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VOL. 10, N. 2, 1981 FARINHA DE PENA E víSCERAS HImoLISA~ mMO FONTE DE PROTEÍNA PARA SUíNOS EM CREScrMENTO E TERMINAÇÃO PROCI-1981.00030 FIA 1981 SP-1981.00030 Elias Tadeu Ff.a'lho+ Paulo Cezar Gomes* Aloizio Soares Ferreira* José Fernando da Silva Protas* Alfredo Ribeiro de Freitas* 1. INTROIlJÇÃO Segundo o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPA-l978), o abate de aves sob InspeçãO Federal no ano de 1978 ()28,5 mí.Lhoes de cabeças) foi 2(1'/0 superior ao ano de 1977 (273,0 milhões de cabeças). A estimativa para o ano de 1980 está em torno de 670 milhÕes de cabeças. Considerando que aS aves são abatidas com 1,5 kg e que 7% de seu peso corres- pondem a penas, haveri uma disponibilidade de 70,35 mil tone- ladas de farinha de pena no mercado, em 1980. O estudo das possibilidades de sua utilização como fonte alternativa de proteina em raçÕes de monog~stricos, reveste- de grande importância econÔmica, por tratar-se da utilizaç o de um subproduto considerado dejeto dos abatedouros avicolas. Segundo RlND & MANER (1974) a prote:Ína da farinha de pena, em estado natural, por ser queratinizada, apresenta um valor nutricional insignificante, entretanto quando submetida a um adequado processamento ela torna-se mais disponivel aos ani- mai••• Através do processamento por autoclavagem bem como por hi- drólise com ácido clorídrico, obtém-se produtos com altos va- lores de digestibilidade da prote:Ína (Eggum, 1970, citado por RlND & MANER, 1974). BOEVE et alii (1973) obtiveram valores de 85 a 88% de coe- ficiente de digestibilidade da proteina (CDP) da farinha de pena hidrolisada, com 94 a 96% de protefna bruta, para su{nos. * Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves (CNPSA) - Conc~dia - sc.

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VOL. 10, N. 2, 1981

FARINHA DE PENA E víSCERAS HImoLISA~ mMO FONTE DEPROTEÍNA PARA SUíNOS EM CREScrMENTO E TERMINAÇÃO

PROCI-1981.00030FIA1981SP-1981.00030

Elias Tadeu Ff.a'lho+Paulo Cezar Gomes*Aloizio Soares Ferreira*José Fernando da Silva Protas*Alfredo Ribeiro de Freitas*

1. INTROIlJÇÃO

Segundo o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal(SIPA-l978), o abate de aves sob InspeçãO Federal no ano de1978 ()28,5 mí.Lhoes de cabeças) foi 2(1'/0 superior ao ano de1977 (273,0 milhões de cabeças). A estimativa para o ano de1980 está em torno de 670 milhÕes de cabeças. Considerando queaS aves são abatidas com 1,5 kg e que 7% de seu peso corres-pondem a penas, haveri uma disponibilidade de 70,35 mil tone-ladas de farinha de pena no mercado, em 1980.

O estudo das possibilidades de sua utilização como fontealternativa de proteina em raçÕes de monog~stricos, reveste-de grande importância econÔmica, por tratar-se da utilizaç ode um subproduto considerado dejeto dos abatedouros avicolas.

Segundo RlND & MANER (1974) a prote:Ína da farinha de pena,em estado natural, por ser queratinizada, apresenta um valornutricional insignificante, entretanto quando submetida a umadequado processamento ela torna-se mais disponivel aos ani-mai •••

Através do processamento por autoclavagem bem como por hi-drólise com ácido clorídrico, obtém-se produtos com altos va-lores de digestibilidade da prote:Ína (Eggum, 1970, citado porRlND & MANER, 1974).

BOEVE et alii (1973) obtiveram valores de 85 a 88% de coe-ficiente de digestibilidade da proteina (CDP) da farinha depena hidrolisada, com 94 a 96% de protefna bruta, para su{nos.

* Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa de Suínos eAves (CNPSA) - Conc~dia - sc.

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REV. SOCo BRAS. ZOOT.

Entretanto, a Tabela Latino-Americana de Composição de Alimen-tos (1974) apresenta um valor de 75% de CDP.

Em ensaios de digestibilidade com o referido subprodutoconduzido no Centro Nacional de Pesquisa de Suinos e Aves(CNPSA), (1980 - dados não publicados) com animais de diferen-tes pesos, foram obtidos coeficientes médios de digestibilida-de aparente da matéria seca e da pr-ote Ína de 76,67 e 79,6~respectivamente, sendo que a proteina digestível foi de 49,21.

A utilização da farinha de pena hidrolisada em rações a ba-se de milho, como Única fonte de proteína, afeta a performan-ce de su Í nos (HALL, 1957; GOMES et alii, 1958 e GONÇALES &AGUILLERA, 1967). Entretanto quant;-a utilização de farinha depena e visceras hidrolisadas no arraçoamento de suinos, naofoi encontrado nenhuma referência, o que leva a supor que oreferido subproduto de abatedouros avlcoLas seja pouco difun-dido ou quase nada se conhece do seu valor nutritivo para suí-nos.

Este trabalho objetivou avaliar biologicamente a farinha depena e visceras hidrolisadas, através de ensaios de digestibi-lidade e verificar os efeitos de Sua adição em diferentes ni-veis nas rações de suinos em crescimento e terminação, bem co-rno verificar a viabilidade econômica da substituição do fare-10 de soja por este insumo, em diferentes niveis.

2. MATERIAL E MÉfOillS

Foram utilizados 80 suinos da raça Landrace (40 machos cas-trados e 40 fêmeas) com o peso médio inicial de 2,70 + 0,36kg, em um experimento conduzido nas instalações do Centro Na-cional de Pesquisa de Suinos e Aves (CNPSA), no per{odo de ju-nho a setembro de 1980. Neste per{odo a temperatura média foide 15,8°C e a umidade relativa do ar de 84,14%.

A farinha de pena e visceras hidrolisadas (FPVH), utilizadafoi obtida através da hidrólise em autoclaves sob pressão de4 a 5 kg/cm2, a uma temperatura de 142 a l5loC por um tempode 30 minutos. Em seguida a maasa hidrolisada foi secada emdigestores, com 5,6 kg/cm2 de pressão da camisa à uma tempera-tura de l5l-l58°c, por um tempo m~dio de 4,0 hs.

O periodo experimental constou de 103 dias, sendo 49 refe-rentes ao per-iodo de crescimento e 54 ao per-Íodo de termí.na-.

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oVOL. 10, N. 2, 1981

Os animais foram alojados em nÚmero de quatro (dois machose duas fêmeas) por baia de piso de concreto totalmente ripado,contendo uma área de 7,2 m2•

As rações na forma farelada e água foram forneci das a von-tade e, as pesagens foram realizadas a cada 14 dias e, sema-nalmente, no final de cada fase.° delineamento experimental foi o inteiramente casualizadocom quatro tratamentos (TI - 0,Ojo de FPVH; T2 - 3,Ojo de FPVH;T3 - 6,0j0 de FPVH e T4 - 9,0j0 de FPVH) e cinco repetiçoes,sendo a w1idade experimental representada pela baia.

As raçÕes, à base de milho, fareI o de soja, farinha de penae v{sceras hidrolisadas, fosfato bic~lcico, minerais e vitami-nas foram formuladas para conter l~~ de prote{na b~ta na fa-se de crescimento (27 a 58 kg de peso) e 14% de proteina brutana fase de tenninação (58 a 93 kg de peso) e suas composiçoesencontram-se no Quadro 1.

No ().Iadro2 encontra-se a composiçãO em aminoácidos da fa-rinha de pena e v{sceras hidrolisadas.

As respostas de consumo médio diário de ração, ganho médiodiário de peso e conversãO alimentar, em função dos diferentesn{veis de FPVH na ração foram interpretados através de regres-são polinomial e as estimativas dos contrastes entre as médiasdos tratamentos foram testadas pelo teste de Tukey.

Foi conduzido, paralelamente, a este experimento um ensaiode balanço de nitrogênio das mesmas raçÕes fornecidas no expe-rimento de desempenho.

Utilizou-se doze animais Landrace, machos castrados com pe-so médio de 45,20 e 70,30 kg, correspondendo ~s fases de cres-cimento (primeiro per{odo) e tenninação (segundo per{odo),respectivamente. Os animais foram distribuidos em gaiolas demetabolismo mantidas em salas, com ambiente parcialmente con-trolado, existentes no setor de campos experimentais do CNPSA.° ensaio foi conduzido nos meses de junho e agosto de 1980,sob uma temperatura média mensal e umidade relativa do ar de15,5°C, 16,14°C, 84, ocr;~, 87, 357~, respectivamente.

ApÓS o prime iro periodo experimental os animais retornaramàs baias coletivas, e ao atingirem o peso médio de 70,30 kg,realizou-se o segundo periodo experimental.

Em ambos os periodos os fornecimentos das rações foram deacordo com peso metab~lico (kgO,75) de cada animal dentro deuma mesma repetição.

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QUADRO 1 - Composição percentua1 das rações utilizadas nos ensaios de performance e digestibilidade ~~

Percentagem de farinha de pena e visceras hidro1isadas (FPVH)

Ração:Tratamento:

TerminaçãoCrescimentoTI T2 T3 T4 TI T2 T3 T4

% 6 6° 9 °3 93Ingredientes:Milho moido (8,6% PB)Fare10 de soja (44,85% PB)FPHV (61 ,0By. PB)Fosfato bicá1cicoMistura minera1aMistura vitam{nicab

%74,023,0

%85,5

5,56,02,30,50,2

%85,5

2,59,02,30,50,2

%75,018,5

3,02,30,50,2

%77,510,59,02,30,50,2

%82,514,5

%82,511,5

3,02,30,50,2

%77,014,0

6,02,30,50,2

2,30,50,2

2,30,50,2

Valores analisadoscMatéria seca % 84,85 84,72 84,67 84,00 87,01 85,45 82,85 85,63Proteina bruta % 16,30 16,20 16,60 16,00 14,09 14,34 13,93 15,00Fibra bruta % 2,80 2,84 2,61 2,31 2,39 2,15 2,17 2,19Extrato etéreo % 6,47 7,05 7,64 7,87 3,65 3,14 4,20 4,85% total de Ca 0,66 0,57 0,72 0,71 0,62 0,62 0,83 0,68% total de P 0,79 0,56 0,69 0,67 0,63 0,61 0,67 0,61a - fornecendo por quilograma de ração: 4,2 g de NaCl; 6 mg Ou; 80 mg Fe; 20 mg Mn; 100 mg 20.b - fornecendo por quilograma de ração: vit.A, 5000 UI; vit.D), 200 UI; vit.E, 11 UI; ~iamina, 2mg;

ribof1avina, 3 mg; niacina, 10 mg; ácido pantotênico, 11 mg; vit.B6, 2 mg; colina, 900 mg s0-mente na fase de crescimento; vit.B12, 11 mcg.

c - Análises foram realizadas no Laboratório de Nutrição do Centro Nacional de Pesquisa de Suinos eAves (CNPSA).

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oVOL. 10, N. 2, 1981 385

~Amo 2 - Composição em aminoácià>s da farinha de pena evisceras hidrolisadasa

%

AlaninaAc. aspar-tdcoAc. glutâmicoFenilalaninaGlicinaHistidinaIsoleucinaLeucinaLisinaMetioninaCistinacProlinaSerinaTirosinaTreoninaValinaTr-í.ptof'ano-lProteinaMatéria Seca

2,453,955,253,443,871,703,143,842,260,55

5,433,892,342,493,530,70

64,5093,60

aAnálise realizada 10 Laboratório Qu1mico Moinho da LapaS/A, Divisão de RaçÕes.

bResultados expressos em base de matéria seca.

,

c ~ •Nao foi quantificada a percentagem deste aminoacido na amos-tra analisada.

dAnalisadc no Laboratório de Nutrição do CNPSA, segundo ametodologia descrita por TAFURI & BRUNE (1971).

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386 RE.V. SOC. BRAS. 2DOT.

o periodo de adaptação dos animais às gaiolas de metabolis-, ( Imo, bem como o metodo e per10do de coleta das amostras dos ex-

crementos, foram iguais aos descrito por FIALHO et alii(1979). As análises de nitrogênio das fezes e urina, bem ;;;;as demais análises das raçÕes experimentais foram realizadasconforme os métodos descritos pelo AOAC (1970).

O valor biológico da proteina (VBP) foi determinado segun-do o método descrito por ERICKSON et alii (197B).

O delineamento experimental foi o inteiramente casualizadocom três repetiçÕes por tratamento. Os tratamentos consistiramnum fatorial 4 x 2 (raçÕes x perlodos). As raçÕes foram asmesmas utilizadas no ensaio de performance e os per{odos com-preenderam as fases de crescimento e terminação. As análisesestatisticas dos resultados foram semelhantes ao do experimen-to anterior.

Os preços dos insumos, utilizados para o cálculo dos custosdas rações experimentais foram tomados a nivel de mercado.

No Quadro 1 verifica-se que as diferentes raçÕes testadas,sofrem alteraçÕes nas proporçÕes de farelo de soja e milho,utilizados nas fases de crescimento e tJrminação. Entretanto,como o_preço dos referidos insumos ~Qua~ 3) a niv~l de mer-cado sao os mesmos, estas alteraçoes a composiçao das ra-çoes não alteram seus custos (Quadro 4).

QUADRO 3 - Preços médios do kg dos diversos insumos utilizadosna formulação das diferentes raçÕes experimentais

Insumos Preço do Kg (Cr$)

Fonte: Indústrias de Ração de Santa Cata ina - Outubro/BO ..

11,0011,0017,002B,00

150,5013,50

MilhoFarelo de sojaFarinha de pena e visceras hidrolisadasFosf'ato bicálcicoMistura vitaminicaMistura mineral

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~ADRO 4 - Preço do kg de cada raçao experimental - Santa Ca-tarina - Outubro /80

RaçÕes Experimentais Preço do kg (Cr$)

TI (0% FPVH)T2 (3"/0 FPVH)

T3 (6% FPVH)T4 (9Yo FPVH)

11,6811,81

12,04

12,23

Para avaliar-se economicamente o desempenho de cada raçãoexperimental calculou-se o custo do kg de peso vivo produzi-do, com as diferentes raçÕes, utilizandO-se as variáveis: con-sumo médio diário de ração, preço da ração, nÚmero de dias deexperimento e ganho total de peso no per{odo considerado, nafórmula abaixo, utilizada por GAI (1977).

CPVGTB

onde:

CPV Custo do kg de peso vivo produzido

CMD Consumo médio diário de raçãoPR Preço do kg de raçaoND N~mero de dias de experimentação

GTB Ganho total de peso

4 Constante

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3. RESULTAms E DISCUSSÃO

Os resultados de performance dos suinos que receberam ra-ções com ou sem farinha de pena e visceras hidrolisadas (FPVH)encontram-se no Quadro 5.° consumo médio diário de ração não apresentou diferençassignificativas (p 7 0,05) para os diferentes niveis de FPVHnas rações. Entretanto, constatou-se umJ redução de 0,46; 7,90e 6,5%, respectivamente para os niveis de 3, 6 e 9% de FPVH,estes resultados provavelmente estejam ~ssociados ao imbalançode aminoácidos e a pior palatabilidade ~as rações que conti-nham a FPVH (COMBS et alii, 1958 e NZALES & AGUILLERA,1967). --

Os efeitos dos tratamentos para os de ais parâmetros estu-dados podem ser melhor explicados pelas análises de regressao(Figura 1).

Observa-se que o peso final e ganho médio diário de pesoapresentaram uma tendência de decr~scimo linear (p L o,os) amedida que se aumentou o nivel de FPVH ~lasrações. A cada uni-d:de percentual da FPVH adicionada à r~ção obtém-se uma ~edu-çao estimada de 1,27 kg e ~2,79 g respeftivamente nos parame-tros estudados. A conv:rsao alimentar ptorou (p L 0,01) peloaumento da FPVH nas raçoes, e por unidade percentual de FPVHadicionada à ração verificcu-se um acrésbimo de 0,045 unidade,ao referido parâmetro.

Resultados semelhantes foram obtid~~ por GOMES et alii(1958), os cpais constataram uma reduçab no ganho em peso epior conversão alimentar quando adicioharam lry/o de farinhade pena hidrolisada às rações de suinos~em crescimento e ter-minaçãO. Os autores :tribu{ram aos res ltados obtidos a piorpalatabilidade das raçoes.

Segundo CHEEKE (1972) e MARKS (1973), a lisina, a metioninae o triptofano são os aminoácidos maisl carentes em raçõespráticas de suinas. Provavelmente as raç6es formuladas com ni-veis crescentes de FPVH, tenha propicia~ rações com balançosinadequados destes aminoácidos, e conse~entemente resultandoem piores desempenhos dos animais.

Os resul:ados obtidos neste expe~merto são indicativos deque a proteina fornecida pela FPVH e df qualidade inferiorquando comparada com a fornecida pelo farelo de 50 ja. COMBS et!!li (1958) e GONZALES & AGUILLERA (1967~ obtiveram resulta-

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~

QUADRO 5 - Efeito da farinha de pena e visceras hidrolisadas na performance dos suinos Cie-

Farinha de pena e visceras hidrolisadas (%) t-'

1 - 2 CV% 3O~

Itens s(x) zO 3 6 9 • o

N

NÚmero de animais 20 20 194 194 - - t-'1..0Peso médio inicial, kg 27,lOa 26,96a 27,2oa 27,20a

.:!:. 0,38 3,17 cct-'

Peso m~dio final, kg 92,24a 92,72a 86,40ab 81,56b .:!:. 2,60 6,58Ganho médio diário, g 632a 638a 575ab 528b .:!:. 23,91 9,00Consumo médio diário, kg 2,15a 2,14a l,98a z.oi- ±. 9,07 7,60Conversão alimentar 3,41a 3,34a 3,44a 3,83b ±. 0,08 4,84

1 ~Os dados de cada item numa mesma linha, com letras iguais, nao diferem estatisticamente entre si(p 7 0,05) pelo teste de Tukey.

2 ~ , (_)Erro padrao da media s x .

3Coefi ciente de vari ação (CV %).

4Foi perdido um animal por morte ocasionada por pneumonia.

w[E

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bD.>: ;10.0...,MnI<:...•....o 80,0ti)

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'<1) 550,0Elo

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rio,o

100,0

3,70

3,50

3,30

+REV. soe. BRAS. ZDOT.

t = 93,982 - 1,279 x (---)R2y = (- - - - -)

° 88** p L 0,01,

----""" ...

"""" .•. ...:-..

t = 650,14 - 12,79xy = (- - - - -)

(--) PLo~R2 = 0, 85** " "

t = 3,3'+ 0,0456 x (_._) P L 0,01

y = ( ) R2 = 0,70**

I I I 1-1° 3 6, 9% farinha de pena hidrolizada mais V1sceraS nas raçoes

lGUR ~.I. ~F A 1 - Desempenho de SUlnos em cresclmento e terffi1naçao,em função das percentagens de farinha de pena evisceras hidrolisadas nas rações.

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oVOL. 10, N. 2, 1981 391

dos e conclusões semelhantes aos constatados neste experimen-to.

Os resultados referentes a matéria seca digestivel (MSD),coeficiente de digestibilidade da proteina (CDP), proteina me-tabolizável (PM), retenção de nitrogênio (RN) e valor biológi-co da proteina (VBP), das rações contendo diferentes niveis defarinha de pena e visceras hidrolisadas (FPVH) nos periodos decrescimento (Periodo 1) e terminação (Periodo 2) encontram-seno Q.ladro6.

Os valores de CDP, PM, RN e VBP, no primeirocimento) foram signi~icativamente inferioresobtidos no segundo periodo (terminação).

Os aumentos verificJdos entre os periodos para CDP estãode acordo com os citados por BAIRD et alii (1974), ALVARENGAet alii (l919) e mLNAdo et alii (1919), os quais encontraramvalores crescentes da ODP, com o aumento da idade dos suinos.

FIALHO et alii (1919) observaram um acréscimo no valor daPM, com suinos de peso mais elevado, resultados semelhantesforam constatados no presente experimento.

Os dados de MSD foram semelhantes (p 7 0,05) em ambos osperiodos, independentemente dos níveis de FPVH nas rações.Entretanto, estes resultados foram discordantes dos encon-trados por ALVARENGA et alii (1919), FIALHO et alii (1919) emLNAGO et alii (1919), os quais obtiveram valores de MSD maisaltos, com suinos de maior peso.

Tendo em vista que os pesos estudados (45,2 e 70,3 kg) es-tão prÓximos de o animal atingir a idade adulta, pressupÕe-seque ocorra uma pequena variaçao na sua capacidade digestiva,pois no presente ensaio os animais ingeriram por dia, em média1531 e 1788 g de matéria seca, respectivamente para a fase decrescimento e terminação. Conclui-se portanto, que para estafaixa de peso estudada4e nas condições em que este experimen-to foi conduzido, a D não foi influenciada pelos niveis-crescentes de FPVH adicionada nas raçoes, em ambos os perio-dos.

Com o aumento da FPVH nas raçoes, observou-se tendênciaspara decréscimos lineares (p L 0,05) nos valores RN, CDP e acada unidade percentual FPVH, adicionada à ração, representaum decréscimo de 0,31 g e 0,086% no RN e CDP, respectivamente(Figura 2).

per-Lodo (cres-(p L 0,05) aos

+

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• ~ ~ 1QUADRO 1 - Digestibilidade da materia seca e balanço de nitrogenio das raçoes experimentais

I T E H - 6• (x)Per iodcs 3Percentageta Farinha de P~nl e Viseer•• Kidrolizad••2 - Hedil4

d'osO 3 6 9 Período. cvx5

Consumo diário de nitrogêllio- g

Excreção diária de ni-trogênio nas fezes - g

Exereção diária de ni-~rogênio na urina - g

Retenção'diári8 detrogênio - g

Materia seeavel-%

disgesci-

Coeficiente de digestibilidlde d. protelnl -XProtelna met8bolizãv~1.%

Valor biológico .paren -te di proteína - %

4S,32& 46,84a 47,37a 39,53b 44,7;;-4S,79b 49,581b SO,67' 52,201 49,56B4S,56 48,21 49,02 45,87

8,46 9,11 8,74 8,49S,30 8,S3 9,21 8,806,88a 8,8Sa 8,98' 8,64'

18,53 22,42 22,95 23,6222,62 22,84 20,25 2S,0720,188 22,63ab 21,60ab 24,49b18,34a lS ,30a lS ,68a 8,S8b18,08& 18,228 21,20' 18,33&18,23 16,76 18,44 14,438S,67 86,45 87,96 88,5790,57 88,Sl 88,51 88,7788,128 87,488 88,238 88,67'81,47 80,53 81,59 78,5788,17 82,78 81,67 83,178S,12a -81'76'68 81,631 8O,87a39,658 )4 ,80ab 35,10ab 27,86b39,12a 37,281 40,26' 36,44a39,44 36,04 37,68 33,01

1 44,98a 39,491 39,861 31,85b 39,70A2 41 648 41 79a 45 66a 40 49a 42 46B...d i I , , , ,

me 18 1U...lL4 40,64 42.~4 ~,04 7,00 1.28

12'

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mediani- 1

2media

8,70A7,96A

21,nA22,7lA

15,OlA19,038

87,16A89,09A

80,54A84,10B

34,94A38,20B

3,93

17,40

9,73

12,10

0,76

0,59

0,88

0,92

1,68 0,30

12

medi812

lIIed'il12

media

3,44 I, }-6

7,59 1,24

1 - Dado. expre••os em b.se de matéria seca.2 - Médil' eom letr•• iguaia numa mesma linha, não diferem entre .i (P > 0,05) pelo teste de Tukey.3 - O. pariodos 1, 2 correspondem •• fa.eo de era.cimento e terminação, respectivamente4 - Hedias d. c.da parâmetro com letra. diferentes, diferem entre .i (P < 0,05) pelo teate de Tukey3 - Co.ficiente de v.ri.ção referente. aOflníveis FPIIV na. raçõe.6 - Efro padrão da. média. referentes 'o. nívei. FPHV n•• raçõ•••

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oVOL. 10, N. 2, 1981

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FIGURA 2 -

393

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~ --_-......------1--

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p L o.os

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~I. _ •••--- ----~-~ ~------1-· -~-~? = 18,4 - 0,31x (---) "

2 'Y = ( -) R 0,40*

p L o.os

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°I3

,9

10 farinha d~ pena hidrolisada mais visceras nas rações

Valores ~e ~ote{na metabolizável, valor biológicoda proteina, coeficiente de digestibilidade daproteína e retenção de nitrogênio de rações con-tendo niveis crescentes de FPVH com suinos em cres-çimento e terminação.

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394 REV. soe. BRAS. ZOOT.

o VBP e a PM apresentaram tendências de efeitos linearesnegativas (p L 0,05) pela adição da ~H na ração e as equa-ções de regressões mostram que o acr~dcimo de 1% de FPVH, re-presenta uma diminuição de 0,11% em ambos os parâmetros anali-sados (Figura 2).

O VBP é um indicativo da qualidade da proteina, sendofinido como a percentagem de nitrogênio absorvido, retidoorganismo animal (MITCHELL et alii, 1978).

Os resultados obtidos, tanto pelo VBP, bem como os demaisparâmetros relativos ao balanço protéico das raçÕes experimen-tais, demonstraram que a FPVH fornece proteinas de baixos va-lores biológicos, quando comparadas c1m raçÕes a base de mi-lho e farelo de soja, as quais consequentemente propiciaramaos animais baixos valores de desempenho à medida em que seaumentava o nivel de FPVH nas raçÕes.

Pela anilise, em conjunto, dos resultados obtidos referen-tes aos dados de desempenho dos animais bem como aos de ensaiode digestibilidade, observa-se que a FPVH, nos niveis estuda-dos (O; 3; 6 e 910), não constitue uma fonte alternativa ade-quada de substituição da proteina fornecida pelo farelo de so-ja.

Esta pior performanceprocessamento inadequado

de-pelo

obtida poder' estar associadana obtenção do subproduto testado.

ao

4. ANÁLISE EillMSMICA

Os resultados de custo de cada ração experimental por kg depeso vivo de suino produzido estão no Q..ladro7.

Verifica-se (Q..ladro7) que o custo do kg de peso vivo pro-duzido com as rações experimentais, TI (0% FPVH) e T3 (310 FPVH)não apresentaram diferenças estatisticamente significativas(p 7 0,05) entre si. De onde se conclui que a substituição deFPVH por farelo de soja, a nivel de 310 apresenta resultadosequivalentes em termos econômicos e a niveis de 6 a 910 é in-viável e~onomicamente, por serem os resultados diferentes.

Relativamente a tomada de decisão sobre qual ração usar,TI (0% FPVH) ou T2 (310 FPVH) deverão ser considerados os re-sultados das análises de regressão e ensaios de digestibi-lidade, ja que, a eficiência econômica de ambas ~e equi-valem.

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oVOL. 10, N. 2, 1981 395

QUADRO 7 - Custo do kg de peso produzido, pelas diferentes ra-ções experimentais - Santa Catarina - Outubro/SO

Rações Expe riment ais Custo do kg de peso vivoproduzido (Cr$)l

T (070 FPVH) 49,63abI

T2 C3/~ FPVH) 49,4Sa

T (6% FPVH) SI,SSb3

T4 (gfo FPVH) SS,23c

I - Os dados de cada item com letras iguais nao diferem esta-tisticamente entre si (p 7 O,OS) pelo teste de Tukey.

S. RESUMO E OJNCLUSÕES

Este trabalho objetivou avaliar biologicamente a farinhade pena e visceras hid olisadas (FPVH), através de ensaios dedigestibilidade e verificar os efeitos de sua adição em dife-rentes niveis nas raç~s de suinos em crescimento e terminação,bem como verificar a viabilidade econômica da substituição dofarelo de soja por este subproduto.

Oitenta suinos da raça Landrace (40 machos castrados e 40fêmeas) foram ut i.Li za.dos em um experimento de desempenho, con-duzido nas instalações do Centro Nacional de Pesquisa de Sui-nos e Aves, com delineamento experimental inteiramente casua-lizado com quatro tratamentos (TI - 0,070 FPVH; T!S - 3,070 FPVH;T3 - 6,070 FPVH e T4 - 9},070 FPVH) e cinco repetiçoes.

Simultaneamente conduziu-se um ensaio de digestibilidade,das rações experimentais, por dois periodos. Utilizou-se 16outros animais da raça Landrace, machos castrados com peso mé-dio inicial de 42,3 e 70,3 kg correspondendo aos periodos decrescimento e terminação, respectivamente. Utilizou-se a meto-dologia de coleta total de fezes.

Determinou-se a-matéria seca digestivel (MSD), coeficientede digestibilidade da pr-ot e.i na (CDP), prote Ína metabolizivel

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396 REV. SOCo BRAS. ZOOT.

(PM), bem como a retenção de nitrogênio (RN) e valor biol~gicoda proteina (VBP) das rações acima citadas.

Os niveis de FPVH nas rações não influenciaram (p 7 0,05) oconsumo diário de ração pelos animais. Pela análise de regres-são, observou-se que o peso final (y = 93,982 - 1,279x) e ga-nho m~dio diário de peso (y = 650,14 - l2,79x) apresentaramuma tendência de decr~scimo linear (p L 0,05), ~ medida em quese aumentou o nivel de FPVH nas r-açoes Í A conversão alimentar(y = 3,3 + 0,0456x) piorou linearmente com o aumento dos ni-veis de FPVH nas rações.

Os valores de CDP, PM, RN e VBP no periodo de crescimentoforam signi:icativamente ~nferiores (p ~ 0,05) aos obtidos nosegundo periodo (terminaçao), entretanto, os valores da MSDforam semelhantes (p 7 0,05) para ambos os periodos. Pela aná-lise de regressão linear, demonstrou-se que o CDP (y = 16,846-o,086x) e a RN (y = 18,4 - 0,3Ix) apresentaram uma tendênciapara decr~scimo linear (p L 0,05) com p acréscimo dos niveisde FPVH nas rações. Os dados obtidos para o VBP (y = 8,7240,112x) e FM (y = 7,824 - 0,113x) apresentaram tendências deefeitos lineares negativos (p L 0,01) pela adição de FPVH nasraçoes. Pela análise de regressão realizada concluiu-se queniveis crescentes de FPVH nas rações propiciaram piores per-formances aos animais. Os valores de digestibilidade das ra-ções experimentais demonstraram que a FPVH fornece proteinasde baixos valores biológicos quando comparado com aquelas for-necidas pelo farelo de soja. Pelas análises econômicas efetua-das conclui-se que a via~ilidade econôrlicadas rações :1(0,0%FPVH) e T2 (3,0% FPVH) sao e~iva1e~te , e que as raçoes T3(6,0% FPVH) e T4 (,0% FPVH) sao inviaveis economicamente.

6. SUMMARY

Eighty Landrace pigs (forty barrows and forty females) wereused in a experimental period of 103 days, to study the effectof hidrolized feathers and offtal meal (HFOM) levels on theperformance of growing and finishing pi~s.

The animaIs were alloted based on body weight in twentygroups of four arn.maLs each. These gnoups were r-andomLyassigned to one of the four following treatments: (Tl) rationwithout HFOM; (T2) ration with 3% HFOM; (T3) ration with 6%HFOM and (T4) ration with 9% HFOM. The 16 and 14% crude

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in growing (27 to 58 kg live93 kg live weight) diets,ration based on ground corn

HFOM were supplemented with

protein levels were maintainedweight) and finishing (58 torespectively. The experimentaland soybean meal with or withoutvitamins mineraIs.

Simultaneously, sixteen Landrace barrows were used in adigestibility trial for two experimental periods(corresponding to the growing and finishin periodsrespectively) using the same HFOM levels used in theperformance trial, with the purpose to determine, dry matterdigestibility (DMD), protein digestibility (PD), metabolizableprotein (MP), nitrogen retention (NR) and pratein biologicalvalue (PBV).

The daily gain (y = 650.14 - l2.97x) and final weight(y = 93.982 1.279x) showed a tendency to decrease linearly(p L .os) with the infrease of HFOM levels, but daily feedintake were not influerced (p 7 .os) by the increase of HFOMlevels. Feed/gain ratio (y = 3.3 + 0.0456x) increased ~arly(p L .OS) with the increased levels of HFOM.

Values of PD, MP, NR and PBV for growing period weresignificantly inferior (p L .OS) to those obtained forfinishing period, however, the DMD was not diffrent in bothperiods.

Protein digestibility (y = 16.846 - 0.086x) and nitrogenretention (y 18.4 - 0.31x) showed a linear tendency(p L .OS) to decrease with the increase in HFOM levels whilethe PBV (y = 8.724 - 0.112x) and MP (y = 7.824 - 0.113x)showedadverse effect

The digestibility trial showed that HFOM provides proteinwith low biological value when compared with that provided bysoybean meal. This conclusion was evidenced by the performancetria1.

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