DC 06/12/2012

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ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 7 6 4 R$ 1,40 Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 Ano 87 - Nº 23.764 Jornal do empreendedor Página 4 Grito pela nota que expõe o imposto "É cultura de cidadania saber o quanto pagamos de impostos", disse Rogério Amato, presidente da ACSP, no lançamento do manifesto pela sanção do projeto da nota fiscal "transparente" . Pág. 15 L.C.Leite/LUZ R$ 100 BILHÕES PARA CRESCER Novo pacote de estímulo aos investimentos prevê R$ 100 bilhões em financiamentos para empresas em 2013, com juros reduzidos e prazos mais longos, e a redução das taxas cobradas em empréstimos do BNDES. A chamada Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) cai de 5,5% para 5% ao ano a partir de janeiro, o menor nível da história. "Para viabilizar o crescimento da economia de 4% em 2013 é preciso impulsionar o investimento, que deve crescer em torno de 8%", disse Guido Mantega, ministro da Fazenda. Pág. 19 Assad (foto) prometeu que só deixará a Síria morto. Mas jornal israelense diz que Venezuela, Cuba e Equador já foram sondados quanto a um possível asílo político. Pág. 10 Elétricas: Dilma lança raios contra os tucanos. Presidente diz que redução de 20,2% na conta de luz não é possível por causa de Cesp (SP), Cemig (MG) e Copel (PR). E anuncia estar disposta a novas negociações. Pág. 17 Uéslei Marcelino/Reuters Twitter abre um ninho no Brasil É o terceiro escritório fora dos Estados Unidos. Para buscar anunciantes. Pág. 24 Tem um lugar para mim aí? credito Show de bola: com ela gol é gol. Fifa apresenta no Japão bola inteligente, que será usada no Mundial de Clubes. Microchip é capaz de indicar quando ela cruzar a linha em direção à rede. Pág 14 Toru Hanai/Reuters Hoje é dia da Nossa Posição Página 2 Mello propõe reduzir penas. STF faz coro: Não. Ministro acatou pedido da defesa e propôs reduzir em até 25% as penas de prisão de 16 condenados. O plenário rejeitou por 7 votos a 2 (Mello e Lewandowski). Pág.5 Pedro Ladeira/Frame/Estadão Conteúdo Adeus, Niemeyer. Págs. 12 e 13

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Diário do Comércio

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Page 1: DC 06/12/2012

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23764

R$ 1,40

Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Ano 87 - Nº 23.764 Jornal do empreendedor

Página 4

Grito pela nota que expõe o imposto"É cultura de cidadania saber o quanto pagamos de impostos", disse Rogério Amato, presidente da ACSP, no lançamento do manifesto pela sanção do projeto da nota fiscal "transparente" . Pág. 15

L.C.Leite/LUZ

R$ 100 BILHÕESPARA CRESCERNovo pacote de estímulo aos investimentos prevê R$ 100 bilhões em financiamentos para empresas em2013, com juros reduzidos e prazos mais longos, e a redução das taxas cobradas em empréstimos doBNDES. A chamada Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) cai de 5,5% para 5% ao ano a partir de janeiro, omenor nível da história. "Para viabilizar o crescimento da economia de 4% em 2013 é preciso impulsionar oinvestimento, que deve crescer em torno de 8%", disse Guido Mantega, ministro da Fazenda. Pág. 19

Assad (foto) prometeu que sódeixará a Síria morto. Masjornal israelense diz queVenezuela, Cuba e Equador jáforam sondados quanto a umpossível asílo político. Pág. 10

Elétricas: Dilma lançaraios contra os tucanos.Presidente diz que redução de 20,2% na conta de luz não épossível por causa de Cesp (SP), Cemig (MG) e Copel (PR).E anuncia estar disposta a novas negociações. Pág. 17

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Tw i t t e rabre um ninhono BrasilÉ o terceiro escritório forados Estados Unidos. Parabuscar anunciantes. Pág. 24

Tem um lugar para mim aí?

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S h owde bola:com ela

gol é gol.Fifa apresenta no Japão bola

inteligente, que será usadano Mundial de Clubes.

Microchip é capaz de indicarquando ela cruzar a linhaem direção à rede. Pág 14

Toru Hanai/Reuters

Hojeé dia da

NossaPo s i ç ã o

Página 2

Mello propõe reduzirpenas. STF faz coro: Não.Ministro acatou pedido da defesa e propôsreduzir em até 25% as penas de prisãode 16 condenados. O plenário rejeitou por7 votos a 2 (Mello e Lewandowski). Pág. 5

Pedro Ladeira/Frame/Estadão Conteúdo

Adeus, Niemeyer. Págs. 12 e 13

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quinta-feira, 6 de dezembro de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

NOSSA POSIÇÃO

opinião

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

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Lá não ocorre o que aqui é tão frequente, do candidato afirmar uma coisa na campanha e fazer o oposto após empossado.Roberto Fendt

O CUSTO DO TRABALHOE O PESO DA INCERTEZA

ROBERTO

FENDT

AINDA SOBRE O"ABISMO FISCAL"

Aestabilidade das re-gras que regem asatividades empre-sariais é condição

necessária, embora não sufi-ciente, para estimular os in-vestimentos e a expansão dosnegócios existentes. Quantomais simples e claras as re-gras, maior o estímulo paraconverter o espírito empresa-rial inato do brasileiro, em em-preendimentos que levem àcriação de riquezas e à gera-ção de empregos.

A legislação das relaçõestrabalhistas, a CLT, vai com-pletar 70 anos de existência eestá completamente defasa-da frente à realidade do mer-cado de trabalho. As altera-ções sofridas ao longo do tem-po foram sempre no sentidoda criação de novos encargos,como o FGTS, ou aumento dedas obrigações acessórias,como a instituição de relógio

eletrônico de ponto. Apenasrecentemente houve desone-ração da folha de pagamentosde alguns setores, emboracompensada por tributaçãosobre o faturamento.

Enquanto a economia brasi-leira era fechada, com o setorindustrial altamente protegido,as ineficiências e os altos custosdecorrentes da legislação tra-balhista eram simplesmenterepassados aos consumidores.Contudo, à medida que se pas-sou a facilitar as importações e,ao mesmo tempo, o Real se va-lorizou, enquanto os salárioscresciam acima da produtivida-de, a indústria foi perdendo suacapacidade de competir. A for-te expansão do consumo pas-sou a ser atendida, cada vezmais, pelas importações.

Por maiores que sejam oscustos e as obrigações buro-cráticas decorrentes da CLT,desde que eles sejam clara-

mente definidos e apresen-tem relativa estabilidade, asempresas podem avaliar o seuimpacto sobre a produção ousobre a comercialização dosprodutos e tomar decisões re-lativas a investir ou não, bemcomo optar por maior automa-ção ou por maismão de obra.

As empresascomparam ascondições paraproduzir no Bra-sil com os pre-ços dos produ-tos importadose com o custo deprodução emoutros países; equanto maior o peso dos encar-gos trabalhistas, menor a capa-cidade de competir interna eexternamente. Parece bastan-te claro, também, que a legisla-ção não atende às mudançasda economia, fruto da evolução

tecnológica e das novas moda-lidades de emprego.

Em recente seminário sobreRelações do Trabalho para o sécu-lo XXI as relações trabalhistasforam classificadas como "one-rosas, conflituosas, inseguras eantiemprego", com excesso de

leis e decre-tos. O que foiapontado co-mo fator maisgrave, entre-tanto, foi o au-mento da in-certeza, gera-do devido àtendência daJustiça do Tra-balho de legis-

lar, em lugar de apenas inter-pretar a legislação.

Diversas decisões da justiçatrabalhista, muitas delas atra-vés de Súmulas Vinculantes,vêm estabelecendo novoscustos e obrigações para as

empresas, inclusive algumascom efeitos retroativos.

Tais medidas acabamgerando um clima de in-certeza para as empre-

sas, o que pode afetar deci-sões de novos investimentosou de expansão dos negócios.Como exemplo, pode-se citara recente decisão do TST comrelação às convenções e acor-dos coletivos, ao estabelecerque os benefícios, uma vezconcedidos, não podem sersuprimidos posteriormente,a não ser em caso de nova ne-gociação específica.

Trata-se de uma mudançada posição vigente até agora,em que tudo podia ser nego-ciado por ocasião de nova con-venção ou acordo, o que tor-nará mais difícil o entendi-mento entre as partes e repre-senta interferência indevidada Justiça do Trabalho na liber-

dade de negociação.Em um momento em que a

crise mundial está acirrando aconcorrência no mercado in-ternacional, e que a indústriabrasileira se ressente do pesodo "custo Brasil" para poderexportar e para competir comas importações, o País deveriaprocurar reduzir os encargossuportado pelas empresas, in-clusive os trabalhistas, e nãocriando novas obrigações ecustos para elas.

Os empresários vêm se mo-bilizando para tentar reverteralgumas dessas decisões. Épreciso que se tente sensibili-zar a Justiça do Trabalho sobreas consequências econômi-cas e sociais de suas decisões,as quais, no fim, acabam sen-do prejudiciais aos trabalha-dores. Sem expansão do in-vestimento não há crescimen-to da economia, nem aumentodo emprego e da renda.

Custo geradopelas leis

trabalhistas nãoé compatível com

o crescimentoeconômico e a

empregabilidade.

Recente pesquisado Gallup Institute,divulgada pela

Bloomberg, dá uma mostrainteressante do quepensam os americanos arespeito da credibilidade de22 categorias profissionais.O resultado dá o que refletir.

Como no anedotário,os vendedores de carrosusados foram qualificadospelos entrevistados como osprofissionais de menorcredibilidade: somente 8%dos que responderam àpesquisa os consideraramcomo pessoas de alto oumuito alto padrão ético.

No outro extremo,70% dos entrevistadosbem apreciaram os médicose 85% as enfermeiras.Os banqueiros tiverammelhoria expressiva naavaliação dos americanossegundo esse critério.Em 2007, na crise dosubprime, somente 19%dos entrevistados osconsideraram de alto oumuito alto padrão ético.Na atual avaliação, essepercentual subiu para 28%.

Ficaram mal na fotoos parlamentares: somente10% dos entrevistadosos situaram na melhorcategoria de padrão ético –pouco acima dos vendedoresde carros usados.

É possível que essaavaliação tenha a vercom o chamado "abismofiscal" americano – os cortesprevistos em isençõesfiscais e aumento deimpostos previstos paraentrar em vigor a partir dopróximo 31 de dezembro.

Não é a primeira vez que

Executivo e Legislativo nosEUA assumem posição deconfronto em temas degrande importância para apopulação. O presidenteBarack Obama tem insistidoem aumentar os impostossobre os 2% mais ricos dopais e manter incólumes osprogramas Medicare(programa de seguridadesocial que garante o segurosaúde para os idosos) eMedicaid (programa similarde seguridade social parafamílias de baixa renda).

Em pronunciamentona ultima terça-feira o

líder do Partido Republicanono Congresso, John Boehner,afirmou que a propostado Executivo "não era séria"e propôs como alternativaum corte de gastosde US$ 900 bilhõesconcentrados nos programasMedicare e Medicaid eum aumento de impostosda ordem US$ 800 bilhões,mas sem aumento das atuaisalíquotas dos impostos.

Não houve até oagora qualquer progressonas discussões entreo Executivo e a oposiçãorepublicana, a quatrosemanas do prazo fatal para oaumento de impostos e cortede gastos. Ninguém acreditaque o assunto permaneçasem solução até o dia31 deste mês, mas osamericanos consideramenervante que não hajaum espaço de negociaçãoentre os extremospropostos por Obama e pelaoposição republicana.

Há lições que podemosextrair desse episódio.

Qualquer que seja omérito das propostas daspartes em conflito, a oposiçãoamericana mostra-seaguerrida na defesa do queconsidera o melhor para opaís – um substancial cortede despesas com aumentode impostos, distribuídosde forma mais uniforme paratodos. Os democratasconsideram que forameleitos com um mandato queprivilegia uma redistribuiçãoforçada de renda emfavor dos mais pobres.

Diferentementedaqui, as posições emconflito estão amparadasem compromissos políticos

assumidos durante ascampanhas eleitorais.Lá não ocorre o que aqui é tãofrequente, de um candidatoafirmar uma coisa nacampanha e fazer o opostodepois de empossado.

Também diferenteé a atitude da oposição

diante do poderosoExecutivo. Não se registramcasos de "mensalões"no Congresso americanoou de subserviência deparlamentares diante doExecutivo ou do própriopartido. Exemplo dissoé a atitude de um senadorrepublicano que criticou

duramente, na tribuna,a proposta do líderdo seu partido na câmarados deputados.

E há também importanteslições a tirar do "dever decasa" de cada partido comrespeito às consequênciasde medidas de políticaeconômica propostas peloExecutivo. Com razão, osrepublicanos apontam que, apersistir o padrão de gastosdo governo, em poucos anosa receita tributária do paísestará comprometida comprogramas de seguridadesocial, pouco sobrandopara outras áreas sobresponsabilidade do governo,

como investimentosde infraestrutura e nadefesa nacional.

Aqui também apontou-serecentemente que, a persistiro crescimento das despesasobrigatórias do governofederal, não haverá recursospara recuperar a desgastadainfraestrutura nacional oupara custear outrasatividades consideradas daesfera do poder público,como segurança, saúde eeducação básica. Mas aoposição não se afirma dianteda gravidade do problema.

Aopinião públicaamericana parece ter um

mau conceito sobre os seuscongressistas, a julgar pelapesquisa Gallup. No entanto,se esse julgamento tem a vercom o impasse na solução do"abismo fiscal", ele estáequivocado. A separação depoderes é uma das principaisheranças do que de melhorconceberam os "paisfundadores" da Constituiçãoamericana. Ela é a garantiada liberdade do cidadãoante um poder que poderevelar-se autoritário,em sua ausência. Impassesocasionais entre ospoderes é um preço pequenoa pagar por essa garantia.

RO B E RTO FENDT É E CO N O M I S TA

SXC

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião HÁ TRÊS OPÇÕES DE GOVERNO NO ORIENTE MÉDIO: IMPÉRIOS DE FERRO, PUNHOS DE FERRO E DOMOS DE FERRO.

A ARROGÂNCIA ISRAELENSE

THOMAS L.FRIEDMAN

SAMIR

KEEDI

PORTO DE SANTOS2024- O RETORNO

Fui, no sábado, de Tel-Aviv para uma sinago-ga não muito longe dafronteira síria em Anta-

kya, na Turquia. Ela está na mi-nha cabeça desde estão.

Antakya é o lar de uma mi-núscula comunidade judai-ca, que ainda se reúne nosdias de descanso na pequenasinagoga sefardita. Ela tam-bém é famosa por seu mosai-co de mesquitas e igrejas or-todoxas, católicas, armêniase protestantes.

Como é possível que eu te-nha ido para uma sinagoga naTurquia, no sábado, quando nasexta, logo na outra margem doRio Orontes, na Síria, eu tinhaencontrado rebeldes sunitas doExército de Libertação Síria en-volvidos em uma guerra civil,na qual sírios alauitas e sunitasestão se matando com base nacarteira de identidade, curdosestão criando seu próprio en-clave, cristãos estão se escon-dendo e os judeus já partiramhá muito tempo? O que isso es-tá nos dizendo?

Para mim, levanta a ques-tão de que hoje existem ape-nas três opções de governono Oriente Médio: Impériosde Ferro, Punhos de Ferro ouDomos de Ferro.

O motivo pelo qual maio-rias e minorias coexistiramrelativamente em harmoniapor cerca de 400 anos, quan-do o mundo árabe era admi-nistrado pelos otomanos tur-cos a partir de Istambul eraque os otomanos sunitas,com seu Império de Ferro,monopolizavam a política.

Embora houvesse exce-ções, de modo geral os otoma-nos e seus representantes lo-cais estavam no comando emcidades como Damasco, Anta-kya e Bagdá. Minorias comoalauitas, xiitas, cristãos e ju-deus – embora cidadãos de se-gunda classe – não tinham detemer ser machucados se nãoestivessem no poder. Os oto-manos tinham uma mentali-dade viva-e-deixe-viver emrelação a seus súditos.

Quando a Grã-Bretanha e a

França dividiram o ImpérioOtomano no Oriente árabe,elas transformaram as váriasprovíncias otomanas em paí-ses – com nomes como Iraque,Jordânia e Síria – que não cor-respondiam ao mapa etnográ-fico. Assim sunitas, xiitas,alauitas, cristãos, drusos, tur-comenos, curdos e judeus seviram presos juntos dentro defronteiras nacionais traçadaspara se adequar aos interes-ses de britânicos e franceses.

Essas potências coloniaismantinham todos sobcontrole. Mas quando se

retiraram, e esses países se tor-naram independentes, come-çou a disputa pelo poder e asminorias foram ameaçadas.Por fim, na década de 1960 e1970, vimos o surgimento deuma classe de ditadores árabese monarcas que aperfeiçoaram

os Punhos de Ferro (e váriasagências de informação) paratomar o poder para sua seita outribo – e eles governaram todasas comunidades pela força.

Na Síria, com o punho deferro da família Assad, aminoria alauita gover-

nou a maioria sunita, e no Ira-que, com o punho de ferro deSaddam, uma minoria sunitagovernou uma maioria xiita.Mas esses países nunca tenta-ram formar "cidadãos" de ver-dade que pudessem compar-tilhar o poder e pacificamentefazer uma rotatividade.

Assim, o que se vê hoje nospaíses da primavera árabe –Síria, Iraque, Tunísia, Líbia,Egito e Iêmen – é o que ocorrequando não há nenhum Impé-rio de Ferro e o povo se levantacontra os ditadores com pu-nho de ferro. Estamos vendo

uma disputa em curso pelo po-der – até que alguém consigamontar um contrato social decomo as comunidades pode-rão compartilhar o poder.

Os israelenses responde-ram ao colapso dos pu-nhos de ferro árabes em

volta deles – incluindo o avançodas milícias com mísseis no Lí-bano e em Gaza – com um ter-ceiro modelo. Trata-se do muroque Israel ergueu em torno de simesmo para barrar a Cisjordâ-nia, unido ao seu sistema anti-míssil Domo de Ferro. Os doistêm sido um sucesso fenome-nal – mas a um alto preço.

O muro mais o domo estãopermitindo aos líderes de Is-rael abdicar de sua responsa-bilidade de pensar criativa-mente a respeito de uma reso-lução de seu próprio problemamaioria-minoria com os pales-

tinos na Cisjordânia e em Jeru-salém Oriental.

Estou atônito com o que viaqui politicamente. Nadireita, no Partido Likud,

a antiga liderança que pelomenos era conectada ao mun-do, falava inglês e respeitava aSuprema Corte de Israel, foivarrida na última eleição pri-mária por um grupo crescentede colonos ativistas de extre-ma direita que estão conven-cidos – graças, em parte, aomuro e ao domo, que os pales-tinos não são mais uma amea-ça e que ninguém conseguiráretirar os 350 mil judeus viven-do na Cisjordânia.

O grupo de extrema direitaque governa Israel hoje é tãoarrogante e tão indiferente àspreocupações dos EUA queanunciou seus planos de er-guer um gigantesco bloco de

assentamentos no coração daCisjordânia – em retaliação àdecisão da ONU de dar aos pa-lestinos o status de observa-dor – embora os EUA tenhamfeito o possível para bloquearaquela votação e os assenta-mentos fossem romper qual-quer possibilidade de um Esta-do palestino contíguo.

Enquanto isso, com pou-cas exceções, o domo e omuro têm isolado tanto a

esquerda e o centro israelen-ses das consequências daocupação israelense que seusprincipais candidatos para aseleições de 22 de janeiro – in-cluindo os do antigo PartidoTrabalhista, de Yitzhak Rabin –nem estão oferecendo ideiaspacifistas, mas simplesmentereconhecendo o predomínioda direita nessa questão e sefixando em diminuir o preçodos imóveis ou no tamanhodas turmas escolares.

Um líder dos colonos me dis-se que o maior problema naCisjordânia hoje são os "en-garrafamentos". Fico conten-te que o muro e o domo de fer-ro protejam os israelenses deinimigos que querem lhes fa-zer mal, mas receio que o mu-ro e o Domo de Ferro tambémos estejam impedindo de ververdades que precisam en-frentar com urgência.

THOMAS L. FRIEDMAN É CO LU N I S TA DO

NE W YORK TIMES E TRÊS VEZES

GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER

TR ADUÇÃO: RODRIGO GA RC I A

Uma vez maisretornamos ao temado porto de Santos. Ao

longo dos anos temos escritosobre os seus problemas e asprevisões ou desejos para2024, quando o porto devetriplicar sua carga operada.Todos sabem de nossoapreço pelo porto de Santos,mas somos realistas. Nãoera intenção voltar aoassunto tão cedo, mas épreciso, diante dos fatos.

Em 2009 foram traçadosplanos para o portomovimentar 230 milhões detoneladas de carga em 2024.Mas relembrando nossoquerido Garrincha,esqueceram de combinarcom os adversários. Todossabem dos imensos gargalosque lá existem, quaseinsolúveis. Quanto ao portoem si, não há problemas decrescimento. Espaço paraconstrução de novosterminais sobram. Estãoquase prontos mais doisdeles, dos maiores do País epode-se ir muito além,dobrando a quantidade deberços e/ou terminais semdificuldade.

O que se precisa é deinvestimento, o que é fácilde obter. A iniciativa privadaestá ai para isso e ocapitalismo existe paraviabilizá-la. No caso doBrasil, o problema é o

governo, com suasintervenções e regrasinadequadas.

Assim, o problema decrescimento não é de

espaço. É de lógica. A cidadehoje é muito grande parapermitir que o portocontinue crescendo assim. Jáse tornou uma opção entre acidade e o porto, entre aspessoas e o comércio. E aconjugação dos doisaspectos parece difícil.

O crescimento do portoestá sujeito aos acessos,problema grave, já que osacessos atuais nãopermitem crescimento.Sabemos o tempo que seleva para ir e voltar do porto,quanto tempo as pessoaslevam para subir e descerpara seu lazer. Assim, é omomento de se optar.E entendemos que a opçãoprimária é o ser humano.

Isso é perfeitamentefactível num país

continental, com tanta costa

marítima. Pode-sedescentralizar facilmente ocrescimento, dando chancede desenvolvimento aoutros estados. Não éprodutivo que apenas umporto retenha 25% dasoperações de comércioexterior do país. E, se nosarraigarmos ao regionalismoe não quisermos perdercarga para outros estados,tudo bem. Ainda temosespaço para outrosportos. Peruíbe, porexemplo, seria uma solução.

Aquestão dos acessosé o principal problema

da expansão do porto. Com asituação de predomínioabsoluto do transporterodoviário interno, a soluçãoé quadruplicar as vias deacesso atuais, aumentandonesta quantidade as faixasde cada pista existente. Ouconstruindo novas pistas ourodovias de acesso. Apenastriplicar manteria no futuro ocaos de hoje. E sabemos daquase impossibilidade dessa

ocorrência, seja pelaquestão ambiental ou pelacapacidade de absorção dacidade. Uma mudança damatriz de transporteajudaria. Mas quanto dacarga atual e futura pode sertransportada por via férrea?

A ferrovia poderia passardos atuais (estimados) 20%da carga, para 40%. Hoje,20% significa quase 20milhões de toneladas. Teriaque avançar para 90milhões. Será viável parauma ferrovia em direção aSantos? Mesmo assim arodovia continuaria tendoproblemas: 80%, hoje,significa cerca de 75 milhõesde toneladas; 60% em 2024significará 140 milhões/t.Assim, parece fora decogitação triplicar a carga doporto de Santos. E nemestamos citando asperimetrais, que mesmo

prontas, certamente nãodarão conta do recado,ou a dragagem do porto.

Assim, a construção dedois novos terminais,

elevando a capacidade deembarque de containersde 3,5 milhões para 6,0milhões de TEUs (twentyfeet or equivalente unit),embora bem-vindos, claro,só agravarão os problemasde Santos. Melhor teria sidoconstruir em outros locais.

Assim, é aguardarpara ver no que vai dar estesonho. A menos que sequeira de fato destruir aqualidade de vida da cidade,duramente conquistada como tempo – com a ajuda doporto, sim, mas acontinuidade do processopode ter efeito contrário.

Ou seja, para tudo há umlimite. No caso do porto de

Santos, trata-seespecialmente do espaço edo meio ambiente. E,porque não citar, o próprioinvestimento para todas asnecessidades, não apenasde construção de terminaisportuários, armazéns, pátiosetc. O custo de construçãode estradas e ferroviasnão é baixo para atendera essas necessidades.Principalmente nestepaís, em que todos sabemos,pessoas e corporaçõesnão funcionam comodeveriam, como nossosrepresentantes e simapenas como deles próprios.

SAMIR KEEDI É E CO N O M I S TA ,CO N S U LTO R E P RO F E S S O R

DA ADUANEIR AS E DIVERSAS

UNIVERSIDADES, E M E M B RO DO

CO M I T Ê DA I CC - PARIS DE RE VISÃO

DO AT UA L IN COT E R M S .SAMIR@ADUANEIR AS.CO M .BR

Alex Almeida/Folhapress

Porto de Santos: um problema no processo de crescimento que pode inviabilizar a cidade.

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quinta-feira, 6 de dezembro de 20124 DIÁRIO DO COMÉRCIO

CHARGE DO DIA

Cantando na China333 A soprano brasileira Angélica de LaRiva, uma das mais respeitadas e bonitasda área, vai se apresentar amanhã, pelaprimeira vez, na China, ao lado da OrquestraSinfônica Shenzhen e com regência domaestro Bartholomeus-Henri Van de Velde.

Tema do concerto: Diálogo entre as Civilizações. Depois, dia 12,estará em Nova York, apresentando-se no Carnegie Hall, ao ladode músicos que tocarão clássicos de Villa-Lobos e Carlos Gomes.Essa noite será uma homenagem especial ao Brasil econterá composições inspiradas na Floresta Amazônica.

[email protected] 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 Ex-secretário de imprensa deLula em seu primeiro mandato noPlanalto, Ricardo Kotscho publicouem seu blog texto em que pedeexplicações sobre a Operação Porto

Seguro. Faz considerações sobre disputas partidárias, mas nãodeixa por menos: “Nada disso exime o ex-presidente Lula e o PTde virem a público para dar explicações. Não dá mais para fazer deconta que nada está acontecendo e tudo se resume à luta política”.E não é apenas Kotscho que quer que o ex-presidente se explique:ministros e assessores do primeiro escalão de Dilma, filiados aoPT, pressionam a direção do partido para que convença Lula a seexplicar sobre seu relacionamento com Rosemary Noronha, ex-chefe do Gabinete da Presidência de São Paulo. Ainda não sesabe quanto o episódio desgastou o ex-chefe do Governo, masjá se sabe que está desgastando também Dilma.

333 Produtora de moda, ex-BBB e com quinze tatuagensespalhadas pelo corpo (elagosta mais dos desenhos dobraço esquerdo), Bianca

Jahara, 33 anos, deverá estrear em janeiro como apresentadora doprograma Penetra no canal privê Sexy Hot. É sobre comportamentosexual, em tom picante “sem ficar vulgar”. Ela acha que temexperiência na área: já fez sexo com mulher, participou de festa deswing em seu aniversário, “já dominei e fui dominada, mas tenho umlado careta, quero casar e ter muitos filhos com meu maridinho”.

MAIS: experimentou econsiderou inesquecíveiscaipirinha de cachaça (comaçúcar, não adoçante) esorvete de tapioca.

MISTURA FINA

Paris é uma festa333 A ministra Marta Suplicy, daCultura, está em Paris, onde ficaaté domingo próximo: participaráde eventos culturais queenvolvem trocas de experiênciascom a França e assistirá asolenidade de condecoração deFrans Krajcberg pelo prefeitoBertrand Delanoë. E pedirá oapoio do país para a candidaturado frevo à lista de patrimônioimaterial da Unesco. O namoradoMárcio Toledo também estará lá.Só que embarcou em outro vôo.

ACENANDO333 Como seu relacionamentocom Gilberto Kassab não é, porassimdizer,nenhumaBrastemp,o governador Geraldo Alckmin,que começou a sonhar queas chacinas de São Paulo jáameaçam sua reeleição, já fazacenos a seu vice, GuilhermeAfifDomingos, ligadíssimoaoprefeito e a segunda assinaturada fundação do PSD. Alckmin,que tirou Afif da Secretaria doDesenvolvimento, já pensa emlhe brindar com outra Pasta.O governador quer tentarlevar o apoio do PSD para suacampanha de 2014.

Jane Fonda, 74 anos, quelançou no Brasil novo livroe participou de seminário,voltou para casa comdois sabores na boca.

Fotos: Paula Lima

Mais corrupção333 No ano em que a corrupçãochegou aos tribunais maiselevados com o julgamento domensalão, o Brasil alcançou a69ª posição, entre 176 países,do Índice de Percepção daCorrupção. A edição 2012 doprojeto da TransparênciaInternacional confere ao país anota 43, em uma escala de 0(mais corrupção) a 100 (menoscorrupção). Nessa colocação, oBrasil empata com a Macedônia eÁfrica do Sul. O resultado coloca opaís como o terceiro “mais limpo”da América do Sul. No topoda lista, com 90 pontos cada,estão empatados Dinamarca,Finlândia e Nova Zelândia.

RISCO MAIOR333 O ministro José EduardoCardozo, da Justiça, já foi falarna Comissão de SegurançaPública da Câmara, poderá ir aoutras e até mesmo caciquesda Advocacia-Geral da União,incluindoLuisInácioAdams,Agência Nacional da Águas eAgência Nacional de AviaçãoCivil também poderão serconvocados para darem seusdepoimentossobreaOperaçãoPorto Seguro. A blindagemmaior é evitar que RosemaryNoronha seja convocada: elanão agüentaria qualquerpressão, está emocionalmenteperturbada e o risco maior seriadeixá-la abrir a boca.

Presente de Natal333 Os bancários estão em péde guerra contra as primeirasmil demissões feitas pelo BancoSantander em todo o país. AConfederação Nacional dosTrabalhadores do RamoFinanceiro, ligada a CUT, teminformações de que ainda nobanco espanhol, as demissõesserão de cinco mil funcionáriosno total. O Sindicato dosBancários acha que, entre osprimeiros demitidos, estariamfuncionários com vinte anosde carreira, alguns perto daaposentadoria e até pessoascom deficiência. O Santander,como se sabe, é um doscampeões de reclamações doProcon, ao lado da Telefónica eda Vivo, empresas espanholas.

MÚSICATEMA333 Roberto Carlos cantou,esta semana, no Espaço dasAméricas, em São Paulo,para uma platéia de três milconvidados, desfilou seusconhecidos sucessos e o maisrecente, Esse Cara Sou Eu,música tema do personagemde Rodrigo Lombardi nanovela Salve Jorge. No palco,do alto dos seus 71 anos deidade, RC provocou: “É o caraque toda mulher gostaria deter, o cara que todo homemgostaria de ser. O cara queeu tento ser. Estou tentando.Eu chego lá”. As mulheres,especialmente as maisveteranas, reviravam osolhinhos em delírio total. Apropósito: os homens estãocasando ao som de Esse CaraSou Eu, entre São Paulo e Rio.

“Nem na ditadura aposentado era recebido com policiais portandometralhadoras no Palácio.”

Fala,Lula!

Novaatração

Noite deRoberto

333 Enquanto as colunas degossips garantem que suanova namorada é petista ealagoana e seu novo hit EsseCara Sou Eu, da trilha da

novela Salve Jorge, está sendo usada como tema de noivos nahora do casamento, Roberto Carlos lota, em São Paulo, o Espaçodas Américas, com cerca de três mil convidados. As músicas sãoconhecidas de gerações e a novidade é que, agora, ele anda maissolto. Na platéia, entre tantos, da esquerda para a direita, BarbaraPaz (chegou de Portugal onde se apresentou com Hell), Geizee Abílio Diniz (ele, esquecendo-se um pouco de Jean-CharlesNaori), Thais Fersoza e Michel Teló, o maestro João CarlosMartins e Xuxa Scherer e a mulher Sheila Mello, grávida.

IN OUTh

h

T-shirts: gola canõa.T-shirts: gola em V.

PAULINHO PEREIRA DA SILVA // (PDT-SP), comdirigentes sindicais que não foram recebidos por Dilma e já ameaçando romper com o governo.

Agora, livros333 Há uma novidade nos grampos feitos pela Polícia Federal eaté pela Abin – Agência Brasileira de Inteligência – em torno dasinvestigações que culminaram com a Operação Porto Seguro: é autilização da palavra livro no lugar de quantidade de dinheiro. Nahistória recente do Brasil, no capítulo da corrupção política, já seusou, em outros tantos grampos, expressões como camisetas,remédios, CDs, canetas, medicamentos e até flores, supostamen-te em algum caso onde os protagonistas eram mais românticos.

333 O AINDA líder do governo,Arlindo Chinaglia (PT-SP)reclama que está engordandoe que a cintura de suas calçascomeça a apertar. Médico, nãogosta da dieta só de proteínase está fazendo exercíciosaeróbicos e musculação emseu próprio gabinete num airclimber. É um equipamentoportátil que ganhou de presentedo deputado Paulinho Pereirada Silva (PDT-SP).

333 ROSEMARY Noronha, ex-chefe do Gabinete da Presidên-cia em São Paulo, vinha usandoaparelho nos dentes. Aos maischegados, confidenciava: “Eleachou que deveria dar um jeitoem dois dentes tortinhos”.

333 ROBERTO Carlos estarianamorando a ex-prefeita dacidade de Feliz Deserto, nolitoral sul de Alagoas, RosianaBeltrão, de 49 anos. Hoje, elatrabalha como superintendentedo porto de Maceió, onde o iatedo cantor tem sido visto, comfreqüência, ancorado. Rosiana épetista de carteirinha e mantémbom relacionamento com apresidente Dilma Rousseff ecom o ex-presidente Lula. Porenquanto, nega qualquerenvolvimento com o rei.

333 DEPOIS de Mãe Lucindana novela Avenida Brasil, VeraHoltz será Dona Redondana segunda versão deSaramandaia, original de DiasGomes, reescrita por RicardoLinhares. Usará enchimentospara ficar tão obesa quantoWilza Carla, a primeira DonaRedonda, que, no final, inflada,sobe e explode.

333 CANTOR milionário éoutra coisa: noite dessas, SeuJorge foi jantar num restaurantedos Jardins, em São Paulo, abordo de sua Lamborghinibranca (!) de R$ 1,2 milhão,comprada há quase um ano.E pediu ao manobrista quedeixasse o bólido praticamentena porta do restaurante.

333 É A GRANDE novidadenas sexshops de São Paulo eRio: vibradores pequenos emforma de batom e de rímel,especial para as moças levaremna clutche, na hora de sair. Sãoprodutos americanos e no mini-folheto que acompanha estáassinalado: “Nunca se sabequando vai surgir a vontade”.

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

DOSIMETRIAProposta de MarcoAurélio de rever aspenas seria umnovo julgamento.

ABAIXO DA LEICâmara vai propordemissão parajuízes que fugiremao decoro.

política

STF rejeita diminuir aspenas dos mensaleiros

Oplenário do Supre-mo Tribunal Fede-ral (STF) rejeitouontem a redução

das penas aplicadas a 16 dos25 réus condenados no julga-mento do Mensalão. A ques-tão, acolhida pelo ministroMarco Aurélio Mello, foi levan-tada pelas defesas de MarcosValério, Cristiano Paz e RamonHollerbach, que integravam onúcleo publicitário do esque-ma, e pela de Vinicius Samara-ne, ex-vice-presidente doBanco Rural, do chamado nú-cleo financeiro.

O pedido feito à Corte erapara que se aplicasse o princí-pio da continuidade delitivapara os réus condenados pormais de um crime. Com isso,teriam significativa reduçãode suas penas, já que o enten-dimento passaria ao fato deque eles teriam cometido ape-nas um crime continuado enão vários delitos.

A diferença – A continuidadedelitiva ou crime continuadoocorre quando uma pessoa,por meio de uma ação, praticadois ou mais crimes relaciona-dos, sendo que um seja a con-tinuação do outro. Aplica-se,então, a pena de um dos cri-mes, se forem iguais, ou a domais grave, com aumento deum sextoa dois terços da pe-na. Dos nove ministros quecontinuam atuando no julga-mento, sete votaram contra aredução. Apenas o revisor Ri-cardo Lewandowski acompa-nhou Marco Aurélio na aplica-ção da continuidade delitiva.

Para Marco Aurélio, os atosde corrupção, peculato, ges-tão fraudulenta, lavagem dedinheiro e evasão de divisasseriam todos da mesma espé-cie, porque "todos eles lesama administração pública." Ocrime de quadrilha não entrouna conta, pois seria uma "es-pécie" diferente, ou seja, "umato contra a paz." A partir daí,Marco Aurélio sugeriu queapenas fosse contabilizada apunição mais alta e aumenta-da em até dois terços por con-ta da continuidade dos atos.

Redução – Por essas contas,a pena do publicitário MarcosValério, considerado o opera-dor do Mensalão, seria reduzi-da de 40 anos, 2 meses e 10dias para 10 anos e 10 meses.A reclusão da dona do BancoRural, Kátia Rabello, em vezde 16 anos e 8 meses, cairiapara 8 anos e 11 meses. A dodeputado federal João PauloCunha (PT-SP) cairia de 9 anosde prisão para 3 anos, 10 me-ses e 20 dias, o que permitiracumprir pena no semiaberto.

De acordo com o ministro,"a execução dos crimes nestaação tem rótulo único, que éMensalão, e revela a coerên-cia e racionalidade da propos-ta que ora submeto a conside-ração dos ilustres pares", afir-mou. Marco Auréllio disse quea punição de 40 anos para Mar-cos Valério se situa na "estra-tosfera" e, por isso, "reclama oajuste", disse.

A mudança não beneficiariao ex-ministro José Dirceu; o ex-presidente do PT, José Genoi-no, e o ex-tesoureiro do parti-do, Delúbio Soares, que foramcondenados por corrupção eformação de quadrilha, cri-mes que não podem ser consi-derados em continuidade.

Rejeição – Para rejeitar aideia, o relator Joaquim Barbo-sa, presidente do STF, alegouque havia precedentes na Cor-te que impediria a continuida-de delitiva no Mensalão. Paraele, houve concurso material,

quando uma pessoa é conde-nada a mais de um crime, podeser o mesmo ou não, o que ge-ra mais de um resultado. Nes-te caso, as penas são soma-das, desde que os crimes te-nham sido praticados emações autônomas (concursomaterial).

Barbosa afirmou que o en-tendimento de continuidade

"seria um privilégio indevido aréus que fazem da prática cri-minosa uma rotina. Cada cri-me teve seu contexto e execu-ção própria", disse. "São ato-res profissionais de crime" eque "tal como conduzimos es-se julgamento, se tivéssemoslevado a risca a jurisprudênciaas penas teriam sido mais gra-vosas". (Agências)

A proposta apresentada pelo ministroMarco Aurélio Mello reduziria, porexemplo, a pena de Marcos Valério de 40para 10 anos. Na tese que beneficiaria 16dos 25 réus, não estariam José Dirceu nemJosé Genoíno. Mesmo assim, não passou.

Joaquim Barbosa: presidente do STF e relator do Mensalão conseguiu reverter proposta de redução de penas para os réus já condenados.

Marco Aurélio Mello: ministro acolheu pedido da defesa. Perdeu.

Câmara vai deliberarsobre demissão de juízes

AComissão deConstituição e Justiça(CCJ) da Câmara incluiu

ontem em sua pauta, paradeliberação final, a Propostade Emenda Constitucional(PEC) de autoria da senadoraIdeli Salvatti (PT-SC) queprevê a demissão de julgadorquando ficar provado, emprocesso administrativo,"procedimento incompatívelcom o decoro de suasfunções." Atualmente, agarantia de vitaliciedade dosjuízes e desembargadores sópode ser quebrada emconsequência de "sentençajudicial transitada emjulgado". E a pena máxima é aaposentadoria compulsóriacom vencimentosproporcionais ao tempo deserviço, de acordo com a LeiOrgânica da Magistratura. APEC recebeu parecerfavorável da relatora, adeputada federal SandraRosado (PSB-RN). A proposta,quando aprovada peloSenado, em 2010, mereceudas entidades dos julgados,dos procuradores e até oConselho Nacional de Justiça(CNJ) notas contrárias. Desdeque foi instituído, em 2004, oCNJ puniu com aposentadoriacompulsória mais de 30julgadores. O caso mais gravefoi o de trêsdesembargadores e setejuízes do Judiciário de MatoGrosso, acusados de desviode mais de R$ 1,4 milhão do

Tribunal de Justiça Estadualpara "socorrerfinanceiramente" umacooperativa de crédito ligadaà Grande Loja Maçônica deCuiabá (MT).

Indicação suspensa –Situação e oposição, ontemno Senado, fecharam acordopara suspender a votação daindicação de Luiz MoreiraGomes Júnior para o ConselhoNacional do Ministério Público(CNMP). O voto em plenárioestá suspenso até queprocuradores de Goiás e deSão Paulo, que fazemacusações contra LuizMoreira, sejam ouvidos pelosparlamentares. Eles acusamLuiz Moreira, que seriareconduzido ao cargo, de terligações com o ex-deputadofederal José Genoíno (PT-SP),a quem teria cedido veículooficial do conselho para o seuuso particular. Luiz Moreira,mesmo sendo amigo, disseque não permitiu o uso deveículos oficiais do conselhopor terceiros. Ele tambémnegou a acusação de gastosexcessivos de diárias doórgão. O nome de LuizMoreira já foi aprovado pelaCCJ e, na semana passada, ademora do Senado emanalisar a indicação, mereceudo presidente da Câmara,deputado federal Marco Maia(PT-RS), a classificação de"inadmissível omissão", umavez que a espera já dura oitomeses. (Agências)

São réus quefazem da práticacriminosa umarotina. Cadacrime teveseu contexto eexecução própria.

JOAQ U I M BARBOSA

A execução doscrimes nesta açãotem rótulo único,que é Mensalão, erevela a coerência ea racionalidade daproposta.

MAR CO AURÉLIO ME L LO

André Dusek/Estadão Conteúdo – 23.10.12

Pedro Ladeira/Frame/Estadão Conteúdo

Page 6: DC 06/12/2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 20126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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O importante é mostrar que a AGU é uma instituição firme.Luís Inácio Adams, ministro da AGU.política

OPERAÇÃO PORTO SEGURO

Adams depõe e anuncia providências

Oministro da Advo-c a c i a - G e r a l d aUnião (AGU), LuísInácio Adams, con-

firmou ontem que ao menos40 atos do ex-advogado ad-junto da União indiciado pelaoperação Porto Seguro da Po-lícia Federal, José Weber deHolanda Alves, serão alvo derevisãopelo órgão.Segundo investigações da

operação da PF, Weber inte-gravaesquemacriminosoqueoperava vendendo pareceresilegaisaempresáriosqueque-riam obter vantagens do go-verno. Exonerado, a AGUabriu sindicância para anali-sar seus atos.O inquérito da operação

Porto Seguro, segundo o mi-nistro da Justiça, JoséEduardoCardozo, será encerrado nospróximos 20 dias. A operaçãocumpriumandadosdebuscaeapreensão em órgãos do go-verno federal e no escritórioda Presidência em São Pauloem23denovembro.O esquema seria comanda-

do pelos diretores da AgênciaNacionaldeÁguas(ANA),Pau-lo Vieira, e da Agência Nacio-naldaAviaçãoCivil(Anac),Ru-bens Vieira, e Marcelo Vieira,todos irmãos. Os dois primei-ros foram afastados dos seuscargos e são alvo de sindicân-cia das agências."Weber não tinha poder de

decisão (...), só se fosse apro-vado pelo consultor-geral daUnião ou advogado-geral daUnião", disse disse Adams emaudiência noSenado, onde foiconvidado a se explicar. Mes-mo assim, dos 4 mil atos da

AGU em análise, 942 passa-ram pelas mãos de Weber e,em40 deles, ele teve atuaçãodireta, obrigando a AGU a re-vê-los.Antes do início da sessão,

Adams declarou que conside-rao relacionamentodeWebercomosVieira "promíscuo".Demissão, não – Adams ne-

gou que vá se demitir ou que

Ed Ferreira/Estadão Conteúdo

Adams (à direita) diz queacreditava na função de Weber.

E Cardozo insiste em que a PF nãoviu motivos para a PF indiciar

Rose por formação de quadrilha.

Acusado de conivência e hostilizado por colegas, advogado-geral da União diz que 40 atos de seu ex-assessor, José Weber de Holanda Alves, serão alvo de revisão.

tenha perdido a confiança dapresidente Dilma Rousseff:"Nãosouporta-vozdosindica-lismo e nãome sinto atingido.(...) O importante é mostrarque a AGU é uma instituição

firme. Desvios acontecem, in-felizmente, como em várioslugares, mas são identifica-dos, corrigidos e vão ser puni-dos conformea lei".Arrependido de ter levado

José Weber para a função deadjuntonaAGU?: "Eu leveiumtécnico, pessoa que acredita-va que cumpria uma função,tinhaumatrajetória técnica. Éuma pessoa que vinha traba-lhando em altas funções dogovernodesde2001"."Infelizmente, ele quebrou

a confiança e isso não se re-compõe. Qualquer institui-ção, em qualquer lugar do

mundo, vive com o dilema dedesvio de conduta por partede servidores".Justiça – Oministro da Justi-

ça, que participou da audiên-cia, insistiu quenãohaviamo-

Desvios acontecem,como em várioslugares, mas sãoidentificados,corrigidos e serãopunidos de acordocom a lei.

LUÍS INÁCIO ADAMS

Situação tornou-se 'insustentável'É assim que senadores se referem à condição do advogado-geral, que teve depoimento interrompido por vaias.

Oministro Luís InácioAdams provocou críti-cas da oposição ao di-

zer, ontem, em audiência pú-blicanoSenado,quenãosabiade alguns processos envol-vendo o seu ex-braço direitona AGU (Advocacia Geral daUnião), José Weber. Flagradona operação Porto Seguro, daPolíciaFederal (PF),queapuraumesquemadecomprapare-ceres públicos para atender ainteressesprivados,Weberfoiexonerado do cargo de con-fiançaháduas semanas."Achomuitoestranhooche-

fe da AGU não saber dos pro-cessosenvolvendoseusubor-dinado.Asituaçãodelebeiraainsustentabilidade. Como elesabe de uns processos e nãosabe de outros?", indagou, in-trigado, o senador Randolfe

Rodrigues (PSol-AP).O senador Pedro Simon

(PMDB-RS) também classifi-couasituaçãodeAdamscomo"delicada". "O senhor indicouoprocuradoreachefedaCasaCivil (DilmaRousseff)nãocon-cordou, rejeitou. Aí saiu a che-fe da Casa Civil, vossa exce-lência voltou com o mesmonome(quandoEreniceGuerrasubstituiu Dilma no cargo),que tem biografia negativa,um nome que ficou provadoque não podia e não devia en-trar naAGU".CoubeaoministrodaJustiça

José Eduardo Cardozo sair emdefesadeAdams.Semserefe-rir ao colega, o ministro disseque todos "erram" na indica-ção de subordinados e citou ocaso Demóstenes Torres co-mo exemplo. "Tinha um sena-

dorque recebi váriasvezesnoministérioda Justiçaeeutinhaum apreço. Todos nós erra-mos. Ninguém pode eliminaressa possibilidade de erro".Demóstenes era consideradoexemploéticoatéser flagradoem relacionamento com ocontraventorCarlos AugustoRamos, Carlinhos Cachoeira,acusado de comandar esque-ma de corrupção de agentespúblicos e jogo ilegal.Vaias e palhaços – Durante a

sessão no Senado, servidoresda AGU que acompanham odepoimento vaiaramAdams.Houve também um apitaço

quando Adams iniciou sua fa-la, interrompido após o presi-dente da Comissão de Consti-tuiçãoeJustiça,EunícioOlivei-ra(PMDB-CE),ameaçarretiraro grupoda sala.

Advogadoscomnarizdepa-lhaçoeapitos, interromperamsonoramente o depoimentodo advogado-geral da União-pedindo que ele se peça de-missãodo cargo."Fora Adams, fora Adams",

gritavam os manifestantes,dizendosermembrosdaAsso-ciação Nacional dos Advoga-dos daUnião.Novamente o senador Euní-

cioOliveira falounomicrofonedizendo que chamaria os se-gurançaspara retirarosmani-festantescasoelescontinuas-sem a obstruir a audiênciacom apitos e palavras de or-dem. Os advogados da União,então, retiraramosnarizes depalhaço e permaneceram emsilêncio."Estamos aqui para defen-

der a instituição (SAG. Quere-mosasaídadoAdamsapóses-sas denúncias", disse umamanifestante, quenãoquis seidentificar.SegundoaPF,WeberdeHo-

landa teria beneficiado o ex-senador Gilberto Miranda(PMDB-AM) na regularizaçãode duas ilhas no litoral paulis-ta,emitindoparecerfavorávelna AGU em troca de vanta-gens. As investigações dizemque ele recebeu uma viagemde cruzeiro, além de propina,pelasmãosdePauloVieira,di-retor exonerado da AgênciaNacional de Águas, apontadocomo o chefe do suposto es-quema. Weber nega todasacusaçõesedizquepagoupe-la viagem. (Agências)

Senador RandolfeRodrigues: "Asituação delebeira ainsustentabilidade.Como ele sabe deuns processos enão sabe deoutros?".

Sergio Lima/Folhapress

Rubens Vieira: senadores querem que esclareça escândalo.

Reprodução

Rubens Vieira aceitafalar no Senado

Oex-diretor da Agên-ciaNacionaldeAvia-ção Civil (Anac) Ru-

bens Rodrigues Vieira acei-tou o convite para depor naComissãode Infraestruturado Senado (CI). Ele foi afas-tado do cargo, junto com oirmão, Paulo RodriguesVieira, ex-diretor da Agên-c ia Nac iona l de Águas(ANA), depois que a Opera-ção Porto Seguro da PolíciaFederal identificou esque-ma de venda de parecerestécnicosdeórgãospúblicosagrupos interessados.Segundo investigações

daPF,aex-chefedegabine-te da Presidência em SãoPaulo Rosemary Nóvoa deNoronha teria acertado anomeação dos irmãos Viei-ra com o então presidenteLuiz Inácio Lula daSilva.Autor do convite, o líder

do PSDB, senador ÁlvaroDias (PR) disse que ele res-pondeu ao ofício da comis-são afirmando que não po-deria comparecer ontem,mas que estaria disponívelemumanovadata.O convite para depor foi

aprovado na CI na últimaquinta-feira, por causa decochilodosgovernistasquechegaram atrasados à ses-são. Como Rubens estavapreso na ocasião, o líder doPT,senadorWalterPinheiro(BA), ironizou o convite, di-zendo que o ex-diretor daAnacnão compareceria.Álvaro Dias disse tam-

bémesperar queogovernocuidará de "blindar" as de-claraçõesdeRubensVieira:"Como,aliás,ofazemtodosos casos que respingam nopróprio governo". (EstadãoConteúdo)

tivos técnicos para quebrar osigilo telefônico da ex-chefede gabinete do escritório daPresidência em São Paulo Ro-semaryNoronha.O procedimento adotado

pela PF levanta suspeitas daoposição que considera que,pelaimportânciadocargo,Ro-semary deveria ter sido indi-ciadapor formaçãodequadri-lha. A PF a indiciou por falsida-

de ideológica,corrupçãoativae tráfico de influência.Cardozo afirmou que o in-

quérito ainda não foi concluí-do é possível que haja novosindiciamentos. (Agências)

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

SESCON-SP | Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo

AESCON-SP | Associação das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo

Presidente: José Maria Chapina Alcazar | Gestão: 2010/2012

Av. Tiradentes, 960 | Luz | São Paulo / SP | CEP: 01102-000 (a 50m da estação Armênia do metrô)Tel.: (11) 3304-4400 | Fax: (11) 3304-4510

Envie sugestões para: [email protected]

Filiado à: Iniciativa:

Oficina de Cálculos Trabalhistas - 3.4 13 e 14 de dezembro, das 19hàs 22h30

Operações Triangulares 12 de dezembro, das 9h às 18h

DACON - PRAZO DE ENTREGA - OUTUBRO E NOVEMBRO DE 2012Por meio da Instrução Normativa 1.302/2012 foi prorrogado o prazode entrega do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais(Dacon) para o dia 7 de fevereiro de 2013, relativo a fatos geradoresocorridos nos meses de outubro e novembro de 2012. A prorrogaçãotambém se aplica aos casos de extinção, incorporação, fusão, cisãoparcial ou cisão total que ocorrerem nos meses de outubro e no-vembro de 2012.

INSS - DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO - BASE DE CÁLCULO DACONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTAPor meio do Parecer Normativo RFB 3/2012 foi definida a base decálculo da receita bruta, para fins da contribuição previdenciáriasubstitutiva, prevista nos arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546/2011. A receitabruta que constitui a base de cálculo da contribuição substitutivacompreende: a) a receita decorrente da venda de bens nas opera-ções de conta própria; b) a receita decorrente da prestação de ser-viços; c) o resultado auferido nas operações de conta alheia. Por suavez, podem ser excluídos da mencionada receita bruta: a) a receitabruta de exportações; b) as vendas canceladas e os descontos incon-dicionais concedidos; c) o Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI), quando incluído na receita bruta;d) o Imposto sobre Operaçõesrelativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Servi-ços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação(ICMS), quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dosserviços na condição de substituto tributário.

Ano VII No 380 | 06 de Dezembro de 2012Próxima Edição: dia 13, quinta-feira

www.sescon.org.br

AGENDA DECURSOS

Fonte: Thomson Reuters FISCOSoft | www.fiscosoft.com.brDICAS&NOTAS

Substituição Tributária 14 de dezembro, das 9h às 18h

BOM PARA O CIDADÃO, BOM PARA AS EMPRESAS, BOM PARA O BRASIL

Aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados, após mais deseis anos de tramitação, o Projeto de Lei 1.472, que exige a informa-ção ao consumidor sobre a carga tributária embutida nos preços

dos produtos e serviços, aguarda a sanção da presidente Dilma Rousseff.Em 2006, omovimento “De Olho no Imposto”mobilizou o segmento pro-dutivo e a população, conseguindo angariar mais de 1,5 milhão de ade-sões em um abaixo-assinado a favor do PL.

Agora, diante de algumas resistências, a sociedade volta a se unir paraapoiar o projeto.Ontem,evento organizado pela Associação Comercial deSão Paulo no Masp reuniu novamente as entidades do empreendedoris-mo, representantes do executivo e do legislativo, lideranças dos setorespatronais e laborais e a imprensa na mobilização “Não Veta Dilma”.

Para o presidente do SESCON-SP, José Maria Chapina Alcazar, a aprova-ção do PL deve significar uma grande revolução na relação da sociedadecom o governo, pois imprimirá mais transparência aos processos. “Ao terciência do quanto paga de imposto, a população terá mais condições deexigir o retorno deste montante em benefícios sociais, como Saúde, Se-gurança e Educação”, destaca o líder contábil, frisando que grande partedos brasileiros não sabe que, em alguns produtos, a carga tributária poderepresentar mais da metade do valor total do produto ou serviço.

Alémdisso,o líder setorial aponta benefício para o empreendedorismo.“Este pode ser tambémumavanço para as empresas, que hoje financiamo Estado ao recolher seus tributos antes mesmo de receber pelas merca-dorias ou serviços. A transparência com a aprovação deste projeto serámais um subsídio para revertermos este quadro”, diz.

Chapina Alcazar explica que as resistências ao PL, que apontam custosoperacionais e problemas com implantação, não têm fundamento, pois otexto é flexível e prevê as alternativas de fixação de cartazes com a cargatributária nos estabelecimentos comerciais, ou emmeios eletrônicos, ououtros impressos. “A opção do modelo mais adequado será do empreen-dedor”, reforça ele, ressaltando ainda que a incumbência dos cálculos nãoserá efetivamente das empresas, mas de uma instituição nacional a serdefinida e que a inteligência fiscal brasileira, que tem sido modelo paraoutros países, pode ser utilizada desta vez em benefício do cidadão.

O vice-governador do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos,e um dos idealizadores da proposta, frisou a relevância do projeto para a

Fique por dentro dos acontecimentos da semana, não perca a TV SESCON-SP!Todas as quartas-feiras às 22h na TV Aberta nos canais: 09 da NET; 72 e 99 da Vivo TV e 186 da Vivo TV Digital.

Mobilização realizada ontem, no Masp

Participação do presidente do SESCON-SP no ato “Não Veta Dilma”

Ato “Não Veta Dilma” reúne novamente entidades do empreendedorismo que integraram a campanha “De Olho no Imposto” para reafirmar importância dea sociedade saber o quanto paga de imposto

evolução da cidadania. “Muitas pessoas acham que por serem isentas doimposto de renda não pagam tributos. A partir do momento que todossouberem o quanto pagam, haverá uma revolução”, argumentou.

Participaram do evento lideranças da ACSP, Fecomercio-SP, OAB SP, Al-shop, Fiesp, UGT, Força Sindical, Sebrae-SP, representantes do Executivo edo Legislativo, de empresas patronais e laborais, entre outros.

As lideranças agora devem se encontrar com a presidente Dilma Rous-seff para entregar ummanifesto assinado por diversas entidades em fa-vor do projeto.

Você sabe o quanto eu gosto de ajudar as pessoas. Você é igual nè?E-mail de Rosemary Noronha para Paulo Vieira, interceptado pela PF.política

Brasil melhora posiçãono ranking da corrupçãoEstudo da ONG Transparência Internacional classifica o País em 69º lugar entre os 176 pesquisados

PALHACEATA – Uma brincadeira irreverente mudou a cara do Centro do Rio, ontem. A Cinelândia foi olocal escolhido para uma passeata de palhaços – evento que acontece em dezembro em todo o País.

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AONG TransparênciaInternacional divul-gou hoje um rankingglobal de corrupção,

no qual o Brasil ficou na 69ª po-sição, com 43 pontos, em umaescala que vai de 0 (absoluta-mente corrupto) a 100 (muitotransparente). Somália apa-rece como o país mais corrup-to do mundo, seguida pela Co-reia do Norte e pelo Afeganis-tão. Os países mais transpa-rentes, segundo o relatório,são a Dinamarca, a Finlândia ea Nova Zelândia. O Índice dePercepção da Corrupção (CPI,na sigla em inglês), elaboradoanualmente pela organiza-ção, teve pouca variação emrelação aos anos anteriores.

Em comunicado, a ONG co-brou da opinião pública mun-dial uma postura mais incisivaem favor da transparência,desde o Oriente Médio até aÁsia e a Europa, locais em quehouve poucos avanços e, emalguns casos, até ocorreramretrocessos.

A organização adverte queapenas um terço dos 176 paí-ses estudados aprovam a aná-lise, apesar de os apelos doscidadãos contra práticas decorrupção terem ganhado for-ça em todo o mundo com o im-pulso da Primavera Árabe. "Is-so mostra que as instituiçõespúblicas devem aumentar sua

esses últimos, a Transparên-cia Internacional assinalouque a ausência de instituiçõespúblicas eficazes e líderes queprestem contas de suas açõesressaltam a necessidade deadotar uma postura muitomais firme ante a corrupção.

Na América Latina, apenasquatro dos 20 países analisa-

nente, mas acima dos paísesdo Sul e do Leste.

A Grécia é o país da UniãoEuropeia com pior pontuação– apenas 36 pontos. Os paísesque obtiveram os resultadosmais insatisfatórios na regiãoforam os que mais gravemen-te afetados pela crise econô-mica e financeira e reiterouque a Europa deve abordar osriscos de corrupção no setorpúblico para superar a crise.

Entre as grandes potênciasse destacam a China (39), na80ª colocação, e os EstadosUnidos (73), que passaram do24º para o 19º posto, enquan-to a Alemanha (79) e o Japão(74) ficaram na 13ª e 17ª colo-cações, respectivamente.

Para organizar a lista, quereflete apenas a percepção dacorrupção, a ONG se baseiaem dados de 13 instituições in-ternacionais, como o BancoMundial, os bancos asiático eafricano de desenvolvimentoou o Fórum Econômico Mun-dial. ( Fo l h a p r e s s )

Jorge Araújo/Folhapress – 03.06.09

Rosemary: festança no camarote para o irmão e a cunhada.

Rosemary tambémpediu convites para o

Carnaval no Rio

Ro semary Nóvoa No-ronha, ex-chefe degabinete do estritó-

rio da Presidência da Repú-blica, em São Paulo, antesde ser exonerada pela pre-sidente Dilma Rousseff, pe-diu a Paulo Vieira, ex-dire-tor afastado da Agência Na-cional de Águas (ANA), con-vites para um camarote doGrupo Libra, que opera ter-minais no Porto de Santos.Fo i para o Carnaval de2011, no Rio de Janeiro.

Irmão e cunhada – R o se ,como é chamada, queriadar os convites para o irmãoe a cunhada. Na mensagema Vieira, interceptada pelaPolícia Federal, ela escre-veu. "Vc sabe o qto gosto deajudar as pessoas. Vc éigual, né?" Ela faz o pedido eafirma que "Mirelle já foi noano passado". Mirelle Nó-voa Noronha é a sua filha.

Rose e Vieira são investi-gados na Operação PortoSeguro, que foi deflagradaapós as denúncias de enco-menda de pareceres quebeneficiariam a Tecondi,empresa que atua no Portode Santos. Vieira tinha in-fluência no porto.

Foi presidente do Conse-lho Fiscal da CompanhiaDocas do Estado de SãoPaulo (Codesp) e, a partirde 2011, integrante doConselho de Administra-

ção. Mantinha, portanto,relação com as empresasdo setor. Em 2005, chegoua articular uma anistia parauma dívida da Libra de cer-ca de R$ 120 milhões. A ne-gociação foi travada peloministério dos Transportes,que na época era responsá-vel pela Codesp.

Blindagem – I nt e g ra n te sda base aliada do governoderrubaram ontem cincopedidos feitos pela oposi-ção para que investigadospela Operação Porto Segu-ro prestassem esclareci-mento na Comissão de Fis-calização e Controle da Câ-mara. Por 12 votos a 3, umdos requerimentos apre-sentados pelos deputadosVanderlei Macris (PSDB-SP) e Mendonça Filho (DEM-PE) foi derrubado. "O quevemos é uma coisa absolu-tamente estranha. A basealiada protegendo as pes-soas que estão sendo in-vestigadas", disse Macris,após a rejeição.

O requerimento era dire-cionado à Rosemary, ex-chefe de gabinete da Presi-dência em São Paulo; ao ex-advo gado-ge ral-adj untoda União, José Weber Ho-landa, e aos ex-diretores daANA e da Agência Nacionalde Aviação Civil (Anac),Paulo e Rubens Vieira, res-pectivamente. ( Fo l h a p r e s s )

transparência, e que os fun-cionários devem prestar con-tas de maneira mais rigorosa",diz o comunicado.

Na escala criada pela ONG,Dinamarca, Finlândia e NovaZelândia alcançaram 90 pon-tos, enquanto Somália, Coreiado Norte e Afeganistão soma-ram oito pontos cada. Sobre

dos ultrapassam os 50 pontos.A Venezuela e o Paraguai sãopercebidos como os paísesmais corruptos, enquanto Chi-le e Uruguai se mantiveram oslíderes em transparência. En-tre os países europeus, a Espa-nha fica na metade da tabela,abaixo dos países nórdicos edas nações do centro do conti-

Marcelo Fonseca/Honopix/Folhapress

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quinta-feira, 6 de dezembro de 20128 DIÁRIO DO COMÉRCIO

A presidente se preocupou, com o veto parcial, em impedir alterações nos contratos já assinados.Sérgio Cabral Filho, governador do Rio.política

Congresso discute veto na próxima semanaPromessa de análise da recusa da presidente em aceitar texto do Legislativo é do presidente do Senado, José Sarney, depois de ouvir queixas de representantes de 24 estados.

Opresidente do Se-nado, José Sarney(PMDB-AP), prome-teu colocar em vo-

tação na semana que vem opedido de urgência para a vo-tação do veto da presidenteDilma Rousseff à distribuiçãodos royalties do pré-sal.

Em reunião com deputadose senadores representantesde 24 estados, o peemedebis-ta confirmou a sessão do Con-gresso Nacional para a próxi-ma terça-feira.

Como o regimento do Con-gresso prevê o prazo de 5 diasentre a aprovação da urgênciae a votação, a expectativa é deque os parlamentares possamanalisar o veto de Dilma na úl-tima semana antes do recessoparlamentar – entre os dias 18e 20 de dezembro.

Os parlamentares contrá-rios ao veto conseguiram reu-nir mais de 41 assinaturas noSenado e outras 257 na Câma-ra para o pedido de urgência àvotação do veto. A urgênciapermite que o veto "fure a fila"dos mais de 3 mil que ainda es-peram por análise do Congres-so Nacional.

"O senador Sarney disseque vai cumprir o regimento.Na sessão em que votarmos aurgência, ele marca a outrapara a análise do veto. A genteacredita que o veto vai ser der-rubado por coerência da maio-ria dos parlamentares que jáhavia aprovado isso antes",disse o senador Waldemir Mo-ka (PMDB-MS).

O senador Wellington Dias(PT-PI), um dos líderes do mo-vimento, afirmou que o Con-gresso é a "Casa legítima" pa-ra decidir se a postura da pre-sidente Dilma foi correta.

O petista disse esperar queRio de Janeiro e Espírito Santo,favoráveis ao veto, façam um"entendimento" com os de-mais estados para solucionaro impasse. Os dois estados sãoprodutores de petróleo e, porisso, reivindicam maior fatiada distribuição dos recursosdos royalties.

Único representante na reu-nião dos estados produtores,o deputado Alessandro Molon(PT-RJ) disse que vai trabalharpara impedir que o veto sejaderrubado – mesmo sabendoque os dois estados são mino-ria no Congresso.

reunião do presidente do Se-nado com os parlamentares.

Na semana passada, Dilmavetou integralmente o artigoque previa uma distribuiçãomais igualitária das receitasde exploração do petróleo emáreas já licitadas.

A decisão da presidenteatendeu a pressão de estadosprodutores como Rio de Janei-ro e Espírito Santo e desenca-deou uma reação de represen-tantes de municípios não pro-dutores de petróleo que pro-metem tentar derrubar osvetos e alterar a lei.

Para o veto integral ao arti-go que previa a redistribuiçãomais igualitária dos recursos,Dilma justificou dizendo queseria inconstitucional alteraruma "receita certa" esperadapelos estados e municípiosprodutores.

Destinação – Enquanto go-vernadores e prefeitos plei-teiam o uso dos royalties dasnovas áreas de petróleo emprojetos de "conhecimento", apresidente Dilma insiste queos recursos sejam usados emeducação básica.

Na manhã de ontem, Dilmaafirmou que destinou as recei-tas do petróleo para seremusados em creches, alfabeti-zação em idade certa e educa-ção em tempo integral. Ela dis-se que as crianças devem es-tudar no segundo turno nãoapenas artes e esportes comotambém matemática, portu-guês, ciências e línguas.

"Não tem tecnologia, ciên-cia, inovação sem educaçãode qualidade nesse país", dis-se a presidente a uma plateiade empresários, durante En-contro Nacional da Indústria,em Brasília. (Agências)

Ogovernador do Rio,Sérgio Cabral (PMDB),af irmou ontem que

"vai prevalecer a tranquilida-de" na discussão sobre osroyalties do petróleo no Con-gresso. Governadores de 24estados se articulam para der-rubar o veto da presidente Dil-ma Rousseff na lei que redistri-bui os recursos de blocos quejá foram licitados.

Cabral disse que tem con-versado com Dilma e o vice-presidente Michel Temer. Pa-ra ele, a redistribuição dosroyalties dos blocos já licita-dos, vetada pela presidente,"não vai resolver o problemados estados e municípios".

"A derrubada do veto, quealguns desejam, não resolveos problemas dos estados bra-sileiros, e no entanto quebra oRio", argumenta. "Não resolveo problema dos municípiosbrasileiros, e no entanto que-bra os municípios do Rio. (...)Ninguém pode rasgar contra-to no Brasil".

O peemedebista voltou aafirmar que o estado perdemais de R$ 2,6 bilhões caso oveto seja derrubado. E disseque o Rio perde receita em ra-zão dos blocos não licitados.

"O resultado final nos vai fa-zer perder receita em funçãodos contratos que serão assi-nados, não só no pré-sal, mas

no pós-sal também. Portanto,o Rio perderá. Por outro lado apresidente se preocupou, como veto parcial, em impedir al-terações incluídas nos contra-tos já assinados".

Ele disse ainda que, sem osrecursos, não tem "condiçõesde governabilidade".

"Quebra o Rio de Janeiro.Não tenho condições de go-vernabilidade com menosR$ 2,6 bilhões, R$ 3 bilhões".

"Vai prevalecer a tranquili-dade na discussão desse te-ma. O Congresso sai vitoriosocom a Medida Provisória. Ape-nas com o veto parcial, que im-pede a quebra de contratos jáassinados". ( Fo l h a p r e s s )

A gente acreditaque o veto vai serderrubado porcoerência dosparlamentares quejá havia aprovadoisso antes.

WALDEMIR MOK A (PMDB-MS).

"É melhor não votar o veto etentar encontrar uma saídacom o mínimo de consenso. Euvou lutar para que o veto nãoseja apreciado".

Antes do encontro, Sarneydisse que a decisão sobre aderrubada do veto "não é soli-tária", por isso consultaria osparlamentares para decidirsobre a sua votação: "Temosque chegar a uma fórmula queatenda a todo mundo".

Governadores de estadosnão produtores de petróleoeram esperados para se reunircom Sarney para discutir o ve-to, mas nenhum participou da

'Vai prevalecer a tranquilidade'Governador do Rio argumenta que redistribuição não resolve o problema dos estados

Cabral: "Não tenho condições de governabilidade com menos R$ 2,6 bilhões, R$ 3 bilhões".

Luiz Roberto Lima/Futura Press/Estadão Conteúdo

Maia defende revisão do poderde veto de presidente

Opresidente da Câmarados Deputados, MarcoMaia (PT-RS),

defendeu ontem que sejareavaliada a possibilidade deo presidente da Repúblicavetar projetos aprovadospelo Legislativo.

Ele citou o exemplo do vetoda presidente Dilma Rousseffà parte do projeto de lei quealterava a divisão dosroyalties de petróleo,atendendo a reivindicação deestados produtores depetróleo que temiam perdade arrecadação.

Maia afirmou que "80 porcento" da populaçãobrasileira é a favor da

distribuição como aprovadano Congresso, queaumentava a parcelarecebida por estados nãoprodutores de petróleo.

"A decisão tomada pelaCâmara contempla a maioriados Estados, dos municípios,enfim, a maioria dapopulação brasileira... O vetoacaba expressando a opiniãoda presidente (da República),no caso específico", disse.

A presidente Dilma vetouparcialmente na últimasexta-feira o projeto de lei doCongresso que redistribuía osroyalties arrecadados com aexploração de petróleo doscontratos em vigor, mas

manteve a distribuiçãoestabelecida pelo Legislativopara as novas licitações.

De acordo com o governo, oprojeto aprovado peloCongresso feria o direitoadquirido ao alterar adistribuição dos royalties doscontratos em vigor, assimatendendo à reivindicaçãodos estados produtores.

Mais cedo, Marco Maiahavia dito que era possível oCongresso apreciar o veto,apesar de não ser praxe avotação.

Há vetos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula daSilva ainda não colocados empauta. (Reuters)Maia com líderes: "O veto acaba expressando a opinião da presidente (da República)".

Rodolfo Stuckert/Agência Câmara

PSol acusa tucano de fraudeSenador Randolfe Rodrigues diz que não assinou projeto de autoria de Aloysio Nunes. E o clima esquenta.

AProposta de EmendaConstitucional (PEC)que prevê a redução da

maioridade penal de 18 para16 anos provocou ontem umdesentendimento entre os se-nadores Aloysio Nunes Ferrei-ra (PSDB-SP) e Randolfe Rodri-gues (PSol-AP), que acusou aassessoria do tucano de terfalsificado a sua assinaturaem apoio a proposta de auto-ria de Aloysio Nunes.

Irritado com a acusação,postada no blog de Randolfe,Nunes pediu que o caso sejaapurado pela Comissão deConstituição e Justiça: "Eu nãoposso conviver com essa acu-sação de que fraudei a assina-tura de um colega. É uma acu-sação infame que causou pro-funda tristeza e indignação.Peço que seja aberta sindicân-cia para apurar o caso".

Como manda o regimentodo Senado, Nunes recolheuassinaturas para que a PEC pu-desse tramitar. Randolfe dis-se que a sua assinatura foi co-

lhida em uma folha avulsa,sem a explicação da propos-ta." Disse ainda que não auto-rizava o uso da sua assinaturano projeto, até por que discor-da totalmente da proposta.

Em defesa de sua assessoraque colheu a assinatura, Nu-nes disse que ela tem sua "to-tal confiança" e "jamais falsifi-

caria" qualquer informação."É uma acusação infamante.Diante da possível fraude, eledisse que ia me investigar.Quem quer investigá-lo soueu", afirmou Nunes.

O presidente da CCJ, o sena-dor Eunício Oliveira (PMDB-CE), deu prazo até a próximasemana para que Randolfe se

explique antes de encaminharo caso ao Conselho de Ética. JáAloysio Nunes teve o apoio dediversos senadores, da situa-ção e da oposição. Líder do go-verno, o senador Eduardo Bra-ga (PMDB-AM) disse torcer pa-ra que as declarações de Ran-dolfe sejam um "ruído decomunicação". ( Fo l h a p r e s s )

Aloysio Nunes:senador

tucanodefende

assessora epede

investigaçãocontra RandofeRodrigues, que

o acusou defraude.

Sérgio Lima/Folhapress

CCJ do Senado aprovacriação do vale-cultura

AComissão de Constitui-ção e Justiça (CCJ) do

Senado aprovou ontem oprojeto de lei da Câmaraque cria o vale-cultura.

De acordo com o projeto,serão concedidos R$ 50 pormês aos trabalhadores con-tratados pelo Regime daConsolidação das Leis doTrabalho (CLT) que ganhamaté 5 salários mínimos.

Após a reunião da CCJ, o lí-der do governo no Senado,Eduardo Braga (PMDB-AM),disse que será requerida aurgência para que a maté-ria seja votada direto no ple-nário até a próxima sema-na. Caso seja aprovado emplenário da forma como es-tá, o projeto seguirá parasanção da presidente DilmaRousseff, já que não houvequalquer alteração no textoprocedente da Câmara.

Os trabalhadores regidospela CLT que recebem aci-ma de 5 salários mínimos

poderão ter acesso ao vale-cultura reduzido entre 20%e 90%, dependendo da re-gulamentação da lei.

O vale dará desconto emteatros, cinemas, showsmusicais e museus.

Um estudo do IBGE revelaque 9 em cada 10 brasilei-ros nunca foram a museus eteatros; 90% das cidadesdo País sequer possuem ci-nema; só 17% da populaçãocompram pelo menos um li-vro por ano.

Segundo o relator da ma-téria, senador Eunício Oli-veira (PMDB-CE), "o ValeCultura promoverá a uni-versalização do acesso dosbens e serviços culturais;estimulará a visitação a es-tabelecimentos e serviçosculturais e artísticos e in-centivará o acesso a even-tos e espetáculos, fortale-cendo a demanda agrega-da da economia da culturano Brasil". (Agências)

Page 9: DC 06/12/2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

Bradesco Leasing S.A. - ArrendamentoMercantil

CNPJ no 47.509.120/0001-82 - NIRE 35.300.151.381Ata da Reunião Extraordinária no 68, do Conselho de Administração,

realizada em 4.12.2012

Aos 4 dias do mês de dezembro de 2012, às 10h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Prata,2o andar, Vila Yara, Osasco, SP, reuniram-se os membros do Conselho de Administração daSociedade, sob a presidência do senhor Lázaro de Mello Brandão. Durante a reunião, osConselheiros tomaram as seguintes deliberações:

I) nos termos da Cláusula 4.4.1 do “Instrumento Particular de Escritura da 5a Emissão Públicade Debêntures Simples, Não Conversíveis em Ações, em Série Única, da EspécieSubordinada, da Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil” (Escritura de Emissão),referente à 5a Emissão de Debêntures, registrada na Comissão de Valores Mobiliários - CVMsob no CVM/SRE/DEB/2008/003 (Debêntures), no âmbito do 3o Programa de Distribuição deValores Mobiliários, arquivado na CVM sob no CVM/SRE/PRO/2008/002 (3o Programa deDistribuição), os Juros Remuneratórios relativos ao novo período de vigência, conformedefinido na Escritura de Emissão, passarão, a partir de 2 de janeiro de 2013 e até 2 de janeirode 2028, a ser calculados conforme segue: Juros Remuneratórios: a partir de 2 de janeirode 2013 e até 2 de janeiro de 2028, as Debêntures renderão juros equivalentes à variaçãoacumulada de 100% (cento por cento) das taxas médias diárias dos DepósitosInterfinanceiros - DI de um dia, Extra-Grupo (Taxas DI), expressas na forma porcentual aoano, base 252 (duzentos e cinquenta e dois) dias úteis, calculadas e divulgadas pela CETIPS.A. – Balcão Organizado de Ativos e Derivativos, incidente sobre o valor nominal dadebênture, pro rata temporis;

II) esclarecer que permanecem inalteradas todas as demais características das Debêntures.

Nada mais foi tratado, encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata que os Conselheirospresentes assinam. aa) Lázaro de Mello Brandão, Antônio Bornia, Mário da Silveira TeixeiraJúnior, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Carlos Alberto Rodrigues Guilherme e Milton Matsumoto.Declaramos que a presente é cópia fiel da Ata da Reunião Extraordinária no 68, do Conselho deAdministração, realizada em 4 de dezembro de 2012, lavrada em livro próprio. Bradesco LeasingS.A. - Arrendamento Mercantil. aa) José Alcides Munhoz e Aurélio Conrado Boni.

ISR AELComissão recebeprojeto paraconstrução de casasna Cisjordânia

CASA BRANCAWashington Post:Hillary Clinton édemocrata favoritapara 2016nternacional

Amr Abdallah Dalsh/Reuters

Nos arredores do palácio, opositores pintaram murais contra Morsi. Eles criticam a nova Constituição e pedem o fim dos superpoderes do presidente.

BATALHA CAMPAL NO EGITOPalácio presidencial no Cairo vira palco de confrontos entre partidários e opositores de Morsi

Aqueda de braço entreos simpatizantes eopositores do presi-d e n t e d o E g i t o ,

Mohammed Morsi, culminouontem em uma batalha cam-pal nos arredores do paláciopresidencial no Cairo. Pedras,paus e bombas incendiáriasforam atirados de lado a lado,deixando pelo menos 211 pes-soas feridas, segundo o Minis-tério da Saúde. Fontes poli-ciais informaram que houveduas mortes, de um homem euma mulher, o que não foi con-firmado oficialmente.

No segundo dia de conflitosdiante da sede do governoegípcio, milhares de partidá-rios islamitas de Morsi foramao local e derrubaram tendaserguidas pelos opositores,que começaram um protestona terça-feira contra os pode-res ampliados do presidente esua decisão de apressar umanova Constituição, que elesalegam não representar todaa nação.

"Eles bateram em nós e des-truíram as nossas tendas. Estáfeliz, Morsi?", indagou Hai-tham Ahmed, um dos manifes-tantes. Uma organização es-querdista acusou islamitas dedeceparem a orelha de um dosseus integrantes.

Os opositores correram pa-ra as ruas da região e gritaramslogans anti-Morsi. Mas volta-ram mais tarde, armados combarras e clavas, e começarama golpear os islamitas.

A tropa de choque da políciafoi mobilizada para separar osdois grupos rivais. A região fi-cou repleta de ambulâncias,jovens correndo, pequenos in-cêndios causados pelos co-quetéis molotov e lojas e veí-culos destruídos.

Além da capital egípcia,houve tumulto em cidades co-mo Ismailia e Suez, onde, se-gundo relatos, escritórios daIrmandade Muçulmana foramincendiados. Em seu site, ogrupo acusou as forças de se-gurança e de proteção civil deterem sido "negligentes" pe-rante os ataques sofridos.

Diálogo - Em entrevista cole-tiva, o prêmio Nobel da pazMohamed El Baradei, o ex-se-cretário-geral da Liga ÁrabeAmr Moussa e o ex-candidatopresidencial esquerdistaHamdin Sabahi disseram queo "regime, autoritário e re-pressivo, perde legitimidadedia a dia".

"O presidente Morsi é com-pletamente responsável pelaviolência. Estamos prontos adialogar, mas só se o decretoconstitucional for anulado",disse El Baradei, exortandoMorsi a anunciar as bases parao diálogo nacional.

"A bola está agora em seucampo", afirmou.

Acordo - As declarações fo-ram dadas poucas horas depoisde o vice-presidente egípcio,Mahmoud Mekky, fazer umaconfusa oferta para negociarcom a oposição os artigos daConstituição em disputa.

"Podemos chegar a um acor-do através do diálogo", decla-rou Mekky, que encorajou a to-das as forças políticas a enviarsuas observações ao presiden-te com o objetivo de chegar aum acordo escrito.

Mekky disse que os artigosmais controversos da novaCarta podem receber emen-das negociadas com a oposi-ção – mas só depois do refe-rendo para aprovar a Consti-

tuição, marcado para 15 dedezembro. "É preciso haverconsenso", afirmou ele.

Entre os pontos polêmicos daCarta, além das referências à leiislâmica, estão a manutençãode poderes dos militares e a ine-xistência de garantias específi-cas dos direitos das mulheres.Os opositores também queremque o referendo seja adiado.

Mekky pediu calma aos doislados, dizendo que a violênciapunha o país em "perigo real".Por sua vez, o xeque de AlAzhar, a principal instituição is-lâmica do Egito, Ahmed alTayyip, exortou a todos que secontenham e recorram ao "diá-logo pacífico e civilizado".

O pedido foi repetido peloprimeiro-ministro egípcio,Hisham Kandil, e pela secretá-ria de Estado norte-america-na, Hillary Clinton, que defen-deu o "diálogo" em torno danova Constituição. (Agências)

Com o uso da força,manifestantesislamitas, muitosuperiores em número,expulsaram osopositores da sededo governo.

Círculo deMorsi começaa desmoronar

Três conselheiros do pre-s i d e n t e e g í p c i o ,

Mohammed Morsi, anun-ciaram ontem sua renúnciadevido a divergências comas últimas decisões do go-vernante e aos episódios deviolência perto do paláciopresidencial.

Os conselheiros Saif Ab-delfatah, Ayman al Sayad eAmre Lizi tornaram públi-cas ontem suas renúncias,que foram apresentadasao mandatário egípcio háuma semana, como conse-quência da declaraçãoconstitucional promulgadapor Morsi no dia 22 de no-vembro passado, com aqual blindou seus poderesperante a Justiça.

Com as demissões de on-tem, sobe para seis o núme-ro de assessores que deixa-ram seus cargos após o de-creto de Morsi.

Abdelfatah anunciou suarenúncia do corpo de asses-sores da Presidência egíp-

cia "por vontade própria,porque não aceito que estesjovens morram".

Em entrevista à agênciaoficial egípcia Mena, Abdel-fatah acusou a IrmandadeMuçulmana de ser "um gru-po de objetivos estreitos euma liderança mumificada"e considerou que o partido"não pensa no conjuntoda pátria".

Para Abdelfatah, os jo-vens egípcios ainda pagamo preço da revolução contrao presidente Hosni Muba-rak, deposto em 2011, "eeles, que são os que efetua-ram essa revolução, não co-lheram nada dela".

Enquanto isso, Sayad,jornalista e colunista, apre-sentou sua renúncia atra-vés do Twitter e reconheceuque tanto ele como seuscompanheiros ocultaramsua decisão "durante umasemana inteira, com o obje-tivo de buscar, inutilmente,uma solução".

T a m b é m a t r a v é s d oTwitter, Amre Lizi tornoupública sua decisão "em re-jeição ao decreto constitu-cional e porque eu não fuiconsultado sobre essas re-soluções". (Agências)

Fotos: Khaled Elfiqi/EFE

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 10DIÁRIO DO COMÉRCIO

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DAMASCO BLOQUEADA – A violência voltou a explodir na capital síria ontem. Pelo sexto dia consecutivo, confrontos entre forças doregime e rebeldes eclodiram na estrada do aeroporto internacional de Damasco, interrompendo o trânsito. O estabelecimento de postos decontrole aumentou os engarrafamentos e a alta do preço do petróleo provocou a suspensão parcial do transporte público. Milhares de síriosfogem rumo ao norte, enfrentando vários obstáculos. Em Ar Raqqa, última parada antes da Turquia, um pão chega a custar US$ 2.

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Se a China ganhar, não quer dizer que os outros vão perder.Xi Jinping, secretário-geral do PC chinês.

nternacional

Um exíliotr opical

paraAssad?

Líder sírio avalia pedirasilo político a Cuba,

Venezuela ou Equador,diz jornal israelense.

Opresidente da Síria,Bashar al-Assad,avalia pedir asilopolítico a países da

América Latina que são alia-dos do regime, caso saia deDamasco, informou o jornal is-raelense Haaretz ontem.

Em sua última entrevista,em 8 de novembro, o dirigentedisse que continuaria na Síriaaté morrer. No entanto, o diá-rio israelense afirma que o vi-ce-chanceler sírio, Faissal alMiqdad, fez reuniões em Cu-ba, na Venezuela e no Equadorna semana passada.

Nos encontros com as auto-ridades locais, o vice-chance-ler sírio teria entregue cartaspessoais de Assad aos manda-tários – Raúl Castro, Hugo Chá-vez e Rafael Correa, respecti-vamente.

De acordo com fontes ouvi-das pelo Haaretz, Chávez rece-beu a carta pouco antes de via-jar a Cuba para tratamentocontra o câncer e foi abordadaa boa relação pessoal entreele e Assad.

O embaixador sírio em Ca-racas, Ghassan Abbas, confir-mou a reunião do vice-chan-celer com o governo venezue-lano, mas não deu detalhes so-bre o conteúdo da carta.

Questionado sobre o tema,o secretário-geral da Organi-zação das Nações Unidas(ONU), Ban Ki-moon, disse quenão seria favorável a um acor-do de asilo político para Assad

como forma de acabar com osconfrontos no país, que deixa-ram mais de 40 mil mortos em20 meses.

"Qualquer um que cometauma grande violação de direi-tos humanos deve ser proces-sado e trazido à Justiça. Este éum princípio fundamental",afirmou o secretário-geral.

' H er m a n o s' - Pertencentes àAlternativa Bolivariana paraas Américas (Alba), Cuba, Ve-nezuela e Equador possuemfortes relações com a Síria, es-pecialmente o governo de Hu-go Chávez.

Caracas apoia abertamenteAssad e manteve o envio decombustível ao regime, usadoespecialmente para a locomo-ção de veículos militares usa-dos na repressão aos rebeldes.Em algumas ocasiões, Chávezchegou a chamar os opositoresde "terroristas", mesmo termousado pelo líder sírio.

A posição dos três países naONU foi favorável ao presiden-te sírio na votação de resolu-ções contra a violência. Na úl-tima, em outubro passado,Cuba e Venezuela foram con-trários ao documento, en-quanto o Equador se absteve.

O Equador ainda apoia outrafigura controversa, o funda-dor do WikiLeaks, Julian As-sange, que está abrigado naembaixada do país em Lon-dres desde junho passado erecebeu asilo diplomático nomês seguinte. (Fo l h a p r e s s )

China: política da amizade.Crescimento não será produzido nas costas dos outros, diz novo secretário-geral do Partido Comunista.

Onovo secretário-geraldo Partido Comunista(PC) chinês, Xi Jinping,

prometeu ontem, em seu pri-meiro discurso sobre políticaexterna, "uma abertura aindamaior" da China e assegurouque o auge do país não será pro-duzido nas costas de outros.

Em seu discurso, o novo líderchinês, que substituirá Hu Jin-tao como presidente em marçopróximo, quis lançar uma men-sagem de tranquilidade à co-munidade internacional ao as-segurar que a China está "com-prometida a um desenvolvi-mento pacífico".

"Se a China ganhar, não querdizer que os outros vão perder",assegurou o secretário-geral,nomeado há três semanas, queinsistiu que seu país "não é umaameaça para o mundo".

Xi considerou que a Chinaprecisa "seguir sendo modestae estar disposta a aprendercom os outros" para continuarseu desenvolvimento.

Para cumprir suas metas deconstrução do país, a China as-segurou que "se abrirá aindamais em direção ao exterior".

Dados os problemas atuaisdo mundo, incluindo a "situa-ção econômica global", ne-

nhum país pode resolvê-los porsi só. "É necessário que nosmantenhamos unidos, que co-laboremos para resolvê-los."

Corrupção - Desde sua no-meação como secretário-geral,Xi deu sinais de querer infundirum novo estilo à política local.

Na terça-feira passada, eleatacou a "ostentação" de mui-tos políticos chineses nos últi-mos tempos e que é uma dasprincipais razões da impopula-ridade dos dirigentes.

"Alguns oficiais abusaramde seu poder, não cumpriramcom seus deveres, comete-ram crimes e inclusive tem

usado a lei para seu própriobenefício, o que manchou aimagem da autoridade legal ejudicial do país", denunciou.

Para conter os abusos, PC co-meçou a investigar ontem umfuncionário de alto escalão daprovíncia de Sichuan, no su-doeste do país. É o primeiro ca-so de corrupção a ser examina-do no mandato de Xi.

Li Chuncheng, vice-líder dopartido em Sichuan, é suspei-to de ter ligações com o em-presário Dai Xiaoming, presi-dente de um grupo de investi-mentos estatal sob investiga-ção. (Agências)

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

PELA CULTURANa rua Conselheiro Crispiniano, prédio

do antigo Cine Marrocos sediarásecretaria e abrigará um novo teatro.cidades

Praça das Artes anuncia novo polo culturalParte do complexo foi inaugurada ontem, no quadrilátero formado pelas ruas Formosa e Conselheiro Crispiniano, Praça Ramos de Azevedo e avenida São João.

Mariana Missiaggia las resolveu um antigo pro-blema do Teatro Municipalque, sem um espaço próprio,realizava seus ensaios nopróprio palco, reduzindo pelametade sua capacidade dereceber espetáculos.

Conservatório - Na avenidaSão João, o prédio que sediavao Conservatório Dramático eMusical de São Paulo (ondefuncionou uma escola supe-rior que oferecia bachareladode música erudita com habili-tação em canto, composição,regência e instrumento), tam-bém foi restaurado e incorpo-rado ao complexo cultural.

Tombado e com dois anda-res, o Conservatório foi funda-do em 1906 e surgiu da neces-sidade de um espaço que ofe-recesse sólida formação musi-cal em São Paulo. Mas, assimcomo outras construções his-tóricas do Centro, o edifíciodeteriorou-se e clamava poruma renovação.

Exposição - Ligado à Praçadas Artes, o Conservatório es-tá novinho em folha, com suafachada branca. No primeiroandar, uma exposição sobre ahistória do Municipal e do Con-servatório. O segundo andarmantém todos os detalhes daarquitetura da época em umasala de concertos, reconstruí-da manualmente.

Até o momento, o projetoidealizado pelo arquiteto Mar-cos Cartum, em parceria comos arquitetos do escritórioBrasil Arquitetura, custou cer-ca de R$ 136 milhões, com re-cursos da Secretaria Munici-pal de Desenvolvimento Urba-no. Em breve, a Praça das Ar-tes terá um estacionamento

Acima, fachada deconcreto em prédio comespaços para os maisvariados ensaios. À esq., salapara ensaios individuais.

com cerca de 200 vagas distri-buídas em dois pisos, cujoacesso se dará pela rua Conse-lheiro Crispiniano. A laje supe-rior do estacionamento rece-berá uma praça de convivên-cia em formato de um T, compaisagismo e lanchonete,além de saída para as ruas For-mosa e Conselheiro Crispinia-no e avenida São João.

Corpos Artísticos -Em fase deacabamento interno, mas já fi-nalizado por fora, o prédio bati-zado como Corpos Artísticosterá outra entrada, localizadana rua Formosa, onde ficava oantigo Cine Cairo, que teve suafachada restaurada. O bloco desete andares tem salas que re-produzem as dimensões do pal-co do Teatro Municipal e serãodestinadas aos ensaios da Or-questra Sinfônica Municipal,Orquestra Experimental de Re-pertório, Balé da Cidade de SãoPaulo, Coral Lírico, Quarteto deCordas de São Paulo e o CoralPaulista. Outros R$ 16 milhõesserão necessários para concluiressa fase, até o fim de 2013.

Revitalização - Alav anca ndoo processo de revitalização doCentro, o complexo Praça dasArtes vai recuperar um outroponto histórico de São Paulo, oCine Marrocos, no número344, da rua Conselheiro Cris-piniano. Todos os andares e afachada do prédio passarãopor um processo de restaura-ção em outra etapa das obras,ainda sem previsão de início.Esse endereço, integrado àPraça das Artes, abrigará a se-de da Secretaria Municipal deEducação e exibirá um novoteatro no piso térreo, ondefuncionava o Marrocos.

Fotos de Luiz Prado/Luz

Exposição sobre ahistória do Municipal

Quem caminha peloVale do Anhanga-baú, região centralde São Paulo, ob-

serva uma construção moder-na e imponente, em concretoarmado, próximo à avenidaSão João. Trata-se do comple-xo Cultural Praça das Artes,que abrigará a Escola de Dan-ça de São Paulo, o Conservató-rio Dramático e Musical e cincocorpos artísticos renomadosda Capital. Parte do conjuntofoi inaugurada ontem, anun-ciando um novo polo culturalno Centro.

No quadrilátero conhecidocomo quadra 27, formado pe-las ruas Formosa e Conselhei-ro Crispiniano, Praça Ramosde Azevedo e avenida SãoJoão, surgiu a Praça das Artesno formato de um L, permitin-do que o conjunto de constru-ções se interligue. O número281 da avenida São João é aentrada oficial do novo espa-ço. As obras começaram em2009 e tinham o fim de 2012como previsão de entrega.

Dança e música - As escolasde dança e de música, vincula-das ao Teatro Municipal, ocu-parão o bloco inaugurado on-tem. Ao todo, são nove anda-res, seis deles destinados aosalunos que utilizarão salas in-dividuais e coletivas para au-las e ensaios. No segundo an-dar haverá um restaurante pa-ra uso exclusivo dos alunos,além de auditórios para apre-sentações, espalhados poroutros andares.

A inauguração dessas sa-

Sala de concertos, reconstruída manualmente: contribuição para o aprimoramento das artes na Capital.

Bombeiro é atacado e reage com tiros na zona norte de SP

Criminosos tentarammatar um bombeiroem frente à sua ca-sa, no Itaberaba, zo-

na norte, na madrugada deontem. O bombeiro reagiu ebaleou um dos criminosos.

Por volta da 0h30, o bom-beiro e a mulher chegavam,em carros separados, em ca-sa, na avenida Itaberaba.Após guardar um dos veículosna garagem, foram surpreen-didos por homens armados.

Os criminosos gritaram: "vaimorrer, vai morrer" e começa-ram a atirar. O bombeiro se es-condeu atrás do carro e man-dou a mulher também se pro-teger. Houve um tiroteio queterminou com um dos suspei-tos, um adolescente, baleadona testa. O restante dos crimi-

nosos fugiu. O adolescente foilevado em estado grave aohospital Vila Nova Cachoeiri-nha. O policial e a mulher saí-

ram ilesos do ataque.Ao menos duas pessoas fo-

ram mortas e outras quatro ba-leadas, no Jardim Figueira

Grande, na zona sul, por voltadas 23h30 de anteontem. Ne-nhum suspeito pelos crimes foipreso. ( Fo l h a p r e s s )

Cápsulas sãoencontradasapós ataqueque resultouem duasmortes eoutras quatropessoasbaleadas, nazona sul.

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INCÊNDIO – A favela de Paraisópolis, na zona sul, foi atingida,ontem à tarde, pelo segundo incêndio em cinco dias. As chamascomeçaram perto do meio-dia e foram controladas por volta da 13h,destruindo uma área de 180 metros quadrados na Rua DeputadoLaércio Corte. Ninguém se feriu, mas oito famílias, em um total de 28pessoas, perderam suas casas, segundo a Defesa Civil. Na sexta-feira, 30 de novembro, outro incêndio já havia atingido o bairro. Nãohouve feridos, mas ao menos 50 famílias ficaram desabrigadas.

Diogo Moreira/Estadão Conteúdo

O Conservatório

Dramático Musical

Em prédio de 1886, o Conservatório Dramático Musical, na avenida São João, foi restaurado e incorporado ao complexo cultural da Praça das Artes.

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quinta-feira, 6 de dezembro de 201212 DIÁRIO DO COMÉRCIOgeral

ELE MUDOU AARQUITETURADO MUNDO

Oscar Niemeyermorreu ontem, aos104 anos. O velórioserá hoje no Palácio doPlanalto, em Brasília.Até o fim da noite aindanão se sabia o horário,mas a expectativaera de que tivesseinício à tarde.

Traços originais do arquiteto, em oito décadas de produção.

Oscar Niemeyer em 2005, durante entrevista na sua casa, em Copacabana: produtivo e lúcido até o fim.

Niemeyer em visita ao Congresso Nacional, em março de 1999.

A Catedral de Brasília: maravilha de um ateu e comunista.

Niemeyer em Brasília, 1960, com o pintor Di Cavalcanti (dir.)

Arquivo/Estadão Conteúdo

Fábio Motta/Estadão Conteúdo

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Divulgação

Arquivo/Estadão Conteúdo

Sérgio Roveri

As gigantescas estru-turas de concreto ar-mado podem, final-mente, descansar.

Não serão mais forçadas a de-safiar as leis da gravidade e daengenharia em nome de edifi-cações cuja beleza provoca ad-miração e espanto. Estão livresdo sacrifício de se contorcer emmonumentais curvas que,equilibradas sobre o vazio, imi-tam com perfeição a sinuosida-de dos corpos femininos, dasmontanhas e rios e do vai-e-vem das marés. Não precisarãomais ser leves, diáfanas, har-moniosas e de uma simplicida-de praticamente inexplicável.Desde ontem, com a morte deOscar Niemeyer, um dos maio-res arquitetos do mundo, o con-creto, enfim liberto daquela tei-mosa mania que o obrigava a setransmutar a todo momentoem obra de arte, poderá voltar àsua vocação natural: ser ape-nas uma singela mistura de ci-mento, areia, pedra e água. Aos104 anos, Oscar Ribeiro de Al-meida de Niemeyer Soaresmorreu às 21h55 de ontem noHospital Samaritano, em Bota-fogo (zona sul do Rio), onde es-tava internado desde 2 de no-vembro. Inicialmente vítima dedesidratação, ele apresentouhemorragia digestiva e houvepiora da função renal, tornandonecessárias sessões de hemo-diálise. Na terça-feira, uma in-fecção respiratória agravouseu estado clínico. Ontem pelamanhã, ele sofreu uma paradacardíaca e a respiração passoua ser mantida por aparelhos.

Em outubro, ele ficara duassemanas no hospital tambémpor causa de uma desidratação.Em maio, teve pneumonia echegou a ficar internado na UTI.Recebeu alta depois de 16 dias.Em abril de 2011, foi submetidoa cirurgias para a retirada da ve-sícula e de um tumor no intesti-no. Na ocasião, ele ficou inter-nado por 12 dias por causa deuma infecção urinária.

Em quase oito décadas deuma vertiginosa produção, Os-car Niemeyer fez muito mais doque construir prédios memorá-veis: ele mudou a paisagem ur-bana de inúmeras cidades doBrasil e do mundo ao investir emuma arquitetura que abolia osângulos retos em prol de curvasinacreditavelmente tranquilas.Era como se, no meio da unifor-midade tediosa das metrópo-les, fôssemos surpreendidospela visão de um edifício duran-te seu exercício diário de ioga.Em São Paulo, sua digital estáestampada no Parque do Ibira-puera, no edifício Copan, no Me-morial da América Latina, noprédio da Oca, no Sambódromodo Anhembi, no Pavilhão da Bie-nal e no auditório do Ibirapuera.Na paisagem carioca, a ousadiado arquiteto se faz ainda maispresente, em inúmeros prédiosnocentro dacidadee napassa-rela do samba na Sapucaí. E, noPlanalto Central, Oscar Nie-meyer fez brotar da terra ver-melha do serrado uma das jóiasda arquitetura mundial – a cida-de de Brasília.

"Oscar Niemeyer apresentounovos caminhos à arquiteturamoderna e sedimentou a pro-dução brasileira no cenáriomundial", diz a arquiteta e pro-fessora Marília Borges, mestreem História e Fundamentos daArquitetura e Urbanismo pelaFaculdade de Arquitetura e Ur-banismo da USP. "Explorandoao máximo as possibilidadesplásticas do concreto, Nie-meyer projetou inovadoras for-mas arquitetônicas que ressig-

nificam o espaço em que se in-serem, surpreendem o olhar,convidam ao deleite e arreba-tam quem as percorre. Inde-pendente das mais diversasopiniões que cercam sua obra, ocerto é que não se fica impuneàs criações de Niemeyer."

Niemeyer nasceu no bairrodas Laranjeiras, no Rio, em 15de dezembro de 1907. Filho deDelfina Ribeiro de Almeida e dofuncionário público Oscar deNiemeyer Soares, o arquiteto,um amante da boemia e dos ca-barés na juventude, costumavadizer que havia aprendido como avô materno, o ministro do Su-premo Tribunal Federal Ribeirode Almeida, a lisura e o respeitocom a coisa pública: ao morrer,Ribeiro de Almeida deixou paraos herdeiros apenas a casa emque vivia, além do próprio no-me, que passou a batizar a anti-ga rua Passos Manuel, onde oimóvel se localizava. Niemeyercasou-se cedo. Em 1928, aos 21anos, levou para o altar uma jo-vem e pobre filha de imigrantesitalianos da província de Páduachamada Annita Baldo, trêsanos mais nova que ele. A ceri-mônia religiosa só ocorreu por-que, segundo o próprio arquite-to, a noiva era a pessoa mais ca-tólica que ele conhecera na vi-da. O casal teve uma filha, AnnaMaria Niemeyer, que morreuem 6 de junho, aos 82 anos, de-vido a um enfisema pulmonar.

Um ano após o casamentoNiemeyer matriculou-se na Es-cola Nacional de Belas Artes doRio, de onde sairia, em 1934,

com os diplomas de engenheiroe arquiteto. No ano seguinte, jáinsatisfeito com os padrões ar-quitetônicos da época, esta-giou, sem remuneração, no es-critório dos arquitetos CarlosLeão e Lúcio Costa – que se tor-naria, 20 anos depois, seu prin-cipal parceiro na construção deBrasília. Enquanto o escritóriode Lúcio Costa se encarregavado projeto-piloto da cidade, nofamoso desenho das asas deum avião, Niemeyer dava for-ma aos edifícios públicos, entreeles o Palácio da Alvorada, o pri-meiro prédio inaugurado na no-va capital, em junho de 1958.

Niemeyer ainda trabalhavano escritório de Lúcio Costaquando recebeu sua primeiraencomenda. Uma prima, de no-me Lysia, o contratou para criaro projeto da Obra do Berço, umainstituição filantrópica que ofe-rece serviços médicos gratuitosa mães carentes. O edifício ficoupronto em 1938 e não deixoudúvidas de que aquele jovemarquiteto, com apenas trêsanos de formado eainda no pri-meiro emprego, tinha realmen-te algo de muito sério a dizer – oprédio em concreto armado,um dos marcos da arquiteturamoderna do Rio de Janeiro, loca-lizado nas proximidades da La-goa Rodrigo de Freitas, já apre-sentava terraço-jardim, pilotis(as colunas de sustentação quepermitem o trânsito de pessoasno térreo) e quebra-sol na verti-cal, quando todos os edifícios doPaís, sem exceção, instalavamo dispositivo na horizontal.

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

Ainda no escritório de LúcioCosta, Niemeyer tomou parteda equipe que projetou, sob asupervisão do mestre francêsLe Corbusier, o novo edifíciodo Ministério da Educação eSaúde do Rio, no bairro da Ci-nelândia. Encomendado porGustavo Capanema, entãoministro da Educação e Saú-de, o prédio, que foi inaugura-do em 1943, representou a so-ma de esforços dos maioresartistas do modernismo brasi-leiro: Cândido Portinari entroucom os azulejos, Alfredo Ces-chiatti com as esculturas e Ro-berto Burle Marx com o projetopaisagístico. Com isso, o edifí-cio, que hoje abriga a sede daFunarte, passou a ser conside-rado o marco inicial da arqui-tetura moderna no Brasil.

Em 1940 Niemeyer conhe-ceu o político Juscelino Kubits-check, então prefeito de BeloHorizonte, que andava inte-ressado em acelerar o desen-volvimento de uma área na zo-na norte da capital mineira,chamada de Pampulha. Aten-dendo à encomenda do prefei-to, Niemeyer projetou, entreos anos de 1942 e 1944, o queviria a ser chamado de Conjun-to Arquitetônico da Pampulha,formado pela Igreja de SãoFrancisco, um cassino, umacasa de bai le e um clube.Constava do projeto originalum hotel, que nunca saiu dopapel. As obras foram inaugu-radas em maio de 1943, napresença do então presidenteGetúlio Vargas.

A vocação política de OscarNiemeyer ganhou evidênciaem 1945, quando ele conhe-ceu Luís Carlos Prestes e ime-diatamente se filiou ao PartidoComunista Brasileiro. A liga-ção do arquiteto com o PCB foidecisiva para que o governodos Estados Unidos lhe negas-se o visto de entrada no país,no ano seguinte, quando elefoi convidado a lecionar naUniversidade de Yale. Mas nãodemoraria muito tempo paraque os Estados Unidos lheabrissem as portas. Já em 47, onome de Niemeyer foi incluídono seleto time de arquitetosconvidados a desenvolver umprojeto para a sede das Na-ções Unidas, em Nova York.Concebido em parceria comLe Corbusier, o projeto do bra-sileiro foi o vencedor.

A marca de Niemeyer se es-palharia pela capital paulista apartir dos anos 50, com a cons-trução do Edifício Copan, atéhoje a maior estrutura de con-creto armado do Brasil, e oConjunto do Ibirapuera, inau-gurado em agosto de 1954 co-mo parte das comemoraçõesdo aniversário de 400 anos dacidade.

Na Capital Federal, além deprojetar um colosso de pré-dios públicos, com destaquepara os palácios da Alvorada edo Planalto, o edifício do Con-gresso Nacional e a CatedralMetropolitana, Niemeyer fezparte do time de intelectuaisque criaria a Universidade deBrasília, da qual se demitiriaem 1965, na companhia de ou-tros 223 professores, em pro-testo contra as medidas toma-das pelo governo militar. Apósa demissão, exilou-se em Pa-ris e abriu um escritório nosChamps-Élysées, de ondepassou a comandar uma série

vos tomem fôlego para reali-zar essa empreitada. Emboranão sendo responsabilidadedele, mas consequência indi-reta do sucesso de seu arrojoformal, a arquitetura do con-creto armado manteve seto-res de nossa indústria da cons-trução em atraso absurdo, oque é oportuno em relação àmão-de-obra barata, desqua-lificada e disponível”.

Após a temporada francesa,Niemeyer voltaria ao Brasil noinício dos anos 80 e sua amiza-de com o antropólogo DarcyRibeiro, então vice-governa-dor de Leonel Brizola, foi de-terminante para que ele já as-sinasse dois gigantescos pro-jetos no Rio de Janeiro, osCIEPs (Centro Integrado deEducação Pública) e o Sambó-dromo da Marquês de Sapu-caí. A Fundação Oscar Nie-meyer, incumbida de preser-var o gigantesco acervo do ar-quiteto, seria criada em 1988.

Depois de tudo isso aindaviriam, já com o arquiteto seaproximando da casa dos 90anos, a criação do Museu deArte Contemporânea de Nite-rói, de 1991, o Museu OscarNiemeyer em Curitiba, popu-larmente conhecido comoMuseu do Olho, de 2002, o Au-ditório Ibirapuera, em 2005, ea Cidade Administrativa deMinas Gerais, cujas obras ti-veram início em 2007 e com-preendiam a execução decinco edifícios, entre eles asede do Governo de Minas,um auditório, um centro deconvivência e duas torres de15 andares. A sede do gover-no, batizada de Palácio Tira-dentes é apontada como aobra mais ousada do arquite-to. O prédio é integralmentesuspenso por tirantes metáli-cos (espécies de cabos de açopresos à cobertura de doisgrandes pórticos), formandocom isso um vão livre de qua-se 150 metros no chão. Umadas últimas obras projetadaspor Niemeyer, que no mo-mento encontra-se em exe-cução, é o Museu Pelé, quedeverá ser inaugurado emSantos ainda em 2012. Orça-do em R$ 20 milhões, o mu-seu deve abrigar mais de trêsmil peças do acervo do rei dofutebol, entre elas uma répli-ca da taça Jules Rimet, con-quistada pela Seleção Brasi-leira em 1970.

“Ele é o mais notável arqui-teto do século 21”, diz o reno-mado arquiteto brasileiro Pau-lo Mendes da Rocha. “Meu vo-to é que se unam os países daAmérica Latina e associados econstruam o Museu de ArteModerna de Caracas, naVene-zuela, projetado por OscarNiemeyer em 1954.É um sím-bolo da América Livre com umabraço de cinco mil anos daHistória”.

Em 2006, dois anos após amorte de Annita Baldo, ao ladode quem viveu por 75 anos,Niemeyer voltaria a se casar,desta vez com sua secretáriaVera Lúcia Cabreira, à épocacom 60 anos. Niemeyer tevecinco netos, 13 bisnetos e qua-tro trinetos. Mestre das frasesespirituosas, Niemeyer decla-rou, há algum tempo, que eleamava a vida e a vida tambémo amava. “Somos um casalzi-nho insuportável”, disse. On-tem, a vida pediu o divórcio.

No alto, desenho do Memorial da América Latina (SP). Foto maior, o Teatro Oscar Niemeyer, em Niterói (RJ) e o Novo Museu, em Curitiba PR).

Na foto maior, o auditório do Ibirapuera (SP). Acima, o Museu de Arte Contemporânea de Niteroi (RJ) e marquise no Ibirapuera (SP).

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OscarNiymeyermudoua arquiteturado mundo

FERREIR A GULL AR, P O E TA

de projetos realizados naFrança, em Portugal e na Argé-lia.

Ainda que aplaudido pelamaioria dos seus pares e de-tentor dos principais prêmiosde arquitetura do mundo, Nie-meyer nunca foi sinônimo deunanimidade. “Há uma con-tradição fundamental e irre-conciliável entre o que Nie-meyer professa e a obra que

ele produz”, chegou a escre-ver o jornalista americano Lar-ry Rohter, correspondente noBrasil do New York Times entre1999 e 2007. “Sua arquiteturaé profundamente elitista emesmo egoísta, concentradaprincipalmente em fazer de-clarações grandiosas e elo-quentes para satisfação dopróprio Niemeyer e dos seusadmiradores, mesmo que

cause desconforto ou incon-veniência ao usuário”. ClévioRabelo, doutor em História daArquitetura pela Faculdade deArquitetura e Urbanismo daUniversidade de São Paulo,acrescenta: “Niemeyer é o ar-quiteto mais importante daHistória da Arquitetura Brasi-leira não somente pela forçade sua arquitetura, cujo augesão os edifícios de Brasília,

mas principalmente pelo en-trelaçamento dela com umaideia mais geral do que seria acultura brasileira”.

Porém, segundo Rabelo, emfunção de tal mobilização, oarquiteto pouco acompanhouos debates mais contemporâ-neos da arquitetura e não viuque o país e nossas cidadesmudaram. “E sendo ele exem-plo, dificulta que os mais no-

O Brasil perdeuhoje um dos seusgênios. É dia dechorar sua morte.É dia de saudarsua vida.

PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF

De sua pena e seutraço surgirammaravilhas queencantam o mundo

AN TO N I O AN A S TA S I A ,GOVERNADOR DE MG

A vida humana émuito pequena emuito dura e épreciso não desistirdos ideais

OSC AR NIEME YER

Foi um artista único,que foi decisivo paraa formação de umBrasil moderno einternacionalmenteconhecido.

GUILHERME WISNIK, AR QUITETO

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quinta-feira, 6 de dezembro de 201214 DIÁRIO DO COMÉRCIO

E M C A R T A Z

A RTE

P ALEONTOLOGIA

Na época dos dinossaurosO paleontólogo da Universidade Federal do Triângulo

Mineiro (UFTM), Augustin Martinelli, mostra fóssil de partedo crânio de peixe que viveu no período cretáceo superior,

há 85 milhões de anos O fóssil foi encontrado no sítiopaleontológico de Peirópolis, mesmo local onde foiencontrado o maior fóssil de dinossauro no Brasil.

FOTOSExposição traz fotos

de Simone Monte emhomenagem a Carlos

Drummond de Andrade.Reserva Cultural.Av. Paulista, 900,

térreo baixo. Grátis.

M ÍDIA

De mais sexy a pessoa do anoDepois de eleito o mais sexy de

2012 por um site de humor, o lídernorte-coreano Kim Jong-Un podese tornar a “pessoa do ano” daTime. Fãs manipularam a eleição eele tem 2 milhões de votos.

R EALEZA

Enfermeira de Kateé vítima de trote

Dois radialistasaustralianos telefonaramao hospital King Edward 7ºpara saber qual é o estadode saúde de KateMiddleton, mulher dopríncipe William. Imitandoo sotaque britânico, MelGreig e Michael Christianfingiram ser a rainhaElizabeth II e o príncipeCharles. Foram atendidospor uma enfermeira, queacreditou na farsa, e deudetalhes sobre a saúde daduquesa de Cambridge:disse que ela estavadormindo e havia sidomedicada. Os radialistas sesurpreenderam com seusucesso. "Pensávamos queeles desligariam assim queouvissem nossos sotaquesterríveis", afirmaram emnota. A duquesa estáinternada por náusearelacionada à gravidez. Obebê será o terceiro nalonga linha de sucessão aotrono da Grã Bretanha.

M ÚSICA

Morre o pianistaDave Brubeck

Dave Brubeck, um dosmaiores nomes do jazznorte-americano, morreuontem. Brubeck faria 92anos hoje. Ele morreu deinsuficiência cardíacaquando estava indo visitarseu cardiologista. Líder doDave Brubeck Quartet, elefoi o primeiro músico dejazz moderno a ser capa darevista Time, em 1954.

T ECNOLOGIA

Traves que detectam golsUma nova tecnologia

para sanar dúvidase polêmicas nofutebol será testada

no Mundial de Clubes doJapão, anunciou a Fifa,ontem, em uma entrevistacoletiva no Estádio deYokohama, no Japão. Atecnologia consiste no uso deum chip que acusa quando abola passa da linha do gol. Oestádio de Yokohama é o dafinal do Mundial.

O sistema é pareceido como utilizado por lojas paraevitar o furto de mercadorias:um sensor fixado nosprodutor apita quandoalguém passa pelas portassem desativar o dispositivo.No caso do futebol, a bola teráum chip que fará sensoresinstalados nas travesNasa/Reuters

INCANDESCENTE - Combinação de imagens registradas peloObservatório Dinâmico Solar, da Nasa, mostra a expulsão de massa dacoroa. A imagem pode ajudar os cientistas a entender as explosões solares.

L OTERIAS

Concurso 1303 da LOTOMANIA

02 11 16 18 21

25 32 33 36 38

45 57 61 63 65

Concurso 1448 da MEGA-SENA01 25 29 36 56 60

67 79 90 92 93

Concurso 3062 da QUINA

28 30 44 57 70

Concurso 838 da LOTOFÁCIL

02 04 05 07 09

10 11 14 15 16

18 20 21 23 24

www.dcomercio.com.br

Vaivém de aeroportoO fotógrafo Ho-Yeol Ryu usou

a técnica da múltipla exposiçãopara registrar pousos e

decolagens no aeroporto deHannover. A foto inspirou o

professor Cy Kuckenbaker aproduzir um vídeo em que"condensa" cinco horas de

pousos no AeroportoInternacional de San Diego em

25 segundos de imagem. Veja ovídeo no site.

http://bit.ly/Xo0bFP

Microchip indicará passagem da bola pela linha de gol

O equilíbrio perfeitoO artista Michael Grab usa

apenas paciência e senso deequilíbrio para criar torres derochas. Uma arte conhecidaem várias culturas antigas

que, segundo ele, émeditativa e terapêutica.

http://bit.ly/R3IoSE

Sorvetede vinho

Quem gosta de vinhos jáimaginou que prazer seria ter abebida sagrada profanada naforma em sorvete. A empresaMercer não só imaginou comoconcretizou a ideia. Com 5% deálcool, seus novos sorvetescombinam vinho e outrasdelícias. Os cabores cão Cherry(cereja) Merlot, ChocolateCabernet, Peach (pêssego)White Zinfandel, Porto, RedRaspberry (framboesa),Chardonnay e Riesling. Paraprovar o sorvete seránecessário comprovar sermaior de 18 anos.

http://bit.ly/VkigyK

indicarem a passagem dabola. Na dúvida, o juiz poderáapostar na comprovaçãotecnológica.

No estádio de Nagoya será

testado um outro sistema:uma série de câmerasinstaladas na linha do Golregistrará a passagem – ounão – da bola.

Landolfo/Estadão Conteúdo.

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

É humilhante constatar quepagamos mais da metade dovalor de alguns produtos emimpostos. Gostaria de saberquanto pago de taxas.

DÉBOR A SEFRIM, BA N C Á R I A

Consumidores pedemtransparência no País

Abancária Débora Sefrim visitou o Feirão doImposto, montado ontem no vão-livre do Masp,na Avenida Paulista. Ela acha que a

discriminação dos impostos nas notas deveria se tornaruma realidade. "No mínimo, gostaria de saber o quantopago de tributos. É humilhante constatar que pagamosmais da metade do valor de alguns produtos emimpostos", desabafou. A copeira Raimunda MartinesAugusto, também vê com bons olhos a ideia de teracesso às informações. E foi além. "Eu gostaria mesmode uma redução dos tributos. Mas já que existem, querosaber o valor dos mesmos", disse.

Para o vigilante Gilberto Bilar o projeto deveria tersido aprovado há muito mais tempo. "Hoje, otrabalhador é o que mais paga impostos no País. Mas amaioria não tem consciência disso." (SP)

IMPOSTO NA NOTA JÁParticipantes do ato público pedem, com faixas e cartazes, para a presidente DilmaRousseff sancionar o Projeto de Lei n.º 1.472/07, que exige transparência nas notasfiscais de produtos e serviços em todo o País. Autoridades, empresários e consumidoresestiveram no auditório do Museu de Arte de São Paulo, na Avenida Paulista.

Movimento 'Não Veta, Dilma', a favor da divulgação das taxas nas notas fiscais, reuniu ontem no Masp líderes empresariais, sindicais e representantes do comércio.

Apresidente DilmaRousseff vai recebernos próximos diasum manifesto assi-

nado por representantes de30 entidades empresariais epor sindicatos de trabalhado-res, pedindo a sanção ao Pro-jeto de Lei nº 1.472/07, que de-termina a discriminação dosimpostos incidentes nas ven-das de produtos e serviços nasnotas fiscais de todo o País. Odia 13 é o prazo final para que amatéria seja apreciada pelapresidente. O documento foilançado ontem no Museu deArte de São Paulo (Masp) – noato "Não Veta, Dilma" – e tevea presença de consumidores ede autoridades como o vice-governador do Estado de SãoPaulo, Guilherme Afif Domin-gos e do prefeito da Capital,Gilberto Kassab.

O presidente da AssociaçãoC o m e r c i a l d e S ã o P a u l o(ACSP) e da Federação das As-sociações Comerciais do Esta-do de São Paulo (Facesp), Ro-gério Amato, lembrou, em dis-curso, o início da campanha"De olho no Imposto", que re-sultou na aprovação do proje-to que está na mesa de Dilma."É um movimento que faz comque pessoas comuns se tor-nem cidadãs. É cultura de ci-

dadania o conhecimento dequanto pagamos de impostos.Pessoas desinformadas sãovítimas da empulhação. Cida-dãos, não; pois sabem decidiro seu destino com informa-ção", disse Amato.

O manifesto intitulado "NãoVeta, Dilma" é uma respostaàs manifestações contrárias àdivulgação dos tributos nasnotas fiscais, vindas da Recei-ta Federal, sob o pretexto deque há dificuldades técnicas.O texto da lei, entretanto, per-mite informar o valor aproxi-mado dos tributos. Pesou tam-bém na decisão de realizar omanifesto o fato de a liderançado governo na Câmara dar si-nais sobre o veto.

De acordo com o vice-go-vernador Guilherme Afif Do-

Presidente da ACSP e da Facesp, Rogério Amato: "ato de cidadania". Vice-governador Afif: "Brasil é o campeão da tributação do consumo."

Presidente da FecomercioSP, AbramSzajman, afirmou que os varejistas são

favoráveis às novas exigências.

Deputado federal Guilherme Campos, deSão Paulo, aliado em Brasília do

movimento a favor das informações.

Senador Sérgio Petecão, do Estado do Acre,participou do ato público que enviou

pedido a Dilma Rousseff.

mingos, que na semana pas-sada esteve com a presidente,acompanhado do prefeito Gil-berto Kassab, Dilma mostrou-se, no encontro, favorável ao

projeto. "Mas a proposta correo risco de não sair do papel, daía necessidade de nos mobili-zarmos", justificou Afif. Na opi-nião do vice-governador, a ex-

posição do valor dos tributosnas notas fiscais fará com queos brasileiros saiam da condi-ção de súditos para cidadãos."O Brasil é o campeão da tribu-tação sobre o consumo por-que, dessa forma, é mais fácilesconder o peso dos impostosno preço final de produtos eserviços", afirmou. Durante oato na Avenida Paulista foimontado um Feirão do Impostoindicando os impostos embu-tidos nos preços de produtos.

A mobilização recebeu oapoio de entidades ligadas aocomércio, segmento que teráde se adaptar às novas exi-gências. "Nós, como varejis-tas, temos apreço ao consumi-dor. Por isso achamos que eledeve ter consciência dos im-postos que compõe o preço

dos produtos", disse o presi-dente do Instituto para o De-senvolvimento do Varejo(IDV), Fernando de Castro.

O presidente da AssociaçãoBrasileira de Lojistas de Shop-ping (Alshop), Nabil Sahyoun,reforçou: "Os consumidorestêm o direito de saber o valordos tributos." Signatário domanifesto, o presidente da Fe-deração do Comércio de Bens,Serviços e Turismo do Estadode São Paulo (FecomercioSP),Abram Szajman, disse que oPaís vive um momento detransparência em todos ossentidos. "E nada melhor doque discriminar o que o comer-ciante recebe de fato pelamercadoria ou pelo serviço",disse. Participaram do ato, ospresidentes do Sebrae-SP,Alencar Burti; do sindicato dasEmpresas de Serviços Contá-beis no Estado de São Paulo(Sescon-SP), José Maria Chapi-na Alcazar, e da Confederaçãodas Associações Comerciais eE m p r e s a r i a i s d o B r a s i l(CACB), José Paulo DornellesCairoli. O Sindicato dos Co-merciários de São Paulo e aUnião Geral dos Trabalhado-res (UGT) declararam apoio."Estamos nessa luta desde oinício. Os trabalhadores e a so-ciedade têm que saber paraonde vai o seu dinheiro", afir-mou Ricardo Patah, presiden-te desse sindicato e da UGT.

Hoje, o trabalhador é o quemais paga impostos no País.Mas a maioria dostrabalhadores não temconsciência disso.

GILBER TO BIL AR, VIGIL ANTE.

Fotos de L.C.Leite/LUZ

Prefeito Gilberto Kassab: a favor da transparência dos impostos.

Sílvia Pimentel

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quinta-feira, 6 de dezembro de 201216 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

Dilmacheia deenergia

Ela alfineta tucanos que controlam concessionárias

Apresidente Di lmaRousseff afirmou on-tem que está dispos-ta a iniciar uma nova

rodada de cortes nas tarifas deenergia em 2013. Após pro-meter 20,2% em setembro, ogoverno confirmou na terça-feira que só poderá garantirredução de 16,7% em funçãoda resistência das estatais deSão Paulo (Cesp), Minas Ge-rais (Cemig) e Paraná (Copel) ,controladas por governosdo PSDB. "Reitero meu com-promisso de buscar no iníciodo ano mais um esforço paradiminuir a tarifa de energia.Reduzir o preço da energia éuma tarefa que o governo fe-deral não recua", disse ela.

A presidente mencionou in-diretamente a oposição tuca-na, afirmando que os 20,2%de redução na conta de luz nãoforam possíveis por negativa"daqueles que não entendema importância desta medida".

Segundo Dilma, as três es-tatais que recusaram o mode-lo de renovação antecipada econdicionada de concessõessão "insensíveis à redução docusto da energia no País".

Tentando justificar o fracodesempenho da economianos últimos meses, Dilma dis-se que, apesar das "várias me-didas" adotadas em 2012,elas "ainda não" surtiram osefeitos desejados pelo gover-no. O comentário foi feito parauma plateia formada por em-presários, durante a cerimô-

nia de abertura do 7º EncontroNacional da Indústria, realiza-do em Brasília.

Apesar de reconhecer o "de-sempenho bastante precárioda indústria", Dilma repetiu atese do ministro da Fazenda,Guido Mantega, e disse "tercerteza" que as medidas ado-tadas "irão se difundir pelo sis-tema econômico e vão sinali-zar um novo estágio do nossodesenvolvimento", acrescen-tando que as indústrias já"vêm se recuperando".

Aos empresários – Em sua fa-la, na luta para fazer com queempresários voltem a investirpara a economia dar uma ar-rancada mais forte em 2013, apresidente Dilma fez questãode mostrar as vantagens que aaplicação de recursos no setorprodutivo terão, a partir deagora, sobre outras formas deinvestimento. "Vivemos umperíodo de transição, um pe-ríodo no qual os investimentosdo setor real da economia ten-derão a ser mais atrativos queas demais oportunidades deinvestimento".

Dilma aproveitou para des-tacar medidas tomadas porseu governo – como a forte re-dução da taxa básica de juros –e salientar que boa parte dasações implementadas esteano terão seus efeitos senti-dos de forma plena nos próxi-mos meses. "O Banco Centralconseguiu realizar um movi-mento cauteloso na direçãode uma mudança macroeco-

nômica nessa componenteque é estratégica", observou apresidente ao citar a queda de12,50% para 7,25% ao ano dataxa Selic desde agosto do anopassado. A presidente desta-cou ainda que o mix de câmbioe juros (mais baixos) permiteao Brasil reduzir o custo do in-vestimento.

"É muito difícil resistir à ten-tação de fazer um balanço doano, quando se participa deuma solenidade em dezem-bro, até porque várias medi-das que tomamos em 2012ainda não têm seus efeitoscompletos apresentados", co-mentou, passando a traçar umcenário mais otimista em rela-

ção ao futuro e apelando parao espírito empreendedor dosempresários.

"Para os nossos objetivos, ocrescimento industrial terá deser necessariamente, nos pró-ximos meses e anos, um cres-cimento muito mais forte,muito mais pujante. Até por-que o Brasil precisa ter uma ta-xa de investimento elevado. Eisso só ocorrerá de forma efe-tiva se nós tivermos, dentro daindústria, uma participaçãodo investimento muito signifi-cativa", acentuou.

Dilma reiterou o compro-misso do governo com o rigorfiscal que, segundo ela, ficaexpresso na proporção da dí-

vida líquida com o Produto In-terno Bruto (PIB), que atual-mente está em 35%.

Para ela, uma indústria "for-te e mais competitiva" é a"questão central" para o de-senvolvimento brasileiro. "Te-nho certeza de que precisa-mos ter uma indústria forte,que combine um agronegócioem expansão tecnologica-mente avançado, uma expor-tação de commodities e ma-nufatura significativas e umagrande capacidade de sermoscentros de serviços também.Uma indústria forte é o nó es-tratégico para que o Brasil te-nha um desenvolvimento sus-tentável", disse. (Agências)

Aneeldesconversasobre taxa

Odiretor-geral da Agên-cia Nacional de EnergiaElétrica (Aneel), Nel-

son Hubner, disse ontem queainda não está definida a taxade correção que será paga àstransmissoras pelos investi-mentos realizados até 2000 eainda não amortizados.

Na terça-feira, a Cteep dis-se, em teleconferência, espe-rar receber uma remuneraçãocom base no Índice de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA)mais 4% ao ano para essas in-denizações, taxa que tambémfoi mencionada pela Cemig.

"O Tesouro está discutindoisso. Ainda tem de ter uma re-gulamentação sobre como vaiser feito isso. Não tem essa de-finição", disse ele, após parti-cipar de seminário na Câmarad o s D e p u t a d o s s o b r e arenovação das concessões dosetor elétrico.

Hubner admitiu, porém,que já foi aventado que essacorreção seja equivalente aum título do Tesouro de 30anos (mesmo prazo das novasconcessões) indexado à infla-ção, que paga IPCA mais 4%.Essa remuneração refere-se a

um pagamento de indeniza-ção adicional definido pelo go-verno na semana passadaque, segundo fontes, podechegar a algo entre R$ 9 bi-lhões a R$ 10 bilhões. Os valo-res serão pagos em parcelasao longo de 30 anos.

O pagamento adicional aju-dou o governo a ter adesão de100% das transmissoras aoplano de renovação antecipa-da das concessões que ven-cem entre 2015 e 2017.

Ao deixar o seminário na Câ-mara dos Deputados, NelsonHubner defendeu tambémque os Estados contribuampara ajudar a ampliar a redu-ção na tarifa de energia – quecaiu de 20,2% para 16,7%, emmédia, com a não adesão dep a r t e d a g e r a ç ã o a oplano de renovação.

"A mensagem da presiden-te Dilma Rousseff é que cabe atodo mundo dar um pouqui-nho do seu esforço", disseHubner.

Segundo o diretor da Aneel,"é muito bem-vinda qualquerredução de carga tributáriasobre a tarifa de energia elétri-ca". (Reuters)

Cemig vai à Justiça em busca de renovaçãoOgovernador de Minas

Gerais, Antonio Anas-tasia (PSDB), afirmou

ter conversado com o tambémtucano governador de SãoPaulo, Geraldo Alckmin, sobreas decisões tomadas pelas es-tatais mineira e paulista deenergia de não renovar os con-tratos de concessão das usi-nas geradoras, mas negou ca-ráter político nas medidas.

A mineira Cemig, a paulistaCesp e a paranaense Copel,estatal de energia do Estadoque é governado pelo tambémtucano Beto Richa, conversa-ram entre si antes de decidirsobre a não renovação doscontratos como desejava o go-verno federal, disse o gover-nador mineira.

Anastasia disse que conver-sou em Brasília com o presi-dente da Cesp, o tucano JoséAníbal, e que dialoga regular-mente com Alckmin – inclusi-ve sobre a questão que levouas estatais dos governos tuca-nos a rejeitar a fórmula pro-posta pela presidente DilmaRousseff. "Não transforma-mos uma questão técnica empolítica. Tanto não é (uma deci-são política) que nós da Cemigaderimos integralmente à re-novação dos contratos datransmissão", disse.

Briga na Justiça – No café damanhã com jornalistas que te-ve na manhã de ontem, Anas-tasia chegou a dizer que oscontratos foram "violentados"e que a Cemig vai à Justiça bri-gar pelo direito de renovar pe-la segunda vez os contratosdas suas três principais usinas– Jaguara, São Simão e Miran-da – conforme a regra vigenteque o Planalto pretende mu-dar. "Pela medida provisória579 isso não está sendo res-peitado. Então, é claro que aCemig vai tomar as medidasnecessárias a salvaguardarseus direitos", salientou o go-vernador.

Com relação às outras 15usinas de geração de energiasob gestão da Cemig, o gover-nador de Minas Gerais afirmouque os contratos vencerão em2015 e que, até lá, pode havernovas mudanças.

Mesmo se não houver, disseele, a estatal deve participardas novas licitações com boaschances de manter as gestõesdessas hidrelétricas.

Critério e confiança – Anasta-sia se disse favorável à medi-da da presidente Dilma dequerer baixar o preço da ener-gia para o consumidor, masdiscorda dos métodos. "Todosnós somos favoráveis à redu-ção de todas as tarifas, espe-cialmente a tarifa de luz, quede fato é alta. Mas a reduçãodepende de vários critérios deordem técnica", afirmou.

Anastasia disse que a Cemigpode vir a ficar em dificulda-des se aderir à proposta do go-verno. "A Cemig é patrimôniodo povo de Minas Gerais, nósdevemos defendê-lo, é impor-tante isso", disse. Para tentarafugentar a ideia de que os go-

vernadores tucanos agirampoliticamente, ele disse que aadesão à proposta do governona área da transmissão estáse dando "na base da confian-ça, porque as normas não es-tão aprovadas ainda pelo Con-gresso Nacional".

Na última terça-feira, o pra-zo final para as empresas assi-narem as concessões anteci-padas, a estatal mineira reno-vou contratos de cerca de 5 milqui lômetros de l inhas detransmissão, mas desistiu darenovação pelos novos ter-mos de outras 18 hidrelétricasalém das que vão ser discuti-das na Justiça, cujas conces-

sões também vencem até2017. "Num exemplo hipotéti-co, o custo de operação é 40 ea remuneração seria dez", jus-tificou.

Segundo Anastasia, no casodesses outros ativos, a Cemigainda tem esperança de nego-ciação com o governo federalantes do fim dos contratos, amaior parte em 2015. "Ne-nhum dos lados encerrou odiálogo. Se não houver mu-dança, a Cemig participa daslicitações normalmente", ob-servou, ressaltando uma pos-sível vantagem nessas dispu-tas devido à "expertise" daempresa. (Agências)

PresidenteDilma:"Reitero meucompromissode buscar noinício do anomais umesforço paradiminuir atarifa deenergia."

André Dusek/ Estadão Conteúdo

Forbes aelege a 18ªp o d e ro s a .

Dilma Rousseffaparece em18º lugar na

lista das pessoas maispoderosas do mundo darevista Fo r b e s , que tem71 líderes mundiais,em uma referência àpopulação mundial,de aproximadamente7,1 bilhões de pessoas.

O presidente dosEstados Unidos,Barack Obama,aparece de novo emprimeiro lugar. E éseguido pela chanceleralemã, Angela Merkel, epelo presidente russo,Vladimir Putin.

Dilma está na lista,segundo a revista,porque dirige a sextamaior economiado mundo e colocou"ênfase no fomento doempreendedorismoque inspirou uma novageração de empresários".

Na lista do ano passado,Dilma havia ficadona 22ª posição.

Mulheres – Apenasseis mulheres estão noranking do rankingda Forbes . Além das jácitadas Dilma e Merkel,aparecem a presidentedo Partido do Congressoda Índia, Sonia Gandhi(12ª), e a diretora-gerentedo Fundo MonetárioInternacional, afrancesa ChristineLagarde (38ª).

As outras duas são adiretora geral daOrganização Mundialda Saúde, a chinesaMargaret Chan (58ª),e a secretária de Saúdedos EUA, Kathleen Sebelius(68ª). (Agências)

Anastasia, governador de Minas, reconhece que se reuniu com outros tucanos, mas nega ação política.

Ivaldo Cavalcanti/ Folhapress - 13.11.12

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quinta-feira, 6 de dezembro de 201218 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Grupo Costa, navios sob medida para Incentive & Meeting de absoluto sucesso.

Seu próximo evento já tem endereço certo. Mas não fixo: ele vai navegar.

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Carro com motorista,mais que um luxo.

Ans

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Folh

apre

ss

Alugar carro com moto-rista para executivotem tudo para se tor-

nar commodity. Na visão docomprador, se o fornecedor éidôneo e competente, nãoimporta o escolhido, pois oque mais pesa na decisão é opreço. Então, como fazer pa-ra se distinguir da concorrên-cia? Esse é um desafio não sópara as locadoras, mas tam-bém hotéis, agências e qual-quer prestador de serviços.

Há quem se conforma coma situação, e há os que apos-tam em agregar valor ao quefazem, ganhando assim rele-vância. A verdade é que opor-tunidade não falta, é só pres-tar atenção. Quando um exe-cutivo atarefado entra em umcarro com motorista a últimacoisa que quer é ser incomo-dado com conversas incon-venientes, atrasos ou errosno itinerário, ou ainda serobrigado a localizar o carro navolta de um encontro. Na rea-lidade, ele precisa – e até pa-ga mais – de um profissionalespecializado que dirija bemum carro confortável e queconheça as rotas mais rápi-das, principalmente em cida-des com trânsito caótico.

A história do norte-ameri-

cano Robert Dobrient é umexemplo de como identificaroportunidade em mercadosque à primeira vista parecemsaturado. Quando era presi-dente de uma empresa no Te-xas, costumava ser atendidoem suas viagens por limusi-nes com chofer, conhecidascomo town cars. Pesquisandoo assunto, descobriu que ha-via no mundo 12 mil empre-sas similares, mas seis delasdominavam o mercado. Po-rém, nenhuma tinha uma or-ganização sofisticada. Geral-mente usavam baixa tecno-logia, sem investimentos em

softwares inteligentes.Até que em 1997 a empre-

sa de Robert foi vendida. Trêsanos depois, ele criou a Sa-voya, uma transportadoraterrestre de executivos quechegou com dois novos com-ponentes. O primeiro foiapostar pesado em uma tec-nologia 100% online para in-tegrar todas as partes envol-vidas, da informação da che-gada do motorista ao local àentrega do passageiro nodestino. Além disso, ofereceum atendimento 24 x 7 por te-lefone, e-mail ou sms, comferramentas online para re-

servas, alterações de roteiro,emissão de relatórios e co-brança simplificada. O se-gundo conceito é a seleçãocriteriosa dos fornecedores –até porque a Savoya não ti-nha um único carro próprio!Através de uma verdadeiradue diligence o candidato aparceiro era avaliado paraconfirmar se tem frota pró-pria, motoristas experientese registrados, documenta-ção em ordem etc.

Passados 12 anos, a Sa-voya é atualmente líder emsua categoria, e está presen-te em 60 países, com mais de20 mil carros. Desde a sema-na passada, opera tambémem 14 estados brasileiros,com 360 veículos de 22 em-presas. Para responder pelafilial brasileira, Robert diz queencontrou em Oskar Kedor,fundador da Mobility, o par-ceiro ideal. Há 15 anos em lo-cação de carros, ele tambémtem uma trajetória bem suce-dida e uma filosofia de traba-lho similar. Agora, os dois pre-cisam provar por meio da Sa-voya Brasil que fazem a dife-rença em relação às 300companhias de locação decarros executivos existentesno País.

Passageiro Vip

Daniela Silva Moris

Div

ulga

ção

Agerente geral doQuality Hotel

Aeroporto Vitória, DanielaSilva Moris, nasceu emCabo Verde, Minas Gerais,mas ainda bebê veio paraCampinas (SP). Sonhavaem estudar Medicina,chegou a ingressar emFonoaudiologia, masinterrompeu o curso porfalta de recursos.

Em 1999, Daniela foicontratada pelo hotelSleep Inn Galleria, emCampinas, então oterceiro administradopela rede Atlantica. Elacomeçou pelo setoradministrativo, e com 18anos já era agente dereservas, enquanto faziaum curso intensivo deinglês. "Nunca tinha mehospedado em um hotel

na vida", conta.Enquanto trabalhava,

Daniela cursavaAdministração deEmpresas, e mais tardecompletou um MBA emGestão Empresarial.Depois de dois anos, foitransferida para oComfort Suites Campinascomo supervisora derecepção, e a seguirassumiu a recepção deoutra unidade em Brasília.Em 2007, após umprograma de trainee, elase tornou gerente geraldo Comfort Hotel VitóriaPraia, no Espírito Santo.Quatro anos depois, foiconvidada a implantar oQuality Hotel AeroportoVitória. "Sou apaixonadapela cidade e por essehotel", conclui.

Em 2013, a frota da Azul chegará a 127 aeronaves.economia

Juntas, Azul e Trip devemfaturar R$ 5 bi em 2013.

Para 2012, a estimativa das duas empresas aéreas é de obter receita de R$ 4,2 bilhões.

Renato Carbonari IbelliDivulgação

O resultado projetado deve equilibrar as contas da Azul, segundo executivos da companhia aérea.

AAzul Linhas Aéreasespera fechar 2012com faturamento deR$ 4,2 bilhões, valor

que engloba o faturamento daTrip, empresa com a qual ope-ra conjuntamente desde maiodeste ano. Executivos dascompanhias dizem que o re-sultado projetado finalmentedeve equilibrar as contas daAzul, que cinco anos atrás fezum grande aporte de capitalpara iniciar suas operações.Para 2013, a empresa aéreaprojeta manutenção da traje-tória de crescimento, com fa-turamento na casa dos R$ 5 bi-lhões e participação saltandodos atuais 15% do mercadopara 20%.

Embora tenham divulgadofaturamento conjunto, Azul eTrip ainda têm suas estruturassocietárias independentes.Elas aguardam parecer doConselho Administrativo deDefesa Econômica (Cade) pa-ra que possam realizar a fusãodas suas estruturas. A expec-tativa é que o aval seja dadopelo Cade no início do próximoano. Com a fusão, a marca Tripsai do mercado.

Até o final do ano, de acordo

com José Mário Caprioli, presi-dente da Trip, ambas empre-sas estarão voando conjunta-mente com uma frota de 120aeronaves, que fazem 840 vo-os diários para 100 destinosdomésticos.

Em par de igualdade – Embo-ra a Azul se posicione como aterceira empresa aérea doPaís, atrás de Tam e Gol em nú-mero de destinos domésticos,ela se coloca em par de igual-dade com as grandes com asl íderes do mercado. Para2013, Caprioli, que será o dire-tor de operações da compa-nhia resultante da fusão, a fro-ta da Azul, no próximo ano,chegará a 127 aeronaves.

A expansão esperada pelaAzul é respaldada pelo históri-co de crescimento do setor aé-

reo brasileiro, que tem avan-çado dois dígitos por ano. Para2013, o presidente da Trip es-tima que o setor continuaránesse ritmo, avançando trêsvezes além do Produto InternoBruto (PIB).

Azul e Trip operam atual-mente em regime de codeshare (voos compartilhados)enquanto aguardam a autori-zação para fusão. No últimodomingo, as empresas pro-moveram a integração deseus sistemas de reserva e ca-nais de atendimento. Com is-so, os clientes de ambas com-panhias podem concentrar ascompras de passagens nos ca-nais da Azul.

TCU aprova edital da1ª fase de licitação

do trem-bala

Oplenário do Tribunal de Contas da União (TCU)aprovou ontem o edital da primeira fase de licitaçãodo trem de alta velocidade (TAV), que ligará

Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. O projeto serálicitado em duas fases: na primeira, será feita a escolha dooperador e da tecnologia a ser utilizada; e na segunda, serálicitada a construção do trem-bala.

Em seu voto, o relator do processo, ministro AugustoNardes, manifestou preocupação com o fato de que ovencedor do primeiro leilão seja o responsável porapresentar uma estimativa de custo para a construção depontes, viadutos e túneis – que serão licitados na faseposterior. O vencedor da primeira etapa será aquele queapresentar o maior valor de outorga ao governo e o menorcusto para a construção das estruturas.

"Gostaria de dizer que um dos aspectos que mepreocupa é a baixa vinculação da proponente em relaçãoao valor oferecido por ela à infraestrutura. Isso podeocasionar problemas, por não ser o licitante responsávelpela execução de obras civis relativas à infraestrutura, queserá feita pelo Estado", afirmou Nardes.

Na avaliação do ministro, os proponentes podemoferecer estimativas de custo que não sejam realistasapenas com o objetivo de vencer a disputa. "É um risco, eestamos propondo que a licitação seja feita comproteções."

Para evitar o risco, o ministro propôs que a AgênciaNacional de Transportes Terrestres (ANTT) faça constar noedital disposições que assegurem a viabilidade e aconfiabilidade da estimativa de custo das obras. "Esperoque o governo inclua esse ponto", disse Nardes.

Na semana passada, o ministro Aroldo Cedraz pediuvistas ao processo, o que atrasou os planos do governo depublicar a versão final do edital do trem-bala, previsto parasair na última segunda-feira. O projeto voltou a seranalisado na sessão de ontem.

Com a aprovação do edital pelo TCU, o governo querpublicar o edital na próxima semana, conforme previsãofeita pelo presidente da Empresa de Planejamento eLogística (EPL), Bernardo Figueiredo. (Estadão Conteúdo)

127aeronaves vão

integrar a frota daAzul, no próximo ano.Hoje, ambas aéreas

fazem 840 voosdiários para 100

destinos domésticos.

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

A Fazenda entrou alterando medida porque acendeu a luz vermelha.Durval Correa, gerente de câmbio da Multi Money Corretoraeconomia

Governo anuncia pacote de R$ 100 biEmpresas que tomarem financiamentos com recursos do BNDES pagarão menos, 5% da TJLP a partir de janeiro, a menor taxa da história.

Ogoverno anunciouontem novas medi-das para estimularos investimentos

no País. Uma delas é um paco-te de R$ 100 bilhões em finan-ciamento para empresas em2013, com juros reduzidos eprazos mais longos.

A outra é a redução dos juroscobrados em empréstimos doBanco Nacional de Desenvol-vimento Econômico e Social(BNDES) para empresas. Achamada Taxa de Juros deLongo Prazo (TJLP) cai de 5,5%para 5% ao ano a partir de ja-neiro, permanecendo no me-nor nível da história.

Ao anunciar o pacote, o mi-nistro da Fazenda, Guido Man-tega, disse que o objetivo dogoverno é fazer o investimen-to crescer 8% em 2013.

"Para viabilizar o cresci-mento da economia de 4% em2013 é preciso impulsionar oinvestimento, que deve cres-cer em torno de 8%", disse oministro. "Os investimentosgerais requerem planejamen-to das empresas e elas têmagora um parâmetro para is-so", disse, acrescentando aimportância de que o setor pri-vado participe.

A redução da TJLP, segundoMantega, foi decidida pelo go-verno para "baratear" as ou-tras linhas de financiamentodo BNDES, além das linhas doPrograma de Sustentação doInvestimento (PSI) 2013, quetambém foram anunciadasnesta quarta-feira.

Bens de capital – Do total deR$ 100 bilhões previstos,R$ 85 bilhões virão do BNDESe os R$ 15 bilhões restantes vi-rão da liberação de compulsó-rios não remunerados.

O compulsório é a parcelados depósitos que os bancossão obrigados a manter retidano Banco Central.

Essas condições especiaisde financiamento para as em-presas foram garantidas coma prorrogação do Programa deSustentação do Investimento(PSI), que serve para financiara compra de máquinas e equi-pamentos usados na produ-ção, além de investimentosem tecnologia e inovação.

O novo PSI, na avaliação doministro, será menos burocrá-tico e a liberação de recursosserá mais rápida. De acordocom Mantega, uma empresanão precisa comprar máquinae equipamento para ser bene-ficiada, pois poderá utilizarleasing com taxas do PSI.

Juros menores e prazos maio-re s – Em vigor desde 2009, oPSI acabará em dezembro de2013, mas as taxas de jurosespeciais deixariam de valer

no fim deste ano. O ministroconfirmou ainda a prorroga-ção das condições especiaisdo PSI no próximo ano.

A taxa de juros será de 3% noprimeiro semestre de 2013, ede 3,5% no segundo semestrepara os financiamentos debens de capital, equipamen-tos agrícolas, peças e compo-nentes de fabricação nacio-nal, ônibus e caminhões.

Para financiamentos debens de capital do setor de

energia e de capital de giro pa-ra projetos de investimentosem municípios atingidos pordesastres naturais, os juros to-talizarão 5,5% ao ano.

O prazo de financiamentoda maioria das linhas é de até120 meses. As exceções sãoas linhas para peças e compo-nentes, que terão prazo de 36meses (três anos) e para asempresas de energia, cujo pa-gamento levará até 360 me-ses (30 anos). (Reuters)

Mantegaquer maisd ó l a re s

Oministro da Fazenda,Guido Mantega,afirmou ontem que a

redução do prazo deempréstimos externos noqual incide o OperaçõesFinanceiras (IOF) de 6% tem oobjetivo de permitircaptações maiores dasempresas em um momentoem que o governo tentaestimular o investimento.Para ele, a ação não vaifomentar o ingresso no paísde capitais especulativos.

"Achamos que, com a taxade juros mais baixa aqui noBrasil, não existe mais aatração de capitaisespeculativos e dearbitragem. O que é captadolá fora hoje é para capital degiro e investimento. Estamosfacilitando para que osbancos e as empresaspossam captar recursos láfora acima de 365 dias",afirmou o ministro, referindo-se à Selic na mínima históricade 7,25% ao ano.

Mantega disse ainda que anova medida não foi tomadapor conta da inflação, parareduzir a pressão sobre ospreços, e voltou a defenderque o câmbio é flutuante noPaís. "O câmbio é flutuante,não tem limite. Como temossituação de taxa de jurosmais equilibrada, isso dámenos volatilidade ao câmbioe ele se estabiliza em umasituação mais real". (Reuters)

Fluxo cambial fechapositivo no mês

Aentrada de dólares no Paíss u p e r o u a s a í d a e mUS$ 4,876 bilhões em no-

vembro, segundo o Banco Central.Desde julho, o fluxo cambial não fe-chava o mês positivo. O resultadofoi puxado pelas operações finan-ceiras, que responderam por umaentrada líquida de US$ 7,262 bi-lhões no período, maior valor em 16meses. O número é a diferença en-tre compras de US$ 33,020 bilhõese vendas de US$ 25,758 bilhões,menor valor em 12 meses.

No comércio exterior, o saldo fi-cou negativo em US$ 2,386 bilhõesno mesmo período. As exportaçõessomaram US$ 15,388 bilhões –chegando ao menor valor desde fe-vereiro de 2011 –, e as importa-ções, US$ 17,774 bilhões.

No acumulado nos 11 primeirosmeses do ano, o fluxo cambial re-g i s t r a e n t r a d a l í q u i d a d eU S $ 2 3 , 5 0 8 b i l h õ e s , a n t eUS$ 67,222 bilhões no mesmo pe-ríodo de 2011.

Neste ano, entraram US$ 12,649b i lhões pe la v ia comerc ia l eUS$ 10,859 bilhões no segmento fi-nanceiro, que inclui investimentosestrangeiros, entre outras opera-ções.

Na quinta semana de novembro,entre os dias 26 e 30, o fluxo de dó-lares para o País ficou positivo emUS$ 1,339 bilhão. Na primeira se-mana, havia sido registrada saídalíquida de US$ 356 milhões. Na se-gunda, houve fluxo positivo deUS$ 2,661 bilhões. Na terceira, en-trada de US$ 1,208 bilhão e naquarta, o fluxo foi positivo emUS$ 23 milhões. Na semana passa-da, as operações financeiras res-ponderam por uma entrada líquidade US$ 2,650 bilhões, diferença en-tre compras de US$ 10,910 bilhõese vendas de US$ 8,260 bilhões. Nocomércio exterior, o saldo ficou ne-gativo em US$ 1,312 bilhão, comexportações (US$ 3,803 bilhões)i n f e r i o r e s à s i m p o r t a ç õ e s(US$ 5,115 bilhões).

Os bancos voltaram a ficar com-prados no mercado de câmbio,chegando a US$ 914 milhões no fimde novembro. No fechamento, es-tavam vendidos em US$ 3,658 bi-lhões. Estar "vendido" representaexpectativa de queda do preço damoeda e estar "comprado" signifi-ca a aposta de que a cotação do dó-lar pode subir. Com moeda em cai-xa, é possível lucrar com eventualalta da moeda. (Estadão Conteúdo)

Ministro Guido Mantega e Luciano Coutinho (BNDES): R$ 85 bilhões do pacote anunciado virão do banco de fomento.

André Dusek/Estadão Conteúdo

Desde julho aentrada dedólares noBrasil superoua saída. Nocomércioexterior, osaldo foi ne-gativo. Impor-tamos mais.

Jonne Roriz/ Estadão Conteúdo - 09.06.05

Fazenda muda regras emoeda norte-americana

fica abaixo de R$ 2,10

Ogoverno deu continui-dade à reversão de me-didas regulatórias, cu-

jos reflexos no mercado decâmbio têm sido de reduçãoda pressão de alta sobre o dó-lar. Ontem, o Ministério da Fa-zenda diminuiu o prazo dosempréstimos externos tribu-tados com Imposto sobre Ope-rações Financeiras (IOF) de6%. Como resultado, o dólaraprofundou a trajetória de de-clínio iniciada durante a sema-na e fechou o dia cotado abai-xo de R$ 2,10.

As duas medidas têm poten-cial para ampliar o vo-lume de dólares nomercado local no finaldo ano e auxiliam asempresas a captar re-cursos lá fora comcusto mais baixo.

O governo não ad-mite publicamente,mas a ação tambémevita uma alta maisforte do dólar que po-deria ter efeitos sobrea inflação.

"Ontem, as medi-das do Banco Centralforam focadas em ali-viar o custo para o ex-portador. Agora, es-tão voltadas para osempréstimos exter-nos para empresas como umtodo", afirmou o consultor dePesquisas Econômicas doBanco de Tokyo-MitsubishiUFJ, Maurício Nakahodo.

Estratégia – A Fazenda re-verteu o prazo, de 720 para360 dias, para as operaçõesde empréstimos externos ta-xadas com IOF a 6%. "O gover-no está tentando trazer dóla-res para não ter de entrar nomercado à vista", ponderou ogerente de câmbio da MultiMoney Corretora de Câmbio,Durval Correa.

"A Fazenda entrou ( al t e ra n-do medida) porque acendeu aluz vermelha", afirmou. A per-cepção entre estrategistas éque o avanço do dólar na últi-ma semana tornou-se preocu-pante diante da expectativacom o período sazonal de in-tensificação de saída de capi-tal, em face de remessas de lu-cros e dividendos (leia sobrefluxo cambial ao lado).

Banda – O declínio do dólarontem, para nível inferior aR$ 2,10, dá indicações de queo ritmo de depreciação do realestava incomodando o gover-

O ministro Guido Mantegacitou que a liberação maior doIOF ajuda o mercado a se equi-librar no atual cenário.

No mercado doméstico, odólar à vista fechou cotado aR$ 2,0990 no balcão, em que-da de 0,85%. Na máxima, amoeda bateu em R$ 2,1100 etocou em R$ 2,0980, na míni-ma do dia. O giro financeiro so-mava US$ 1,778 bilhão poucodepois das 16h30.

Ontem, a moeda norte-americana recuou 0,9%, cota-da a R$ 2,097 na venda. Trata-se da maior queda diária des-

de o dia 3 de agostodeste ano, quando re-cuou 1,12% no fecha-mento.

Em menos de doisanos, o governo pro-moveu um verdadei-ro vaivém na cobran-ça do IOF nos emprés-timos contratados porempresas e bancos noexterior. Foram seisintervenções na alí-quota do imposto ouno prazo das opera-ções que passariam apagar o pedágio.

Em novembro, osdados de fluxo cam-bial surpreenderam,na avaliação de Na-

kahodo. A entrada de dólaresno País superou a saída emUS$ 4,876 bilhões em novem-bro, segundo o BC.

Desde julho, o fluxo cambialnão fechava o mês positivo. Oanalista considera que as me-didas regulatórias anuncia-das pelo governo podem in-fluenciar um fluxo financeiropositivo à frente, mas ele ob-serva que isso ainda não éuma tendência consolidada ecita que ainda deve haver vo-latilidade quanto ao fluxo.(Agências)

no, na opinião de um estrate-gista que não quis se identifi-car, para quem as mudançasnas medidas regulatórias po-dem começar a esboçar umabanda de negoc iação deR$ 2,09 a R$ 2,12.

O secretário executivo ad-junto do Ministério da Fazen-da, Diogo Oliveira, disse queas decisões da Fazenda e doBanco Central são casadas.Na avaliação dele, a medidasobre o IOF abre espaço paraempresas e bancos adequa-rem fluxo de caixa.

Dólar caiu 0,9%, cotado a R$ 2,097 na venda.

Lee Jae Won/ Reuters

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quinta-feira, 6 de dezembro de 201220 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO

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38ª Vara Cível da CapitalCitação. Prazo 20 dias. Proc. nº 583.00.2007.191168-1 (1382/2007). O Dr. Nilson Wilfred IvanhoéPinheiro, Juiz de Direito da 38ª Vara Cível da Capital. Faz Saber a Paulo Castanheira Filho, RG.M999511 e CPF. 301.422.296-87, que pelo presente edital, expedido nos autos da ação de Buscae Apreensão convertida em Depósito, que lhe move Banco Citibank S/A, citado fica, para em 05dias, a fluir após os 20 dias supra, entregar um veículo marca Citroen, modelo Berlingo MultispaceGLX, ano de fabricação/modelo 2001, placa DAN 2364, chassis 8BCMLFXK1GO14889, Renavamnº 774560380, depositá-lo em juízo ou consignar seu equivalente em dinheiro (R$ 32.392,54 –novembro/2008), (art. 902, I, II, CPC) ou querendo, no mesmo prazo, contestar a ação, sob penade presumirem-se como verdadeiros os fatos alegados. Estando o réu em local ignorado, foi deter-minada sua citação por edital, com prazo de 20 dias, em virtude do que, expediu-se o presente, oqual será, afixado e publicado na forma da lei. São Paulo, 01 de agosto de 2012.

4ª Vara Cível da CapitalCitação. Prazo 20 dias. Proc. nº 583.00.2009.224239-3 (2775/2009). O Dr. Anderson Cortez Men-des, Juiz de Direito da 4ª Vara Cível da Capital, na forma da lei, etc. Faz Saber a Antonio PaulinoSilva, RG. 8537124-X e CPF. 233.118.678-23 que, Dibens Leasing S/A lhe ajuizou uma ação deReintegração de Posse do veículo marca Honda, tipo Fit LX-MT 1.4, cor preto, ano de fabrica-ção/modelo 2008, placas DZJ6337, Renavan 980294428 e Chassi 93HGE57408Z210425, a qual foiCONVERTIDA EM PERDAS E DANOS. Estando o réu em local ignorado, foi deferida sua citaçãopor edital, para que no prazo de 15 dias, a fluir após os 20 dias supra, conteste o feito, sob pena depresumirem-se verdadeiros os fatos alegados, requerendo ainda, a condenação ao pagamento daquantia de R$ 15.031,66 (quinze mil, trinta e um reais e sessenta e seis centavos), correspondenteao valor do débito, que deverá ser acrescida de juros de mora e correção monetária desde29/05/2012 até a data do efetivo pagamento, bem como ao pagamento de custas processuais ehonorários advocatícios. Será o presente edital, por extrato, afixado e publicado na forma da lei.São Paulo, 22 de outubro de 2012.

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Vamos voltar a investir nesse segmento com foco na marca Estadão.Francisco Mesquita Neto, diretor-presidente do Grupo Estadoeconomia

Santander e Citi vão demitir no PaísCrise financeira internacional respinga no Brasil e faz com que bancos estrangeiros revejam e enxuguem suas operações no País

OSantander Brasil eo Citigroup estãofazendo demissõesno Brasil, embora

ambos tenham evitado men-cionar números.

O Citigroup decidiu demitir11 mil funcionários no mundo.Desta vez, o corte atingirátambém o Brasil, um dos pou-cos países em que o bancocresce e que tinha sido poupa-do nas últimas reduções defuncionários.

No Brasil, 14 agências serãofechadas nos próximos me-ses. O banco tem 198 unida-des no País.

O critério para o fechamen-to de agências será a sobrepo-sição de unidades. Deverãoser fechadas agências queoperam muito próximas umasdas outras ou em regiões quenão tenham uma massa sufi-ciente de clientes de alta ren-da, perfil de público no qual obanco passará a concentraresforços no país.

O Citi afirma que, mesmocom essa reestruturação, ne-nhum local deixará de seratendido pelo banco no País.

Os cortes têm por objetivode reduzir as despesas e eco-nomizar US$ 900 milhões no

próximo ano e US$ 1,1 bilhãopor ano a partir de 2014.

Procurado, o Citigroup noBrasil afirmou que não tinhainformações sobre quantasdemissões ocorrerão no país enem quando isso ocorrerá.

Além do Brasil, haverá redu-ção no número de agênciasem Hong Kong (7), na Hungria(4), na Coreia do Sul (15) e nosEstados Unidos (44).

A área de "consumer ban-king" (na qual se incluem asoperações das agências) seráuma das mais afetadas pelos

cortes. Deverão ser demitidos6.200 funcionários em todo omundo. Ainda assim, o bancocontará com cerca de 4.000agências no mundo após oscortes. Também haverá cor-tes nos setores de clientes ins-titucionais (afetando 1.900funcionários), operações etecnologia (2.300) e funçõesglobais (300).

Santander – No Brasil, o San-tander deverá demitir cercade 5.000 funcionários atéamanhã, segundo o sindicatodos bancários. Pelo menos

2.000 pessoas já teriam sidodesligadas até ontem.

Se for confirmada a infor-mação, o Santander deve de-mitir cerca de 10% de seusfuncionários no País. Em se-tembro, o banco empregava54.678 pessoas, segundo oBanco Central.

O Santander Brasil não con-firma esse número de cortes,mas reconhece que está fa-zendo um "ajuste em sua es-trutura" para se adequar ao"contexto competitivo" da in-dústria bancária.

"As informações referentesa uma forte redução do núme-ro de funcionários não corres-pondem à realidade", afirmouo banco, em nota.

Segundo Juvandia Moreira,presidente do sindicato dosBancários de São Paulo, oscortes seriam uma forma deelevar as remessas de lucrospara a matriz, na Espanha,que passa dificuldade.

Já Ademir Wiederkehr, fun-cionário do banco e secretáriode imprensa da ConfederaçãoNacional dos Trabalhadoresdo Ramo Financeiro (Contraf),afirmou que as demissões queocorreram até o momentotêm se concentrado em fun-cionários com cargos de ge-rência, que já têm mais de dezanos de empresa e que vieramde bancos que foram compra-dos pelo Santander, como Ba-nespa, Real, Meridional e No-roeste.

Funcionários em todo o Paísrealizaram paralisações naterça-feira e ontem em protes-to contra as demissões, afir-maram os sindicalistas. E pre-tendem continuar.

Ontem, os papéis do San-tander tiveram alta de 0,7%.(Agências)

OGrupo Estado e a In-foglobo anunciaramontem o término da

parceria que mantinhamdesde 2001 no ZAP, opera-ção de classificados na Inter-net. A Infoglobo adquiriu os50% da companhia que per-tenciam ao Grupo Estado, fi-cando com 100%.

A compra da participaçãoainda será submetida àaprovação do Conselho Ad-ministrativo de Defesa Eco-

nômica (Cade). "Foi um pe-ríodo de mútua colaboração.Vamos voltar a investir nes-se segmento com foco namarca Estadão, que é prati-

camente sinônimo de classi-ficados eficientes", disseFrancisco Mesquita Neto, di-retor-presidente do GrupoEstado. (EC)

Fim da parceria no ZAP

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PINDAMONHANGABAABERTURA EDITAL RESUMIDO

PREGÃO - REGISTRO DE PREÇOS Nº 339/2012 A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra.do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PPRP nº 339/12, referente à “Aquisição decartuchos e toners”, com encerramento dia 18/12/12, às 8h, e abertura às 8h30. O edital estará disponívelno site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supradas 8h, às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 05 de dezembro de 2012.

PREGÃO - REGISTRO DE PREÇOS Nº 340/2012A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. doBom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PPRP nº 340/12, referente à “Aquisição de materialde limpeza”, com encerramento dia 18/12/12, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível nosite www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supradas 8h, às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 05 de dezembro de 2012.

PREGÃO PRESENCIAL Nº 248/2012A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra.do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 248/12, referente à “Contratação de empresaespecializada em processamento de roupa hospitalar, constituindo-se de lavagem (incluindo umectação,quando necessário), centrifugação, secagem, dobragem, embalagem e reparo de rouparia, pelo períodode 12 (doze) meses”, com encerramento dia 18/12/12, às 15h30, e abertura às 16h. O edital estarádisponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas noendereço supra das 8h, às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 05 de dezembro de 2012.

COMUNICADO - BRILHANTE RECREAÇÕES LTDA. – ME. CNPJ nº 00.834.257/0001-49, CCM 2.399.080-5, comunica o extravio dos documentos fiscais: NFS. série “A” do nº 001 A 600, autorização 129 e livrosfiscais mod. 51 e 57 nº 01.

Construanima Serv. Tec. Ltda. situada em São Paulo/SP, à R. Veríssimo Glória, nº 128, cj 3, Insc.Munic. 2682883-9 e CNPJ 024658490001-66, comunica o extravio do livro MOD 57 da PMSP e NFFSde 1 a 250, ref. AIDF nº 185.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:COMUNICADO – 2º CHAMAMENTO PÚBLICO

Projeto Bolsa Escola Pública e Universidade na Alfabetização – Programa Ler e EscreverA Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE comunica que estão abertas as inscrições de Instituiçõesde Ensino Superior para apresentação do Plano de Trabalho/2013, de acordo com a Resolução SE 74, de 24-11-2011,da Secretaria de Estado da Educação para preenchimento das vagas remanescentes do 1º Chamamento Público,publicado no DOE de 23-10-2012. Poderão inscrever-se para o Projeto Bolsa Alfabetização as Instituições de EnsinoSuperior – IES, sediadas no Estado de São Paulo, que possuam cursos presenciais, devidamente autorizados e/oureconhecidos nas áreas de Pedagogia, centrada no magistério das séries iniciais do Ensino Fundamental ou delicenciatura plena em Letras, ou ainda de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado/Doutorado) na área de didáticada alfabetização. No ato de inscrição, a IES deverá apresentar o Certificado de Regularidade Cadastral nos termosdo Decreto nº 57.501/2011 e o Certificado de Registro Cadastral emitido pela Fundação para o Desenvolvimento daEducação e Plano de Trabalho, elaborado com observância às diretrizes que embasam o Projeto. As Instituiçõesinteressadas deverão verificar a documentação exigida, o número de classes em potencial(*) a serem atendidas porDiretoria Regional de Ensino, as especificações do projeto pedagógico, legislação e demais informações pertinentes,no site do Projeto: http://lereescrever.fde.sp.gov.br. As instituições deverão entregar seu plano de trabalho, erespectiva documentação, observadas as instruções disponibilizadas no site, na sede da FDE, sito na Av. São Luís99 – 15º andar – Centro – São Paulo-SP, CEP 01046-001, de segunda a sexta-feira, das 08h30 às 17h ou encaminharvia Correio. (*) o número de classes é obtido na base de dados da SEE/SP, sujeito a atualizações em janeiro/2013.

“AVISO DE LICITAÇÃO”PREGÃO PRESENCIAL Nº 052/2012 - EDITAL Nº 072/2012

Objeto: Registro de Preços para Aquisição de Cartuchos, Toners e Fitaspara Impressora. Encerramento: 19 (dezenove) de dezembro de 2012 às09:00 horas. Informações:ACópia completa do Edital poderá ser adquirida,sem ônus, no Departamento de Suprimentos, sito à Av. Eduardo RobertoDaher, 1.135 – Centro – Itapecerica da Serra, no horário das 08:30 às16:30 horas, nos dias úteis, ou mediante solicitação através do endereçoeletrônico licitaçõ[email protected], contendo os dados cadastraisdo interessado. Demais informações poderão ser obtidas pelo telefone4668.9000 ramal 9111, com código de acesso (DDD) 0XX11. Itapecericada Serra, 05 de dezembro de 2.012. IVO MARTELLO FILHO - Pregoeiro

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ITAPECERICA DA SERRA

TVLX VIAGENS E TURISMO S.A.CNPJ n° 12.337.454/0001-31 - NIRE 35300381840

Ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 21/08/2012Data, Hora e Local: Aos 21 dias de Agosto de 2012 as 16.00 horas, na sede scial da Cia., localizada em SãoPaulo/SP, na Avenida Paulista, nº 1728, 7º andar, CEP 13010-200 Bela Vista. Convocação, Quorum e Instala-ção: convocação dispensada em razão da presença da totalidade dos acionistas, conforme disposto no § 4° doart. 124 da Lei no 6.404/76. Mesa: Presidente: Sr. Robertson Sergio Rossato e Secretário: Sr. Alex RobertoTodres. Lavratura: A ata desta assembleia deverá ser lavrada de forma sumarizada, nos termos do §10 do art.130 da Lei n. 6.404/76. Ordem do Dia: (i) Deliberar sobre a constituição da nova filial da Companhia na Rua Ma-noel Coelho, 600 conjunto 316, 317, 344 e 345 no 3º pavimento - Centro - CEP 09510-101 - São Caetano do Sul- SP. Deliberações: Após a discussão das matérias constantes da Ordem do Dia, os acionistas da Companhiadeliberaram, por unanimidade de votos e sem quaisquer reservas, o seguinte: (i) Foi aprovada, por unanimidadee sem ressalvas, a alteração do artigo 20 do Estatuto Social que passa vigorar com a seguinte e nova redação:"Art. 2º A Companhia tem a sua sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Paulista, ne1728, 7º andar, CEP 13010-200, Bela Vista e 03 (três) filiais sendo uma na Rua Calçada Flor de Liz, n° 92, 2°andar, Condomínio Centro Comercial de Alphaville, CEP 06453-062, na Cidade de Barueri, Estado de São Paulo,uma na Rua Major Sertório, nº 128, 8º andar, cj. 83, CEP 01222-000, na Cidade de São Paulo, Estado de SãoPaulo e a na Rua Manoel Coelho, 600 conjunto 316, 317, 344 e 345 no 3º pavimento - Centro - CEP 09510-101- São Caetano do Sul - SP, sendo-lhe facultado estabelecer e encerrar filiais, agências ou sucursais em qualquerponto do Território Nacional e no exterior, por deliberação da Assembleia Geral". Encerramento: Nada maishavendo a ser tratado, foi a presente ata lida aprovada, lavrada na forma de sumário e assinada por todos ospresentes. Mesa: Presidente - Robertson Sergio Rossato. Secretário - Alex Roberto Todres. Acionistas: Ro-bertson Sergio Rossato, Alex Roberto Todres e IG Internet Brazilian pp. Felipe Baptista Luz. JUCESP - NIRE Filialnº 3590443528-7. JUCESP registro n° 385.268/12-9 em 03/09/2012. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO PARA REGISTRO DE PREÇOS OBJETIVANDO A COMPRA DE CARNE DE FRANGOEM TIRAS AO MOLHO ROSADO COZIDA E CONGELADA / CARNE BOVINA MOÍDA AO MOLHO DE TOMATE COZIDAE CONGELADA. PREÂMBULO - EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO n°091/2012 - PROCESSO n° 12665/0000/2012.OFERTA DE COMPRA N° 080358000012012OC00113. ENDEREÇO ELETRÔNICO: www.bec.sp.gov.br ouwww.bec.fazenda.sp.gov.br. DATA DO INÍCIO DO PRAZO PARA ENVIO DA PROPOSTA ELETRÔNICA: 06/12/2012.DATA E HORA DA ABERTURA DA SESSÃO PÚBLICA: 19/12/2012 – 10:00 h.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOORDENADORIA DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS ESCOLARES

COMUNICADO

A empresa MADE1000 MAT P/ CONSTRUÇÃO LTDA. situada na Rua GeneralFlores nº 490, Bom Retiro, São Paulo - SP, CNPJ nº 00.239.901/0001-30, inscrição114.150.580.114, comunica o extravio de seus pedidos de nºs 5498, 0016, 0046 e0062, compostos por 1ª via branca, 2ª via azul e 3ª via jornal (todas sem utilização,em branco).

PREFEITURA DA ESTÂNCIA

BALNEÁRIA DE MONGAGUÁ/SPPROCESSO Nº 182/2012

PREGÃO PRESENCIAL Nº 056/2012Objetivo: Contratação de serviços para o abastecimento de tropas da Polícia Militar e PolíciaCivil por motivo de movimentação operacional denominada “Operação Verão” temporada2012-2013. O início da etapa de lances será no dia 19 de dezembro de 2012, às 14h30min,no Auditório Municipal, sito à Avenida Getúlio Vargas nº 67, Centro, Mongaguá. O editalencontra-se à disposição no site [email protected]. Autoridade Competente –Salim Issa Salomão.

Requerente: Arnaldo Soares da Silva. Requerido: Indústria Matarazzo de Emba-lagens Ltda. Rua Comendador Ermelindo Matarazzo, s/n° - Ermelindo Matarazzo - 2ª Vara de Falências.

Recuperação JudicialRequerente: Aços Itamarati Comercial e Distribuidora Ltda. Requerido: Aços Ita-marati Comercial e Distribuidora Ltda. Avenida São Miguel, 7.988 – Vila Norma -1° Vara de Falências. Requerente: Central Surf Magazine Ltda. Requerido: Central Surf Magazine Ltda. Travessa Casalbuono, 120 - SUC - 947 – Vila Guilherme - 2ª Vara de Falências.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIALConforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 05 de dezembro de 2012, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

DAMOVO DO BRASIL S.A.CNPJ nº 56.795.362/0001-70 - NIRE 35.300.113.691

Edital de Convocação para Assembléia Geral ExtraordináriaFicam os Srs.Acionistas convocados, nos termos do artigo 124, §1º, inciso I, da Lei das SociedadesAnô-nimas (Lei nº 6.404/76) e nos termos do artigo 8º do Estatuto Social da Companhia, para se reunirem emAssembleia Geral Extraordinária, que se realizará no próximo dia 17 de dezembro de 2012, às 09:00 ho-ras, na sede social, localizada no Município de Barueri, Estado de São Paulo, na Alameda Mamoré, 535�Alphaville Industrial - 19º andar - sala 1.902, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (i) aprovar anova redação ao artigo 22 do Estatuto Social da Companhia, com fundamento no artigo 175 da Lei dasSociedades Anônimas, para alterar o exercício social da Companhia para o período compreendido entreo dia 1º de fevereiro de um ano ao dia 31 de janeiro do ano seguinte, ressaltando que o primeiro exercíciosocial após a aprovação destamodi�cação, e somente este, terá duração de um (1) ano e um (1) mês; (ii)aprovar a distribuição de dividendos intermediários/intercalares, no montante global de R$1.200.000,00(um milhão e duzentos mil reais), com base no balanço levantado em 30 de junho de 2012, nos termosdos artigos 23 do Estatuto Social da Companhia e 204 da Lei das Sociedades Anônimas; São Paulo, 06de dezembro de 2012. Diretor Presidente. (06, 07 e 08/12)

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quinta-feira, 6 de dezembro de 201222 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Todo mundo vende qualquer coisa em qualquer lugarClaudio Felisoni, presidente do Ibevareconomia

As 100 maiores varejistascrescem 15%; setor, 8%.

Faturamento das 100 maiores empresas do varejo em 2011, de acordo com rankingelaborado pelo Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo (Ibevar) com apoio da PWC,

foi de R$ 260 bilhões. O Grupo Pão de Açúcar obteve a liderança novamente, comR$ 46,5 bilhões de receita, 1.571 lojas e quase 150 mil funcionários.

Karina Lignelli sentadas pela rede O Boticá-rio, que ficou entre as dez pri-meiras do ranking, é que, dototal analisado, 57 registra-ram faturamento acima deR$ 1 bilhão, ante 44 da ediçãoanterior, segundo o vice-pre-sidente do Ibevar, EduardoSalles Terra.

" E s s e a u-mento podeser atribuídoa o c r e s c i-mento, quechegou a doisdígitos em al-g u m a s e m-presas, à con-sol idação eao processode formaliza-ção pelo qualpassa o varejo", explicou, lem-brando que, para próxima edi-ção, a expectativa é que o nú-mero chegue a 70.

De modo geral, o peso des-sas varejistas no Produto In-terno, Bruto (PIB) subiu de24%, em 2010, para 25% em2011', de acordo com o profes-sor Claudio Felisoni, presiden-

te do Ibevar. "Apesar do PIB pí-fio, que deve fechar o ano comexpansão de apenas 1,3% – egraças ao consumo das famí-lias, que representa 60,3% dototal –, essa alta mostra nitida-mente que o varejo no Brasilcaminha para a consolida-

ção", disse oprofessor .

D i f e re n c i a-ção – Mas, pa-r a o v a r e j ocont inuar ac rescer emmeio à a l tac o n c o r r ê n-cia, é precisose diferenciar– assim comoo Grupo Pãod e A ç ú c a r ,

exemplo de variedade de lo-jas, bandeiras e operações. Oranking do Ibevar também re-velou que, na relação entreprodutividade por loja e pro-dutividade por funcionário, asegunda sempre é relativa-mente baixa, devido à poucaqualificação em um setor in-tensivo em mão de obra. "In-

dependentemente da empre-sa, mesmo que elas sejam di-ferentes das outras, a formade operar é basicamente amesma", explicou o pro-fessor Felisoni.

O ranking do Ibevar,que tem como objetivomostrar um panoramado varejo e do consu-mo no Brasil, reúnedados do IBGE, Ban-co Central (BC), Insti-tuto de Pesquisa EconômicaAplicada (Ipea), do Programade Administração do Varejo(Provar) e dos balanços publi-cados pelas empresas.

Outros dados mostram que,fora as gigantes que ocupamas cinco primeiras posições doranking, há uma grande su-perposição de empresas – oque reitera a ideia do multica-nal ou da confusão de canais,ou seja, que hoje "todo mundovende qualquer coisa em qual-quer lugar", segundo Felisoni.

"Ou as empresas médiasprocuram crescer para fazerparte desse clube do R$ 1 bi-lhão, ou elas se transformamem grandes por si só. Porqueno fim, isso será remetido à so-berania do consumidor final,que tem poder de comprar,comparar e ter vantagens."

Mesmo assim, a superposi-ção não vai contra os interes-ses do mercado, principal-mente porque os custos deinformação são muito bai-xos, tanto pelo acesso fácilcomo para comparar preços."A competitividade se dá noplano da loja, que é onde oconsumidor pesquisa primei-ro", afirmou o presidente doIbevar. "O que prejudica é omonopólio. Se hoje temosmelhora na condição das uni-dades, sortimento mais va-riado de produtos e maioradaptação das lojas a cadadistrito, é porque a competi-tividade estimulou isso", de-clarou Felisoni.Além de maior receita, o Pão de Açúcar tem como diferenciais a variedade de lojas, bandeiras e operações.

Juntas, as 100 maioresempresas do varejo bra-sileiro faturaram R$ 260bilhões em 2011, aponta

a edição 2012 do ranking con-solidado pelo Instituto Brasi-leiro de Executivos do Varejo(Ibevar), com apoio da PWC.Comparado ao crescimentode 8% do varejo no período,segundo dados do InstitutoBrasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE), as empresaslistadas no ranking cresce-ram 15%. Assim como na edi-ção anterior, o Grupo Pão deAçúcar se manteve na lide-rança, com R$ 46,5 bilhões defaturamento, 1.571 lojas equase 150 mil funcionários.Na sequência, as outras qua-tro primeiras são as redesCarrefour, Walmart, LojasAmericanas e Máquina deVendas. (veja ao lado)

Uma das novidades dessaedição, além da participaçãoda C&A pela primeira vez e ainclusão de franquias, repre-Felipe Rau/AE

Ibevar esperadesaceleração em 2013

Apesar de fechar o anoem alta, o varejo deve

operar em condições maislimitadas em 2013, apontao presidente do InstitutoBrasileiro de Executivosdo Varejo (Ibevar) ClaudioFelisoni. De acordo comele, o setor, que deveterminar 2012 com alta de7,5%, ante 8% de 2011,terá o crescimento puxadoprincipalmente pelaperformance das vendasaté o terceiro trimestre,devido às medidas deestímulo ao consumo,desoneração de impostosna folha de pagamento eem itens comoeletrodomésticos e carros,além da redução na taxade juros.

Isso porque o Natal serámais fraco que o dos anosanteriores, pois o que sevê agora é umadesaceleração nasintenções de compra.Outro motivo é que, emvez de a inadimplência dar

mostras de recuo já quetenderia a cair com opagamento do décimoterceiro salário, não hámovimento de redução nataxa porque ocomprometimento darenda das famílias comdívidas ainda estáelevado, destacouFelisoni.

"E para 2013, nãohaverá condições políticaspara manter as medidasde estímulo ao consumo,como a redução de(alíquotas de) impostos, e ataxa de juros irá subirnovamente. Odesempenho geral dovarejo vai depender muitodas vendas dossupermercadistas, dosalimentos, querepresentam 50% do total.Sem medidas de estímulo,a performance do setorsofrerá um baque e ocrescimento desaceleraráde 3% a 5%", projetou oprofessor Felisoni. (KL)

A competitividadese dá no planoda loja, queé onde oconsumidorpesquisaprimeiro.

CL AUDIO FELISONI, IBE VAR

Ford projeta expansão no mercado

Opresidente da FordBrasil, Steven Arms-t rong, prevê que o

mercado brasileiro de veícu-los crescerá entre 2% e 4% em2013, mas que a alta depen-derá do desempenho macroe-conômico do País. Armstrongcitou como fatores condicio-nantes para o crescimento odesempenho do Produto In-terno Bruto (PIB) e o compor-tamento das taxas de juros.Também lembrou da implan-tação do Novo Regime Auto-motivo (Inovar-Auto) para queocorra a expansão.

Sobre a empresa, Arms-trong afirmou que as vendasda Ford em 2012 devem subir4% sobre 2011, alta influen-ciada principalmente pelamudança dos principais pro-dutos da montadora no País.Neste ano, a montadora norte-americana lançou no Brasil anova Ranger, o sedã Fusion eainda o novo EcoSport, veículoque terá no País sua platafor-ma global de produção. "Con-tinuaremos desenvolvendotecnologia no Brasil para osgrandes produtos da compa-nhia. O País saiu de uma atua-ção local para se tornar um dosgrandes desenvolvedores deprodutos globais", disse.

Armstrong estimou que aFord deve exportar 60 mil uni-dades em 2012, volume queserá mantido no próximo ano.Ele destacou ainda, duranteevento de final de ano da com-

panhia, ontem, que o mercadobrasileiro amadureceu e oconsumidor está mais exigen-te. "O consumidor, em vez decomprar qualquer coisa, par-tiu para produtos melhores. Omercado está cada vez maisdinâmico e a concorrência ficacada vez melhor".

Durante o evento, o diretorde finanças da Ford para aAmérica do Sul, Amut Singhi,lembrou que o mercado brasi-le iro de veículos cresceu150% nos últimos dez anos edeverá aumentar 50% na pró-xima década. "É uma mudan-ça fantástica no mercado",disse Singhi, citando, porém, o

alto custo de produção de veí-culos no Brasil, que é o dobrodo custo observado , porexemplo, nos Estados Unidos.

Na contramão do movimen-to recente no mercado de au-tomóveis no Brasil, a Ford des-cartou a hipótese de trazer asua marca de luxo Lincoln parao País nos próximos anos.

A divisão premium passoupor um relançamento com aapresentação de um novo se-dã e a mudança de nome paraThe Lincoln Motor Company. Oanúncio, feito nesta semanapara os mercados chineses eamericanos, chamaram aatenção para uma possível ex-

tensão global, na qual estariaincluído o Brasil. Para Arms-trong, a companhia vai dispu-tar o mercado de luxo com osatuais modelos Fusion e Edge,com os quais considera estar"bem posicionada".

O ano de 2012 foi marcadopelo anúncio da vinda de divi-sões de luxos de montadorasglobais com atuação no Brasil.A Toyota retomou as ativida-des de sua marca premium Le-xus no País. A Honda e Nissananunciaram a estreia da Acurae da Infiniti nos próximos anos.Entre outras em estudo estãoAlfa Romeo (Fiat) e Cadillac(GM). (Agências)

Lucas Lacaz Ruiz/AE

O mercadobrasileiro de

veículoscresceu 150%

nos últimosdez anos e

deve aumentar50% na

próximadécada, disse

a Ford.

BB amplia carênciano financiamento

de veículos

OBanco do Brasil (BB) informou ontem que o financia-mento de veículos leves zero-quilômetro já pode ser

contratado na instituição com carência de até seis meses.Segundo o comunicado, a promoção, válida até 31 de de-zembro, "é uma ação inédita no mercado e passa a sermais um diferencial mercadológico da linha BB CréditoVeículo, que já não cobra nenhuma tarifa na contratação"Antes, a carência máxima para início do pagamento dasparcelas era de 59 dias.

A instituição acrescenta que desde o lançamento doprograma BOMPRATODOS, em abril de 2012, diversasações foram implementadas para tornar as linhas de fi-nanciamento de veículos ainda mais atrativas. "Segundoo ranking do Banco Central, quando comparado aos maio-res bancos do mercado, o BB, por meses seguidos, con-tinua com o posicionamento de banco com as menores ta-

xas médias de juros para compra de veículos."Semana Auto – Já a Caixa Econômica Federal

realiza, até amanhã, a Semana Auto Caixa.Conforme comunicado do banco, o consumidorpoderá comprar um carro em até 60 meses,com taxas entre 0,75% a.m. e 1,51% a.m., se-gundo as condições do financiamento. A insti-tuição ressalta que tem uma das menores pres-tações do mercado e não cobra tarifas adicio-nais. A ação integra o Programa Caixa MelhorCrédito.

As taxas são definidas em função de fatorescomo cota de financiamento, idade do veículo,prazo e nível de relacionamento do cliente coma instituição.

A Caixa já financiou mais de 60 mil veículos dejaneiro a novembro deste ano, apenas com asoperações realizadas em suas agências. No Es-tado de São Paulo, a Caixa já financiou, em2012, mais de 7,7 mil veículos até outubro, comR$ 177 milhões contratados. Computando-seas operações realizadas pelo Banco Panameri-cano, a carteira de veículos deve atingir R$ 10bilhões até o final deste ano.

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 23DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fischer Participações S/ACNPJ nº 15.806.933/0001-48 - NIRE nº 35.300.438.655

Dia, Hora e Local: 15/10/12, às 10:00 hs., na sede social, na R. João Pessoa nº 305, Ed. Administrativo II, 1º and., S/A, bairro Centro,Matão-SP, CEP:15990-902.Convocação e Presença:Convocação dispensada nos termos do § 4º do art. 124 da Lei nº 6.404/76, em face dapresença da totalidade dos acionistas desta Cia., conf. se verifica pelas assinaturas no “Livro de Presença de Acionistas”.Mesa: Maria doRosário Fischer - Presidenta e RonaldoMarfori Sampaio - Secretário.OrdemdoDia: (A)Ampliação do objeto social da Cia.e (B)Aumento doCapital Social da Cia. c/emissão de novas ações.DeliberaçõesTomadas, por unanimidade dos votos e sem reservas: (A) - Aprovada aampliação do objeto social desta Cia. c/a inclusão de duas novas atividades. Em decorrência desta deliberação o Art. 3º do Estatuto Socialdesta Cia. passa a vigorar c/a seguinte redação: “Art. 3º - A Cia. tem por objeto: (i) a exploração imobiliária, que compreende s/limitação aestes, o aluguel, arrendamento, comodato e compra e venda de imóveis; (ii) a exploração da atividade agrícola e pecuária; (iii) a gestão e/ouadministração de negócios, empresas e sociedades; (iv) a compra e venda demercadorias; (v) a importação e a exportação, por conta própriaou de terceiros; e (vi) a participação no capital de quaisquer sociedades ou empreendimentos.”; e (B) - Aprovado o aumento do capital socialdesta Cia. no montante de R$ 922.465.272,85, totalmente subscrito e integralizado da seguinte forma: (i)R$ 784.867.512,00 subscrito e inte-gralizadopelaempresaCitrosucoTradingN.V., c/sedeemVanEngelenweg23,P.O.Box3335,Curaçao, registradanoReg.doCom.deCuraçaosob o nº 73962, inscrita no CNPJ sob o nº 05.717.279/0001-42 e cadastrada no CADEMP/BACEN sob o nº 537279, mediante a conversão,em investimento, de créditos oriundos de pré-pagamento a exportação detido pela Citrosuco Trading N.V. contra esta Cia., que totalizamUS$ 386,520,000.00, convertidos aTx.de fechamento do câmbio de R$ 2,0306 desta data, representados pelos contratos de pré-pagamentoa exportação a seguir relacionados: 1) nº 104081471, firmado em 10/04/12, Bco. Bradesco S/A, s/ROF, no valor de US$ 6,400,000.00,equivalentes a R$ 12.995.840,00; 2) nº 08/055680, firmado em 30/12/08, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA48667800002, no valor deUS$ 4,000,000.00, equivalentes a R$ 8.122.400,00; 3) nº 08/024572, firmado em 02/01/09, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA48667800003,no valor de US$ 12,400,000.00, equivalentes a R$ 25.179.440,00; 4) nº 09/000116, firmado em 05/01/09, Bco. Itaú BBA S/A, ROFnºTA48667800004, no valor de US$ 1,120,000.00, equivalentes a R$ 2.274.272,00;5) nº 09/000308, firmado em 08/01/09, Bco.do Brasil S/A,ROF nº TA48667800005, no valor de US$ 400,000.00, equivalentes a R$ 812.240,00; 6) nº 09/000305, firmado em 08/01/09, Bco. do BrasilS/A, ROF nºTA48667800006, no valor de US$ 3,500,000.00, equivalentes a R$ 7.107.100,00;7) nº 09/000432, firmado em 09/01/09, Bco. doBrasil S/A, ROF nº TA48667800007, no valor de US$ 9,000,000.00, equivalentes a R$ 18.275.400,00; 8) nº 09/000582, firmado em 09/01/09,Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA48667800008, no valor de US$ 2,000,000.00, equivalentes a R$ 4.061.200,00; 9) nº 09/000333, firmado em09/01/09, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA48667800009, no valor de US$ 9,000,000.00, equivalentes a R$ 18.275.400,00; 10) nº 09/000463,firmado em 13/01/09, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA48667800010, no valor de US$ 350.000,00, equivalentes a R$ 710.710,00;11) nº 09/000464, firmado em 13/01/09, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA48667800011, no valor de US$ 2,000,000.00, equivalentes aR$ 4.061.200,00; 12) nº 09/000649, firmado em 15/01/09, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA48667800012, no valor de US$ 5,400,000.00,equivalentes a R$ 10.965.240,00; 13) nº 09/000828, firmado em 20/01/09, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA48797900002, no valor deUS$ 1,000,000.00, equivalentes a R$ 2.030.600,00; 14) nº 09/004873, firmado em 12/02/09, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA48797900003, novalordeUS$3,000,000.00,equivalentesaR$6.091.800,00;15)nº09/004262, firmadoem02/03/09,Bco.doBrasilS/A,ROFnºTA48797900004,no valor de US$ 2,000,000.00, equivalentes a R$ 4.061.200,00; 16) nº 09/047213, firmado em 02/03/09, Bco. Itaú BBA S/A, ROFnº TA48797900005, no valor de US$ 7,000,000.00, equivalentes a R$ 14.214.200,00; 17) nº 09/003404, firmado em 02/03/09, Bco. BradescoS/A, ROF nº TA48797900006, no valor de US$ 2,000,000.00, equivalentes a R$ 4.061.200,00; 18) nº 09/004622, firmado em 05/03/09, Bco.doBrasil S/A,ROFnºTA48797900007, no valor deUS$1,130,000.00, equivalentesaR$2.294.578,00;19)nº 09/005223, firmadoem16/03/09,Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA48797900008, no valor de US$ 1,480,000.00, equivalentes a R$ 3.005.288,00; 20) nº 09/004621, firmado em05/03/09, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA48797900009, no valor de US$ 2,250,000.00, equivalentes a R$ 4.568.850,00; 21) nº 09/011180,firmado em 01/04/09, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA48797900010, no valor de US$ 7,700,000.00, equivalentes a R$ 15.635.620,00;22) nº 09/006762, firmado em 02/04/09, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA48797900011, no valor de US$ 1,350,000.00, equivalentes aR$ 2.741.310,00; 23) nº 09/006896, firmado em 06/04/09, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA48797900012, no valor de US$ 5,000,000.00,equivalentes a R$ 10.153.000,00; 24) nº 09/011949, firmado em 09/04/09, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA48797900013, no valor deUS$ 1,800,000.00, equivalentes a R$ 3.655.080,00;25) nº 09/028758, firmado em 09/04/09, HSBCBank Brasil S/A, ROF nºTA48797900014,no valor de US$ 2,290,000.00, equivalentes a R$ 4.650.074,00; 26) nº 09/005717, firmado em 09/04/09, Bco. Bradesco S/A, ROFnº TA48797900015, no valor de US$ 8,000,000.00, equivalentes a R$ 16.244.800,00; 27) nº 09/007158, firmado em 09/04/09, Bco. do BrasilS/A, ROF nº TA48797900016, no valor de US$ 4,000,000.00, equivalentes a R$ 8.122.400,00; 28) nº 09/005718, firmado em 09/04/09, Bco.Bradesco S/A, ROF nº TA49751800002, no valor de US$ 5,710,000.00, equivalentes a R$ 11.594.726,00; 29) nº 09/006782, firmado em30/04/09, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA49751800003, no valor de US$ 8,500,000.00, equivalentes a R$ 17.260.100,00; 30) nº 09/015556,firmado em 04/05/09, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA49751800004, no valor de US$ 5,000,000.00, equivalentes a R$ 10.153.000,00;31) nº 09/015559, firmado em 04/05/09, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA49751800005, no valor de US$ 2,000,000.00, equivalentes aR$ 4.061.200,00; 32) nº 09/017343, firmado em 15/05/09, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA49751800006, no valor de US$ 5,100,000.00,equivalentes a R$ 10.356.060,00; 33) nº 09/018057, firmado em 20/05/09, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA49751800007, no valor deUS$ 1,200,000.00, equivalentes a R$ 2.436.720,00; 34) nº 09/009524, firmado em 16/06/09, Bco.Bradesco, ROF nº TA49751800008 S/A, novalordeUS$2,350,000.00,equivalentesaR$4.771.910,00;35)nº09/019491, firmadoem19/10/09,Bco.doBrasilS/A,ROFnºTA49751800009,no valor de US$ 5,000,000.00, equivalentes a R$ 10.153.000,00; 36) nº 09/020358, firmado em 30/10/09, Bco. do Brasil S/A,ROF nº TA49751800010, no valor de US$ 12,650,000.00, equivalentes a R$ 25.687.090,00; 37) nº 09/020893, firmado em 05/11/09, Bco. doBrasil S/A, ROF nº TA49751800011, no valor de US$ 2,490,000.00, equivalentes a R$ 5.056.194,00; 38) nº 09/020892, firmado em 05/11/09,Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA52044700002, no valor de US$ 910,000.00, equivalentes a R$ 1.847.846,00; 39) nº 09/020891, firmado em05/11/09, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA52044700003, no valor de US$ 4,600,000.00, equivalentes a R$ 9.340.760,00; 40) nº 09/021544,firmado em 18/11/09, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA52044700004, no valor de US$ 1,500,000.00, equivalentes a R$ 3.045.900,00;41) nº 09/021610, firmado em 19/11/09, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA52044700005, no valor de US$ 12,200,000.00, equivalentes aR$ 24.773.320,00; 42) nº 09/022517, firmado em 04/12/09, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA52044700006, no valor de US$ 4,100,000.00,equivalentes a R$ 8.325.460,00; 43) nº 09/021687, firmado em 16/12/09, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA52044700007, no valor deUS$ 12,000,000.00, equivalentes a R$ 24.367.200,00; 44) nº 09/022151, firmado em 21/12/09, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA52044700008,no valor de US$ 5,240,000.00, equivalentes a R$ 10.640.344,00; 45) nº 10/000325, firmado em 08/01/10, Bco. Bradesco S/A,ROF nº TA52044700009, no valor de US$ 9,450,000.00, equivalentes a R$ 19.189.170,00; 46) nº 10/017051, firmado em 21/10/10, Bco. doBrasil S/A, ROF nº TA55787200002, no valor de US$ 2,560,000.00, equivalentes a R$ 5.198.336,00; 47) nº 10/101291, firmado em 20/10/10,Bco.Bradesco S/A, ROF nºTA55787200003, no valor de US$ 14,800,000.00, equivalentes a R$ 30.052.880,00;48) nº 10/106898, firmado em01/11/10, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA55787200004, no valor de US$ 3,500,000.00, equivalentes a R$ 7.107.100,00; 49) nº 10/115328,firmado em 19/11/10, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA55787200005, no valor de US$ 11,650,000.00, equivalentes a R$ 23.656.490,00;50) nº 10/051075, firmado em 30/11/10, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA55787200006, no valor de US$ 10,000,000.00, equivalentes aR$ 20.306.000,00; 51) nº 10/051078, firmado em 30/11/10, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA55787200007, no valor de US$ 6,000,000.00,equivalentes a R$ 12.183.600,00; 52) nº 10/020393, firmado em 10/12/10, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA55787200008, no valor deUS$ 1,490,000.00, equivalentes a R$ 3.025.594,00; 53) nº 102081083, firmado em 05/01/12, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA59752600008,no valor de US$ 1,250,000.00, equivalentes a R$ 2.538.250,00; 54) nº 102104886, firmado em 06/01/12, Bco. Bradesco S/A,ROF nº TA59752600009, no valor de US$ 2,400,000.00, equivalentes a R$ 4.873.440,00; 55) nº 102384018, firmado em 19/01/12, Bco. J.P.Morgan S/A, ROF nºTA59752600010, no valor de US$ 900,000.00, equivalentes a R$ 1.827.540,00;56) nº 102384016, firmado em 19/01/12,Bco. J.P.Morgan S/A, ROF nºTA59752600011, no valor de US$ 1,400,000.00, equivalentes a R$ 2.842.840,00;57) nº 11/000822, firmado em04/01/11, HSBCBankBrasil S/A, ROFnºTA62077600005, no valor deUS$ 5,000,000.00, equivalentes aR$ 10.153.000,00;58) nº 11/000821,firmado em 04/01/11, HSBC Bank Brasil S/A, ROF nº TA62077600005, no valor de US$ 560,000.00, equivalentes a R$ 1.137.136,00;59) nº 11/000821, firmado em 04/01/11, HSBC Bank Brasil S/A, ROF nº TA62077600005, no valor de US$ 240,000.00, equivalentes aR$ 487.344,00; 60) nº 10/020394, firmado em 10/12/10, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA62077600005, no valor de US$ 5,320,000.00,equivalentes a R$ 10.802.792,00; 61) nº 10/020394, firmado em 10/12/10, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA62077600005, no valor deUS$ 5,560,000.00, equivalentes a R$ 11.290.136,00; 62) nº 10/020394, firmado em 10/12/10, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA62077600005,no valor de US$ 5,560,000.00, equivalentes a R$ 11.290.136,00; 63) nº 10/020394, firmado em 10/12/10, Bco. do Brasil S/A, ROFnº TA62077600005, no valor de US$ 2,070,000.00, equivalentes a R$ 4.203.342,00; 64) nº 10/127163, firmado em 16/12/10, Bco. BradescoS/A, ROF nº TA62077600005, no valor de US$ 3,490,000.00, equivalentes a R$ 7.086.794,00; 65) nº 10/127163, firmado em 16/12/10, Bco.Bradesco S/A, ROF nº TA62077600005, no valor de US$ 5,560,000.00, equivalentes a R$ 11.290.136,00; 66) nº 10/127163, firmado em16/12/10, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600005, no valor de US$ 1,950,000.00, equivalentes a R$ 3.959.670,00; 67) nº 10/131149,firmado em 24/12/10, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600005, no valor de US$ 2,000,000.00, equivalentes a R$ 4.061.200,00;68) nº 11/016397, firmado em 10/02/11, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600005, no valor de US$ 1,610,000.00, equivalentes aR$ 3.269.266,00; 69) nº 11/016397, firmado em 10/02/11, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600005, no valor de US$ 5,560,000.00,equivalentes a R$ 11.290.136,00; 70) nº 11/016397, firmado em 10/02/11, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600005, no valor deUS$ 4,230,000.00, equivalentes a R$ 8.589.438,00; 71) nº 11/030256, firmado em 11/07/11, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA62077600005, novalordeUS$1,290,000.00,equivalentesaR$2.619.474,00;72)nº11/030257, firmadoem11/07/11,Bco.ItaúBBAS/A,ROFnºTA62077600006,no valor de US$ 5,560,000.00, equivalentes a R$ 11.290.136,00; 73) nº 11/030257, firmado em 11/07/11, Bco. Itaú BBA S/A, ROFnº TA62077600006, no valor de US$ 1,150,000.00, equivalentes a R$ 2.335.190,00; 74) nº 11/011579, firmado em 04/08/11, Bco. do BrasilS/A, ROF nº TA62077600006, no valor de US$ 4,410,000.00, equivalentes a R$ 8.954.946,00; 75) nº 11/011579, firmado em 04/08/11,Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA62077600006, no valor de US$ 1,590,000.00, equivalentes a R$ 3.228.654,00; 76) nº 11/124754, firmado em08/09/11, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600006, no valor de US$ 3,970,000.00, equivalentes a R$ 8.061.482,00; 77) nº 11/124754,firmado em 08/09/11, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600006, no valor de US$ 2,030,000.00, equivalentes a R$ 4.122.118,00;78) nº 11/124756, firmado em 08/09/11, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600006, no valor de US$ 1,250,000.00, equivalentes aR$ 2.538.250,00; 79) nº 11/013545, firmado em 12/09/11, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA62077600006, no valor de US$ 2,280,000.00,equivalentes a R$ 4.629.768,00; 80) nº 11/013545, firmado em 12/09/11, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA62077600006, no valor deUS$ 2,720,000.00, equivalentes a R$ 5.523.232,00; 81) nº 11/040953, firmado em 12/09/11, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA62077600006, novalordeUS$2,840,000.00,equivalentesaR$5.766.904,00;82)nº11/040953, firmadoem12/09/11,Bco.ItaúBBAS/A,ROFnºTA62077600006,no valor de US$ 2,160,000.00, equivalentes a R$ 4.386.096,00; 83) nº 11/014221, firmado em 22/09/11, Bco. do Brasil S/A, ROFnº TA62077600006, no valor de US$ 3,000,000.00, equivalentes a R$ 6.091.800,00; 84) nº 100058774, firmado em 04/10/11, Bco. BradescoS/A, ROF nº TA62077600006, no valor de US$ 400,000.00, equivalentes a R$ 812.240,00; 85) nº 100058774, firmado em 04/10/11,Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600006, no valor de US$ 4,643,332.52, equivalentes a R$ 9.428.751,02; 86) nº 100139630, firmado em07/10/11, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600006, no valor de US$ 916,667.48, equivalentes a R$ 1.861.384,98; 87) nº 100139630,firmado em 07/10/11, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600006, no valor de US$ 5,560,000.00, equivalentes a R$ 11.290.136,00;88) nº 100139630, firmado em 07/10/11, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600006, no valor de US$ 3,120,000.00, equivalentes aR$ 6.335.472,00; 89) nº 100395172, firmado em 19/10/11, Bco. Votorantim S/A, ROF nº TA62077600006, no valor de US$ 2,400,000.00,equivalentes a R$ 4.873.440,00; 90) nº 101073422, firmado em 21/11/11, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA62077600007, no valor deUS$ 2,780,000.00, equivalentes a R$ 5.645.068,00;91) nº 101073422, firmado em 21/11/11, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA62077600007, novalor de US$ 20,000.00, equivalentes a R$ 40.612,00; 92) nº 101284562, firmado em 30/11/11, Bco. Itaú BBA S/A, ROF nº TA62077600007,no valor de US$ 2,760,000.00, equivalentes a R$ 5.604.456,00; 93) nº 101284562, firmado em 30/11/11, Bco. Itaú BBA S/A, ROFnºTA62077600007, no valor de US$ 740,000.00, equivalentes a R$ 1.502.644,00;94) nº 101597543, firmado em 14/12/11, Bco.do Brasil S/A,ROF nº TA62077600007, no valor de US$ 2,040,000.00, equivalentes a R$ 4.142.424,00; 95) nº 101597543, firmado em 14/12/11, Bco. doBrasil S/A, ROF nºTA62077600007, no valor de US$ 2,780,000.00, equivalentes a R$ 5.645.068,00;96) nº 101597543, firmado em 14/12/11,Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA62077600007, no valor de US$ 1,180,000.00, equivalentes a R$ 2.396.108,00; 97) nº 101594101, firmado em14/12/11, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600007, no valor de US$ 1,600,000.00, equivalentes a R$ 3.248.960,00; 98) nº 101594101,firmado em 14/12/11, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600007, no valor de US$ 800,000.00, equivalentes a R$ 1.624.480,00;99) nº 101619943, firmado em 15/12/11, Bco. Bradesco S/A, ROF nº TA62077600007, no valor de US$ 900,000.00, equivalentes aR$ 1.827.540,00; 100) nº 102053478, firmado em 04/01/12, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA62077600007, no valor de US$ 1,080,000.00,equivalentes a R$ 2.193.048,00; 101) nº 102053478, firmado em 04/01/12, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA62077600007, no valor deUS$ 2,780,000.00, equivalentes a R$ 5.645.068,00; 102) nº 102053478, firmado em 04/01/12, Bco. do Brasil S/A, ROF nº TA62077600007,no valor de US$ 2,490,000.00, equivalentes a R$ 5.056.194,00; 103) nº 102081083, firmado em 05/01/12, Bco. Bradesco S/A,ROF nº TA62077600007, no valor de US$ 290,000.00, equivalentes a R$ 588.874,00; e 104) nº 102081083, firmado em 05/01/12, Bco.Bradesco S/A, ROF nº TA62077600007, no valor de US$ 2,760,000.00, equivalentes a R$ 5.604.456,00; e (ii) R$ 137.597.760,85 subscrito eintegralizado das seguinte forma pelas acionistas, Maria do Rosário Fischer, o valor de R$ 49.277.886,08, Bianca Helena Fischer de Moraes,o valor de R$ 24.339.117,53, Ana Luisa FischerMarcondes Ferraz, o valor de R$ 24.339.117,53, Alessandra Fischer de Souza Santos, o valorde R$ 15.302.522,18 e Renata Fischer Fernandes, o valor de R$ 24.339.117,53, na proporção da respectiva participação no capital socialdesta Cia., mediante a conversão, em investimento, de créditos oriundos da conta “Contas a pagar a acionistas/diretores”; (B.1) - Emdecorrência do aumento do capital social deliberado no item B acima são emitidas 865.888.520 novas ações ordinárias nominativas, s/valornominal, ao preço de emissão de R$ 1,06 cada ação, fixado de acordo c/o valor patrimonial desta Cia. em 30/09/12, nos termos do art. 170 daLei nº6.404/76.Asnovasaçõesemitidasemdecorrênciadopresenteaumentodocapital social serãodistribuídasaos respectivossubscritores,da seguinte forma: 736.729.922 ações ordinárias nominativas para Citrosuco Trading N.V.; 46.255.568 ações ordinárias nominativas p/Mariado Rosário Fischer; 22.846.348 ações ordinárias nominativas p/Bianca Helena Fischer de Moraes; 22.846.348 ações ordinárias nominativasp/Ana Luisa FischerMarcondes Ferraz;14.363.986 ações ordinárias nominativas p/Alessandra Fischer de Souza Santos;e 22.846.348 açõesordinárias nominativas p/Renata Fischer Fernandes, conf. Boletim de Subscrição de Ações anexo; (B.2) - Em decorrência das deliberaçõesdo presente item, o capital social desta Cia. passou de R$ 145.287.008,07 p/R$ 1.067.752.280,92, totalmente subscrito e integralizado edividido em 1.011.175.528 ações ordinárias nominativas e s/valor nominal.Aprovada, em decorrência das deliberações acima, a alteração doArt.5º do Estatuto Social, o qual passa a vigorar c/a seguinte redação:“Art. 5º - O capital social, totalmente subscrito e integralizado emmoedacorrente nacional, é de R$ 1.067.752.280,92 (um bilhão, sessenta e sete milhões, setecentos e cinquenta e dois mil, duzentos e oitenta reaise noventa e dois centavos), dividido em 1.011.175.528 (um bilhão, onze milhões, cento e setenta e cinco mil, quinhentas e vinte e oito) açõesordinárias nominativas, s/valor nominal, podendo a sociedade, por solicitação de qualquer acionista, emitir cautelas e títulos múltiplosrepresentativos das ações. § 1º - As ações ou títulos múltiplos, que conterão os requisitos legais, deverão ser firmados por dois diretores.§ 2º - Cada ação dará o direito a 01 (um) voto nas deliberações nas assembleias.”; (B.3) - Registrado que os demais acionistas, CitrosucoInternational N.V. e Aliança S/A - Indústria Naval e Empresa de Navegação renunciaram ao direito de preferência na subscrição do aumentodo capital social ora deliberado em favor dos subscritores mencionados no item B acima, dispensando-se desta maneira o prazo de 30 (trinta)dias, nos termos do § 4º do art. 171 da Lei nº 6.404/76; e (B.4) - Autorizada a administração desta Cia. a praticar todos os atos e assinar todose quaisquer documentos necessários p/a implementação das deliberações ora aprovadas.Encerramento:E, nadamais havendo a tratar, nãotendo comparecido o Conselho Fiscal por não se encontrar instalado, foram encerrados os trabalhos, dos quais se lavrou a presente ata que,lida e achada conforme, vai assinada pelos presentes: (aa) Presidenta: Maria do Rosário Fischer; Secretário: Ronaldo Marfori Sampaio;Acionistas presentes: Citrosuco International N.V., neste ato representada por seus diretores, Ronaldo Marfori Sampaio e José LopesCelidônio; Citrosuco Trading N.V., neste ato representada por seus diretores, Ronaldo Marfori Sampaio e José Lopes Celidônio; Aliança S/A- Indústria Naval e Empresa de Navegação, neste ato representada por seus diretores, Luiz Maurício da Silveira Portela e Alfredo LuizNaslausky;Maria do Rosário Fischer, Bianca Helena Fischer de Moraes; Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz; Alessandra Fischer de SouzaSantos; e Renata Fischer Fernandes.Certificamos que a presente Ata é cópia fiel da original lavrada no livro competente.Matão-SP, 15/10/12.Maria do Rosário Fischer - Presidenta.Ronaldo Marfori Sampaio - Secretário. JUCESP nº 504.707/12-8 em 21/11/2012. Gisela SimiemaCeschin - Secretária Geral.

Adão Heleno Rodrigues,brasileiro, separado de fato, empresário, RG nº 4.634.825 SSP-SP, CPF nº 380.512.658-15, domiciliadona Alameda Araguaia, 933, conjuntos 91/94, Alphaville, Barueri, SP, CEP 06455-000; Karen Tatiana Rodrigues, brasileira,solteira, empresária, RG nº 22.612.364-9 SSP-SP, CPF nº 247.119.378-11, nascida em 07/04/1975, domiciliada na AlamedaAraguaia, 933, conjuntos 91/94, Alphaville, Barueri, SP, CEP 06455-000; Marcus Vinícius Coutinho Rodrigues, brasileiro,casado, empresário, RG nº 30.413.837-X SSP-SP, CPF 291.308.418-44, residente na Avenida 3 de Março, 200 – Quadra B, Lote8, Sorocaba, SP, CEP 18087-180; Erika Ticiana Coutinho Rodrigues, brasileira, casada, empresária, RG 32.760.686-1 SSP-SP, CPF 285.111.948-60, residente na Rua Ministro Gastão Mesquita, 725, apto. 133, São Paulo, SP, CEP 05012-010.No dia 23de outubro de 2012, as 10:00 horas, na sede social, com a finalidade de aprovar e promover a transformação em sociedadeanônima, reuniram-se os signatários deste instrumento acima qualificados, únicos sócios da sociedade empresária limitadaAdher Investimentos Ltda., CNPJ 14.040.791/0001-98, com sede social no município de Barueri, SP, na Alameda Araguaia,933, conjunto 92, Alphaville, CEP 06455-000, contrato social registrado na JUCESP, NIRE 35225594861 em 11/07/2011, com ocapital social de R$ 1.160.000,00 (um milhão e cento e sessenta mil reais), divididos em 116.000 (cento e dezesseis mil) quotasno valor de R$ 10,00 (dez reais) cada uma, totalmente subscrito e integralizado e assim distribuído entre os sócios: AdãoHeleno Rogrigues, 58.000 (cinquenta e oito mil) quotas perfazendo o montante de R$ 580.000,00 (quinhentos e oitenta milreais) do capital social; Karen Tatiana Rodrigues, 19.334 (dezenove mil e trezentas e trinta e quatro) quotas perfazendo omontante de R$ 193.340,00 (cento e noventa e três mil e trezentos e quarenta reais) do capital social;MarcusVinícius CoutinhoRodrigues, 19.333 (dezenove mil e trezentas e trinta e três) quotas, perfazendo e montante de R$ 193.330,00 (cento e noventae três mil e trezentos e trinta reais) do capital social; Erika Ticiana Coutinho Rodrigues, 19.333 (dezenove mil e trezentas etrinta e três) quotas, perfazendo o montante de R$ 193.330,00 (cento e noventa e três mil e trezentos e trinta reais) do capitalsocial. Para presidir a reunião foi eleito o sócio quotista com o maior número de quotas, Adão Heleno Rodrigues, que convidoua sócia KarenTatiana Rodrigues para secretariá-lo, assim se constituindo a mesa e dando início aos trabalhos. Inicialmente opresidente reiterou que o propósito da reunião de sócios era aprovar a transformação da sociedade de sociedade empresárialimitada em sociedade anônima que passará a denominar-se Adher Investimentos S.A., continuando a sociedade com omesmo objetivo social, tudo de modo a não haver solução de continuidade nos negócios ora em curso e mantendo a nova firmatodos os direitos e obrigações que compõem o patrimônio da sociedade ora transformada, nos termos dos artigos 220 a 222 daLei nº 6.404/1976, proposta esta aprovada por unanimidade. A seguir decidiu-se que o capital da sociedade anônima seráigualmente de R$ 1.160.000,00 (um milhão e cento e sessenta mil reais), divididos em 116.000 (cento e dezesseis mil) açõesordinárias nominativas no valor de R$ 10,00 (dez reais) cada uma, subscritas na exata proporção da participação que cada umdos sócios já detinha no capital social, consoante lista de subscrição anexa, a serem emitidas oportunamente as ações repre-sentativas. Outrossim, por se encontrar o capital inteiramente realizado, foi esclarecido estar a sociedade anônima dispensadade efetuar o depósito previsto no número III do artigo 80 da Lei nº 6.404/1976. Finalmente, foi aprovado por unanimidade oestatuto social proposto para a Adher Investimentos S.A., transcrito em documento apartado que vai firmado por todos osacionistas, ficando assim constituída a companhia por transformação.Ato continuo, procedeu-se a eleição do primeiro Conselhode Administração, decidindo-se que o mesmo seria composto por três membros com mandato até a assembleia geral ordináriaa realizar-se no ano de 2015, tento sido eleito para presidir o conselho Adão Heleno Rodrigues e como conselheiros MarcusVinícius Coutinho Rodrigues e Erika Ticiana Coutinho Rodrigues, ficando remetida a ulterior manifestação da assembleiageral a deliberação sobre a remuneração dos administradores para vigorar no exército de 2012. Não havendo outros assuntosa tratar, o presidente encerrou a sessão, da qual foi lavrada a presente ata que, lida e aprovada, segue assinada por todos ospresentes.Barueri, SP, 23 de outubro de 2012.Adão Heleno Rodrigues, KarenTatiana Rodrigues, MarcusVinicius CoutinhoRodrigues e Erika Ticiana Coutinho Rodrigues. Estatuto Social Adher Investimentos S.A. CNPJ 14.040.791/0001-98 -Transformada - Capítulo I - Da Denominação, Sede, Duração e Objeto: Artigo 1°.Sob a denominação de Adher Investimen-tos S.A. (“Companhia”) fica constituída uma sociedade anônima de capital fechado que se rege pelas disposições legais aplicá-veis e por este Estatuto Social (“Estatuto”), pela transformação da sociedade empresaria limitada Adher Investimentos Ltda.,com contrato social registrado na JUCESP, NIRE 35225594861 em 11/07/2011. Parágrafo único. A Companhia adorará adenominação comercial (nome fantasia) ADHERINVEST.Artigo 2°. A Companhia tem sede e foro no município de Barueri, SP,na Alameda Araguaia, 933, conjunto 92, bairro Alphaville, CEP 06455-000. Parágrafo 1°. Por deliberação da sua Diretoria, aCompanhia poderá alterar o endereço de sua sede. Parágrafo 2°. Por deliberação de sua Diretoria, a Companhia poderáinstalar ou fechar filiais e escritórios no país e no exterior. Artigo 3°. O prazo para duração da Companhia é indeterminado.Artigo 4°. O objeto social compreende: (a) a participação societária em outras sociedades; (b) associação em negócios eempreendimentos com terceiros; (c) a intermediação de negócios.Capítulo II - Do Capital Social, Ações e Acionistas: Artigo5° - O capital social totalmente subscrito e integralizado é de R$ 1.160.000,00 (ummilhão e cento e sessenta mil reais), divididosem 116.000 (cento e dezesseis mil) ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal. Artigo 6°. O Capital Social érepresentado exclusivamente por ações ordinárias nominativas, sem valor nominal e todas da mesma espécie e classe. Pará-grafo Único. É vedado à Companhia emitir ou manter em circulação partes beneficiárias.Artigo 7º Cada ação confere direito aum voto nas deliberações das assembleias gerais da Companhia.Capítulo III - Da Assembleia Geral: Artigo 8°. A AssembleiaGeral dos acionistas reunir-se-á ordinariamente, dentro dos 04 (quatro) meses seguintes ao encerramento do exercício social,para os fins previstos em lei, e a extraordinária será convocada sempre que os interesses sociais o exigirem. Parágrafo 1°. Aconvocação para a Assembleia Geral será realizada pelo Presidente do Conselho de Administração ou, excepcionalmente,conforme disposições alternativas contidas na lei 6404/1976, sendo que as convocações serão feitas por anúncios publicadospela imprensa ou mediante convite sob protocolo.Parágrafo 2°. A Assembleia Geral será presidida pelo Presidente do Conselhode Administração e, em sua ausência, por qualquer dos demais membros do Conselho de Administração e, se vier a ser o caso,excepcionalmente, conforme disposições alternativas contidas na lei 6404/1976. Parágrafo 3°. O acionista que pretender serrepresentado por procurador nas Assembleias deverá depositar na Companhia o instrumento de mandato específico, constitu-ído a menos de 1 (um) ano, nos termos da lei, e no prazo de até 3 (três) dias úteis antes da data da Assembleia. Esta exigênciade antecedência da outorga e do prazo para depósito na Companhia deverá constar expressamente dos editais de convocação.Parágrafo 4°.A Companhia observará os acordos de acionistas regularmente arquivados na sede social, sendo expressamentevedado aos integrantes da mesa diretora dos trabalhos da assembleia geral acatar declaração de voto de qualquer acionistasignatário de acordo de acionista regularmente arquivado na sede social, quando proferida em desacordo com o que estiverajustado no referido acordo.Artigo 9º Além das matérias previstas em lei compete privativamente à Assembleia Geral deliberarsobre: I. destinação do lucro líquido, se houver, e distribuição de dividendos, quando for o caso; II. fixação dos honorários globaise gratificação de desempenho dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria. Fixação dos honorários dos mem-bros do Conselho Fiscal, quando instalado; III. referendar ou vetar a contratação dos auditores externos escolhidos pelo conse-lho de administração; IV. outorga de avais, fianças ou qualquer outra forma de garantia a terceiros de qualquer natureza, cujovalor seja superior a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);V. deliberar sobre a emissão de debêntures e outros títulos e valoresmobiliários, conversíveis ou não em ações. Artigo 10. A aprovação do Relatório da Administração e das demonstrações finan-ceiras do exercício importará na ratificação dos atos e operações a eles relativos, salvo nos casos de erro, dolo, fraude ousimulação, posteriormente verificados.Capítulo IV - Da Administração: Artigo 11.A administração da Companhia compete aoConselho de Administração e à Diretoria, na forma da lei e deste Estatuto. Parágrafo 1°. Os Conselheiros e Diretores estãodispensados de prestar garantia para o exercício de suas funções.Parágrafo 2°. Os Conselheiros e Diretores serão investidosnos respectivos cargos na forma da lei e deste Estatuto, e mediante assinatura de termos de posse no Livro de Atas de Reuniõesdo Conselho de Administração ou da Diretoria, conforme o caso.Parágrafo 3°. Os Conselheiros e Diretores permanecerão emseus cargos até a posse de seus sucessores. Seção I - Do Conselho de Administração: Artigo 12. O Conselho de Adminis-tração será composto por no mínimo 3 (três) e no máximo 7 (sete) membros titulares, eleitos e destituíveis a qualquer tempo pelaAssembleia Geral, com mandato de 3 (três) anos sendo permitida a reeleição. Parágrafo 1º. Dentre os conselheiros eleitos, aAssembleia Geral que os elegeu designará o Presidente. Parágrafo 2°. No caso de ausência ou impedimento temporário doPresidente, esse indicará, dentre os conselheiros, aquele que exercerá, interinamente, a presidência.Parágrafo 3°. No caso devaga ou impedimento definitivo do Presidente ou outro conselheiro sem designação específica, será convocada e realizada, noprazo de até 30 (trinta) dias, uma Assembleia Geral, que nomeará um novo conselheiro e escolherá o novo Presidente, confor-me o caso, que assumirá o cargo pelo prazo remanescente do mandato do conselheiro substituído. Artigo 13. O Conselho deAdministração reunir-se-á na sede da Companhia, ordinariamente, uma vez por ano, e extraordinariamente, sempre que ne-cessário. Parágrafo 1°. As reuniões serão sempre convocadas pelo seu Presidente. Na sua ausência, ou em caso de necessi-dade, conforme evidenciado no respectivo ato, a reunião será convocada por qualquer um de seus membros.Parágrafo 2°. Asreuniões serão convocadas mediante convite com entrega pessoal, sob protocolo, expedido com no mínimo 5(cinco) dias corri-dos de antecedência, na qual constará a data, hora, local e ordem do dia, salvo casos de manifesta urgência, quando poderá serreduzido esse prazo, a critério do Presidente. Parágrafo 3°. As reuniões do Conselho de Administração instalar-se-ão com apresença de “quorum”mínimo equivalente a dois terços dos membros eleitos, deliberando sempre por maioria simples de votos,computados os votos escritos de conselheiro ausente, cabendo ao Presidente, além do voto normal, o voto de qualidade, nocaso de empate na votação. Parágrafo 4°. Serão considerados válidos os votos escritos e justificados de conselheiro ausenteque tenham sido encaminhados ao Presidente do Conselho de Administração, mediante protocolo de recebimento, até a hora deInstalação da reunião do Conselho de Administração. O voto manifestado nessa condição será considerado para fins de deter-minação de quorum para instalação da reunião. Parágrafo 5°. As reuniões do Conselho de Administração considerar-se-ãoregulares quando presentes todos seus membros, independentemente de convocação.Parágrafo 6°. Nas reuniões do Conse-lho de Administração que contarem com a totalidade dos seus membros, por decisão unânime, poderão ser acrescentados paradebate e deliberação outros assuntos à ordem do dia proposta. Parágrafo 7°. Das reuniões do Conselho de Administraçãoserão lavradas atas, que serão registradas no Livro de Atas de Reuniões do Conselho de Administração.Parágrafo 8°. Para osfins deste Capítulo, será considerada: (i) Vacância: se ocorrer destituição, renúncia ou morte; (ii) Impedimento Temporário: aincapacidade física ou mental comprovada que se estime irá durar até 60 (sessenta) dias; (iii) Impedimento Permanente: aincapacidade física ou mental comprovada que se estime irá durar mais de 60 (sessenta) dias; (iv) Ausência Temporária: a faltainjustificada ou sem permissão do Presidente do Conselho de Administração ou Diretor Presidente, conforme o caso, por maisde 10 (dias) dias consecutivos até 30 (trinta) dias consecutivos; (v) Ausência Permanente: a falta injustificada ou sem permissão

do Presidente do Conselho de Administração ou Diretor Presidente, conforme o caso, por mais de 30 (dias) dias consecutivos.Artigo 14. Além da competência estabelecida em lei, compete ao Conselho de Administração: I. fixar a remuneração individualdos administradores para os quais a Assembleia Geral tenha aprovado montante global e a distribuição entre os Diretores daparcela do resultado do exercício para os quais a Assembleia Geral tenha aprovado montante global; II. manifestar-se sobre oencaminhamento à Assembleia Geral de qualquer proposta de iniciativa da Diretoria; III. aprovar a estrutura organizacional e asnormas internas da Companhia; IV. deliberar sobre a emissão de certificados de recebíveis imobiliários, notas promissórias,debêntures e de outros títulos de crédito assemelhados, observadas as disposições da Lei nº. 6.404/76, especialmente o art. 59e sobre a apresentação de proposta respectiva a Assembleia Geral;V. deliberar sobre a constituição de consórcio, associaçõescom terceiros e subsidiárias; VI. aprovar previamente a celebração de investimentos ou qualquer outro contrato relevante pelaCompanhia, quando ultrapassar o valor total agregado de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), bem como os respectivosdistrato;VII. aprovar a alienação, seja a que título for, de qualquer ativo, móvel ou imóvel, tangível ou intangível, inclusive valoresmobiliários de qualquer natureza, de emissão própria ou de outras sociedades quando ultrapassar o valor agregado de R$100.000,00 (cem mil reais) e a aquisição quando o valor agregado for superior R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais); VIII.exercer outras atribuições legais ou que lhe sejam conferidas pela Assembleia Geral. Seção II - Da Diretoria: Artigo 15. ADiretoria será composta por no mínimo 2 (dois) e no máximo 7 (sete) membros, todos residentes no país, eleitos e destituíveisa qualquer tempo pelo Conselho de Administração, com mandato de 2 (dois) anos sendo permitida a reeleição. Parágrafoúnico. Dentre os Diretores eleitos, a reunião do Conselho de Administração que os elegeu designará o Diretor Presidente e oDiretor de Administração e Finanças. Os demais Diretores que venham a ser eleitos terão denominação de Diretor, salvo seoutra lhe for conferida, a qualquer tempo, pelo Conselho de Administração. Artigo 16. No caso de vacância, impedimento ouausência permanente de qualquer dos Diretores, a Reunião do Conselho de Administração deverá ser convocada imediatamen-te e poderá, respeitado o numero mínimo de membros da diretoria, distribuir as funções do Diretor ausente entre os Diretoresremanescentes ou nomear novo Diretor, para completar o restante do prazo de gestão;Artigo 17. Compete à Diretoria exerceras atribuições que a lei, o Estatuto e o Conselho de Administração lhe conferir para a prática dos atos necessários ao funciona-mento regular da Companhia, por deliberação majoritária de seus membros, especialmente: I. a gestão da Companhia; II. cum-prir e fazer cumprir este Estatuto, as deliberações das Assembleias Gerais e do Conselho de Administração; III. fixar a políticaadministrativa e financeira, bem como deliberar sobre a orientação administrativa dos negócios, aprovado os planos gerais dodesenvolvimento da Companhia; IV. dirigir e distribuir os serviços e tarefas da administração interna e externa da Companhiaentre os Diretores e demais funcionários; V. estabelecer metas a serem seguidas pelos Diretores; VI. fazer proposições aoConselho de Administração;VII. orientar e supervisionar a escrituração contábil da Companhia;VIII. deliberar sobre a criação ouextinção de filiais, subsidiárias ou Companhias controladas, dependências da Companhia no País e no exterior; IX. submeter,anualmente, à apreciação do Conselho de Administração, o relatório da administração e as demonstrações financeiras comple-tas, acompanhados do relatório dos auditores independentes, bem como a proposta de aplicação dos lucros apurados noexercício anterior e a distribuição de dividendos; X. aprovar o detalhamento da estrutura organizacional e as normas internas daCompanhia; Parágrafo 1°. As reuniões da Diretoria somente se instalarão com a presença do Diretor Presidente ou, no seuimpedimento, do seu substituto e a maioria dos seus membros. Parágrafo 2°. Todas as resoluções ou deliberações serãolavradas, em forma de sumário ou por extenso, como couber, no Livro de Atas das Reuniões da Diretoria.Artigo 18. Compete aoDiretor Presidente, entre outras, as seguintes atribuições: I. estabelecer a pauta, convocar e presidir as reuniões de Diretoria; II.além do voto ordinário, em caso de empate, o voto de qualidade nas deliberações da Diretoria; III. coordenar a atividade dosdemais Diretores da Companhia; IV.atribuir a qualquer dos Diretores, atividades e tarefas especiais, independentemente daque-las que lhes couberem ordinariamente; V. representar a Diretoria nas reuniões do Conselho de Administração; VI. zelar pelaexecução das deliberações da Assembleia Geral, Conselho de Administração e da própria Diretoria; e VII. exercer outras atribui-ções que forem definidas pelo Conselho de Administração. Artigo 19. Compete ao Diretor de Administração e Finanças, entreoutras, as seguintes atribuições: I. zelar pelo bom andamento administrativo da Companhia; II. propor à Diretoria as políticas,normas internas e estrutura organizacional que melhor atinjam os objetivos da Companhia; III. supervisionar as atividades depropaganda e publicidade, contas a pagar e receber, recursos humanos, jurídico, tecnológica da informação, contabilidade econtroladoria da própria Companhia; IV. executar as formalidades administrativas aplicáveis internamente à Companhia no quese refere à aplicação da legislação, do Estatuto, dos contratos em que a Companhia for parte e das normas internas da Compa-nhia; V. ter sob sua guarda todos os títulos e valores mobiliários da Companhia. Seção III - Da Representação: Artigo 20.Compete aos Diretores, além da administração geral da Companhia, a sua representação, ativa e passiva, em todos os atos davida civil e comercial na forma disposta nos parágrafos abaixo. Parágrafo 1°. A Companhia será representada, pelo DiretorPresidente, sempre em conjunto com outro Diretor, para: I. outorgar procurações; II. emitir e endossar títulos de créditos; III.adquirir, alienar ou de qualquer forma transferir bens imóveis, móveis ou semoventes, e direitos que sejam integrantes do ativonão circulante, observadas as deliberações do Conselho de Administração; IV. prestar fianças ou avais, ou onerar bens oudireitos do ativo não circulante.Parágrafo 2°. A Companhia será representada por 2 (dois) Diretores ou por 1 (um) Diretor e por1 (um) procurador, ou ainda, por dois procuradores, observados os estritos poderes indicados no respectivo instrumento man-dato, para: I. movimentação de valores; II. receber e dar quitação; III. firmar contratos comerciais. IV. contratar empréstimos cominstituições financeiras e equiparadas; V. para endossar títulos para efeito de cobrança ou depósito em nome da Companhia.Parágrafo 3°. A Companhia será representada isoladamente por 1 (um) Diretor ou 1 (um) procurador, observados os estritospoderes indicados no respectivo instrumento, para: I. receber citação e intimação judicial, extrajudicial ou administrativa; II.praticar atos em Juízo, exceto para citações e intimações pessoais; III. praticar atos perante repartições públicas federais,estaduais, municipais, autarquias, empresas públicas ou mistas. Parágrafo 4°. Os Diretores poderão constituir procuradorespara representar a sociedade, sendo que os instrumentos de mandato serão outorgados por prazo máximo de 1(um) ano, sendovedado o substabelecimento, e especificarão pormenorizadamente os poderes que são conferidos ao mandatário sendo, noentanto, defeso aos mandatários, praticar atos que ultrapassem o limite do mandato outorgado, a exceção dos ‘ad judicia’ quepoderão ter o prazo necessário a condução do transito em julgado da respectiva ação, sendo permitido o substabelecimentocom reserva de iguais poderes. Parágrafo 5°. É vedado aos Diretores ou procuradores aprovar, determinar ou obrigar a Com-panhia em negócios estranhos ao seu objeto social, ou praticar qualquer ato que envolva a Companhia em negócios ou obriga-ções alheios aos objetivos ou interesses sociais, tais como a concessão de fianças, avais ou outras garantias em favor de terceiros,bem como praticar atos de liberalidade em nome da Companhia que não tenham sido expressamente autorizados pelo Conselhode Administração.CapítuloV - Do Conselho Fiscal: Artigo 21.ACompanhia poderá ter um Conselho Fiscal, composto de 3 (três)membros e suplentes, de funcionamento não permanente, que será instalado pela Assembleia Geral, a pedido dos acionistas querepresentarem, no mínimo, um décimo das ações com direito a voto. Parágrafo único. Os membros do Conselho Fiscal, quandoinstalado, exercerão seus cargos até a primeira Assembleia Geral Ordinária que se realizar após a sua eleição, permitida a reelei-ção, podendo então ser dissolvido se não houver oposição de acionistas que representarem, nomínimo, um décimo das ações comdireito a voto.CapítuloVI - Do Exercício Social e Demonstrações Financeiras: Artigo 22. O exercício social coincide com o anocivil e, ao fim de cada exercício social, serão elaboradas, para fins legais e estatutários, as demonstrações financeiras conformeprevisto em lei.Artigo 23.As demonstrações financeiras do exercício registrarão a destinação do lucro líquido do exercício segundoproposta da Administração da Companhia a ser apresentada à Assembleia Geral, que poderá deliberar em contrário, observadosos limites previstos em lei.Artigo 24. A Companhia poderá, por deliberação da Diretoria, com a anuência do Conselho de Adminis-tração: I. determinar o levantamento de balanços semestrais, trimestrais ou em períodos menores, observadas as prescriçõeslegais; II. aprovar a distribuição de quaisquer dividendos adicionais, intercalares ou intermediários, inclusive como antecipação totalou parcial do dividendo obrigatório do exercício em curso, observadas as disposições legais; III. declarar dividendos à conta delucros do exercício apurados em balanços semestrais, lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balançoanual ou semestral; e IV. pagar juros sobre o capital próprio imputando o montante dos juros pagos ou creditados ao valor dodividendo obrigatório. Artigo 25. Prescreve em 3 (três) anos a ação para haver dividendos, contados da data que tenham sidocolocados à disposição dos acionistas. Os dividendos distribuídos e não reclamados reverterão em favor da Companhia.CapítuloVII - Da Dissolução, Liquidação e Extinção:Artigo 26.A Companhia entrará em liquidação ou dissolução nos casos previstos emlei, ou em razão de deliberação da Assembleia Geral. Parágrafo Único. Compete à Assembleia Geral estabelecer o modo deliquidação e eleger o liquidante, fixando-lhe os respectivos honorários, bem como instalar o Conselho Fiscal, que deverá funcionardurante todo o período de liquidação.Artigo 27.Realizado o ativo e pago integralmente o passivo, o liquidante convocará AssembleiaGeral para a prestação de contas final. Aprovadas as contas far-se-á o rateio igualitário por ação dos recursos existentes.Promovi-do o rateio, a Assembleia declarará encerrada a liquidação e extinta a Companhia.Capítulo IX - Das Disposições Gerais: Artigo28. A Companhia deve obrigatoriamente manter disponível em sua sede todos os contratos com partes relacionadas, acordos deacionistas e programas de opções de aquisição de ações ou de outros títulos ou valores mobiliários de sua emissão. ParágrafoÚnico. Somente são válidos os instrumentos citados no caput deste artigo quando regularmente arquivados na sede da Compa-nhia. Artigo 29. É vedado à Companhia aceitar e proceder à transferência de ações e/ou à oneração e/ou à cessão de direito depreferência à subscrição de ações e/ou de outros valores mobiliários que não respeitar aquilo que estiver previsto e regulado emacordo de acionistas que estiverem devidamente registrados na Companhia. Artigo 30. Caso ocorra a abertura de capital, aCompanhia se obriga a (i) adotar os padrões de governança corporativa definidos conforme Resolução nº 3792, de 24 desetembro de 2009, do Conselho Monetário Nacional e na Instrução CVM nº 391, de 16 de julho de 2003, bem como (ii) aderir asegmento especial de bolsa de valores ou entidade mantenedora de mercado de balcão organizado, credenciada na CVM, queassegure, no mínimo, níveis de prática de governança corporativa previstos acima.Artigo 31. Os casos omissos neste Estatutoserão resolvidos, na forma da lei, pela Assembleia Geral e regulados de acordo com o que preceitua a lei e demais normativosem vigor, pertinentes à matéria. Parágrafo Único. Os casos omissos em acordo de acionistas, quando existirem, serão resolvi-dos, na forma da lei, pelas partes e regulados de acordo com o que preceitua a lei e demais normativos em vigor, pertinentes àmatéria. Artigo 32. Fica eleito o Foro da Comarca de Barueri, Estado de São Paulo, como competente para analisar e julgarquaisquer matérias oriundas do presente Estatuto e/ou da Companhia, com exclusão de qualquer outro, por mais privilegiadoque possa vir a ser.Barueri,SP, 23 de outubro de 2012. Adão Heleno Rodrigues, KarenTatiana Rodrigues, MarcusViniciusCoutinho Rodrigues e Erika Ticiana Coutinho Rodrigues. Advogado: Rogério de Campos Targino - OAB/SP nº 238.299.JUCESP nº 501.744/12-5 e NIRE 35.300.447.336 em 21/11/12. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

ADHER INVESTIMENTOS LADHER INVESTIMENTOS LADHER INVESTIMENTOS LADHER INVESTIMENTOS LADHER INVESTIMENTOS LT D AT D AT D AT D AT D ACNPJ 14.040.791/0001-98 - NIRE 35225594861

Ata da Assembleia Geral de Transformação de Sociedade Empresária Limitada em Sociedade Anônima Realizada em 23 de Outubro de 2012.

Equatorial Sistemas S/A - CNPJ/MF nº 01.111.976/0001-02 - NIRE 35.300.319.231Edital de Convocação para a Assembleia Geral Extraordinária de 13 de dezembro de 2012

Conforme determina o artigo 28 do Estatuto Social da Equatorial Sistemas S/A, ficam os Srs. Acionistasconvocados para comparecer à Assembleia Geral Extraordinária da Companhia, que será realizada no dia 13de dezembro de 2012, às 14:00 horas, na sede social localizada na cidade de São José dos Campos, Estadode São Paulo, na Av. Shishima Hifumi, nº 2911, sala 109, Parque Tecnológico UNIVAP, bairro Urbanova, a fimde deliberar acerca da seguinte ordem do dia: (a) o aumento do capital social da Companhia no montantede R$ 5.500.000,00 (cinco milhões e quinhentos mil reais), mediante a emissão de 5.500.000 (cinco milhõese quinhentas mil) novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, com preço de emissão de R$1,00 (um real) cada, passando o capital social de R$ 5.500.000,00 (cinco milhões e quinhentos mil reais)para R$ 11.000.000,00 (onze milhões de reais); (b) a redução do capital social da Companhia no montantede R$ 5.500.000,00 (cinco milhões e quinhentos mil reais), mediante a absorção de prejuízos acumuladosregistrados no Balanço Patrimonial de 31 de dezembro de 2011 e de parte dos prejuízos do exercíciocorrente registrados no Balancete de Verificação de 31 de outubro de 2012, sem o cancelamento de ações,passando o capital social de R$ 11.000.000,00 (onze milhões de reais) para R$ 5.500.000,00 (cinco milhõese quinhentos mil reais); (c) a alteração do Artigo 5º do Estatuto Social da Companhia, em consequência doaumento e da redução do capital social; (d) a alteração do Artigo 13 do Estatuto Social da Companhia econsolidação do Estatuto Social; e (e) a renúncia do Sr. Vincent Jacob do cargo de membro do Conselho deAdministração e a eleição da Sra. Vanessa Csala como novo membro do Conselho de Administração. São Josédos Campos / SP, 4 de dezembro de 2012. César Celeste Ghizoni - Presidente do Conselho de Administração

Os bancos continuam com apetite de fazer crédito imobiliário.Octávio de Lazari Junior, presidente da Abecipeconomia

São Paulo tem a cesta básica mais caraSegundo o Dieese, nove produtos aumentaram: arroz, café em pó, açúcar refinado, leite integral, farinha de trigo , manteiga, óleo de soja, pão francês e carne bovina.

Acidade de São Paulopermaneceu em no-vembro no posto decapital com a cesta

básica mais cara do Brasil. Deacordo com levantamento na-cional mensal realizado em 17capitais pelo DepartamentoIntersindical de Estatística eEstudos Socioeconômicos(Dieese), a capital liderou oranking pela segunda vez con-secutiva, mesmo com o preçomédio do conjunto de produ-tos alimentícios essenciaisapresentando no município

queda de 3,94% ante outubro,para R$ 299,26.

Vitória foi a segunda capitalpesquisada com preço maiselevado, de R$ 295,31. Na se-quência, o ranking das dezcestas mais caras de novem-bro ainda contou, pela ordemde classificação, com PortoAlegre (R$ 286,83), Manaus(R$ 284,85), Florianópolis(R$ 283,68), Belo Horizonte(R$ 282,82), Rio de Janeiro(R$ 272 ,1 ) , Cur i t iba (R$270,84), Belém (R$ 270,22) eBrasília (R$ 266,85).

Os menores valores médiosde novembro foram observa-dos em Aracaju (R$ 205,63),Salvador (R$ 220,49), JoãoPessoa (R$ 235,35) e Goiânia( R $ 2 3 7 , 9 2 ) . R e c i f e(R$ 248,05), Natal (R$ 246,43)e Fortaleza (R$ 244,55) fica-ram no grupo intermediário.

Conforme o levantamentodo Dieese, especificamenteem São Paulo, nove produtosapresentaram alta de preçono período: arroz agulhinha(4,88%), café em pó (3,73%),açúcar refinado (3,10%), leite

integral (2,37%), farinha det r igo (1 ,59%) , mante iga(1,49%), óleo de soja (1,44%),pão francês (0,75%) e carnebovina (0,30%). Os quatroitens que registraram quedaf o r a m : b a n a n a n a n i c a(-1,48%), feijão (-1,62%), ba-tata (-6,57%) e tomate (-31,64%).

Mínimo – Segundo o Dieese,o salário mínimo do trabalha-dor do País deveria ter sido deR$ 2.514,09 em novembro pa-ra que ele suprisse suas ne-cessidades básicas e da famí-

lia. A constatação foi feita pormeio da utilização da PesquisaNacional da Cesta Básica domês passado, realizada em 17capitais do Brasil.

Com base no maior valorapurado para a cesta no perío-do, de R$ 299,26, em São Pau-lo, e levando em consideraçãoo preceito constitucional queestabelece que o salário míni-mo deve ser suficiente paragarantir as despesas familia-res com alimentação, mora-dia, saúde, transportes, edu-cação, vestuário, higiene, la-

zer e previdência, o Dieesecalculou que o mínimo deveriater sido 4,04 vezes maior doque o piso vigente no Brasil, deR$ 622,00.

O valor é menor que o apura-do para outubro, quando o mí-nimo necessário foi estimadoem R$ 2.617,33 (4,21 vezes opiso em vigor).

Em novembro de 2011, oDieese calculava o valor ne-cessário para o salário mínimoem R$ 2.349,26 ou 4,31 vezeso mínimo então em vigor, deR$ 545,00. (Agências)

Crédito imobiliáriotem espaço para crescer

Opresidente da Associa-ção Brasileira de Crédi-to Imobiliário e Pou-

pança (Abecip), Octávio de La-zari Junior, acredita que o cré-dito imobiliário no País aindatem espaço para se desenvol-ver nos próximos anos. "Osbancos continuam com apeti-te de fazer crédito imobiliá-rio", afirmou, lembrando que onível de inadimplência do se-tor segue estável e em níveisbaixos, em torno de 1,5%.

Neste ano, porém, o créditoimobiliário passou por umaforte desaceleração. Lazariponderou que essa desacele-ração foi positiva, pois refletiuo freio de arrumação no setor,com as empresas se reorgani-zando após problemas opera-cionais "O empresariado ficoumais maduro", disse, acres-centando que o crescimentodaqui em diante será maissustentável, sem grandes va-riações bruscas.

Em relação aos recursos(funding) para o crédito imobi-liário, Lazari disse que eles es-tão garantidos até ao menos2015, tendo em vista a desa-celeração no setor de constru-ção associado aos bons níveisde captação por meio da ca-derneta de poupança. "De ja-neiro a outubro, a captação dapoupança somou R$ 27 bi-lhões", citou. O presidente daAbecip acrescentou que ou-tras ferramentas de funding,como os 'covered bonds', es-tão sendo desenvolvidas. "Ahora que precisar de créditoalternativo, vamos ter os ins-trumentos prontos", disse.

Os comentários foram fei-tos ontem em palestra sobreas perspectivas para o Brasil eo mercado imobiliário, realiza-da pela Federação Internacio-nal das Profissões Imobiliárias(Fiabci-Brasil) e pelo Sindicatoda Habitação (Secovi-SP). (Es-tadão Conteúdo)Inadimplência no crédito imobiliário segue estável em torno de 1,5%

Zé Carlos Barreta/ Hype

Page 24: DC 06/12/2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 201224 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empresas como Fiat, Motorola e Terra já utilizama ferramenta de negócios do microblog.economia

Twitter pousa de vezno Brasil

Um ninho de ideiasfúteis e libertadoras

Fernando Porto

Ele consegue ser, ao mesmo tempo, arma deresistência de povos oprimidos contra governosditadores e um instrumento de divulgação do

mundo fútil das celebridades. É a face dúbia do Twitter, arede de microblogs com mais de 140 milhões deassinantes e que passa a ter agora no Brasil seu escritóriode representação. O fato de ser o terceiro escritórioinaugurado fora dos Estados Unidos demonstra a força doPaís nesse serviço de mensagens de 140 caracteres –tanto em número de blogueiros atuantes como deseguidores.

Vale relembrar, aliás, que um paulistano, VitorLourenço, radicado no Vale do Silício, foi chefe da equipede design dessa rede social, criada em 2006, que passou aser conhecida pelo passarinho azul. Assim como ocorreucom a rede social Orkut, que foi criada para o públicoamericano, mas chegou a ter mais de 50% de usuários doBrasil antes de seu declínio, o Twitter dos brasileirossurpreende pelo impacto na comunidade web, a ponto deum brasileiro, o comediante Rafinha Bastos, ter chegadoao topo de uma lista do New York Times, no final do anopassado, como o dono do perfil de twitter mais influentedo mundo, à frente de personalidades como BarackObama. Essa lista da consultoria Twitalyzer, a partir de ummedidor de influência, contava tanto o número de vezesque um nome era citado como o número de seguidores.

O poder de influência se tornou um modelo de negóciodo Twitter, no qual pessoas famosas passaram a receberdinheiro para tuitar (palavra também incorporada nonosso vocabulário) sobre um produto ou marca.Celebridades artísticas em baixa tentam também usar alegião de seguidores para fechar novos contratos. Foientão que surgiu o mercado negro de "venda deseguidores", denunciado recentemente em reportagemdo New York Times, que mostrava a facilidade de secomprar milhares de seguidores falsos por programasque usavam contas de Twitter inativas. Não quer dizer, éclaro, que não há números confiáveis na rede social.

Além de servir para os fãs saberem os pensamentos –muitos fúteis, vale dizer – de seus ídolos, o Twitter semostra, por outro lado, uma poderosa ferramenta decomunicação instantânea, com a qual cada pessoacomum se tornar um repórter de uma catástrofe, como foidurante as enchentes de Santa Catarina, ou uma vozcontra a censura e opressão de governos ditadores,lembrando as denúncias de massacres em Myanmar, naLíbia, na Síria e outros países em conflito. E essa virtudelibertadora já justificou a criação do microblog.

OTwitter anunciouontem o início desua operação noBrasil, o terceiro es-

critório do serviço de micro-blog aberto fora dos EstadosUnidos depois do Japão e doReino Unido. A instalação dasede no País visa expandir asparcerias da empresa comanunciantes e agências de co-municação e se aproximar dosusuários brasileiros, afirmou ovice-presidente internacionaldo Twitter, Shailesh Rao, du-rante evento realizado em SãoPaulo.

Para estreitar as relaçõescom o público brasileiro, acompanhia anunciou que no-ve cidades brasileiras passa-rão a ter divulgados seus"trending topics": São Luís,Recife, Belém, Goiânia, BeloHorizonte, Curitiba, Porto Ale-gre, Guarulhos (SP) e Campi-nas (SP).

O recurso, que reúne os as-suntos mais comentados porusuários na rede em determi-nada região, já está presenteem seis cidades: São Paulo,Rio de Janeiro, Brasília, Salva-dor, Manaus e Fortaleza.

Mercado brasileiro – O Brasilé hoje um dos cinco maioresmercados da empresa em nú-mero de usuários ativos, disseRao, sem fornecer dados es-pecíficos sobre o País.

Em todo o mundo, a rede demicroblogs tem mais de 140

140milhões é o total deassinantes desseserviço em todo omundo. A América

Latina tem 16%da audiência.

Serviço de microblog abre escritóriono País, o terceiro fora dos EstadosUnidos, para buscar anunciantes.

milhões de assinantes.A América Latina é respon-

sável por 16% da audiência to-tal do site, segundo informa-ções da empresa.

O executivo disse que o mo-delo de negócios do Twitter es-tá "crescendo consistente-mente" e que há potencial pa-ra desenvolvê-lo no Brasil.

Tuítes patrocinados – A com-panhia oferece hoje três ti-pos de produtos a anuncian-tes mediante pagamento: ainclusão das marcas em tuí-tes, nos "trending topics" eno "feed" de notíc ias dosusuários.

"Todas essas mensagens,no entanto, são identificadascomo publicidade para o usuá-rio", disse Guilherme Riben-boim, ex-executivo do Yahoo edo Clickon que comanda as

operações do Twitter no Brasildesde novembro.

Empresas como Fiat, Moto-rola e Terra já utilizam a ferra-menta no País. As negocia-ções, porém, foram feitascom a equipe norte-america-

na do Twitter.Com o escritório comercial

do Brasil, o objetivo é ampliar onúmero de parcerias, acres-centou Ribenboim.

Mais comentados – O Twittertambém divulgou um levanta-mento sobre os assuntos maiscomentados na rede de micro-blogs em 2012 no País.

O segundo jogo da decisãoda Copa Libertadores da Amé-rica foi o tema mais debatidopelos usuários brasileiros,com 3.548 tuítes por minuto.

O último capítulo da novela"Avenida Brasil", da Rede Glo-bo, veio em segundo lugar,com 3.031 tuítes por minuto.

O capítulo da novela é segui-do do primeiro jogo da final daLibertadores e da morte no Riode Janeiro do humorista ChicoAnysio. ( Fo l h a p r e s s )