela difuso e, consequentemente, termicamente ativada.Com isso, mais freqente em altas temperaturas:

    - escalagem positiva: so retirados os tomos pertencentes ao semiplano atmico deuma discordncia em aresta positiva;

    - escalagem negativa: adicionada uma fileira de tomos abaixo do semiplano extra;

    Escalagem de discordncias

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    a existncia de uma tenso de compresso na direo de deslizamento causa uma foramotriz para a escalagem positiva, enquanto;

    uma tenso de trao normal ao semiplano induz uma fora no sentido da escalagemnegativa;

    Dependendo do tipo de escalagem, a discordncia pode atuar como um sorvedourooufontede discordncias;

    Na escalagem, dificilmente so inseridos ou retirados planos inteiros de tomos. Naverdade, h a formao de pequenos degrausao longo da linha da discordncia;

    Escalagem de discordncias

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    freqente que uma discordncia, movimentando-se emseu plano de deslizmento, intercepte outras discordncias;

    Tais intersees tm papel importante nos processos deencruamento dos metais;

    A interseo de duas discordncias aresta forma degraus

    com orientao em espiral;

    Quando os degraus esto no plano de deslizamento originalda discordncia, so conhecidos como dobras, sendoinstveis e podem se alinhar com o resto da discordncia;

    Interseo de discordncias

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    A interseo entre discordncias espiral e aresta produz degraus com orientao arestaem ambas as discordncias;

    Degraus produzidos por duas discordncias em aresta podem deslizar livremente, poisse encontram nos planos de deslizamento das discordncias originais;

    Com isso, as discordncias em aresta pura no tem seu movimento afetado pela

    presena de degraus;

    Para os discordncias em espiral, todos os degraus formados presentes tm orientaoem aresta. Como uma discordncia em aresta s pode se mover em plano contendo alinha e vetor de Burgers, sua nica forma de se movimentar por escalagem;

    Interseo de discordncias

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    Interseo de discordncias

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    Mesmo em metais completamente recozidos ou cuidadosamente solidificados h aformao de discordncias;

    Todos os metais apresentam um considervel nmero inicial de discordncias,produzidas durante o crescimento do cristal;

    Discordncias podem surgir nos metais a partir de:

    - desalinhamento entre os braos dedrticos durante a solidificao;

    - formao de anis de discordncias devido a agregao ou colapso de lacunas;

    - nucleao heterognea de discordncias, resultante de altas tenses localizadas empartculas de segunda fase, contornos de gro ou transformao de fases;

    Fontes de discordncias

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    Novas discordncias podem ser produzidas durante o processo de deslizamento, partir de fontes presentes nos metais;

    Tal mecanismo necessrio para explicar o deslocamento da superfcie em uma bandade deslizamento, que decorre do movimento de cerca de 1000 discordncias;

    O nmero inicial de discordncias no seria suficiente para promover tais deslocamentos

    e espaamentos;

    Caso no existissem as fontes, a deformao a frio promoveria a reduo o nmero totalde discordncias e no o seu aumento;

    O mecanismo conhecido como fonte de Frank-Read;

    Multiplicao de discordncias

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    Multiplicao de discordncias

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    Interaes de discordncias com

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    tomos soluto isolados e e lacunas so centros de distoro elstica (assim como as

    discordncias);

    Com isso, os defeitos pontuais e e discordncias interagiro-se elasticamente e exercerforas mutuamente;

    Para uma discordncia em aresta interagindo com um defeito pontual:

    - soluto > solvente: ser repelido pela regio compressiva da discordncia e atradopela regio trativa;

    - soluto < solvente: ser atrado pela regio compressiva;

    Lacunassero atradas pela regio de compressoe intersticiaissero atrados pelaregio trativa;

    Interaes de discordncias comdefeitos pontuais

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    Interaes de discordncias com

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    Como os campos de deformao ao redor de um defeito pontual so esfericamente

    simtricos, no produz fora numa discordncia em espiral;

    Isso porque uma discordncia em espiral no apresenta campos de tenso trativos ecompressivos, somente cisalhante;

    Entretanto, em alguns casos pode haver a formao de uma distoro no esfrica queinduza interaes com defeitos pontuais (como tomos de C em uma matriz CCC);

    Dada a interao de um defeito pontual com uma discordncia, esperada que aconcentrao de defeitos seja diferente nos arredores de uma discordncia;

    Quando h uma maior concentrao ao redor da discordncia, dito haver umaatmosfera de impurezas;

    A interao de discordncias com tomos soluto importante para explicar fenmenoscomo limite de escoamento descontnuo, envelhecimento dinmico e endurecimento por

    soluo slida;

    Interaes de discordncias comdefeitos pontuais

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    Discordncias so freqentemente empilhadas nos planos de deslizamento em barreirascomo contornos de gro, fases secundrias e discordncias imveis;

    Na primeira discordncia h no apenas a interao com a tenso cisalhante aplicada,mas tambm a fora de de interao com as outras discordncias no empilhamento;

    Quando muitas discordncias so contidas em um empilhamento, a tenso na

    discordncia da ponta pode se aproximar da tenso terica de cisalhamento do cristal;

    Tal alta tenso pode iniciar escoamento no outro lado da barreira ou nuclear uma trincana prpria barreira;

    Empilhamento de discordncias

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    As discordncias no empilhamento sero empacotadas prximo ponta da discordnciae mais espaadas afastando-se da ponta;

    Empilhamento de discordncias

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    Empilhamento de discordncias

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    O nmero de discordncias que podem ser empilhadas antes de um obstculodepender de:

    - tipo de barreira;

    - relaes de orientao entre o plano de deslizamento e as caractersticas estruturaisda barreira;

    - material;

    - temperatura;

    A ultrapassagem de uma barreira pode ocorrer por:

    - deslizamento em outro plano por escalagem da discordncia em torno da barreira;

    - gerao de tenso trativa suficiente para induzir uma trinca na barreira;

    Empilhamento de discordncias

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