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1 2015 psicologia de psicologia de 2015
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Direção Geral
Prof. Arapuan Netto
Concepção e organização
Prof.ª MariaAngélica Gabriel
Editora
Prof.ª Giannina Mariado Espírito-Santo
Editora de Criação
Prof.ª Maria João Palma Vieira
Revisão Editorial
Prof.ª Marcia dos Santos Pinheiro
Bibliotecária
Nara Candido de Vasconcelos
Designer Gráfico
Ricardo Mesquita Júnior
Estagiárias
Thaíssa SantosDanielle Pereira
AutoraProf.ª Maria Angélica Gabriel
ChancelerProf.ª Ana Cristina Monteiro da Motta Cruz
ReitorProf. Arapuan Netto
Vice-Reitor de Relacionamento InstitucionalProf. Pedro Pascoal Sava
Vice-Reitor Acadêmico das Áreas de Engenharias e LicenciaturasProf. Carlos Alberto Figueiredo da Silva
Vice-Reitora Acadêmica das Áreas de Saúde e Sociais AplicadasProf.ª Claudia de Freitas Lopes Costa
Conselho Editorial da UNISUAM Publicações
PresidenteArapuan Netto
MembrosAgnaldo Jose LopesCarlos Alberto Figueiredo da SilvaCarlos Alexandre Bastos de VasconcellosClaudia de Freitas Lopes CostaGertrudes Teixeira LopesGiannina Maria do Espírito-SantoJosé Teixeira de Seixas FilhoMarco Aurélio Bellizze de OliveiraMaria Geralda de MirandaSara Lucia Silveira de MenezesSebastião Josué Votre
Missão da UNISUAM
“Promover o desenvolvimento do homem e do meio em que vive numa relação recíproca com a sociedade, permitindo o acesso a um ensino de qualidade, participando ativamente da melhoria dos processos educacionais do país.”
Visão da UNISUAM
“Ser reconhecida como a Instituição de Ensino de excelência com o melhor modelo de
transformação social do país.”
Valores da UNISUAM
CompetênciaCredibilidadeComprometimentoInovaçãoResponsabilidade Social
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Estamos iniciando mais um semestre letivo, e é com muita alegria que recebemos você
como parte da UNISUAM. Ao acreditar em nossos ideais e vir estudar conosco, você nos
permite participar dos melhores anos de sua vida e colaborar para a sua formação tanto
pessoal quanto profissional.
Preparamos este Manual do Aluno para que você possa encontrar os procedimentos que
regem e regulamentam a sua vida acadêmica, além dos serviços que a UNISUAM oferece
a seus alunos.
Conte também com nossa equipe, que está sempre pronta e treinada para esclarecer suas
dúvidas. Afinal, o seu sonho é parte de nossas metas, e esteja certo de que trabalharemos
arduamente para torná-lo um profissional capaz e um cidadão completo. A UNISUAM
possui mais de 40 anos de excelência no ensino, e oferecemos a nossos alunos a melhor
formação superior, ajudando-os a conquistar um futuro de sucesso.
É uma honra recebê-lo e contribuir fortemente para sua evolução intelectual! Conte
sempre conosco.
Boas aulas!
Prof. Arapuan Netto
Reitor
Seja bem-vindo à UNISUAM
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SUMÁRIO
1 POR QUE UM CURSO DE PSICOLOGIA NA ZONA DA LEOPOLDINA? ................................ 7
2 COMO SURGIU E COMO FUNCIONA O CURSO DE PSICOLOGIA? ............................... 9
2.1 Nossa missão ............................................................................................................. 11
2.2 Nossos princípios e compromissos ............................................................................. 11
3 SEREI PROFESSOR DE PSICOLOGIA, PESQUISADOR OU PSICÓLOGO QUANDO ME FORMAR? ........................................................................................................................ 12
4 OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS NA FORMAÇÃO DE PSICÓLOGOS PELA UNISUAM ... 13
5 QUAL A METODOLOGIA DE ENSINO QUE UTILIZAMOS NO CURSO DE PSICOLOGIA? .................................................................................................................. 14
6 A ESTRUTURA CURRICULAR ........................................................................................... 18
6.1 O núcleo de formação básica institucional .................................................................. 19
6.2 O núcleo comum de formação .................................................................................... 20
6.3 Núcleo de conteúdos temáticos e ênfases curriculares ............................................... 23
7 A ESCOLHA DA ÊNFASE CURRICULAR ............................................................................. 25
7.1 Ênfase: processos de violência .................................................................................... 25
7.2 Ênfase: processos psicossomáticos ............................................................................. 26
7.3 O processo de escolha da ênfase ................................................................................ 27
8 INOVAÇÕES NO CURSO: O PROJETO “CONEXÕES PSI” .................................................... 29
8.1 Como se desenvolve o projeto Conexões Psi? ............................................................. 29
8.2 Etapas ........................................................................................................................ 30
8.3 Resultados esperados ................................................................................................. 30
8.4 Avaliação dos resultados ............................................................................................ 30
9 FORMAÇÃO COMPLEMENTAR EM LICENCIATURA .......................................................... 31
9.1 Objetivos ................................................................................................................... 34
9.2 Carga horária do curso ............................................................................................... 34
9.3 Período para concluir o curso ..................................................................................... 35
9.4 Estágio da Licenciatura em Psicologia ......................................................................... 35
9.5 A relevância da Licenciatura em Psicologia para a formação de Psicólogos no país ..... 35
9.6 Estrutura curricular .................................................................................................... 36
9.7 Operacionalização do curso ........................................................................................ 36
9.8 A emissão do certificado ............................................................................................ 37
10 DISCIPLINAS ELETIVAS ................................................................................................. 38
11 ESTÁGIOS .................................................................................................................... 39
11.1 Caracterização do estágio profissional ...................................................................... 41
11.2 Avaliação de estágio ................................................................................................. 42
12 O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ..................................................................... 43
13 AS ATIVIDADES DE EXTENSÃO E DE PESQUISA ............................................................. 44
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13.1 Extensão .................................................................................................................. 44
13.2 Pesquisa ................................................................................................................... 49
13.2.1 Programa de Iniciação Científica ............................................................................ 49
13.2.2 Pesquisa no Curso de Psicologia ............................................................................ 49
14 AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO ....................................................................... 51
14.1 Avaliação interna ..................................................................................................... 51
14.2 Avaliação externa ..................................................................................................... 53
15 PERFIL DO EGRESSO .................................................................................................... 54
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1 POR QUE UM CURSO DE PSICOLOGIA NA ZONA DA LEOPOLDINA?
O Município do Rio de Janeiro é o mais desenvolvido do Estado do Rio de Janeiro, com uma população de 6.320.446 habitantes (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2010). Dessa população, 80% são alfabetizados, e 5,5% possuem instrução superior completa. A Cidade possui uma área de 125.530 ha., dividida em 33 Regiões Administrativas e 160 Bairros (Ibid.).
Dessa população, 209.859 cursam ensino médio em Escola Pública e 242.002 são alunos da rede privada (Ibid.). Cursando o Ensino Superior na rede privada temos 193.927 e na rede pública 79. 435 pessoas. Observa-se que quase 50% da população de ensino médio não dão continuidade aos seus estudos no nível superior.
Considerada a caracterização socioeconômica e cultural da região da Leopoldina, a UNISUAM assume o compromisso de atuar na formação de pessoas de Classe C, D e E, predominantemente de cor preta ou parda, o que coaduna com a proposta desse projeto de formar negros e pobres, além dos brancos que já ocupam os bancos acadêmicos, em Psicologia na Cidade do Rio de Janeiro.
Apesar das políticas afirmativas adotadas pelas universidades brasileiras para ampliar o acesso da população negra ao ensino superior, 125 anos depois da Abolição da Escravatura permanece o hiato em relação à população branca. Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que entre 1997 e 2007 o acesso dos negros ao ensino superior cresceu, mas continua sendo metade do verificado entre os brancos (Ibid.).
Ao analisar a conclusão do curso superior de Psicologia, observou-se que em um total de 27.009 concluintes, 23.711 são brancos, 667 negros e 2.328 pardos.
Nossa instituição está inserida na Região da Leopoldina, com uma população predominantemente de cor negra e parda, de classe C, D e E. Nosso corpo acadêmico é formado predominantemente da população da região e da Baixada Fluminense. Temos também alunos provenientes da Zona Norte e da Zona Sul do Rio de Janeiro, mas em menor quantidade. Os índices do IBGE mostraram a necessidade proeminente do curso de Psicologia no Rio de Janeiro que modifique o perfil de formação do profissional psicólogo, que viabilize o acesso de negros e pardos ao nível superior de Psicologia, bem como que propicie mecanismos que viabilizem a conclusão e a inserção do egresso no mercado de trabalho. No bojo desse perfil, foi criado o curso de Psicologia da UNISUAM. O objetivo principal do curso é formar psicólogos brasileiros com qualidade e competência, independente da cor de pele e do nível socioeconômico.
Ao analisarmos, junto à Secretaria Municipal de Urbanismo (RIO DE JANEIRO, 2003), os gráficos de problemas da região da Leopoldina, constatamos que os maiores problemas que temos na região são Saúde e Violência. Observamos que o Rio de Janeiro necessita, mais especificamente na Região da Leopoldina, de um quantitativo de profissionais e de
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políticas públicas que possibilitem intervenções mais eficazes para dirimir os problemas de saúde e violência vividos. A formação de um profissional atento às questões de violência e de saúde da população tende a ser um profissional que terá conhecimento para trabalhar com as questões que dificultam o desenvolvimento local dessa região.
Outro dado relevante é a precariedade de serviços públicos de saúde na Zona da Leopoldina. De acordo com o Censo de 2010, 9,1% dos serviços de saúde são de administração pública e 90,9% são da rede privada, o que torna difícil o atendimento em saúde para a população menos favorecida economicamente.
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2 COMO SURGIU E COMO FUNCIONA O CURSO DE PSICOLOGIA?
Desde 2005, a UNISUAM vem investindo esforços para funcionamento do curso de
Psicologia, por considerar o interesse da população local pelo curso de Psicologia e por perceber a necessidade do atendimento psicológico na localidade nos diferentes contextos, a saber: no trabalho, nas ruas, nas comunidades, nas escolas, nas instituições de saúde, nas prisões etc. Em 2007, foi realizado um estudo para conhecer as reais necessidades da população local e as características dos alunos concluintes do Ensino Médio na Zona da Leopoldina. Em 2008, foi concluído o projeto pedagógico do curso e submetido à avaliação do INEP/MEC. O INEP avaliou o curso com conceito 4, publicado em diário oficial em 2009. Em 2010, iniciou-se a primeira turma composta por 21 alunos no turno da noite. Neste mesmo ano, foram desenvolvidas atividades extraclasse e projetos sociais para atender ao perfil do curso e ao compromisso social assumido com o Ministério de Educação. Em 2011, iniciou-se a primeira turma, no turno da manhã. Inserimos mais projetos sociais no curso no referido ano para atender um número maior da população e inserir mais alunos em atividades sociais. Em 2012, com a crescente inserção de acadêmicos no curso, demos início às nossas atividades de pesquisa e de ações sociais interdisciplinares, bem como firmamos parcerias com órgãos públicos, tais como Secretaria Municipal de Educação e Secretaria de Administração Penitenciária. Promovemos pesquisas e projetos sociais aos usuários dos dois sistemas. Em 2013, foram realizadas parcerias com organizações não-governamentais e empresas privadas. Fomos avaliados in loco pelo MEC e alcançamos conceito 5, conceito máximo na avaliação de cursos de graduação. Em 2014 iniciamos o estágio em psicologia do esporte, fomos homenageados pelo Exército Brasileiro pela organização e coordenação do projeto Educando para Paz, formamos a primeira turma de psicológos e ganhamos o prêmio Professor Responsável Social de 2014.
Nossa instituição oferece cursos de pós-graduação, temos um Mestrado Acadêmico em Reabilitação e temos ainda o Mestrado Profissional em Desenvolvimento Local. O curso de Psicologia, em consonância com as diretrizes do Ministério de Educação, vem promovendo a ação conjunta com o Mestrado, tendo uma aluna bolsista pelo programa da CAPES, pesquisadora do programa de Mestrado, em projeto sobre a influência do ambiente no desenvolvimento escolar. Firmamos assim, em 2012, ações conjuntas do curso de graduação em Psicologia com o Mestrado em Desenvolvimento Local.
Pelas observações realizadas no entorno da UNISUAM, nota-se que grande parte dos meninos de rua, usuários de drogas, crianças e mulheres vítimas de violência doméstica e de doenças graves são provenientes de um lar conflitado e de um meio social caótico. Denota-se a necessidade de intervenções psicológicas para propiciar melhor qualidade de vida para a população local. Para isso, precisamos formar profissionais psicólogos que tenham competências e habilidades para desenvolver práticas que atendam as reais necessidades da população. As atividades práticas desenvolvidas pelos acadêmicos desde o primeiro período
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do curso têm proporcionado o desenvolvimento da capacidade de analisar o contexto para promover planos de ação, bem como têm beneficiado a população da localidade por meio de ações e projetos sociais.
O processo de formação de profissionais de psicologia com forte compromisso com a localidade é um diferencial de nosso curso e vem possibilitando a compreensão dos verdadeiros dilemas da região, ampliando o atendimento em atenção em nível primário, secundário e terciário à população, bem como o desenvolvimento de práticas psi inovadoras para atender as reais necessidades da população.
As características extensionistas e sociais da UNISUAM, além de terem um nível de inserção e alcance em uma das comunidades que mais necessitam de investimentos sociais no Rio de Janeiro, propiciam, na formação do acadêmico de Psicologia, o alcance de objetivos propostos nesse projeto pedagógico, que coadunam com o Conselho Federal de Psicologia e com a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP), tal como dito pela representante da ABEP-RJ em Fórum promovido junto ao CRP-SP, Ministério de Educação e ABEP em 2012.
Acresça-se a isso, o fato de que grande parte do nosso alunado é proveniente dessa região e, portanto, potencialmente capaz de contribuir para a proposição de soluções para essa realidade que tão bem conhecem. Nossos alunos vêm desenvolvendo competências e habilidades para promoção de uma intervenção adequada, o que resultará em egressos que tenham condições de elaborar propostas de intervenção para uma sociedade que está em contínuo processo de construção com inovadoras práticas de intervenção psicossocial.
O Curso de Psicologia da UNISUAM vem dedicando-se às atividades educacionais e prestação de atendimento psicossocial, firmemente imbuído da convicção de que, por meio da educação, podemos contribuir para as transformações sociais de nossa vizinhança, mormente no que se refere às discriminações e desigualdades sociais, que aqui adquirem notória visibilidade.
No entendimento de que ações afirmativas buscam a promoção da cidadania, o respeito aos direitos humanos e a preservação do ambiente, bem como a inclusão social, tomamos as ações afirmativas como pilares de nosso compromisso social. O Curso de Psicologia tem primado por estabelecer diretrizes no intuito de corresponder aos anseios e demandas da comunidade e de promover o desenvolvimento integral do homem, da sua qualidade de vida e do bem-estar social e ambiental em consonância com as diretrizes do Ministério de Educação e da Saúde. Dessa forma, ao longo da implantação desse projeto pedagógico serão observadas ações de desenvolvimento de responsabilidade social e ambiental, bem como atividades voltadas para o desenvolvimento da cidadania e respeito aos direitos humanos, além das práticas psicológicas para dirimir o sofrimento humano e social.
O Curso, durante esses cinco anos de funcionamento, vem rompendo com os moldes tradicionais de ensino e envolve-se com uma formação que acompanha as mutações sociais, buscando criar técnicas e práticas voltadas para a nossa realidade. Dispomo-nos a "beber na fonte" do conhecimento de outras nações, mas buscamos criar uma Psicologia para o Brasil, mais especificamente para o Rio de Janeiro. Contamos com uma gama de professores
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pesquisadores em nosso corpo docente, que desenvolvem estudos e práticas em Psicologia no Rio de Janeiro, o que nos permite formar um profissional que compreende os conflitos políticos, sociais, econômicos e históricos do nosso Município e de nosso Estado, desenvolvendo assim intervenções que propiciem melhor qualidade de vida para a população local.
Na implantação do projeto pedagógico, busca-se uma solidez de conhecimentos no que se refere às perspectivas filosófica e epistemológica que embasam as teorias e as práticas psi e, ainda, preocupa-se com a estruturação de um sistema pedagógico que dê relevância à flexibilidade da estrutura curricular, a fim de asseverar aos graduandos posição crítica, autônoma e consciente na construção do seu currículo.
Com a criação do Curso na Zona da Leopoldina, supriu-se uma necessidade de formação superior em Psicologia, visto que pesquisas realizadas pelo IBOPE (2005) revelaram que 5% dessa população optavam pela formação superior em Psicologia e não havia cursos na região para atender essa demanda. Contamos hoje com uma demanda significativa, ou seja, número de aprovados para o curso maior que o número de vagas oferecidas, justificando-se assim a relevância da oferta com as características inovadoras do Curso de Psicologia UNISUAM nessa localidade.
2.1 Nossa missão
Promover o desenvolvimento da pesquisa, ensino e ações da Psicologia, tendo como referência a atitude ética e o compromisso social.
2.2 Nossos princípios e compromissos
A Formação do Psicólogo da UNISUAM está baseada nos princípios e compromissos abaixo, os quais se encontram relacionados com a Vocação Institucional e com as Diretrizes Curriculares Nacionais de Psicologia:
a) desenvolvimento da Psicologia enquanto ciência e profissão;b) reconhecimento das diversidades sociais e culturais de nosso país e a
produção de diferentes subjetividades;c) consideração dos fenômenos biológicos, sociais, políticos, econômicos,
culturais e históricos na compreensão de atitudes e comportamento humano;d) compromisso ético na atuação em pesquisas e práticas profissionais, bem
como nos relacionamentos com pessoas e grupos;e) responsabilidade social e ambiental;f) respeito à cidadania e aos direitos humanos;g) aprimoramento e capacitação contínuos; eh) compromisso com a acessibilidade da população negra e pobre ao curso
superior de Psicologia no Rio de Janeiro.
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3 SEREI PROFESSOR DE PSICOLOGIA, PESQUISADOR OU PSICÓLOGO QUANDO ME FORMAR?
Para formar-se em Psicologia no Brasil, o aluno precisa cumprir um mínimo de 4.000 horas de curso, divididas em no mínimo 10 semestres, ou seja, em cinco anos. Os alunos que não conseguirem cumprir as atividades acadêmicas nesse período têm mais 50% do tempo para cumpri-lo, isto é, mais dois anos e meio. Dessa forma, o tempo mínimo para você concluir seu curso é cinco anos e o tempo máximo é sete anos e meio.
Até 2002, o curso de Psicologia propiciava três habilitações para os formandos, a saber: bacharelado em Psicologia, licenciatura em Psicologia e formação do psicólogo. A formação em bacharel ou licenciado era concluída em um mínimo de quatro anos e a formação do psicólogo em cinco anos. Para fazer a formação do psicólogo o aluno teria que ter se graduado em bacharel ou licenciatura e cursava mais um ano para habilitar-se em psicólogo. O bacharel era o pesquisador em Psicologia, ou seja, não tinha registro para atuar como psicólogo, somente como pesquisador. O licenciado em Psicologia era formado para ministrar aulas de Psicologia no Ensino Médio e, da mesma forma que o bacharel, não podia atuar como psicólogo, somente como professor. Para atuar como psicólogo, o acadêmico tinha que concluir a formação do psicólogo. Com o certificado de formação, poderia dirigir-se ao Conselho de Psicologia e obter a carteira de identificação profissional. Em 2002, iniciaram-se as mudanças no Ministério de Educação e uma das questões levantadas foi que o profissional de uma determinada área teria que ser um pesquisador da mesma, desenvolvendo assim a ciência no Brasil. Dessa forma, o psicólogo brasileiro teria que ser um pesquisador de psicologia, juntando-se a formação do psicólogo ao curso de bacharelado e ficando denominado BACHARELADO EM PSICOLOGIA. Em maio de 2004, homologa-se a resolução final das Diretrizes Curriculares do Curso de Psicologia, em que o curso de Graduação em Psicologia daria a habilitação de Bacharel em Psicologia e o Curso de Licenciatura seria um curso complementar ao bacharelado. A questão da Licenciatura ficou ainda muito confusa para as instituições de ensino. Assim, algumas instituições a ofereciam e outras não. Após discussões com o MEC, Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP) e Conselho Federal de Psicologia (CFP), definem-se, em resolução, as características detalhadas da licenciatura em Psicologia. As instituições de ensino formadoras de psicólogos são obrigadas a oferecer o curso complementar de licenciatura e os alunos têm a opção de fazê-lo. A partir de 2013.2, todas as instituições de ensino, obrigatoriamente, tiveram que oferecer a opção de o aluno cursar a Licenciatura em Psicologia, durante o curso de bacharelado.
O sistema de ensino na UNISUAM é o sistema de créditos, o que permite ao aluno, a partir do segundo período, montar seu horário, com escolha de disciplinas que deseja cursar no semestre. Então, o aluno escolhe as disciplinas , no total de no máximo 20 créditos, até o terceiro período de curso, depois, com a entrada do estágio, o aluno terá direito a cursar 24 créditos, sendo que quatro créditos são do estágio.
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4 OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS NA FORMAÇÃO DE PSICÓLOGOS PELA UNISUAM
Um objetivo geral do Curso de Psicologia da UNISUAM é garantir a democratização do ensino da Psicologia, sem discriminação de raça, cor ou nível socioeconômico, propiciando conhecimentos para os alunos exercerem a profissão com competências e habilidades para desenvolvimento de pesquisas e de ações de atenção à saúde, compromissados eticamente com outros profissionais e com o público em geral. Outro objetivo geral é desenvolver potencialidades nos formandos para liderança de grupos, com capacidade para tomada de decisões e criação de mecanismos multiplicadores dos conhecimentos e práticas inovadoras, mantendo em sua conduta a responsabilidade social e ambiental.
Para o curso de Psicologia alcançar os objetivos gerais propostos, o aluno deve desenvolver ao longo do curso capacidade para:
a) analisar os diferentes referenciais teóricos que conduzem à compreensão dos fenômenos psicológicos e suas interfaces com fenômenos biológicos, sociais, culturais e econômicos;
b) relacionar o conhecimento psicológico com o campo social, sob uma perspectiva crítica;
c) interagir com a comunidade para análise e discussão dos conflitos psicológicos em interface com os biológicos, ambientais, sociais e econômicos;
d) avaliar os aspectos psicossociais do entorno da IES que conduzem pessoas a comportamentos violentos e somáticos;
e) articular as necessidades regionais com políticas públicas para participação em programas de atenção à saúde;
f) criar práticas inovadoras para atuação profissional na contemporaneidade;g) relacionar os estudos psicológicos com áreas afins para intervir na análise e
tratamento dos problemas enfrentados pelas pessoas e grupos de pessoas da localidade;
h) integrar as atividades de ensino, pesquisa, prática e ações sociais;i) contribuir para melhoria da qualidade de vida da população através das
práticas psi e da divulgação dos resultados de pesquisas; ej) interagir com a comunidade para desenvolver a responsabilidade social e
ambiental, bem como o exercício da cidadania.
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5 QUAL A METODOLOGIA DE ENSINO QUE UTILIZAMOS NO CURSO DE PSICOLOGIA?
A partir dos objetivos propostos neste projeto pedagógico, e no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UNISUAM, considerou-se relevante dedicar atenção especial à metodologia de ensino.
Elegeu-se a concepção socioconstrutivista para alcançar a formação do profissional desejado. Tal escolha deve-se a observações de que a interação do sujeito com o meio social é fundamental no processo de construção do saber. Alunos e professores são considerados parceiros nesta tarefa social. Desta forma, o aluno jamais pode ser visto, simplesmente, como alguém que não aprende, todo o corpo acadêmico é responsável pelo processo de desenvolvimento do conhecimento proposto. Isto significa que qualquer dificuldade deve ser analisada como uma responsabilidade de todos os envolvidos.
A filosofia advinda do socioconstrutivismo encontra-se assim no Ensino Superior, proporcionando a construção do conhecimento a partir da experiência do aluno consolidando uma formação global. Por esse método, busca-se preparar o aluno para enfrentar os desafios que encontrará ao longo da vida acadêmica e profissional. Para isso, contaremos com profissionais comprometidos com a construção de conhecimentos que vislumbrem, sobretudo, as experiências do seu alunado, estimulando a pesquisa e despertando o prazer pelas descobertas. Esses aspectos são necessários à construção de uma base sólida para o desenvolvimento da Psicologia no Brasil.
O Curso de Psicologia da UNISUAM vem com um movimento inovador, associando os métodos tradicionais e contemporâneos à tecnologia da informação. O objetivo deste entrelace é propiciar um ambiente fértil para a construção do conhecimento, integrando a experiência do cotidiano do alunado às teorias e técnicas já existentes, criando um espaço de descobertas, associações e inovações para um exercício profissional sintonizado e harmonizado com as tecnologias da atualidade e as condições da sociedade brasileira neste momento histórico, bem como com suas possíveis e naturais transformações.
A UNISUAM dispõe hoje de laboratórios físicos e virtuais e um número significativo de aparelhos multimeios disponíveis para melhor desenvolvimento da metodologia e das técnicas de ensino propostas neste projeto por meio da tecnologia. Tais instrumentos são utilizados pelo corpo docente para desenvolver os conteúdos programados, despertando e facilitando o processo interativo entre professores-alunos. As estratégias metodológicas utilizadas são disponibilizadas nos programas de disciplinas e cadastradas no sistema, ficando disponíveis para o aluno, o professor, funcionários administrativos e diretores.
Cabe ressaltar que os professores são submetidos a treinamentos pelo Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NAPP), se necessário, para utilização dos recursos didáticos pertinentes aos conteúdos propostos em sua atividade acadêmica (bibliotecas virtuais, web índex, texto interativo, e-board, dentre outros que disponibilizamos na UNISUAM).
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Visto a relevância de ter todos os segmentos envolvidos no processo de construção da Psicologia, temos hoje o método de ensino (meios para atingir os objetivos propostos) como um ponto forte no processo de alcance das habilidades e competências definidas para o perfil do egresso.
O Curso é alicerçado na tríade Ensino-Pesquisa-Extensão. A observação dos fenômenos psicológicos e sociais, por meio das ações extensionistas, vem possibilitando uma melhor compreensão e leitura crítica dos conteúdos teóricos e práticos desenvolvidos em sala de aula, estimulando o espírito investigativo.
Para desenvolvimento do Curso com esses princípios, temos envolvido o corpo docente com atividades extensionistas e de pesquisa, além do ensino. No momento temos dois projetos de pesquisa do curso e cinco projetos de extensão, além dos projetos institucionais dos quais os nossos alunos participam.
Considera-se que, com essa integralidade, o corpo acadêmico propicia o desenvolvimento de estudos e de práticas inovadoras, atendendo às necessidades de formação do profissional psicólogo e às necessidades da população do entorno.
Formar um profissional crítico, reflexivo e autônomo é uma meta que vem sendo alcançada por meio de atividades acadêmicas, nas quais o debate, o posicionamento e a escolha são pilares no processo de construção do saber. O acadêmico compõe, por meio de escolha própria, uma carga horária de disciplinas eletivas, de atividades complementares, além de ter que escolher uma ênfase curricular do curso, uma linha de pesquisa para desenvolver seu trabalho de conclusão, bem como selecionar um estágio específico e uma abordagem de intervenção para complementar sua formação. Tais atividades exigem análise crítica e tomada de decisão, contribuindo assim para o perfil do egresso que queremos formar.
Para desenvolver os conteúdos contemplados no Curso dentro da metodologia de ensino proposta, o Núcleo Docente Estruturante (NDE) define a utilização de estratégias de ensino interacionistas. Os professores têm acesso a discussões e exposições de métodos e técnicas de ensino nos Simpósios Docentes promovidos semestralmente pelo NAPP, além de sugerirmos nesse projeto pedagógico algumas técnicas, valendo ressaltar que os professores poderão utilizar outras que considerem relevantes no processo de desenvolvimento dos conteúdos programados, desde que considerem as técnicas interativas como referencial. Dentre estas, podem ser destacadas:
a) exposição verbal: é importante ressaltar que esta estratégia não pode mais ser usada da forma tradicional, exigindo, hoje, que o professor estimule sentimentos, instigue a curiosidade, relate de forma sugestiva um acontecimento, faça leituras expressivas dos textos etc. Nesta estratégia, é preciso que o professor atente que a sala de aula não é mais o ambiente único de exposição, podendo esta ser realizada por:
− demonstração, por meio de explicações em excursões, experimentos simples, simulações etc.;
− ilustração, ou seja, apresentação por meio de gráficos, gravuras, esquemas, etc.; e
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− exemplificação, fazer relação entre a teoria e acontecimentos, consultar vários livros, artigos e textos científicos etc.
b) trabalho independente: com objetivo de consolidar os conteúdos programáticos desenvolvidos nas disciplinas que compõem cada eixo estruturante do curso, o acadêmico desenvolverá leituras, atividades de análise crítica de eventos culturais e educativos, observações de campo e outras que serão orientadas pelo professor. Tais estudos são bases de um trabalho final que exigirá uma tarefa preparatória de assimilação de conteúdo e de elaboração pessoal, caracterizando assim a estratégia de trabalho independente. Esses trabalhos serão desenvolvidos por iniciativa do corpo discente e, se algum for caracterizado como uma produção científica pelo professor-orientador, poderá ser apresentado para a comunidade acadêmica em eventos propiciados pela coordenação do curso. Tal estratégia visa propiciar independência e autonomia, bem como permitir o domínio das técnicas de trabalho, além de desenvolver atitudes sociais de solidariedade por meio de ajuda mútua;
c) elaboração conjunta: esta estratégia nos contempla com mais uma forma de atingirmos os nossos objetivos, por meio de uma interação ativa entre professor e aluno, visando à obtenção de novos conhecimentos, habilidades e competências. O professor e os acadêmicos terão, como ponto de partida, um tema de estudo determinado, tema este que alunos e professores estejam aptos a conversar sobre ele. É um trabalho sóciointeracionista, uma vez que, por meio de uma conversação didática estimulada por perguntas durante o processo, o conteúdo será absorvido, analisado e interpretado. É um procedimento que permite atividade mental do corpo discente, evitando uma atitude meramente receptiva em prol de uma atitude de redescoberta dos conceitos;
d) trabalho em grupo: a finalidade do trabalho em grupo é desenvolver a cooperação dos acadêmicos entre si e, em caso de atividades com alunos de diferentes cursos, de estimular a discussão interdisciplinar do conteúdo. Os acadêmicos já deverão ter conhecimento prévio do tema e, organizados em grupos, desenvolvem a tarefa que, depois de concluída, o grupo, dirigido por um professor, deverá informar os resultados obtidos. Além desta organização, os trabalhos em grupo poderão ser planejados de outras formas, a saber: debates, seminários, bem como outras técnicas de dinâmica de grupo que atendam aos objetivos desejados no momento; e
e) atividades especiais: além das estratégias propostas para desenvolvimento dos conteúdos curriculares do curso de Psicologia, o acadêmico terá também outras tarefas que complementam os estudos obrigatórios, enriquecendo a sua estrutura curricular. Essas ações, denominadas em nosso curso de Atividades Complementares, são fundamentais para assimilação ativa dos conteúdos. As atividades complementares são atividades que os alunos
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elegem para compor seu currículo, bem como atividades extraclasse, que complementam os conteúdos desenvolvidos nas disciplinas, podendo neste caso ser orientadas pelo professor. As atividades complementares podem ser visitas assistidas, visitas técnicas, leitura de livros complementares, peças de teatro, cinema etc.
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6 A ESTRUTURA CURRICULAR
A estrutura curricular é composta pelos conteúdos curriculares dispostos em disciplinas e atividades complementares, que promovem o conhecimento necessário para a formação do psicólogo. A estrutura que oferecemos promove conhecimentos básicos que formam o psicólogo brasileiro, como também oferece conteúdos específicos para atuar em diferentes áreas e ênfases curriculares. Os conhecimentos básicos funcionam como um alicerce de formação do psicólogo brasileiro e é comum a todos os cursos do Brasil, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais de Psicologia. Além de proporcionar informações teóricas e práticas gerais, permitem a construção de caminhos que levam à busca de aprofundamento de conhecimentos de acordo com os interesses profissionais e de pesquisa do corpo discente.
A estrutura curricular é composta de disciplinas obrigatórias, eletivas e atividades complementares, ou seja, parte do currículo é definida pela UNISUAM e outra parte é definida pelo acadêmico, onde tem a oportunidade de escolher disciplinas (eletivas e optativas), atividades de extensão e estágios, permitindo assim a aquisição de conteúdos programáticos relacionados com a ênfase curricular na qual deseje concentrar seus estudos, pesquisas e atuação profissional. Isso é o que chamamos de flexibilidade curricular.
A proposta do curso é que o aluno faça atividades em sala de aula e que essa seja confrontada com as experiências vividas junto a comunidade local. É necessário que o aluno confronte os conteúdos teóricos desenvolvidos no curso com o dia-a-dia, de forma que sua ação seja construída a partir de uma vivência dialógica com o meio externo. Logo, o conhecimento é desenvolvido por meio de atividades acadêmicas em sala de aula e extraclasse.
Várias atividades são promovidas pelo Curso, tais como seminários, fóruns, debates, jornadas, visitas técnicas, trabalhos de campo, atividades em laboratórios, palestras, mesas-redondas, bem como outros tipos de atividades acadêmicas que propiciem um clima de aprimoramento e questionamento dos conteúdos apreendidos. Tais atividades são desenvolvidas com a intenção de capacitar o aluno para evoluir e inovar os conhecimentos e as práticas em Psicologia. Porém, é importante que o acadêmico também busque o conhecimento, bem como apresente suas produções acadêmicas em eventos promovidos por outras instituições.
As práticas pedagógicas propostas no Projeto Pedagógico do Curso visam desenvolver a autonomia e a responsabilidade do aluno pela construção do seu saber, sendo assim este se torna um gestor do seu desenvolvimento acadêmico e profissional.
Dentre outras competências, o curso propicia um posicionamento investigativo e questionador na busca de soluções de problemas, que privilegiam a adoção de estratégias inovadoras que reflitam novas abordagens no enfrentamento dos conflitos humanos e sociais que se fazem presentes de forma tão aguda na atualidade. Neste sentido, a pesquisa e o desenvolvimento de práticas de atuação inovadoras são considerados como
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conteúdos fundamentais na formação do profissional psicólogo. Além das atividades de pesquisa em sala de aula a partir do terceiro período de curso, os acadêmicos são estimulados a participar de pesquisas em nossa IES e em outras instituições de pesquisa. Contamos já com alunos bolsistas da CAPES, bolsas PIBIC da nossa IES e outras bolsas de estudo para acadêmicos pesquisadores no Rio de Janeiro, o que caracteriza a percepção dos alunos da relevância da pesquisa.
O estudo do contexto em que o sujeito está inserido e das questões de exclusão e inclusão social é considerado ponto de partida para elaboração dos projetos de pesquisa e de intervenção do acadêmico de Psicologia. Acredita-se que somente a partir do reconhecimento das diversidades e da pluralidade, os nossos alunos podem atuar com ética, responsabilidade social e respeito à cidadania.
Esse enfoque pressupõe uma atuação interdisciplinar, ou seja, a interação entre os diferentes níveis do saber, articulados entre si e harmonizados diante de uma proposta mais ampla de compreensão do ser humano. A inserção da Psicologia nos projetos sociais da instituição, ações sociais, estágios, atividades acadêmicas complementares e em disciplinas eletivas propiciam ao aluno a possibilidade de conviver com acadêmicos de outros cursos e de propor estratégias de ação interdisciplinar.
A Estrutura Curricular do Curso se organiza em três Núcleos: Núcleo de Formação Básica Institucional, Núcleo Comum de Formação e Núcleo de Conteúdos Temáticos.
O Núcleo de Formação Básica Institucional é configurado pelo Centro Universitário, ou seja, são disciplinas teóricas e práticas e atividades de campo obrigatórias para a conclusão de todos os cursos e visam formar um profissional atendendo à missão institucional. Desta forma é composto por disciplinas que visam ao desenvolvimento da cidadania, da inclusão social, da responsabilidade social e ambiental, da educação étnico-racial e do espírito empreendedor. O Núcleo Comum de Formação é um núcleo de conhecimentos específicos da Psicologia para propiciar uma formação básica do psicólogo brasileiro. Pode ser parcialmente configurado pelo aluno (no que tange à escolha das Atividades Complementares). O objetivo desse núcleo de formação é dar subsídios o profissional atuar em diferentes contextos e locais de nosso país. Sendo assim, é composto de disciplinas e atividades que propiciam conhecimentos teóricos e técnicos para a pesquisa e a prática do psicólogo no Brasil. O Núcleo de Conteúdos Temáticos é um grupo de disciplinas e atividades que visa formar o acadêmico em um eixo temático do curso e é configurado pelo aluno no que tange à escolha da ênfase curricular e respectivas atividades complementares, estágios e disciplinas eletivas.
6.1 O núcleo de formação básica institucional
Com o objetivo de que contribuir significativamente para um melhor desempenho do aluno no processo de formação, o Núcleo de Formação Básica Institucional visa desenvolver o exercício da cidadania e da responsabilidade social, bem como estimular o
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espírito empreendedor e científico do acadêmico. Esse núcleo de formação é composto por disciplinas institucionais, ou seja, disciplinas que são obrigatórias em todos os cursos de graduação da UNISUAM e são cursados em turmas interdisciplinares, fortalecendo assim a relação entre os alunos de diferentes cursos da IES.
6.2 O núcleo comum de formação
O Núcleo Comum de Formação (NC) estabelece uma capacitação básica para o formando lidar com os conteúdos da Psicologia, enquanto campo de conhecimento e de atuação. Considera-se imprescindível uma formação básica, um conteúdo homogêneo, em que sejam desenvolvidos conhecimentos, habilidades e competências, que garantem ao egresso um domínio de conteúdos comuns à formação do psicólogo brasileiro.
Essa formação básica tem sido norteada por seis Eixos Estruturantes, os quais articulam os conhecimentos organizados em atividades acadêmicas em sala de aula e em atividades de campo.
As atividades obrigatórias que fazem parte deste Núcleo de Formação são cumpridas por todos os discentes, porém as Atividades Complementares (disciplinas optativas, participação em eventos, participação em projetos sociais, estágios externos e outras atividades acadêmicas) poderão ser selecionadas pelos acadêmicos. Cabe ressaltar que os conteúdos oferecidos nas disciplinas durante o curso têm o objetivo de alicerçar a construção do saber que é desenvolvido juntamente com as outras atividades acadêmicas propostas neste projeto.
Os Seis Eixos Estruturantes do Núcleo Comum de Formação são:
a) fundamentos epistemológicos e históricos
Para que o formando tenha uma visão do processo de construção do conhecimento psicológico, considerou-se necessário que nesse eixo o curso articule conhecimentos a respeito do pensamento filosófico, pensamento científico, análise da Psicologia enquanto ciência, análise dos modelos epistemológicos e das teorias utilizadas até o momento atual para o desenvolvimento da Psicologia. É significativo que esse conteúdo seja desenvolvido possibilitando a análise crítica e reflexiva das diferentes teorias, articulando-as com a história da psicologia e da sociedade. Para compor esse eixo estruturante são oferecidas as seguintes disciplinas: Filosofia, Epistemologia e História da Psicologia, Psicologia do Desenvolvimento Humano. Tais conteúdos serão articulados com outros eixos estruturantes, pois são conteúdos fundamentais para o desenvolvimento de estudos e práticas do profissional psicólogo. Acresça-se que, além das disciplinas, o aluno deverá participar de atividades complementares, que propiciarão aprofundamentos em relação à epistemologia e à história da Psicologia. Para desenvolver esse eixo estruturante o aluno terá 240h de atividades obrigatórias.
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b) fenômenos e processos psicológicos
Este eixo propicia ao formando a compreensão aprofundada dos fenômenos e processos psicológicos básicos que classicamente constituem campo da Psicologia como ciência. Para estruturação deste eixo, considerou-se relevante o desenvolvimento de conhecimentos a respeito da gênese dos fenômenos e processo psicológicos: percepção, atenção, memória, motivação, emoção, inteligência, aprendizagem, pensamento e linguagem. As bases fisiológicas e culturais dos processos psicológicos são relevantes para estruturação deste eixo de conhecimento, bem como fatores que interferem nesses fenômenos e processos. Para compor esse eixo estruturante, são articuladas as disciplinas Percepção, Memória, Inteligência e Aprendizagem, Motivação e Emoção. Tal eixo estruturante articula-se com os outros.
Os conteúdos desenvolvidos em torno deste eixo estruturante permeiam todo o curso, pois as práticas desenvolvidas nos estágios e as atividades complementares estarão constantemente envolvidas com os fenômenos e processos psicológicos básicos. Para desenvolvimento desse eixo estruturante o aluno terá 240h de atividades obrigatórias.
c) fundamentos metodológicos
Busca abranger o estudo da natureza e pressupostos filosóficos do método científico, o conhecimento e a análise crítica dos diferentes métodos e estratégias da produção do conhecimento psicológico. Incluem-se nessa abrangência os conceitos básicos da metodologia de pesquisa, tais como: leis e teorias, paradigmas, problemas, hipóteses, métodos quantitativos e qualitativos, variáveis e amostra. Para compor esse eixo estruturante, as disciplinas Metodologia do Trabalho Acadêmico e Científico, Métodos Quantitativos, Pesquisa em Psicologia e Seminários de Pesquisa serão articuladas com os estudos realizados em campo por meio de observações, levantamento de problemas e hipóteses, participação em projetos e execução de pesquisas durante o curso, e possibilitarão ao corpo discente articular teoria e prática de pesquisa na produção do conhecimento.
Na verdade, a construção do saber deste eixo inicia-se desde o primeiro período de curso com a disciplina Epistemologias e História da Psicologia, pois o acadêmico terá acesso a conhecimentos teóricos de procedimentos de pesquisa no processo de evolução da psicologia científica.
Esse eixo será sedimentado com as práticas de Pesquisa e os resultados observados nos Seminários de Pesquisa I e II.
Para desenvolvimento desse eixo estruturante o aluno terá 240h de atividades obrigatórias.
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d) procedimentos para a investigação e a prática profissional
Este eixo conduz o formando à compreensão, à análise e ao domínio de instrumentos, técnicas e procedimentos de avaliação e de intervenção utilizados em pesquisa, diagnóstico e tratamento psicológico. Contempla conteúdos que permitam ao formando refletir sobre as condições de aplicabilidade e adequação de tais instrumentos, técnicas e procedimentos a problemas e contextos específicos nas diferentes áreas de atuação. Para compor esse eixo estruturante, serão articulados os conteúdos programáticos das disciplinas: Técnicas de Entrevista, Técnicas Psicométricas de Avaliação, Técnicas Projetivas de Avaliação, Grupoterapias, Terapia Centrada na Pessoa, Técnicas e Práticas da Psicanálise, Técnicas Cognitivo-Comportamentais. Este eixo estruturante está articulado com o eixo Práticas Profissionais, visto que os conteúdos desenvolvidos serão sedimentados nas atividades práticas.
Para desenvolvimento desse eixo estruturante o aluno tem 240h de atividades voltadas para a investigação psicológica e 320h de atividades acadêmicas voltadas para técnicas de intervenção psicológica.
e) interface com campos afins do conhecimento
Considera-se fundamental a possibilidade de interlocução da Psicologia com outras ciências contemporâneas, com o objetivo de situá-la em um campo mais amplo do conhecimento, demarcando a natureza e especificidade do fenômeno psicológico e sua interação com os fenômenos biológicos, humanos e sociais, tecnológicos e ambientais. A leitura e intervenção contextualizada são inerentes ao mundo globalizado e aos avanços da ciência. A multicausalidade na gênese dos fenômenos de adoecimento e das dificuldades de relacionamento interpessoal deve ser considerada por qualquer profissional que se propõe a trabalhar com o ser humano. Para compor esse eixo estruturante, serão articuladas as seguintes disciplinas: Neuropsicologia; Estudos Socioantropológicos; Economia e Comportamento; Psicologia e Globalização; Psicologia e Urbanização. Terão também articulados para aprofundamento dos conteúdos deste eixo estruturante a participação dos acadêmicos em projetos sociais interdisciplinares (vide Extensão).
Para desenvolvimento desse eixo estruturante o aluno tem 240h de atividades voltadas para estudos de interface da Psicologia com ciências afins.
f) práticas profissionais
Esse eixo tem como aspecto primordial a capacitação à atuação profissional. Por atuação profissional compreende-se o exercício no campo de uma prática articulada ao conhecimento, com atuação crítica, consequente e responsável, condizentes com um profissional inovador e ético que evita a mera reprodução de técnicas consagradas. Um profissional que se articula ao exercício das áreas afins, procurando assim contribuir com o desenvolvimento da sociedade na qual se insere e trabalha. Para compor esse eixo estruturante, serão articuladas
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as disciplinas de Estágio Básico. Os saberes e práticas desenvolvidos no Estágio Básico serão complementados e aprofundados, posteriormente, com os Estágios Específicos. O Eixo Práticas Profissionais está articulado aos outros eixos estruturantes, pois o exercício da profissão encontra-se fundamentado nos conhecimentos epistemológicos, metodológicos e históricos da Psicologia, pois o que se pretende com as práticas inovadoras não é um rompimento com a história da Psicologia, mas um agregar de estudos, técnicas e práticas voltadas para atender as necessidades da sociedade atual, e especificamente a comunidade local, que possui sérios conflitos intrapsíquicos e psicossociais.
Para desenvolvimento desse eixo estruturante o aluno tem 240h de atividades voltadas para a prática profissional em diferentes contextos de atuação.
6.3 Núcleo de conteúdos temáticos e ênfases curriculares
Com as diversidades teórico-metodológicas, práticas e contextos de inserção profissional tornam-se imprescindíveis definir ênfases curriculares para os cursos de Psicologia. Desta forma, a UNISUAM, de acordo com as DCNs de Psicologia, define duas Ênfases Curriculares, caracterizando o perfil do psicólogo formado em nossa IES.
Considerando a vocação, estrutura e dinâmica institucional, as necessidades locais e os projetos sociais, de pesquisa e atividades extensionistas da IES, foram consideradas, inicialmente, como relevantes, as seguintes ênfases curriculares: Processos de Violência e Processos Psicossomáticos.
Estamos localizados em uma região de graves conflitos sociais, em que a violência é uma constante na vida da população. Observou-se um número significativo de crianças e adolescentes usuários de drogas, que cometem delitos, fogem de casa para morar nas ruas ou no domínio de traficantes, longe das escolas e de qualquer atividade social. A maior parte dessas crianças e adolescentes é oriunda de um contexto familiar desestruturado e vítimas de violência. Desta forma, considerou-se relevante a formação de um profissional para pesquisar e intervir em processos de violência intrafamiliar e outras formas de violência vividas em centros urbanos. O número de pessoas usuárias de crack e outras drogas na região vem se agravando a cada dia, e além de um problema social e de segurança, hoje é considerado um problema de saúde pública, necessitando-se formar profissionais com capacidade de envolver-se com políticas públicas e intervenções que possam dirimir o problema do uso abusivo de drogas e da degradação humana na região. Sendo assim, torna-se relevante oferecer a Ênfase Processos de Violência na formação do psicólogo da UNISUAM.
A ênfase curricular Processos Psicossomáticos também se faz necessária, visto que o número de usuários do sistema de saúde vem aumentando significativamente na região da Leopoldina. Nota-se que na gênese da doença encontramos fortes conflitos psíquicos e sociais, observando-se, assim, uma relação circular, bidirecional, no processo de adoecimento (mente e corpo). A quantidade de pessoas obesas, diabéticas e hipertensas
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na localidade vem sendo constatada pelos números divulgados pelo SUS, que corroboram os quantitativos que levantamos em ações sociais de avaliação de estresse, hipertensão, diabetes e curva abdominal. As intervenções propostas se dão, inicialmente, em nível secundário e, posteriormente, primário, buscando a prevenção de doenças por meio de intervenções biopsicossociais. O curso de Psicologia, em parceria com outras instituições governamentais e não governamentais, desenvolve ações de intervenção em saúde e violência na região.
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7 A ESCOLHA DA ÊNFASE CURRICULAR
De acordo com o artigo 10 e 11 das Diretrizes Curriculares do Curso de Psicologia (DCNs), os cursos têm que oferecer um mínimo de duas ênfases curriculares, para que o aluno escolha uma ou mais para aprofundar seus estudos.
Art. 10. Pela diversidade de orientações teórico-metodológicas, práticas e contextos de inserção profissional, a formação em Psicologia diferencia-se em ênfases curriculares, entendidas como um conjunto delimitado e articulado de competências e habilidades que configuram oportunidades de concentração de estudos e estágios em algum domínio da Psicologia.Art. 11. A organização do curso de Psicologia deve explicitar e detalhar as ênfases curriculares que adotará, descrevendo-as detalhadamente em sua concepção e estrutura.§ 1º A definição das ênfases curriculares, no projeto do curso, envolverá um subconjunto de competências e habilidades dentre aquelas que integram o domínio das competências gerais do psicólogo, compatível com demandas sociais atuais e/ou potenciais, e com a vocação e as condições da instituição.§ 2º A partir das competências e habilidades definidas, o projeto de curso deverá especificar conteúdos e experiências de ensino capazes de garantir a concentração no domínio abarcado pelas ênfases propostas.§ 3º A instituição deverá oferecer, pelo menos, duas ênfases curriculares que assegurem a possibilidade de escolha por parte do aluno.§ 4º O projeto de curso deve prever mecanismos que permitam ao aluno escolher uma ou mais dentre as ênfases propostas. (BRASIL, 2011, p. 19).
7.1 Ênfase: processos de violência
Inúmeras são as possibilidades de inserção de práticas psi na comunidade local, porém, inicialmente, foram analisadas as situações de maior necessidade e possibilidade de inserção do trabalho do psicólogo.
Grande parte da comunidade local pertence a um grupo familiar desestruturado, marcado por agressões físicas, sociais e psicológicas, fugas de adolescentes de casa para habitarem nas ruas, uso de drogas e álcool, violência doméstica, abuso sexual, dificuldades de comunicação, abandono, analfabetismo, gravidez precoce (11 a 13 anos), falta de acolhimento, desemprego, dentre outras.
De acordo com o contexto apresentado e a vocação da UNISUAM, considerou-se relevante o atendimento psicológico aos grupos de pessoas que sofrem violência, bem como aos agressores, realizando o trabalho psicoterápico buscando um atendimento integral junto aos cursos de Serviço Social, Nutrição, Fisioterapia, Direito, Enfermagem, Educação Física e demais cursos. As intervenções, a princípio, são realizadas por meio de grupos de suporte, grupos de reflexão, grupos terapêuticos e outras atividades profissionais que se fizerem necessárias para intervenção em violência intrafamiliar e social. Temos a proposta
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também de um trabalho de atenção primária em violência com participação da Psicologia em programas de prevenção e promoção de saúde, o qual já vem sendo desenvolvido pelo curso de Psicologia junto a organizações não-governamentais e a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro em projetos de estágio e projetos sociais.
Ao escolher esta ênfase como eixo temático de sua formação, o formando deve desenvolver competência para analisar o contexto sociopolítico e econômico em que a vítima e o agressor estão inseridos; identificar e analisar as suas necessidades de natureza psicológica e analisar os fenômenos de ordem cognitiva, comportamental e afetiva de ambos; realizar o diagnóstico das pessoas envolvidas; manejar os processos grupais considerando as diferenças individuais e socioculturais de seus membros; atuar interdisciplinarmente; realizar aconselhamento e psicoterapia nos grupos; propor programas de prevenção e promoção de saúde, elaborar pareceres e laudos e desenvolver estudos científicos a partir das práticas profissionais. Tais competências devem apoiar-se nas habilidades de utilizar os métodos qualitativos, como meio de investigação científica; planejar e realizar entrevistas em grupos; analisar e interpretar a relação entre o contexto em que as pessoas estão inseridas e os processos psicológicos e comportamentais apresentados; analisar e interpretar manifestações verbais e não verbais como fontes de acesso aos processos subjetivos; aplicar técnicas de intervenção psicoterápica em famílias e em grupos de pessoas; propor atividades profissionais inovadoras para atender a população em questão; desenvolver projetos de intervenção junto a equipes interdisciplinares; desenvolver projetos de intervenção para participação em Programas de Saúde.
7.2 Ênfase: processos psicossomáticos
A partir de estudos regionais e locais, bem como das pesquisas e projetos sociais desenvolvidos pelos cursos da UNISUAM na região, considerou-se relevante a ênfase curricular em Intervenções em Processos Psicossomáticos, visto que grande parte da comunidade local apresenta doenças físicas com significativos sintomas de adoecimento psíquico e social. A Clínica Escola Amarina Motta (CLESAM) atende, atualmente, 200 pessoas com doenças orgânicas e disfuncionais.
Os supervisores da Clesam, em entrevistas realizadas, revelaram a carência da assistência psicológica, pois observam, muitas vezes, a dificuldade emocional das pessoas, que apresentam baixa autoestima, falta de motivação, medo, agressividade, depressão, ansiedade etc., além de perceberem que muitos dos usuários dos serviços prestados ficam vinculados à instituição por necessidade de proteção e afeto. É importante ressaltar a visão interdisciplinar dos supervisores e acadêmicos que atuam na UNISUAM, visto que demarcaram a necessidade de um profissional que dimensione e atue no sofrimento psíquico.
Atualmente, a Clesam está desenvolvendo um projeto junto ao Instituto Nacional do Câncer (INCA), o qual oferece atendimento de reabilitação fisioterápica a mulheres mastectomizadas. Esse grupo de mulheres apresenta significativa dificuldade de reorganizar sua imagem corporal, bem como apresenta dificuldades com a feminilidade
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e com seu papel psicossexual, além desses sentimentos, observou-se estado interior de menos valia, abandono, autoagressão, dependência e depressão. Pacientes amputados, com deficiências físicas, tabagistas, hipertensos, diabéticos, dentre outros, também são assistidos em nossa Clínica-Escola, tornando este campo um rico ambiente para intervenção do psicólogo integrado com a equipe de saúde.
A Psicologia vem se inserindo, desde 2012, na Clesam com atendimentos à população, que é encaminhada por supervisores e acadêmicos de outras áreas de atuação para parecer psicológico, bem como vem prestando serviços de palestras psicoeducativas interdisciplinares e atendimentos em sala de espera, bem como atendimentos em grupo para mulheres mastectomizadas.
Além do espaço físico e do contexto da Clesam, os acadêmicos desenvolvem atividades voltadas para o atendimento em psicossomática nas comunidades locais e em hospitais na região da Leopoldina.
Ao optar por esta ênfase curricular, o acadêmico desenvolve competências para analisar o contexto familiar, social, político e econômico em que a doença clínica é manifestada; analisar o significado simbólico da doença, escolher e utilizar instrumentos para avaliação e intervenção psicológica; atuar interprofissionalmente; coordenar e manejar os processos grupais; elaborar relatórios, laudos e pareceres técnicos; elaborar relatos científicos, orais e escritos. Tais competências são apoiadas nas habilidades de ler e interpretar relatórios técnicos na área da saúde; utilizar métodos de observação e outras técnicas de investigação dos fenômenos psicológicos; planejar e realizar entrevistas em grupos e individuais com fins diagnósticos e terapêuticos em diferentes contextos; analisar, descrever e interpretar relações entre o contexto e os processos psicológicos e comportamentais; analisar, descrever e interpretar manifestações verbais e não verbais como fontes de acesso ao estado subjetivo do sujeito ou dos grupos; utilizar os conteúdos observados e trabalhados como fonte de pesquisa, para o desenvolvimento da ciência e práticas inovadoras neste eixo temático.
7.3 O processo de escolha da ênfase
Até o oitavo período do curso, o aluno é estimulado a complementar sua carga horária de atividades acadêmicas participando de palestras, workshops, mostras, fóruns e seminários com professores e profissionais que desenvolvem atividades psi. Tais atividades contemplam conteúdos do Núcleo Comum de Formação e também apresentam ao acadêmico pesquisas e atividades práticas nas duas ênfases curriculares propostas no curso. A partir dessas vivências e da participação em projetos sociais relacionados com as ênfases do curso, o aluno está habilitado para escolher a ênfase em que deseja concentrar seus estudos e práticas profissionais.
A escolha da ênfase curricular dar-se-á no nono período, quando são oferecidas ao aluno duas disciplinas em Eletiva IV: Impactos da Violência na Saúde e Psicossomática: teoria e prática. O acadêmico escolhe uma das duas disciplinas e as eletivas posteriores estarão relacionadas com a ênfase escolhida pelo aluno, ou seja, o sistema inclui no
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histórico do aluno a ênfase curricular do seu curso e abre para inscrição disciplinas de sua ênfase. A partir desse momento, o aluno passa a ter autonomia para a escolha das disciplinas eletivas que fortaleçam sua ênfase, bem como disciplinas eletivas direcionadas para o contexto de trabalho em que deseja atuar.
Caso tenha dificuldades na escolha, o aluno busca orientação com o Coordenador do Curso, com o Coordenador do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) ou com os professores-supervisores de área do SPA para orientá-lo quanto a sua opção.
OBS.: As atividades acadêmicas do Núcleo Comum continuam a ser desenvolvidas no transcorrer dos semestres letivos, juntamente com as atividades acadêmicas específicas do eixo temático que o aluno selecionou.
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8 INOVAÇÕES NO CURSO: O PROJETO “CONEXÕES PSI”
O projeto Conexões Psi acontece nos dois primeiros anos do curso e tem por objetivo inserir os alunos ingressos na Instituição de Ensino, na Comunidade Local e nas Atividades Acadêmicas do Curso de Psicologia.
O conhecimento da realidade local acontece por meio de atividades práticas desenvolvidas ao longo do projeto, no qual o aluno vai às ruas conhecer a vida da comunidade, tendo assim os problemas psicossociais vividos apresentados pelos próprios atores do processo. O contato com a comunidade local possibilita o desenvolvimento de uma psicologia voltada para a realidade da população a que se destina.
O projeto Conexões Psi visa também atender às Diretrizes Curriculares Nacionais de Psicologia, no que tange a desenvolver atividades práticas ao longo do curso. Durante o Projeto, o aluno desenvolve, além das atividades descritas, pesquisas bibliográficas, pesquisas de campo, elaboração de projetos de pesquisa e de projetos sociais. O projeto é dividido em quatro fases, isto é, é dividido em quatro semestres (Conexões PsiI, II, III e IV). Cada fase é organizada em forma de disciplina para atender à formatação curricular institucional. Na primeira fase (Conexões Psi I), o aluno conhece a UNISUAM, o Projeto Pedagógico do Curso e a Comunidade local. Na segunda fase (Conexões Psi II), o acadêmico elabora um projeto social a partir da realidade local conhecida. Na terceira fase (Conexões Psi III), ele elabora um projeto de pesquisa e insere seu currículo na plataforma lattes. Na última etapa do projeto, Conexões Psi IV, o acadêmico desenvolve discussões sobre direitos humanos e diversos tipos de exclusões vividas pela comunidade local (orientação sexual, pobreza, doença mental etc.). Durante todo o projeto, os alunos elaboram relatórios e apresentam os resultados de forma oral e escrita.
8.1 Como se desenvolve o projeto Conexões Psi?
Os acadêmicos têm um encontro semanal de quatro horas-aula com o professor orientador. Utiliza-se o método de construção do saber a partir de leituras e discussão de textos, observação e visita técnica. A partir da relação do que foi observado com os referenciais teóricos, o acadêmico se prepara para apresentar e defender suas posições junto ao seu grupo (turma). Os debates são conduzidos por um docente do curso integrado no projeto, no momento contamos com os professores Maria Angélica Gabriel, Jane de Oliveira Pinto Caldas, Rachel Shimba, Rita Flores, Patrícia Figueiredo e Maicon Barbosa. Os textos produzidos são orientados e corrigidos pelo professor responsável pela atividade e, se aprovado pelo professor, pode se transformar em um artigo ou trabalho para apresentação oral em eventos científicos.
O cronograma das atividades é incluído no sistema SAGA de forma que todos os alunos possam ter acesso. Os textos a serem utilizados constam nas referências do projeto e são disponibilizados na biblioteca ou na biblioteca virtual (BVS-Psi).
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8.2 Etapas
a) apresentação oral do projeto para os alunos;b) leitura e discussão de textos que fundamentam as práticas a serem
desenvolvidas no projeto;c) elaboração de relatório ou de projeto de pesquisa/ social; d) discussão e Debate dos Resultados Obtidos – Nesta etapa, o aluno faz
confrontações entre a literatura e o material levantado;e) redação – após as discussões, os alunos constroem um texto da análise do
tema, fundamentado nos autores apresentados; ef) apresentação oral ou escrita – o professor responsável pelo tema corrige
o texto, analisando o conteúdo e a formatação de acordo com as normas definidas na ABNT, e indica para publicação ou apresentação oral.
8.3 Resultados esperados
Considerando que todos os alunos têm obrigatoriedade de participar do projeto, que conta como horas obrigatórias do curso, espera-se que ao concluir o projeto os alunos do curso tenham alcançado as seguintes competências do perfil do egresso que desejamos formar:
a) capacidade de nortear suas ações por princípios éticos, considerando o respeito aos direitos humanos e à cidadania;
b) capacidade de diagnosticar, planejar e desenvolver ações de intervenção, considerando as diferentes necessidades das pessoas ou dos grupos;
c) capacidade crítica para analisar a realidade sociocultural na qual desenvolverá as atividades de investigação e práticas psi;
d) capacidade para analisar os fatores que conduzem pessoas e grupos a comportamentos somáticos e violentos;
e) capacidade para identificar o objeto de estudo da ciência psicologia e reconhecer que a "intervenção psi" faz um recorte na realidade;
f) conhecimento teórico consistente que permita fazer a leitura de conflitos humanos, considerando o contexto social, político e econômico do grupo, bem como as transformações de nossos tempos; e
g) atitude investigativa que favoreça o processo contínuo de produção de conhecimento, de técnicas e de procedimentos de análise.
8.4 Avaliação dos resultados
Os resultados são avaliados semestralmente, qualitativa e quantitativamente, por meio de: autoavaliação realizada pelos acadêmicos, apresentação oral e escrita dos trabalhos elaborados e avaliações por escrito dos conteúdos trabalhados no semestre. A frequência dos alunos também é um fator relevante para avaliação.
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9 FORMAÇÃO COMPLEMENTAR EM LICENCIATURA
Considerando as lutas da categoria de psicólogos pela obrigatoriedade da disciplina de Psicologia nos cursos de Ensino Médio, ministrada por professores licenciados em Psicologia, foi realizado um levantamento dos cursos de Psicologia no Brasil que ofereciam cursos de licenciatura. Nesse levantamento, o Ministério da Educação observou que poucos cursos de graduação em Psicologia ofereciam tal habilitação. Sendo assim, foi realizada uma releitura do artigo 13 das Diretrizes Curriculares Nacionais, e em 15 de março de 2011 foram instituídas as novas diretrizes curriculares nacionais para cursos de Graduação em Psicologia, estabelecendo normas para o projeto pedagógico complementar para a Formação de Professores de Psicologia (BRASIL, 2011). A iniciativa de atualização das diretrizes curriculares partiu de discussões acerca da dúvida dos cursos de graduação em relação à exigência de oferecer o curso de licenciatura. Nas DCN de 2004, já estava indicada a obrigatoriedade, no artigo 13º, que a formação de professores seria orientada por projeto pedagógico complementar ao projeto de formação de Psicólogo, porém, de forma muito genérica:
Art. 13º – A formação do professor de Psicologia dar-se-á em um projeto pedagógico complementar diferenciado, elaborado em conformidade com a legislação que regulamenta a formação de professores no país.§ 1º O projeto pedagógico para a formação do Professor de Psicologia deve propiciar o desenvolvimento das competências e habilidades básicas constantes no núcleo comum do curso de Psicologia e daquelas previstas nas Diretrizes Nacionais para a formação do professor da Educação Básica, em nível superior. (BRASIL, 2004a, p. 16).
Na resolução de 2004, não ficava clara a obrigatoriedade de a instituição de ensino oferecer o curso complementar, o que se fez na resolução de 20112.
Considerou-se assim que, desde a promulgação das DCN de 2004, havia a necessidade de esclarecimentos e orientações sobre a Formação de Professores. As DCN de 2011 mantiveram a coerência histórica das Diretrizes (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO DE PSICOLOGIA, 2012) e acrescentam explicações a respeito dos elementos estruturantes de tal projeto, ampliando o artigo 13º:
Art. 13. A Formação de Professores de Psicologia dar-se-á em um projeto pedagógico complementar e diferenciado, elaborado em conformidade com a legislação que regulamenta a formação de professores no País (Resolução CNE/CP 1, de 18 de Fevereiro de 2002).§ 1º O projeto pedagógico complementar para a Formação de Professores de Psicologia tem por objetivos:a) complementar a formação dos psicólogos, articulando os saberes específicos da área com os conhecimentos didáticos e metodológicos, para atuar na construção de políticas públicas de educação, na educação básica, no nível médio, no curso Normal, em cursos profissionalizantes e em cursos técnicos, na educação continuada, assim como em contextos de educação informal como abrigos, centros
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socioeducativos, instituições comunitárias e outros;b) possibilitar a formação de professores de Psicologia comprometidos com as transformações político-sociais, adequando sua prática pedagógica às exigências de uma educação inclusiva;c) formar professores de Psicologia comprometidos com os valores da solidariedade e da cidadania, capazes de refletir, expressar e construir, de modo crítico e criativo, novos contextos de pensamentos e ação.§ 2º A proposta complementar para a Formação de Professores de Psicologia deve assegurar que o curso articule conhecimentos, habilidades e competências em torno dos seguintes eixos estruturantes:a) Psicologia, Políticas Públicas e Educacionais, que prepara o formando para compreender a complexidade da realidade educacional do País e fortalece a elaboração de políticas públicas que se articulem com as finalidades da educação inclusiva;b) Psicologia e Instituições Educacionais, que prepara o formando para a compreensão das dinâmicas e políticas institucionais e para o desenvolvimento de ações coletivas que envolvam os diferentes setores e protagonistas das instituições, em articulação com as demais instâncias sociais, tendo como perspectiva a elaboração de projetos político- pedagógicos autônomos e emancipatórios;c) Filosofia, Psicologia e Educação, que proporciona ao formando o conhecimento das diferentes abordagens teóricas que caracterizam o saber educacional e pedagógico e as práticas profissionais, articulando-os com os pressupostos filosóficos e conceitos psicológicos subjacentes;d) Disciplinaridade e interdisciplinaridade, que possibilita ao formando reconhecer o campo específico da Educação e percebê-lo nas possibilidades de interação com a área da Psicologia, assim como com outras áreas do saber, em uma perspectiva de educação continuada.§ 3º A Formação de Professores de Psicologia deve oferecer conteúdos que: a) destaquem e promovam uma visão abrangente do papel social do educador, assim como a reflexão sobre sua prática e a necessidade de aperfeiçoamento contínuo do futuro professor;b) articulem e utilizem conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidos no curso de Psicologia para a ampliação e o amadurecimento do papel de professor;c) considerem as características de aprendizagem e de desenvolvimento dos alunos, o contexto socioeconômico e cultural em que atuarão na organização didática de conteúdos, bem como na escolha das estratégias e técnicas a serem empregadas em sua promoção;d) promovam o conhecimento da organização escolar, gestão e legislação de ensino referentes à educação no Brasil, assim como a análise das questões educacionais relativas à dinâmica institucional e à organização do trabalho docente;e) estimulem a reflexão sobre a realidade escolar brasileira e as articulações existentes com as políticas públicas educacionais e o contexto socioeconômico mais amplo.§ 4º Os conteúdos que caracterizam a Formação de Professores de Psicologia deverão ser adquiridos no decorrer do Curso de Psicologia e complementados com estágios que possibilitem a prática do ensino.§ 5º A prática profissional do professor-aluno deve se desenvolver em uma perspectiva de análise do trabalho educativo na sua complexidade, cujas atividades devem ser planejadas com a intenção de promover a reflexão e a organização do trabalho em equipes, o enfrentamento de problemas concretos do processo ensino-aprendizagem e da dinâmica própria do espaço escolar, e a reflexão sobre questões ligadas às políticas educacionais do País, aos projetos político-pedagógicos institucionais e às ações político-pedagógicas.§ 6º A carga horária para a Formação de Professores de Psicologia deverá ter, no mínimo, 800 (oitocentas) horas, acrescidas à carga
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horária do curso Bacharelado em Psicologia, assim distribuídas:a) Conteúdos específicos da área da Educação: 500 (quinhentas) horas;b) Estágio Curricular Supervisionado: 300 (trezentas) horas.§ 7º As atividades referentes à Formação de Professores, a serem assimiladas e adquiridas por meio da complementação ao curso de Psicologia, serão oferecidas a todos os alunos dos cursos de graduação em Psicologia, que poderão optar ou não por sua realização.§ 8º Os alunos que cumprirem satisfatoriamente todas as exigências do projeto complementar terão apostilada, em seus diplomas do curso de Psicologia, a licenciatura. (BRASIL, 2011, p. 19, grifo nosso).
Nos demais itens, as Diretrizes Curriculares mantiveram inalterados todos os outros artigos das diretrizes de 2004, em relação ao núcleo comum de formação; articulação a partir das competências básicas e dos eixos estruturantes; instituição dos Estágios Básicos (práticas integrativas para o desenvolvimento das competências básicas do psicólogo); e proposição das Ênfases Curriculares e Estágios Específicos (BRASIL, 2011).
Embora de forma mais clara, o artigo 13 das Diretrizes Curriculares da Graduação em Psicologia ainda deixa dúvidas que teremos que dirimir junto ao NDE do Curso, apoiados em discussões junto à ABEP e ao MEC.
A discussão a respeito das diretrizes para formação de professores de Psicologia vem direcionando os cursos de psicologia do país para a melhor construção do projeto pedagógico.
Até o presente momento, temos um histórico de debates entre Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP), Ministério da Educação (MEC), Conselho Federal de Psicologia (CFP) e Instituições de Ensino discutindo o artigo que versa sobre a implementação da Licenciatura em Psicologia, buscando esclarecimentos em relação às diversas possibilidades de interpretação do documento. Em setembro de 2011, em Goiânia, houve o “VIII Encontro Nacional da ABEP”; em dezembro de 2011, no Rio Grande do Sul, houve o Encontro de Coordenadores de Cursos de Psicologia do RS (Cachoeirinha/2011); em março de 2012, em São Paulo, houve o “1º Simpósio Psicologia e Formação: Políticas Nacionais, Diretrizes Curriculares e Licenciatura”.
A partir dessas discussões, o Núcleo da ABEP do Rio Grande do Sul elaborou a “Carta aos Coordenadores e Professores de Cursos de Psicologia sobre a Implementação da Licenciatura em Psicologia” com o objetivo de dirimir ainda algumas dúvidas em relação à construção do projeto pedagógico complementar da Licenciatura em Psicologia.
De acordo com a ABEP-RS, embora as discussões tenham avançado significativamente, percebe-se que ainda repousam sobre os gestores de cursos de Psicologia muitas dúvidas quanto à implementação da Licenciatura. Dessa forma, o projeto pedagógico complementar de licenciatura em Psicologia da UNISUAM respeita as Diretrizes Curriculares Nacionais e as determinações da ABEP nos pontos não definidos nessas diretrizes.
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9.1 Objetivos
Atendendo às determinações do Ministério de Educação, o projeto Licenciatura em Psicologia tem por objetivo complementar a formação dos psicólogos, articulando a sua formação com os conhecimentos didáticos e metodológicos, para atuar na construção de políticas públicas de educação, na educação básica, no ensino médio, em cursos profissionalizantes e técnicos, na educação continuada, assim como em contextos de educação informal (abrigos, centros socioeducativos, instituições comunitárias e outros). Outro objetivo é possibilitar a formação de professores de Psicologia envolvidos com as transformações político-sociais com olhar para a educação inclusiva. Por fim, o Curso Complementar de Formação do Professor de Psicologia da UNISUAM objetiva formar professores de Psicologia comprometidos com valores éticos, solidários e cidadãos, com habilidades para refletir, expressar e construir, de modo crítico e criativo, novos contextos de pensamento e ação.
9.2 Carga horária do curso
Nota-se que há ainda algumas incoerências entre a Licenciatura em Psicologia e as demais Licenciaturas no Brasil. Nos fóruns de discussão da ABEP surgiram dúvidas quanto a possíveis incoerências das DCN de 2011 em relação aos documentos que ela própria cita como fundamentadores da proposta da Licenciatura em Psicologia. Por exemplo, o Art. 13º afirma que o projeto complementar da Licenciatura deve ser “elaborado em conformidade com a legislação que regulamenta a formação de professores no País”. Porém, entende-se que as orientações que seguem no Art. 13º não estão de acordo com a legislação que regulamenta a formação de professores no País em alguns pontos.
Uma dúvida frequente nos debates entre gestores de cursos de Psicologia e ABEP era se em relação à carga horária do curso deveriam ser consideradas as Resoluções CNE/CP 01/2002 e 02/2002 que estabelecem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica de graduação plena.
Esta dúvida surge porque nesses documentos citados somos orientados a entender as Licenciaturas a partir de uma proposta de Licenciatura Plena, que deve ter carga horária de estágio de 400h e carga horária prática de 400h. Por outro lado, as DCN de 2011 da Psicologia referem apenas a 300h de estágio e não diferenciam prática de estágio, como fazem as Resoluções supracitadas. A ABEP sugere aos coordenadores de curso que considerem expressamente as orientações contidas nas DCN de 2011 da Psicologia no tocante à carga horária e aos demais aspectos citados. Isso porque a Psicologia não seria a única área de Licenciatura com carga horária de estágio diferenciada (ex.: Pedagogia - Resolução CNE/CP n. 1/2006) Além disso, as orientações dos documentos sobre a Licenciatura Plena estarão contempladas a partir dos eixos articuladores contidos nas DCN de 2011.
Dessa forma, o presente projeto propõe a carga horária de 820h para integralização do curso, com 520h de conteúdos específicos da área da Educação e 300h de Estágio Curricular Supervisionado.
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9.3 Período para concluir o curso
O § 4º do Art. 13º das DCN de 2011 afirma que “Os conteúdos que caracterizam a Formação de Professores de Psicologia deverão ser adquiridos no decorrer do curso de Psicologia e complementados com estágios que possibilitem a prática de ensino”. De acordo com o parágrafo 4º, o aluno será orientado para cursar uma disciplina por semestre durante todo o período em que estiver matriculado no Curso de Bacharelado em Psicologia. Os estágios serão realizados após a conclusão das disciplinas teóricas, garantindo assim o término do curso de Licenciatura junto ao de Bacharelado. As disciplinas da Licenciatura poderiam ser concluídas antes mesmo das disciplinas do Bacharelado. Porém, a conclusão do estágio da Licenciatura apenas poderia ocorrer no mesmo semestre em que o aluno estima concluir o Bacharelado. Após sua formatura em bacharel o aluno não mais poderá concluir a licenciatura. Essa orientação surge da reflexão realizada nos fóruns sobre a perspectiva da Licenciatura em Psicologia ser considerada uma formação complementar do Bacharelado em Psicologia.
9.4 Estágio da Licenciatura em Psicologia
As DCN referem no § 5º que a prática profissional do professor-aluno deve se desenvolver em uma perspectiva de análise do trabalho educativo na sua complexidade, cujas atividades devem ser planejadas com a intenção de promover a reflexão e a organização do trabalho em equipes, o enfrentamento de problemas concretos do processo ensino-aprendizagem e da dinâmica própria do espaço escolar, e a reflexão sobre questões ligadas às políticas educacionais do País, aos projetos político-pedagógicos institucionais eàs ações político-pedagógicas.
A ABEP Nacional esclarece que os estágios poderão ser realizados no Ensino Médio, na Educação Básica, no Ensino técnico e profissionalizante e na Educação não-formal.
Desta forma, o presente projeto subdivide a atividade de estágio em dois módulos: Ensino médio e Educação básica e Educação não formal, tendo o aluno que cumprir 150h para cada um dos módulos.
9.5 A relevância da Licenciatura em Psicologia para a formação de Psicólogos no país
Sendo o psicólogo um profissional das áreas humanas e da saúde que busca equilibrar o combate à doença com a produção de vida, a integralidade do sujeito, o compromisso do sujeito com seu coletivo, de reforçar a importância da autonomia, bem como pautar suas práticas no desenvolvimento de ações que venham a promover a educação para a saúde e para a qualidade de vida, o trabalho docente inscreve-se como complementar a essas práticas. Considerando a escola como um espaço ético-político para a formação de cidadãos comprometidos com a realidade social, a inserção do professor de psicologia na educação básica e média auxiliará na humanização do ensino, mudando o perfil tecnicista
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da educação que encaminha os estudantes exclusivamente ao mercado de trabalho, não tendo a preocupação de desenvolver a consciência crítica respaldada nos direitos humanos, o que é fundamental para a formação do ser humano capaz de transformar a realidade que o cerca.
Assim, nota-se que a formação complementar de Licenciatura em Psicologia vai ao encontro do compromisso da Psicologia com a sociedade.
9.6 Estrutura curricular
Com o objetivo de definir os conteúdos para atender às diretrizes curriculares para o curso complementar de licenciatura em Psicologia, o NDE reuniu-se definindo que o curso deveria ter um grupo de disciplinas e atividades curriculares que promovessem conhecimentos e habilidades para o formando:
a) compreender a complexidade da realidade educacional do País e fortalecer a elaboração de políticas públicas que se articulem com as finalidades da educação inclusiva, por meio de estudos de políticas públicas e educacionais, sendo assim serão incluídas no currículo as disciplinas: Políticas Públicas Educacionais; Educação Inclusiva; Libras; Educação das Relações Étnico-Raciais;
b) compreender as dinâmicas e políticas institucionais e desenvolver ações coletivas que envolvam os diferentes setores e protagonistas das instituições, em articulação com as demais instâncias sociais, tendo como perspectiva a elaboração de projetos político- pedagógicos autônomos e emancipatórios. Para atender esse objetivo será oferecida a disciplina Gestão Escolar;
c) conhecer as diferentes abordagens teóricas que caracterizam o saber educacional e pedagógico e as práticas profissionais, articulando-os com os pressupostos filosóficos e conceitos psicológicos subjacentes: serão oferecidas as disciplinas de Estágio em Formação do Professor em Psicologia I e Estágio em Formação do Professor em Psicologia II; e
d) reconhecer o campo específico da Educação e percebê-lo nas possibilidades de interação com a área da Psicologia, assim como com outras áreas do saber, em uma perspectiva de educação continuada: serão oferecidas as disciplinas Didática; Metodologia do Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos e Trabalho.
9.7 Operacionalização do curso
As disciplinas constarão na grade curricular como optativas para formação em licenciatura e os alunos que optarem pelo curso de licenciatura deverão cursar as disciplinas indicadas e o estágio supervisionado para formação do professor de psicologia. O turno a cursar será de livre escolha do aluno, desde que as disciplinas do curso de licenciatura estejam sendo oferecidas. Depois de cursadas as disciplinas obrigatórias e
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eletivas, concluindo 520h teóricas do curso, o aluno deverá inscrever-se em Estágio Supervisionado para Formação do Professor de Psicologia, cumprindo a carga horária de 300h nas duas modalidades de estágios já descritas.
9.8 A emissão do certificado
De acordo com o parágrafo 8 do artigo 13 das Diretrizes Curriculares Nacionais (2011), os alunos que cumprirem satisfatoriamente todas as exigências do projeto complementar de Licenciatura em Psicologia terão apostilado, em seus diplomas do curso de Psicologia, a licenciatura.
Quadro 1: Estrutura Curricular do Curso Complementar de Licenciatura em Psicologia
DISCIPLINA CARGA HORÁRIA
Políticas Públicas Educacionais 40h
Educação Inclusiva 40h
Libras 40h
Educação das Relações Etnico-Raciais 80h
Gestão Escolar 80h
Educação de Jovens e Adultos e Trabalho 80h
Didática 80h
Metodologia do Ensino Médio 80h
Estágio - Formação do Professor em Psicologia I 150h
Estágio - Formação do Professor em Psicologia II 150h
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10 AS DISCIPLINAS ELETIVAS
Ao selecionar as disciplinas para cumprir a carga horária obrigatória de Disciplinas Eletivas foram considerados os objetivos, as habilidades e competências específicas do curso, disponibilizando assim um elenco de conteúdos que permitam ao aluno desenvolver conhecimentos no que tange a: gestão de grupos de pessoas em diferentes contextos; competência teórica, técnica e prática para atuação profissional; aprofundamento de conhecimentos nas ênfases escolhidas pelo acadêmico e outros conhecimentos afins para o acadêmico aprimorar e aprofundar os conteúdos relevantes para a formação do psicólogo de acordo com o perfil do egresso.
Cabe ressaltar que algumas das disciplinas eletivas fazem parte da Matriz Curricular de outros cursos de graduação e outras fazem parte do próprio Curso de Psicologia, possibilitando assim a interatividade entre os cursos de graduação oferecidos pela UNISUAM.
Nas Eletivas I e II, no sexto e oitavo período, o aluno escolherá, em um elenco de disciplinas oferecidas, os conteúdos que deseja aprofundar para melhor desenvolvimento da Psicologia. Dentre essas disciplinas temos: Psicologia Hospitalar, Direito das Relações Sociais, Política Social, Cultura, Clima e Comportamento Organizacional, Fundamentos da Gestão, Psicologia da Família: teoria e técnicas, Psicologia das Organizações e do Trabalho, Saúde do Trabalhador, Produção do Texto Argumentativo, dentre outras.
Na eletiva IV, o aluno, já no nono período, escolherá a sua Ênfase Curricular, ou seja, se tiver interesse no eixo temático de processos de violência, escolherá a disciplina Impactos da Violência na Saúde; se tiver interesse no eixo temático Processos Psicossomáticos, escolherá a disciplina Psicossomática: teoria e práticas.
As demais eletivas fortalecem as Ênfases Curriculares, bem como oferecem conhecimentos em outras áreas de atuação do psicólogo.
OBS.: A disciplina Libras é uma disciplina optativa do curso de psicologia, sendo assim, os acadêmicos que desejarem cursá-la devem optar por ela.
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11 ESTÁGIOS
O Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) visa propiciar um espaço no curso para desenvolvimento de atividades práticas dos acadêmicos, ora denominados estagiários, extensionistas ou pesquisadores do curso.
As atividades de estágio cada vez mais assumem um papel central no norteamento das políticas pedagógicas das instituições de ensino superior no Brasil, sendo assim, ocupam de 15 a 20% da carga horária total do curso. No Curso de Psicologia da UNISUAM são obrigatórias 600 horas de estágio currícular.
Nesse sentido, a UNISUAM, em consonância com sua missão e valores, criou a Central de Estágios como órgão intermediador e integrador dos seus alunos com o mercado de trabalho. Assim, o Curso de Psicologia, orientado pelas Políticas de Estágio da UNISUAM, desenvolve o estágio de acordo com suas características e nas diversas áreas do conhecimento, uma formação profissional compatível com suas diretrizes pedagógicas vinculadas as normas gerais da Central de Estágios UNISUAM.
O estágio supervisionado coloca o aluno em situação real de trabalho, de pesquisa, de desenvolvimento de projetos e de execução de trabalhos práticos, que aprimoram suas habilidades profissionais.
Para formar profissionais atentos às demandas sociais do espaço em que irá atuar, as atividades práticas têm que ser dirigidas para o público-alvo da localidade e da regionalidade em que se insere a instituição de ensino.
O mercado de trabalho no Rio de Janeiro exige profissionais atentos aos graves conflitos sociais decorrentes da superpopulação, do desemprego, da violência, do uso de drogas, do abandono, da discriminação, da urbanização e das dificuldades de acesso a serviços de saúde e de educação.
O Curso de Psicologia da UNISUAM promove o estágio supervisionado por meio de um programa de interação de coordenador, supervisores e estagiários com a realidade da localidade, com as necessidades do mercado, bem como com os avanços tecnológicos e científicos e com as tendências futuras para atuação em contextos de violência e de processos psicossomáticos.
As atividades de estágio são desenvolvidas em dois níveis: básico e específico. a) nível básico: o estágio supervisionado básico é oferecido aos alunos, do
quarto ao sexto período, e tem planejado como atividades acadêmicas visitas programadas, observações, realização de entrevistas com profissionais psicólogos e de áreas afins e elaboração de propostas de intervenções subsidiadas em dados obtidos no campo de estágio. Durante o sexto período, os alunos podem desenvolver atividades relativas à triagem, avaliação e encaminhamento da clientela inscrita junto ao SPA. Após cada atendimento, o estagiário deve reportar-se ao supervisor. No Estágio Básico I, os alunos
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fazem visita e entrevista com profissionais em grupos. No Estágio Básico II e III, os alunos fazem avaliações psicológicas em diferentes contextos (hospitais, clínicas, organizações, etc.); e
b) nível específico: os estágios supervisionados específicos, denominados nesse projeto de Estágios Profissionais, se caracterizam pelo desenvolvimento de habilidades profissionalizantes específicas do perfil de formação de psicólogo, já descritas anteriormente. Cada grupo de estágio conta com um número limitado de no máximo 10 alunos, garantindo, assim, um acompanhamento sistemático da sua formação pelo supervisor de estágio. Os candidatos aos estágios são selecionados por meio de critérios previamente estabelecidos pela equipe de orientadores e/ou supervisores, os quais serão normatizados no Regimento Interno do SPA. Neste nível de estágio, o estagiário desenvolve as atividades práticas, participa de projetos e ações sociais específicos, bem como desenvolve pesquisas em busca de práticas inovadoras para atender à demanda psicossocial de pessoas, de grupo de pessoas, de instituições e de organizações.
O estagiário de Psicologia desenvolve no primeiro momento de estágio profissional uma análise do campo de atuação e a proposta de intervenção. A análise do campo e da proposta de intervenção tem por objetivo assegurar que o estágio seja definido a partir de um conjunto de ações que integre as concepções teóricas desenvolvidas nas disciplinas com as necessidades locais e o emprego de procedimentos e metodologias que lhes são correspondentes. Desse modo, cada projeto, respeitando as suas especificidades, procura assegurar:
a) a elaboração de diagnósticos clínicos, organizacionais, institucionais e comunitários com atenção às relações de violência e de desenvolvimento de doenças psicossomáticas. Tais atividades são desenvolvidas por meio do emprego de observações sistemáticas ou assistemáticas, entrevistas e outras técnicas de avaliação psicológica;
b) a elaboração de relatórios, laudos e/ou pareceres do trabalho realizado e da devolução de informação aos grupos, às pessoas e/ou às famílias; e
c) a elaboração do planejamento de estratégias de intervenção.As atividades de estágio possibilitam o desenvolvimento de práticas em diferentes
contextos de atuação do psicólogo. O acompanhamento no campo de estágio e a supervisão imediata ficam a cargo do psicólogo responsável da área de atuação escolhida pelo acadêmico e os registros acadêmicos, orientação e interlocução comas disciplinas e ênfases do curso ficam a cargo do professor. Todos os estagiários entregam relatórios do trabalho realizado e apresentam oralmente a atividade desenvolvida, sobre as quais incide a supervisão. A avaliação final é feita mediante a entrega de um relatório final do estágio realizado, bem como por meio dos outros processos avaliativos definidos no Manual de Estágio Curricular da UNISUAM.
São estabelecidos convênios entre a UNISUAM e as instituições interessadas no desenvolvimento do estágio, as quais têm um convênio firmado com o Curso de Psicologia da UNISUAM. Parte dessas empresas oferece o estágio extracurricular, em que o aluno é
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supervisionado por um psicólogo da própria empresa, e outras oferecem o campo para estágio curricular, em que o aluno é supervisionado por um profissional do SPA do curso. Note-se que a UNISUAM já tem um número significativo de convênios firmados, o que configura um campo propício para o desenvolvimento das práticas de estágio do Curso de Psicologia. O estágio também é desenvolvido nas dependências do SPA, na Clínica-Escola Amarina Motta (CLESAM), e no Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ-UNISUAM).
O estágio extracurricular não equivale à disciplina de estágio. As horas realizadas complementam o currículo do aluno como atividades complementares.
11.1 Caracterização do estágio profissional
O Estágio Profissional em Psicologia tem por objetivo possibilitar ao aluno desenvolver práticas psi, pesquisas e propor práticas inovadoras no que tange à atuação do psicólogo em processos psicossomáticos ou processos de violência.
O Estágio pode ser na área de atuação que o aluno desejar, desde que seja oferecido pela IES (Clínica, Comunitária, Hospitalar, Organizacional ou Jurídica), tendo ele que se inscrever na Coordenação do SPA no grupo do supervisor desejado, de acordo com as atividades propostas no programa. A ênfase do curso, escolhida pelo acadêmico, é fortalecida nas práticas de estágio.
Ao ser inserido em um programa de estágio, o acadêmico deve desenvolver avaliações, intervenções, projetos de prevenção e pesquisa considerando as técnicas apreendidas no transcorrer do curso, bem como analisar o contexto que se insere e propor práticas inovadoras a partir de sua análise crítica.
Os acadêmicos que optam pela ênfase em Processos de Violência podem desenvolver seus atendimentos no SPA, no NPJ, na Justiça Comunitária (comunidade da Manguinhos) ou em espaços comunitários oferecidos pela comunidade local para desenvolvimento de atividades voluntárias, o que é bastante comum no Rio de Janeiro. Os atendimentos podem ser a pessoas, a grupos de pessoas ou a famílias, dependendo da orientação dada a partir da avaliação realizada. O tempo de atendimento é variável, pois é condizente com a problemática apresentada e a abordagem teórica e técnica que sustenta o atendimento.
Os acadêmicos que optam pela ênfase em Processos Psicossomáticos desenvolvem seus atendimentos e pesquisas no SPA, na Clesam, na Gestão de Pessoas, nas comunidades ou em hospitais do entorno. O trabalho é desenvolvido com atendimentos individuais ou de grupo, de acordo com a indicação feita. As atividades práticas têm em seu bojo um trabalho voltado para diagnóstico, intervenções, prevenção e promoção de saúde e desenvolvimento de pesquisas, objetivando a proposta de práticas inovadoras para atender às demandas psicossomáticas da população local.
Ao final dos Estágios Específicos, os estagiários devem apresentar, dentre outras habilidades e competências, o domínio de técnicas de intervenção na área de concentração escolhida, liderança e tomada de decisão e capacidade de elaborar documentos técnicos de comunicação escrita, bem como de expor em comunicação oral os resultados obtidos em seu estágio.
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O trabalho de final de Curso será um desdobramento dos estudos realizados pelos acadêmicos durante o curso e especialmente durante o estágio. O trabalho é o relato escrito e oral do estudo e prática desenvolvidos e será orientado pelo professor da disciplina Seminários de Pesquisa e pelo supervisor de estágio.
11.2 Avaliação de estágio
O Estágio no Nível Básico é avaliado por meio de relatórios, participação nas supervisões, autoavaliação,, e avaliação escrita e postura profissional.
Quanto ao Estágio de Nível Específico, além das avaliações definidas pela Central de Estágios, na disciplina Estágio Profissional, o estagiário deve se submeter a uma avaliação escrita e apresentar o relatório final do trabalho desenvolvido, com um estudo teórico-prático e uma análise crítica-reflexiva da intervenção realizada, considerando as possibilidades e limites da intervenção e o contexto cultural, social, político, econômico no qual o trabalho foi realizado. O supervisor de estágio deve preencher uma ficha de avaliação individual na qual constará a avaliação de itens imprescindíveis para a atuação profissional qualificada de acordo com o perfil do aluno egresso. Esta ficha deverá ser anexada à Ficha de Avaliação de Estágio, que se encontra a disposição no Manual de Estágio (Central de Estágios). Nas disciplinas de Estágio Supervisionado o aluno obterá resultado final: aprovado ou reprovado.
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12 O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Uma das exigências do Curso de Psicologia da UNISUAM é que o formando apresente no final do curso um trabalho de conclusão, embora não definido nas DCN do curso como obrigatório. Este trabalho é apresentado em forma de artigo científico ou apresentação oral com publicação em resumo de anais em evento científico.
O aluno inicia o desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), a partir do oitavo período até o término do curso. Os temas dos trabalhos finais se destacam pelas ênfases norteadoras do curso. Objetiva-se que o aluno sistematize o seu conhecimento, analise com um olhar crítico-científico uma dada realidade social, efetivando o intercâmbio entre teoria e prática do processo investigativo, o que promove o aprofundamento teórico-prático do formando.
O trabalho de conclusão de curso é uma atividade desenvolvida pelo aluno, orientado pelo professor de Seminário de Pesquisa e por um co-orientador se necessário. O psicólogo que acompanha o aluno no campo também tem participação na atividade de trabalho final de curso, considerando que esse é o profissional que acompanha o acadêmico no ambiente em que são observados os fenômenos psicológicos e sociais que despertam o interesse investigativo do acadêmico. O professor-supervisor deve observar o interesse do aluno por um determinado tema e ajudá-lo na definição do seu problema de pesquisa. O supervisor de estágio tem a função de propiciar ao aluno a articulação da prática com o desenvolvimento da Psicologia enquanto ciência. No último ano de curso, o discente deve cumprir as disciplinas Seminários de Pesquisa I e II, e neste momento é orientado pelo professor da disciplina no procedimento da pesquisa e no levantamento de dados. No final das disciplinas, apresenta os resultados parciais (Seminários de Pesquisa I) e os resultados finais e encaminhamento para publicação (Seminários de Pesquisa II). Esta disciplina será conduzida por um grupo de professores-pesquisadores. Os acadêmicos podem desenvolver seu trabalho em grupos ou individualmente e também podem optar por co-orientadores, caso necessário. A avaliação do trabalho é realizada por uma comissão científica externa (de periódico ou evento científico) e por professores de Pesquisa do curso.
O conceito final indicará se o trabalho está aprovado ou não, de acordo com o cumprimento do mínimo exigido; caso não seja aprovado, o aluno deverá se inscrever novamente na disciplina Seminários de Pesquisa II para reapresentação do estudo.
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13 AS ATIVIDADES DE EXTENSÃO E DE PESQUISA
As atividades de extensão e pesquisa são disponibilizadas para os acadêmicos interessados com o objetivo de aprofundar e aprimorar os seus conhecimentos em determinadas áreas da Psicologia, propiciando um espaço de intervenção social e de investigação científica para o nosso corpo acadêmico. Essas atividades somam-se como horas de atividades complementares e fazem parte do currículo do aluno.
Ao final do curso, o aluno de Psicologia deverá ter computado um mínimo de 200h de atividades complementares para efetivar sua colação de grau.
13.1 Extensão
As atividades desenvolvidas na extensão universitária permitem aos alunos vivenciarem sua futura profissão, enriquecem os programas do curso e fortalecem as relações da academia com a comunidade.
Na prática, as atividades traduzem-se em mecanismos adquiridos pelo estudante por meio projetos e ações sociais, eventos científicos e culturais ou em programas e cursos oferecidos. A Extensão Universitária não pode apenas se somar ao curso, mas interagir com as demais atividades de formação desenvolvidas, tornando-se essenciais para que os estudantes aprendam a construir o próprio conhecimento, saibam tomar decisões e responder por elas, adquiram ética profissional, desenvolvam comportamento empreendedor, entre outras competências.
Outra função muito importante da Extensão é o desenvolvimento dos conteúdos programáticos nas diferentes modalidades de ensino dentro de um contexto amplo para a formação global, dando ênfase às atividades que promovem novas opções de trabalhos inter e multidisciplinares. Para que isso ocorra, a Extensão deve se integrar à organização curricular do projeto pedagógico do curso, sendo previstas desde o início de sua elaboração. Se as atividades forem incluídas de forma aleatória sem um documento de orientação que apresente uma gama de possibilidades e agregue valor ao curso e ao currículo, não há efeito prático. Elas devem ser concebidas de forma que o aluno construa seu próprio portfólio de atividades, direcionando-as de acordo com a formação que deseja para si.
O desenvolvimento dessas atividades é responsabilidade de toda a comunidade acadêmica, desde os mantenedores, que delegam responsabilidades e viabilizam os recursos, até coordenadores, professores, pessoal acadêmico-administrativo e, finalmente, do aluno, que passa a enxergar a construção de sua formação de uma forma concreta e terá mais subsídios para assumir responsabilidades por ela.
O curso de Psicologia do Centro Universitário Augusto Motta exige dos discentes uma carga horária de 200h de atividades complementares para sua formação que podem ser alcançadas por meio de atividades extensionistas.
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O aluno de Psicologia é estimulado ao intercambio acadêmico, cultural e social por meio de atividades em outras instituições: Congressos, Fóruns, Palestras, Programas Culturais e outros. Além dessas atividades, são desenvolvidos projetos sociais e de pesquisa do Curso de Psicologia, vinculado à Coordenação de Extensão e à Coordenação de Pesquisa, que possibilitam o intercâmbio com a comunidade acadêmica da UNISUAM e com a comunidade local. As atividades consideradas relevantes para a formação do psicólogo UNISUAM estão descritas no formulário de Atividades Complementares. Seguem as propostas de atividades que são desenvolvidas pelo Curso de Psicologia para integralizar os demais projetos extensionistas que existem na Instituição.
a) o intercâmbio educativo
A troca de experiências entre alunos tem se mostrado fator significativo no desenvolvimento da Psicologia. Percebendo a necessidade da interação para o desenvolvimento da Psicologia, o Curso de Psicologia da UNISUAM incentiva os alunos a participarem de eventos regionais e nacionais. Essa iniciativa vem sendo implantada desde o início do curso, e o envolvimento do aluno é muito importante para a sua formação.
b) o encontro da comunidade acadêmica do curso de Psicologia
Na reunião semestral da coordenação com representantes de turma de 2012.2, os representantes colocaram a necessidade de um encontro dos alunos com a coordenação do curso semestralmente para esclarecimentos de dúvidas que os alunos têm em relação ao curso e também como uma forma de criar um espaço acadêmico de encontro dos alunos de diferentes turmas e turnos. Em março de 2013, aconteceu o I ENCONTRO DA COMUNIDADE ACADÊMICA DO CURSO DE PSICOLOGIA, e teve presença maciça dos alunos, com muita participação. Em março de 2014 tivemos o II ECAPSI (II Encontro da Comunidade Acadêmica do Curso de Psicologia).
c) os debates Psi em Foco
Os Debates Psi em Foco são constituídos de encontros que promovem contribuições científicas para o corpo discente e o docente. O projeto foi implantado em 2012 e a proposta é de realizar reuniões anuais, em um auditório da UNISUAM, durante oito horas, nos turnos da manha e da noite.
Os Debates Psi em Foco têm por objetivo ampliar os conteúdos desenvolvidos no Plano Curricular do Curso de Psicologia, por meio de atividades complementares orientadas por profissionais convidados para debaterem filmes, artigos etc. que tratem dos conteúdos da formação do Psicólogo. Os eventos contam com professores e alunos de diferentes períodos e cursos. Sendo assim, conteúdos teóricos apreendidos em períodos iniciais do Curso são integrados com conteúdos de disciplinas técnicas e práticas em
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debates propostos entre profissionais, professores de diferentes disciplinas, bem como pelos alunos. Nesses eventos podem ser convidados, também, professores de outros cursos da UNISUAM com o objetivo de estudar interdisciplinarmente um referido tema.
Os temas abordados são condizentes com os conteúdos programáticos do curso: história da psicologia, práticas interdisciplinares, violência, urbanismo, uso e prevenção de drogas, conflitos familiares, doenças psicossomáticas, ambiente e sustentabilidade, erradicação da pobreza e outros que forem de interesse do corpo discente e contribuam para o desenvolvimento da Psicologia. O evento teve seu início em março de 2012 e contou com a participação de 150 acadêmicos do curso e de outros cursos da IES. O primeiro debate foi conduzido pela professora Patrícia Constantino sobre o filme “Lixo Extraordinário”.
d) os fóruns de práticas PsiUNISUAM
Os Fóruns são eventos que aconteciam semestralmente, mas por serem compostos de apresentação de resultados de projetos de pesquisa e de extensão, considerou-se relevante que ocorressem uma vez por ano. Sendo assim, de 2012 em diante passamos a apresentá-los anualmente. Considerando uma prática que acrescenta significativamente para o desenvolvimento acadêmico, os Fóruns PsiUNISUAM são eventos organizados pelos acadêmicos, coordenador do SPA e coordenador do Curso, com objetivo de trocas de experiências, relatos e discussão de casos, discussão de teorias e procedimentos de intervenção, etc. O objetivo dos fóruns é promover um ambiente de consensos e confrontos no desenvolvimento das práticas desenvolvidas pelo corpo acadêmico da UNISUAM na comunidade local. Os fóruns acontecem na semana UNISUAM de Psicologia no segundo semestre de cada ano.
e) a Semana da Psicologia
Desde o início do curso, a UNISUAM promovia a Semana da Saúde, no qual os cursos de saúde desenvolviam palestras, mesas-redondas, oficinas etc. Porém em 2012, por ser a comemoração dos 50 anos da Psicologia no Brasil e por uma demanda dos alunos de vários temas para inserir na Semana, foi dado início ao evento SEMANA DE PSICOLOGIA, sob o tema Violência e Saúde. A primeira Semana de Psicologia aconteceu incluindo o dia 27 de agosto, e teve significativa aderência dos alunos. Noventa por cento dos alunos estavam inscritos na Semana e outros participaram sem inscrição, por terem perdido o prazo de inscrição no sistema. Considerando a relevância da semana pelos alunos e professores, ficou determinado que teriamos anualmente uma edição do evento.
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f) eventos culturais
Os eventos culturais contribuem para alcançar os objetivos propostos no PPC, visto que propiciam conhecimentos que são fundamentais para a compreensão dos fenômenos sociais e psicológicos da sociedade brasileira.
Os eventos são realizados no Centro Cultural da UNISUAM - CCULT. Já tivemos várias exposições organizadas no CCULT pela Psicologia, como a I Jornada Brasileirafro (2010, 2011), II Jornada Brasileirafro e a Exposição do Museu da Saúde: História da Loucura (2012).
A Jornada Brasileirafro em 2010 contou com a participação de mais de 500 pessoas da comunidade local, de outras IES, além de nossos alunos, professores e funcionários. Em 2011, foi realizada a segunda edição da Jornada Brasileirafro, com mais de 1000 participantes. Neste encontro contamos com a presença do Sr. Elói Ferreira, presidente da Fundação dos Palmares e ex-ministro de Igualdade Racial, e com a participação do Sr. Paulo Santos, presidente do Cedine. Em 2012, a Pró-Reitoria de Ensino considerou o evento de relevância institucional e este passou a ser um evento institucional.
g) eventos sociais
Consideramos que a interação social do corpo acadêmico propiciará um ambiente mais acolhedor e agradável para o desenvolvimento da Psicologia na UNISUAM. É nosso intuito integrar o corpo docente e discente, bem como integrar acadêmicos de diferentes cursos, para que possamos alcançar nossos objetivos.
Passeios do grupo, atividades esportivas e outros eventos sociais devem ser estimulados, propiciando o compromisso do grupo com o grupo, favorecendo a solidariedade necessária para o desenvolvimento das atividades pedagógicas de acordo com a metodologia proposta neste projeto.
A Coordenação de Eventos, a Coordenação de Extensão e a Diretoria de Comunicação atuam junto à Coordenação de Psicologia para alcançarmos os resultados desejados.
Desde 2011, é realizada a festa do Dia do Psicólogo.Em 2012, o dia do Psicólogo foi comemorado na I Semana de Psicologia, no dia
27 de agosto. A semana foi lançada a pedido dos alunos para registrar os 50 anos da Psicologia no Brasil. Desde então, a festa comemorativa do Dia do Psicólogo passou a integrar as atividades da Semana da Psicologia.
h) ações sociais
A Coordenação de Psicologia, por meio de parcerias com outras entidades, vem abrindo um espaço para desenvolver inicialmente projetos sociais em que os acadêmicos, desde o primeiro período do curso, possam estar envolvidos, prestando serviços para
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as comunidades locais. Esta iniciativa tem sua origem na observação da necessidade de desenvolver a cidadania dos jovens acadêmicos brasileiros, bem como da classe social menos favorecida financeiramente, que não tem conhecimento para primar pela sua cidadania e pelos seus direitos.
Assim que o discente ingressa na instituição ele já faz parte do primeiro programa social de boas-vindas ao aluno ingresso, desenvolvido pelo Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NAPP), e também atividades de voluntariado. Em janeiro de 2011, os alunos junto com a coordenação, participaram da Ação Social SOS Região Serrana, em parceria com a LBV. Nos anos 2012, 2013 e 2014 participamos das seguintes ações sociais: Estação Saúde (projeto social estação conhecimento da Vale do Rio Doce) – Engenhão; Feira de Saúde e Cidadania do Salgueiro – Quadra da Escola de Samba do Salgueiro; Ação Social Cidadania vascaína – São Januário; Semana de Atenção ao Diabético (SAD) RJ em UPP e Associação Carioca dos Diabéticos (ACD) na Comunidade da Mangueira – Quadra de Samba da Mangueira; Ação Social Interdisciplinar de Saúde e Cidadania de Bonsucesso. Esta última é uma ação organizada pelo Curso de Psicologia e acontece anualmente na Praça das Nações em Bonsucesso.
i) projetos sociais, projetos de pesquisa e projetos de ensino do Curso de Psicologia
Atualmente contamos com projetos sociais vinculados ao curso de Psicologia de significativo impacto social, que são desenvolvidos por professores e acadêmicos do curso, a saber: Projeto Transformando: ressignificando vidas nas prisões; Projeto de Prevenção de Tráfico de Pessoas; Projeto Mulher; Projeto Bebel; Projeto do Teatro; Projeto Jockey Club, todos em funcionamento nos arredores e com, em média, 30 alunos envolvidos. A proposta para 2015 é de ampliarmos o campo de ação dos projetos. Temos ainda dois projetos de pesquisa: Avaliar os impactos do grupo de reflexão no desenvolvimento de habilidades sociais e Avaliação do estresse em trabalhadores de um Centro Universitário desenvolvidos no curso de Psicologia. Em 2013, fomos contemplados com uma bolsa de iniciação científica do Mestrado, em que um aluno do curso de Psicologia participa de pesquisa financiada pela CAPES.
Além dos projetos de sociais e pesquisa, passamos a oferecer a partir de 2014 os projetos de ensino com o objetivo de aprofundar os conhecimentos teóricos e técnicos para melhoria da qualidade de intervenções praticas no SPA. Atualmente contamos com os seguintes Projetos de Ensino: Projeto ENADE; Projeto Estreitando Relações com os Órgãos de Classe; Grupo de Estudos em Gestalterapia; Grupo de Estudos de Psicologia Organizacional.
A Direção de Registros Acadêmicos fica responsável pela computação da Carga Horária das Atividades a partir de um formulário próprio.
A tabela de atividades complementares pode ser alterada a qualquer tempo, em consonância com a melhor aplicação para a formação dos acadêmicos. As atividades que porventura não constarem na agenda de atividades complementares só serão consideradas para fins de atribuição de carga horária se o evento corresponder aos
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objetivos de aprimoramento acadêmico, tal como definido no item 1 das normas de atividade complementar, sob juízo do coordenador do curso;
É vedado o preenchimento de carga horária global mínima com um só tipo de atividade.A carga horária cumprida nas atividades extensionistas e de pesquisa é registrada em
horas no histórico escolar do aluno. As atividades internas são computadas na internet e o próprio sistema registra no histórico do aluno, a partir da entrega do canhoto de inscrição no dia da atividade. As atividades externas devem ser apresentadas (comprovante) na Secretaria para análise da coordenação e registro de horas, se aprovadas.
Os casos omissos no regulamento de Atividades Complementares serão resolvidos pelo Colegiado do Curso.
13.2 Pesquisa
A UNISUAM oferece aos seus alunos um ensino voltado para a formação de profissionais de qualidade, que possuam autonomia e inventividade e sintam-se comprometidos com o desenvolvimento do ser humano e da comunidade. Atendendo à demanda do século XXI, a IES vem apoiando e incentivando a integração do ensino, pesquisa e extensão em nível institucional. Por isso, tentando desempenhar o papel que lhe cabe no contexto social no qual se insere, e buscando avançar na construção do seu projeto institucional, identificando sua vocação e seus compromissos sociais, define como uma de suas prioridades: intensificar e aprimorar a produção do conhecimento científico por meio do estabelecimento de iniciativas de políticas internas de fomento e divulgação da pesquisa, da busca de parcerias e da criação de processos contínuos de avaliação da qualidade e da relevância das atividades de pesquisa em curso.
13.2.1 Programa de Iniciação Científica
O Programa de Iniciação Científica do Centro Universitário Augusto Motta (PIBIC/UNISUAM) objetiva o desenvolvimento de atividades científicas de alunos regularmente matriculados nos cursos de graduação.
O Programa pretende contribuir para a formação de discentes em pesquisa, desenvolvimento e inovação, por meio do aprendizado de técnicas e métodos científicos e tecnológicos. As atividades desenvolvidas pelos alunos bolsistas do PIBIC/UNISUAM nos Projetos de Pesquisa são coordenadas pelo Professor Orientador, que fica subordinado diretamente à Coordenação de Pesquisa.
13.2.2 Pesquisa no Curso de Psicologia
O Curso de Psicologia da UNISUAM desenvolve projetos de pesquisa, fundamentados na política de pesquisa UNISUAM, considerando dois grandes grupos, que nortearão as pesquisas do curso. Atualmente, desenvolvemos duas pesquisas promovidas pelo curso
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e uma pesquisa desenvolvida em parceria com o Mestrado em Desenvolvimento Local. Os Grupos de Pesquisa encontram-se cadastrados no CNPq e as pesquisas desenvolvidas contam com a aprovação do CONEP/MS. Os resultados desses estudos propiciarão as diretrizes para implantação de projetos sociais de intervenção com a população investigada.
Com o objetivo de despertar o espírito científico de nossos alunos, o Curso de Psicologia oferece disciplinas de pesquisa do segundo ao quinto ano de curso. No terceiro período do curso é oferecida a disciplina Conexões Psi III, em que o aluno, junto à professora, deve desenvolver um projeto de pesquisa no formato de apresentação do edital da UNISUAM. Nesse mesmo período o aluno já insere seu currículo na plataforma lattes, o que viabiliza a participação de editais de pesquisa de órgãos de fomento. Posteriormente, o acadêmico cursa a disciplina de Pesquisa em Psicologia, Seminários de Pesquisa I e Seminários de Pesquisa II. O professor-supervisor de estágio também articula com o aluno a sua prática com problemas e hipóteses de pesquisa, bem como o estudo bibliográfico do tema a ser investigado.
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14 AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO
Considerando-se que a avaliação é um instrumento que permite ao coordenador do curso e ao Núcleo Docente Estruturante (NDE) mensurarem os resultados obtidos e propor estratégias de ação para sanar os pontos fracos e considerando também que a probabilidade de erros no processo avaliativo é real, devido às variáveis não controladas no processo, procurou-se avaliar a implantação do curso por diferentes instrumentos e atores e comparar resultados para que seja mais preciso e, a partir daí, propor estratégias de ação mais eficazes (método comparativo). Sendo assim, procuramos considerar a relevância da avaliação interna e externa, realizada por diferentes atores do processo (método 360º), por ser um método participativo e democrático e a autoavaliação como referencias para propor mudanças na implantação do curso.
14.1 Avaliação interna
No que tange à Avaliação Interna, a UNISUAM, preocupada com o aprimoramento da qualidade do processo ensino-aprendizagem, periodicamente convida docentes e discentes para participar do processo de avaliação, visando à determinação e/ou reformulação das práticas acadêmicas. Os resultados vêm sendo fornecidos de forma geral, porém considerando as necessidades específicas de cada curso, no PDI 2012-2016 já se encontram as diretrizes para uma avaliação por curso, o que propiciará um retrato mais real. Além dessa avaliação, a coordenação do curso efetiva anualmente mais duas avaliações. Uma avaliação do curso pelo NDE e outra realizada pelas turmas de Psicologia.
Avaliação 1 - São convidados a participar do processo, no momento da matrícula, todos os alunos que estão matriculados no curso. Com relação ao corpo docente, são convidados a participar do processo todos os professores que lecionam alguma disciplina e que no momento da avaliação, prestam serviços à Instituição. Da mesma forma são convidados todos os colaboradores técnico-administrativos em exercício no momento da avaliação.
O processo está estruturado em duas etapas de acordo com as Instruções de avaliação dos cursos de Graduação (2007): 1ª ETAPA - O aluno avalia o Centro Universitário, seu Curso e cada uma das disciplinas cursadas pelo aluno e seus respectivos professores; 2ª ETAPA - O professor avalia o Centro Universitário e os Cursos em que leciona.
Em cada uma dessas duas etapas são levantados atributos relacionados ao perfil do respondente tais como: idade, sexo, estado civil, local de moradia, tempo de deslocamento até a UNISUAM, faixa de renda, grau de acesso à Internet, possibilitando uma avaliação do perfil de cada um dos públicos: docente ou discente.
Utilizamos instrumentos, constituídos de questionários, especificamente elaborados para cada uma dessas etapas, sendo solicitada aos respondentes a atribuição de uma nota numa escala de 1 a 5 para cada um dos atributos avaliados.
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No caso dos atributos relacionados à autoavaliação e avaliação das disciplinas por alunos e professores, da avaliação dos professores pelos alunos e da avaliação dos alunos pelos professores, bem como, para a freqüência de participação dos professores em atividade extraclasse, essas notas são associadas às seguintes categorias: nunca = nota 1, raramente = nota 2, na média = nota 3, quase sempre = nota 4 e sempre = nota 5.
Para os atributos relacionados aos aspectos gerais do Centro Universitário e dos Cursos ministrados, para a proposta didático-pedagógica adotada, coordenadores e funcionários em geral e para os aspectos gerais e específicos das instalações, bem como, para a infraestrutura e apoio da Instituição, essas notas são associadas às seguintes categorias: muito fraco = nota 1, fraco = nota 2, regular = nota 3, bom = nota 4 e muito bom = nota 5.
Avaliação 2 - Avaliação efetuada pelo NDE do Curso, segundo dimensões organizadas com base no Instrumento Único de Avaliação dos Cursos de Graduação (Brasília/DF/maio de 2006), desenvolvido pela CONAES e pela DEAES, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Essa avaliação contempla: organização didático-pedagógica; corpo docente, discente e técnico-administrativo e instalações físicas. Cada dimensão é organizada por grupos de indicadores que possibilitam uma análise de caráter qualitativo e quantitativo.
Avaliação 3 - É necessário considerar que a avaliação do curso realizada pelos acadêmicos como elemento de intervenção no processo social de ensino-aprendizagem é de grande valia. Sendo assim, em 2013, foi elaborado um questionário que será aplicado, anualmente, às turmas, como um instrumento quantitativo de avaliação da implantação do projeto, buscando analisar a cada ano as habilidades e competências alcançadas pelos acadêmicos. Será utilizada uma escala gráfica em que a turma assinala se a competência foi alcançada, está sendo ou ainda não foi alcançada. Esses resultados serão comparados com os estudos realizados pelo NDE das competências a serem alcançadas a cada ano e a avaliação do colegiado do curso. A avaliação será aplicada anualmente aos alunos que já completaram pelo menos um ano de curso (800h). A análise dos resultados do processo de avaliação fornece subsídios para que os membros do NDE possam desenvolver estratégias e programar mudanças para reverter as imperfeições encontradas, e também incentivar as práticas positivas. Desta forma, processos acadêmicos podem ser constantemente revistos e reformulados para contribuir, de forma sistêmica, com a elevação do nível de qualidade do Curso.
O relatório final será apresentado e discutido, em forma de seminário, com alunos e professores no Encontro da Comunidade Acadêmica de Psicologia.
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14.2 Avaliação externa
O Curso de Psicologia foi submetido à avaliação externa, realizada in loco por uma comissão de avaliadores do INEP para autorização de funcionamento do curso, em 2008, com objetivo de fornecer uma visão crítica de profissionais que convivem em diferentes universos institucionais. Dessa avaliação, que resultou em conceito 4, tivemos como crítica a sala de reunião do NDE, que era pequena e sem janela e a sugestão da inclusão de uma disciplina de Análise do Comportamento na estrutura curricular. Hoje temos uma sala ampla para reunião do NDE e a disciplina foi incluída como eletiva, para não haver desequilíbrio entre a carga horária distribuída na estrutura, e foram realizadas mudanças na estrutura curricular para atender às exigências dos avaliadores e às mudanças sociais. Em 2013, fomos avaliados pelo Ministério de Educação para reconhecimento de nosso curso e obtivemos conceito 5, conceito máximo concedido pelo MEC. O curso de Psicologia da UNISAUM foi conceituado como um curso de qualidade máxima em relação aos outros cursos do Rio de Janeiro e do Brasil.
Outra forma de avaliação externa é o ENADE, do qual participaremos no segundo Semestre de 2015.
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15 O PERFIL DO EGRESSO
O Centro Universitário Augusto Motta direciona os seus cursos para que os egressos estejam cientes de sua responsabilidade social, a partir de uma postura profissional que esteja vinculada à melhoria de vida da população; tenham uma visão ampla de sua atuação profissional, seus deveres e direitos; sejam capazes de exercer uma cidadania ativa e crítica, conscientes de sua importância para o desenvolvimento e transformação da sociedade; utilizem conhecimentos fundamentados em sua formação, com a perspectiva humanística, holística e profissional e sua respectiva contribuição social; estejam aptos a desenvolver práticas inovadoras que precisam ser permanentemente reinventadas; construam, na diversidade de ações, habilidades e competências capazes de desenvolver projetos em equipes multidisciplinares; desenvolvam as competências necessárias à boa condução de suas carreiras agregando valores pessoais aos organizacionais; reconheçam a importância de observar, entender e desenvolver o potencial humano, numa visão holística em que se identifiquem forças e fraquezas e construam-se estratégias para trabalhar pontos fracos; estejam aptos a sentir-se parte integrante de um grupo, e por isso assumam com serenidade e de forma crítica o que lhes compete individualmente para o sucesso do trabalho coletivo; reconheçam a importância das tecnologias de informação e comunicação como ingredientes que orientem sua prática profissional a fim de torná-la mais eficiente (MOTTA NETTO et al., 2012, p.44).
Atendendo às diretrizes curriculares nacionais e ao Plano de Desenvolvimento Institucional da UNISUAM, ao terminar o curso o egresso de Psicologia deve ter os seguintes conhecimentos e capacidades:
a) capacidade para identificar o objeto de estudo da ciência Psicologia e reconhecer que a “intervenção psi” faz um recorte na realidade;
b) conhecimento teórico consistente que permita fazer a leitura de conflitos humanos, considerando o contexto social, político e econômico do grupo, bem como as transformações de nossos tempos;
c) atitude investigativa que favoreça o processo contínuo de produção de conhecimento, de técnicas e de procedimentos de análise;
d) capacidade crítica para analisar a realidade sociocultural na qual desenvolverá as atividades de investigação e práticas psi;
e) capacidade para analisar os fatores que conduzem pessoas e grupos a comportamentos somáticos e violentos;
f) capacidade de interagir com a comunidade para análise e discussão dos conflitos psicológicos em interface com os biológicos, ambientais, sociais e econômicos;
g) capacidade de compreender a multicausalidade dos fenômenos humanos e sociais, possibilitando a atuação preventiva e curativa em constante diálogo com as ciências afins (interdisciplinaridade);
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h) capacidade de diagnosticar, planejar e desenvolver ações de intervenção, considerando as diferentes necessidades das pessoas ou dos grupos;
i) capacidade de buscar e criar novas alternativas de práticas psi;j) capacidade para participar ativamente nas políticas públicas de saúde com
proposições de ações, que releve a qualidade de vida das pessoas e dos grupos de pessoas;
k) capacidade para liderar grupos tendo em vista o bem-estar das pessoas.l) capacidade de nortear suas ações por princípios éticos, considerando o
respeito aos direitos humanos e à cidadania;m) capacidade de estabelecer relações entre as atividades desenvolvidas em
ensino, pesquisa e práticas profissionais;n) capacidade para utilizar os recursos tecnológicos para aprimoramento
acadêmico e prática profissional;o) capacidade de desenvolver-se em educação continuada; ep) capacidade para desenvolver projetos sociais que considerem a
sustentabilidade e a preservação ambiental.
Ao longo do curso, por meio de disciplinas obrigatórias, eletivas, atividades complementares (visitas, observações, discussões, conferencias, projetos sociais e outras atividades acadêmicas) e estágios, o aluno deve desenvolver competências básicas para:
a) analisar o campo de atuação do psicólogo e seus desafios contem porâneos, identificando conceitos teóricos da psicologia que fundamentam diferentes formas de analisar uma situação;
b) analisar o contexto em que atua, suas dimensões institucional e organizacional, bem como atuar profissionalmente na promoção da saúde, do desenvolvimento e da qualidade de vida dos indivíduos, famílias, grupos, organizações e comunidades;
c) propor estratégias de ação específicas, considerando as características das situações com as quais se depara, e relevando o contexto sociocultural que se inscrevem, bem como propor estratégias de ação inovadoras consistentes e fundamentadas teoricamente;
d) administrar, gerenciar e liderar grupos, tendo em vista as diferenças individuais e o bem estar da comunidade;
e) realizar diagnóstico e avaliação de processos psicológicos de indivíduos e de grupos, bem como elaborar documentos técnicos de comunicação de resultados, projetos de intervenção e realizar orientação e psicoterapia, considerando os referenciais teóricos e as características da população;
f) identificar, definir e formular questões de investigação científica, vinculando-as a decisões metodológicas quanto à escolha de instrumentos, coleta e análise de dados em projetos de pesquisa, bem como apresentar e discutir os resultados com a comunidade científica e local;
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g) gerar conhecimento a partir da prática profissional, elaborando e divulgando relatos científicos;
h) atuar inter e multiprofissionalmente, sempre que a compreensão dos processos e fenômenos envolvidos assim o recomendar, propiciando o desenvolvimento de vínculos interpessoais requeridos para a atuação profissional; e
i) avaliar fenômenos humanos de ordem cognitiva, comportamental e afetiva, em diferentes contextos, e desenvolver ações de prevenção, promoção e reabilitação da saúde psicológica e psicossocial, tendo capacidade para propor ações de promoção da qualidade de vida, relevando os contextos familiares e processos de adoecimento.
As competências básicas para a formação devem apoiar-se nas habilidades gerais de:a) fundamentar suas investigações e práticas psi, por meio do levantamento, leitura
e interpretação de informações bibliográficas coletadas, convencionalmente ou por meio eletrônico, em fontes científicas primárias e secundárias;
b) utilizar o método experimental, de observação e outros métodos para investigação científica;
c) planejar, aplicar e interpretar resultados de técnicas e instrumentos de avaliação com finalidade de investigação psicológica em diferentes contextos;
d) planejar e realizar projetos de intervenções psicoterapêuticas em indivíduos, grupos e comunidades;
e) planejar e utilizar diferentes técnicas de intervenção psicoterápica, de acordo com prévia análise da pessoa ou grupo a que se destina;
f) analisar, descrever e interpretar relações entre contextos e processos psicológicos e comportamentais;
g) descrever, analisar e interpretar manifestações verbais e não verbais como fontes primárias de acesso aos processos e fenômenos psicológicos;
h) utilizar os recursos da matemática, da estatística e da informática para a análise e apresentação de dados;
i) planejar e desenvolver pesquisas, bem como relatar seus resultados em público;
j) apresentar e discutir os resultados de pesquisa e a proposição de intervenções profissionais em equipes interdisciplinares, relevando os princípios da ética e dos direitos humanos; e
k) planejar e executar ações sociais e/ou educacionais, desenvolvendo a responsabilidade social e a educação continuada.
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REFERÊNCIAS
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BRASIL. Ministério de Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução nº 2, de 18 de junho de 2007. Dispõe sobre a carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 jun. 2007. Seção 1, p. 6.
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MOTTA NETTO, A. M. et al. Plano de Desenvolvimento Institucional: 2012-2016.Rio de Janeiro: SUAM, 2012.
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