De franca
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DIRETORIA DE ENSINO – REGIÃO DE FRANCA
Equipe de Língua Portuguesa
AÇÕES DE FORMAÇÃO
Orientações técnicas com envolvimento de
130 professores dos 6º anos tendo em vista
as dificuldades relativas ao processo de
construção da leitura e da escrita.
Foram realizados 4 encontros.
ORIENTAÇÃO TÉCNICA
OBJETIVOS Formar professores do 6º ano para o ensino da leitura e da escrita
em continuidade aos anos iniciais;
Refletir sobre a concepção de ensino e aprendizagem que embase a
prática docente em Língua Portuguesa;
Discutir sobre a construção da escrita nos anos iniciais e sobre a
continuidade do processo de desenvolvimento da linguagem escrita
nos anos finais;
Analisar produções escritas de alunos do 6º ano a partir da
verificação de dificuldades apresentadas pelos alunos, propor
ações para desenvolvimento efetivo em sala de aula.
Ressaltar procedimentos de escrita (planejar, escrever, revisar e
reescrever) no processo de produção.
Adotar como prática pedagógica o “Bilhete orientador” para
estimular e orientar os alunos a reescrever seus textos.
E.E PROF.ª MARIA DO CARMO SILVA FERREIRA-
DONA NENZINHA
Direção: Maria Cecília de Lima Sousa
Vice- Direção : Rosi Alves de O. Cunha
Coordenação: Cleide Ferreira de Camargo
Professora responsável : Taiana Pedaes
SEQUÊNCIA DIDÁTICA: LER, ESCREVER E APRENDER
Disciplina : Língua Portuguesa
Público Alvo : 6º Ano B – Período da tarde
OBJETIVOS:
Inferir as características de diversos gêneros textuais (Conto, Você sabia que..., Convite e Entrevista);
Desenvolver a sensibilidade estética, a imaginação, a criatividade e o senso crítico;
Reconhecer os elementos básicos da narrativa;
Ler para produzir diferentes gêneros orais e escritos;
Refletir sobre a linguagem e seus usos; Sistematizar a escrita - produção, revisão e
reescrita; Utilizar o bilhete orientador como mediador
das práticas de linguagem.
COMPETÊNCIAS/ HABILIDADES :
Desenvolver as competências leitora e escritora;
Promover avanços na leitura e na produção de textos;
Garantir que as relações entre leitura e escrita sejam tratadas de forma a construir, no aluno, o conhecimento gradativo e reflexivo das práticas de linguagem.
ESTRATÉGIAS: Leitura e produção;
Revisão e reescrita com intervenção por meio do bilhete orientador;
Atendimento individual.
ETAPA I – DISCUSSÃO E REFLEXÃO SOBRE O GÊNERO CONTO
Levantamento de conhecimentos prévios sobre o gênero conto e abordagem de suas características, seu suporte de circulação e sua função social.
“Você sabia que existem vários gêneros de textos que narram uma história e um deles é o conto? O conto teve início junto com a civilização humana. As pessoas sempre contaram histórias, reais ou fabulosas, oralmente ou através da escrita. Além de utilizar uma linguagem simples, direta, acessível e dinâmica esse gênero é a narração de um fato inusitado, mas possível, que pode ocorrer na vida das pessoas embora não seja tão comum”.
ATIVIDADE 1 – VOCÊ SABIA QUE...
Agora quem escreve é você! Conforme o que estudamos sobre o gênero conto escreva o que você entendeu sobre esse gênero.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O AUTOR E TEXTO
Luís da Câmara Cascudo foi historiador, antropólogo, folclorista,
advogado, jornalista e pesquisador brasileiro de diversas culturas.
Nasceu em 1898 em Natal, capital do Rio Grande do Norte, estado
da Região Nordeste, e morreu em 1986. Foi um importante
estudioso do folclore brasileiro e mundial. Ele pesquisava e reunia
lendas e contos populares do Brasil, e relacionava com lendas e
mitos de outras partes do mundo.
A festa no céu é um conto muito antigo e muito popular no Brasil.
Cascudo e os demais folcloristas o classificaram como um conto
etiológico, ou seja, um conto inventado para explicar o motivo de
determinadas características de um animal, como por exemplo: o
macaco ter o rabo grande, a tartaruga ter o casco remendado, e
assim por diante.
O conto a festa no céu, também faz parte do folclore português. Em
algumas regiões do Brasil, no lugar do sapo tem uma tartaruga ou
um jabuti.
ETAPA II – ANTES DA LEITURA
ATIVIDADE 2 – IMPRESSÕES DO
TÍTULO
Vamos ler um conto? Mas antes, quais são suas impressões sobre o título “Festa no céu”? Onde você acha que acontecerá a história? Quem serão os personagens?
ETAPA III – DURANTE A LEITURA
ATIVIDADE 1 – LEITURA DO CONTO
Leitura feita pelo professor com utilização das estratégias de leitura para uma melhor compreensão de determinados pontos da história;
Leitura individual do conto pelos alunos para a apropriação do enredo.
A Festa no céu - Luís da Câmara Cascudo
A FESTA NO CÉU
Entre os bichos da floresta, espalhou-se a notícia de que haveria uma festa no Céu. Porém, só foram convidados os animais que voam.
As aves ficaram animadíssimas com a notícia, começaram a falar da festa por todos os cantos da floresta. Aproveitavam para provocar inveja nos outros animais, que não podiam voar.
Um sapo muito malandro, que vivia no brejo, lá no meio da floresta, ficou com muita vontade de participar do evento. Resolveu que iria de qualquer jeito, e saiu espalhando para todos, que também fora convidado.Os animais que ouviam o sapo contar vantagem, que também havia sido convidado para a festa no céu, riam dele. Imaginem o sapo, pesadão, não aguentava nem correr, que diria voar até a tal festa!
Durante muitos dias, o pobre sapinho, virou motivo de gozação de toda a floresta.
_ Tira essa ideia da cabeça, amigo sapo. – dizia o esquilo, descendo da árvore. - Bichos como nós, que não voam, não têm chances de aparecer na Festa no Céu.
_ Eu vou sim.- dizia o sapo muito esperançoso. - Ainda não sei como, mas irei. Não é justo fazerem uma festa dessas e excluírem a maioria dos animais.
Depois de muito pensar, o sapo formulou um plano.
Horas antes da festa, procurou o urubu. Conversaram muito, e se
divertiram com as piadas que o sapo contava.
Já quase de noite, o sapo se despediu do amigo:
_ Bom, meu caro urubu, vou indo para o meu descanso, afinal, mais
tarde preciso estar bem disposto e animado para curtir a festa.
_Você vai mesmo, amigo sapo? - perguntou o urubu, meio desconfiado.
_ Claro, não perderia essa festa por nada. - disse o sapo já em
retirada .- Até amanhã!
Porém, em vez de sair, o sapo deu uma volta, pulou a janela da casa
do urubu e vendo a viola dele em cima da cama, resolveu esconder-se dentro
dela.
Chegada a hora da festa, o urubu pegou a sua viola, amarrou-a em seu
pescoço e voou em direção ao céu.
Ao chegar ao céu, o urubu deixou sua viola num canto e foi procurar as
outras aves.
O sapo aproveitou para espiar e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e saltou
da viola, todo contente.
As aves ficaram muito surpresas ao verem o sapo dançando e
pulando no céu. Todos queriam saber como ele havia chegado lá, mas o sapo
esquivando-se mudava de conversa e ia se divertir.
Estava quase amanhecendo, quando o sapo resolveu que era hora de
se preparar para a "carona" com o urubu. Saiu sem que ninguém percebesse, e
entrou na viola do urubu, que estava encostada num cantinho do salão.
O sol já estava surgindo, quando a festa acabou e os convidados
foram voando, cada um para o seu destino.
O urubu pegou a sua viola e voou em direção à floresta.
Voava tranquilo, quando no meio do caminho sentiu algo se mexer
dentro da viola. Espiou dentro do instrumento e avistou o sapo dormindo, todo
encolhido, parecia uma bola.
- Ah! Que sapo folgado! Foi assim que você foi à festa no Céu? Sem
pedir, sem avisar e ainda me fez de bobo!
E lá do alto, ele virou sua viola até que o sapo despencou direto para
o chão.
A queda foi impressionante. O sapo caiu em cima das pedras do
leito de um rio, e mais impressionante ainda foi que ele não morreu.
Nossa Senhora, viu o que aconteceu e salvou o bichinho.
Mas nas suas costas ficou a marca da queda; uma porção de
remendos. É por isso que os sapos possuem uns desenhos estranhos nas
costas, é uma homenagem de Deus a este sapinho atrevido, mas de bom
coração.
ETAPA IV– DEPOIS DA LEITURA
ATIVIDADE 1 – VAMOS CONVERSAR SOBRE O TEXTO?
ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
ATIVIDADE 2 – ELEMENTOS DA NARRATIVA
Personagens são os seres que participam dos acontecimentos. Quais são os personagens do conto?
O espaço é o local onde acontecem as ações dos personagens. Onde se passa o conto?
ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
Tempo é o intervalo em que o(s) fato(s) ocorre(m). Pode ser um tempo cronológico, ou seja, um tempo especificado durante o texto, ou um tempo psicológico, onde você sabe que existe um intervalo em que as ações ocorreram, mas não se consegue distingui-lo. O conto possui tempo cronológico ou psicológico?
ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
Narrador é quem conta o fato. Pode ser em primeira pessoa, ou seja, conta e participa da história, ou em terceira pessoa, isto é, somente conta e não participa dos fatos. O conto lido está narrado em qual pessoa?
ETAPA IV– DEPOIS DA LEITURA Enredo é aquilo que ocorreu e que está sendo narrado. Deve ter
um começo, um meio e um fim. Faça um pequeno resumo do conto.
(produção individual)
ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
(Reescrita coletiva com intervenções da professora)
ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURAATIVIDADE 3 – CONVITE
O convite geralmente é um texto destinado à pessoas conhecidas, como amigos e familiares. Vamos relembrar quais itens um convite precisa ter?
ETAPA IV– DEPOIS DA LEITURA
ATIVIDADE 4 – AGORA É SUA VEZ!
Durante a leitura do texto, você imaginou como seria o convite da festa? Vamos criar?
(capa do convite)
ETAPA IV– DEPOIS DA LEITURAATIVIDADE 4 – AGORA É SUA
VEZ!
Durante a leitura do texto, você imaginou como seria o convite da festa? Vamos criar?
(interior do convite)
ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
ATIVIDADE 5 - ENTREVISTA
Entrevista é uma conversa entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o entrevistado) em que perguntas são feitas pelo entrevistador para obter informação do entrevistado.
O que você achou da façanha do sapo? Se você pudesse entrevistá-lo, o que perguntaria? Elabore as questões.
ATIVIDADE 6 - ENTREVISTA
Você já elaborou as perguntas que gostaria de fazer ao sapo, certo? Agora, cada aluno receberá de seu colega as questões da entrevista e você responderá como o sapo. Lembre-se da façanha que o bicho fez para ir à festa. Faça com capricho.
ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
ETAPA IV– DEPOIS DA LEITURAATIVIDADE 7 – O REENCONTRO DO SAPO E O URUBU
Passado algum tempo, o sapo e o urubu se reencontraram. O que você acha que aconteceu? Onde eles estavam? O que falaram um para outro? Qual foi a reação de cada personagem? Vamos escrever uma história sobre isso?
ETAPA IV– DEPOIS DA LEITURA(produção individual do aluno)
ETAPA III – DEPOIS DA LEITURA
(bilhete orientador)
ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA(produção após o bilhete orientador)
RECURSOS
Textos: Conto Festa no Céu; Cópias das atividades para leitura; Folha sulfite; Lápis; Lápis de cor; Sala de leitura.
AVALIAÇÃO
Os alunos foram avaliados durante toda a atividade da sequência didática, por meio de intervenções, observação do desempenho no processo de leitura, produção, revisão e reescrita.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio de avaliações diagnósticas realizadas no início do primeiro e segundo semestres deste ano letivo foi realizado um levantamento das competências leitora e escritora dos alunos do 6º ano. O resultado evidenciou a necessidade de uma ação imediata para recuperar a defasagem na aprendizagem que envolva a competência para produzir textos mais elaborados.
Como forma de ação, recebemos orientações em planejamento, ATPCs e nas Orientações Técnicas das PCNPs de Língua Portuguesa Joyce e Marina, as quais foram fundamentais para elaboração e aplicação da sequência didática observando-se as competências a serem adquiridas pelos alunos por meio das metodologias: estratégias de leitura, bilhete orientador, intervenções dos professores da sala e auxiliar, debates, escrita, revisão, reescrita.
Durante todo o processo de aprendizagem os alunos puderam adquirir competências e habilidade antes não demonstradas, desta forma, chega-se a conclusão que a sequência didática foi de fundamental importância para que melhorassem a aprendizagem dos alunos. Como resultado, podemos observar o progresso nas atividades de leitura, de escrita, de revisão e reescrita dos alunos.