Darwin e a Biologia
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O BIÓLOGOO BIÓLOGORRevista do Conselho Regional de Biologia 1ª Região (SP, MT, MS)Ano III - Nº 10 Abr/Mai/Jun 2009 CRBio-01IS
SN
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97
ISO 14001e o Biólogo
A programação do19º ConBio
Nesta edição
Darwin e a Biologiapor João Stenghel Morgante
e Diogo Meyer
2 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO
2 Jan-Fev-Mar/2008 – CRBio-01 – O BIÓLOGO
ÍNDICE
ÍNDICEÍNDICEConselho Regional de Biologia 1ª Região-São Paulo,
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (CRBio-01)Rua Manoel da Nóbrega, 595 - Conjuntos 121 e 122
CEP 04001-083 - São Paulo - SPTel: (0xx11) 3884-1489 - Fax: (0xx11) 3887-0163
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Delegacia Regional de Mato Grosso - CRBio-01Av. Fernando Correa da Costa, s/nº - Instituto de BiociênciasCampus da UFMT - Coxipó, Cuiabá, MT - CEP 78060-900
Tel.: (65) 615 8804
O BIÓLOGOO BIÓLOGORevista do Conselho Regional de Biologia 1ª Região (SP, MT, MS)Ano III - Nº 10 Abr/Mai/Jun 2009ISSN 1982-5897
Diretoria:
Efetivos:
Suplentes:
Wlademir João Tadei; Edison Kubo; Eliézer José Marques; Murilo Damato;Mário Borges da Rocha; Maria Teresa de Paiva Azevedo; Luiz Eloy Pereira;
Maria Saleti Ferraz Dias Ferreira; Rosana Filomena Vazoller; Giuseppe Puorto.
Adauto Ivo Milanez; Sandra Farto Botelho Trufem; Ângela Maria Zanon;Eliana Maria Beluzzo Dessen; Marlene Boccatto; Sarah Arana; Edison de Souza;
Normandes Matos da Silva; Regina Célia Mingroni Netto; Osmar Malaspina.
Presidente
Secretário
Wlademir João Tadei
Eliézer José Marques
Vice-Presidente
Tesoureiro
Luiz Eloy Pereira
Edison Kubo
ConselheirosMandato (2007-2011)
Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores epodem não refletir a opinião desta entidade. O CRBio-01 não responde pelaqualidade dos cursos divulgados. A publicação destes visa apenas darconhecimento aos profissionais das opções disponíveis no mercado.
Responsável:
Editora:
Periodicidade:Tiragem:
Editoração Eletrônica:
Fotolito, impressão eacabamento:
Comissão de Comunicação e Imprensado CRBio-01
Maria Eugenia Ferro Rivera(MTb 25.439)
trimestral18.000 exemplares
Mauro Teles
Rettec Artes GráficasFone: (11) [email protected]
Revista do Conselho Regional de Biologia (CRBio-01)
Ano III - Nº 10 - Abr/Mai/Jun 2009
Capa: Mauro Teles
CRBio-01 Editorial.................................................................... 03
O 19º ConBio e as atividades promovidas pelo Sistema CFBio/CRBios são alguns dos assuntos abordados
Ecos da Plenária ..................................................... 04
O que aconteceu nas 131ª e 132ª Sessões Plenárias do CRBio-01
Acontece ................................................................. 05
Notícias em destaque relacionadas ao CRBio-01 e aos Biólogos
Publicações ............................................................. 10
Lançamentos de livros de interesse às Ciências Biológicas
Agenda .................................................................... 11
Divulgação dos eventos científi cos no Brasil e no exterior
Especial ................................................................... 12
Em comemoração aos 200 anos de nascimento de Charles Darwin e 150 anos da publicação da sua obra “A Origem das Espécies”, os Biólogos Dr. João Stenghel Morgante e Dr. Diogo Meyer assinam o artigo “Darwin e a Biologia”
19º ConBio .............................................................. 21
A programação do 19º Congresso de Biólogos do CRBio-01
Biólogos inscritos .................................................... 24
Lista dos Biólogos inscritos no CRBio-01 em 2008 – 2ª parte
Ponto de Vista ........................................................ 27
A Bióloga Sylvia Araújo da Silva Hermida escreve sobre ISO 14001 e o Biólogo
Do Arquivo do Biólogo ............................................. 28
Seção que publica fotos curiosas e interessantes clicadas por Biólogos
3O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009
Antes de Emitir a 1ª ART Consulte o CRBio-01!Antes de Emitir a 1ª ART Consulte o CRBio-01!
EDITORIAL
Mudou de Endereço?Mantenha o seu endereço atualizado. Informe a Secretaria do CRBio-01 quando mudar de endereço, ou quando houver alteração de telefone, CEP ou e-mail.
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LEMBRE-SE QUE O TRT DEVE SER RENOVADO ANUALMENTE!
Toda a Legislação do
Biólogo está disponível no
Portal do CRBio-01:
www.crbio01.org.br
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Biólogo está disponível no
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Antes de Emitir a 1ª ART Consulte o CRBio-01!
Caros Biólogos:
Vários assuntos tomaram a atenção desta Diretoria neste primeiro semestre, alguns já mencionados no editorial do número anterior. Chamamos a atenção para a realização do 19º Congresso de Biólogos do CRBio-01 (19º ConBio), que terá lugar no Hotel Fonte Colina Verde em São Pedro, SP, de 27 a 30 de julho p.f. - trata-se de local que já acolheu eventos do CRBio-01 e cujo Centro de Convenções atende às necessidades do Congresso. Este é o primeiro evento no formato que visa melhor atender os profi ssionais Biólogos, sem prejuízo dos graduandos. Daí a oferta de cursos de atualização ao lado dos minicursos. As demais atividades foram selecionadas levando em consideração graduados e graduandos. Nesse sentido destacamos conferências e mesas-redondas que abordam áreas de atuação emergentes para Biólogos, O Biólogo gestor, como Educador formal e informal, O papel social do Biólogo, Recuperação de áreas degradadas, para citar alguns exemplos. A conferência de encerramento abordará os 150 anos de publicação da Origem das Espécies de Charles Darwin, um dos pilares da Biologia, mais especifi camente da Genética evolutiva. Além disso, comemora-se, também neste ano, 200 anos de seu nascimento.
Há que se registrar uma notícia triste: o falecimento do Professor Emérito da USP e UNICAMP, Dr. Crodowaldo Pavan. Figura ímpar da ciência brasileira, este ilustre Biólogo infl uenciou várias gerações de pesquisadores (veja na página 6).
Devemos mencionar que o CRBio-01 participou de várias atividades promovidas pelo Sistema CFBio/CRBios, destacando-se a Ofi cina: “Áreas de atuação do Biólogo, formação e mercado de trabalho” realizada em Brasília de 26 a 28 de março de 2009. Visando discussão sobre a qualidade dos cursos de graduação em Ciências Biológicas o CRBio-01 promoverá, com o apoio do CFBio, como atividade do 19º ConBio o Fórum de Coordenadores dos Cursos de Ciências Biológicas para discutir aprimoramento da formação do profi ssional Biólogo, objetivando melhor capa-citação para sua inserção no mercado de trabalho. Abordará também o documento produzido pelo Conselho Federal, Padrão de qualidade dos cursos de Ciências Biológicas, defi nição de áreas e subáreas de atuação, e perfi l profi ssional. As áreas e subáreas de atuação serão reunidas, futuramente, em uma única publicação “Manual do Biólogo”, que estará disponível nos portais e sites dos CRBios. Destacamos na Sessão de Abertura a conferência magna, que será proferida por membro de destaque do Poder Legislativo do Estado de São Paulo e, na Sessão de Encerramento, a entrega do Prêmio Dra. Bertha Lange de Morretes, anteriormente Prêmio Painel.
A Diretoria do CRBio-01
4 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO4
CRBio-01 e Revista Terra da Gente
O CRBio-01 fi rmou uma parceria com a Revista Terra da Gente, e a partir de ago-ra, todos os Biólogos inscritos têm condi-ções especiais na assinatura da revista.
Confi ra as opções de assinatura no site do CRBio-01: www.crbio01.org.br
ECOS DA PLENÁRIA
A 131º Sessão Plenária do CRBio-01 ocorreu no dia 13 de fevereiro de 2009. Entre os assuntos tratados destacam-se: o CRBio-01 continuará monitorando os editais de concursos públicos no âmbito de sua jurisdição para resguardar os di-reitos do profi ssional Biólogo; foi cha-mada a atenção para a publicação da Re-solução CFBio nº 177, de 27/01/2009, a qual contempla reivindicação antiga dos CRBios, pois, possibilita ao Biólogo, que não exerce atividades profi ssionais ligadas às Ciências Biológicas, cancelar o seu registro ao mesmo tempo em que negocia eventuais débitos; foi defi nido o período de 26 a 28 de março do cor-rente, em Brasília, para a realização da Ofi cina “Áreas de Atuação do Biólogo, Formação e Mercado de Trabalho”, evento promovido pelo Sistema CFBio/CRBios; e foi ressaltado que o Fórum dos Conselhos da Área da Saúde, do qual o CRBio-01 é membro, está orga-nizando atividades para a Semana da Saúde, visando a divulgação dos Con-selhos junto à sociedade. Nessa sessão foram homologadas 282 inscrições sendo 91 provisórias e 191 defi nitivas, 37 reativações e cancelados 94 registros de pessoa física a pedido e 2 por faleci-mento. Foram aprovadas 50 solicitações de abatimento de anuidades baseadas na Resolução CFBio 152/2008, sendo 26 enquadradas no § 1º do artigo 1º e 24 no § 2º.; uma negada por não cumprir os dispositivos da resolução. Concedidos 8 Títulos de especialista, 15 TRT com ins-crição/cadastro de pessoa jurídica e um foi negado. Três pedidos de TRT foram homologados. Foi aprovado o cancela-mento de registro de seis empresas e os TRT dos seus responsáveis e anulação de registro de duas empresas. O plenário referendou 12 transferências de Biólo-gos do CRBio-01 para outros CRBios e de 4 Biólogos vindos de outros regionais para o CRBio-01. Também aprovou três solicitações de licença de registro e uma de prorrogação. Foram ratifi cadas ações referentes à realização do Seminário do CRBio-01/CETESB e SMA, a ser realizado no dia 02 de setembro, na CETESB, em São Paulo (SP).
A 132ª Sessão Plenária foi realiza-da no dia 17 de abril de 2009. Foram abordados vários temas, entre eles: o presidente chamou a atenção para
a Resolução nº 178 de 30/03/2009, que altera o artigo 22 da Resolução nº 115/2007, possibilitando, a partir de agora, que o Biólogo assuma a Res-ponsabilidade Técnica por até três Pes-soas Jurídicas registradas nos CRBios, incluindo neste número, a sua firma individual. O presidente divulgou cópia do Ofício nº 330/2009-TCU/SECEX-5 encaminhado pelo CFBio juntamente com o Acórdão nº 367/2009 adotado pelo TCU em Sessão da 2ª Câmara de 17/2/2009, que trata de concurso pú-blico para a admissão de pessoal pelos Conselhos de Fiscalização Profissional. Informou também que o CRBio-01 já utiliza tal procedimento desde 2004. O plenário tomou conhecimento de e-mail enviado pelo Dr. Luiz C. Gutierrez, Chefe de Gabinete do Vereador Adílson Amadeu, informando a tramitação do PL que altera a Lei 10.365, de 22 de se-tembro de 1987, que disciplina o Corte e a Poda de Vegetação de Porte Arbóreo Existente no Município de São Paulo. O presidente fez uma rápida análise dos resultados obtidos com a realização Oficina “Áreas de Atuação do Biólogo: Formação e Mercado de Trabalho” no período de 26 a 28 de março passado, em Brasília. Concluiu que ocorreu um grande avanço, pois propiciou aos conselheiros do CFBio e dos CRBios, discutir as diversas áreas e subáreas de atuação do Biólogo, bem como analisar as sugestões de alteração do conteúdo programático dos cursos de gradu-ação em Ciências B i o l ó g i c a s . O s conselheiros que part iciparam da Oficina se mani-festaram dizendo, em síntese, que a atividade foi real-mente produtiva. Como resultado da discussão sobre a Norma ISO 17.025 e o Biólogo, foi decidido que o CR-Bio-01 oficiará o INMETRO enca-minhando docu-mentação conten-do a legislação e
visando esclarecer o campo de atuação do Biólogo, principalmente no que diz respeito à acreditação de laboratórios de análises microbiológicas, químicas e ambientais que exigem profissionais de formação superior específica. Foram homologadas 333 inscrições, sendo 114 provisórias e 219 definitivas; 35 reativações e cancelados 485 registros de pessoa física, 241 a pedido, 242 por vencimento dos 12 meses de registro provisório e 2 por falecimento. Foram aprovadas 3 solicitações de título de especialista; concedidos aprovadas a inscrição/cadastro de 15 pessoas jurídicas e os respectivos TRT, 3 so-licitações encontram-se em instrução; aprovado o cancelamento de registro de 18 empresas e os TRT dos Biólogos responsáveis. O plenário referendou 15 transferências de Biólogos do CRBio-01 para outros CRBios e 6 Biólogos vindos de outros regionais para o CRBio-01. O plenário aprovou, por unanimidade, a prestação de contas do CRBio-01 refe-rente ao ano de 2008. Aprovou também a denominação de “Sala Dra. Noemy Yamaguishi Tomita” à nova sala de sessões plenárias do CRBio-01, em re-conhecimento pela sua dedicação à pro-fi ssão e a este Conselho. O Conselheiro Murilo Damato, a pedido da presidência, comunicou que irá ministrar Curso de Aperfeiçoamento Profi ssional na área de Perícia Ambiental para os Biólogos inscritos no CRBio-01.
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No período de 26 a 28 de março, em Brasília, o Sistema CFBio/CRBios pro-moveu reunião, na qual participaram 97 conselheiros federais e regionais, com o objetivo de refl etir e delinear o perfi l do Biólogo, estabelecer suas áreas de atuação e inserção no mercado de trabalho, bem como a qualifi cação mínima para o exer-
Sistema CFBio/CRBios discute áreas de atuação do Biólogo
cício da pesquisa e serviços nas áreas de Meio Ambiente, Biotecnologia, Saúde e Agronegócios.
O CRBio-01 foi representado pelo seu presidente, Wlademir João Tadei, vice-presidente, Luiz Eloy Pereira, e pelos conselheiros: Giuseppe Puorto, Sandra F. Botelho Trufem, Marlene Bocatto, Ân-
gela M. Zanon, Mário Borges da Rocha, Rosana F. Vazoller, Maria Teresa de P. Azevedo, Sarah Arana, Murilo Damato e Edison de Souza.
A Ofi cina coordenada pela “Holon: Soluções Integrativas” foi um sucesso, e o material produzido será compilado no Manual do Biólogo.
Cerimônia de abertura da Ofi cina “Áreas de Atuação do Biólogo, Formação e Mercado de Trabalho”
Os conselheiros do CRBio-01: Giuseppe Puorto, Sandra F.B.Trufem, Marlene Boccatto, Wlademir J. Tadei, Ângela M. Zanon, Mário B. da Rocha, Luiz E. Pereira, na frente: Rosana F. Vazoller, Maria Teresa de P. Azevedo, Sarah Arana e Ermelinda M. De-Lamonica-Freire (conselheira do CFBio)
Fotos: Romulo Delalibera
ACONTECE
Faleceu no dia 03 de abril em São Paulo, aos 89 anos, o Biólogo e professor da USP e UNICAMP, Dr. Crodowaldo Pavan (CRBio 10851/01-D), pioneiro da pesquisa genética no Brasil. Reconhecido internacionalmente, publicou importantes trabalhos sobre Gené-tica de populações e celular e é responsável pela formação de gerações de pesquisadores no Brasil e nos Estados Unidos.
Nascido em Campinas (SP), Dr. Pavan graduou-se em História Natural na antiga Faculdade de Filosofi a, Ciências e Letras (FFCL) da USP, em 1941. Logo em se-guida, tornou-se assistente do professor André Dreyfus. Em 1943, iniciou trabalho de colaboração científi ca com Theodosius Dobzhansky, professor da Universidade de Columbia (Estados Unidos), onde fez pós-doutoramento entre 1945 e 1947, com bolsa da Fundação Rockfeller. Defendeu tese de doutorado sobre Biologia Geral em 1944, com o tema “Os peixes cegos das cavernas de Iporanga e a evolução”. De-senvolveu pesquisas nas áreas de genética de populações, citogenética e ação genética e controle biológico de pragas da agropecu-
ária. Dr. Pavan descobriu no litoral de São Paulo um inseto muito favorável ao estudo da ação gênica e de citologia, o que veio a abrir novo campo da pesquisa biológica. Em 1952, apresentou seu trabalho de livre-docência, Alelismo de Letais no segundo cromossomo de Drosophila willistonii.
Foi professor titular da USP, da Uni-versidade do Texas (Estados Unidos), entre 1968 e 1975, e da UNICAMP. Tam-bém nos Estados Unidos, foi pesquisador da divisão de Biologia do Oak Ridge National Laboratory, onde montou um laboratório de estudos de ação gênica e efeitos biológicos das radiações. Tornou-se professor emérito da USP em 1989 e da UNICAMP em 1991.
Em 1980, recebeu o Prêmio Moinho Santista, na categoria Biologia. Foi pre-miado pela Academia Nacional de Me-dicina em 1986. Considerado uma forte liderança da Ciência no Brasil, Dr. Pavan teve infl uência na criação do Ministério da Ciência e Tecnologia-MCT , em 1985. Presidiu a Sociedade Brasileira de Gené-tica, a Sociedade Brasileira para o Pro-gresso da Ciência -SBPC (1981-1986), e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico- CNPq (1986 -1990), e foi diretor-presidente do Conse-lho Técnico-Administrativo da Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado de São Paulo- FAPESP (1981-1984).
Prof. Dr. Crodowaldo Pavan foi de-tentor da Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científi co, concedida em 1994. Também recebeu o título de Comendador da Ordem do Rio Branco, entregue pelo Ministério das Relações Exteriores.
Recentemente, foi pesquisador volun-tário do Instituto de Ciências Biomédicas-ICB, coordenador de divulgação científi ca do Núcleo José Reis (NJR) da Escola de Comunicações e Artes-ECA da USP e presidente da Associação Brasileira de Divulgação Científica-Abradic. Os trabalhos de pesquisas mais recentes do Dr. Pavan abordam a ação de bactérias endosimbióticas existentes em sementes de plantas e ovos de aves.
O presidente do CRBio-01, Dr. Wla-demir João Tadei comenta a importância do renomado Biólogo no cenário científi -co do país: “O professor Pavan teve atua-ção marcante em sociedades científi cas e em órgãos de fomento à pesquisa. Como coordenador geral do Programa Integrado de Genética (PIG/CNPq), de 1974 a 1980, foi o grande incentivador da criação de novos grupos de pesquisa em genética, com a instalação de novos laboratórios, bem como colaborou com a ampliação e consolidação dos já existentes naquela época. Sempre atuante e polêmico, nunca deixou de participar e discutir os grandes problemas nacionais, em especial os rela-cionados à ciência e à política científi ca. O papel desempenhado pelo professor Pavan na Ciência brasileira é enorme e signifi -cativo, tendo marcado várias gerações de cientistas. A grande lacuna que fi ca só é minimizada, em parte, pela qualidade e pelo expressivo número de orientados que teve e pelo grande número de pesquisa-dores que, indiretamente, contribuiu para formar nesse imenso Brasil.”
*Com informações também das agências Estado e USP
Falece o Biólogo Prof. Dr. Crodowaldo Pavan, pioneiro da Genética no Brasil
Dr. Crodowaldo Pavan
Participe da 1ª Mostra de Fotografi as de Biólogos do CRBio-01
O 19º Congresso de Biólogos do CRBio-01 (19º ConBio), que acontecerá de 27 a 30 de julho de 2009, no Hotel Fonte Colina Verde, em São Pedro (SP), traz uma novidade entre as atividades programadas: a 1ª Mostra de Fotografi as. Esta é uma oportunidade para os Biólogos inscritos no CRBio-01 divulgarem mais uma vertente da profi ssão, pois a fotogra-fi a é um dos instrumentos de trabalho na
pesquisa científi ca. O tema escolhido para a primeira edição da Mostra é a “Biodi-versidade Brasileira”, e tem como objetivo valorizar a riqueza da fauna, da fl ora e do meio ambiente do país, além de chamar a atenção para a importância da conservação da natureza. O regulamento completo está no Portal do CRBio-01: www.crbio01.org.br/congressocrbio/_portal (selecione no menu: Mostra de Fotografi as). Participe!
6 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO
Foto do Biólogo Giuseppe Puorto CRBio 00690/01-D
Foto: Osmir Nunes - NJR - ECA/USP
O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009 77
ACONTECE
Foto Giuseppe Puorto
Foto Giuseppe Puorto
19º ConBio promove Fórum de Coordenadores dos Cursos de Ciências BiológicasO 19º ConBio promoverá atividade
exclusiva para coordenadores de cursos de graduação em Ciências Biológicas, em especial para aqueles que se encontram na jurisdição do CRBio-01 (São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). Trata-se do
Fórum, onde serão discutidas junto com o Conselho Profi ssional - Sistema CFBio/CRBios, maneiras de aprimoramento da qualifi cação acadêmica do Biólogo, para que este profi ssional possa ser inserido no mercado de trabalho com maior grau
de capacitação e fi rmar seu espaço nas atividades vinculadas às suas áreas de atuação legal.Ma i s i n fo rmações no Po r t a l do CRBio-01: www.crb io01 .org .br /congressocrbio/_portal
Em 31 de março, o Zoo Safári inaugurou o espaço “Bicho Legal”, que integra o programa de educação ambiental “Criança Ecológica” da Se-cretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo. No espaço, de 180 m², estão reproduzidos o clima, a fauna e fl ora da Mata Atlântica, do Cerrado, do Pantanal e da Amazônia. As crianças podem tocar nas réplicas dos animais e sentir as alterações de clima entre os diferentes biomas simulados. O passeio inclui ainda o percurso de carro pelo Zoo Safári e termina no Zoológico com uma gincana.
Zoo Safári participa do Projeto “Criança Ecológica”
O espaço é o segundo dos 35 que a Secretaria de Estado do Meio Ambiente pretende criar, até agosto, para discutir com crianças a preservação ambiental. Já foram lançados os espaços “Villa Ambiental” no Parque Villa-Lobos, que trata do aquecimento global e “Água Amiga”, no Parque Ecológico do Guarapiranga, que aborda a poluição.
De segunda a sexta os espaços (como o “Bicho Legal” e o do Villa-Lobos) recebem visitas escolares gratuitas, que podem ser agendadas pelo site www.criancaeco-logica.sp.gov.br. Aos sábados, esses espaços abrem ao público em geral com entrada gratuita, mas a visita aos zoológicos (Safári e Zoológico) é paga. Fontes: Zoo Safári e Folha de São Paulo
8 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO
ACONTECE
C
Seminário do CRBio-01/ CETESB discute o papel do Biólogo na área ambiental
No dia 02 de setembro próximo, o Con-selho Regional de Biologia – 1ª Região e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB irão realizar o Seminário: “O Papel do Biólogo na Área Ambiental”, em São Paulo (SP). O seminário reunirá profi ssionais da Secretaria do Meio Am-biente (SMA) e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), com o objetivo de apresentar e divulgar as ativi-dades, experiências e responsabilidades do profi ssional Biólogo na área ambiental.
As atividades da Secretaria do Meio Ambiente incluem a coordenação e in-tegração das ações de órgãos e entidades instituídas pelo poder público, para a execução da Política Estadual do Meio Ambiente, visando a proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente e uso sustentável dos recursos naturais. Desta-cam-se as atividades da área de educação ambiental, de formação e conscientização da população com diversos profi ssionais, inclusive Biólogos, que desenvolvem programas associados aos 21 projetos ambientais estratégicos do Estado de São Paulo (http://www.ambiente.sp.gov.br/).
A CETESB é responsável pelo licencia-mento e fi scalização de atividades, poten-cialmente poluidores, e procedimentos que impliquem no corte de vegetação e inter-venções em áreas naturais consideradas de preservação permanente e ambientalmente protegidas, bem como pelo monitoramento da qualidade do ar, das águas superfi ciais interiores, das águas subterrâneas e da balneabilidade das praias, inclusive as interiores. Para alcançar os objetivos de monitoramento da qualidade ambiental e atividades de fi scalização, a CETESB conta com dez laboratórios acreditados pelo Insti-tuto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, que realizam amostragens e análises micro-biológicas e parasitológicas, mutagênese e ecotoxicidade, comunidades aquáticas e bioensaios com organismos aquáticos, dentre outras. Também na área de acidentes ambientais, envolvendo produtos químicos,
a CETESB foi selecionada pela OPAS (Or-ganização Panamericana de Saúde) e pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para preparar planos de emergência em casos de acidentes ambientais na América Latina.
Foram selecionados como palestrantes das Mesas - Redondas, Biólogos, que apresentarão experiências profi ssionais diversas, discorrendo sobre temas como monitoramento e diagnós-tico ambientais; licenciamento ambiental e fi scalização; emergências ambientais e educa-ção ambiental, abordando aspectos conceituais, instrumentos legais e procedimentos técnicos, e estudos de caso destacando o papel do Biólogo. Aspectos relativos à formação dos Biólogos, trabalho multidisciplinar e aprimoramento pro-fi ssional também serão discutidos e ao fi nal das apresentações haverá espaço para responder às perguntas da platéia.
A programação das atividades contará na abertura com a palestra do Prof. Dr. Aristides de Almeida Rocha (FSP-USP e ISMB), cujo enfoque é a história dos Biólogos na área ambiental do Estado de São Paulo desde os primórdios da criação da CETESB. No encerramento do semi-nário, o Prof. Dr. Carlos Alfredo Joly (IB-UNICAMP e Programa Biota – FAPESP) discorrerá sobre “Mudanças Climáticas e Biodiversidade”, abrindo a questão para a atuação dos biólogos nesse importante tema da atualidade mundial.
O evento é direcionado aos profi ssio-nais integrantes do Sistema Estadual do Meio Ambiente e atuantes na área ambien-tal, bem como aos estudantes de graduação e pós-graduação.
Local: Auditório Augusto Ruschi - CETESBRua Professor Frederico Hermann Jr. 345 Alto de Pinheiros – São Paulo (SP) Data: 02 de setembro de 2009Inscrições a partir de 10 de agosto de 2009
Informações e inscrições: www.ambiente.sp.gov.brwww.cetesbnet.sp.gov.br
PROGRAMAÇÃO:08:30h. Inscrição/Credenciamento09:00h - 09:30h. Abertura: Secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano Neto; Presidentes da CETESB, Fernando Rei; e do CRBio-01, Wlademir João Tadei e demais autoridades.
09:30h - 10:00h. Palestra de Abertura: HISTÓRICO DOS BIÓLOGOS NA CETESB - Dr. Aristides Almeida Rocha (FSP/USP)
10:00h - 10:20h. Intervalo para o Café
10:20h - 10:40h. Introdução
Apresentação da Programação das Mesas - Redondas
Experiências Profissionais: Marta Condé • Lamparelli – EAH/CETESB
Descrição das formas de inserção do Biólogo • no Sistema Estadual de Meio Ambiente - Vânia de A.Ramos Olichwir - ARDD
Mesa - Redonda 1 – MONITORAMENTO E DIAGNÓSTICO AMBIENTAIS
10:40h - 12:00h. Coordenação – Eduardo Bertoletti/EAHE
Qualidade Laboratorial - Deborah A. • Roubicek – EA/CETESB
Qualidade da Água – Marta Condé • Lamparelli - EAH/CETESB
Qualidade de Ecossistemas terrestres - • Mara M. Gaeta Lemos – ESSE/CETESB
Áreas contaminadas – Rosana M. de • Macedo Borges - ESCA/CETESB
12:00 - 13:30. Almoço
Mesa - Redonda 2 – LICENCIAMENTO AMBIENTAL E FISCALIZAÇÃO
13:30 - 15:00h. Coordenação – Domênico Tremaroli /CJJ
Gestão de áreas naturais - Renata R. • Mendonça – SMA
Licenciamento Ambiental - Mayla M. • Fukushima – EMIE/CETESB
Ações de Controle e Fiscalização - J. • Carlos Milanelli -CMU/CETESB
15:00 - 15:20h. Intervalo para o Café
Mesa - Redonda 3 – EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
15:20 - 16:20h. Coordenação – Iris Poffo – EIPE/CETESB
Educação Ambiental –Julia de Lima • Krahenbuhl - CEA/SMA
Emergências Ambientais – Carlos • Ferreira Lopes - EIPE/CETESB
16:20h - 17:00h. Palestra de Encerramento: MUDANÇAS CLIMÁTICAS E BIODIVERSIDADE - Dr. Carlos A. Joly UNICAMP/Projeto Biota - FAPESP
9O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009
ACONTECE
UGF – Central de Cursos - Rua Treze de Maio, 681 – Bela Vista – São Paulo – SP
SEMESTRE2009
Curso a Distância
Ciências Biológicas
Bioética para Profissionais da Saúde e Meio Ambiente
Gestão Ambiental com Ênfase em Óleo e Gás
Ecologia Marinha
Divulgação Científica
Ciências Biológicas
A Universidade Gama Filho é reconhecida pelo Decreto Federal número 70.208, de 25 de fevereiro de 1972 e pelo Decreto Estadual “E” número 903, de 17 de novembro de 1965e os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu atendem à CNE/CES resolução 01 de 08 de junho de 2007.
Enriqueça seu currículo!
Impulsione sua carreira!
Mais de 20 cursos, presenciais e a distância!
Professores renomados!
1º Semestre 2009
São Paulo
s BiológicasgicagicagicaógicaógicaógiclógicológicológicológicológiciológiciológiBiológiBiológBiológBiológBiológBiológBiolóBiolóBiolóBiolóBiolóBiolóBiolBiol Bios Bios Bios Bios Bios Bios Bios Bios Bis Bis Bis Bis Bs Bs Bs Bs Bs Bs Bs Bs Bs Bs Bs Bs s s s s s s Ciências sssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss s s s s s s s s s s s s s Ciências BiológicasExtensão Universitária
Foi comemorado no dia 8 de abril, no Museu de Pesca em Santos (SP), o aniversário de 40 anos do Instituto de Pesca de São Paulo. Vinculado à APTA (Agência Paulista de Tecnolo-gia dos Agronegócios) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, o Instituto de Pesca desen-volve pesquisas sobre ecossistemas aquáticos; biologia e pesca de orga-nismos marinhos e de águas conti-nentais; aquicultura de organismos marinhos e continentais; dinâmica de frotas pesqueiras; e tecnologia e aproveitamento integral de pescados. O objetivo é o aperfeiçoamento da cadeia produtiva pesqueira. Também é a única instituição científica no Estado de São Paulo que desenvolve pesquisas em pesca extrativista.
Desde 2004, o Instituto de Pes-ca possui o seu Programa de Pós-Graduação em “Aquicultura e Pesca”,
Instituto de Pesca de São Paulo completa 40 anos
nível Mestrado. Atualmente, o Institu-to conta com 70 pesquisadores e tem como diretor o Biólogo e Conselheiro do CRBio-01, Dr. Edison Kubo. Saiba mais sobre o Instituto de Pesca no seu site ofi cial: www.pesca.sp.gov.brFonte: Instituto de Pesca
Laboratório de mariculturaSede do Instituto de Pesca no Parque da Àgua Branca em São Paulo (SP)
Foto: Instituto de Pesca
Foto: Maria Eugenia F. Rivera
10 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO10
PUBLICAÇÕES
O SÁBIO E A FLORESTA - A EXTRAORDINÁRIA AVENTURA DO ALEMÃO
FRITZ MÜLLER NO TRÓPICO BRASILEIRO
Moacir Werneck de Castro
EDUEP (Editora da Universidade Estadual da Paraíba) - 151 pp.Ao se completarem 110 anos da morte do grande naturalista Fritz Müller, uma re-edição do trabalho de pesquisa histórica sobre o “príncipe dos observadores da natureza” (conforme foi designado por Charles Darwin), originalmente escrita por Moacir Werneck de Castro em 1992 e esgotada desde 1997. Afastado da vida literária, o autor apoiou com satisfação a iniciativa dos Biólogos Luiz Roberto Fontes e Maria Avany Bezerra-Gusmão de trabalharem na re-edição da obra, enriquecida pelas correções, principalmente de dados biológicos, pequenos acréscimos e inúmeras figuras originais extraídas dos artigos publicados por Fritz Müller no século XIX.
Preço: R$ 20,00 (+ frete)http://eduep.uepb.edu.br - e-mail: [email protected]
PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA
Gilson Luiz Volpato
Editora Cultura Acadêmica - 125 p.
Em sua terceira edição, este livro mostra o panorama atual da publicação científica no Brasil e no mundo. É produzido sob a forma de perguntas e respostas, onde o autor apresenta respostas genuínas e inovadoras em vários setores da publicação científica, produto de sua experiência como cientista reconhecido e editor de periódico de nível internacional, além de estudioso do assunto há mais de 20 anos. A linguagem é clara e simples, o que torna a leitura muito agradável. Conheça os meandros da publicação, desde sua história até os motivos das negações de artigos em periódicos de bom nível internacional.
Preço: R$ 30,00 (+ frete)Para comprar ou obter mais informações sobre o livro, entre em contato pelo e-mail: [email protected]
HISTÓRIAS DO SERVIÇO DE ONCOLOGIA CLÍNICA DO INCA
INCA – Instituto Nacional de Câncer – 110 p.
Ao completar 70 anos, o Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde, vinculado à Secretaria de Atenção à Saúde, lançou livro onde conta a história do serviço de oncologia clínica. Depoimentos, recortes e fotos resgatam passagens importantes desta instituição, responsável por desenvolver e coordenar ações integradas para a prevenção e controle do câncer no Brasil.
O livro está disponível em PDF no site: www.inca.gov.br
MICOS LEÕES – BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO
Organizadores: Devra G. Kleiman e Anthony B. Rylands
Smithsonian Institution - 568 p.
A primeira parte do livro cobre a história e estrutura da pesquisa e conservação para as quatro espécies de micos-leões, destacando a importância dos esforços em grupo e individuais. A parte dois examina os principais estudos que tiveram papel importante na contribuição para o manejo das espécies em cativeiro. A parte três concentra as intervenções diretas para conservar populações selvagens e seus habitats, guiados por princípios científicos e educacionais.
Smithsonian Institution: www.si.edu/
11O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009 11
AGENDA
O BIÓLO
As inscrições para os cursos devem ser feitas com antecedência mínima de 15 dias. Idade mínima para participar: 15 anos. As unidades públicas de saúde e militares estão isentos nos cursos de Nível Básico.Informações: Núcleo de Ensino e Divulgação Cultural (11) 3726-7222 – ramal [email protected] • www.butantan.gov.br
Cursos de Extensão UniversitáriaCurso Data
Animais de Laboratório: Espécies ConvencionaisMódulo III 11, 18 e 25 de agosto
Módulo IV 10, 17 e 24 de novembro
Memória e História Institucional 06, 07 e 08 de julho
Estratégias para o Ensino de Microbiologia nos Ensinos Fundamental e Médio 06 a 08 de julho
A Biodiversidade de Répteis, Anfíbios e Outras Feras na Educação 13 a 17 de julho
Anfíbios: Biologia, Taxonomia e Venenos 17 a 21 de agosto
Bioquímica de Venenos Animais 24 a 28 de agosto
Mecanismos Celulares que Modulam Sistemas Homeostáticos 14 a 18 de setembro
Vacinas Bacterianas Virais e Recombinantes 21 a 25 de setembro
Animais de Laboratório, uma Especialidade 28 de setembro a 02 de outubro
Aracnídeos 19 a 23 de outubro
Lacraias 09 a 13 de novembro
Cursos de Nível BásicoAnimais
PeçonhentosSoros & Vacinas
Insetos Venenosos
Anfíbios Microscopia Higiene
Julho 3
Agosto 10 18 20
Setembro 8 15 17 15
Outubro 7 13 22
Novembro 12 19 26
Dezembro 11
INSTITUTO BUTANTAN - PROGRAMA DE ATENDIMENTO DIDÁTICO 2º SEMESTRE DE 2009
VI FÓRUM BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Data: 22 a 25 de julho de 2009Realização: Rede Brasileira de Educação Ambiental (ReBEA)Local: Campus Praia Vermelha da UFRJ, Rio de Janeiro, RJ20% de desconto na taxa de inscrição para Biólogos registrados no CRBiosInformações: (21) [email protected]
IV CONGRESSO BRASILEIRO DE HERPETOLOGIA
Data: 12 a 17 de julho de 2009Realização: Sociedade Brasileira de Herpetologia e a Universidade de Brasília Local: Pousada dos Pireneus, Pirenópolis, GOInformações: www.sbherpetologia.org.br/
19º CONGRESSO DE BIÓLOGOS DO CRBio-01
Data: 27 a 30 de julho de 2009Realização: Conselho Regional de Biologia- 1ª RegiãoLocal: Hotel Fonte Colina Verde, São Pedro, SPInformações: www.crbio01.org.br
XVII SIMPÓSIO NACIONAL DE BIOPROCESSOS - SINAFERM 2009
Data: 02 a 05 de agosto de 2009Realização: Universidade Federal do Rio Grande do NorteLocal: Natal, RN Informações: www.sinaferm2009.com.br/
XLII CONGRESSO BRASILEIRO DE FITOPATOLOGIA
Data: 03 a 07 de agosto de 2009Realização: Sociedade Brasileira de FitopatologiaLocal: Windsor Barra Hotel, Rio de Janeiro, RJInformações: www.fito2009.com/
INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON GALL-INDUCING ARTHROPODS
Data: 09 a 14 de agosto de 2009Realização: UFMG, CAPES e CNPqLocal: Serra do Cipó, MGInformações: www.icb.ufmg.br/big/leeb/galls/Gall_Workshop/Index.html
ENCONTRO DE FILOSOFIA E HISTÓRIA DA BIOLOGIA 2009
Data: 19 a 21 de agosto de 2009 Realização: Associação Brasileira de Filosofia e História da Biologia (ABFHiB)Local: Instituto de Biociências /USP, São Paulo, SP
Informações: [email protected] www.abfhib.org/index_arquivos/Encontro_2009.html
VI CONGRESSO BRASILEIRO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
Data: 20 a 24 de setembro de 2009Realização: Fundação O BoticárioLocal: Curitiba, PRInformações: www.fundacaoboticario.org.br/cbuc
VI CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOSSEGURANÇA
Data: 22 a 25 de setembro de 2009Realização: Associação Nacional de Biossegurança (ANBIO)Local: Campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJInformações: [email protected] www.anbio.org.br
V ENCONTRO PESQUISA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Data: 30 de outubro a 02 de novembro de 2009Realização: UFSCar, UNESP e FFCLRP/USPLocal: Universidade Federal de São Carlos, UFSCar , São Carlos, SPInformações: [email protected] ewww.epea.tmp.br
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ESPECIAL
Este ano marca o bicentenário do nas-cimento de Charles Robert Darwin (1809-1882) e os 150 anos da publicação da A Origem das Espécies. Por que essas datas merecem nossa atenção? Qual o signifi cado de Darwin e de sua grande obra para a nossa compreensão do mundo contemporâneo? O que a Biologia de hoje deve a esse naturalis-ta inglês que viveu numa época em que as bases da hereditariedade ainda não haviam sido descobertas, e na qual a diversidade biológica do nosso planeta apenas começava a ser estudada de modo científi co?
Para responder a essas perguntas vamos passear por duas biografi as, que se entrelaçam. Uma será a do próprio Darwin, para que possamos compreen-der como se deu o seu desenvolvimento pessoal e intelectual. A segunda que será analisada é a de Alfred Russel Wallace (1823-1013), que foi o co-descobridor da seleção natural. Examinaremos como o livro A Origem das Espécies foi gestado e nasceu, e o que seu conteúdo revela sobre o modo como Darwin estudava o mundo natural.
Charles Darwin
Charles Darwin nasceu em Shrewsbury, Inglaterra, em 12 de fevereiro de 1809, fi lho do médico Robert Waring Darwin (1766-
Darwin e a BiologiaDarwin e a BiologiaJoão Stenghel MorganteJoão Stenghel Morgante
Diogo MeyerDiogo Meyer
1848) e de Suzanne Wedgwood, como também era seu avô Erasmus Darwin (1731-1802). Erasmus foi um intelectu-al que escreveu várias obras, das quais a mais signifi cativa é a Zoonomia, na qual sugere uma teoria transformista, dessa forma revelando-se um precur-sor do evolucionismo. Charles perdeu sua mãe aos oito anos. Ela era fi lha de Josiah Wedgwood II (1769-1843), um notável ceramista que construiu uma
fábrica modelo na Inglaterra. Os avós de Darwin desempenharam um papel
intelectual de destaque no desenrolar da revolução industrial na Inglaterra. Ambos tinham construído grandes fortunas, apoia-vam a livre empresa e se interessavam por ciência e pelas inovações técnicas. As famílias tinham posições liberais, eram contrários à escravidão e favoráveis à ampliação do direito de voto, assim como à liberdade de expressão.
Quando completou 16 anos, Darwin foi mandado para Edimburgo, Escócia, e em 22 de outubro de 1825, inscreveu-se no curso de Medicina. A experiência, entretanto, não foi prazerosa: ele considerava as aulas monótonas e entediantes e as cirurgias repulsivas, de modo que não conseguia per-manecer na sala até o fi m de nenhuma delas. Desistiu de frequentar as aulas práticas, pois na época ainda não era usado anestésico (clorofórmio), e a impressão de dor e afl ição dessas situações fi caram na sua lembrança por muitos anos seguidos. Em Edimburgo, fez amizade com vários estudantes que se dedicavam às Ciências Naturais e conheceu o Dr. Robert Grant (1793-1874), médico, zoólogo e especialista em anatomia com-parada de invertebrados marinhos, com quem Darwin colaborou nas coletas de espécimes. Grant tinha conhecimento das ideias lamarquistas sobre o transformismo, e foi ele que apresentou Darwin à obra de J. B. Lamarck (1744-1829).
Depois de ver seu fi lho passar dois anos em Edimburgo, fi cou claro para o pai de Darwin que o seu fi lho não tinha inclinação para Medicina, e então, sugeriu que ele se tornasse um clérigo.
13
ESPECIAL
Charles assistiu com grande entusias-mo às aulas de Geologia, ministradas por Sedgwick e também às aulas de Botânica lecionadas por Henslow, que se tornou amigo e mentor. Charles participava das expedições a campo de Henslow e nessas ocasiões recebia ensinamentos, que con-tribuíram para a sua formação científi ca.
Em Cambridge, fi cou impressionado com a lógica e clareza dos escritos do teólogo William Paley (1743-1805) sobre a teologia cristã, e leu com entusiasmo o livro “Teologia Natural”, que é uma intro-dução à História Natural e ao estudo da adaptação. Durante seu último ano univer-sitário, Darwin leu com profundo interesse a “Narrativa Pessoal” de Alexandre von Humboldt (1769-1859) e “Introdução ao Estudo da Filosofi a Natural” de Sir John Herschel (1792-1871). Tais textos desper-taram o seu entusiasmo para contribuir com o progresso das Ciências Naturais.
Em janeiro de 1831, Darwin graduou-se Bacharel em Artes, classifi cado em décimo lugar entre 178 candidatos. Aos 22 anos era um moço forte, com 1,80m de altura, e também um homem afável, que parecia pronto para ingressar numa tranquila vida de clérigo de interior. En-tretanto, uma carta de agosto de 1831, iria mudar o rumo de sua vida.
Aos 18 anos, Darwin decidiu aceitar o credo da Igreja Anglicana. Matriculou-se no Christ’s College da Universidade de Cambrigde, em janeiro de 1828, para fazer o curso normal de Artes, primeiro passo na carreira de clérigo anglicano.
Em Cambridge, Charles encontrou o seu primo William Darwin Fox (1805-1880), que foi o primeiro a lhe apresentar aos seus professores da Universidade, tornando-se, assim, o responsável por um dos grandes acontecimentos na vida de Darwin, a amizade com o Reverendo e Pro-fessor John Stevens Henslow (1796-1861), que promovia reuniões com os alunos que possuíam aptidão para a Ciência. Henslow ensinava Botânica e juntamente com o professor de Geologia, Adam Sedgwick (1785-1873), eram as duas fi guras centrais no desenvolvimento da pesquisa científi ca e no ensino na Universidade.
A carta tinha sido enviada pelo Re-verendo Henslow, seu professor e amigo dos tempos de Cambridge, e trazia o convite para viajar pelo mundo a bordo do Beagle, navio da marinha britânica que percorreria a América do Sul realizando levantamentos costeiros, e que retornaria à Inglaterra pelos Oceanos Pacífi co e Ín-dico. O tempo previsto para a viagem era de três anos, e o Beagle seria comandado por Robert FitzRoy (1805-1865), de 26 anos. A viagem abria a oportunidade para estudos da História Natural em muitas partes da Terra.
A jornada do Beagle
A viagem do HMS Beagle, tinha como objetivo cartografar trechos da costa sul-americana. Darwin foi convidado para se integrar à tripulação do Capitão FitzRoy, o qual havia solicitado um cavalheiro de boa formação intelectual com quem pudesse ter discussões e que fizesse companhia sobretudo em momentos de solidão. No início da viagem ele não era o naturalista a bordo, pois essa função era exercida pelo cirurgião e naturalista Robert McCormick,que abandonou a viagem quando o Beagle atracou no Rio de Janeiro. Nessa circunstância, Darwin passou a ser o naturalista a bordo.
1313131311O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009 13
Besouros de Darwin - Desde criança Darwin foi um entusias-mado coletor de material biológico: ovos de pássaros, con-chas e insetos
A viagem do Beagle (1831 a 1836). Fonte: Brian Shorrocks “A origem de diversidade” - EDUSP & TA Queiroz, 1980
141414
ESPECIAL
Darwin zarpou de Plymouth no dia 28 de dezembro 1831. Ele levava a bordo equipamentos de naturalista e uma bi-blioteca científi ca que incluía o primeiro volume do livro “Princípios de Geologia”, de autoria de Charles Lyell, publicado em 1830, que lhe fora presenteado pelo próprio FitzRoy. A viagem durou quatro anos, nove meses e cinco dias, e ele retor-nou a Falmouth, na Inglaterra, no dia 2 de outubro de 1836. (O mapa da página 13 apresenta o roteiro de Beagle com datas e locais onde o navio fez suas paradas.)
O retorno
Na Inglaterra, Darwin ocupou-se em distribuir os exemplares de suas coletas para especialistas. As plantas coletadas em Galápagos foram entregues para Henslow em Cambridge, os mamíferos fósseis para Richard Owen (1804-1892), as aves para John Gould (1804-1881), os peixes para Leonard Jenyns (1800-1893) e os répteis a Thomas Bell (1792-1880). Nesse período, ele também começou a se dedicar ativamente à coleta dos fatos relacionados com a variação de animais e plantas domesticados.
Entre as inúmeras observações bioló-gicas colhidas por Darwin em sua viagem de circunavegação, três delas constituem o ponto de partida para seu pensamento evolucionista: os fósseis encontrados na Patagônia, a distribuição geográfi ca do gênero Rhea (ema) e a diversidade da vida animal no arquipélago de Galápagos.
Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO14
Os fósseis de Bahia Blanca
O Beagle atracou em setembro de 1832, em Bahia Blanca, situada a 650 km ao sul de Buenos Aires, e lá per-maneceu por mais de um mês. Durante esse período os tripulantes faziam suas atividades rotineiras. Em companhia de Fitzroy, Darwin visitou o sítio conheci-do como Punta Alta e, logo ao chegar, observou a existência de afl oramentos rochosos com grande quantidade de conchas e ossadas de grandes animais. Esse material foi coletado, uma vez que, possivelmente, seriam desconhecidos para a Ciência. Entre os fósseis, datados
do Pleistoceno e endêmicos da América do Sul, havia o de uma preguiça gigante, conhecido como Megatherium. Outro exemplar deste fóssil já descrito por Georges Cuvier (1769-1832) em 1789, constituía uma evidência de que a Terra foi povoada no passado por animais ex-tintos no presente. Em outra localidade foram encontrados fósseis que Richard Owen (1804-1892) viria a descrever como sendo do Gliptodonte. Esse ani-mal, em linhas gerais, apresentava um padrão anatômico semelhante ao de espécies de tatu, uma espécie contem-porânea e abundante na região.
O HMS Beagle: navio de 242 toneladas e 65 tripulantes e sob o comando de Robert FitzRoy durante a viagem de circunavegação
Situado no extremo sul da América do Sul, entre Argentina e Chile, o Canal de Beagle tem cerca de 240 km de extensão e deve seu nome ao navio britânico HMS Beagle
Reconstrução artística do fóssil de Glyptodonte (Hoplo-phorus euphactus) e o tatu-peludo (Eupharctus sp) rela-ção entre espécie fóssil e uma espécie viva na mesma região geográfi ca
Foto: Maria Eugenia Ferro Rivera
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ESPECIAL
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Desse modo, Darwin tinha diante de si dados que mostravam como uma espé-cie existente no presente substitui uma espécie extinta. A presença dos fósseis indicava que ambas as espécies ocorriam na mesma área geográfi ca, contudo, suas disposições em estratos geológicos distin-tos comprovavam diferenças temporais.
Curiosamente, notava-se uma con-tinuidade do “tipo” (a forma anatômica geral) durante o decorrer do tempo – di-mensão temporal. Tal padrão de distribui-ção de espécies extintas e vivas em uma mesma localidade era conhecida com a lei da sucessão.
Darwin relatou em seu diário que du-rante o jantar havia comido um prato exótico para os padrões da culinária inglesa, pois foram servidos bolinhos de emas e tatus.
Os habitantes nativos da região, os gaúchos, relatavam a existência de uma ave de menor porte (petisse) e semelhante à R. americana, e que era encontrada mais ao sul, na Patagônia. Inicialmente Darwin imaginou que essa ave menor poderia corresponder a indivíduos mais jovens da espécie já conhecida.
Em Porto Desire, a cerca de 1.000 km ao norte do Cabo Horn, nas vésperas do Natal de 1832, um dos tripulantes do navio abateu uma ema que foi preparada para ser servida na ceia de Natal. Du-rante o jantar, Darwin percebeu que se tratava de um indivíduo menor, seme-lhante ao animal descrito pelos gaúchos da região. Da ceia sobraram a cabeça, o pescoço, as pernas, as asas e grande parte das maiores penas, que foram re-colhidas para mais tarde serem analisa-das pelo ornitólogo John Gould. Gould viria a identificar esse animal como representante de uma nova espécie, que era a Rhea darwinii, hoje conhecida como Pterocnemia pennata.
Se por um lado a distribuição de fós-seis de Gliptodonte nas mesmas regiões em que se encontravam espécies de tatus vivas apoiava a idéia de que havia uma “sucessão” temporal entre espécies de um local, as observações com as emas serviram para que Darwin reconhecesse a existência de uma dimensão espacial na transição entre espécies semelhantes. As duas espécies de emas ocorriam em regiões geográfi cas distintas, porém pró-ximas: a R. americana nos pampas e ao norte da Patagônia, e R. darwinii ao sul da Patagônia.
O microcosmo de Galápagos
As ilhas Galápagos são de origem vulcânica (rochas basálticas) e estão situ-adas a 1.000 km a oeste da costa Equador. Quando emergiram do oceano, há cerca de 3 milhões de anos, não existia nenhum sinal de vida em sua superfície. As ilhas foram colonizadas por organismos pro-cedentes do continente, e hoje possuem fauna e fl ora diversifi cada.
O Beagle chegou a Galápagos em 15 de setembro de 1835, e permaneceu
As duas espécies de Rhea (ema)
Em certas ocasiões Darwin perma-necia no continente para fazer suas co-letas, enquanto membros da tripulação abasteciam o navio de água e de carne de animais silvestres. Entre as fontes de alimento estava a ema (Rhea ame-ricana), uma espécie de ave pernalta de grande porte e que não voa. Elas medem até 1,70 m de altura e chegam a pesar até 34 kg. Em 18 de setembro,
no arquipélago durante cinco semanas. Darwin se impressionou com os animais das ilhas: havia tartarugas gigantes, que podem pesar até 300 kg, medir 170 cm de comprimento e viver até 170 anos; dois tipos de iguanas que viviam em ambientes marinhos e terrestres, além de avifauna bastante diversifi cada.
As tartarugas gigantes (Geochelone elephantopus) apresentavam variações morfológicas nas diferentes ilhas, e os habitantes do arquipélago reconheciam a procedência de um indivíduo capturado. Havia as de carapaça em forma de abóba-da e as de carapaça em forma de sela. As tartarugas são vegetarianas e alimentam-se de grande variedade de plantas, entre elas, cactos do gênero Opuntia.
Elas apresentavam características que as tornavam particularmente eficazes na utilização de recursos existentes nas ilhas em que viviam. As de carapaça em sela possuíam um longo pescoço, com movimento no sentido vertical, podendo alcançar plantas mais altas em ilhas de cli-ma seco. Já nas com carapaças em forma de abóbada, o pescoço se movimentam no sentido horizontal, permitindo a explora-ção de vegetação rasteiras.
Durante o século XIX, as tarta-rugas eram fontes de carne fresca, pois poderiam sobreviver por longos períodos sem alimento e água. A caça continuada por navios que atracavam no arquipélago causou redução das populações. Estudos recentes, com técnicas de genética, revelaram que elas se originaram de um único an-cestral, e atualmente são reconhecidas 11 espécies endêmicas do arquipélago de Galápagos.
Pecterocnemia pennata (Rhea darwinii)
Rhea americana - ema (nandu ou nhandu) substituição de espécie em diferentes regiões geográfi cas
Fonte: Detail from Map Nº 3878 United Nations Dept of Public Information Cartographic Section March 1996
16 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO16
ESPECIAL
iguanas marinhas vivem em águas quentes e regulam a temperatura pela exposição ao sol. Em baixas temperaturas fi cam vulnerá-veis a predadores e tornam-se agressivas. Durante a estação de reprodução os machos tornam-se mais agressivos e apresentam coloração mais viva.
Já no ambiente terrestre, há duas espécies de iguanas, ambas endêmicas e classifi cadas como Conolophus subcristatus e C. pallidus. Os adultos dessas espécies podem atingir mais de um metro de comprimento e pesar até 13 kg. Os indivíduos controlam a tem-peratura corporal também pela exposição ao sol. Esses animais vivem em regiões secas e conseguem água ao se alimentar de cactos, que constituem grande parte de sua dieta.
Irradiação adaptativa: os tentilhões de Darwin
Os tentilhões são aves pertencentes à Família Fringilidae e constituem um conjunto extraordinário para estudo de processos evo-lutivos. Durante sua estada em Galápagos, Darwin coletou alguns espécimes. O material foi enviado para o ornitólogo John Gould, que em março de 1838, identifi cou-os como pertencendo a espécies distintas, com bicos de formas e tamanho variados. Quando Darwin coletou os espécimes, ele rotulou-os simplesmente como “Galápagos”. Na ocasião não deu importância em especifi car o local da coleta. Ele penitenciou-se por sua falha. Entretanto, consultou uma coleção que FitzRoy fez, esta sim separada ilha por ilha, o que possibilitou solucionar o problema da procedência de cada indivíduo. Ele con-cluiu que existia uma separação geográfi ca, com diferentes espécies procedendo de ilhas distintas, mas com uma comum, que seria uma espécie originária do continente sul-americano. Para Darwin, ao longo de várias gerações o tentilhão ancestral foi submetido a diferentes pressões seletivas, dando origem a 12 espécies adaptadas para a exploração dos diferentes tipos de alimen-tação de cada ilha.
Darwin também coletou espécimes de uma outra família de pássaros encontrados no Arquipélago de Galápagos, os Mimidae, conhecidas como sabiá-do-campo, perten-centes ao gênero Nesomimus, com quatro espécies endêmicas. N. parvulus é uma espécie presente em várias ilhas, enquanto N. trifasciatus é encontrada na ilha Floreana, N. macdonaldi na Ilha Española e N. mela-notis na ilha San Cristobal. E, assim como no caso dos tentilhões, Darwin verifi cou que existiam tipos diferentes entre as ilhas, e que eles eram semelhantes a uma espécie que ocorre no continente-sul-americano.
Se em cada ilha existia determinada espé-cie, como Gould sugeria, suas especulações durante a viagem do Beagle sobre a instabi-lidade das espécies pareciam ser verdadeiras. Poderiam ser explicadas por diversifi cação a partir de um ancestral comum. Em conjunto, essas três observações feitas ao longo da via-gem a bordo do Beagle tiveram um impacto profundo sobre Darwin, contribuindo para o desenvolvimento de uma visão de mundo em que as espécies não eram imutáveis. Re-sumindo, primeiro havia encontrado o caso de uma espécie recente substituindo outra extinta no tempo (o caso do Gliptodonte e dos tatus). Segundo, as espécies de emas representavam um caso em que uma espécie era substituída por outra, semelhante, ao longo do espaço geográfi co. Finalmente, em um arquipélago de ilhas oceânicas, espécies parecidas, porém ainda assim distintas, eram encontradas em ilhas diferentes. Esses três exemplos representavam um fenômeno ge-ral: o padrão de substituição de espécies no espaço e no tempo. Mais tarde, ainda durante sua viagem no Beagle, Darwin anotou em suas notas ornitológicas algumas idéias sobre essas observações:
“Quando eu vejo essas ilhas à vista umas das outras, e possuindo apenas um escasso sortimento de animais, habitadas
Outros animais que chamaram a atenção de Darwin foram os lagar-tos de Galápagos, que pertencem à família Iguanidae e são divididos em espécies marinhas e terrestres.
A iguana marinha é endêmica de Ga-lápagos e taxonomicamente conhecida como Amblyrhynchus cristatus. Apresenta a característica única entre os lagartos de viver no mar e se alimentar preferencial-mente de algas marinhas. Esse tipo de alimentação resulta na ingestão de grande quantidade de sal, expelido por glândulas de sal que se localizam acima dos olhos. As
Irradiação adaptativa de três espécies de sabiá-do-campo gênero Nesomi-mus (Mimidae) espécie ancestral encontrada no continente sul-americano
Geochelone elephantopus – tartaruga gigante de Galápagos – com carapaça em forma de sela encontrada da Ilha Isabela e na foto abaixo, tartaruga gigante com carapaça em forma de abóbada encontrada na ilha de Santa Cruz
Iguana marinha – Amblyrhyncus cristatus Iguana terrestre – Conolophus sp.
Foto: Luciana Moreira Lobo
Foto: Luciana Moreira Lobo
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ESPECIAL
por essas aves, apenas ligeiramente dife-rentes na estrutura, e ocupando o mesmo lugar na natureza, devo suspeitar que são apenas variedades. ...Se essas observações tiverem o menor fundamento que seja, a zoologia dos arquipélagos será muito merecedora de um exame; pois tais fatos abalariam a estabilidade das espécies.”
Ao embarcar na viagem do Beagle, a visão de Darwin sobre a Geologia era alinhada com a dos catastrofi stas, e ele via as espécies como entidades imutáveis. No fi m da viagem, quase cinco anos depois, o seu conceito da imutabilidade das espécies estava abalado, e Darwin tinha a idéia de que elas podiam sofrer alterações.
A transição para uma visão de mundo em que as espécies não são imutáveis, que havia se processado na mente de Darwin, não fora construída apenas com base em suas observações do mundo biológico. Suas leituras sobre Geologia também ti-veram grande importância, sobretudo seu contato com as idéias uniformitaristas de Charles Lyell (1797-1875), que Darwin conheceu quando ainda morava em Lon-dres, e com quem desenvolveu estreitos laços de amizade. A grande obra de Lyell, “Principles of Geology”, apresentava o conceito uniformitarista da história da Terra. Lyell contestava a visão catastro-fi sta e propunha que a Terra era muito antiga e estava em constantes mudanças, resultantes de atuação de forças naturais por longos períodos. As mudanças po-deriam ser pequenas, mas atuando por longo tempo causavam efeitos signifi ca-tivos. Ora, se a superfície Terra está em contínua modifi cação, alguma espécie poderia se adaptar aos novos ambientes e dar origem a uma nova espécie. Quais seriam as causas naturais que ligariam a variação com a adaptação?
O estudo da variação
Mas não foi só no estudo de variação no mundo natural que Darwin construiu suas ideias. Para melhor compreender a origem da variabilidade em populações naturais, Darwin buscou respostas en-tre os criadores de animais e plantas domesticadas. Através dos relatos dos criadores, obteve informação sobre a variação individual, sobre como ela era herdada, e como ela era relacionada com a adaptação. Ele notou que os criadores eliminavam os piores e preservavam os melhores para fi ns de reprodução. Os criadores de pombo afi rmavam que durante os invernos severos, devido à escassez de comida, indivíduos fracos e doentes eram severamente elimina-dos. Darwin se tornou um ativo criador de pombos e demonstrou que todas as variedades de pombos que são geradas pela seleção artifi cial descendem de uma única espécie de pombo, a Columba livia. Existiria analogia entre os resul-tados da seleção artifi cial com aquela que ocorre na natureza?
A caminho da descoberta
Em setembro de 1838, Darwin leu o livro do reverendo Thomas Robert Malthus (1766-1834), publicado em 1798, com o título “Ensaio sobre a população”, no qual afi rma que a tendência da humanidade é de crescer em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos aumenta em pro-gressão aritmética. Desse modo, não seria
possível suprir as necessidades alimentares de uma população em constante crescimen-to geométrico. Entretanto, esse crescimento não se concretizava. Quais os fatores que le-vam a manutenção de um equilíbrio estável do crescimento populacional? Para Malthus, a resposta estava na escassez de comida, nas doenças e nas mortes causadas por ações humanas, como por exemplo, as guerras. Esses “controles” recaíam geralmente nos mais fracos: os mais pobres e doentes.
Ao refletir sobre os argumentos de Malthus, Darwin deduziu que qualquer variação presente em um indivíduo, que trouxesse alguma vantagem sobre outros que pertencem à mesma espécie, tenderia a ser preservada, assim como qualquer outra variação desvantajosa seria eliminada. Esta luta pela sobrevivência tem grande força seletiva, que ele denominou de seleção natural, e seria análoga à seleção artifi cial, que vira fazendeiros e horticultores aplica-rem nos animais e plantas domesticadas. A população se transformaria gradualmente e se adaptaria ao novo ambiente. Desse modo, a luta pela sobrevivência seria uma poderosa força atuando nas populações naturais.
No ano de 1839, Darwin residia em Londres e foi eleito para a Royal Society of London. Em 29 de janeiro de 1839, ele casou-se com sua prima Emma Wedgwood. Entre o casal existia uma afeição mútua, e Emma foi grande fonte de apoio para o seu trabalho. Tiveram 10 fi lhos, dos quais 7 sobreviveram. Darwin dedicava muita atenção aos fi lhos e deu-lhes uma educação afetuosa. Emma era religiosa e Darwin confessava suas incertezas religiosas, o que causou a ela muitas inquietações. Em setembro de 1842, deixaram Londres e passaram a residir na Down House no condado de Kent. Pouco antes da mudança, elaborou um esboço de sua teoria transfor-mista e, em 1844, já tinha um manuscrito que pode ser considerado um ensaio da A Origem das Espécies.
Nessa fase da vida, conheceu o botânico Joseph D. Hooker (1817-1911) de quem rapidamente tornou-se um grande amigo. Em 1865, Hooker sucedeu seu pai na direção do Jardim Botânico Real de Kew. Ele fez duas viagens, uma para a Antártida de 1838 a 1843 e outra para o Himalaia, de 1847 a 1850. Darwin confidenciou a ele suas idéias inéditas sobre a transmutação das espécies.
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Espécies de tentilhões de Galápagos coletadas por Darwin e identifi cadas por John Gould
Caderno de notas de Darwin (1837) – primeiro esboço de uma árvore evolutiva
18 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO
Alfred Russel Wallace – o rival que jogou limpo
Wallace nasceu em Usk (País de Ga-les) em oito de janeiro de 1821, em uma família de classe média em decadência. Wallace desde muito jovem caracteriza-va-se pela curiosidade, independência e criatividade. Abandonou os estudos, aos 14 anos (1837) para começar a trabalhar como assistente de topógrafo. Por cerca de 10 anos topografou rotas ferroviárias e limites de propriedades.
Aproveitava seu tempo livre para frequentar bibliotecas. Entre suas leitu-ras constavam a narrativa de Alexander von Humboldt, “Principles of Geology” de Charles Lyell e o livro de Malthus. A Botânica foi o seu primeiro interesse, pois fazia coletas e identifi cação das principais famílias de plantas. Como autodidata conseguiu um emprego de professor em Leicester, para ensinar desenho, cartogra-fi a e topografi a.
Em 1844, ele conheceu Henry Walter Bates (1825-1892), de quem se tornou grande amigo e com quem aprendeu a coletar besouros. Tornou-se então, um entusiasmado caçador de besouros.
Dessa amizade surgiu a idéia de fazer uma viagem para a Amazônia para inves-tigar o problema das espécies, e para que pudessem se manter coletariam material biológico que seria enviado para a Ingla-terra e vendido para colecionadores. Eram observadores sagazes e durante suas vidas apresentaram signifi cativa contribuição para a Biologia.
Em 28 de maio de 1848, desembar-caram em Belém do Pará. No primeiro ano na Amazônia coletaram nas proxi-midades de Belém do Pará e, mais tarde, tomaram a decisão de se separarem e realizar o trabalho de coleta indepen-dentemente.
A saga de Wallace na grande fl oresta durou quatro anos. Coletou uma infi ni-dade de espécies de animais e explorou diversas regiões amazônicas. Em 1852, decidiu voltar para a Inglaterra levando em sua bagagem os espécimes coletados. Durante a viagem, o navio em que viajava pegou fogo e naufragou. AWallace sobrou pouquíssima coisa - seu relógio, desenhos de peixes e parte de seus cadernos com ob-servações de campo. Retornou à Inglaterra em 10 de maio de 1852.
Após alguns meses em Londres, deci-diu fazer nova viagem para o Arquipélago Malaio (Malásia e Indonésia), que se deu em 1854, quando tinha 31 anos. Ele retor-naria à Inglaterra em1862, com 39 anos. Desembarcou em Cingapura e durante o período de oito anos, visitou diversas ilhas e coletou uma enorme quantidade de animais. Suas viagens e observações foram publicadas no livro Arquipélago Malaio (1869).
Como já foi relatado, em 1844, Da-rwin já tinha um manuscrito que podia ser publicado e, provavelmente, essa era sua intenção. Em carta à sua esposa, que de-veria ser aberta em caso de morte súbita, ele escreveu que ela deveria contratar um editor para fazer uma publicação póstuma. Esse manuscrito nunca foi publicado e muito se discute sobre quais seriam as ra-zões da não publicação. Entre as hipóteses estão as seguintes: teria sido postergação deliberada? Medo de publicá-lo? Respeito às convicções religiosas de sua esposa Emma? A situação social na Inglaterra?
No ano de 1844, havido sido publi-cado na Inglaterra um livro anônimo, de cunho evolutivo: “Vestiges of the Natural History of Creation”, que causou irritação entre cientistas, teólogos e intenso debate na sociedade vitoriana. Depois de várias edições, o autor dos Vestígios fi cou co-nhecido: tratava-se do editor e jornalista escocês Robert Chambers (1802-1871). A repercussão do livro de Chambers teria sido uma das razões da não publicação do manuscrito de Darwin?
Por volta de 1846, Darwin iniciou um trabalho com cracas (Cirripidea). São crus-táceos marinhos sésseis que vivem fi xados a rochas, corais, madeira e outros objetos fl utuantes, encerrados em uma carapaça calcária semelhante a um micro vulcão. Essas amostras haviam sido coletadas na região costeira do Chile (arquipélago
de Chonos). Por oito anos trabalhou na “abominável” pesquisa de anatomia e ta-xonomia das cracas, e seus achados foram publicados em duas monografi as.
Em 1855, quando estava em Sarawak, Indonésia Wallace escreveu um artigo que foi publicado no volume 16 da revista Annals and Magazine of Natural History intitulado “Sobre a Lei que tem regulado a Introdução de Novas Espécies”, no qual faz consideração biogeográfi ca e que o leva a afi rmar que “cada espécie surgiu coincidente no tempo e no espaço com uma espécie pre-existente intimamente aparentada”. A ideia central desse artigo passou a ser conhecida como a lei de Sarawak, que é uma alusão à existência da transmutação das espécies, um fenômeno para o qual ainda não havia uma teoria que era capaz de explicar.
O artigo despertou o interesse de Lyell, que em visita a Darwin, em abril de 1856, o alertou de que as ideias contidas no artigo eram semelhantes às suas.
Em junho de 1858, a advertência de Lyell, de que ele poderia ser surpreendido se mostrou verdadeira, pois Darwin recebeu uma correspondência de Wallace, enviada de Ternate, na Indonésia. Anexo à carta, estava um manuscrito, com enfoque sobre teoria sobre a seleção natural. Darwin fi cou aba-lado, e em carta a Lyell desabafou: “Nunca vi uma coincidência tão impressionante. Se Wallace tivesse lido meu esboço manuscrito de 1842 não faria um resumo melhor! Até as expressões que ele usa são títulos de meus capítulos”. Com Hooker seguiu a discussão atormentada: “Prefi ro queimar todo o livro a permitir que ele ou qualquer outro possam pensar que me comportei com um espírito mesquinho”.
Tanto Lyell como Hooker tinham conhecimento de que o trabalho realiza-do por Darwin era bastante anterior ao de Wallace, e tinham conhecimento da quantidade de informações que Darwin havia acumulado. Para eles a solução justa seria apresentar uma comunicação em conjunto em uma reunião da Sociedade Lineana. Para tanto, deveriam ser lidos um resumo tanto do manuscrito de 1844 como a de uma carta de Darwin a Asa Gray (1810-1888), professor de Botânica na Universidade de Harvard, e o artigo de Wallace, que foram apresentados na Sociedade em 1º de julho de 1858.
O presidente da Sociedade Lineana, Thomas Bell expressou delicadamente,
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19O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009
seu desapontamento, dizendo que o ano 1858 “não foi marcado por nenhuma descoberta sensacional que revolucio-nasse, por assim dizer, a Sociedade científi ca que ele presidia”.
Nessa situação devemos reconhecer a generosidade de Wallace em atribuir à Darwin o crédito principal como criador da teoria da evolução por seleção natu-ral. Entretanto, apesar da originalidade de Darwin, é necessário não esquecer que alguém teve a mesma ideia um pou-co depois dele e que isso tenha sido a motivação que faltava para a publicação do livro “A Origem das Espécies”, que ocorreu em 22 de novembro de 1859. A primeira edição se esgotou no dia de seu lançamento.
tes vinham justamente das observações feitas ao longo de sua viagem a bordo do Beagle, discutidas anteriormente. Darwin dedicou dois capítulos da Origem à distribuição geográfi ca das espécies, argumentando de modo convincente que a forma como as espécies estão distribuídas se encaixa muito bem com a teoria de que novas espécies surgiram a partir das preexistentes. Por exemplo, as espécies que ocorrem em ilhas são semelhantes às do continente próxi-mo, como já discutimos. Tal padrão se encaixa bem com a hipótese de que as espécies que hoje vemos nas ilhas são descendentes daquelas do continente. Há também dois capítulos sobre o registro fóssil, novamente argumentando que a descendência com modifi cação explica muito do que vemos na natureza, no caso o fato dos fósseis encontrados numa localidade serem semelhantes aos seres vivos que hoje habitam aquela mesma região. Finalmente, há um capítulo com ênfase nas semelhanças morfológicas entre os seres vivos. Darwin argumenta que as estruturas de diferentes espécies são variações sobre um mesmo tema, que tinham sido modifi cadas em cada espécie em função da ação da seleção natural para suas funções. Em suas palavras:
“O que pode ser mais curioso do que o fato da mão do homem, formada para segurar, a da toupeira para cavar, a perna do cavalo, a nadadeira do peixe-boi, a asa do morcego, tenho sido todos construídos seguindo um mesmo padrão, e deveriam incluir os mesmos ossos, nas mesmas posições relativas?”
Como no caso dos fósseis e da biogeografia, a descendência com modificação oferece uma convincente explicação para esse padrão: todas es-sas espécies são aparentadas e descen-dem de um ancestral comum, de quem herdaram características anatômicas, que foram modificadas em cada um dos casos.
Darwin também dedica considerá-vel espaço à ideia de seleção natural, e constrói sua defesa desse processo ao longo de vários capítulos. No primeiro, Darwin invoca o conhecimento sobre como o homem é capaz de transfor-mar as espécies, através do processo de domesticação. O argumento é relativamente simples: se um criador
deseja produzir animais maiores, ele irá escolhê-los para os cruzamentos que produzirão a próxima geração. Dessa forma, a cada geração, a proporção de indivíduos grandes aumenta na população. Uma premissa de Darwin nesse argumento é a de que muitas características dos seres vivos são herdáveis. Apesar de sua ignorância sobre os mecanismos de herança (a ciência da genética não existia naquela época), a noção de que os filhos tendem a se assemelhar aos pais era até certo ponto parte do senso comum. O que Darwin pretendia fazer era convencer seus leitores por analogia: se o criador podia modificar as características de uma espécie ao longo do tempo, por que processos naturais, em que a natu-reza faz a triagem de quem irá ou não reproduzir, no lugar da mão do homem, não poderia operar?
Darwin dedica dois capítulos à “Luta pela existência” e à “Seleção Natural”, respectivamente. Neles, apresenta uma linha de argumentação que deve muito à sua leitura de Malthus. Uma vez que os organismos geram descendentes numa taxa maior do que a disponibilidade de recursos é capaz de aumentar, haverá competição entre os seres vivos pelos recursos. Irão sobreviver aqueles com características que os tornam mais aptos a sobreviverem com recursos limitados. Supondo que essas características são herdáveis, elas irão se tornar mais co-muns na população, com o passar das gerações. Assim, as espécies se modifi -cam ao longo do tempo.
O argumento de Darwin explica de uma só vez duas características do mundo natural. Primeiro, a seleção natural explica a diversificação das espécies: uma vez que diferentes orga-nismos ocupam diferentes ambientes, a seleção natural irá atuar de modo dis-tinto em diferentes locais. Em segundo lugar, a seleção natural explica aquilo que hoje chamamos de adaptação, o aparente “encaixe” de características dos seres vivos para as funções que eles realizam.
A Origem das Espécies: 150 anos depois
Qual a atualidade das ideias expos-tas por Darwin? Quais permanecem sólidas até os dia de hoje, e quais sofreram grandes mudanças? Com o
ESPECIAL
A Origem das Espécies: um livro, duas grandes idéias
A Origem das Espécies é um livro que tem em seu cerne duas idéias prin-cipais. A primeira é a de que todos os seres vivos resultam de um processo de descendência com modificação. A segunda é a de que a seleção natural explica como as espécies mudam ao longo do tempo. Darwin arregimentou informações vindas das mais variadas áreas do conhecimento para convencer os seus leitores dessas ideias. Examinar a forma como ele apresentou seus ar-gumentos é extremamente informativo, e deixa claro como sua capacidade de unir informações vindas de diferentes subdisciplinas foi essencial para o su-cesso de sua teoria.
O que hoje denominamos de “evo-lução” era chamado por Darwin de “descendência com modifi cação”. Para ele, havia inúmeras observações que sustentavam a ideia de que todos os seres vivos são aparentados entre si. Alguns dos argumentos mais convincen-
Primeiras páginas do livro “A Origem das Espécies” publicado em 1859
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passar dos anos, a argumentação de Darwin baseada em fósseis, biogeogra-fia e nas semelhanças anatômicas entre seres vivos tornou-se cada vez mais forte. Novos dados consistentemente corroboraram uma visão de mundo na qual há descendência com modifica-ção. Nunca surgiu um fóssil que fosse completamente incompatível com a teoria da evolução. De modo seme-lhante, novos estudos biogeográficos repetidamente encontraram padrões de distribuição consistentes com as ideias de Darwin. Se algo incompatível com as ideias evolutivas tivesse surgido, não teria passado despercebido! Mas simplesmente não surgiu um dado que colocasse em xeque a ideias básicas de descendência com modificação.
Além disso, o desenvolvimento da genética levou à escala molecular o que havia sido observado ao nível da anato-mia: há uma impressionante continuidade entre os seres vivos, com o partilhamento de características genéticas ocorrendo mesmo entre alguns muito diferentes. Talvez o exemplo mais marcante seja a conservação do código genético – o conjunto de regras que determina como as sequências de RNA são traduzidas em proteínas-- em praticamente todos os seres vivos. Um código genético de tal maneira “Universal” é evidência de que todos os organismos são aparentados, e herdaram os mecanismos de leitura do RNA de um ancestral comum. Se as semelhanças entre ossos de patas já apoiavam a evolução, a semelhança genética reforçou essa noção imensamente.
Por essas razões, nos dias de hoje não há qualquer dúvida quanto ao fato de que as espécies evoluem por descendência com modifi cação, e que a seleção natural é capaz de explicar como as espécies se modifi cam ao longo do tempo. Entretanto, a solidez da teoria evolutiva não signifi ca que todas as perguntas interessantes foram resolvidas. Pelo contrário, a sofi sticação da teoria evolutiva apenas permite que novas e instigantes perguntas sejam feitas, perguntas que muitas vezes não seríamos capazes de formular se a teoria evolutiva não tivesse avançado tanto nos últimos 150 anos.
Nada pode ser mais estimulante do que apresentar algumas dessas questões, que sem dúvida ocuparão Biólogos ainda por
muitas décadas. A seguir, apresentamos algumas delas, torcendo para que sirvam de fermento para refl exões e discussões.
Qual é a árvore da vida? Darwin nos convenceu que os seres vivos são todos aparentados, mas ainda temos muito a aprender sobre as relações de parentesco entre todos os seres vivos.
Qual é o limite das explicações ba-seadas na seleção natural? Darwin nos convenceu que a seleção natural explica muitas modificações, mas qual fração das mudanças evolutivas se daria por deriva genética, que é um processo não seletivo?
res são capazes de prever os melhores locais para serem visitados, e as camadas geológicas mais promissoras para serem escavadas, para se achar tais organismos. Dessa forma, muitas lacunas do registro fóssil estão sendo preenchidas.
Qual a base genética das grandes mudanças morfológicas? Darwin era um gradualista. Para ele, a grande diver-sidade de formas que vemos no mundo natural resulta do acúmulo de pequenas mudanças, cada uma delas tendo passado pelo crivo da seleção natural. Entretanto, para ele, a base genética dessas mudanças era desconhecida. Desde então, houve muito progresso, por exemplo, hoje sabemos que os tetrápodes terrestres descendem de formas marinhas. Mas quais mudanças genéticas explicam a transformação de nadadeiras em patas? Repostas para perguntas como essas são o domínio de um importante campo da Biologia atual, que é a Biologia Evolu-tiva do Desenvolvimento.
Se um Biólogo tem aberto diante de si tantas perguntas fascinantes, devemos mui-to a Darwin. Todas essas questões repre-sentam desdobramentos e questionamentos das ideias apresentadas por ele há 150 anos. Para que tenhamos sucesso na empreitada de respondê-las, precisaremos nos inspirar no espírito científi co de Darwin. Sua capa-cidade de conectar informações de campos tão variados da Biologia, para desenvolver uma teoria revolucionária, deve servir de estímulo para todos nós.
João Stenghel MorganteDiogo Meyer
Departamento de Genética e Biologia EvolutivaInstituto de Biociências - Universidade de São Paulo
ESPECIAL
O que é exatamente a unidade biológica que a seleção “enxerga”? Darwin argumen-tava que indivíduos diferiam uns dos outros na sua capacidade de sobreviver e deixar descendentes. Portanto, para ele, os alvos da seleção natural eram os indivíduos. Nes-se século novas ideias surgiram: diferentes genes presentes numa população estariam competindo entre si, e seriam eles os al-vos da seleção natural. Alternativamente, haveria populações melhores e outras piores; a entidade que sobrevive mais ou menos seria a população como um todo. O debate sobre o mérito dessas ideias ainda está ativo, e é o que chamamos do estudo sobre “níveis de seleção”.
Onde estão as formas intermediárias? Em diversos grupos, há lacunas no regis-tro fóssil, devido à ausência de fósseis que documentem a transição entre duas outras formas. Atualmente, pesquisado-
Charles Darwin (1879)
SUGESTÕES DE LEITURA
Janet Browne - “A Origem das Espécies” de Darwin: uma biografi a. Jorge Zahar Ed. – Rio de Janeiro, 2007Richard Keynes - Aventuras e descobertas de Darwin a bordo do Beagle. Jorge Zahar Ed. – Rio de Janeiro, 2004Charles Lenay - Darwin. Estação Liberdade - São Paulo, 2004David Quammen - As dúvidas do Sr. Darwin: o retrato do criador da teoria da Evolução - Companhia das Letras, São Paulo, 2007Rebecca Stefoff - Charles Darwin: a revolução da evolução - Companhia das Letras – São Paulo, 2007
RECURSOS DE INTERNEThttp://Darwin-online.org.UKhttp://ucmp.berkeley.edu
Agradecimentos: Dras. Caroline Cotrim Aires, Juliana Machado Ferreira e Nadia de Moraes-Barros
21O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/200921
PROGRAMAÇ‹ODomingo, 26 de julho de 2009 - 16:00 -19:00 horas
• Recepção e Credenciamento dos Participantes• Entrega de material• Fixação de Painéis
Segunda a Quinta-feira, 27 a 30 de julho de 2009 09:00 – 18:00 horas
1ª MOSTRA DE FOTOGRAFIAS DO CRBio-01
Terça-Feira, 28 de julho de 200909:00 – 12:00 horas e 13:30 – 17:00 horas
FÓRUM DE COORDENADORES DOS CURSOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICASInga Ludmila Veitenheimer Mendes – CFAP/CFBio, Brasília, DFComissão de Formação e Aperfeiçoamento Profissional – CFAP/CRBio-01
CURSOS PRÉ-CONGRESSO:
Segunda e Terça-feira, 27 e 28 de julho de 200908:00 – 12:00 horas e 13:30 – 17:30 horas (Cursos CA 01 a 05 – simultâneos)
CURSOS DE ATUALIZAÇÃO (carga horária: 16 horas)
Curso de Atualização 01. Análises clínicas Adriana Pardini Vicentini Moreira – Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SPAdelino Poli Neto – Instituto Oscar Freire – FMUSP, São Paulo, SP
Curso de Atualização 02. Recuperação de áreas degradadasVera Lucia Ramos Bononi – Instituto de Botânica, São Paulo, SPNelson dos Santos Junior – Instituto Botânica, São Paulo, SP
Curso de Atualização 03. Licenciamento ambiental Akira Nakasaki – CETESB, São Paulo, SPPaulo Roberto Rigonatti – CETESB, São Paulo, SP
Curso de Atualização 04. Educação Ambiental Alessandra Stona – Universidade São Marcos, São Paulo, SPAndré Camilli Dias – Parque da Luz, Secretaria do Verde e Meio Ambiente, São Paulo, SP
Curso de Atualização 05. Controle de vetores e pragasLucia Schüller – ABC Expurgo Serviços Especializados S/C Ltda., São Bernardo do Campo, SPMônica Schüller – ECCO Control - Controle Ecológico de Pragas, Indústria e Comércio, Mauá, SP
Segunda-Feira, 27 de julho de 200908:00 – 12:00 horas (Minicursos 01 a 05 – simultâneos)MINICURSOS (carga horária: 4 horas)
MC 01. BiorremediaçãoMurilo Damato – Damato Assessoria e Consultoria em Meio Ambiente Ltda., São Paulo, SP
MC 02. Entomologia forenseAdelino Poli Neto – Instituto Oscar Freire, São Paulo, SP
MC 03. Trabalhos científicos: do acadêmico ao artigo de divulgaçãoErmelinda Maria De Lamonica Freire – UNIVAG, Cuiabá, MT
MC 04. Zoonoses de importância para a saúde públicaLuiz Eloy Pereira – Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP
– CRBio-01 – O BIÓLOGO
27 a 30 de julho de 2009São Pedro, SPHotel Fonte Colina Verde
19À Congresso deBiólogos do CRBio-01
CRBio-01
Realização
Conselho Regional de Biologia – 1… Região (SP,MT,MS)Rua Manoel da Nóbrega, 595 conjunto 122, ParaísoCEP 04001-083 – São Paulo,SPFone: (11) 3884-1489 – Fax: 3887-0163www.crbio01.org.br
19º ConBio
22 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO
MC 05. Metodologias de pesquisa em educação ambientalMaria Saleti Ferraz Dias Ferreira – UFMT, Cuiabá, MT
12:00 – 13:30 horas – Horário reservado para almoço
13:30 – 17:30 horas (Minicursos 06 a 10 – simultâneos)
MC 06. Aconselhamento genéticoRegina Célia Mingroni Netto – USP, São Paulo, SP
MC 07. Ensino de ciências, educação ambiental e literatura: o prazer de ensinar e aprender.Angela Maria Zanon – UFMS, Campo Grande, MS
MC 08. Introdução ao empreendedorismo Celso Luís Marino – UNESP, Botucatu, SP
MC 09. Etnobotânica: plantas de interesse econômico no PantanalMaria Antonia Carniello – UNEMAT, Cáceres, MT
MC 10. Bioética: biotecnologia e meio ambienteMarlene Boccatto – CRBio-01, São Paulo, SP
Terça-Feira, 28 de julho de 200908:00 – 12:00 horas (Minicursos 11 a 15 – simultâneos)
MC 11. Elaboração de projetos sustentáveis em aqüiculturaWagner Cotroni Valenti – UNESP, Jaboticabal, SP
MC 12. A Educação não formal e a comunicação aplicadas à conservaçãoMario Borges da Rocha – Fundação Parque Zoológico - Unidade ZooSafari, São Paulo, SP
MC 13. Biologia forenseEuclides Matheucci Júnior – DNA Consult Genética e Biotecnologia Ltda. & Quantum Biotecnologia Indústria e Comércio Ltda, São Carlos, SP
MC 14. Biologia marinhaJoão Marcos Miragaia Schmiegelow – UNISANTA, Santos, SP
MC 15. Produção de cogumelos comestíveisEdison de Souza – Brasmicel - fungicultura, Suzano, SP
12:00 – 13:30 horas – Horário reservado para almoço
13:30 – 17:30 horas (Minicursos 16 a 20 – simultâneos)
MC 16. Biossegurança em laboratórioDyana Alves Henrriques – USP, São Paulo, SP
MC 17. Indicadores biológicos na avaliação da qualidade da águaMaria do Carmo Carvalho – CETESB, São Paulo, SP
MC 18. Animais peçonhentosGiuseppe Puorto – Instituto Butantan, São Paulo, SP
MC 19. Gestão pesqueiraAntonio Olinto Ávila da Silva – Instituto de Pesca, Santos, SP
MC 20. Preparo de embutidos e defumadosSylvio Cesar Rocco – Prefeitura da Cidade de São Paulo, São Paulo, SP
18:00 – 20:00 horas – Apresentação de Painéis
20:00 – 22:00 horas - SOLENIDADE DE ABERTURA
Conferência magna:O legislativo e o meio ambienteDeputado Fernando Capez – Assembléia Legislativa & Ministério Público do Estado de São Paulo, SP
Quarta-Feira, 29 de julho de 200908:30 – 10:30 horas (Mesas-Redondas 01 a 04 – simultâneas)
Mesa-Redonda 01. Áreas de atuação emergentes para Biólogos1. Biólogos nas subáreas da patologia
Marcio Silva Muniz - Hospital Pérola Byington, São Paulo, SP
2. Reprodução humana assistidaLia Mara Rossi - Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP
3. Papel do Biólogo nas terapias utilizando células-troncoRodrigo Alexandre Panepucci - INCTC - Instituto Nacional de Ciênciae Tecnologia em Terapia Celular & Fundação Hemocentro de RibeirãoPreto, SP
Mesa-Redonda 02. O Biólogo e a biologia molecular na área da saúde1. Uso da biologia molecular em virologia
Rubia Anita F. Santana - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
2. Biologia molecular aplicada na análise de mutaçõesRoberta Sitnik - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
3. A biologia molecular e a detecção de antígenos leucocitários humanosRoberta dos Santos Pereira - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Mesa-Redonda 03. O Biólogo e a educação formal1. O mercado de trabalho e o papel social do biólogo
Noemy Yamaguishi Tomita – Instituto de Botânica, São Paulo, SP
2. O processo de avaliação dos cursos de formação de biólogosMaria Saleti Ferraz Dias Ferreira – UFMT, Cuiabá, MT
3. Padrão de qualidade para os cursos de Ciências BiológicasInga Ludmila Veitenheimer Mendes – CFBio, Brasília, DF
Mesa-Redonda 04. Biossegurança 1. Histórico e transdisciplinaridade da Biossegurança
Maria Lúcia Siqueira – Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP
2. Biossegurança em laboratórioDyana Alves Henriques – ICB-USP, São Paulo, SP
3. Biossegurança em trabalho de campo.Luiz Eloy Pereira – Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP
11:00 – 12:00 horas (Conferências 01 a 04 – simultâneas)
Conferência 01. Plantas de importância econômica para o pantanal: aspectos etnobotânicosMaria Antonia Carniello – UNEMAT, Cáceres, MT
Conferência 02. EmpreendedorismoCelso Luís Marino – UNESP, Botucatu, SP
Conferência 03. Genética de populações de remanescentes de Quilombos Regina Célia Mingroni Netto – USP, São Paulo, SP
Conferência 04. Biodiversidade, conservação e manejo dos cerrados brasileiros Leopoldo Magno Coutinho – USP, São Paulo, SP
12:00 – 14:00 horas – Horário reservado para almoço
14:00 – 16:00 horas (Mesas-Redondas 05 a 08 – simultâneas)
Mesa-Redonda 05. Perícia Forense
1. Entomologia forense Adelino Poli Neto - Instituto Oscar Freire, São Paulo, SP
2. Novas tecnologias para análises forenses de DNA.Euclides Matheucci Júnior – DNA Consult Genética e BiotecnologiaLtda. & Quantum Biotecnologia Indústria e Comércio Ltda., SãoCarlos, SP
19º ConBio
Todas as informações, inscrições e a
programação completa estão disponíveis
no portal do CRBio-01:
www.crbio01.org.br
23O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009
3. Importância do DNA forenseEloisa Aurora Auler Bittencourt – Instituto de Criminalística de SãoPaulo, SP
Mesa-Redonda 06. O Biólogo e a biotecnologia
1. Bioprospecção de plantas para a produção de novas drogas e fármacosSonia Machado Campos Dietrich – Instituto de Botânica, São Paulo, SP
2. Bioprospecção de animais para a produção de novas drogas e fármacosGisele Picolo – Instituto Butantan, São Paulo, SP
3. Bioprospecção de microrganismos para a produção de novas drogas e fármacos.Rosemeire Aparecida Pessoni – Universidade Metodista, São Bernardodo Campo, SP
Mesa-Redonda 07. Biomonitoramento em ambientes aquáticos
1. FlotaçãoMurilo Damato – Damato Assessoria e Consultoria em Meio AmbienteLtda., São Paulo, SP
2. Utilização de organismos zooplanctônicos como indicadores da qualidade da água em ecossistemas aquáticos continentais
Suzana Sendacz – Instituto de Pesca, SAA estado de São Paulo, SP
3. Algas e cianobactérias como indicadores da qualidade da águaMaria Teresa de Paiva Azevedo – Bioalgas Análise e ConsultoriaAmbientalLtda, São Paulo, SP
Mesa-Redonda 08. O Biólogo e o controle de vetores e pragas
1. Abelhas e vespas em áreas urbanasOsmar Malaspina – UNESP, Rio Claro, SP
2. Controle biológico de mosquitos e borrachudosCarlos Fernando S. Andrade – IB/UNICAMP, Campinas, SP
3. Controle de pragas urbanasLucia Schüller – ABC Expurgo Serviços Especializados S/C Ltda., SãoBernardo do Campo, SP
16:30 – 17:30 horas (Conferências 05 a 08 – simultâneas)
Conferência 05. Exposição aos agentes mutagênicos e suscetibilidade ao desenvolvimento de doençasCatarina Satie Takahashi – USP, Ribeirão Preto, SP
Conferência 06. Créditos de carbonoCarlos Alberto Martinez – USP, Ribeirão Preto, SP
Conferência 07. As concepções indígenas sobre a natureza e as atuais considerações sobre o meio ambienteMarília Gomes Ghizzi Godoy – Universidade São Marcos, São Paulo, SP
Conferência 08. EcoturismoDemian Topel – Terra Nativa, São Paulo, SP
18:00 – 20:00 horas – Apresentação de Painéis
Quinta-Feira, 30 de julho de 2009 – 08:30 – 10:30 horas (Mesas-Redondas 09 a 12 – simultâneas)
Mesa-Redonda 09. O Biólogo e a ornitologia
1. Diversidade de aves em área urbanaElisabeth Höfling – USP, São Paulo, SP
2. Importância das aves na disseminação de sementesWesley Rodrigues Silva – UNICAMP, SP
3. Estudos de aves aquáticas no LAGAMAR do Estado de São Paulo.Edson Barbieri – Instituto de Pesca, Cananéia, SP
Mesa-Redonda 10. O Biólogo gestor
1. Gestão de museusGiuseppe Puorto – Museu Biológico do Instituto Butantan, São Paulo, SP
2. Gestão de parquesAndré Camilli Dias – Parque da Luz, Secretaria do Verde e MeioAmbiente, São Paulo, SP.
3. ISO 14.000 em zoológicosMario Borges da Rocha – Fundação Parque Zoológico - UnidadeZooSafari, São Paulo, SP
Mesa-Redonda 11. O Biólogo e o controle de zoonoses
1. Os morcegos e a raiva no BrasilMiriam Martos Sodré Silva - CCZ, Prefeitura de São Paulo, SP
2. Controle da dengue no Estado de São PauloRubens Pinto Cardoso Junior – SUCEM, São José do Rio Preto, SP
3. Desafios para o controle da leishmaniose visceral no mundo emtransformaçãoJosé Eduardo Tolezano – Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP
Mesa-Redonda 12. Conservação da biodiversidade
1. O conceito de bioma Leopoldo Magno Coutinho – USP, São Paulo, SP
2. IctiofaunaAntonio Olinto Ávila da Silva – Instituto de Pesca, Santos, SP
3. Criadouros conservacionistas e o seu papel na conservaçãoThais Tamamoto de Moraes – Associação Bichos da Mata, Itanhaém, SP.
11:00 – 12:00 horas (Conferências 09 a 12 – simultâneas)
Conferência 09. Dinâmica de florestas e recuperação de áreas degradadasSergius Gandolfi – ESALQ/USP, Piracicaba, SP
Conferência 10. Filosofia e história da Biologia Waldir Stefano – Universidade Mackenzie, São Paulo, SP
Conferência 11. Bioterismo: ciência x biotecnologia Ana Maria Guaraldo – UNICAMP, Campinas, SP
Conferência 12. Biologia molecular de células-tronco adultasRodrigo Alexandre Panepucci – INCTC - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Terapia Celular & Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, SP
12:00 – 14:00 horas – Horário reservado para almoço
14:00 – 15:00 horas - Conferência de Encerramento: 150 anos da publicação da A Origem das Espécies – o legado duradouro de DarwinJoão Stenghel Morgante – USP, São Paulo, SP
15:00 – 16:00 horas – SESSÃO DE ENCERRAMENTO
Entrega do Prêmio Dra. Bertha Lange de Morretes
19º ConBio
24 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO
INSCRITOS
Segunda parteRELAÇÃO DE BIÓLOGOS COM REGISTROS HOMOLOGADOS NO ANO DE 2008
61089/01-D FERNANDA RIBEIRO DE FRANCO
61090/01-D TIAGO NAVES BRIGIDO
61091/01-P MARIANNI DE MOURA RODRIGUES
61092/01-P DIEGO DE PAULA MONTEIRO DA SILVA
61093/01-D GRAZIELA FORAMIGLIO
61094/01-P ÍCARO RIBEIRO PIMENTEL
61095/01-P CRISTINA RODRIGUES DOS SANTOS
61096/01-D MIRIAN YOSHIKO MATSUMOTO
61097/01-D CRISTIAN LIZ FRANCO DE ABREU
61098/01-P ELAINE DOS SANTOS ROVATI
61099/01-P RAFAELA PAES DE OLIVEIRA
61100/01-D IAMARA FONTES ROCHA SZREJDNER
61101/01-P LETICIA STRAZZACAPA POPPIN
61102/01-P CAMILLA CHRISTINA DE CASTRO LUCIANO
61103/01-P MICHELLE ALINE VIEIRA
61104/01-P RENATA FERREIRA DE OLIVEIRA MARQUES
61105/01-P LEONARDO HIDEIKE TAKAHASHI MARQUEZI
61106/01-P NATHALIA ZINI
61107/01-D MARINA CONSULI TISCHER
61108/01-D LETICIA RUIZ SUEIRO
61109/01-D RAFAEL PARELLI BOVO
61110/01-P PATRICIA HIROMI HANATE
61111/01-D ELAINE DE ARRUDA SOLIGO
61112/01-D JULIANI CAMILA DOS SANTOS
61113/01-D ELISÂNGELA MENDES DA SILVA
61114/01-D VANESSA CRISTINA NASCIMENTO
61115/01-P ANA CAROLINA DE OLIVEIRA CHAVES
61116/01-P FABIANA SILVA DOS SANTOS
61117/01-P NATASHA GOMES DOS REIS
61118/01-P GISLAYNE DE MELO TOLEDO
61119/01-P ANGELA HOTZ MORET
61120/01-D LEDIANE APARECIDA XAVIER
61121/01-P VANESSA RYIKA KATO
61122/01-P THIAGO DE OLIVEIRA NOGUEIRA
61123/01-D CATARINE TRINDADE
61124/01-P JULIANA MONTOVANI
61125/01-D GRAZIELE BOSOLI
61126/01-P YVE KEIKO DE MELO YANAGIHARA
61127/01-D ALESSANDRA LARA PASCHOAL
61128/01-D PATRICIA LIMAVERDE NASCIMENTO
61129/01-D KIUSLEI CASSIOLATO
61130/01-D NILO LUIZ SACCARO JUNIOR
61131/01-D ALICE LEDRES ALVES
61132/01-D ADRIANA HOLGADO DA SILVA
61133/01-D EVELYN BARBARA TORRES
61134/01-P RENATA DA SILVA LEONEL
61135/01-P FELIPE DE GONZAGA GROSSO
61136/01-D FRANCIANE VALERIA DA SILVA ANDRADE
61137/01-P VANESSA TAIS CRUZ MERCADO
61138/01-D RICARDO MAZZARO
61139/01-P RENATA CECILIA RUBIO
61140/01-P DEBORAH SPERCHE
61141/01-D ANA LUCIA DE GODOI SEBASTIÃO
61142/01-D ENILSON ALBUQUERQUE DE ARRUDA
61143/01-P CLAUDIA IWASHITA
61144/01-P JULIANO HENRIQUE PIVETA
61145/01-P DANIEL SANTOS TAVARES
61146/01-D JAMILLE RONDÃO VILLA LOBOS
61147/01-P TAIS COSTA DE OLIVEIRA
61148/01-D ELIANE MITSUE KIKUCHI
61149/01-D MARCOS PAULO SANDRINI
61150/01-P ELLEN HOCHLEITNER DE SOUZA
61151/01-P LUCIANA MATIAS
61152/01-D JANE OLIVEIRA DE FIGUEIREDO
61153/01-D KATIERE SOARES
61154/01-P DOUGLAS BOLETINI DOS SANTOS
61155/01-P FERNANDO DE CASTRO JACINAVICIUS
61156/01-P MONICA DA SILVA MORAES
61157/01-P YURI ROCHA ARBEX
61158/01-D CAIO FABRICIO CEZAR GEROTO
61159/01-D ANDERSON DE ARAUJO
61160/01-D LORETA CASQUEL DE TOMASI
61161/01-D LARISSA CAROLINE SPOLADOR DA SILVA
61162/01-D TATIANA BEZERRA DA SILVA
61163/01-P ANA LUIZA AGUIAR
61164/01-P ANA PAULA HELLMEISTER
61165/01-D HELIO CASAROTO
61166/01-P FABIOLA LUDOVICE CONCEIÇÃO
61167/01-P FABIANA LIMA ROCHA SANTOS
61168/01-D JULIANA APARECIDA MIRANDA DIAS
61169/01-P FERNANDA SHIZUE UMEZAWA
61170/01-P EDNALVA LIMA CARVALHO
61171/01-D MARILIA FANUCCHI FERRAZ
61172/01-D ALINE MACEDO FARIA
61173/01-D BERGHEM MORAIS RIBEIRO
61174/01-P SUSANA APARECIDA SANTANA
61175/01-P MICHELLY RODRIGUES REIS SILVA
61176/01-P THAIS BOIM MELCHIOR
61177/01-D ALESSANDRA IZUMI KINJO WATANABE
61178/01-D MARIANA BATHA ALONSO
61179/01-D FABIANA TEIXEIRA DA SILVA GIOIELLI
61180/01-D MIRIAM DANTZGER
61181/01-P FELIPE TEIXEIRA BRESCANSIN
61182/01-P RAPHAEL GOMES PERES
61183/01-P THAIS RUOCCO
61184/01-P CRISTIANE RORATO OLIVEIRA
61185/01-P MARIA DAS GRAÇAS COSTA CAVALCANTE
61186/01-D FERNANDA BASTOS DOS SANTOS
61187/01-D ALESSANDRA PESSOTTI GALLO
61188/01-P CRISLAINE DE BARROS SANTOS
61189/01-P FABIANA CRISTINA LUIZ
61190/01-D JOSÉ FERNANDO BANDEIRA DE MELLO CAMPOS (ad referendun)
61191/01-P ANA LIVIA MARTINS PERES SAGIO
61192/01-D RAFAEL DE SALLES CUNHA LORENZINO
61193/01-P JAMILLE DE MELLO GONÇALVES DO NASCIMENTO
61194/01-D CAMILA MIWA FUJIKAWA
61195/01-D ANDRE FERNANDO DA SILVA IONCK
61196/01-D ELIANA MARIA DE ARAUJO MARIANO DA SILVA
61197/01-P RENATA MARIA AMODEO MOURÃO
61198/01-D VIVIANE BATISTELLA DE OLIVEIRA
61199/01-D ROSANE MARIA FALASCO BOLZONI
61200/01-P ALESSANDRA PAREJA DOS SANTOS
61201/01-P KAREN NOGUEIRA CHINOCA
61202/01-D AMAURI CESAR MARCATO
61203/01-P BRUNA DE JESUS
61204/01-D CINTIA FEITOSA PETRELLI DOS SANTOS
61205/01-D JULIANA SANTANA GONÇALVES
61206/01-D FATIMA SILVA NETTO
61207/01-P FABIANA CRISTINA BERTOLO
61208/01-D KLÉBER RENAN DE SOUZA SANTOS
61209/01-P RENATA MACHADO DE OLIVEIRA
61210/01-D FABRICIO PAULINELLI
61211/01-D TATIANE MAKIMOTO SABBANELLI
61212/01-P ANA PAULA DOS SANTOS
61213/01-P MARINA SUAREZ MACHADO
61214/01-D SANDRA REGINA NISHIO
61215/01-P MICHELLE TERRA MOIZES
61216/01-P ADAILTON PACHECO DIAS JUNIOR
61217/01-P CARLOS SHIGUERU ARAKI
61218/01-D MARISTELA ARAUJO FRANÇA
61219/01-D MILTON GOMES DA SILVA JUNIOR
61220/01-D JANAINE CRISTINA DE ANDRADE OLIVEIRA
61221/01-D IZAURA CRISTINA TIBRES FERRAZ
61222/01-D CAMILA WENCESLAU ALVAREZ
61223/01-D TIAGO JULIO MENIN
61224/01-D IVANA ABONIZIO SANTINONI
61225/01-P FABIANA RODRIGUES FERREIRA
61226/01-P STEFANNIE APARECIDA FERREIRA DA CRUZ
61227/01-P RENATO DIAS DE MORAES
61228/01-P LAURA HELENA DA COSTA CAMPOS
61229/01-P ANDRESSA DE SOUZA E SILVA
61230/01-P FABIO LUCAS CEMENCI GNOATTO
61231/01-P JOÃO SILOE DE OLIVEIRA
61232/01-P JULIANA VIEIRA DA SILVA
61233/01-P MAURICIO ARANEGA DOS REIS SIMÕES
61234/01-D VIVIANE MONTEIRO DE MATTOS
61235/01-D JUSSARA PIOVESAN
61236/01-D FABIO HENRIQUE DE OLIVEIRA SILVA
61238/01-D NIUARA HECK
61239/01-D TATYANE DO SOCORRO SOARES BRASIL
61240/01-D JORGE SENATORE VARGAS RODRIGUES
61242/01-D MARIANA PEREIRA RIBEIRO
61244/01-D LEANDRA BORDIGNON
61245/01-D CELIONAIA SOUZA SILVA
61246/01-D ÉRICA SALLAS LOPES
61247/01-D FERNANDA PIZÃO FARHAT
61248/01-P GUIDO MARIETTO NETO
61249/01-D GRAZIELA PIRES DALLACQUA
61250/01-P OLIVIA GABRIELA DOS SANTOS ARAUJO
25O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009
INSCRITOS
61251/01-P FABIANA COTRIM NUNES
61252/01-P BRUNO DE SOUZA NASCIMENTO
61253/01-D ALINE ROBALINHO
61254/01-D VIRGINIA HELENA DA SILVA
61255/01-D LUIS FELIPE FOSTER CECON
61256/01-D RAFAEL CARVALHO ALMADA
61257/01-D LUCIANA COSENTINO DE MACEDO
61258/01-D KATIA REGINA GONZAGA LEITE LOPES
61259/01-P MAGDA APARECIDA MAGALHÃES
61260/01-D LEISA NATHALIE SILVA DE AZEVEDO
61261/01-D LEIRIANI ABREU
61262/01-D CARINA DOS SANTOS MOMESSO
61263/01-P TASSILA MENEGUETTI PINHEIRO
61264/01-D RENATA CARMONA E FERREIRA
61265/01-P CARLA ROCHA FERNANDES
61266/01-D ISABEL CRISTINA DE MOURA LOPES
61267/01-D CINDY LEPORE
61268/01-D LEID DAIANA DA COSTA SILVA
61269/01-P ROBERTO DEL VECCHI JUNIOR
61270/01-D WESLEY ROBERTO MURAD
61271/01-D JOAO FERNANDO BERNARDINI
61272/01-D PATRICIA SOARES DE OLIVEIRA
61273/01-D ANA PAULA POZZO RIOS ROLLA
61274/01-D ROQUE MARCELO GAGLIARDI
61275/01-D ADRIANO DONADIO OLIVA
61276/01-D MICHELE TATIANA PEREIRA TOMITÃO
61277/01-D MARIA CRISTINA ANTUNES AUGUSTO
61278/01-D JULIANA DE AMORIM
61279/01-D RAQUEL DE PAULA FREITAS
61280/01-D FERNANDA MASSARO RIVER SERRA
61281/01-D LUIZIANA FABÍULA DE SOUZA
61282/01-P MARCELO DA SILVA MEIATO
61284/01-D JOSE WILLIAM ANTUNES DE OLIVEIRA
61285/01-P ALEXANDRA MASTELINI MINATEL
61286/01-D RODRIGO SIMONATO
61287/01-P ELIANE SANTOS DA SILVA
61288/01-P ANDRÉA MONTE LUCHIARI DA SILVA
61289/01-D PEDROIVO COELHO ORTOLANO
61290/01-P PRISCILA MACHION LEONIS
61291/01-P LYDIANE FERREIRA BOAVENTURA
61292/01-P PRISCILA OLIVEIRA DE CARVALHO
61293/01-P PRISCILA ROBERTA BARRETO FERREIRA
61295/01-P JENYFFER SENA SANTOS
61296/01-D PAULO HENRIQUE MÓDENA COUTINHO
61297/01-D CRISTIANO RICARDO FORSTER FIGUEIRA
61298/01-P MARIA JOSE FERREIRA ALVES
61299/01-P AUCILEDE SANTANA CARVALHO
61301/01-P LUANA SIQUEIRA DOS SANTOS LEMES FORNITANI
61302/01-D DENISE QUIRINO DA SILVA
61303/01-D FABIO ROCHA DE ANDRADE DINIZ
61304/01-D HALDOR OMAR LAUCIRICA GARCIA
61305/01-D CINTIA MARQUES RIBEIRO
61306/01-P JULIANA SATIE ISHIKAWA
61307/01-D MARIA CLAUDIA AGUIAR FERREIRA
61308/01-P LIGIA SANTANA ROCHA
61309/01-D CAIO OLIVEIRA DI MIGUELI
61310/01-P ARIANE LAVOR DE MORAIS
61311/01-P ANA CAROLINA VIDAL GUEDES
61312/01-D SARA FERNANDA SANTOS BOMFIM
61313/01-D CHRISTIANE SOMMER CALABRIA
61314/01-D EUNICE TERUMI SAIGUSA HIRANO NAKAIE
61315/01-P DENISE CRISTIANE DOS SANTOS
61316/01-P MARINA MARCHEZINI LOPES
61317/01-D RAFAELA SCRENCI DA COSTA
61318/01-P ANTONIO CARLOS ZIROLDO CAROLINO
61319/01-P LUCIANE CUOGHI CAMAZANO
61320/01-D DANIEL ALEXANDRE MARTINS
61321/01-P GRAZIELA APARECIDA PEDRO
61322/01-P JULIANA TORRES AMARAL
61323/01-P ROSIMEIRE DE SOUZA ANDRADE AMORIM RIBEIRO
61324/01-D CRISTINA FEIX DE ABREU
61325/01-D MARCUS VINICIUS DOMINGUES
61326/01-P CLAUDIA RENATA MAGNANI
61327/01-P ÉRIKA KNABBEN DE LIMA
61328/01-D VIVIANE GONÇALVES DA SILVA
61329/01-D MARCIA ADRIANA BARNABA AMARAL
61330/01-D MILENA FONSECA KABBARA
61331/01-D AMANDA RIBEIRO ROSA
61332/01-D BERNARDO JOSE DA SILVA
61333/01-P TRÍCIA THOMMEN MACIEL
61334/01-P DANIELA GALVÃO PIRES DURAN SOTO
61335/01-P ANA LIDIA MINARI
61336/01-P CATARINA IVONETE DA FONSECA RIBEIRO
61338/01-D MARIANA FERRARI FELISMINO
61339/01-D DINIZ PEREIRA LEITE JUNIOR
61340/01-D LUCIANA CHAVES FERREIRA
61341/01-D DAYANE ENGEL
61342/01-D ALINE SILVA DE OLIVEIRA
61343/01-D SIMARLEY JOSÉ DE MORAIS SILVA
61344/01-D PAULA VANESSA SOUZA RIZZO
61345/01-D VERÔNICA MARIA DA SILVA
61346/01-D LILIANE FABIANO KISTE
61347/01-D RAFAEL MIGOTTO
61348/01-D EDUARDO ROBERTO ALEXANDRINO
61349/01-P TATIANA APARECIDA MACHADO
61350/01-P ELIANA PACHOALIN VIANA
61351/01-P FERNANDA CRISTINA STORTE SANTOS
61352/01-P MARCELO JUN KAWAHARA
61353/01-D LUCIANA PAIXÃO SILVA SANTOS
61354/01-D APARECIDA MARIA MERISSE
61355/01-D DANIELA MARIA DE MACEDO
61356/01-D MARIANA LIMA DOS SANTOS
61357/01-D GERLANY HOLANDA FIGUEIREDO
61358/01-D DARLAN APARECIDO DA SILVA SERRA
61359/01-D LIDIANE ESTEVES ARDIGUIERI
61360/01-P ACILIA BARROS SILVA
61361/01-D LUCAS APARECIDO MANZANI LISBOA
61362/01-D KLEBER MALVEZZI PEREIRA
61363/01-P CAROLINA DIAS DE MELLO
61364/01-P CLARICE DA COSTA FEIJO NICOLAU
61365/01-D AMELIA MYOKO TSUBOI NAGANO
61366/01-D JOSE EDUARDO DE CARVALHO
61367/01-D JANAINA RAMANHOLI RIGOLO
61368/01-P ISRAEL HIDEO SAVIOLLI
61369/01-D CARLOS ABRUNHOSA TAIRUM JUNIOR
61370/01-P BRUNO ZANARDO GORZONI
61371/01-D ERICA COSTA
61372/01-D GUILHERME SILVEIRA SIMÕES
61373/01-D AMANDA NOGUEIRA PEDRO
61374/01-D LUIS FELIPE CARUZI
61375/01-P TIAGO GONDIM RODRIGUES
61376/01-D JOÃO PAULO LIMA
61377/01-D DEBORA CRISTINA DOS SANTOS
61378/01-P ELIANE ABATTI
61379/01-P PATRICIA DE ANDRADE ABREU
61380/01-D LINARA MARINHO ROCHA
61381/01-P MARIANGELA DE ASSIS FERREIRA
61382/01-P JOÃO EMMANUEL RIBEIRO GUIMARÃES
61384/01-D BRUNA DINIZ RIBEIRO
61385/01-D FENANDA GONÇALVES DE SOUZA
61386/01-D DANIELA RODRIGUEZ DE ASSIS MACHADO
61387/01-D LARA PEDOTTI STRIQUER
61388/01-P KATIA MOTA POZZO
61389/01-D CAROLINA HORTENCIO MALHEIROS
61390/01-D ROSÂNGELA TOMIZAKI
61391/01-D JOSE CARLOS BELLUSSI JUNIOR
61392/01-D ALINE TIEMI HIGA MASTROROZA
61393/01-D THAIS DE MELLO SILVEIRA
61394/01-P RICARDO FIASCHI DE CAMPOS
61395/01-D LUZIA RIBEIRO NOVAES
61396/01-D MARINA FREITAS STEFANONI
61397/01-D FELIPE SEABRA MAYER
61398/01-D SERGIO SANTIAGO MARTINS
61399/01-P LETICIA MARA SANTANA DE OLIVEIRA
61400/01-P MORGANA TAMARA DE LIMA SILVA
61401/01-D ADRIANE LOURENÇON DA SILVA
61402/01-P RICARDO DE OLIVEIRA MORAES
61403/01-D FERNANDO APARECIDO DA SILVA
61404/01-D RAFAEL ANTONIO SANTOS
61405/01-D MARIO MARCOS MARTINS LORETO
61406/01-P DEBORA MARTINS DE ANDRADE CASELLI
61407/01-P CARLA MARINI SALES
61408/01-D LEANDRO TAVARES VIEIRA
61409/01-P SILVANA LIA PORRINO MARTINS
61410/01-D FABIO FONSECA PEREIRA
61411/01-P WILSON STIPANCOVICK ALMEIDA
61412/01-P ADRIANA LANA MOREIRA
61413/01-P FATIMA PEREIRA
61414/01-P GIOVANNA DAMASCENO MARQUES DOS SANTOS
61415/01-D MARIA EUGÊNIA PORTO ALVES DA SILVA
61416/01-P MILENA DE ABREU GONÇALVES DE PAIVA
61417/01-D BEATRIZ MEDEIROS VICENTE
61418/01-D TELMA ELIZANGELA MANTOANI
61419/01-D CAROLINE PATRICIO VIGNARDI
61420/01-D PATRICIA DA CRUZ DE LIMA
61421/01-D LAURA ROCHA GUERINO
61422/01-D DONIZETE DA COSTA DIAS
61423/01-D TATIANE DE FÁTIMA PEREIRA
26 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO
61424/01-D GIOVANA DE AZEVEDO PAIVA
61425/01-D GISLENE PARREIRAS COSTA
61426/01-D PAULA PATRICIA AZEVEDO RIBEIRO
61427/01-P SABRINA MEDEIROS ROMANO
61428/01-D VANESSA APARECIDA VIEIRA
61429/01-D CRISTIANE TERUMI ANBO
61430/01-P CINTIA LUIZA DA SILVA
61431/01-P LUCIANA CUNHA SERRALVO
61432/01-P MICHELLE SANCHEZ FREITAS CORREIA
61433/01-P CYNTHIA LARA
61434/01-P THAIS FERNANDES BALDASSI
61435/01-P BRUNA MILANI JUSTINIANO
61436/01-P VANIA OLIVEIRA RAMOS
61437/01-P JAMILE IARA RIBEIRO GERMINARI
61438/01-P DANIELA RODRIGUES DA SILVA
61439/01-D ERICA GIMENEZ LATERI
61440/01-P FLAVIA SAYURI UYEMURA
61441/01-P SHEILA FAVELA DE SOUZA
61444/01-D MICHELE GERMANO GEJÃO DE MATTOS
56727/01-D BRUNO SEVÁ PESSÔA
56836/01-D LUCIANA APARECIDA MAGNATI DE CAMARGO
56862/01-P ARTHUR CESAR RIBEIRO ARAUJO
56863/01-D CARLA MAGIONI FRACASSO
56889/01-D MARCELA CONCEIÇÃO DO NASCIMENTO
56943/01-D FLAVIANA RODRIGUES
56946/01-P MARIO DA SILVA PIRES
61052/01-D ELAINE PEREIRA AGUIAR
61060/01-D ADARILDA PETINI BENELLI
61068/01-D MARIA DE LURDES DA COSTA
61241/01-D CLEITON ADRIANO SIGNOR
61243/01-P CLEONICE VIEIRA NERIS DA CUNHA
61294/01-D LAIS MACEDO CORDEIRO
61383/01-D LUCAS HILSDORF PILLI
61442/01-D ELISANDRA DE ALMEIDA CHIQUITO
61443/01-D NANCY FRANÇA LO MAN HUNG
61445/01-P CLAUDETE MARIA DA SILVEIRA
61446/01-D MARIA APARECIDA PEDRETE
61447/01-P LUIS ALENCAR LIMA
61448/01-P LIGIA FERNANDA PREVIATO DE ARAUJO
61449/01-D ANTONIO EDUARDO DA SILVA AGRIA MONTEIRO
61450/01-D CAMILA NUNES GONZAGA
61451/01-P SAYOKO TAMURA
61452/01-D PAULA RIBEIRO DE CARVALHO
61453/01-P VERONICA RAMOS SOUZA OLIVEIRA
61454/01-P DALVA LEITE DA ROZA
61455/01-D LUCIANA CRISTINA CANDIDO RIBEIRO DE MENEZES
61456/01-D ERIK SOLIMENO
61457/01-D RENATA RIBEIRO DA COSTA
61458/01-D SILVANA MARQUES DO CARMO OLIVEIRA
61459/01-P MAYLA NAOMI OKADO
61460/01-D CLAUDIO ROMERO FARIAS MARINHO
61461/01-D GABRIEL AIDAR RIBENBOIM
61462/01-D MARINA ROVANI
61463/01-D ELIAS BORGES DE ATHAYDE DRUMMOND
61464/01-D NELIO GONÇALVES DE MAGALHAES
61465/01-D ELAINE CONDELECHI RODRIGUES
61466/01-D ALEXANDRA FAXINA CRISPIM
61467/01-P RODNEY JOSÉ DA SILVA
61468/01-D MAURILIO ELIAS DOS SANTOS
61469/01-D DEBORA YAMANE FURQUIM CAMPOS
61470/01-D JULIANA MARIA BARBOZA BIANCHI
61471/01-D RUBISMAR BEZERRA DOS SANTOS
61472/01-P CATIA ELISABETE ALVES
61473/01-D PATRICIA DOMENE
61474/01-P CRISTINA FREITAS GATTI PUNHAGUE
61475/01-D LIGIA MARIA GUEDES BARBOSA
61476/01-P EDUARDO BALDINATO
61477/01-D DANIELA MARIA PIAUILINO PRATES
61478/01-P REJANE CARMELITA GASPAR DA SILVA
61479/01-D RITA DE CASSIA REIS
61480/01-D THAIS MICHELI SANCHES
61481/01-P ADRIANA DEL MONACO DE MARIA
61482/01-P FABIANE SAYURI IWAI
61483/01-D MARIANA NAGOSHI YASHIMA
61484/01-P VERIDIANA MARCANDALLI ALVES RAMOS
61485/01-P ANA PAULA DE JESUS SARTORI
61486/01-P IDRIANE PINHEIRO LIMA
61487/01-P GABRIELA MAGRI ALTIERI
61488/01-P ALINE OLIVEIRA LACERDA
61489/01-D JOÃO CARLOS RODRIGUES
61490/01-P ALINE LAVEZO ANTONIO
61491/01-D FERNANDA REIS CARVALHO
61492/01-D GESSIA MOMOE SHIDA
61493/01-D RAFAEL VAQUELI DA SILVA
61494/01-D NATHALIA CRISTINA SOARES FRANCESCHI
61495/01-P ANA PAULA GOUVEA WIEZEL
61496/01-P RENATO LUIS NUNES DE OLIVEIRA
61497/01-D JOAO PAULO DE ALMEIDA RODRIGUES
61498/01-D MILENA DE MOURA PASCHOAL
61499/01-D GIOVANA DE JESUS
61500/01-D MIGUEL CARLOS COUTINHO
61501/01-D RODRIGO FESCINA PASTE
61502/01-D LUIS ANTONIO BERGAMIM
61503/01-P VANESSA ALVES DA SILVA
61504/01-D RODRIGO CHRISTINO JENSEN
61505/01-D BEATRIZ SANTOS CAIO
61506/01-D ALESSANDRA MELLO DE OLIVEIRA
61507/01-P LUCIANA DE MELO YOSHIDA
61508/01-D VICTOR FERNANDES BORGES
61509/01-D MICHELLE MENDES MORON
61510/01-D ANTONIO CARLOS SILVESTRINI
61512/01-P LILIAN ELISA ARÃO ANTONIO
61513/01-D MANUELA RODRIGUES PEDROSO DE LIMA
61515/01-D CARINA MENDES SILVA
61516/01-D TAMARA PRISCILLA ALVES
61517/01-P BEATRIZ ARCHANJO MARIZ NOGUEIRA
61518/01-P ELAINE REIS VERDEROSI
61520/01-P KATIA CRISTINA NUNES DE ALMEIDA
61521/01-D DANILO BOSCOLO
61522/01-P LUCINÉIA JULIA DE OLIVEIRA
61523/01-D FÁBIO HENRIQUE COLOGNESI SILVA
61524/01-P ALINE GUAZZELLI SEVERINO
61525/01-P NATHALIE DOS SANTOS DIAS
61526/01-P JUREMA BENEDITA GIACOMO
61527/01-P RENATO DOS SANTOS
61528/01-P VANESSA ADELIA DE ALVARENGA LEMOS
61529/01-D RITA DE CASSIA SOUSA POLEZZI
61530/01-D ROSENEIDE QUALIA
61531/01-D ARLEY FERREIRA DA SILVA
61532/01-P PATRICIA PONTES GASPERINI
61533/01-D LIGIA TEREZA DE MORAES
61534/01-P PRISCILA DA SILVA LIMA
61535/01-P PATRICIA DE ARAUJO BRAGA
61536/01-D JERONIMO DA SILVA BARBOSA FILHO
61537/01-D ELIEZER ANDERSON PANHAN
61538/01-P REGIS CARDOSO
61539/01-P SHANDA SOARES VENTURA
61540/01-D NADEGE RIECHELMANN
61541/01-P REINALDO KRUGEL DE MELO
61542/01-P ALESSANDRA DE CASSIA MANSERA VIOTTO
61543/01-D AMAURY TAVARES BARRETO
61544/01-D FLAVIA FRIGERI REIS
61545/01-P RAFAEL PRIANTI DE SOUSA MARSON
61546/01-P SARA TAROCO TEIXEIRA
61547/01-P DAIANE NASCIMENTO DE SOUZA ZPEVAK
61548/01-P FRANCYELLE RODRIGUES DA SILVA
61549/01-P PALOMA BORGES HERRADON
61550/01-P LAURA CAROLINE HELD
61551/01-P ELIANE HUNGRIA DE ALMEIDA DE OLIVEIRA
61553/01-D APOLONIA GRADE
61554/01-D MICHELLE BITTAR
61555/01-D ARLETE DOS SANTOS FERREIRA
61556/01-D ESTIOMAR FERREIRA DA SILVA
61558/01-D FRANCIELLY ROSSETTO
61559/01-D KATIUSCIA KARLA URAGUE DE OLIVEIRA
61560/01-D CÁSSIO UÉLLITON SILVA BARBOSA
61561/01-D DANIELI GIMENEZ SIQUEIRA
61562/01-D SERGIO LUIZ DARROS
61563/01-P KEILA CARDOSO BARBOSA FONSECA
61564/01-D POLLYANNA CARVALHO GOMES DE AMORIM REIS
61565/01-D GUILHERME LUCATO MORETTI
61566/01-P ADRIANA WORSCHECH
61567/01-D FERNANDA ROSSELL MALINSKY
61568/01-D PRISCILLA BATISTA DE SÁ
61569/01-P THAIS BRITO DOS REIS
61570/01-D THAIS GOZZI CAZZARO
61571/01-D JANE PALUGAN DOS SANTOS
61572/01-D GISELE PIGATTO
61573/01-P LEANDRO HONORATO DOS SANTOS
61574/01-D LILIAN DA SILVA REIS MUNHOZ
61575/01-P SABRINA MORELLI
61576/01-D MARIA APARECIDA SILVA DOS SANTOS
61577/01-D LUCAS DE ALMEIDA ALVES
61578/01-D ADRIANA MENDES DO NASCIMENTO
61579/01-D DANIELLE APARECIDA ROSA DE MAGALHÃES
61580/01-D RODOLFO BATISTA
61581/01-D MARIANA LOUREIRO LIMA DE ARRUDA BOTELHO
61582/01-P ALINE CRISTINA DA SILVA VOGEL
continua na próxima edição
INSCRITOS
27O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009
Atualmente os temas ambientais estão mudando o comportamento empresarial que, fi nalmente, começa a preocupar-se com a Agenda 21, elaborada na Confe-rência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Rio 92. A exigência da sociedade mais ambien-talmente consciente e a implantação das normas de qualidade empresarial, espe-cialmente da norma NBR ISO 14001, são relevantes neste processo, abrindo um mercado de trabalho ainda pouco explorado por biólogos.
Apesar de não ser exatamente reco-nhecido como “proponente de soluções” pela sociedade, o biólogo é capacitado para atuar no ramo de certificações e consultorias, pois, ao se graduar, obtêm conhecimentos biológicos necessários para lidar com: preservação da biodiver-sidade, controle do aquecimento global, proteção da camada de ozônio, proteção das fl orestas, proteção dos mares, gestão das águas, conservação da energia, con-trole transfronteiriços de resíduos peri-gosos, controle de poluentes orgânicos, substituição de matérias-primas tóxicas e do desenvolvimento sustentável - te-mas da Agenda. Assim, o biólogo tem competência, formação e conhecimentos imprescindíveis para a realização de um trabalho coeso e efi ciente nas empresas.
Durante a implantação da NBR ISO 14001 diversos itens devem ser verifi ca-dos, como o levantamento de impactos ambientais, medidas de proteção ambien-tal, redução de consumo de energia, água e matérias primas, além de outros itens que atendam aos requisitos da empresa e dos clientes, importantes para o sucesso da implantação da norma. É necessário abordar temas diversos como as vanta-gens ambientais, competitivas e econô-micas para as organizações. No âmbito legislativo, é preciso verificar como está sendo tratada a gestão de resíduos gerados pela empresa em várias instân-cias, bem como as emissões gasosas, de ruídos, efl uentes líquidos, uso correto de energia, água, entre outros. A Lei de Cri-mes Ambientais trata de vários assuntos ligados aos passos necessários para que uma organização possa ser certifi cada em conformidade legal.
ISO 14001 e o Biólogo Silvia Araújo da Silva Hermida*
O momento atual pode ser denominado de era da normalização internacional. O objetivo das normalizações ISO é desen-volver atividades que facilitem as trocas de bens e serviços no mercado internacional e a cooperação entre os países nas esferas científi cas, tecnológicas e produtivas.
A avaliação diagnóstica da empresa é um instrumento para medir o desempenho ambiental da gestão empresarial aplicável a bens e serviços. A parte que interessa à gestão ambiental refere-se aos aspectos ambientais de um bem ou serviço em todos os seus estágios, desde a origem dos recur-sos no meio ambiente, até a disposição fi nal dos resíduos de materiais e energia após o uso, passando por todas as etapas interme-diárias, como benefi ciamento, transportes, estocagens entre outras. A análise da gestão ambiental é um processo permanente de coleta e interpretação de dados e infor-mações para verifi car a situação atual das questões ambientais pertinentes à organi-zação e prever as tendências futuras com base em indicadores previamente estabe-lecidos. O texto da NBR ISO 14.001 indica sua aplicabili-dade a qualquer organização de qualquer setor, apesar de sua aplicabilidade ser erroneamen-te interpretada para grandes empresas, pois exige alto grau de formaliza-ção.
Atualmente, para a empre-sa ostentar um Sistema de Ges-tão Ambiental ( S G A ) c o m base nos requi-sitos da NBR ISO 14.001, certificado ou não, é conside-rado um dife-rencial compe-
titivo pelo fato do meio ambiente ser uma preocupação de grande parte da população, dos principais formadores de opinião como jornalistas, professores, cientistas, artistas, políticos, sindicalistas, entre outros. E por isso, a legislação ambiental está crescendo no mundo todo bem como no Brasil, enfra-quecendo o argumento de que as normas internacionais procuram diminuir o papel dos estados na condução das políticas públicas ambientais.
É sabido que pessoas das mais diver-sas profi ssões atuam como consultores e certifi cadores em ISO 14001, porém este nicho pode ser preenchido por profi ssio-nais que realmente entendem de Meio Ambiente, e é mais uma das diversas áreas de atuação profi ssional do Biólogo.
*Silvia Araújo da Silva Hermida é Bióloga, Mestre em Toxicologia e Assessora em ISO 14001CRBio - 40788/01-D - [email protected]
PONTO DE VISTA
28 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO
A fotografia faz parte da rotina de trabalho de muitos Biólogos. Esta seção da Revista publica fotos curiosas, interessantes, significativas e inusitadas da fauna, da flora, e de paisagens, captadas por Biólogos.
Exemplar de macho adulto do cascudo protegendo a entrada de ninho subterrâneo na Lagoa do Parente (lagoa marginal do Rio Turvo, Bacia do Rio Grande), na cidade de Icém, região nordeste do Estado de São Paulo. O cascudo pertence à família Loricariidae e seu nome científico é Liposarcus anisitsi.
Foto do Biólogo Renato Braz de Araujo, CRBio 20466/01-D, Doutorando do Centro de Aquicultura da UNESP.
ARQUIVO DO BIÓLOGO
A Universidade Gama Filho é reconhecida pelo Decreto Federal número 70.208, de 25 de fevereiro de 1972 e pelo Decreto Estadual “E” número 903, de 17 de novembro de 1965e os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu atendem à CNE/CES resolução 01 de 08 de junho de 2007.
UGF – Central de Cursos - Rua Treze de Maio, 681 – Bela Vista – São Paulo – SP
InformaçõesSão Paulo (11) 2714-5656Todos os Estados 0300 10 10 10 1Outros Estados 0800 772 0149
E-mail: [email protected]
SEMESTRE2009
Ciências Biológicas
Curso a Distância
Ciências BiológicasBioética para Profissionais da Saúde e Meio AmbienteGestão Ambiental com Ênfase em Óleo e GásEcologia Marinha
Divulgação Científica