De dom joão a upp

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DE DOM JOÃO A UPP

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Uma breve descrição da Origem do atual perfil da Polícia brasileira. Neste trabalho o Prof. Antonio Futuro aborda brevemente o processo histórico da composição deste segmento.

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DE DOM JOÃO A UPP

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A chegada da Corte Real

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O Início de tudo...

Aproximadamente dois meses separaram a chegada da corte portuguesa e a criação da primeira instituição policial brasileira. A Intendência Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil, criada no dia 10 de maio de 1808, na cidade do Rio de Janeiro, apresentava como seu principal objetivo implantar a ordem em uma cidade marcada pela presença negra e pelas péssimas condições de salubridade.

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A Polícia naquele momento

A atividade policial apresentava características muito variadas e diferentes da atual, sendo responsabilidade da polícia, ações, além da manutenção da ordem vigente. como a preservação dos espaços públicos, o abastecimento de água e a limpeza urbana

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O Medo gerou o controle...

O medo por parte da nobreza em viver em uma cidade com grande predomínio de negros escravos fez com que, um ano após a chegada da corte, fosse criada a Guarda Real de Polícia – GRP, corpo encarregado especificamente pela segurança e manutenção da ordem na cidade. A GRP estabeleceu medidas bem definidas de disciplinarização e controle, objetivando preferencialmente os escravos e negros libertos, sendo a truculência e a violência marcas fundamentais de tratamento e operacionalização dos seus objetivos

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OFICIALMENTE: Entendendo a origem...

A história da Polícia Militar começou no Império

As Polícias Militares brasileiras têm sua origem nas Forças Policiais, que foram criadas quando o Brasil era Império. A corporação mais antiga é a do Rio de Janeiro, a “Guarda Real de Polícia” criada em 13 de Maio de 1809 por Dom João 6º, Rei de Portugal, que na época tinha transferido sua corte de Lisboa para o Rio, por causa das guerras na Europa, lideradas por Napoleão. Foi este decreto que assinalou o nascimento da primeira Polícia Militar no Brasil, a do Estado da Guanabara.

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Portanto, não foi o Policial que escolheu ser violento,perseguir o negro e não o Branco, o pobre e não o rico... Foi a sociedade, formada pelas elites, para atender a estas elites, que tinha leis para proteger os crimes praticados por esta mesma elite quem impôs esta característica. Não cabia ao policial prender o bem feitor e defender o negro fujão, ao contrário, ele deveria prender, torturar, perseguir o negro fujão e defender o Senhor de escravos.

Um bom momento para entendermos as origens da violência policial no Rio de

Janeiro

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O mundo mudou o comportamento da polícia; NÃO!!! Nos anos seguintes, muitas transformações ocorreram na

vida econômica e política do país. Paulatinamente, a escravidão foi sendo substituída pelo trabalho remunerado. Tal fato engendrou mudanças no olhar policial que, gradativamente, foi substituindo o seu objeto central de atenção. Se durante o período colonial e a maior parte do Império o olhar policial estava voltado para os escravos e negros libertos, com a abolição da escravidão e implantação do modelo republicano, o olhar policial passou gradativamente para os trabalhadores pobres e ex-escravos. Não obstante as mudanças ocorridas na vida política e na economia brasileira, o ‘modus operandi’ policial permaneceu quase que intocado, a manutenção da ordem continuou a ser feita através da violência institucionalizada contra o corpo das pessoas.

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Ditadura, repressão e sociedade...

Algum tempo depois, mais precisamente na década de 1950, Juscelino Kubitschek, preocupado com o crescimento da violência na cidade do Rio de Janeiro, então capital brasileira, passa a utilizar como forma de redução da dinâmica criminal os antigos métodos de aniquilamento. Inaugura-se assim, com a anuência das autoridades públicas, o famigerado ‘esquadrão da morte’, responsável nos anos seguinte pelo assassinato de inúmeros cidadãos brasileiros. Posteriormente, muitos dos integrantes dessa legião foram utilizados pelo aparato repressivo da Ditadura Militar, assumindo postos importantes em organismos como o DOI-CODI e o SNI4.

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O controle do negro e a absolvição do nobre...

O Jornalista que matou a Companheira em frente as câmeras da TV,

Quem vende as drogas? Quem comercializa as drogas? Quem são os donos das drogas?

E se o Policial da UPP ao prender um jovem traficante lhe perguntasse quando a droga chegou no morro?

A Semelhança entre; A burguesia da Corte e a classe média de hoje em dia...

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O Quadro Atual... Brasileiro, E no Rio de Janeiro?

Atualmente, mesmo em um período histórico marcado pela democracia, parte da estrutura policial continua atuando como no passado. Diversos relatos apontam que a violência contra o corpo dos pobres e negros continua viva no seio das forças policiais, assim como na sociedade produzida pelas elites, para proteger as elites... Da mesma forma, o extermínio dos transgressores, mesmo que não aceito por lei, continua sendo uma prática corriqueira e largamente utilizada pelas forças policiais como estratégia de controle e de ordenamento territorial.

O que deve ficar claro é que a violência policial cotidiana que assola a população da cidade co Rio de Janeiro não é resultado de ações reativas da polícia a violência do tráfico de drogas, mas o resultado de um processo construído em 200 anos de história.

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Qual desenho de Comunidade queremos que a Upp construa?

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Esta? UPP, Novos rumos ou controle de outra forma?

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Ou esta? UPP, Novos rumos ou controle de outra forma?

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Seria interessante... Esqueceram de Mim...

Uma cena marcante deste filme é quando um policial aborda a criança protagonista, e lhe pergunta;

- Você não está na aula?

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A Pergunta; UPP; controle ou Ação Educativa?

A mudança possível... Quantas crianças da comunidade faltaram a aula? Quem pratica esporte? Qual a atividade cultural para esta comunidade?

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UPP; controle ou Ação Educativa? A mudança possível...

E se o Policial da UPP ao prender um jovem traficante lhe perguntasse quando a droga chegou no morro? Em que meio de transporte? Quando? Qual o papel desta polícia?

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A Resposta;

Não há resposta... A sociedade irá construir esta

resposta! Devemos pressionar o

Presidente, o Governador, o Juiz, a imprensa, o comandante...

Mas sobretudo, A sociedade deve querer uma

polícia que não seja violenta, corrupta, autoritária...

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Para Refletir,

“Todo camburão tem um pouco de navio negreiro (...) quem segurava com força a chibata agora usa farda (...)”

O RAPPA, todo camburão tem um pouco de navio negreiro

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Exposição produzida a partir do seguinte texto: Um bom momento para entendermos as origens da violência policial no Rio de Janeiro

De autoria de: Leonardo Freire Marino Dr. em Geografia pela Universidade

Federal Fluminense