DC Magazine - 19 de Fevereiro

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DC Magazine DIRECTOR ADRIANO LUCAS NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE 22 DE AGOSTO DE 2008 SEXTA-FEIRA SUPLEMENTO SEMANAL Diário de Coimbra 19 DE FEVEREIRO DE 2010 SEXTA-FEIRA SUPLEMENTO SEMANAL Joana Martins DC Magazine O que reúne em palco este novo espectáculo? Marina Mota É um espectáculo cujo conceito deriva do teatro de revista, composto por uma série de rábulas recheadas de humor e com muita crítica social e política. Fala dos nossos direitos e de certa forma é uma chamada de atenção em relação a uma série de coisas que estão erradas em Portugal, como por exemplo situações de violência doméstica, que aqui são retratadas numa rábula. Resumindo, o público pode esperar deste espectáculo muito humor, música e dança. DCM Como tem sido o feedback do público que já assistiu? MM Fantástico! Desde o início que temos vindo a esgotar os vários sítios por onde temos passado com este espectáculo. O público diverte-se muito e é mesmo esse o nosso objectivo, mas também ficam mais atentos nas partes onde é suposto isso acontecer. O “Isto agora… ou vai ou Marcha!” termina com uma fusão entre hip-hop e marchas populares e em todos os lados os espectadores têm batido palmas de pé enquanto cantam em coro connosco. DCM Acha que o público está mais afastado do teatro hoje em dia? MM Por aquilo que tem sido a minha experiência desde Outubro, quando saímos em digressão com este espectáculo, não diria isso. Em Alverca, por exemplo, tínhamos duas sessões agendadas e tivemos que fazer um espectáculo extra para responder a tamanha solicitação do público. Portanto, dado isso e as casas que temos enchido não sinto qualquer crise por parte do público em relação ao teatro. Por vezes o que acontece é que acho que as pessoas têm receio de gostar daqui- lo que é nosso. Este é um espectá- culo genuinamente português, que retrata aquilo que é Portugal. DCM Acha que se perdeu um pouco a tradição de fazer teatro de revista? MM Não se perdeu a tradição, fal- tam é teatros disponíveis para levar a cabo os projectos de teatro de revista e faltam também os apoios a este género que é genuinamente português e que nunca recebeu aju- das como o outro teatro. Portanto, actores e público não faltam, apenas não existem apoios. Não podemos esquecer que o teatro de revista comporta uma componente cénica difícil de transportar. Para fazermos do “Isto agora… ou vai ou Marcha!” um espectáculo itinerante transpor- tamos o cenário em três carrinhas e mesmo assim tivemos a preocupa- ção de ter um cenário que se pudes- se adequar a palcos menores, o que nem sempre acontece, e a monta- gem depois também é complicada. DCM Estreou-se no fado em 1973 e desde então já lançou vários álbuns, o último dos quais em 2006. Vai continuar a apos- tar na sua carreira musical? MM Não me parece, pelo menos não brevemente. Em 2006 gravei o disco “Estados de Alma”, ao vivo, com 52 músicos, que acho que era algo que, até então, nunca tinha acontecido no nosso país e não é nada comum em Portugal. Ainda assim, à excepção de algumas rádios locais, o meu trabalho não passou nas rádios e um trabalho discográfico não se faz para depois ninguém o ouvir, portanto acho que tão cedo não terei vontade de me dedicar a outro álbum. DCM Já participou em telenove- las e protagonizou programas de humor, como o “Ora Bolas Marina”. Qual destas experiên- cias é mais gratificante? MM Programas como o “Ora Bolas Marina” foram um grande privilégio e por vezes também significavam ter de fazer personagens bastante diversificadas, como no teatro de revista. A dificuldade por vezes pode ser o facto de não podermos estender aquela personagem mais de dez minutos e por isso é mais difícil fazê-la credível aos olhos do público. Na novela isso já não acon- tece e temos muito mais tempo para credibilizar e construir a per- sonagem. Acho que ambas são experiências gratificantes. DCM A televisão é uma paixão maior que o teatro? MM É diferente. A televisão é um veículo mais promocional para o sector artístico, mas eu também gosto muito de sentir o carinho do público ao vivo e a cores. DCM Nunca pensou regressar à televisão? MM Os directores das estações de televisão sabem que eu existo e se não me chamam para fazer televi- são é porque não me consideram útil para as suas programações e grelhas. DCM Quem são as suas gran- des referências no teatro? MM Quando me estreei no teatro de revista aos 19 anos não era espectadora assídua daquele gé- nero teatral e, assim sendo, nunca tive referências. Considero as min- has referências os colegas com quem trabalho e que admiro e com quem vou também aprendendo todos os dias. Podia aqui salientar a Eduarda Silva, a Manuela Maria, o Eugénio Salvador, o Henrique Santana, a Maria João Abreu e o José Raposo, entre tantos outros. Cada uma das pessoas com quem trabalhei foi importante para a minha carreira e acho que actual- mente a mistura de gerações é cada vez menor e falta uma gran- de dose de humildade a muitas pessoas que agora começam as suas carreiras e que não percebem a efemeridade deste mundo. A mim interessa-me ser um bom ser humano e o lado artístico vem por acréscimo. DCM Que projectos se seguem quando terminar esta digres- são? MM Começámos em Outubro, por- tanto ainda estamos a digerir este espectáculo, mas penso que quan- do ele terminar eu vou querer des- cansar e depois se verá o que acontece. l “Gosto muito de sentir o carinho do público ao vivo e a cores” Marina Mota regressa aos grandes palcos com “Isto agora… ou vai ou Marcha!”, um espectáculo assente no teatro de revista que tem esgotado salas um pouco por todo o país Carlos Cunha e Marina Mota protagonizam o espectáculo que está amanhã e depois em Coimbra D.R. “Isto agora… ou vai ou Marcha!” no Gil Vicente “Isto agora… ou vai ou Marcha!” é o nome do teatro de revista que conta no elen- co com as participações de Marina Cunha, Carlos Cunha, Rui de Sá, Sara Brás, Flávio Gil e Marisa Carvalho. Sintetizando, humor, crítica social e política, música e dança, “Isto agora... ou vai ou Marcha!”, aborda os momen- tos mais importantes da actualidade política e social, como é característica da revista à portuguesa. Em cima do palco estarão ainda um grupo de seis bailarinos (quatro mulheres e dois homens) coreografado por Marco de Camillis. O guarda- roupa é de Helena Reis. Da responsabilidade da Marina Mota Produções, a peça esta- rá em cena no Teatro Académico Gil Vicente ama- nhã às 21h30 e no domingo às 16h30. l

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Suplemento semanal do Diário de Coimbra

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DC MagazineDIRECTOR ADRIANO LUCAS NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

22 DE AGOSTO DE 2008 SEXTA-FEIRA SUPLEMENTO SEMANAL DiáriodeCoimbra19 DE FEVEREIRO DE 2010 SEXTA-FEIRA SUPLEMENTO SEMANAL

Joana Martins

DC Magazine O que reúne empalco este novo espectáculo?Marina Mota É um espectáculocujo conceito deriva do teatro derevista, composto por uma série derábulas recheadas de humor e commuita crítica social e política. Falados nossos direitos e de certaforma é uma chamada de atençãoem relação a uma série de coisasque estão erradas em Portugal,como por exemplo situações deviolência doméstica, que aqui sãoretratadas numa rábula.Resumindo, o público pode esperardeste espectáculo muito humor,música e dança.

DCM Como tem sido o feedbackdo público que já assistiu?MM Fantástico! Desde o início quetemos vindo a esgotar os vários sítiospor onde temos passado com esteespectáculo. O público diverte-semuito e é mesmo esse o nossoobjectivo, mas também ficam maisatentos nas partes onde é supostoisso acontecer.O “Isto agora… ou vaiou Marcha!” termina com uma fusãoentre hip-hop e marchas populares eem todos os lados os espectadorestêm batido palmas de pé enquantocantam em coro connosco.

DCM Acha que o público estámais afastado do teatro hojeem dia?MM Por aquilo que tem sido aminha experiência desde Outubro,quando saímos em digressão comeste espectáculo, não diria isso. EmAlverca, por exemplo, tínhamosduas sessões agendadas e tivemosque fazer um espectáculo extra pararesponder a tamanha solicitação dopúblico. Portanto, dado isso e ascasas que temos enchido não sintoqualquer crise por parte do públicoem relação ao teatro. Por vezes oque acontece é que acho que aspessoas têm receio de gostar daqui-lo que é nosso. Este é um espectá-culo genuinamente português, queretrata aquilo que é Portugal.

DCM Acha que se perdeu umpouco a tradição de fazer teatrode revista?MM Não se perdeu a tradição, fal-tam é teatros disponíveis para levara cabo os projectos de teatro derevista e faltam também os apoios aeste género que é genuinamenteportuguês e que nunca recebeu aju-das como o outro teatro. Portanto,actores e público não faltam,apenasnão existem apoios. Não podemosesquecer que o teatro de revistacomporta uma componente cénica

difícil de transportar. Para fazermosdo “Isto agora… ou vai ou Marcha!”um espectáculo itinerante transpor-tamos o cenário em três carrinhas emesmo assim tivemos a preocupa-ção de ter um cenário que se pudes-se adequar a palcos menores, o quenem sempre acontece, e a monta-gem depois também é complicada.

DCM Estreou-se no fado em1973 e desde então já lançouvários álbuns,o último dos quaisem 2006. Vai continuar a apos-tar na sua carreira musical?MM Não me parece, pelo menosnão brevemente. Em 2006 gravei odisco “Estados de Alma”, ao vivo,com 52 músicos, que acho que eraalgo que, até então, nunca tinhaacontecido no nosso país e não énada comum em Portugal. Aindaassim, à excepção de algumasrádios locais, o meu trabalho nãopassou nas rádios e um trabalhodiscográfico não se faz para depoisninguém o ouvir, portanto acho quetão cedo não terei vontade de mededicar a outro álbum.

DCM Já participou em telenove-las e protagonizou programasde humor, como o “Ora BolasMarina”. Qual destas experiên-cias é mais gratificante?

MM Programas como o “Ora BolasMarina” foram um grande privilégioe por vezes também significavamter de fazer personagens bastantediversificadas, como no teatro derevista. A dificuldade por vezespode ser o facto de não podermosestender aquela personagem maisde dez minutos e por isso é maisdifícil fazê-la credível aos olhos dopúblico.Na novela isso já não acon-tece e temos muito mais tempopara credibilizar e construir a per-sonagem. Acho que ambas sãoexperiências gratificantes.

DCM A televisão é uma paixãomaior que o teatro?MM É diferente. A televisão é umveículo mais promocional para osector artístico, mas eu tambémgosto muito de sentir o carinho dopúblico ao vivo e a cores.

DCM Nunca pensou regressar àtelevisão?MM Os directores das estações detelevisão sabem que eu existo e senão me chamam para fazer televi-são é porque não me consideramútil para as suas programações egrelhas.

DCM Quem são as suas gran-des referências no teatro?

MM Quando me estreei no teatrode revista aos 19 anos não eraespectadora assídua daquele gé-nero teatral e, assim sendo, nuncative referências. Considero as min-has referências os colegas comquem trabalho e que admiro e comquem vou também aprendendotodos os dias. Podia aqui salientara Eduarda Silva, a Manuela Maria,o Eugénio Salvador, o HenriqueSantana, a Maria João Abreu e oJosé Raposo, entre tantos outros.Cada uma das pessoas com quemtrabalhei foi importante para aminha carreira e acho que actual-mente a mistura de gerações écada vez menor e falta uma gran-de dose de humildade a muitaspessoas que agora começam assuas carreiras e que não percebema efemeridade deste mundo. Amim interessa-me ser um bom serhumano e o lado artístico vem poracréscimo.

DCM Que projectos se seguemquando terminar esta digres-são?MM Começámos em Outubro, por-tanto ainda estamos a digerir esteespectáculo, mas penso que quan-do ele terminar eu vou querer des-cansar e depois se verá o queacontece. l

“Gosto muito de sentir o carinho do público ao vivo e a cores”Marina Mota regressa aos grandes palcos com “Isto agora… ou vai ou Marcha!”, um espectáculo assente no teatro de revista que tem esgotado salas um pouco por todo o país Carlos Cunha e Marina Mota protagonizam o espectáculo que está amanhã e depois em Coimbra

D.R.

“Isto agora… ou vai ouMarcha!”no Gil Vicente

�“Isto agora… ou vai ouMarcha!” é o nome do teatrode revista que conta no elen-co com as participações deMarina Cunha, CarlosCunha, Rui de Sá, Sara Brás,Flávio Gil e Marisa Carvalho.Sintetizando, humor, críticasocial e política, música edança, “Isto agora... ou vai ouMarcha!”, aborda os momen-tos mais importantes daactualidade política e social,como é característica darevista à portuguesa. Emcima do palco estarão aindaum grupo de seis bailarinos(quatro mulheres e doishomens) coreografado porMarco de Camillis. O guarda-roupa é de Helena Reis. Daresponsabilidade da MarinaMota Produções, a peça esta-rá em cena no TeatroAcadémico Gil Vicente ama-nhã às 21h30 e no domingo às16h30. l

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II 19 DE FEVEREIRO DE 2010 SEXTA-FEIRAWWW.DIARIOCOIMBRA.PT

DiáriodeCoimbra

À NOITE

Djs e animaçãono Vox Populli

� O Vox Populli, bar situado naAvenida Sá da Bandeira, emCoimbra, ofereceu aos seus clien-tes uma noite de música e anima-ção com a presença do dj Ari e doresidente dj Nuno Machado. l

COIMBRA

Zeitgeist celebrou4.o aniversário� O Soulful Bar Zeitgeist Caffe,situado na Figueira da Foz, cele-brou mais um aniversário e

recebeu a visita do dj e produ-tor britânico Guy Robin. Acomemorar quatro anos deexistência, este espaço contouainda com a presença do djresidente e programador desteespaço de animação, CarlosVargas. l

DJ GUY ROBIN

Carnaval animadoNo Bergantim

� A discoteca Bergantim naFigueira da Foz foi palco deuma noite de Carnaval muitoanimada, com oferta de pré-

mios às três melhores fantasi-as. Na pista pop rock estiveramos djs residentes Óscar e Pali-

nho e na pista electrónica a ani-mação foi garantida pelo djScorpion Bay. l

FIGUEIRA DA FOZ

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� O dj Nanau, acompanhado pelasedutora voz da cantora Nicinha,foram os convidados de maisuma noite de animação noDuplex, espaço situado em frenteao Jardim da Sereia, em Coimbra.

O novo conceito do dj chama-seLe Ballet, oscila numa envolvên-cia entre o acústico e o electrónicoe levou centenas de pessoas aoespaço. A festa foi patrocinadapela empresa Bomcar. l

A festa foi patrocinada pela Bomcare contou com a presença do dj Nanaue da cantora Nicinha

Le Balletapresentadono Duplex

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III19 DE FEVEREIRO DE 2010 SEXTA-FEIRAWWW.DIARIOCOIMBRA.PTDC Magazine

HOJESAMUEL ÚRIA NA FNAC COIMBRA� Samuel Úria apresenta hoje, às 22h00, na Fnac Coimbra, o seuábum de estreia, Nem Lhe Tocava, que conta com uma bandacomposta por nomes da editora FlorCaveira e convidados especiaiscomo Celina da Piedade, Jorge Cruz, Luís dos Golpes ou B Fachada.

AMANHÃPEDRO VAZ APRESENTA TUDO O QUE ACONTECE� Pedro Vaz avança com o primeiro trabalho a solo em parceria comTozé Brito, apresentando-o amanhã, às 22h00, na Fnac Coimbra.Chama-se Tudo o Que Acontece e é apresentado como pop emportuguês apoiado em melodias fortes e refrões marcantes.

TEATRO DE REVISTA NO TAGV� “Isto agora …ou vai ou marcha!”, com Marina Cunha e CarlosCunha, sobe ao palco do Teatro Académico Gil Vicente amanhã às21h30 e domingo às 16h30. O preçário é de 20 euros para 1.ªplateia, 17,50 euros para 2.ª plateia e 15 euros para o balcão.

SENTIDOS NO ÀCAPELLA� O àCapella recebe este sábado mais uma festa Sentidos, quedesta vez conta com a dj convidada Cherry Chick e o Live Act deEddy Jam. Ainda de destacar a animação a cargo dos djsresidentes, Nuno Miguel Botelho e Jean Lemure. Os promotores dafesta são Fábio Rodrigues, Fernando Borges, Francisca RobaloCordeiro, Henrique Prata, José Loureiro e Raquel Ribau.

AGENDA

APRESENTAÇÃO DO ÁLBUM DE ESTREIA

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� O Casino Figueira recebeu Ricar-do Azevedo para um concerto noDia dos Namorados, que decorreuapós o habitual jantar romântico noSalão Caffé. O cantor deu voz aostemas do seu “Manual do Amor”, oseu segundo álbum a solo, de ondesaíram canções bem conhecidas dopúblico como “O Beijo” e “Luz Fra-ca”. Os namorados presentes noCasino tiveram ainda oportunida-de de ouvir sucessos como o “OPequeno T2” e “Entre o Sol e a Lua”.Após o concerto a animação de SãoValentim continuou no Salão Caffécom a actuação da Banda Nobel. l

Namorados ouviram “Manual Do Amor”

Diabo na Cruziniciaram tournée no CAE

� Realizou-se no passado fim--de-semana no CAE, um es-pectáculo com os Diabo naCruz, na apresentação do seuálbum de estreia “Virou!”. Oprojecto formado em 2008 porJorge Cruz, a quem se juntamBernardo Barata (voz e baixo),João Gil (teclados), JoãoPinheiro (bateria) e B Fachada(viola braguesa e vozes), ini-ciou assim a sua digressãonacional.

O álbum de estreia foi inter-pretado na íntegra, com a adi-ção de alguns temas extracomo “Combate com Batida”,“Macaco de Imitação (Ai AiAi)” ou “A Gala do AmorSegredo”, este último interpre-tado já no “encore”. l

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DC Magazine REDACÇÃO E PUBLICIDADE RUA ADRIANO LUCAS 3020-264 COIMBRA TELEFONE 239 499 90019 DE FEVEREIRO DE 2010 SEXTA-FEIRA

ÚLTIMA PÁGINA SUPLEMENTO SEMANAL DO DIÁRIO DE COIMBRA ÚLTIMA PÁGINA SUPLEMENTO SEMANAL DO DIÁRIO DE COIMBRA ÚLTIMA PÁGINA SUPLEMENTO SEMANAL DO DIÁRIO DE COIMBRA ÚLTIMA PÁGINA

Valdemar Jorge (texto e fotos)

� Após a apresentação que fize-mos do novo Opel Astra (DCMagazine de 15 de Janeiro) surgiua oportunidade de efectuarmosum teste dinâmico. A conclusão aque chegamos é que o modelo ale-mão contraria a imagem clássicado antecessor pois esteticamenteestá muito mais agradável. Sobe afasquia do conforto, de dotação deequipamento e segurança. Argu-mentos que fazem deste Astraum automóvel muito apelativo e,ao mesmo tempo, colocam-no nasenda do topo da tabela de vendasdo segmento C.

Ao usar a linguagem de designdo modelo Insignia o Astra desta-ca-se não só pela elegância dasformas, mas também pelo espaçointerior e versatilidade da baga-geira, com 370 litros de capacida-de que com a utilização do siste-ma FlexFloor pode dividir-se emdois patamares incrementando aarrumação de objectos em doisníveis.

No novo Astra o design interi-or é requintado. Também impor-tado do Insignia – cá estamos de

novo a fazer comparações, mas asemelhança entre os dois mode-los é evidente – acaba por perderapenas na utilização de plásticosrígidos. De resto, a qualidade per-cepcionada resulta da utilizaçãode materiais cuidadosamenteseleccionados e de montagemsem falhas, apesar das muitasjunções existentes no tablier, queresultam da utilização de muitaspeças. A estas junta-se a profusãode botões da consola central que ànoite assumem tom vermelho, omesmo que encontramos na par-te inferior da consola central enas portas, que ajuda a criarambiente original – e acolhedor –a bordo do Astra.

A posição de condução é boa. Obanco do condutor permite diver-sas regulações e a coluna de direc-ção é ajustável em altura e profun-didade. Acrescente-se que os ban-cos dianteiros são muito confortá-veis e seguram bem o corpo emtrajectos sinuosos. Atrás o espaçoé bom para dois passageiros; sufi-ciente para três. Reparo apenaspara os inúmeros botões da con-sola central. Embora dispostos deforma inteligente, ao utilizador énecessário algum tempo de habi-

tuação para que se familiarizecom os sistemas de som, navega-ção e climatização, cujas informa-ções são dadas em ecrã colocadono topo da consola central. Noentanto, os principais comandos –

luzes, limpa pára-brisas e infor-mação do comutador de bordo –estão à mão de semear e são de uti-lização muito simples. O travão demão constitui uma novidade noAstra, é eléctrico.

A versão em análise 1.7 CDTI(nível de equipamento Cosmo) é,talvez, a mais equilibrada no quediz respeito à oferta de motoriza-ções diesel. Disponibiliza 125 cvàs 4000 rpm e um binário de 280Nm/2000-2700 rpm. As emis-sões de CO2 são de 124g/km. Oconsumo combinado registadofoi de 5,7 l/100 km. Apesar dapouca quilometragem registada,o 1.7 CDTI mostrou toda a suagarra nos troços citadinos – emque predomina andamento embaixos e médios regimes – mos-trando-se célere nas acelerações.Em estrada e experienciandoandamento mais rápido, a suavecaixa de 6 velocidades permiteexplorar o 1.7 CDTI de formamuito agradável. Segunda, tercei-ra e quarta relações de caixa(mais curtas) permitem apurarregime, enquanto quinta e sextavelocidades vocacionadas para apoupança de combustível man-têm velocidade de cruzeiro semproblemas.

Gostámos da direcção comassistência eléctrica. Confortávelna realização de manobras e nacirculação citadina e com bom tac-to em estrada. O chassis é saudá-

vel e intransigente a velocidademais elevada. A dinâmica doAstra em curva é exemplar e mos-tra-se bastante seguro nas trava-gens. O conforto de rolamento éuma realidade com as suspensõesa “trabalharem” de forma a nãopenalizarem os passageiros. O“ronronar” do 1.7 CDTI estandomais silencioso que na geraçãoanterior ainda se faz sentir nohabitáculo. Ponto a rever em pró-xima actualização do Astra.

O Opel Astra está disponívelnum amplo leque de motoriza-ções a gasolina – 1.4, com 100 cv,1.4 Turbo (140 cv) e 1.6 Turbo (180cv) – e diesel – 1.3 litros de 95 cv; 1.7CDTI de nova geração de 125 cv e opujante 2.0 litros de 160 cv – nasversões de equipamento – Enjoy eCosmo. A Opel disponibiliza ain-da importante pacote tecnológicono que respeita à segurança daviatura e dos passageiros e colocana lista de opcionais sistemascomo o Opel Eye (lê os sinais ver-ticais de trânsito); faróis adaptati-vos AFL+ (com nove padrõesdiferentes de iluminação e comu-tação automática entre médios emáximos) e o controlo electrónicode amortecimento FlexRide. l

O novo Opel Astra que a marca anuncia estar mais refinado, “mecatrónico”, surge numa altura em queo mercado está na expectativa da recuperação económica. O modelo mais importante do portfolio deprodutos da marca alemã quer alcançar o lugar cimeiro do segmento C. Argumentos não faltam...

Novo Opel Astra: elegante e desportivo

FICHA TÉCNICA

OPEL ASTRA 1.7 CDTI COSMOARQUITECTURA 4 CILINDROS EM LINHACAPACIDADE 1686 CCALIMENTAÇÃO INJ. DIRECTA CR+TGV+INTERCOOLERPOTÊNCIA 125 CV/4000 RPMBINÁRIO 280 NM/2000-2700 RPMTRANSMISSÃO DIANTEIRACAIXA DE VELOCIDADES MANUAL DE 6 VELOCIDADESSUSPENSÃO F/T IND. MCPHERSON/EIXO DE TORÇÃO COM LIGAÇÃO WATTDIRECÇÃO/DIÂMETRO DE VIRAGEM ELÉCTRICA/11,4 MTRAVÕES F/T DISCOS VENTILADOS/DISCOSCOMP./LARGURA/ALTURA 4,419 M/1,814 M/1,510 MBAGAGEIRA 370-1235 LITROS (C/ KIT ANTIFURO)PNEUMÁTICOS 235/45 R18PESO 1586 KGVELOCIDADE MÁXIMA 195 KM/HACELERAÇÃO 0-100 KM/H 11,53 SCONSUMO MÉDIO L/100 KM 4,7 LEMISSÕES CO2 124G/KMPREÇO DA VIATURA ENSAIADA: 28.990 EUROS (INCLUI GPS, BLUETHOOTH E PINTURA METALIZADA)

CONCESSIONÁRIO EM COIMBRA: AUTO INDUSTRIAL S.A. – AVENIDA FER-NÃO DE MAGALHÃES, N.º 333 – 3000-176 COIMBRA – TELEFONE 239 00

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O OPEL ASTRA melhorou padrões como habitabilidade, conforto, versatilidade de utilização e espaço da babageira. Elevou a fasquia da qualidade.