DEDICATED TO MAKING A DIFFERENCE s abilidade e nt · numa determinada dimensão ... o BCSD Portugal...
Transcript of DEDICATED TO MAKING A DIFFERENCE s abilidade e nt · numa determinada dimensão ... o BCSD Portugal...
Publicação | BCSD Portugal | nº1 | Julho 2004 | Semestral | Distribuição Gratuita | www.bcsdportugal.org
DEDICATED TO MAKING A DIFFERENCE
Conceito de Desenvolvimento Sustentável
Com este primeiro número da newsletter Sustentabilidade, o BCSD Portugal dá mais um
passo no sentido da aproximar as empresas às questões do Desenvolvimento Sustentável.
Pretende-se não só divulgar mais eficientemente as iniciativas e actividades do Concelho
Empresarial, mas também despertar a atenção de todos os grupos de interesse envolvidos
nesta causa, para que se descubram novas sinergias e formas de colaboração, essenciais na
resposta ao desafio que constitui o Desenvolvimento Sustentável.
> 28 e 29 Jun ‘04Hotel Lisboa Plaza | Lisboa
Learning and Leadership
in Portugal - Tools to teach
Sustainable Development.
Acção de formação onde se
apresentaram as ferramentas
e abordagens mais recentes
do WBCSD
> 15 Jul ‘04Auditório da FLAD | Lisboa
Economia Paralela -
ameaça à sustentabilidade
Seminário dedicado às
questões da evasão fiscal e
evasão às normas de
mercado e sociaisEditorial
Eventos
A participação das empresas no Desenvolvimento Sustentável implica a sua
contribuição para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo.
As que desenvolvem este esforço - empresas responsáveis - garantem a
prosperidade económica, a qualidade ambiental e o capital social.
BCSD Portugal expande-se
Mais cinco grandes empresas aderem
abilidadesuste
nt
> >
Operacionalização nas empresas
Eco-eficiência
Gestão Sustentável da Água na UNICER Cervejas
>
Out ‘042º Encontro de Delegados do BCSD Portugal
>
Nov ‘04A Responsabi-lidade Social das Empresas Conferência Anual
Direcção:
Presidente: Belmiro de Azevedo, SONAE
Vogais: Álvaro Barreto, SOPORCEL
Ricardo Bayão Horta, CIMPOR
Francisco Sanchez, EDP
Manuel Ferreira De Oliveira, UNICER
Conselho Fiscal:
Presidente: Miguel Beleza, BCP
Vogais: Diogo Vaz Guedes, SOMAGUE
José Salter Cid, COMPANHIA DAS LEZÍRIAS
Mesa da Assembleia Geral:
Presidente: Luís Machado, ÁGUAS DE PORTUGAL
Secretários: José Vaz Pinto, TINTAS DYRUP
Ernesto Martins de Brito, CP
Secretariado Executivo
Cristina Costa, UNICER
José Guimarães, CIMPOR
Pedro Vaz Pinto, SOPORCEL
António Neves de Carvalho, EDP
João Silveira Lobo, SONAE
Luís Rochartre Álvares, Secretário Geral
Luísa Schmidt Sustentabilidade
BCSD Portugal expande-se
Mais cinco grandes empresas aderem
Entrevista Noticías
LIPOR - SERVIÇO INTERMUNICIPALIZADO DE GESTÃO DE RESÍDUOS DO GRANDE PORTOCEO: Dr. José Macedo VieiraDelegado: Dr. Fernando Leite
HIDROPROJECTO – Engenharia e Gestão S.A.CEO: Engº António José de Almeida RochaDelegado: Engº Manuel Correia da Piedade
ERICSSON TELECOMUNICAÇÕES LDACEO: Drª Fernanda de Melo TomásDelegado: Engª Magda Cola
SOLVAY PORTUGAL - PARTICIPAÇÕES (SGPS), LDACEO: Dr. André Marcel LaurentDelegado: Eng.º Luís Saldanha da Gama
DELTA CAFES, SGPSCEO: Sr. Manuel Rui Azinhais NabeiroDelegado: Dr. João Carvalho
Entrevista
Luísa Schmidt Socióloga e investigadora
Destaque
Os mais recentes membros do BCSD Portugal são a LIPOR, a Hidroprojecto, a Ericsson, a Solvay e a Delta Cafés.
O Desenvovimento Sustentável
tem sido alvo de um interesse crescente,
em particular desde a Conferência das
Nações Unidas sobre Ambiente e Desen-
volvimento realizada no Rio de Janeiro em
1992 (Cimeira da Terra). Este encontro
representou uma inflexão importante no
discurso político mundial pois estabeleceu-
-se definitivamente que o desenvolvimento
socioeconómico não é antagónico nem
deve ser dissociado da protecção do
ambiente. O Desenvolvimento Sus-
tentável pressupõe assim a procura de
um modelo de desenvolvimento capaz de
gerar riqueza e contribuir para a melhoria
da qualidade de vida da sociedade como
um todo sem comprometer a qualidade
do ambiente, de forma a assegurar que
as gerações futuras tenham um ambiente
pelo menos tão bom quanto o usufruído
actualmente. Mas, embora a expressão
“desenvolvimento sustentável” se tenha
vulgarizado nos meios políticos e seja
sobejamente referida na comunicação
social, é fundamental que se reflicta sobre
a sua implementação concreta, em
particular no meio empresarial.
A RESPONSABILIDADE DAS EMPRESAS
Segundo a Comissão Europeia, a Res-
ponsabilidade Social Empresarial (RSE) é
uma contribuição das empresas para o
Desenvovimento Sustentável. Ou seja,
“Desenvolvimento Sustentável” e “Respon-
sabilidade Social Empresarial” não devem
ser dissociados. Pelo contrário, a RSE é a
operacionalização do Desenvovimento
Sustentável ao nível empresarial.
Com base neste princípio, as Nações
Unidas lançaram o conceito de “empresa
responsável”, que reconhece o papel das
empresas na consecução de um Desen-
volvimento Sustentável. Segundo o Livro
Verde para Promover um Quadro Europeu
para a Responsabilidade Social das Em-
presas (2001), a Responsabilidade Social
é, essencialmente, um conceito segundo
o qual as empresas decidem, numa base
voluntária, contribuir para uma sociedade
mais justa e para um ambiente mais limpo.
Passa pela integração voluntária de
preocupações sociais e ambientais por
parte das empresas nas suas operações e
na sua interacção com outras partes
interessadas.
A Responsabilidade Social das empresas
tem uma dimensão interna e uma externa.
Na dimensão interna integra-se a gestão
dos recursos humanos, saúde e segurança
no trabalho, adaptação à mudança, gestão
do impacte ambiental e dos recursos
naturais. Na dimensão externa
consideram-se as comunidade locais, os
parceiros comerciais, fornecedores e
consumidores, os direitos humanos e as
preocupações ambientais globais.
A TRIPLA ABORDAGEM
As empresas que estabelecem a meta de
colaborar no Desenvovimento Sustentável
deverão, idealmente, apostar em
simultâneo em todas as vertentes da
Responsabilidade Social. Caso existam
limitações, poderão começar por investir
numa determinada dimensão, alargando
depois a sua intervenção noutras áreas.
Por exemplo, algumas empresas têm
investido prioritariamente na aplicação dos
princípios da eco-eficiência. Desta forma
optimizam a utilização dos recursos e
reduzem os prejuízos ambientais e os custos.
É de destacar este aspecto: a Responsa-
bilidade Social das empresas traz-lhes
vantagens económicas directas e indirectas.
Vantagens directas porque, por exemplo,
produzir menos resíduos significa utilizar
melhor a matéria prima e como tal gastar
menos com a sua aquisição. Num levan-
tamento de 181 alterações efectuadas em
29 indústrias químicas no estado da
Califórnia (EUA), verificou-se que várias
delas tinham resultado em poupanças
significativas. As restantes não conduziram
a qualquer aumento dos custos de
produção. As vantagens indirectas resultam
da valorização da imagem da empresa
junto dos consumidores e pelo facto de
os funcionários, por sua vez, trabalharem
com ânimo redobrado quando sabem que
o seu esforço não está somente a gerar
lucros para o empregador.
Na essência tudo se resume ao novo
paradigma empresarial – a Tripla
Abordagem – no qual as empresas não
têm como único objectivo o contributo
para a prosperidade económica, mas
também para a qualidade ambiental e o
capital social.
Operacionalização nas empresas Conceito de Desenvolvimento Sustentável
“Segundo a Comissão Europeia, a
Responsabilidade Social empresarial (RSE) é uma
contribuição das empresas para o Desenvolvimento
Sustentável.”
Este próximo mandato será marcado por desafios ambiciosos que passam pela liderança do mundo empresarial na criação de políticas de Desenvolvimento Sustentável, pela expansão do número de associados e pela implementação de estratégias pro-activas promotoras de Sustentabilidade.
Nova governação para o 2.º triénio de actividades
BCSD Portugal - novos órgãos sociais
Estas empresas estão representadas em Assembleia-geral pelo CEO e nomearam
um delegado que assegura a ligação ao BCSD Portugal.
Criado em Outubro de 2001, por três membros do WBCSD, a Cimpor, a Sonae e a
Soporcel, o BCSD Portugal conta actualmente com 41 empresas associadas de primeira
linha da economia nacional, estratégicas nos sectores de actividade em que operam.
Com base nos estudos que tem acompanhado e realizado acha que os consumidores portugueses valorizam e/ou penalizam as empresas pelos seus desempenhos ambientais e sociais?
A opinião pública portuguesa habi-tuou-se a desvalorizar os indicadores ambientais por falta de informação e, até, por obstrução à informação. As empresas com melhor desempenho ambiental nem sequer utilizam em proveito próprio essa mais valia da sua imagem. Quanto ao desempenho social, pior ainda; as pessoas estão completa-mente alheadas da ética social da pro-dução e só reagem quando são vítimas directas, por exemplo, de desemprego.
É pena, porque em quase todos os país europeus e em muitos outros por este mundo fora, cresce o consumo responsável e as empresas já se habi-tuaram a ver na sua conduta ambiental e social, um factor determinante do seu sucesso no mercado.
Como é que as empresas podem levar à prática o novo paradigma do "Desenvolvimento Sustentável"?
Cumprindo escrupulosamente regras de ética social e de cuidados ambientais, e utilizando-os na promoção dos seus produtos como factor de concorrência. Sublinhando também a veracidade desses factos com uma política de trans-parência para o público em geral, e divulgando voluntariamente o seu de-sempenho ambiental – seja ao nível das emissões poluentes, seja da produção e destino dos resíduos, seja da própria aplicação dos investimentos da empresa.
Com o tempo, será a familiarização conjugada destes factores, que acabará por expandir o mercado consumidor de produtos responsáveis, justos e ecologicamente sãos, gerando reflexa-mente um maior sucesso e, portanto, o crescimento das empresas que os cumprem.
Casos
Noticías
Ficha técnicaEdição: BCSD Portugal
Coordenação: Luís Rochartre Alvares
João Fernandes Jorge
Propriedade: BCSD Portugal
Av. António Serpa 23, 2º Dto., 1050-026 Lisboa - Portugal
Tel.: +351 217 819 001 | Fax: +351 217 956 700
e-mail: info@bcsdportugal | www.bcsdportugal.org
A UNICER é a maior empresa de bebidas
em Portugal, sendo líder no segmento das
cervejas e das águas engarrafadas. Os
interesses do Grupo estendem-se também
aos mercados dos refrigerantes, dos vinhos
e dos cafés e ainda à actividade de pro-
dução de energia. Nos últimos anos, a
UNICER assumiu a cidadania responsável
como um dos pilares da sua actuação
tendo integrado para o efeito a compo-
nente ambiental no sistema de gestão,
reproduzindo-a nas suas diferentes acti-
vidades, serviços e produtos.
A UNICER Cervejas S.A. tem protagonizado
um caso exemplar ao nível da gestão
sustentável da água. A água é um recurso
crucial para a produção de bebidas em
todas as fases do processo produtivo, seja
ao nível da produção propriamente dita,
seja nos processos auxiliares de higieni-
zação, arrefecimento, aquecimento,
recuperação de subprodutos ou manu-
tenção de instalações. A forte dependência
deste recurso reforça a responsabilidade
e o compromisso da empresa para com a
sua protecção e preservação. A redução e
racionalização da água tem passado, ao
longo dos últimos anos, pela concretização
de um conjunto variado de acções nos 3
centros de produção (Leça do Balio,
Santarém e Loulé), que se traduziram em
exemplos como a monitorização semanal
de consumos por sector, a identificação
de desperdícios, a reutilização de águas
pouco contaminadas, a sua recuperação
em usos menos exigentes (regas, lavagens
de pavimentos...), a recirculação de águas
em sistemas de arrefecimento, o reapro-
veitamento de soluções de limpeza (seja
ao nível dos sistema CIP- “cleaning-in-
place”- ou dos banhos das lavadoras de
garrafas de tara retornável.
Anualmente são definidas metas para o
consumo específico de água, tendo por
objectivo desafiar e incentivar a melhoria
contínua do desempenho. O envolvimento
dos colaboradores é fundamental na
concretização desta estratégia. Assim, para
dinamizar e promover a motivação e
empenho de todos os sectores, aspectos
como o consumo específico de água e o
cumprimento das metas definidas são con-
siderados ao nível do sistema de avaliação
de desempenho dos colaboradores.
Com estas medidas em 2003 a produção
de cervejas consumiu 1.718.769 m3 de
água, o que se traduziu numa redução,
face a 2002, na ordem dos 9%. Se com-
pararmos este consumo com o registado
em 1997, a redução foi na ordem dos
31%, o que equivale a uma poupança de
800 milhões de litros de água.
A gestão rigorosa da água na UNICER
Cervejas, para além de permitir uma
protecção do recurso, conduziu a uma
minimização de perdas e redução de
custos, tornando a empresa mais eco-
-eficiente.
A gestão rigorosa da água na UNICER Cervejas, para além de permitir
uma protecção do recurso, conduziu a uma minimização de perdas
e redução de custos, tornando a empresa mais eco-eficiente.
Eco-eficiência
Gestão Sustentável da Água na UNICER Cervejas
Com a produção de Relatórios de Susten-
tabilidade estas 4 empresas assumem um
conjunto de princípios de Desenvolvimento
Sustentável que passarão a orientar as suas
acções e actuações e constituirão um
compromisso público nesta matéria, an-
tecipando uma tendência que num futuro
próximo será cada vez mais inquestionável,
a de que os resultados económicos e finan-
ceiros duma empresa são apenas parte do
seu importante valor. O património
intangível onde se incluem aspectos como
a transparência do seu governo, a sua
responsabilidade ambiental e social terão,
cada vez mais, um peso decisivo.
Barbosa & Almeida, EDP, Somague e Cimpor lançaram já os seus Relatórios de Sustentabilidade 2003, as
últimas três pela primeira vez este ano.
Membros do BCSD Portugal relatam Sustentabilidade
Redação, design e produção:
Caderno Verde - comunicação S.A
Tiragem: 500 exemplares
Ano: 2004