Danieli Bento Dos Santos I
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Transcript of Danieli Bento Dos Santos I
i
CEPPE CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO,
PESQUISA E EXTENSÃO
MESTRADO EM ANÁLISE GEOAMBIENTAL
DANIELI BENTO DOS SANTOS
A PALEOPALINOLOGIA NA RECONSTITUIÇÃO DA
PAISAGEM PALEÓGENA NA FORMAÇÃO
ITAQUAQUECETUBA (MINERADORA ITAQUAREIA 1), BACIA
DE SÃO PAULO, BRASIL
Guarulhos
2008
ii
DANIELI BENTO DOS SANTOS
A PALEOPALINOLOGIA NA RECONSTITUIÇÃO DA
PAISAGEM PALEÓGENA NA FORMAÇÃO
ITAQUAQUECETUBA (MINERADORA ITAQUAREIA 1), BACIA
DE SÃO PAULO, BRASIL
Dissertação apresentada à Universidade Guarulhos
para a obtenção do titulo de Mestre em Análise Geoambiental.
Área de concentração: Indicadores de Transformações Ambientais
Orientadora: Profa. Dra. Maria Judite Garcia
Guarulhos
2008
iii
Dedico este trabalho aos meus pais
José Adiel Bento Sobrinho e Djanira Bento dos Santos, por tudo o que eles
representam em minha vida.
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço especialmente à Profa. Dra. Maria Judite Garcia que foi mais que uma
orientadora, e mostrou os caminhos a serem seguidos, com paciência e empenho.
Obrigada pela confiança e por todas as oportunidades a mim oferecidas.
Agradeço ao Prof. Dr. Antônio Roberto Saad que esteve presente em todos os
trabalhos de campo, auxiliando na coleta e posicionamento das amostras em perfis
estratigráficos. Agradeço-lhe também a confiança e amizade que foram muito importantes.
Ao Prof. Dr. Mário Lincoln de Carlos Etchebehere, o auxílio no trabalho de campo
e sugestões. Ao Prof. Dr. Joel Carneiro de Castro (UNESP), o auxílio no trabalho de
campo.
Ao Prof. Dr. Carlos Alberto Bistrichi, a quem muito admiro, e que me incentivou a
fazer o mestrado. Agradeço-lhe também pelas importantes sugestões.
Aos doutores Luzia Antonioli (UERJ) e Rodolfo Dino (PETROBRÁS / CENPES /
UERJ), as discussões e sugestões.
Às técnicas do Laboratório de Geociências Andréia Barbieri Resende e Patrícia
Ferreira Cardoso, os incansáveis registros de bibliografias.
Ao biólogo Fábio da Costa Casado, pelo auxílio na área de computação gráfica e
impressões da presente dissertação.
Ao biólogo Marco Felipe Raczka, o auxílio no trabalho de campo e lavagem das
amostras.
À Msc. Rosana Saraiva Fernandes, as instruções de processamento químico,
elaboração dos gráficos e os momentos agradáveis que passamos juntas.
À Profa. Dra. Mary E. C. Bernardes de Oliveira, que sempre se manteve
acessível.
À arquiteta Msc. Sandra Emi Sato, o auxílio nas impressões dos gráficos.
Aos amigos Rita de Cássia Monteiro de Oliveira, Rudney de Almeida e Ricardo
Lobo, os excelentes momentos de descontração.
À Itaquareia – Indústria Extrativa de Minérios Ltda, o acesso a área de trabalho.
À minha família e ao João A. Moura de Souza, a compreensão e apoio.
A todos que de alguma forma me auxiliaram na realização deste trabalho.
v
As rochas sedimentares são como as páginas de um livro que,
ao aprender a decifrá-las e colocá-las na ordem
própria, tem-se a História da Terra.
(Arthur Holmes)
vi
RESUMO
O trabalho ora apresentado resultou da análise paleopalinológica de 44
amostras, coletadas ao longo de uma seção com 200 m de largura e 48 m de
espessura e são provenientes da Mineradora Itaquareia 1, da Formação
Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo. O estudo objetivou determinar a palinoflora,
definir a idade, interpretar o paleoclima e paleoambiente, além de analisar a evolução
palinoflorística, e reconstruir a paleopalinofitogeografia e paleovegetação da região no
intervalo de tempo neoeoceno-eo-oligoceno, com base em 282 tipos diferentes de
palinomorfos. As análises indicaram diferentes idades para a deposição dos sedimentos
da Formação Itaquaquecetuba. Foram estabelecidas 4 Ecozonas, as três primeiras, I, II
e III apresentam idade neoeocena, e a Ecozona IV idade eo-oligocena. Os palinomorfos
registrados no intervalo Neoeoceno sugerem a vigência de um clima subtropical úmido,
com uma palinoflora diversificada e constituída por elementos como: Quadraplanus sp.,
Bombacacidites spp., Ilexpollenites spp., Proteacidites spp., Perisyncolporites pokornyi,
Psilatricolporites operculatus, Ulmoideipites krempii, Syncolporites spp., Margocolporites
vanwijhei, Malvacipollis spinulosa, Catinipollis geiseltalensis, Podocarpidites spp.,
Tricolpites reticulatus, Perfotricolpites digitatus, pteridófitas, briófitas, Microthyriaceae e
esporos de fungos. Para o Eo-Oligoceno (Ecozona IV), sugerem um paleoclima
subtropical a temperado seco, devido ao aumento significativo das gimnospermas,
como Podocarpidites e Dacrydiumites e diminuição das angiospermas, além da redução
da biodiversidade. Outrossim,as florestas sempre estiveram presentes, no entanto,
variou a constituição dos componentes palinoflorísticos. A deposição dos sedimentos
que constituem a seção analisada ocorreu, provavelmente, num paleoambiente fluvial
meandrante, com a formação de pequenos lagos na planície de inundação, pelo
transbordamento, que permitiu o desenvolvimento de algas e/ ou ervas aquáticas e a
deposição de grãos de pólen que caracterizam a flora regional.
Palavras-chaves: Paleógeno, Paleopalinologia, Formação Itaquaquecetuba, Brasil.
vii
ABSTRACT
This work consisted in the paleopalynological analysis of 44 samples,
collected along of a section with 200 m wide and 48 m thick, from Mineradora Itaquareia
1, in the Itaquaquecetuba Formation, São Paulo Basin. The main objectives of this study
were to determine the paleopalynoflora, to define the age, to interpret the paleoclimate and
paleoenvironment; to analize the palynofloristic evolution, and to reconstruct the
paleopalynophytogeography and paleovegetation of the studied area, in the time interval
Upper Eocene and Early Oligocene, on the basis of 282 differents types of
palynomorphs. The analyzes had indicated different ages for the deposition of the
Itaquaquecetuba Formation. They were establish 4 Ecozones, the three first ones, I, II
and III is dating Upper Eocene and to Ecozone IV is given Early Oligocene age. In the
Upper Eocene epoch (Ecozones I, II and III), the palynomorphs recorded is suggestive
of humid subtropical condition climate. The highly diversified palynoflora is composed of
Quadraplanus sp., Bombacacidites, Ilexpollenites, Proteaceae, Perisyncolporites
pokornyi, Psilatricolporites operculatus, Ulmoideipites krempii, Syncolporites,
Margocolporites vanwijhei, Malvacipollis spinulosa, Catinipollis, Podocarpidites,
Chenopodiaceae, Tricolpites reticulatus, Perfotricolpites digitatus, pteridophyta,
bryophyta, Microthyriaceae and fungal spores. During the Early Oligocene (Ecozone IV),
it was evidenced a subtropical to dry temperate climate, proven fact for the expansion of
gymnosperms, as Podocarpidites e Dacrydiumites, retraction of angiosperms and
reduction of the biodiversity. The forests were always present, however it varied the
constitution of the palynofloristic components. The deposition of the sediments that
constitute the analyzed section probably occurred, in paleoenvironment fluvial
meandering, with the formation of the small lakes in the flood-plain, for the overflow, that
allowed the development of algae and/or aquatic herbs and the deposition of pollen
grains that characterize the regional flora.
Key-words: Paleogene, Paleopalynology, Itaquaquecetuba Formation, Brazil.
viii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 Mapa de localização da área de estudo.................................... 18
Figura 2 Imagem de satélite mostrando a área da Mineradora
Itaquareia 1, município de Itaquaquecetuba..............................
19
Figura 3 Contexto geológico regional do Rift Continental do Sudeste
do Brasil (RCSB).......................................................................
20
Figura 4 Mapa Geológico do município de São Paulo e áreas
adjacentes.................................................................................
23
Figura 5 Mapa Geológico da Bacia de São Paulo e da porção sudeste
da Bacia de Taubaté..................................................................
24
Figura 6 Afloramento na Mineradora Itaquareia – Porto 1, Município de
Itaquaquecetuba........................................................................
25
Figura 7 Depósito de aluviões recentes (sedimentos mais escuros)
sobrepostos à Formação Itaquaquecetuba (sedimentos
arenosos)...................................................................................
26
Figura 8 Idades propostas para a Formação Itaquaquecetuba .............. 38
Figura 9 Foliação metamórfica das rochas do embasamento Pré-
Cambriano, aflorantes na Mineradora Itaquareia, Porto Antero
1 ................................................................................................
39
Figura 10 Falhamentos que afetam os depósitos da Formação
Itaquaquecetuba, Mineradora Itaquareia 1................................
40
Figura 11 Esboços paleotectônicos da evolução do segmento central do
RCSB.........................................................................................
42
Figura 12 Províncias geomorfológicas do Estado de São Paulo .............. 44
Figura 13 Seção geológica esquemática do Estado de São Paulo........... 45
Figura 14 Seção morfo-estrutural do Planalto Paulistano......................... 46
Figura 15 Mapa geomorfológico da região de estudos.............................. 47
Figura 16 Ponto de coleta das amostras IQ42 e IQ43, logo acima do
embasamento............................................................................
51
ix
Figura 17 Seção de correlação de perfis faciológicos com o
posicionamento das amostras...................................................
52
Figura 18 Painel fotográfico do afloramento com os pontos de coleta
das amostras férteis..................................................................
53
Figura 19 Palinodiagrama de porcentagem com a soma total de cada
grupo de palinomorfos...............................................................
171
Figura 20 Palinodiagrama de porcentagem de gimnospermas................. 172
Figura 21 Palinodiagrama de porcentagem de angiospermas arbóreas e
arbustivas..................................................................................
173
Figura 22 Palinodiagrama de porcentagem de ervas e lianas................... 174
Figura 23 Palinodiagrama de porcentagem de pólen diversos.................. 175
Figura 24 Palinodiagrama de porcentagem de esporos............................ 176
Figura 25 Palinodiagrama de porcentagem de algas................................ 177
Figura 26 Palinodiagrama de porcentagem de fungos.............................. 178
Figura 27 Palinodiagrama de concentração com os palinomorfos
utilizados para a confecção das Ecozonas................................
179
Figura 28 Palinodiagrama de concentração com a soma total de cada
grupo de palinomorfos...............................................................
180
Figura 29 Palinodiagrama de concentração de gimnospermas................ 181
Figura 30 Palinodiagrama de concentração de angiospermas arbóreas
e arbustivas...............................................................................
182
Figura 31 Palinodiagrama de concentração de ervas e lianas.................. 183
Figura 32 Palinodiagrama de concentração de pólen diversos................. 184
Figura 33 Palinodiagrama de concentração de esporos........................... 185
Figura 34 Palinodiagrama de concentração de algas............................... 186
Figura 35 Palinodiagrama de concentração de fungos............................. 187
Figura 36 Distribuição palinoestratigráfica................................................. 190
Figura 37 Representação esquemática hipotética da paisagem no
Neoeoceno................................................................................
195
Figura 38 Representação esquemática hipotética da paisagem no Eo-
oligoceno...................................................................................
200
x
Figura 39 Curva de temperatura para a área do Caribe e Oceano
Atlântico.....................................................................................
203
Figura 40 A separação da Austrália e Antártica durante o Eoceno
Superior resultando no desenvolvimento de um canal entre
Austrália (A), Antártida (An), e América do Sul (AS),
conhecido como Estreito de Drake que permitiu o
desenvolvimento do sistema de circulação oceânica do
circulo-Antártico.........................................................................
204
Figura 41 Reconstrução Paleogeográfica com os principais biomas para
o Oligoceno...............................................................................
205
xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Palinomorfos fósseis de angiospermas, gimnospermas,
briófitas e pteridófitas referidos por diversos autores para a
Formação Itaquaquecetuba.......................................................
28
Tabela 2 Palinomorfos fósseis de algas referidos por diversos autores
para a Formação Itaquaquecetuba............................................
34
Tabela 3 Palinomorfos fósseis de fungos referidos por diversos autores
para a Formação Itaquaquecetuba............................................
34
Tabela 4 Dados sobre temperatura do ar e chuva no município de
Itaquaquecetuba........................................................................
49
Tabela 5 Afinidade botânica de algumas espécies e características
gerais dos representantes atuais...............................................
196
xii
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 14
1.1 Objetivos e justificativa .................................................................. 15
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA ESTUDADA .................................. 17
2.1 Localização ...................................................................................... 17
2.2 Geologia .......................................................................................... 17
2.2.1 Bacia de São Paulo .......................................................................... 19
2.2.2 Formação Itaquaquecetuba .............................................................. 21
2.2.2.1 Sedimentologia ................................................................................. 21
2.2.2.2 Sistema deposicional ....................................................................... 26
2.2.2.3 Paleobotânica e paleopalinologia ..................................................... 27
2.2.2.4 Paleoambiente e paleoclima ........................................................... 35
2.2.2.5 Idade ................................................................................................ 36
2.2.3 Tectônica e evolução ........................................................................ 38
2.3 Características atuais ..................................................................... 43
2.3.1 Geomorfologia .................................................................................. 43
2.3.2 Clima ................................................................................................. 48
2.3.3 Vegetação ......................................................................................... 48
3 METODOLOGIA ............................................................................... 50
3.1 Campo .............................................................................................. 50
3.2 Laboratório ...................................................................................... 54
3.2.3 Análise das Lâminas e Documentação Fotomicrográfica ................. 55
3.2.4 Confecção dos Palinodiagramas ...................................................... 56
4 RESULTADOS ................................................................................. 57
4.1 Qualitativos ..................................................................................... 57
4.1.1 Descrição Sistemática ...................................................................... 57
xiii
4.1.2 Estampas .......................................................................................... 159
4.2 Resultados Quantitativos ............................................................... 160
4.2.1 Palinodiagramas de Porcentagem .................................................. 160
4.2.2 Palinodiagramas de Concentração.................................................... 163
5 DISCUSSÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
OBTIDOS ..........................................................................................
188
5.1 Idade ................................................................................................. 188
5.2 Palinoflora ....................................................................................... 193
5.3 Paleoambiente ................................................................................. 201
5.4 Paleoclima ....................................................................................... 202
6 CONCLUSÕES ................................................................................ 206
7 RERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 209
ANEXO . ........................................................................................... 223
14
1 INTRODUÇÃO
O estudo da era cenozóica é muito importante para o entendimento da
evolução e da distribuição da vegetação atual. Este intervalo é marcado por diversas
modificações na configuração dos continentes que, conseqüentemente, resultaram em
mudanças climáticas e vegetacionais (WILLIS; MC ELWAIN, 2002).
No sudeste do Brasil, uma série de eventos tectônicos que ocorreram no
Paleógeno deu origem a um sistema de bacias continentais, dentre elas a Bacia de São
Paulo, na qual está inserida a Formação Itaquaquecetuba (RICCOMINI, SANT’ANNA e
FERRARI, 2004).
O grande interesse por esses depósitos, demonstrado pela comunidade
geocientífica, tem permitido, ao longo dos anos, a elaboração de trabalhos que
elucidam cada vez mais os prováveis eventos paleoclimáticos, paleoambientais,
cronológicos e fitogeográficos que reinavam durante a deposição desses sedimentos.
A paleopalinologia é um método muito utilizado no estudo de bacias
sedimentares com depósitos terrigenos, fornece a base para as interpretações
geocronológicas, bioestratigráficas e fitogeográficas. As comparações dos palinomorfos
fósseis com os modernos possibilitam, também, realizar interpretações paleoecológicas.
A técnica paleopalinológica consiste na análise dos grãos de pólen de
angiospermas e gimnospermas, esporos de briófitas e pteridófitas, assim como todo
material biológico resistente aos ácidos utilizados para obtenção do resíduo
palinológico.
Os fundamentos da palinologia residem nas diversidade e afinidade
morfológicas (que, geralmente, permitem a identificação da planta geradora em nível de
família, gênero e até espécie), grande produção e o eficiente transporte e preservação
dos grãos de pólen e esporos, o que fornece bases estatísticas confiáveis para a
reconstituição paleoambiental (SALGADO-LABOURIAU, 2007).
A datação dos sedimentos continentais paleógenos e neógenos baseia-se,
principalmente, nos zoneamentos palinoestratigráficos disponíveis na literatura, como:
para as bacias costeiras brasileiras, Regali, Uesugui e Santos (1974 a,b), (com
15
modificações); para a Amazônia por Hoorn (1993, 1994) e Leite (2006); para o norte da
América do Sul, por Muller, Di Giacomo e Erve (1987); para a Venezuela por Lorente
(1986); Suriname e Guiana Francesa, por Wijmstra (1971); Guiana, por Van der
Hammen e Wijmstra (1964); Colômbia, por Van der Hammen (1957); para as áreas
tropicais, de Germerrad, Hopping e Muller (1968); e para a África, por Salard-
Cheboldaeff (1990). Frente à grande necessidade de uma revisão nos estudos
palinoflorísticos da América do Sul e a elaboração de um palinozoneamento para as
bacias paleógenas e neógenas interiores, especialmente do Sudeste do Brasil, é
proposto o presente trabalho.
Este estudo reveste-se de grande importância, não só pela reconstituição da
paisagem vegetacional e determinação da idade da Formação Itaquaquecetuba, mas,
também, para a compreensão das importantes mudanças vegetacionais e climáticas
que ocorreram no planeta durante a deposição desses sedimentos, assim como para
subsidiar novas interpretações quanto ao modelo de evolução geológica e tectono-
sedimentar do rift continental do sudeste do Brasil, proposto por Riccomini (1989) e
Riccomini, Sant’Anna e Ferrari (2004).
1.1 Objetivos e justificativa
Os principais objetivos deste trabalho são:
a) Determinar e documentar a palinoflora presente na Formação Itaquaquecetuba,
na Mineradora Itaquareia Porto 1, nas fácies pelíticas reconhecidas por Zanão,
Castro e Saad (2006);
b) reconstruir a paleopalinofitogeografia, considerando-se a latitude que a região
teria ocupado durante a época de deposição;
c) avaliar, confirmar e/ou discordar das idades já obtidas por outros autores;
d) analisar a sucessão palinoflorística;
e) reconstruir a paleovegetação por meio da análise de palinodiagramas de
concentração; e
16
f) Interpretar o paleoclima e o paleoambiente.
Embora diversos estudos palinológicos já tenham sido desenvolvidos no
âmbito da Formação Itaquaquecetuba (MELO, VINCENS e TUCHOLKA, 1985; LIMA;
MELO e COIMBRA, 1991; YAMAMOTO, 1995; SANTOS, 2005; SANTOS et al., 2006 a,
b; GARCIA et al., 2004) em nenhum deles foi realizada uma amostragem pontual ao
longo de perfis, como efetuada no presente trabalho.
17
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA ESTUDADA
2.1 Localização
A área de estudo situa-se na margem esquerda do Rio Tietê (23°28’30.99”S e
46°20’07.05”W), no município de Itaquaquecetuba, a aproximadamente 35 km da
cidade de São Paulo (Figuras 1 e 2), e compreende a área da Mineradora Itaquareia,
Porto Antero 1 (na qual se explora areia para construção civil), da Formação
Itaquaquecetuba. O acesso à mineradora pode ser realizado através da Rodovia
Ayrton Senna da Silva, SP – 070.
2.2 Geologia
A Formação Itaquaquecetuba é uma das unidades litoestratigráficas
pertencentes à Bacia de São Paulo, que integra um sistema de bacias tafrogênicas
denominadas “Sistema de Rifts da Serra do Mar” por Almeida (1976), e, posteriormente,
de “Rift Continental do Sudeste do Brasil” (RCSB) por Riccomini (1989).
O RCSB é uma depressão alongada de direção ENE, que se estende por
aproximadamente 900 km, paralelo à faixa litorânea do sudeste do Brasil. Este sistema
de idade cenozóica abrange, ainda, as bacias de Itaboraí, Macacu, Volta Redonda,
Resende, Taubaté, Curitiba, as formações Pariqüera-Açu e Alexandra, além dos
grábens de Guaraqueçaba, Cananéia, Sete Barras e Barra de São João (Figura 3).
Riccomini, Sant’Anna e Ferrari (2004) também incluiram, nesse sistema, os
depósitos de Cafundó e Bonfim, situados respectivamente entre as bacias de Volta
Redonda / Resende, e a sudeste da Bacia de Taubaté. Adicionalmente, pode-se
observar, na figura 3, os depósitos da Bacia de Santa Isabel – Igaratá, Tanque,
Pinhalzinho, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões-Piracaia-Nazaré Paulista (BISTRICHI,
2001), e da Bacia de Aiuruoca. Segundo Bistrichi (2001) e Riccomini, Sant’Anna e
18
Ferrari (2004) esses depósitos apresentam evidências de controle tectônico na fase de
deformação. A origem do RCSB está associada à abertura do Atlântico Sul e ao
conseqüente deslocamento da placa sul-americana (MELO, VINCENS E TUCHOLKA,
1985).
Figura 1: Mapa de localização da área de estudo.
19
Figura 2: Imagem de satélite mostrando a área da Mineradora Itaquareia 1, município de Itaquaquecetuba. Fonte: Google Earth, acessado em 12/01/2008.
2.2.1 Bacia de São Paulo
A Bacia Sedimentar de São Paulo está assentada sobre o embasamento pré-
cambriano (MELO, CAETANO e COIMBRA, 1986) e exibe um formato irregular, de 60 X
30 km, com duas ramificações: uma de Itaquaquecetuba para Poá e Mogi das Cruzes,
e outra da Lapa para Barueri, todas acompanhando o vale do rio Tietê; a maior
espessura dos sedimentos é observada no bairro da Mooca, onde atinge 290 m
(HASUI; CARNEIRO, 1980). A borda norte desta depressão tectônica encontra-se
marcada pelo sistema de falhas transcorrentes de Taxaquara e Jaguari (RICCOMINI,
SANT’ANNA e FERRARI, 2004).
20
21
Esta bacia possui um embasamento bastante irregular, o que resultou nas
variações de espessura do pacote sedimentar (HASUI; CARNEIRO, 1980). Encontra-se
circundada, ao norte por rochas cristalinas dos Grupos Açungui e São Roque
(metassedimentos e metabasitos) e granitóides sin e pós-tectônicos; e ao sul, pelo
Complexo Cristalino, constituído por rochas metassedimentares, plutônicas granitóides
e metabasitos além de gnaisses e migmatitos diversos (Figura 4).
Os sedimentos da Bacia de São Paulo são de origem flúvio-lacustre (HASUI;
CARNEIRO, 1980), provenientes das rochas pré-cambrianas circundantes (SUGUIO,
COIMBRA e CATTO, 1972). Além da Formação Itaquaquecetuba, também fazem parte
da Bacia de São Paulo, as formações Resende, Tremembé e São Paulo (Figura 5),
(RICCOMINI, SANT’ANNA e FERRARI, 2004).
2.2.2 Formação Itaquaquecetuba
Os sedimentos pertencentes à Formação Itaquaquecetuba foram estudados
primeiramente por Junqueira (1969), e posteriormente denominados “Aluviões Antigos
dos Rios Tietê e Pinheiros” (SUGUIO; TAKAHASHI, 1970; SUGUIO, 1971; e SUGUIO
et al., 1971) e “Camadas Cruzadas da Fase Butantã” (AB' SABER, 1978, 1980). O atual
termo “Formação Itaquaquecetuba” foi proposto por Coimbra, Riccomini e Melo (1983).
2.2.2.1 Sedimentologia
A Formação Itaquaquecetuba é restrita à Bacia de São Paulo e preenche
antigos canais fluviais, escavados diretamente sobre o substrato de rochas pré-
cambrianas (ALMEIDA et al., 1984). Observa-se, na unidade, o predomínio de areias
grossas, mal selecionadas, com grãos angulosos a sub-arredondados, o que indica
condições de curto transporte e proximidade da área-fonte; a análise mineralógica dos
22
sedimentos sugere sua proveniência direta das rochas do embasamento (COIMBRA,
RICCOMINI e MELO, 1983).
O arcabouço dessas rochas é constituído de quartzo e feldspato; os minerais
pesados estão representados por zircão, monazita, turmalina, sillimanita, estaurolita,
granada, cianita, espinélio, andaluzita e hornblenda; é bastante comum a cimentação
por marcassita, o que indica um ambiente redutor (COIMBRA, ATENCIO e BRANDT
NETO, 1980; COIMBRA, RICCOMINI e MELO, 1983).
Estes depósitos exibem espessos pacotes de arenitos e conglomerados, com
estratificações cruzadas acanaladas e planares e lentes argilosas (Figura 6); nos
sedimentos arenosos, destaca-se a presença de estratificações cruzadas tabulares e
tangenciais de médio porte, com mergulhos para NW e SW, que indicam paleocorrentes
deposicionais provenientes de NE e SE, o que também é comprovado pelo estudo de
orientação dos seixos imbricados (COIMBRA, RICCOMINI e MELO, 1983).
Na margem esquerda do rio Tietê, a presença de conglomerados e
estratificações cruzadas de porte médio, é menos freqüente, porém ocorrem camadas
argilosas espessas e contínuas. A cimentação é ferruginosa, com desenvolvimento de
crostas limoníticas. São encontrados também troncos silicificados e carbonificados
(COIMBRA, RICCOMINI e MELO, 1983).
Zanão, Castro e Saad (2006) definiram, na Mineradora Itaquareia 1
(município de Itaquaquecetuba), nove litofácies distintas, que são as seguintes:
conglomerado com estratificação cruzada acanalada; arenito grosso/conglomerático
com estratificação cruzada acanalada; arenito fino/grosso com estratificação cruzada
acanalada; arenito fino/médio com laminação horizontal; arenito moderadamente
argiloso; arenito muito argiloso; ritmito arenito – siltito carbonoso; lamito mal
selecionado, com grãos e seixos; e lamito síltico bem selecionado. Esses autores
reconheceram 8 ciclos sedimentares que são caracterizados pela diminuição
granulométrica em direção ao topo de cada ciclo. A base do ciclo é caracterizada pela
presença de arenitos conglomeráticos/grossos e o topo por lamitos.
23
24
Figura 5: Mapa Geológico da Bacia de São Paulo e da porção sudeste da Bacia de Taubaté. I - embasamento pré-cambriano; II – sistema de leques aluviais proximais da Formação Resende; III – sistema de leques aluviais medianos e distais associados à planície aluvial de rios entrelaçados da Formação Resende; IV – Formação Tremembé; V – Formação São Paulo; VI – Formação Itaquaquecetuba; VII – sedimentos quaternários; e VIII – falhas cenozóicas, em parte reativadas do embasamento pré-cambriano (RICCOMINI, SANT’ANNA e FERRARI, 2004).
Os depósitos desta formação sempre aparecem em cotas relativamente
baixas e atingem, na região de Itaquaquecetuba, cerca de 50 m de espessura, que
freqüentemente são capeadas por sedimentos quaternários (Figura 7) com
descontinuidade erosiva basal (MELO, VINCENS e TUCHOLKA, 1985). Uma seção
quaternária, com aproximadamente 7 metros de espessura, na região de
25
Itaquaquecetuba, foi datada em dois níveis por C14 e apresentou idades de 2.025 ± 30
anos A. P. e 5.195 ± 35 anos A. P. (MELO et al., 1987).
Com base em estudos tectônicos, Almeida et al. (1984) sugeriram que a
superfície original da formação não foi muito erodida, e estaria muito próxima do atual
topo erosivo.
a
b cFiguras: M. J. Garcia
a
b cFiguras: M. J. Garcia
Figura 6: Afloramento na Mineradora Itaquareia – Porto 1, Município de Itaquaquecetuba; (a) frente de exploração; (b) estratificações cruzadas; e (c) níveis orgânicos (cores mais escuras).
07/2002
26
Figura 7: Depósito de aluviões recentes (sedimentos mais escuros) sobrepostos à Formação Itaquaquecetuba (sedimentos arenosos). 2.2.2.2 Sistema deposicional
Devido à abundância de níveis arenosos com estratificações cruzadas e de
níveis conglomeráticos, Coimbra, Riccomini e Melo (1983) consideraram a área-tipo da
Formação Itaquaquecetuba como o resultado de depósitos marginais dentro de um
sistema fluvial anastomosado.
Posteriormente, Melo, Caetano e Coimbra (1986) incluíram os mesmos
depósitos descritos por Coimbra, Riccomini e Melo (1983) dentro da fácies de planície
de sistema fluvial entrelaçado (braided). Riccomini, Sant’Anna e Ferrari (2004) também
Aluviões recentes
Fm. Itaquaquecetuba
12/2005
27
consideraram os depósitos da seção-tipo da Formação Itaquaquecetuba como típicos
de um sistema braided.
Recentemente, Zanão, Castro e Saad (2006) propuseram para a área da
Mineradora Itaquareia Porto - 1 (situada no município de Itaquaquecetuba), um sistema
deposicional de leques aluviais, onde reconheceram fácies fluviais meandrantes
associadas a canais do tipo ribbon. Este é um tipo de canal fixo e estreito com razão
largura/profundidade menor que 15. De acordo com os autores, um canal do tipo ribbon
ocorre quando há soerguimento da área fonte e normalmente encontram-se associados
a leques aluviais.
2.2.2.3 Paleobotânica e paleopalinologia
Os fósseis encontrados na Formação Itaquaquecetuba estão representados
por megarrestos vegetais (troncos, folhas e frutos) e pelos microfósseis que, neste
caso, são alvo de estudos da paleopalinologia.
Os primeiros estudos paleontológicos realizados na unidade foram
desenvolvidos por Suguio (1971) e Suguio e Mussa (1978) com base em troncos
fósseis. No primeiro trabalho, os fósseis eram provenientes de um porto-de-areia, que
na ocasião, se localizava onde atualmente se encontra a raia olímpica da cidade
universitária “Armando Salles de Oliveira” da USP (às margens do rio Pinheiros,
município de São Paulo); no segundo estudo, eram provenientes da Mineradora
Itaquareia 1 (Município de Itaquaquecetuba). Tais espécimes vegetais encontram-se
referidos na tabela 1.
Fittipaldi (1990), em sua tese de doutorado, estudou folhas e frutos fósseis
coletados na mineradora Itaquareia 1, que estão apresentados na tabela 1.
Trabalhos anteriores de âmbito paleopalinológico foram desenvolvidos por
diversos autores e os resultados são mostrados nas tabelas 1, 2 e 3, o primeiro foi o de
Melo, Vincens e Tucholka (1985) a partir de uma amostra proveniente da seção-tipo da
unidade (Itaquareia 1, região de Itaquaquecetuba), segue-se o de Lima, Melo e
28
Coimbra (1991) que analisaram 5 amostras, 2 procedentes da seção-tipo no município
de Itaquaquecetuba e 3 do município de Barueri. Posteriormente, Yamamoto (1995),
em sua dissertação de mestrado, trabalhou com diversas amostras nas mineradoras
Itaquareia 1 e 2. Mais recentemente, os estudos palinológicos foram retomados por
Santos, De Oliveira e Garcia (2004); Garcia et al. (2004); Santos (2005); e Santos et al.
(2006 a, b) nas mineradoras Itaquareia 1 (seção-tipo e seções paralelas), 2 e 3 que
devido ao avanço da extração de areia, atualmente, formam uma única mina.
A palinoflora extraída dos sedimentos da Formação Itaquaquecetuba é bem
diversificada e está representada por angiospermas, gimnospermas, briófitas,
pteridófitas, fungos e algas, entre estas, Yamamoto (1995) citou a presença de
Chomotriletes circulus e C. rubinus que são, normalmente, classificados como esporo e
outros autores identificam como Pseudoschizaea.
Os palinomorfos referidos por diversos autores são apresentados nas tabelas
1, 2 e 3, que foram organizadas em ordem alfabética das famílias (com base na
afinidade botânica dos fósseis com a flora atual, seguiu-se à proposta dos próprios
autores).
Tabela 1: Palinomorfos e macrofitofósseis de angiospermas, gimnospermas, briófitas e pteridófitas referidos por diversos autores para a Formação Itaquaquecetuba.
Famílias Representantes Fósseis Autores
Acanthaceae Areolipollis sp.1 e Areolipollis sp.2 Yamamoto (1995)
Alismataceae Echinodorus rossiae Fittipaldi (1990)
Amaranthaceae Fenestrites sp.1 e Fenestrites sp.2 Santos (2005)
Anacardiaceae Astronioxylon mainieri Suguio; Mussa (1978)
Apocynaceae Psilastephanoporites herngreenii Santos (2005)
Aquifoliaceae Ilexpollenites sp. Yamamoto (1995), Santos (2005) e Santos
et al. (2006 a) Aspleniaceae /
Dryopteridaceae / Thelypteridaceae
Perinomonoletes sp. Yamamoto (1995)
29
Famílias Representantes Fósseis Autores
Cichoreacidites spp., Compositoipollenites sp.1, Compositoipollenites sp.2 e Compositoipollenites spp.
Yamamoto (1995) Asteraceae
Cichoreacidites (Fenestrites) spinosus, Compositoipollenites
echinatus e Compositoipollenites sp.
Santos (2005) e Santos et al. (2006 a)
Aytoniaceae Reboulisporites fuegiensis e Reboulisporites spp.
Yamamoto (1995)
Balantiopsidaceae Isotachis simonesi Fittipaldi (1990) Betulaceae Alnipollenites verus Yamamoto (1995) e
Santos (2005) Blechnaceae Verrucatosporites usmensis Lima, Melo e Coimbra
(1991), Yamamoto (1995), Santos (2005) e
Santos et al. (2006b) Bombacacidites sp.3 e Bombacacidites spp.
Yamamoto (1995) Bombacaceae
Bombacacidites sp.1 e Bombacacidites sp.2
Santos (2005)
Cássia rosleri e Schizolobium inaequilaterum
Fittipaldi (1990)
Margocolporites vanwijhei Melo, Vincens e Tucholka (1985), Lima, Melo e Coimbra (1991),
Yamamoto (1995), Garcia et al. (2004),
Santos (2005) e Santos et al. (2006a)
Fabaceae Caesalpinoidea
Striatopollis bellus Santos (2005)
Chenopodiaceae Scabraperiporites nativensis Santos (2005)
Convolvulaceae Perfotricolpites digitatus Lima, Melo e Coimbra (1991), Yamamoto
(1995), Santos (2005) e Santos et al. (2006a)
Cyathidites sp. Yamamoto (1995) Cyatheaceae Cyatheacidites sp. Santos (2005) Lindsaea pradoi Fittipaldi (1990) Dennstaedtiaceae
Deltoidospora africana Santos (2005) Dictyophyllidites sp. Matonisporites
spp. Yamamoto (1995) Dicksoniaceae
Dictyophyllidites trilobiformis Santos (2005)
30
Famílias Representantes Fósseis Autores
Elaeocarpaceae aff. Sloanea sp. Suguio (1971) Ephedripites fusiformis Yamamoto (1995) Ephedraceae
Ephedripites sp. Santos (2005) Ericaceae Ericipites spp. Yamamoto (1995)
Crototricolpites aff. C. annemariae, Psilatricolporites operculatus e
Malvacipollis spinulosa
Yamamoto (1995) Euphorbiaceae
Crototricolpites annemariae Yamamoto (1995), Santos (2005) e Santos
et al. (2006 a) Fabaceae Faboideae
Machaerium piranii e Sophora giuliettiae
Fittipaldi (1990)
Hymenophylaceae Hymenophyllum magallanicum Santos (2005) Lauraceae Ocotea pulchelliformis Fittipaldi (1990)
Lophosoriaceae Cyatheacidites annulatus Yamamoto (1995)
Loranthaceae Lorantaceidites sp. Santos (2005)
Camarozonosporites decorus e Lycopodiumsporites cf. L.
novomexicanum
Lima, Melo e Coimbra (1991)
Lycopodiumsporites austroclavatidites
Lima, Melo e Coimbra (1991) e Santos (2005)
Camarozonosporites grootii, Plicatella spp. e Sestrosporites sp.
Yamamoto (1995)
Hamulatisporis sp. e Inundatisporis sp.
Yamamoto (1995) e Santos (2005)
Lycopodiaceae
Leptolepdites verrucatus Santos (2005) Byrsonima bullata Fittipaldi (1990)
Psilastephanoporites sp. Lima, Melo e Coimbra (1991).
Perisyncolporites pokornyi Lima, Melo e Coimbra (1991), Yamamoto (1995), Garcia et al.
(2004) e Santos et al. (2006 a)
Malpighiaceae
Miocaenipollis sp. Santos (2005) Malvacipollis cf. M. subtilis Lima, Melo e Coimbra
(1991) Malvaceae
Malvacearumpollis estelae Yamamoto (1995) Malvaceae /
Nyctaginaceae Magnaperiporites spinosus Lima, Melo e Coimbra
(1991), Yamamoto (2005), Garcia et al.
(2004) e Santos (2005)
31
Famílias Representantes Fósseis Autores
Malvaceae / Bombacaceae
Compositoipollenites maristellae e Compositoipollenites aff. C.
maristellae
Yamamoto (1995)
aff. Miconia sp. Suguio (1971) Bertolonia coimbrai Fittipaldi (1990)
Melastomataceae
Psilastephanocolporites sp. 2 Santos (2005)
aff. Piptadenia sp. Suguio (1971) Piptadenioxylon chimeloi Suguio; Mussa (1978)
Piptadenia tertiaria Fittipaldi (1990) Polyadopollenites sp. Yamamoto (1995) Acaciapollenites sp. Santos (2005)
Fabaceae Mimosoideae
Quadraplanus sp. Lima, Melo e Coimbra (1991), Yamamoto
(1995), Garcia (2004), Santos (2005), Santos et
al. (2006 a) Myrcia cf. M. rostrataformis e
Psidium paulense Fittipaldi (1990) Myrtaceae
Myrtaceidites sp. Yamamoto (1995) e Santos (2005)
Nyctaginaceae e /ou Portulacaceae
Lymingtonia cenozóica Yamamoto (1995)
Corsinipollenites jussiaensis. Lima, Melo e Coimbra (1991)
Corsinipollenites cf. C. oculus-noctis, Crassiorites aff. C. australis
e Crassiorites sp.
Yamamoto (1995)
Corsinipollenites undulatus Lima, Melo e Coimbra (1991), Yamamoto
(1995) e Santos (2005)
Onagraceae
Crassiorites australis Santos (2005) Baculatisporites sp. Yamamoto (1995) e
Santos (2005) Baculatisporites primarius
primarius, Biretisporites sp.1 e Biretispotites sp.2
Santos (2005)
Osmundaceae
Biretisporites potoniei Santos et al. (2006 a) Palmae Psilamonocolpites cf. P. medius Lima, Melo e Coimbra
(1991) Palmae / Liliaceae /
Amaryllidaceae / Iridaceae
Liliacidites sp. B Yamamoto (1995)
32
Famílias Representantes Fósseis Autores
aff. Centrolobium sp. e af. Myrocarpus sp.
Suguio (1971) Fabaceae Papilionoideae
Myrocarpoxylon sanpaulense
Suguio; Mussa (1978)
Pityosporites cf. P. microalatus e Pityosporites sp.
Lima, Melo e Coimbra (1991)
Pinaceae
Pityosporites cf. P. elongatus
Santos (2005) e Santos et al. (2006b)
Poaceae Graminidites spp. Yamamoto (1995), Santos (2005) e Santos
et al. (2006 a) Podocarpidites spp. Yamamoto (1995) e
Santos (2005) Podocarpidites sp. Melo, Vincens e
Tucholka (1985), Santos et al. (2006 a,b)
Dacrydiumites florinii Lima, Melo e Coimbra (1991), Yamamoto (1995), Garcia et al.
(2004), Santos (2005) e Santos et al. (2006 a, b)
Podocarpidites cf. P. sellowiformis Lima, Melo e Coimbra (1991)
Podocarpaceae
Podocarpidites embryonalis e P. marwickii
Garcia et al. (2004)
Polygonaceae Persicarioipollis sp. Yamamoto (1995) e Santos (2005)
Polypodiaceiosporites sp. e Verrucatosporites spp.
Yamamoto (1995)
Polypodiaceiosporites gracillimus Lima, Melo e Coimbra (1991)
Polypodiaceae
Polypodiaceiosporites potoniei Melo, Vincens e Tucholka (1985), Lima, Melo e Coimbra (1991), Santos (2005) e Santos
et al. (2006 a,b) Proteacidites symphyonemoides Yamamoto (1995) Proteaceae
Propilypollis sp, Proteacidites dehaani e Proteacidites cf. P.
rectomarginatus
Santos (2005)
Tocoyena riccominii Fittipaldi (1990) Rubiaceae Retistephanocolpites gracilis e
Retistephanocolporites sp. Santos (2005) e Santos
et al. (2006 a)
33
Famílias Representantes Fósseis Autores
Salviniaceae Azolla spp e Salvinia spp. Yamamoto (1995) e Santos (2005)
Matayboxylon tietensis Suguio; Mussa (1978) Serjania itaquaquecetubensis e S.
lancifolia Fittipaldi (1990)
Sapindaceae
Cupanieidites cf. C. orthoteichus Yamamoto (1995) Cicatricosisporites dorogensis Lima, Melo e Coimbra
(1991), Yamamoto (1995), Santos (2005), Santos et al. (2006 a,b)
Cicatricosisporites aff. C. baculatus, Cicatricosisporites spp.
Yamamoto (1995)
Appendicisporites sp. Lima, Melo e Coimbra (1991)
Cicatricosisporites baculatus e Cicatricosisporites sp.
Santos (2005)
Schizaeaceae
Plicatella sp. Santos (2005) e Santos et al. (2006a)
Symplocaceae Symplocoipollenites vestibulum e Symplocoipollenites sp.
Santos (2005)
Tiliaceae Luehea divaricatiformis Fittipaldi (1990) Typhaceae /
Sparganiaceae Sparganiaceaepollenites sp. Yamamoto (1995) e
Santos (2005) Ulmaceae Ulmoideipites krempii Lima, Melo e Coimbra
(1991), Yamamoto (1995), Garcia et al.
(2004), Santos (2005) e Santos et al. (2006a)
Vochysiaceae Qualeoxylon itaquaquecetubense Suguio; Mussa (1978) Winteraceae Pseudowinterapollis couperi Yamamoto (1995) e
Santos (2005)
34
Tabela 2: Palinomorfos fósseis de algas referidos por diversos autores para a Formação Itaquaquecetuba.
Família Representantes Fósseis Autores
Botryococcus spp. Yamamoto (1995) Dictyosphaeriaceae
Botryococcus sp. Santos (2005)
Pediastrum sp. 1 Yamamoto (1995) Hydrodictyaceae Pediastrum sp e Tetraëdron sp. Santos (2005).
Ovoidites parvus Lima, Melo e Coimbra (1991) e Santos (2005)
Ovoidites aff. O. parvus, Ovoidites sp.2, Peltacystia sp.1,
Peltacystia sp.2, Peltacystia sp.3, e Peltacystia spp.
Yamamoto (1995)
Zygnemataceae Clathrospora sp., Cosmarium sp., Mougeotia spp., Ovoidites
rugulatus, Ovoidites sp.1, Ovoidites sp.2, Penium sp. e
Spirogyra sp.
Santos (2005)
Tabela 3: Palinomorfos fósseis de fungos referidos por diversos autores para a Formação Itaquaquecetuba.
Representantes Fósseis Autores
Inapertisporites spp., Mediaverrusporonites sp. e Monoporisporites spp.
Yamamoto (1995)
Amerosporae
Diporisporites sp., Hypoxilonites fusiformis, Hypoxilonites sp., Inapertisporites circularis,
Inapertisporites sp., Lacrimasporonites ovalis, Lacrimasporonites sp.1, Lacrimasporonites sp.2,
Lacrimasporonites sp.3, Nigrospora sp., Polyadosporites sp. e Spirotremesporites sp.
Santos (2005)
Dyadosporonites spp.
Yamamoto (1995) e Santos (2005) Didymosporae
Chaetosphaerites sp., Dicellaesporites aculeolatus, Dicellaesporites fusiformis, Dicellaesporites minutus,
Dicellaesporites spp., Fusiformisporites sp., e Striadyadosporites constrictus.
Santos (2005)
35
Representantes Fósseis Autores
Phragmothyrites spp. Yamamoto (1995) Microthyriaceae
Phragmothyrites eocenica Santos (2005)
Pluricellaesporites spp. Yamamoto (1995)
Phragmosporae Diporicellaesporites sp., Multicellaesporites spp., Pluricellaesporites rectangulata, Pluricellaesporites
sp.1, e Pluricellaesporites sp.2.
Santos (2005)
Staurosporae Tipo Spegazzinia Santos (2005)
2.2.2.4 Paleoambiente e paleoclima
O estudo dos lenhos fósseis provenientes da Formação Itaquaquecetuba
indicou um paleoclima tropical úmido para a época de sedimentação dessa unidade
(SUGUIO, 1971; SUGUIO; MUSSA, 1978). No primeiro trabalho, foi ressaltada a
abundância desses troncos, que estaria associada a um ambiente redutor. Porém,
Suguio (1980), não descartou a possibilidade, dessa unidade, ter sido depositada sob a
vigência um clima semi-árido, e que tais lenhos estariam relacionados às matas-galeria
que se desenvolveram ao longo dos cursos d’água.
Coimbra, Riccomini e Melo (1983), com base nas características
mineralógicas de detritos e num sistema fluvial entrelaçado (típico de clima árido),
sugeriram a vigência de um paleoclima semi-árido durante o preenchimento sedimentar
da unidade. Estes autores ressaltaram a abundância de estratificações cruzadas nos
níveis arenosos associados aos troncos, e interpretaram a presença de tais fósseis,
como resposta às condições da rápida sedimentação, já que um ambiente redutor
implicaria em águas estagnadas, ou seja, sem a presença de correntes e conseqüentes
estratificações.
A abundância de minerais instáveis foi interpretada por Coimbra, Riccomini e
Melo (1983) como evidência de clima semi-árido, porém Riccomini (1989) reconheceu
36
que estes minerais poderiam ter sido preservados sob condições úmidas desde que
associados a um tectonismo ativo e rápido soterramento. A idéia de um tectonismo
ativo, numa área de alto declive e uma rápida sedimentação, também foi sugerida
anteriormente por Suguio e Takahashi (1970), que constataram o feldspato, ser um
mineral de fácil decomposição, quando submetido ao intemperismo, somente se
preservaria se fosse rapidamente soterrado.
Ricccomini (1989), ao apresentar os resultados palinológicos dos sedimentos
da Cidade Universitária da USP, sugeriu um clima úmido devido à alta
representatividade de esporos de pteridófitas. Fittipaldi (1990) indicou para a área um
paleoclima tropical úmido com base no estudo das folhas fósseis. Lima, Melo e Coimbra
(1991) discordaram de tais interpretações, sugeriram um clima relativamente frio, com
base na exuberante associação de grãos de pólen de coníferas e na escassez de grãos
de pólen indicativos de clima quente e úmido.
Os estudos paleopalinológicos realizados por Yamamoto (1995) indicaram
para a porção inferior (Neo-oligoceno) da formação, um clima tropical quente e úmido e,
para a porção superior (Eomioceno), um clima subtropical-tropical, quente e úmido.
Santos et al. (2006 a,b) sugeriram a vigência de um paleoclima subtropical úmido no
Neo-eoceno-Oligoceno e temperado úmido a subtropical transicional no Mioceno.
2.2.2.5 Idade
Os diversos trabalhos que foram realizados no âmbito da Formação
Itaquaquecetuba foram com o objetivo de reconhecer a idade desses depósitos.
Datações radiométricas pelo método 14C realizadas por Suguio (1971) e
Bigarella (1971), em troncos fósseis, forneceram idades mínimas superiores há 40.000
anos, o que levou os autores a admitirem uma idade quaternária para a Formação
Itaquaquecetuba. Posteriormente, Melo, Vincens e Tucholka (1985), através de estudos
paleomagnéticos, constataram um evento de polaridade reversa que forneceram idades
superiores há 730.000 anos. Esses mesmos autores, baseando-se em análises
37
paleopalinológicas de amostras coletadas na seção-tipo (Mineradora Itaquareia 1,
município de Itaquaquecetuba), mais especificamente, na presença de Margocolporites
vanwijhei, sugeriram uma idade neo-eocena para essa formação.
Outros trabalhos de cunho paleopalinológico foram realizados posteriormente,
sugerindo idades paleógenas e neógenas. Melo, Caetano e Coimbra (1986) sugeriram
idade mesoeocena e eo-oligocena; Lima, Melo e Coimbra (1991) atribuíram a idade
oligocena com base em duas amostras coletadas na seção-tipo e três amostras
provenientes do município de Barueri; Yamamoto (1995) estudou diversas amostras da
Mineradora Itaquareia 1 e 2 (município de Itaquaquecetuba), e sugeriu que a deposição
ocorreu durante o Neo-oligoceno - Eomioceno; trabalhos mais recentes realizados por
Santos et al. (2006 a, b) também na Mineradora Itaquareia 1 (incluindo a seção-tipo e
seções paralelas) indicaram idade neoeocena a miocena. Neste último caso, os
sedimentos miocenos encontravam-se nos níveis superiores da seção-tipo (hoje
totalmente explorada) e apresentavam, também dentro do Mioceno, o retrabalhamento
de sedimentos neoeocenos e oligocenos (SANTOS et al., 2006 a,b).
O possível retrabalhamento de sedimentos mais antigos dentro do Mioceno
da Formação Itaquaquecetuba já vem sendo cogitado há algum tempo. Suguio e
Takahashi (1970), com base nas análises granulométricas de amostras provenientes de
portos de areia da Cidade Universitária, no município de São Paulo, e do município de
Carapicuíba, sugeriram que os sedimentos que constituem estes depósitos são
derivados de rochas do embasamento cristalino e do retrabalhamento de sedimentos
da Formação São Paulo.
Riccomini (1989) considerou a Formação Itaquaquecetuba como depósitos
neógenos, com base em argumentos de ordem paleontológica, sedimentológica e
tectônica. Riccomini, Sant’Anna e Ferrari (2004) interpretaram esta unidade como
eomiocena, com base nos dados da análise paleopalinológica de Yamamoto (1995),
que sugeriu também esta idade para o topo da formação. Para justificar a idade mais
antiga proposta por todos os autores que tiveram como ferramenta de datação a
paleopalinologia, Riccomini, Sant’Anna e Ferrari (2004), interpretaram os megaclastos
de siltitos arenosos e de folhelhos, ricos em vegetais, presentes nessa formação, como
38
resultantes de retrabalhamento de antigos depósitos da Formação São Paulo, ou seja,
o material utilizado nas análises paleopalinológicas seria de origem extraclástica.
A figura 8 apresenta a comparação de diversos autores quanto à idade da
Formação Itaquaquecetuba.
2.2.3 Tectônica e evolução
Na Formação Itaquaquecetuba, as estruturas tectônicas são divididas em 2
principais grupos: as estruturas antigas do Neoproterozóico e as estruturas mais jovens
que estão relacionadas com a reativação Mesozóico-Cenozóica da Plataforma
Continental Sul Americana (ALMEIDA et al., 1984; MELO, CAETANO e COIMBRA
1986).
Figura 8: Idades propostas para a Formação Itaquaquecetuba.
As estruturas antigas estão representadas pela foliação metamórfica das
rochas pré-cambrianas (figura 9), juntas e falhamentos transcorrentes com associação
de rochas miloníticas; as juntas afetam as rochas do embasamento e raramente
ocorrem afetando os sedimentos da Formação (ALMEIDA et al., 1984).
39
Fotos: D. B. SantosFotos: D. B. Santos
Figura 9: Foliação metamórfica das rochas do embasamento Pré-Cambriano, aflorantes na Mineradora Itaquareia, Porto Antero 1.
As estruturas mais jovens estão representadas pelas falhas normais ou com
rejeito oblíquo e pelas falhas inversas. As falhas de caráter normal são as
predominantes nestes depósitos, enquanto as falhas inversas são muito raras
(COIMBRA, RICCOMINI e MELO, 1983; ALMEIDA et al., 1984). De acordo com esses
autores, o estudo das falhas normais e de rejeito oblíquo, revelou uma clara relação
destas, com as estruturas mais antigas; o que indica que são oriundas da reativação,
com caráter normal, dos falhamentos transcorrentes, representados pelas falhas de
Taxaquara ou Alto de Fartura.
A Formação Itaquaquecetuba encontra-se cortada por falhas
preferencialmente de direção ENE e NNW (COIMBRA, RICCOMINI e MELO, 1983;
ALMEIDA et al., 1984; MELO, CAETANO e COIMBRA, 1986, RICCOMINI, 1989). Os
indícios de atividades tectônicas sin-sedimentares são sugeridos pela presença de
brechas que afetam o embasamento e a base dos sedimentos, pelas cunhas clásticas
junto às falhas, alternadas com sedimentos pelíticos, e pela presença de blocos
basculados com níveis de argila orgânica, que através de falhas, estão em contato com
blocos de sedimento em posição normal. As atividades tectônicas pós-sedimentares
estão representadas pelas falhas que truncam todo o pacote sedimentar (COIMBRA,
RICCOMINI e MELO, 1983; ALMEIDA et al., 1984).
12/2005
40
Nos trabalhos de campo realizados na Mineradora Itaquareia - Porto 1
(Município de Itaquaquecetuba, SP) para a elaboração deste trabalho, constatou-se a
presença de falhamentos de caráter normal, que afetam todo o pacote sedimentar
Terciário, assim como os sedimentos quaternários (Figuras 10 a, b). Tais falhamentos
sugerem que as atividades tectônicas, embora menos freqüentes, se registraram na
área, até tempos relativamente recentes.
Os eixos de deformação das estruturas tectônicas encontradas na Formação
Itaquaquecetuba mostraram bastante semelhança com os eixos obtidos para as bacias
de Volta Redonda, Resende e Taubaté, o que sugere uma contemporaneidade entre
essas áreas (ALMEIDA et al., op. cit.).
a
Fotos: D. B. Santos
b
a
Fotos: D. B. Santos
b
Figura 10: Falhamentos que afetam os depósitos da Formação Itaquaquecetuba, Mineradora Itaquareia 1: a) falha normal pós-sedimentar em relação à Fm. Itaquaquecetuba e sin-sedimentar em relação aos sedimentos quaternários; b) falha de caráter normal pós-sedimentar. Foto: 12/2005. Conforme o modelo tectônico de origem e evolução do segmento central
do RCSB (que inclui as bacias de São Paulo, Taubaté, Resende, Volta Redonda e os
depósitos da região de Bonfim e Cafundó), proposto por Riccomini (1989) e reforçado
por Salvador e Riccomini (1995) e Riccomini, Sant’Anna e Ferrari (2004), as zonas de
cisalhamento neoproterozóicas de direções ENE a E-W foram reativadas durante o
12/2005
41
Paleógeno como falhas normais, num campo distensivo de direção NNW-SSE, que
resultou na instalação das bacias. Nas fases tectônicas deformadoras deste segmento,
ter-se-ia inicialmente a fase de transcorrência que se desenvolveu como transcorrência
sinistral de direção E-W, com extensão NW-SE e, localmente, compressão NE-SW no
Neógeno (Mioceno?) e posteriormente como dextral com compressão NW-SE durante o
Pleistoceno Superior - Holoceno (Figuras 11 a,b,c).
Os movimentos transcorrentes sinistrais teriam favorecido a geração de
transpressão e transtração, a fase de transtração estaria relacionada com formação de
bacia tipo pull-apart (Formação Itaquaquecetuba), e a transpressão com movimentos na
área central da Bacia de Taubaté, formação da Soleira de Queluz e a formação da
Soleira de Arujá, sendo esta ultima responsável pela separação da drenagem dos rios
Tietê e Paraíba do Sul (RICCOMINI, 1989).
Na fase de transcorrência dextral são geradas novas soleiras como, os altos
estruturais de Caçapava e Resende, Soleira de Floriano-Barra Mansa e o alto que
separa os sedimentos da Bacia de Volta Redonda do Gráben Casa de Pedra
(RICCOMINI, 1989).
Posteriormente, a área foi afetada por um outro evento deformador,
desenvolvido no Holoceno, com caráter distensivo (Figura 11 d), que resultou no atual
contorno destes depósitos (RICCOMINI, SANT’ANNA e FERRARI, 2004).
A alternância entre transcorrência sinistral e dextral está provavelmente relacionada
com o balanço entre a taxa de abertura do Oceano Atlântico e a taxa de subducção da
Placa de Nazca sob a placa Sul Americana. A movimentação da Placa Sul Americana
para W, em relação às estruturas tectônicas do RCSB, geraria trancorrência dextral
quando a taxa de abertura fosse mais elevada que a de subducção, no caso oposto ter-
se-ia a transcorrência sinistral (RICCOMINI, 1989).
Diversos autores (como RICCOMINI, 1989; RICCOMINI, SANT’ANNA e
FERRARI, 2004; entre outros), acreditam que as bacias que compõem o segmento
central do RCSB formavam uma única depressão tectônica, e que a sua
individualização estaria relacionada com as fases de deformações ocorridas após a
instalação deste segmento; a ocorrência isolada de sedimentos nas áreas de
separação entre as bacias é tomada pelos autores como evidência para tal hipótese.
42
43
Porém, esta questão é ainda bastante discutida.
Ramos et al. (2006) acreditaram que o segmento central do RCSB seria
originalmente segmentado, ou seja, não havia nenhuma ligação física entre essas
bacias e que essas poucas áreas de pequenos acúmulos sedimentares entre as
regiões de separação das bacias demonstram que as mesmas já ocuparam áreas
maiores, mas não contínuas. Ramos et al. (2006) não descartaram a possibilidade de
que o segmento central do RCSB tenha pertencido a uma só grande bacia hidrográfica,
porém ressaltaram que os sedimentos que as preenchem atualmente tiveram suas
principais áreas-fonte distintas.
2.3 Características atuais
2.3.1 Geomorfologia
Os estudos geomorfológicos no Estado de São Paulo permitiram a Almeida
(1964) compartimentar o relevo em cinco unidades geomorfológicas: Planalto Atlântico,
Província Costeira, Depressão Periférica, Cuestas Basálticas e Planalto Ocidental
(Figuras 12 e 13).
A província geomorfológica do Planalto Atlântico é caracterizada como uma
região de terras altas, formada por rochas pré-cambrianas e cambro-ordovicianas, e
pelos depósitos das bacias de São Paulo e Taubaté. Essa região foi dividida por
Ponçano (1981) em zonas e subzonas.
A área de estudo insere-se dentro do contexto da zona do Planalto Paulistano
que se encontra distribuído numa área de cerca de 5 000 km² de relevo suavizado com
morros cuja altitude, em sua maioria, situa-se entre 715 e 900 metros e, constitui-se
litologicamente de filitos, gnaisses, migmatitos, micaxistos e algumas intrusões
graníticas com elevações superiores aos terrenos circundantes, a área é drenada pelo
Rio Tietê e alguns tributários (PONÇANO, 1981), (Figura 14).
44
O Planalto Paulistano é subdividido em duas subzonas: Morraria do Embu e
Colinas de São Paulo. A primeira é formada por colinas, morrotes e morros. Já a
segunda, se desenvolve sobre os sedimentos da Bacia de São Paulo e das rochas pré-
cambrianas adjacentes, constituindo-se por colinas e morrotes; as colinas são
envolvidas por morros pertencentes a outras zonas geomorfológicas (PONÇANO,
1981). Um mapa geomorfológico mais detalhado que abrange a área de estudos é
apresentado na figura 15.
Figura 12: Províncias geomorfológicas do Estado de São Paulo. Fonte: Laboratório de Modelagem 3D, UNESP.
45
46
47
Figura 15: Mapa geomorfológico da região de estudos (PONÇANO et al., 1981).
48
2.3.2 Clima
O Planalto Atlântico apresenta variações climáticas que são diretamente
ligadas à altitude, relevo e sua proximidade com o Oceano Atlântico (cerca de 45 km)
Tarifa e Armani (2000).
Na região central do Estado de São Paulo predominam o clima tropical
atlântico e o tropical de altitude nas porções mais altas do relevo; geadas esporádicas
podem ocorrer durante o inverno nas montanhas com altitude acima de 1.200 m e nas
províncias geomorfológicas do Planalto Ocidental e Depressão Periférica (BIBLIOTECA
VIRTUAL DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2007).
O município de Itaquaquecetuba encontra-se numa altitude média de 790 m
acima do nível do mar e, possui uma temperatura mínima média de 16°C, máxima
média de 22.9°C e uma pluviosidade anual média de 1.382.4 mm (Tabela 4), segundo a
classificação climática de Koeppen (baseada em dados mensais pluviométricos e
termométricos), abrange o tipo climático Cwa (CEPAGRI/UNICAMP, 2007). Este tipo
climático é predominante no Planalto Atlântico e se caracteriza por um clima tropical de
altitude, com chuva no verão e seca no inverno (BIBLIOTECA VIRTUAL DO GOVERNO
DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2007).
2.3.3 Vegetação
A vegetação do Estado de São Paulo é bastante diversificada. Devido à sua
posição geográfica, estão presentes elementos característicos de floras tropicais e
subtropicais. Na Serra do Mar, ocorre a Floresta Ombrófila Densa, que se estende para
o interior do planalto em várias formas de Florestas Mesófilas Semidecíduas; as áreas
abertas do Planalto Ocidental e Depressão Periférica são dominadas pelos Cerrados,
incluindo desde os campos sujos até os cerradões. Nas regiões com altitudes
superiores aos 1.500 m, ocorrem as Florestas Montanas e, acima de 2.000 m, os
49
Campos de Altitude; na região costeira ocorre vegetação típica de restingas, dunas e
manguezais (WANDERLEY, SHEPHERD e GIULIETTI, 2002).
Tabela 4: Dados sobre temperatura do ar e chuva no município de Itaquaquecetuba
(CEPAGRI/UNICAMP, 2007).
TEMPERATURA DO AR (C) CHUVA (mm) MÊS Mínima média Máxima média Média
JAN 17.3 28.3 22.8 233.3 FEV 17.6 28.3 22.9 213.2 MAR 16.7 27.9 22.3 163.3 ABR 14.0 25.9 20.0 73.7 MAI 11.3 23.9 17.6 66.0 JUN 9.7 22.7 16.2 51.5 JUL 9.1 22.9 16.0 36.7 AGO 10.3 24.7 17.5 36.5 SET 12.3 25.7 19.0 72.2 OUT 14.0 26.4 20.2 109.1 NOV 15.1 27.2 21.1 134.7 DEZ 16.5 27.3 21.9 192.2 Ano 13.7 25.9 19.8 1382.4 Min 9.1 22.7 16.0 36.5 Max 17.6 28.3 22.9 233.3
A área de estudos encontra-se inserida na região representada pela
quadrícula E7 do sistema de quadrículas de Wanderley, Shepherd e Giulietti (2002);
estes autores assinalaram para esta região a presença de diversas famílias como:
Agavaceae, Amaranthaceae, Aqüifoliaceae, Aristolochiaceae, Balsaminaceae,
Brassicaceae, Caricaceae, Chloranthaceae, Connaraceae, Droseraceae,
Hydrocharitaceae, Lentibulariaceae, Lythraceae, Myristicaceae, Olacaceae,
Papaveraceae, Plantaginaceae, Polygalaceae, Portulacaceae, Proteaceae, Rutaceae,
Santalaceae, Theaceae, Tiliaceae, Violaceae, Vitaceae, entre outras.
50
3 METODOLOGIA
3.1 Campo
As atividades de campo foram realizadas nos anos de 2005 – 2007 na
Mineradora Itaquareia 1, Porto de Areia 1 (que atualmente engloba, também, os portos
2 e 3), no município de Itaquaquecetuba, São Paulo, onde afloram os sedimentos da
Formação Itaquaquecetuba.
Zanão, Castro e Saad (2006), levantaram e correlacionaram, neste porto de
areia, 10 perfis estratigráficos que distam aproximadamente 20 metros entre si, com
uma altura média de 40 metros. 55 amostras foram coletadas ao longo da seção
levantada por Zanão, Castro e Saad (2006), 11 amostras em dois perfis, com 4 e 6
metros de espessura, levantados abaixo da seção reconhecida por esses autores, e 2
amostras logo acima do embasamento pré-cambriano. Nos pontos de coleta, foram
retirados e descartados os 10 cm de sedimento da camada superficial do afloramento,
para posterior coleta das amostras.
O posicionamento estratigráfico das amostras pode ser visualizado na figuras
16 e 17. A figura 18 mostra o afloramento onde foram levantados os perfis.
51
Figura 16: Ponto de coleta das amostras IQ42 e IQ43, logo acima do embasamento.
52
53
54
3.2 Laboratório
As amostras foram codificadas e registradas no livro de processamento do
Laboratório de Palinologia e Paleobotânica “Prof. Dr. Murilo Rodolfo de Lima”, da
Universidade Guarulhos.
Antes de iniciar-se o processamento químico das amostras, foi retirada a
camada superficial de cada fragmento utilizado, e a porção restante foi aquecida no
bico de bunsen. Com esta técnica procura-se evitar a contaminação das amostras e a
proliferação de fungos.
A metodologia de processamento químico das amostras baseou-se em
Uesugui (1979), com algumas modificações. Os procedimentos envolveram as
seguintes etapas:
- pesagem de 20g de amostra.
- tratamento com ácido fluorídrico (HF) para eliminação da sílica.
- adição de ácido clorídrico (HCl) para eliminação dos silicofluoretos formados no
processo anterior.
- Eliminação da matéria orgânica com hidróxido de potássio (KOH) a 10%.
Entre cada etapa foram realizadas 3 a 4 lavagens, com água deionizada, por
decantação, a fim de eliminar os resíduos dos ácidos do processo anterior. A adição do
marcador exótico, Lycopodium clavatum (para fins estatísticos), foi realizada ainda
durante o processamento químico, segundo a técnica de Stockmarr (1979). Para cada
20g de sedimento bruto foi adicionada 1 pastilha , contendo 12.542 ± 114 esporos.
Foram montadas lâminas permanentes em entellan e semi-permanentes
com glicerina. As lâminas encontram-se depositadas no Laboratório de Palinologia e
Paleobotânica “Prof. Dr. Murilo Rodolfo de Lima”, da Universidade Guarulhos sob os
códigos de coleta das amostras.
55
3.2.3 Análise das Lâminas e Documentação Fotomicrográfica
As lâminas foram analisadas ao microscópio óptico Olympus BX51, com
câmera digital acoplada, em transectos horizontais e verticais, onde foi realizada a
documentação fotográfica, analise qualitativa e a quantitativa. As coordenadas dos
espécimes na lâmina foram feitas através de uma outra lâmina denominada England
Finder. Para tanto, se utilizou laminas em entellan. Em poucos casos, em que o
palinomorfo só foi observado em lâminas moveis (glicerina), foi registrada a coordenada
aproximada do espécime.
Os palinomorfos foram fotomicrografados, preferencialmente, em aumento de
100X (imersão) e em alguns casos em aumento de 40X. Nesta etapa, utilizaram-se as
lâminas montadas em glicerina que, permitem a movimentação dos grãos de pólen e
esporos e conseqüente visualização em diversos ângulos. Esta técnica permite uma
melhor identificação do material.
Ainda durante a realização das fotomicrografias, foram observadas e
anotadas as características morfológicas dos palinomorfos que, em alguns casos,
permitiram a identificação imediata dos mesmos.
Para a identificação do material foi realizada a comparação dos palinomorfos
aqui encontrados com os presentes na palinoteca atual do Laboratório de Palinologia e
Paleobotânica “Prof. Dr. Murilo Rodolfo de Lima”, tal comparação é de grande valia na
identificação da palinoflora paleógena e neógena. A identificação baseou-se, também,
na comparação das formas aqui descritas, com aquelas apresentadas na literatura
nacional e internacional, referentes à palinologia do Cenozóico.
A contagem dos palinomorfos foi realizada em objetiva de 40X, que permitiu
um maior controle do campo de observação. Foi estabelecido um número mínimo de
300 grãos de pólen arbóreo e arbustivo; até atingir essa quantidade, todos os outros
palinomorfos encontrados são contados separadamente.
56
3.2.4 Confecção dos Palinodiagramas
Os resultados qualitativos e quantitativos foram plotados nos programas Tília
e Tiliagraf (GRIMM, 1990), e confeccionados os palinodiagramas de porcentagem e de
concentração.
Nos palinodiagramas de concentração foram estabelecidas ecozonas no
subprograma CONNIS (GRIMM, 1990), onde se gerou um dendrograma que
correlaciona às similaridades das amostras, baseado nos 40 táxons mais importantes
encontrados (Figura 27). Este método estatístico auxilia no estabelecimento da
paleopalinofitogeografia e no paleoclima reinantes durante a deposição dos
sedimentos, sem que os elementos florísticos raros sejam mascarados por aqueles
abundantes.
57
4 RESULTADOS
4.1 Qualitativos
4.1.1 Descrição Sistemática
Os palinomorfos encontrados e identificados foram agrupados em grãos de
pólen de gimnospermas e angiospermas, esporos de briófitas e pteridófitas, fungos e
algas.
Para a descrição dos esporos e corpos frutíferos de fungos adotou-se a
sistemática de Elsik (1976, 1977 a, b, 1978), Sheff e Dilcher (1971), e Kalgutkar e
Jansonius (2000); para a classificação das algas é utilizada a sistemática de Raven,
Evert e Eichlorn (2001); os esporos de briófitas e pteridófitas estão agrupados na
divisão de Sporites de Potonié (1956, 1958, 1960, 1966, 1970, 1975); já os grãos de
pólen de gimnospermas e angiospermas estão inseridos na sistemática de Iversen e
Troels-Smith (1950).
DIVISÃO EUMYCOTA
CLASSE FUNGI IMPERFECTI
FUNGI ESPORAE DISPERSAE
GRUPO AMEROSPORAE
Gênero Biporipsilonites Kalgutkar e Jansonius, 2000
Espécie-tipo: Biporipsilonites belluloides (Song) Kalgutkar e Jansonius, 2000
Biporipsilonites sp.1
Estampa 1, # 1
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno
aproximadamente oval. Poros hialinos apicais. Parede psilada.
58
Dimensões (4 exemplares): 43 – 52 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,8 – 2,2 μm
de espessura.
Biporipsilonites sp.2
Estampa 1, # 2
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno ovalado. Poros
de cor mais clara, situados nas extremidades do grão. Parede psilada.
Dimensões (1 exemplar): 63,9 X 37,4 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,6 μm de
espessura.
Gênero Diporisporites Van der Hammen, 1954
Espécie-tipo: Diporisporites elongatus Van der Hammen, 1954
Diporisporites sp.1
Estampa 1, # 3
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado, anulado. Contorno
subcircular. Parede psilada.
Dimensões (1 exemplar): 21,6 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,8 μm de
espessura e poro com 4 μm de diâmetro.
Diporisporites sp.2
Estampa 1, # 4
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno circular. Psilado.
Dimensões (14 exemplares): 26 – 35 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,5 – 2 μm
de espessura.
Diporisporites sp.3
Estampa 1, # 5
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno
aproximadamente retangular. Psilado.
Dimensões (2 exemplares): 13 – 17 μm de diâmetro (100X). Parede com cerca de 1
μm de espessura.
59
Diporisporites sp.4
Estampa 1, # 6
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno fusiforme.
Psilado.
Dimensões (2 exemplares): 20 – 23 μm de diâmetro (100X). Parede com 0,8 –1μm de
espessura e poros com 1 – 1,6 μm de diâmetro.
Diporisporites sp.5
Estampa 1, # 7
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno
aproximadamente oval com estreitamento de uma das extremidades, dando ao esporo
um formato semelhante a uma garrafa. Parede psilada.
Dimensões (1 exemplar): 14,3 μm de diâmetro (100X). Parede com 1 μm de
espessura.
Diporisporites sp.6
Estampa 1, # 8
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno
aproximadamente elíptico. Psilado.
Dimensões (3 exemplares): 25 – 31,5 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,7 – 2 μm
de espessura.
Diporisporites sp.7
Estampa 1, # 9
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno
aproximadamente oval, com o afunilamento das duas extremidades. Poros
subcirculares. Parede psilada.
Dimensões (1 exemplar): 38,6 μm de diâmetro (100X). Parede com 0,8 μm de
espessura. Poro com 3,2 μm de diâmetro.
60
Gênero Foveodiporites (Varma e Rawat, 1963) emend. Kalgutkar e Jansonius, 2000
Espécie-tipo: Foveodiporites anklesvarensis Varma e Rawat, 1963
Foveodiporites sp.
Estampa 1, # 10
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado. Contorno elíptico. 2
poros circulares, cada um situado em uma das extremidades. Parede foveolada.
Dimensões (3 exemplares): 73 – 94,8 μm de diâmetro (100X). Poros com 9 – 12 μm
de diâmetro.
Gênero Fusiformisporites (Rouse, 1962) emend. Elsik, 1968
Espécie-tipo: Fusiformisporites crabbii Rouse, 1962.
Fusiformisporites polyhedricus Regali, Uesugui e Santos, 1974
Estampa 1, # 11
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno fusiforme,
com pólos achatados. Exina com costelas assemelhando-se a um retículo.
Dimensões (14 exemplares): 60 – 66 X 38 – 40 μm de diâmetro (100X).
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno a Mioceno da plataforma continental do Amapá, Pará, Maranhão,
Sergipe e Paraná (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b).
Gênero Hypoxilonites (Bulliard, 1971) emend. Elsik, 1990
Espécie-tipo: Hypoxylonites brazosensis Elsik, 1990
Hypoxilonites minutus Elsik 1990
Estampa 1, # 12
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado. Contorno ovalado.
Sulco cruzando todo o esporo. Parede psilada.
Dimensões (34 exemplares): 13 – 20 μm de diâmetro (100X).
61
Hypoxilonites sp.1
Estampa 1, # 13
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado. Contorno elíptico. Sulco
cruzando todo o esporo. Superficie psilada.
Dimensões (6 exemplares): 38 – 42,9 μm de diâmetro (100X).
Hypoxilonites sp.2
Estampa 1, # 14
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado. Contorno ovalado.
Presença de sulco que cruza quase todo o esporo. Psilado.
Dimensões (2 exemplares): 40 – 42 μm de diâmetro (100X).
Gênero Inapertisporites (Van der Hammen, 1954) emend. Elsik, 1968
Espécie-tipo:Inapetisporites pseudoreticulatis (Van der Hammen, 1954) emend. Elsik,
1968
Inapertisporites circularis Sheffy e Dilcher, 1971
Estampa 2, # 1
Descrição: esporo de fungo, unicelado, inaperturado. Contorno circular. Superfície
desprovida de ornamentação.
Dimensões (1 exemplar): 33,8 μm de diâmetro (100X). Parede com 3,4 – 6,6 μm de
espessura.
Inapertisporites crenulatus Kumar, 1990
Estampa 2, # 2
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno subcircular,
com bordas onduladas. Parede coberta por grânulos.
Dimensões (3 exemplares): 24 – 28 μm de diâmetro (100X). Parede com 1 – 1,6 μm
de espessura.
62
Inapertisporites sp. cf. I. crenulatus
Estampa 2, # 3
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno ovalado.
Parede granulada.
Dimensões (1 exemplar): 30 μm de diâmetro (100X). Parede com 2 μm de espessura.
Inapertisporites sp. cf. I. triporatus Kalgutkar e Jansonius, 2000
Estampa 2, # 4
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado. Contorno circular. Aparentemente
aperturado com 4 a 8 poros? distribuídos de forma irregular pela suberfície do esporo.
Psilado.
Dimensões (2 exemplares): 17 – 26 μm de diâmetro (100X). Poros? com 0,9 – 2,7 μm
de diâmetro.
Comentário: as formas aqui encontradas diferem de I. triporatus de Kalgutkar e
Jansonius (2000), por apresentarem mais de 3 poros.
Inapertisporites sp.1
Estampa 2, # 5
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno circular.
Psilado.
Dimensões (30 exemplares): 10,5 – 16 μm de diâmetro (100X).
Inapertisporites sp.2
Estampa 2, # 6
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno triangular.
Psilado.
Dimensões (11 exemplares): 21,5 – 24,3 μm de diâmetro (100X).
Genero Lacrimasporonites (Clarke, 1965) emend. Elsik, 1968
Espécie-tipo: Lacrimasporonites levis Clarke, 1965
Lacrimasporonites sp. cf. L. levis Clarke, 1965
63
Estampa 2, # 7
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, monoporado, poro situado em uma
das extremidades, contorno subcircular. Parede psilada.
Dimensões (2 exemplares): 16,5 – 18 μm de diâmetro (100X). Diâmetro do poro: 3 –
3,5 μm.
Lacrimasporonites ovalis Doubinger e Pons, 1973
Estampa 2, # 8
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado com 1 poro em uma das
extremidades, contorno oval. Psilado.
Dimensões (27 exemplares): 13 – 20,5 μm de diâmetro (100X).
Lacrimasporonites oviformis Ediger, 1981
Estampa 2, # 9
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, monoporado, com um poro situado
em uma das extremidades, contorno elíptico. Parede psilada.
Dimensões (14 exemplares): 23,5 – 27 μm de diâmetro (100X). Poro com 0,8 – 1,2 μm
de diâmetro.
Lacrimasporonites stoughii Elsik, 1968
Estampa 2, # 10
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado com um poro situado em
uma das extremidades, contorno aproximadamente oval. Parede psilada.
Dimensões (5 exemplares): 13 – 15 μm de diâmetro (100X).
Lacrimasporonites sp.1
Estampa 2, # 11 a, b
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado com um poro situado em
uma das extremidades, contorno oval a subcircular. Parede psilada.
Dimensões (20 exemplares): 20,5 – 27 μm de diâmetro (100X).
64
Lacrimasporonites sp.2
Estampa 2, # 12
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, monoporado, poro situado em uma
das extremidades, contorno aproximadamente oval com um dos angulos reto em vista
equatorial, em vista polar apresenta um contorno circular. Parede psilada.
Dimensões (1 exemplar): 12,8 μm (em vista equatorial) e 9,5 μm (em vista polar) de
diâmetro. Parede com 1,3 μm de espessura.
Lacrimasporonites sp.3
Estampa 2, # 13
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, monoporado, poro situado em uma
das extremidades. Contorno fusiforme. Psilado.
Dimensões (4 exemplares): 31,3 – 35,5 μm de diâmetro (100X).
Gênero Monoporisporites (Van der Hammen, 1954) emend. Elsik, 1968
Espécie-tipo: Monoporisporites minutus Van der Hammen, 1954 emend. Elsik, 1968
Monoporisporites sp.1
Estampa 2, # 14
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, monoporado, contorno circular; poro
anulado. Psilado.
Dimensões (15 exemplares): 31 – 37,5 μm de diâmetro (100X). Poro com 5 – 8,5 μm
de diâmetro.
Monoporisporites sp.2
Estampa 2, # 15
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, monoporado, contorno circular.
Psilado.
Dimensões (35 exemplares): 8 – 13,5 μm de diâmetro (100X). Poro com 3 – 3,7 μm de
diâmetro. Parede com 0,8 – 1 μm de espessura.
65
Monoporisporites sp.3
Estampa 2, # 16 a, b
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado. Contorno circular.
Monoporado, poro circular, ânulado. Superficie coberta por microespinhos.
Dimensões (2 exemplares): 12 – 13,5 μm de diâmetro (100X). Parede com 0,9 μm de
espessura. Poro com 2 μm de diâmetro. Ânulo com 0,7 μm de espessura. Espinhos
com 0,9 - 1 μm de altura.
Gênero Polyadosporites Van der Hammen, 1954
Espécie-tipo: Polyadosporites suescae Van der Hammen, 1954
Polyadosporites sp.
Estampa 2, # 17
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno circular a
subcircular. Superficie psilada. Esporos reunidos formando uma poliade com mais de 50
grãos.
Dimensões (3 exemplares): 57– 68,5 μm de diâmetro (100X). Cada célula com cerca
de 8 – 11,4 μm de diâmetro.
Gênero Spirotremesporites (Dueñas–Jimenez, 1979) emend. Elsik, 1990
Espécie-tipo: Spirotremesporites simplex Dueñas-Jimenez, 1979
Spirotremesporites sp.1
Estampa 2, # 18
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno elíptico.
Superficie psilada com costelas? cruzando todo o esporo.
Dimensões (22 exemplares): 34 – 39 μm de diâmetro (100X).
Spirotremesporites sp.2
Estampa 2, # 19
Descrição: esporo de fungo, unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno elíptico.
Psilado.
Dimensões (30 exemplares): 31 - 57 μm de diâmetro (100X).
66
GRUPO DIDYMOSPORAE
Gênero Dicellaesporites (Elsik, 1968) emend. Sheff e Dilcher, 1971
Espécie-tipo: Dicellaesporites popovii Elsik, 1968
Dicellaesporites elongatus Ramanujam e Rao, 1978
Estampa 3, # 1
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico. Parede
desprovida de ornamentação.
Dimensões (17 exemplares): 18,5 – 23 μm de diâmetro (100X). Celas com 7 – 8 μm e
septo com 2 μm de espessura.
Dicellaesporites sp.1
Estampa 3, # 2
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico. Parede
psilada, espessa.
Dimensões (1 exemplar): 50,7 μm de diâmetro (100X). Parede com até 4 μm de
espessura.
Dicellaesporites sp.2
Estampa 3, # 3
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico. Parede
constituida de espinhos que se distribuem sobre a superficie de forma regular.
Dimensões (8 exemplares): 47 – 53 μm de diâmetro (100X). Espinhos com 1,6 – 2 μm
de altura.
Dicellaesporites sp.3
Estampa 3, # 4
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado, celas com dimensões
iguais. Contorno elíptico. Superficie psilada.
Dimensões (25 exemplares): 47 – 54,8 μm de diâmetro (100X). Parede com 0,5 – 0,8
μm de espessura.
67
Dicellaesporites sp.4
Estampa 3, # 5
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico. Celas
com tamanho diferente. Psilado.
Dimensões (1 exemplar): 58,2 μm de diâmetro (100X).
Dicellaesporites sp.5
Estampa 3, # 6
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno fusiforme.
Parede psilada.
Dimensões (1 exemplar): 91 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,8 μm e septo com
1,6 μm de espessura.
Dicellaesporites sp. 6
Estampa 3, # 7
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno fusiforme, com
ápices arredondados. Parede estriada.
Dimensões (4 exemplares): 54,7 – 59,5 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,2 – 1,7
μm de espessura. Septo com cerca de 3,4 μm de espessura.
Gênero Didymoporisporonites (Sheffy e Dilcher, 1971) emend. Kalgutkar e Jansonius,
2000
Espécie-tipo: Didymoporisporonites psilatus Sheffy e Dilcher, 1971
Didymoporisporonites discors Kalgutkar, 1993
Estampa 3, # 8
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno ovalado. Celas
de tamanho e cor diferentes. Parede fortemente punctada.
Dimensões (1 exemplar): 39,9 μm de diâmetro (100X).
68
Gênero Dyadosporonites Elsik, 1968
Espécie-tipo: Dyadosporonites schwabii Elsik, 1968
Dyadosporonites sp.1
Estampa 3, # 9
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado. Contorno elíptico, diporado. Parede
psilada.
Dimensões (35 exemplares): 27 – 33 μm de diâmetro (100X).
Dyadosporonites sp.2
Estampa 3, # 10
Descrição: esporo de fungo, dicelado, septado, diporado, poros situados na
extremidade de cada cela. Contorno elíptico. Psilado.
Dimensões (14 exemplares): 13 – 17 μm de diâmetro (100X). Septo com 2,7 – 3 μm
de espessura.
Dyadosporites sp.3
Estampa 3, # 11
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, diporado, celas com formato
quadrangular. Contorno elíptico. Psilado.
Dimensões (17 exemplares): 14,5 – 25 μm de diâmetro (100X).
Gênero Hilidicellites Kalgutkar e Jansonius, 2000
Espécie-tipo: Hilidicellites appendiculatus (Sheffy e Dilcher) emend. Kalgutkar e
Jansonius, 2000
Hilidicellites sp.
Estampa 3, # 12 a, b
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, monoporado. Poro situado em uma das
extremidades do esporo. Poro circular. Contorno subcircular a ovalado. Psilado.
Dimensões (30 exemplares): 12 – 16 μm de diâmetro (100X). Poro com cerca de 3,2
μm de diâmetro. Septo com 2,3 – 2,8 μm de espessura.
69
GRUPO PHRAGMOSPORAE
Gênero Dictyosporites Felix, 1894
Espécie-tipo: Dictyosporites loculatus Felix, 1894
Dictyosporites ovalis (Sheffy e Dilcher) emend. Kalgutkar e Jansonius, 2000
Estampa 3, # 13
Descrição: esporo de fungo celado, septado, inaperturado. Composto por cerca de 23
celas. Contorno oval. Psilado.
Dimensões (2 exemplares): 40,7 – 44,3 μm de diâmetro (100X).
Idade / Ocorrência:
- Eoceno médio do Tennessee – EUA (KALGUTKAR; JANSONIUS, 2000).
Dictyosporites sp.
Estampa 3, # 14 a, b
Descrição: esporo de fungo celado, septado, inaperturado. Composto por 5 celas.
Contorno oval. Psilado.
Dimensões (1 exemplar): 35 μm de diâmetro (100X). Celas com diâmetro variando de
9,7 – 11,5 μm.
Gênero Diploneuraspora Jain e Gupta, 1970
Espécie-tipo: Diploneuraspora tewarii Jain e Gupta, 1970
Diploneuraspora sp.
Estampa 3, # 15
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, monoporado. Contorno
aproximadamente elíptico. Celas com tamanho diferente; cela menor hialina. Superficie
psilada.
Dimensões (1 exemplar): 21,4 μm de diâmetro (100X). Poro com 1,5 μm de diâmetro.
Gênero Diporicellaesporites Elsik, 1968
Espécie-tipo: Diporicellaesporites stacyi Elsik, 1968
Diporicellaesporites sp.1
70
Estampa 4, # 1
Descrição: esporo de fungo celado, septado, aperturado, contorno aproximadamente
elíptico. 7 celas e 6 septos; 2 poros, cada um situado em uma das extremidades do
esporo. Superfície levemente granulada.
Dimensões (2 exemplares): 72,5 – 131 μm de diâmetro (100X). Poro com 2,8 - 6,5 μm
de diâmetro.
Diporicellaesporites sp.2
Estampa 4, # 2
Descrição: esporo de fungo tricelado, com 2 septos, 2 poros cada um situado em uma
das extremidades do esporo. Contorno elíptico. Parede psilada.
Dimensões (6 exemplares): 37 – 46 μm de diâmetro (100X).
Diporicellaesporites sp.3
Estampa 4, # 3
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, com 2 poros cada um situado em uma
das extremidades do esporo. Contorno elíptico. Superfície levemente estriada.
Dimensões (1 exemplar): 15 μm de diâmetro (100X). Poro com 0,8 μm de diâmetro.
Diporicellaesporites sp.4
Estampa 4, # 4
Descrição: esporo de fungo celado, septado, aperturado. Contorno aproximadamente
elíptico. 3 celas e 2 septos, dois poros, cada um situado em uma das extremidades do
esporo, cela central de cor mais escura. Psilado.
Dimensões (1 exemplar): 42,4 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,5 μm de
espessura.
71
Diporicellaesporites sp.5
Estampa 4, # 5
Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, aperturado. Contorno elíptico. Diporado,
poros situados nas extremidades do esporo. Borda ondulada. Parede coberta por
grânulos.
Dimensões (18 exemplares): 35 – 47,8 μm de diâmetro (100X). Parede com 2,8 – 3,3
μm de espessura. Septo com cerca de 1,6 μm de espessura.
Gênero Multicellaesporites (Elsik, 1968) emend. Sheffy e Dilcher, 1971
Espécie-tipo: Multicellaesporites nortonii Elsik, 1968
Multicellaesporites sp.1
Estampa 4, # 6
Descrição: esporo de fungo tetracelado, 3 septos, inaperturado, contorno
aproximadamente elíptico. Parede psilada.
Dimensões (24 exemplares): 34,7 – 64,3 μm de diâmetro (100X).
Multicellaesporites sp.2
Estampa 4, # 7
Descrição: esporo de fungo tricelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico. Parede
psilada.
Dimensões (12 exemplares): 32 – 43,8 μm de diâmetro (100X). Celas com 5,9 – 16,8
μm e septos com 2,7 – 3,1 μm de espessura.
Multicellaesporites sp.3
Estampa 4, # 8
Descrição: esporo de fungo tricelado, 2 septos, inaperturado, contorno elíptico.
Superfície psilada.
Dimensões (14 exemplares): 14,5 – 23 μm de diâmetro (100X).
72
Multicellaesporites sp.4
Estampa 4, # 9
Descrição: esporo de fungo, 6 – 8 celas separadas por septos, inaperturado. Contorno
elíptico. Superfície psilada.
Dimensões (9 exemplares): 38,3 – 48,6 μm de diâmetro (100X).
Multicellaesporites sp.5
Estampa 4, # 10
Descrição: esporo de fungo tetracelado, 3 septos, inaperturado. Contorno elíptico.
Parede desprovida de ornamentação.
Dimensões (2 exemplares): 54 – 62,1 μm de diâmetro (100X). Parede com 2,2 – 3,3
μm de espessura.
Multicellaesporites sp.6
Estampa 4, # 11
Descrição: esporo de fungo com 9 celas e 8 septos, inaperturado. Contorno elíptico.
Parede psilada.
Dimensões (23 exemplares): 37 – 66,5 μm de diâmetro (100X). Celas variando de 3,2
– 6,5 μm e septos com 0,8 – 1,1 μm de espessura.
Multicellaesporites sp.7
Estampa 5, # 1
Descrição: esporo de fungo constituído por 3 - 9 celas, separadas por septos,
inaperturado. Contorno elíptico. Parede granulada.
Dimensões (17 exemplares): 26 - 68,3 μm de diâmetro (100X).
Multicellaesporites sp.8
Estampa 5, # 2
Descrição: esporo de fungo multicelado, com 15 a 19 celas separadas por septos,
inaperturado, celas em disposição linear ao longo do comprimento. Parede psilada.
73
Dimensões (12 exemplares): 126 – 153 μm de diâmetro (100X). Celas variando de 3,1
– 7,6 μm e septos com 0,9 – 3,8 μm de espessura.
Multicellaesporites sp.9
Estampa 5, # 3
Descrição: esporo de fungo tricelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico, borda
fortemente ondulada. Parede verrugosa.
Dimensões (1 exemplar): 57,8 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,5 μm de
espessura.
Multicellaesporites sp.10
Estampa 5, # 6
Descrição: esporo de fungo, 6 celas e 5 septos, inaperturado. Contorno elíptico com os
pólos achatados. Celas que decrescem de tamanho em direção aos pólos. Parede
psilada.
Dimensões (1 exemplar): 103 μm de diâmetro (100X).
Multicellaesporites sp.11
Estampa 5, # 4
Descrição: esporo de fungo tetracelado, 3 septos, inaperturado. Contorno
aproximadamente oval com um dos pólos achatados. Parede psilada.
Dimensões (3 exemplares): 17,3 – 25 μm de diâmetro (100X).
Multicellaesporites sp.12
Estampa 5, # 5
Descrição: esporo de fungo tetracelado, 3 septos, inaperturado. Contorno elíptico.
Septos com espessamento. Parede psilada.
Dimensões (1 exemplar): 41 X 16,2 μm de diâmetro (100X). Parede com 0,8 μm de
espessura.
74
Multicellaesporites sp.13
Estampa 5, # 7
Descrição: esporo de fungo celado, septado, inaperturado. Contorno oval. 4 – 5 celas e
3 – 4 septos. Psilado.
Dimensões (13 exemplares): 29 – 37,6 μm de diâmetro (100X).
Multicellaesporites sp.14
Estampa 5, # 8
Descrição: esporo de fungo tetracelado, 3 septos, inaperturado. Contorno
aproximadamente elíptico. Celas retangulares, sendo que duas apresentam tonalidade
de cor mais clara. Parede psilada.
Dimensões (1 exemplar): 37 μm de diâmetro (100X).
Multicellaesporites sp.15
Estampa 5, # 9
Descrição: esporo de fungo tricelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico. Parede
granulada.
Dimensões (1 exemplar): 29 μm de diâmetro (100X).
Gênero Pluricellaesporites van der Hammen, 1954
Espécie-tipo: Pluricellaesporites typicus Van der Hammen, 1954
Pluricellaesporites sp.1
Estampa 5, # 10
Descrição: esporo de fungo, septado, monoporado, 3 – 4 celas com tamanho diferente,
decrescendo em direção a cela porada. Contorno aproximadamente elíptico.
Dimensões (3 exemplares): 33,4 – 36 μm de diâmetro (100X).
Pluricellaesporites sp.2
Estampa 5, # 11
Descrição: esporo de fungo tricelado, septado, aperturado. Contorno elíptico. 1 poro
situado em uma das extremidades. Parede psilada.
75
Dimensões (1 exemplar): 21,5 μm de diâmetro (100X).
Pluricellaesporites sp.3
Estampa 5, # 12
Descrição: esporo de fungo tricelado, 2 septos, monoporado. Contorno elíptico. Poro
situado em uma das extremidades do esporo; célula porada hialina. Parede psilada.
Dimensões (20 exemplares): 13 – 20,2 μm de diâmetro (100X). Poro com 0,5 – 0,8 μm
de diâmetro.
Pluricellaesporites sp.4
Estampa 6, # 1
Descrição: esporo de fungo tetracelado, 3 septos, aperturado, poro situado em uma
das extremidades. Contorno elíptico. Psilado.
Dimensões (6 exemplares): 23 – 32 μm de diâmetro (100X). Celas variando de 7,3 –
13,5 μm e septos com 1 μm de espessura.
Pluricellaesporites sp.5
Estampa 6, # 2
Descrição: esporo de fungo pentacelado, 4 septos descontinuos, celas poradas.
Contorno elíptico. Parede psilada.
Dimensões (2 exemplares): 34 – 42,7 μm de diâmetro (100X). Celas com 5,4 – 7,4 μm
e septos com 1,4 – 1,8 μm de espessura.
Pluricellaesporites sp.6
Estampa 6, # 3
Descrição: esporo de fungo pentacelado, 4 septos, aperturado, monoporado; poro
situado em uma das extremidades. Contorno aproximadamente elíptico. Psilado.
Dimensões (2 exemplares): 48 – 57,4 μm de diâmetro (100X). Celas variando de 8,7 –
10,8 μm de diâmetro e septos com 1,8 – 2,8 μm de espessura.
76
Pluricellaesporites sp.7
Estampa 6, # 4
Descrição: esporo de fungo tetracelado, septado, aperturado. Contorno elíptico. Celas
poradas e septos descontínuos. Parede psilada.
Dimensões (7 exemplares): 39 – 57,3 μm de diâmetro (100X). Poros com 4,5 – 5,2
μm de diâmetro.
Pluricellaesporites sp.8
Estampa 6, # 5
Descrição: esporo de fungo constituído por 6 celas e 5 septos, aperturado. Contorno
aproximadamente elíptico. Celas poradas com formato quadrangular a retangular.
Parede psilada.
Dimensões (1 exemplar): 88 μm de diâmetro (100X).
Pluricellaesporites sp.9
Estampa 6, # 6
Descrição: esporo de fungo celado, septado, aperturado. Contorno elíptico. Esporo
constituído por 9 celas monoporadas e 8 septos. Superfície desprovida de
ornamentação.
Dimensões (1 exemplar): 97,2 μm de diâmetro (100X).
GRUPO STAUROSPORAE
Gênero Spegazzinites Felix, 1894
Espécie-tipo: Spegazzinites cruciformis Felix, 1894
Spegazzinites sp.
Estampa 6, # 7
Descrição: esporo de fungo tetracelado, inaperturado, contorno circular. Parede
psilada.
Dimensões (9 exemplares): 28 – 33 μm de diâmetro (100X). Cada grão com cerca de
14,2 μm de diâmetro. Parede com 3,7 – 4 μm de espessura.
77
Gênero Triporicellaesporites Ke e Shi, 1978
Espécie-tipo: Triporicellaesporites triangulus Ke e Shi, 1978
Triporicellaesporites sp.
Estampa 6, # 8
Descrição: esporo de fungo celado, septado, aperturado, trirradiado. Contorno
aproximadamente triangular. Triporado, poros situados nas celas apicais. Parede
psilada.
Dimensões (2 exemplares): 34 – 42 μm de diâmetro (100X).
FUNGI ASCOSTROMA
Ordem MICROTHYRIALES
Gênero Asterothyrites Cookson, 1947
Espécie-tipo: Asterothyrites minutus Cookson, 1947
Asterothyrites sp.
Estampa 6, # 9
Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas, margem bastante
irregular. Ausência de ostíolo.
Dimensões (5 exemplares): 76 – 95 μm de diâmetro (100X).
Gênero Callimothallus Dilcher, 1965
Espécie-tipo: Callimothallus pertusus Dilcher, 1965
Callimothallus senii (Venkatachala e Kar) emend. Kalgutkar e Jansonius, 2000
Estampa 7, # 1
Descrição: corpo frutífero, simetria radial, celulas poradas, margem pouco irregular.
Ausência de ostíolo.
Dimensões (13 exemplares): 83 –156 μm de diâmetro (100X).
78
Callimothallus sp.
Estampa 7, # 2
Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células poradas, margem irregular. Ausência
de ostíolo.
Dimensões (2 exemplares): 54 – 68 μm de diâmetro (100X).
Idade:
- Elsik (1978) cita a presença do gênero em sedimentos de idade Paleógeno e
Mioceno.
Gênero Parmathyrites Jain &Gupta, 1970
Espécie-tipo: Parmathyrites indicus Jain &Gupta, 1970
Parmathyrites sp.
Estampa 7, # 3
Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas. Margem com projeções
em forma de espinhos.
Dimensões (4 exemplares): 43 – 61,3 μm de diâmetro (100X). Projeções com cerca
de 27 μm de comprimento.
Gênero Phragmothyrites Edwards, 1922
Espécie-tipo: Phragmothyrites eocaenica Edwards, 1922
Phragmothyrites sp.1
Estampa 8, # 1
Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas, margem pouco
irregular. Células periféricas maiores que as células centrais. Ausência de ostíolo.
Dimensões (3 exemplares): 73 – 142,4 μm de diâmetro (100X).
Idade:
- O gênero ocorre do Albiano ao Eopleistoceno (ELSIK, 1978).
79
Phragmothyrites sp.2
Estampa 8, # 2
Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas, margem irregular.
Ausência de ostíolo.
Dimensões (3 exemplares): 33 – 45 μm de diâmetro (100X).
Gênero Trichothyrites Rosendahl, 1943
Espécie-tipo: Trichothyrites pleistocaenica Rosendahl, 1943
Trichothyrites sp.1
Estampa 8, # 3
Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas, margem lisa. As células
decrescem de tamanho em direção a porção central. Presença de ostíolo.
Dimensões (3 exemplares): 97 – 102 μm de diâmetro (100X). Ostíolo com 12 – 15 μm
de diâmetro.
Idade:
- O gênero ocorre do Eoceno ao Eopleistoceno (ELSIK, 1978).
Trichothyrites sp.2
Estampa 9, # 1
Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas, margem pouco
irregular. Presença de ostíolo.
Dimensões (2 exemplares): 63 – 126 μm de diâmetro (100X). Ostíolo com 14,5 – 20
μm de diâmetro. Parede com 1,2 – 1,6 μm de espessura.
Trichothyrites sp.3
Estampa 9, # 2
Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas, margem bastante
irregular. Presença de ostíolo envolto por células com paredes mais espessas.
Dimensões (2 exemplares): 136,5 – 189 μm de diâmetro (40X). Ostíolo com 12 – 15,9
μm de diâmetro.
80
Primórdios de Microthyriaceae
Estampa 8, # 4
Descrição: corpo frutífero, simetria radial, formato discóide com invaginações primárias
e secundárias. Parede psilada.
Dimensões (43 exemplares): 15 – 24,6 μm de diâmetro (100X). Parede pouco
espessa com 0,8 – 1 μm apenas.
Comentário: segundo Romero e Castro (1986), diversos gêneros da família
Microthyriaceae possuem este estágio de desenvolvimento similar e, por isso, só
podem ser identificados em nível de gênero e espécie em estágios mais maduros.
Não identificados
Fungo 1
Estampa 8, # 5
Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado. Contorno esférico.
Monoporado, poro circular. Parede com costelas assemelhando-se a reticulo.
Dimensões (18 exemplares): 23,5 – 35,2 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,5 –
1,8 μm de espessura.
Fungo 2
Estampa 8, # 6
Descrição: esporo de fungo celado, septado, inaperturado. 8 celas de formato
triangular e 7 septos, celas apicais unidas formando uma estrutura de formato circular.
Parede psilada.
Dimensões (1 exemplar): 42,9 μm de diâmetro (100X).
ALGAE
Divisão CHLOROPHYTA
Classe CHLOROPHYCEAE
Ordem CHOROCOCCALES
Família DICTYOSPHAERIACEAE
81
Gênero Botryococcus Kützing, 1849
Espécie-tipo: Botryococcus braunii Kützing, 1849
Botryococcus sp.
Estampa 11, # 2
Descrição: pequenas células conectadas formando colônias.
Dimensões (23 exemplares): 37 –79,5 μm de diâmetro (100X).
Ordem ZYGNEMATALES
Família ZYGNEMATACEAE
Gênero Ovoidites Potonié ex Krutzsch, 1959
Espécie-tipo: Ovoidites ligneolus Potonié ex Krutzsch, 1959
Ovoidites parvus (Cookson e Dettmann) Nakoman, 1966
Estampa 10, # 1
Descrição: esporo elíptico, isopolar, rompido na porção equatorial em 2 partes. Parede
psilada.
Dimensões (35 exemplares): 71 – 105 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,6 – 2 μm
de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991); e
- Neo-oligoceno da Formação São Paulo, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985).
Afinidade botânica: Spirogyra.
Ovoidites rugulatus Nakoman, 1966
Estampa 10, # 2
Descrição: esporo elíptico, isopolar, rompido na porção equatorial em 2 partes. Parede
rugulada.
82
Dimensões (7 exemplares): 73,8 – 89,6 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,1 – 2,5
μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Neo-oligoceno da Formação São Paulo, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985).
Afinidade botânica: Spirogyra.
Ovoidites sp.1
Estampa 10, # 3
Descrição: esporo circular, isopolar. Parede rugulada com rugulas mais acentuadas na
extremidade do esporo.
Dimensões (3 exemplares): 91 – 148 μm de diâmetro (100X). Parede com 4,5 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Spirogyra.
Ovoidites sp.2
Estampa 11, # 1
Descrição: esporo circular, isopolar, rompido na porção equatorial. Parede fortemente
rugulada.
Dimensões (2 exemplares): 83,8 –103 μm de diâmetro (100X). Parede 2,5 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Spirogyra.
Não identificado
Alga 1
Estampa 11, # 3
Descrição: esporo circular, isopolar, freqüentemente amassado. Psilado.
Dimensões (2 exemplares): 93,5 120 μm de diâmetro (100X). Parede com 2,1 μm.
Afinidade botânica: desconhecida.
83
Alga 2
Estampa 11, # 4
Descrição: esporo aproximadamente circular com margem irregular, isopolar. Área
central com uma estrutura circular. Psilado.
Dimensões (1 exemplar): 100 X 72,8 μm de diâmetro (100X). Estrutura circular com
28,3 μm de diâmetro.
Divisão I SPORITES H. Potonié, 1983
CLASSE A Triletes (Reinsch, 19881) Potonié et Krempes, 1954
Gênero Appendicisporites Weyland e Krieger, 1953
Espécie-tipo: Appendicisporites tricuspidatus Weyland e Greifeld in Weyland e Krieger,
1953
Appendicisporites sp. Lima, Salard-Cheboldaeff e Suguio, 1985
Estampa 14, # 8
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subtriangular de lados convexos.
Laesura longa atingindo as extremidades onde forma aurículas. Exina estriada.
Dimensões (12 exemplares): 60,5 – 73,8 μm de diâmetro (100X). Exina estriada com
cerca de 1,8 μm de espessura; estrias com até 3,1 μm de altura e com 2 – 6,2 μm de
espaçamento entre si.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno da Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-CHEBOLDAEFF e SUGUIO,
1985);
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991); e
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001).
Afinidade botânica: Anemia (Schizaeaceae).
Gênero Azolla Lamarck, 1783
Espécie-tipo: Azolla filiculoides Lamarck, 1783
Azolla sp.
Estampa 12, # 1
84
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Os esporos encontram-se
agrupados e inclusos dentro de um tecido esponjoso, com projeções periféricas
(gloquidios). Superfície psilada.
Dimensões (17 exemplares): Mássula com 96 – 211 μm de diâmetro (100X).
Gloquidios com 60 – 80 μm de comprimento.
Afinidade botânica: Azolla (Salviniaceae).
Gênero Biretisporites Delcourt & Sprumont, 1955
Espécie-tipo: Biretisporites potoniaei Delcourt & Sprumont, 1955
Biretisporites sp.1
Estampa 12, # 3
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subcircular. Laesura bem
evidente, longa dentro de lábios elevados. Exina Psilada.
Dimensões (40 exemplares): 37 – 46,5 μm de diâmetro (100X). Exina com cerca de 3
μm.
Afinidade botânica: Pteridófita.
Biretisporites sp.2
Estampa 12, # 4
Descrição: Esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subtriangular. Laesura
bem evidente, dentro de lábios elevados. Exina psilada.
Dimensões (1 exemplar): 61,2 μm de diâmetro (100X). Exina com 3 μm de espessura.
Afinidade botânica: Pteridófita.
Gênero Cibotiidites Ross, 1949
Espécie-tipo: Cibotiidites zonatus Ross, 1949
Cibotiidites sp.
Estampa 12, # 5
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular de ângulos bem
arredondados e lados retos a levemente convexos. Abertura quase atingindo o
equador. Exina espessa psilada.
85
Dimensões (1 exemplar): 49,3 μm de diâmetro (100X). Exina com 7,3 μm de
espessura.
Afinidade botânica: desconhecida.
Gênero Cicatricosisporites Potonié e Gelletich, 1933
Espécie-tipo: Cicatricosisporites dorogensis Potonié e Gelletich, 1933
Cicatricosisporites dorogensis Potonié e Gelletich, 1933
Estampa 12, # 6
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito triangular, em alguns grãos,
subtriangular a quase circular. Laesura longa. Exina estriada formando ondulações na
borda do grão.
Dimensões (12 exemplares): 41 – 74,1 μm de diâmetro (100X). Estrias com
espaçamento de 0,8 – 2 μm entre si.
Idade / Ocorrência:
- Mesoeoceno a Oligoceno da plataforma continental brasileira (REGALI;
UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);
- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);
- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);
- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-
CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);
- Meso/Neoeoceno da Bacia de Fonseca e Gandarela (LIMA; SALARD-
CHEBOLDAEFF, 1981);
- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);
- Meso/Neoeoceno do Gráben de Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,
RICCOMINI e SOUZA, 1994);
- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985);
86
- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);
- Oligoceno das bacias de São Paulo, Taubaté e Resende (YAMAMOTO, 1995);
- Oligoceno a Plioceno da Venezuela (LORENTE, 1986);
- Oligoceno – Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980);
- Neoeoceno a Oligoceno da região do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e
MULLER, 1968);
- Neoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001); e
- Eoceno a Oligoceno das bacias do Togo, Nigéria, Niger, Mali, Camarões, Gabão,
Congo e Angola (SALARD-CHEBOLDAEFF, 1990).
Afinidade botânica: Mohria e Anemia – Schizaeaceae (GERMERAAD, HOPPING e
MULLER, 1968).
Cicatricosisporites sp.1
Estampa 12, # 7
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subcircular. Exina estriada.
Dimensões (13 exemplares): 43,2 – 83,8 μm de diâmetro (100X). Exina com 4 – 7,8
μm de espessura. Costelas com separações entre si de 3 – 3,4 μm.
Afinidade botânica: Schizaeaceae.
Cicatricosisporites sp.2
Estampa 13, # 1 a, b
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular, laesura longa e fina atingindo
o equador. Exina estriada.
Dimensões (6 exemplares): 87 – 106 μm de diâmetro (100X). Estrias com espessura
de 2,8 – 4,4 μm e espassamento entre elas de 1,6 – 5,5 μm.
Afinidade botânica: Schizaeaceae.
Gênero Cyathidites Couper, 1953
Espécie-tipo: Cyathidites australis Couper, 1953
Cyathidites paleospora (Martin) Alley e Broadbridge, 1992
Estampa 13, # 2
87
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular de ângulos
arredondados e lados fortemente côncavos. Marca trilete reta e longa quase tocando a
borda do grão. Exina psilada com 1 μm de espessura.
Dimensões (23 exemplares): 24,8 – 32 μm de diâmetro (100X).
Idade / Ocorrência:
- Neo-oligoceno? a Mioceno da Formação Chenque, Patagônia Argentina
(BARREDA, 1997 a).
Afinidade botânica: Cyatheaceae.
Gênero Deltoidospora Miner, 1935
Espécie-tipo: Deltoidospora halii Miner, 1935
Deltoidospora adriennis (Potonié e Gelletich, 1933) Frederiksen, 1983
Estampa 13, # 3
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subtriangular. Marca trilete
sinuosa e longa tocando a borda do grão. Exina psilada.
Dimensões (13 exemplares): 32 – 37 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,6 μm de
espessura.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno a recente da Venezuela (LORENTE, 1986).
Afinidade botânica: Acrostichum aureum – Polypodiaceae (LORENTE, 1986).
Deltoidospora sp. cf. D. juncta (Karamurza) Orlowska-Zwolinska
Estampa 13, # 4
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular com
extremidades bem arredondadas e lados retos a levemente côncavos. Laesura longa e
reta margeada por um margo; abertura atingindo o cíngulo. Exina psilada.
Dimensões (25 exemplares): 32 – 36 μm de diâmetro (100X). Cíngulo variando de 3 –
4,4 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno da Formação Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo (LIMA, MELO e
COIMBRA, 1991).
88
Afinidade botânica: Lindsaya (LIMA, MELO e COIMBRA, 1991).
Deltoidospora sp.1
Estampa 13, # 5
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito triangular de lados retos e ângulos
bem arredondados. Laesura longa, levemente ondulada. Exina psilada.
Dimensões (4 exemplares): 42 – 45,3 μm de diâmetro (100X). Exina psilada com 3,4 –
5,7 μm de espessura.
Afinidade botânica: Polypodiaceae.
Deltoidospora sp.2
Estampa 13, # 6
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular de ângulos
arredondados e lados retos. Laesura curta, levemente sinuosa. Exina psilada.
Dimensões (17 exemplares): 36 – 47,2 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,5 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Polypodiaceae.
Gênero Echinatisporis Krutzsch, 1959
Espécie-tipo: Echinatisporis longechinus Krutzch, 1959
Echinatisporis sp.1
Estampa 13, # 7
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subtriangular. Marca trilete
sinuosa, quase atingindo a borda do grão. Exina constituída por espinhos distribuídos
pela superfície de forma espaçada.
Dimensões (2 exemplares): corpo com 18 – 23 μm de diâmetro (100X). Espinhos com
2,2 – 2,8 μm de altura. Exina com 1,4 μm de espessura.
Afinidade botânica: Selaginella.
89
Echinatisporis sp.2
Estampa 13, # 8
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subcircular, marca trilete
quase tocando a borda. Exina equinada, com espinhos distribuídos de forma espaçada
pela superfície do grão.
Dimensões (1 exemplar): 19 μm de diâmetro (100X). Espinhos com 4,4 – 9,1 μm de
altura. Exina medindo 1,4 μm de espessura.
Afinidade botânica: Selaginella.
Gênero Echitriletes Potonié, 1956
Espécie-tipo: Echitriletes lanatus (Dijkstra, 1951) emend. Potonié, 1956
Echitriletes muelleri Regali, Uesugui e Santos, 1974
Estampa 13, # 9
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subcircular. Laesura bem
evidente. Exina equinada com espinhos distribuídos por toda superfície do grão.
Dimensões (17 exemplares): corpo sem equinas 26 – 30 μm de diâmetro (100X).
Equinas com 3,7 – 4,2 μm de altura e 1,7 – 2,6 μm de base. Exina com 0,8 – 1 μm de
espessura.
Idade / Ocorrência:
- Neoeoceno/Oligoceno a Eomioceno da Plataforma continental do Amapá, Pará,
Maranhão, Sergipe e Paraná (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-
CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985)
- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985); e
- Oligoceno a Mioceno da Venezuela (LORENTE, 1986).
Afinidade botânica: Selaginella.
90
Echitriletes sp.
Estampa 13, # 10
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subcircular, laesura pouco
evidente, fina e longa. Exina constituída por espinhos.
Dimensões (3 exemplares): 32 – 36,7 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,2 μm de
espessura (sem espinhos). Espinhos com 1 – 2,4 μm de altura e 0,5 – 0,8 μm de base.
Afinidade botânica: Selaginella.
Gênero Gleichenidiites Ross, 1949
Espécie-tipo: Gleichenidiites senonicus Ross, 1949
Gleicheniidites sp.
Estampa 14, # 1
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular de lados retos.
Marca trilete reta e longa tocando a borda do grão, presença de margo e cíngulo. Exina
psilada menos espessa nos ângulos.
Dimensões (2 exemplares): 52 – 56,7 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 8,1 μm
de espessura.
Afinidade botânica: Gleicheniaceae.
Gênero Hamulatisporis Krutzsch emend. Srivastava, 1972
Espécie-tipo: Hamulatisporis hamulatus Krutzsch, 1959
Hamulatisporis sp.
Estampa 14, # 2
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subcircular. Laesura espessa, reta.
Exina fortemente rugulada.
Dimensões (47 exemplares): 54 – 79,7 μm de diâmetro (100X). Rugulas com até 12,7
μm de altura.
Idade / Ocorrência:
- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985);
- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984); e
91
- Yamamoto (1995) cita a presença do gênero para o Neoeoceno da Formação
Resende (Bacia de Resende), Oligoceno das formações Tremembé e São Paulo
(Bacia de Taubaté), e Neo-oligoceno da Formação Itaquaquecetuba (Bacia de
São Paulo).
Afinidade botânica: Lycopodium adpressum (Srivastava, 1972).
Gênero Leiotriletes Naumova ex Ishchenko, 1952
Espécie-tipo: Leiotriletes sphaerotriangulus (Loose) Potonié & Kremp, 1954
Leiotriletes sp.1
Estampa 14, # 3
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subtriangular de lados retos e ângulos
bem arredondados. Laesura levemente sinuosa, longa tocando a borda do grão. Exina
psilada.
Dimensões (12 exemplares): 42 – 55 μm de diâmetro (100X). Exina fina com 0,8 – 1,2
μm de espessura.
Afinidade botânica: Schizaeaceae (Kedves, 1961).
Leiotriletes sp.2
Estampa 14, # 4
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito triangular de lados convexos. Laesura
longa e levemente sinuosa, tocando a borda do grão. Exina escabrada.
Dimensões (6 exemplares): 23 – 28,3 μm de diâmetro (100X). Exina com 0,9 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Schizaeaceae.
Leiotriletes sp.3
Estampa 14, # 5
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subtriangular de lados retos a
convexos e ângulos bem arredondados. Laesura reta, tocando a borda do grão.
Psilado.
Dimensões (8 exemplares): 37 – 49,4 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 μm.
92
Afinidade botânica: Schizaeaceae.
Gênero Lycopodiumsporites Thiergart, 1938 ex Delcourt e Sprumont, 1955
Espécie-tipo: Lycopodiumsporites agathoecus (Potonié) Delcourt e Sprumont, 1955
Lycopodiumsporites sp.1
Estampa 14, # 6
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subcircular. Laesura de
difícil observação. Exina reticulada com lumens por vezes incompletos.
Dimensões (4 exemplares): 57 – 64,2 μm de diâmetro (100X). Lumens com 5,8 – 12
μm de diâmetro. Exina com 1,8 – 3 μm de espessura.
Afinidade botânica: Lycopodiaceae.
Lycopodiumsporites sp.2
Estampa 14, # 7
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subcircular. Marca trilete
bem evidente e espessa. Exina constituída por numerosos espinhos.
Dimensões (1 exemplar): 74 μm de diâmetro (100X). Exina 9,2 μm de espessura.
Espinhos com 6,9 μm de altura.
Afinidade botânica: Lycopodiaceae.
Gênero Matonisporites Couper, 1958
Espécie-tipo: Matonisporites phlebopteroides Couper, 1958
Matonisporites rarus sah, 1967
Estampa 14, # 9
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subtriangular de lados
retos e ângulos fortemente arredondados. Marca trilete, reta e curta. Exina Psilada.
Dimensões (3 exemplares): 21,5 – 23 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 μm de
espessura.
Idade / Ocorrência:
- Neógeno da África (SAH, 1967).
Afinidade botânica: Matonia (SAH, 1967).
93
Gênero Polypodiaceiosporites Potonié, 1951 ex Potonié, 1956
Espécie-tipo: Polypodiaceiosporites speciosus (Potonié, 1934) Potonié, 1956
Polypodiaceiosporites gracillimus Nagy
Estampa 14, # 11
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular com
extremidades arredondadas e lados retos a convexos. Marca trilete bem próxima ao
cíngulo. Região central do esporo com ornamentação verrugosa. Cíngulo psilado,
menos espesso nos ângulos.
Dimensões (30 exemplares): 35 – 39,2 μm de diâmetro (100X). Cíngulo com 1,4 – 4,1
μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno da Formação Tremembé, da Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-
CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985); e
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991).
Afinidade botânica: Polypodiaceae.
Polypodiaceiosporites potoniei kedves, 1961
Estampa 14, # 10
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular com ângulos
bem arredondados e lados retos, côncavos ou convexos. Marca trilete quase tocando o
cíngulo, com margo; cíngulo psilado, porção central do esporo com aspecto corrugado.
Cíngulo mais espesso nos ângulos.
Dimensões (45 exemplares): 32 – 48,4 μm de diâmetro (100X). Cíngulo variando de
2,4 – 5,4 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Campaniano a Mioceno da plataforma continental brasileira e bacias de
Sergipe/Alagoas, Almada, Cumuruxatiba e Espírito Santo (REGALI, UESUGUI e
SANTOS, 1974 a,b);
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);
94
- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);
- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);
- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-
CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);
- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001); e
- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985).
Afinidade botânica: Polypodiaceae.
Gênero Reboulisporites fuegiensis Zamaloa e Romero, 1990
Espécie-tipo: Reboulisporites fuegiensis Zamaloa e Romero, 1990
Reboulisporites fuegiensis Zamaloa e Romero, 1990
Estampa 15, # 1
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subtriangular. Laesura longa, atingindo
o equador. Esclerina mais interna membranosa e a mais externa reticulada com lumens
por vezes incompletos.
Dimensões (23 exemplares): 53 – 78 μm de diâmetro (100X). Lumens variando de 7 –
12 μm de diâmetro. Zona com 7 – 8 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Neo-oligoceno a Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
e Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (YAMAMOTO, 1995);
- Neoeoceno a Oligoceno na Ilha da Terra do Fogo, Argentina (ZAMALOA;
ROMERO, 1990); e
- Mioceno da Formação del Buey, Argentina (BARREDA et al., 2006).
Afinidade botânica: Aytoniaceae (YAMAMOTO, 1995).
95
Reboulisporites sp.
Estampa 15, # 2
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Laesura longa, atingindo o
equador. Esclerina mais interna membranosa e a mais externa reticulada, com lumens
incompletos.
Dimensões (17 exemplares): 64 - 78 μm de diâmetro (100X).
Afinidade botânica: Aytoniaceae.
Gênero Salvinia Seguier, 1754
Salvinia sp.
Estampa 12, # 2
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito circular. Exina psilada. Os
esporos encontram-se agrupados em um tecido esponjoso sem presença de gloquidios
(projeções periféricas).
Dimensões (50 exemplares): Mássulas com 76,5 – 137 μm de diâmetro (40X).
Esporos com cerca de 7 – 9 μm de diâmetro e exina com 0,5 μm de espessura.
Afinidade botânica: Salviniaceae.
Gênero Sestrosporites Dettmann, 1963
Espécie-tipo: Sestrosporites irregulatus (Couper) Dettmann, 1963
Sestrosporites sp.
Estampa 15, # 3
Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subtriangular de ângulos
bem arredondados e lados convexos. Laesura longa atingindo a borda do grão. Exina
foveolada.
Dimensões (1 exemplar): 30,2 μm de diâmetro (100X), Exina com 2,1 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Lycopodiaceae.
96
Gênero Stereisporites Pflug in Thomson e Pflug, 1953
Espécie-tipo: Stereisporites stereoides (Potonié e Venitz, 1934) Pflug in Thomson e
Pflug, 1953
Stereisporites sp.
Estampa 15, # 4
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Laesura longa e reta quase
tocando a borda do grão. Exina psilada.
Dimensões (18 exemplares): 24 – 32 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,2 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Briófita (LIMA; DINO, 1984).
Gênero Undulatisporites Pflug, 1953
Espécie-tipo: Undulatisporites microcutis Pflug, 1953
Undulatisporites velamentus Chateauneuf, 1980
Estampa 15, # 5
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Marca trilete saliente; laesura
longa, reta a sinuosa rompendo a exina. Exina Psilada.
Dimensões (1 exemplar): 26,7 μm de diâmetro (100X). Exina pouco espessa com 1,2
μm.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba , Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991).
Afinidade botânica: Schizaeaceae? (LIMA, MELO e COIMBRA, 1991).
Undulatisporites sp.1
Estampa 15, # 6
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Laesura curta, espessa e
sinuosa. Exina granulada.
Dimensões (20 exemplares): 32 – 40,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 μm de
espessura.
Afinidade botânica: desconhecida.
97
Undulatisporites sp.2
Estampa 15, # 7
Descrição: esporo trilete, anisopolar, âmbito triangular de lados retos a convexos e
ângulos arredondados. Laesura longa, bem sinuosa, tocando a borda do grão. Exina
desprovida de ornamenteção.
Dimensões (6 exemplares): 32 – 36 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,5 μm de
espessura.
Afinidade botânica: desconhecida.
Não identificados
Trilete 1
Estampa 15, # 8 a, b, c
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subcircular. Laesura longa, tocando a
borda do grão, presença de margo. Psilado.
Dimensões (2 exemplares): 45 – 48,3 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,6 μm de
espessura. Margo com 3,4 – 4,6 μm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Trilete 2
Estampa 15, # 9
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Marca trilete curta. Exina
gemada.
Dimensões (1 exemplar): 25 μm de diâmetro (100X). Exina com 3,4 μm de espessura.
Gemas com 4,1 – 5,2 μm de base e 2,1 – 2,4 μm de altura.
Afinidade botânica: desconhecida.
Trilete 3
Estampa 16, # 1
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Marca trilete curta e fina.
Exina coberta por uma estrutura semelhante a poros. Presença de perisporo.
98
Dimensões (2 exemplares): 43 – 48 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 μm de
espessura. Perisporo com 8,7 – 10,6 μm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Trilete 4
Estampa 16, # 2
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Marca trilete fina, curta e
pouco sinuosa. Presença de cíngulo com espessura variável. Exina levemente estriada.
Dimensões (1 exemplar): 78,8 μm de diâmetro (100X). Cingulo com 5,5 – 8,5 μm de
espessura.
Afinidade botânica: desconhecida.
Trilete 5
Estampa 16, # 3
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular, marca trilete curta, fina e
levemente sinuosa, pouco visível em alguns exemplares. Exina coberta por uma
estrutura semelhante a poros.
Dimensões (3 exemplares): 50,5 – 63 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,7 μm de
espessura.
Afinidade botânica: desconhecida.
Trilete 6
Estampa 16, # 4
Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subcircular. Laesura sinuosa quase
atingindo a borda do grão. Exina reticulada.
Dimensões (2 exemplares): 36 – 40 μm de diâmetro (100X). Exina com 3,5 – 3,8 μm
de espessura.
Afinidade botânica: desconhecida.
99
Trilete 7
Estampa 16, # 5
Descrição: esporo trilete, simetria radial, ambito subtriangular de lados retos, concavos
e/ou convexos. Marca trilete, fina e longa. Presença de cíngulo nas bordas do esporo
assemelhando-se a vesículas. A exina mostra-se de um lado psilada e do outro
rugulada. Cíngulo psilado.
Dimensões (3 exemplares): 27 – 30 μm de diâmetro (100X). Vesículas com 6,5 – 7,2
μm de espessura.
Afinidade botânica: Licófita?
CLASSE B Monoletes Ibrahim, 1933
Gênero Laevigatosporites Ibrahim, 1933
Espécie-tipo: Laevigatosporites vulgaris (Ibrahim) Ibrahim, 1933
Laevigatosporites ovatus Wilson e Webster, 1946
Estampa 16, # 6
Descrição: esporo monolete, simetria bilateral, âmbito elíptico. Exina psilada.
Dimensões (45 exemplares): 31 – 58 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,6 μm de
espessura.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);
- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);
- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);
- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-
CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);
- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985);
- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);
- Eomioceno da Formação Alexandra (LIMA; ANGULO, 1990);
100
- Yamamoto (1995) cita a espécie para o Neoeoceno (Formação Resende),
Oligoceno (formações Resende, Tremembé e São Paulo) e Neo-oligoceno a
Eomioceno (Formação Itaquaquecetuba).
- Maastrichtiano a Paleoceno da Província de Santa Cruz (FREILE, 1972);
- Paleoceno de Montana-EUA (WILSON; WEBSTER, 1946); e
- Cretáceo a Neógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY,
2006).
Afinidade botânica: Segundo Raine, Mildenhall e Kennedy (2006), Laevigatosporites
ovatus assemelha-se com esporos produzidos por diversas famílias como:
Aspleniaceae, Blechnaceae, Polypodiaceae, Schizaeaceae, etc.
Gênero Verrucatosporites Pflug e Thomson in Thomson e Pflug, 1953
Espécie-tipo: Verrucatosporites alienus (Potonié) Thomson e Pflug, 1953
Verrucatosporites usmensis Germeraad, Hopping e Muller, 1968
Estampa 16, # 7
Descrição: esporo monolete, simetria bilateral, âmbito elíptico. Exina composta de
gemas e verrugas.
Dimensões (20 exemplares): 67 – 85,4 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,5 – 3,4
μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Neoeoceno a Mioceno da plataforma continental do Amapá, Pará, Maranhão,
Sergipe, Rio de Janeiro e Paraná e bacias Cumuruxatiba e Espírito Santo
(REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);
- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Eomioceno da Formação Alexandra (LIMA; ANGULO, 1990);
- Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba / Bacia de São Paulo (YAMAMOTO,
1995);
- Oligoceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986);
101
- Oligoceno – Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980);
- Neoeoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERRAD, HOPPING e MULLER,
1968);
- Neoeoceno a Plioceno do norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e
ERVE, 1987); e
- Eoceno a Plioceno nas bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali; Eoceno a Mioceno
das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola (SALARD-CHEBOLDAEFF,
1990).
Afinidade botânica: Stenochlaena palustris (Blechnaceae), segundo Germerrad,
Hopping e Muller (1968).
Verrucatosporites sp.
Estampa 16, # 8
Descrição: esporo monolete, simetria bilateral, âmbito elíptico. Exina microverrugosa.
Dimensões (1 exemplar): 52,7 μm de diâmetro (100X). Exina com 4,1 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Polypodiaceae.
Divisão II POLLENITES R. Potonié, 1931
CLASSE Vesiculatae Iversen et Troels-Smith, 1950
Genero Dacrydiumites Cookson ex Harris, 1965
Espécie-tipo: Dacrydiumites florinii Cookson & Pike ex Harris, 1965
Dacrydiumites florinii Cookson & Pike ex Harris, 1965
Estampa 17, # 1
Descrição: grão de pólen sacado, contorno subcircular. Exina apresentando nervuras
internas formando distalmente retículos de malhas irregulares.
Dimensões (60 exemplares): 33 – 58 μm de diâmetro (100X).
Idade / Ocorrência:
- Neoeoceno a Oligoceno da plataforma continental do Rio de Janeiro, São Paulo
e Paraná (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
102
- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-
CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);
- Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);
- Meso/Neo-eoceno do Gráben de Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,
RICCOMINI e SOUZA, 1994);
- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985);
- Neo-oligoceno a Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba e Oligoceno da
Formação São Paulo / Bacia de São Paulo; Oligoceno das bacias de Taubaté e
Resende (YAMAMOTO, 1995);
- Paleoceno da Patagônia (ARCHANGELSKY e ROMERO, 1974);
- Eoceno da Província de Santa Cruz (ROMERO, 1977);
- Maastrichtiano a Paleoceno da Província de Santa Cruz (FREILE, 1972);
- Mioceno da Papua-Nova Guiné (PLAYFORD, 1982); e
- Cretáceo Superior a Pleistoceno da Nova Zelândia (COUPER, 1953).
Afinidade botânica: Dacrydium (Podocarpaceae).
Gênero Podocarpidites Cookson ex Couper, 1953
Espécie-tipo: Podocarpidites ellipticus Cookson, 1947
Podocarpidites marwickii Romero, 1977
Estampa 17, # 2
Descrição: grão de pólen bissacado, sacos de tamanho irregular, reticulado; retículos
incompletos. Corpo central psilado.
Dimensões (30 exemplares): corpo central com 36 – 48 μm de diâmetro (100X); sacos
com 38,7 – 56 μm de diâmetro.
Idade / Ocorrência:
- Neoeoceno a Oligoceno da plataforma continental do Rio de Janeiro, São Paulo
e Paraná (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
103
- Oligoceno das bacias de Taubaté e Resende (YAMAMOTO, 1995);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Eoceno de Santa Cruz, Argentina (ROMERO, 1977); e
- Cretáceo a Neógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY,
2006).
Afinidade botânica: Podocarpaceae.
Podocarpidites sp.1
Estampa 17, # 3
Descrição: grão de pólen bissacado, sacos de tamanhos irregulares, fortemente
reticulados, corpo central subcircular, psilado.
Dimensões (23 exemplares): corpo central com 42 – 56 μm de diâmetro (100X); sacos
com 37 – 43 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Podocarpaceae.
Podocarpidites sp.2
Estampa 17, # 4 a, b
Descrição: grão de pólen bissacado, sacos de tamanho regular, reticulados. Corpo
central subcircular, psilado.
Dimensões (30 exemplares): corpo central com 31 – 37 μm de diâmetro (100X); sacos
com 33 – 41 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Podocarpaceae.
Podocarpidites sp.3
Estampa 17, # 5
Descrição: grão de pólen bissacado, sacos de tamanho regular, reticulados. Corpo
central psilado com diâmetro maior que o diâmetro dos sacos.
Dimensões (6 exemplares): corpo central com 41 – 45,7 μm de diâmetro (100X);
sacos com 34 – 38 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Podocarpaceae.
104
Podocarpidites sp.4
Estampa 17, # 6
Descrição: grão de pólen bissacado, sacos de tamanho regulares, reticulares; retículos
incompletos. Corpo central psilado.
Dimensões (2 exemplares): corpo central com 37,5 – 42 μm de diâmetro (100X);
sacos com 43,8 – 45 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Podocarpaceae.
CLASSE Monoporatae Iversen et Troels-Smith, 1950
Gênero Graminidites Cookson ex Potonié, 1960
Espécie-tipo: Graminidites media Cookson ex Potonié, 1960
Graminidites sp.
Estampa 18, # 1
Descrição: grão de pólen simples, simetria radial, heteropolar. Monoporado, anulado.
Exina psilada.
Dimensões (33 exemplares): 36 – 45,5 μm de diâmetro (100X). Ânulo com 3 – 3,6 μm
de espessura. Poro com 2 – 2,4 μm de diâmetro. Exina com 1,7 μm.
Afinidade botânica: Poaceae.
CLASSE Monocolpatae Iversen et Troels-Smith, 1950
Gênero Arecipites Wodehouse emend. Nichols, Ames e Traverse, 1973
Espécie-tipo: Arecipites punctatus Wodehouse, 1933
Arecipites sp.
Estampa 18, # 2
Descrição: grão de pólen, simetria bilateral, heteropolar, contorno ovalado com
extremidades arredondadas. Monocolpado, colpo largo. Exina reticulada.
Dimensões (1 exemplar): 63,9 X 37,4 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,2 μm de
espessura e lúmens com 1 – 1,8 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Arecaceae (Palmae) e Liliaceae.
105
Gênero Liliacidites Couper, 1953
Espécie-tipo: Liliacidites Kaitangataensis Couper, 1953
Liliacidites sp.
Estampa 18, # 3
Descrição: grão de pólen monade, simetria bilateral, heteropolar, âmbito ovalado com
extremidades arredondadas. Monocolpado, colpo longo. Sexina reticulada.
Dimensões (3 exemplares): 47 – 59 μm de diâmetro (100X). Retículos com lumens
variando de 0,6 – 1,2 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Liliaceae, Arecaceae, Amaryllidaceae e Iridaceae
(FREDERIKSEN, 1983).
Gênero Proxapertites Van der Hammen, 1956
Espécie-tipo: Proxapertites operculatus Van der Hammen, 1956
Proxapertites sp.
Estampa 18, # 7
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, contorno aproximadamente circular.
Monocolpado, colpo longo. Exina reticulada.
Dimensões (2 exemplares): 48 – 59 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Gênero Psilamonocolpites Van der Hammen e Garcia de Mutis, 1965
Espécie-tipo: Psilamonocolpites medius Van der Hammen e Garcia de Mutis, 1965
Psilamonocolpites sp.1
Estampa 18, # 4
Descrição: grão de pólen monade, simetria bilateral, heteropolar, contorno ovalado.
Monocolpado, colpo longo, mais aberto nas extremidades. Exina psilada, bem espessa.
Dimensões (2 exemplares): 32 – 38,5 μm de comprimento (100X). Diâmetro polar de
18 – 20,8 μm. Exina com 0,8 – 1 μm de espessura.
Afinidade botânica: Arecaceae (Palmae).
106
Psilamonocolpites sp.2
Estampa 18, # 5
Descrição: grão de pólen monade, simetria bilateral, heteropolar, contorno ovalado
com extremidades pontiagudas. Monocolpado, colpo mais expandido na região central.
Exina psilada.
Dimensões (2 exemplares): 22 – 24,3 μm de comprimento (100X). Diâmetro polar de
14,8 – 16,5 μm. Exina com 0,8 – 1 μm de espessura.
Afinidade botânica: Arecaceae (Palmae).
Gênero Retimonocolpites Pierce, 1961
Espécie-tipo: Retimonocolpites dividuus Pierce, 1961
Retimonocolpites sp.
Estampa 18, # 6
Descrição: grão de pólen monade, simetria bilateral, heteropolar, contorno ovalado de
ângulos arredondados. Monocolpado, colpo mais expandido nas extremidades. Exina
reticulada.
Dimensões (2 exemplares): 54,1 – 60,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,6 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Arecaceae (Palmae).
Gênero Spinizonocolpites Muller, 1968
Espécie-tipo: Spinizonocolpites echinatus Muller, 1968
Spinizonocolpites echinatus Muller, 1968
Estampa 18, # 8
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, subesférico. Monocolpado, colpo
continuo equatorial. Exina constituída por espinhos.
Dimensões (1 exemplar): 40 μm de diâmetro (100X). Espinhos com 1 – 2,2 μm de
base e 2,8 – 6,4 μm de altura.
Idade / Ocorrência:
107
- Maastrichtiano a Oligoceno da plataforma continental do Amapá, Pará,
Maranhão, Sergipe e Rio de Janeiro e Bacia de Sergipe / Alagoas (REGALI,
UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (Lima; Amador, 1985);
- Meso/Neoeoceno das bacias de Fonseca e Gandarela (LIMA; SALARD-
CHEBOLDAEFF; 1981);
- Oligoceno a Plioceno da Venezuela (LORENTE, 1986); e
- Eoceno da Africa intertropical – bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali;
Eoceno/Oligoceno das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola (SALARD-
CHEBOLDAEFF, 1990).
Afinidade botânica: Arecaceae.
CLASSE Triporatae Iversen et Troels-Smith, 1950
Gênero Corsinipollenites Nakoman, 1965
Espécie-tipo: Corsinipollenites oculus-noctis (Thiegart) Nakoman, 1965
Corsinipollenites sp. cf. C. oculus-noctis (Thiegart) Nakoman, 1965
Estampa 19, # 1
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular a
subtriangular. Triporado, poros anulados. Exina psilada a escabrada. Alguns grãos
apresentam filamentos na superfície.
Dimensões (3 exemplares): 46 – 59,5 μm de diâmetro (100X). Ânulo com 2,5 – 2,8 μm
de espessura; poro com 8,2 – 10 μm de diâmetro; exina com 1 – 1,4 μm de espessura.
Afinidade botânica: Onagraceae, gênero Ludwigia (FREDERIKSEN, 1983).
Corsinipollenites undulatus (González–Guzmán) Lima e Salard-Cheboldaeff, 1981
Estampa 19, # 2
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular.
Triporado; poros anulados, circulares a subcirculares. Exina rugulada com filamentos na
face proximal.
Dimensões (8 exemplares): 52,5 – 69 μm de diâmetro (100X). Poros com 8,5 – 10 μm
de diâmetro; ânulo com 2 – 4 μm de espessura. Exina com cerca de 2,5 μm.
108
Idade / Ocorrência:
- Maastrichtiano a Plioceno da plataforma continental brasileira e nas bacias de
Sergipe/Alagoas, Almada e Espírito Santo (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974
a, b);
- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);
- Meso/Neoeoceno da Bacia de Gandarela (LIMA; SALARD-CHEBOLDAEFF,
1981);
- Oligoceno da Formação São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);
- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA; JUNIOR e STEFANI, 1996);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);
- Meso/Neoeoceno do Gráben de Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,
RICCOMINI e SOUZA, 1994);
- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985);
- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);
- Eomioceno da Formação Alexandra (LIMA; ANGULO, 1990);
- Neo-oligoceno a Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba e Oligoceno da
Formação São Paulo / Bacia de São Paulo; Oligoceno das bacias de Taubaté e
Resende (YAMAMOTO, 1995);
- Eoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001); e
- Eoceno da África intertropical – bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali (SALARD-
CHEBOLDAEFF, 1990).
Afinidade botânica: Onagraceae, gênero Jussiaea (GONZÁLEZ-GUZMÁN, 1967).
Corsinipollenites sp. cf. C. undulatus (González–Guzmán) Lima e Salard-Cheboldaeff,
1981
Estampa 19, # 3
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular de
lados convexos. Triporado, poros anulados. Sexina undulada; filamentos na superfície.
109
Dimensões (1 exemplar): 22 μm de diâmetro (100X). Poros com 4,6 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Onagraceae.
Corsinipollenites sp.1
Estampa 19, # 4
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.
Triporado, poro anulado. Sexina psilada a escabrada, com filamentos na superfície.
Dimensões (2 exemplares): 78 – 81,8 μm de diâmetro (100X). Ânulos com 5 – 5,6 μm
de espessura e poro com 17 – 22 μm de diâmetro. Exina com 3 μm de espessura.
Afinidade botânica: Onagraceae.
Corsinipollenites sp.2
Estampa 19, # 5
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular de
lados convexos e ângulos bem arredondados. Triporado, poros anulados. Exina
psilada, levemente escabrada na região dos poros.
Dimensões (1 exemplar): 55,8 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,1 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Onagraceae.
Corsinipollenites sp.3
Estampa 20, # 1
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.
Triporado, poros fortemente anulados, subcirculares. Exina psilada a escabrada.
Dimensões (1 exemplar): 94 μm de diâmetro (100X). Exina com 3,2 μm de espessura.
Poro com cerca de 15 μm de diâmetro e ânulo com espessura de 6,2 – 13,7 μm.
Afinidade botânica: Onagraceae.
110
Gênero Echitriporites Van der Hammen ex Hoeken – Klinkenberg, 1964
Espécie-tipo: Echitriporites trianguliformis Van der Hammen ex Hoeken – Klinkenberg,
1964
Echitriporites sp.
Estampa 20, # 2
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.
Triporado, poros subcirculares. Exina equinada.
Dimensões (3 exemplares): 57 – 63 μm de diâmetro (100X). Exina sem espinhos com
1,6 μm – 2,5 μm. Poros com cerca de 8 μm de diâmetro. Equinas com 2 – 2,6 μm de
altura e 1,2 – 2 μm de base.
Idade / Ocorrencia:
- Assemelha-se com o palinomorfo apresentado por Lima e Amador (1985) para o
Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende.
Afinidade botânica: Sterculiaceae? (LIMA; AMADOR, 1985).
Gênero Momipites Wodehouse, 1933
Espécie-tipo: Momipites coryloides Wodehouse, 1933
Momipites sp.
Estampa 20, # 3
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, ambito subcircular.
Triporado, poros subcirculares. Exina psilada.
Dimensões (6 exemplares): 38 – 44,6 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Verbenaceae.
Gênero Proteacidites Cookson ex Couper, 1953
Espécie-tipo: Proteacidites adenanthoides Cookson, 1950
Proteacidites dehanii Germeraad, Hopping e Muller, 1968
Estampa 20, # 4 a, b
Descrição: grão de pólen monade, âmbito triangular de lados retos a levemente
côncavos. Triporado, poros ovalados, anulados. Exina reticulada.
111
Dimensões (14 exemplares): 37 – 42,9 μm de diâmetro (100X). Poros com 6 – 7 μm e
ânulo variando de 0,8 – 2,4 μm de diâmetro. Exina com 2,2 – 2,7 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Maastrichtiano a Oligoceno da plataforma continental do Pará, Maranhão,
Sergipe e Rio de Janeiro e Bacia de Sergipe/Alagoas (REGALI, UESUGUI e
SANTOS, 1974 a, b);
- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);
- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-
CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);
- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Neoeoceno a Eomioceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);
- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985);
- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);
- Eoceno a Plioceno da Bacia de Falcão – Venezuela (LORENTE, 1986); e
- Maastrichtiano do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e ERVE,
1987); e
- Maastrichtiano a Paleoceno da África Intertropical – Togo, Nigéria e bacias de
Niger e Mali; e Maastrichtiano das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola
(SALARD-CHEBOLDAEFF, 1990).
Afinidade botânica: Proteaceae.
Proteacidites sp. cf. P. rectomarginatus Cookson, 1950
Estampa 20, # 5
Descrição: grão de pólen monade, âmbito triangular de lados retos. Triporado. Exina
reticulada com malha muito fina.
Dimensões (43 exemplares): 28 – 36 μm de diâmetro (100X). Poros com 8 – 8,5 μm
de diâmetro; exina com 1 – 1,4 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);
112
- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);
- Neoeoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990); e
- Paleógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY, 2006).
Afinidade botânica: Proteaceae.
Proteacidites sp.1
Estampa 20, # 6
Descrição: grão de pólen monade, âmbito triangular de lados retos a levemente
convexos. Triporado. Exina microrreticulada.
Dimensões (6 exemplares): 25 – 30 μm de diâmetro (100X). Poros com 3,6 – 4,2 μm
de diâmetro.
Afinidade botânica: Proteaceae.
Proteacidites sp.2
Estampa 20, # 7
Descrição: grão de pólen monade, âmbito triangular de lados retos a levemente
côncavos ou convexos. Triporado. Sexina pouco mais espessa que nexina, exina
psilada.
Dimensões (40 exemplares): 32 – 38,3 μm de diâmetro (100X). Poros com 3,2 – 6,9
μm de diâmetro. Exina com 1,6 – 2,4 μm de espessura.
Afinidade botânica: Proteaceae.
Proteacidites sp.3
Estampa 21, # 1 a, b
Descrição: grão de pólen monade, âmbito triangular de lados convexos. Triporado,
poros circulares, anulados. Exina constituída por espinhos que se apresentam de forma
bem espaçada.
Dimensões (1 exemplar): 46 μm de diâmetro (100X). Poros com 8,4 μm de diâmetro e
ânulo com 2 μm de espessura. Exina com 2 μm e espinhos com 4,8 μm de altura e 1,6
μm de base.
Afinidade botânica: Proteaceae?
113
Gênero Psilatriporites (Van der Hammen) Mathur, 1966
Espécie-tipo: Psilatriporites inornatus (Van der Hammen) Mathur, 1966
Psilatriporites sp.
Estampa 21, # 2
Descrição: grão de pólen monade, âmbito triangular de lados retos a ligeiramente
côncavos e ângulos arredondados. Triporado, poros circulares a subcirculares. Exina
psilada.
Dimensões (2 exemplares): 24 – 27,7 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,3 μm
de espessura. Poros com 2,5 – 2,8 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Angiospermae.
CLASSE Stephanoporatae Iversen et Troels-Smith, 1950
Gênero Malvacipollis Harris, 1965
Espécie-tipo: Malvacipollis diversus Harris, 1965
Malvacipollis spinulosa Frederiksen et al. 1983
Estampa 21, # 3
Descrição: Grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, subesferoidal, âmbito
subcircular. Estefanoporado, 8 poros ovalados. Exina equinada.
Dimensões (16 exemplares): 35,5 – 43,8 μm de diâmetro (100X). Poros com 4,1 – 6,5
μm de diâmetro. Exina com 0,5 – 1 μm de espessura; espinhos com 1 – 2 μm de altura.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno das formações Itaquaquecetuba e São Paulo / Bacia de São Paulo; e
Oligoceno das bacias de Taubaté e Resende (YAMAMOTO, 1995);
- Oligoceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986); e
- Eoceno de San Diego - EUA (FREDERIKSEN et al.,1983).
Afinidade botânica: Euphorbiaceae (FREDERIKSEN et al., 1983).
Gênero Ulmoideipites Anderson, 1960
Espécie-tipo: Ulmoideipites krempii Anderson, 1960
Ulmoideipites krempii Anderson, 1960
Estampa 21, # 4
114
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar. Estefanoporado, 4 a 5
poros anulados. Exina microverrugosa.
Dimensões (65 exemplares): 25 – 32 μm de diâmetro (100X). Poros com 3,7 – 5,5 μm
de diâmetro. Exina com 1 – 3,2 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Maastrichtiano a Oligoceno da plataforma continental brasileira e bacias de
Sergipe/Alagoas e Espírito Santo (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Paleoceno da Bacia de São José de Itaboraí (LIMA; CUNHA, 1986);
- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);
- Oligoceno da Formação Itatiaia, da Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);
- Oligoceno da Formação Tremembé, da Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-
CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);
- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Neoeoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);
- Meso/Neoeoceno do Gráben de Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,
RICCOMINI e SOUZA, 1994);
- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985);
- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);
- Segundo Yamamoto (1995), a espécie ocorre no Neoeoceno (Formação
Resende) Oligoceno (formações Tremembé e São Paulo) e Neo-oligoceno a
Eomioceno (Formação Itaquaquecetuba); e
- Neopaleoceno a Eoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001).
Afinidade botânica: Ulmus - Ulmaceae.
115
Não Identificados
Estefanoporado não identificado 1
Estampa 21, # 5
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar. Estefanoporado, 5 poros.
Exina reticulada.
Dimensões (1 exemplar): 48,6 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,2 μm de
espessura. Poros com 5,1 – 6,7 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Estefanoporado não identificado 2
Estampa 21, # 6
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito quadrangular com
lados côncavos. Estefanoporado, 4 poros circulares. Exina finamente reticulada.
Dimensões (1 exemplar): 23 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,1 μm de espessura.
Poros com 1,1 – 2,1 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Allophylus – Sapindaceae
CLASSE Periporatae Iversen et Troels-Smith, 1950
Gênero Catinipollis Krutzsch, 1966
Espécie-tipo: Catinipollis geiseltalensis Krutzsch, 1966
Catinipollis geiseltalensis Krutzsch, 1966
Estampa 21, # 7
Descrição: grão esferoidal. Provavelmente periporado, com poros? circulares a
subcirculares. Exina psilada.
Dimensões (39 exemplares): 30 – 34,5 μm de diâmetro (100X). Poros? Variando de 1
– 2,7 μm de diâmetro.
Idade / Ocorrência:
- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);
- Oligoceno da Formação Itatiaia, da Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);
- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-
CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);
116
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, da Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);
- Meso/Neoeoceno do Gráben Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,
RICCOMINI e SOUZA, 1994);
- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985);
- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);
- Neo-oligoceno a Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba / Bacia de São
Paulo; Oligoceno das formações São Paulo e Tremembé / Bacia de Taubaté
(YAMAMOTO, 1995);
- Neoeoceno a Oligoceno da Argentina (ZAMALOA e ROMERO, 1990);
- Paleoceno da Argentina (ARCHANGELSKY e ZAMALOA, 1986);
- Mesoeoceno da Alemanha (KRUTZSCH, 1966); e
- Mesoeoceno a Oligoceno da Colômbia (SOLE DE PORTA, 1963).
Afinidade botânica: Craniolaria – Martyniaceae.
Gênero Clavaperiporites Ramanujam
Espécie-tipo: Clavaperiporites jacobii Ramanujam
Clavaperiporites sp.
Estampa 21, # 8
Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, poros subcirculares, anulados.
Exina coberta por clavas. Sexina mais espessa que nexina.
Dimensões (1 exemplar): 77,3 μm de diâmetro (100X). Exina com até 8 μm de
espessura. Poros com cerca de 7 μm de diâmetro e ânulos com 2 μm. Clavas com até
4,6 μm de altura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Gênero Echiperiporites Van der Hammen e Wymstra, 1964,
Espécie-tipo: Echiperiporites akanthos Van der Hammen e Wymstra, 1964
Echiperiporites estelae Germeraad, Hopping e Muller, 1968
Estampa 23, # 4 a, b
117
Descrição: grão de pólen esférico. Periporado, poros com ânulo. Exina equinada.
Dimensões (12 exemplares): 68 – 86,5 μm de diâmetro (100X). Poros com 4,3 – 8,6
μm de diâmetro e ânulo com 1,6 – 2,8 μm de espessura. Exina com 3 μm. Espinhos
com 6,3 μm de base e 10,2 μm de altura.
Idade / Ocorrência:
- Neoeoceno a Mioceno da plataforma continental do Amapá, Pará, Maranhão,
Sergipe, Rio de Janeiro e Paraná (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Neo-oligoceno da Formação Itaquaquecetuba / Bacia de São Paulo
(YAMAMOTO, 1995);
- Neoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001);
- Neoeoceno a Plioceno do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e MULLER, 1968);
- Neoeoceno a Quaternário do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO
e ERVE, 1987); e
- Oligoceno a Plioceno das bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali; e Mioceno/
Plioceno das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola (SALARD-
CHEBOLDAEFF, 1990).
Afinidade botânica: Malvaceae (Thespesia populnea e Hibiscus tiliaceus), Segundo
Germeraad, Hopping e Muller (1968).
Echiperiporites sp.
Estampa 23, # 1
Descrição: grão de pólen monade, esférico, periporado. Poros de difícil contagem (5 ou
mais). Exina espinescente.
Dimensões (1 exemplar): 15 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,4 μm de espessura .
Espinhos com até 1,8 μm de altura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Gênero Fenestrites Van der Hammen, 1956
Espécie-tipo: Fenestrites spinosus Van der Hammen, 1956
Fenestrites sp.1
Estampa 23, # 2
118
Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, fenestrado; Fenestras
subcirculares. Exina baculada.
Dimensões (1 exemplar): 79 μm de diâmetro (100X). Exina com 6,1 μm de espessura.
Fenestras com 15 – 17,1 X 9,9 –11,6 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Amarantaceae.
Fenestrites sp.2
Estampa 23, # 3 a, b
Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, fenestrado; fenestras
circulares com cristas tectado-columeladas. Sexina mais espessa que nexina. Exina
baculada.
Dimensões (3 exemplares): 69 – 73 μm de diâmetro (100X). Exina com 9 – 9,5 μm de
espessura. Fenestras com 12 – 14,4 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Amarantaceae.
Gênero Magnaperiporites González-Guzmán, 1967
Espécie-tipo: Magnaperiporites spinosus González-Guzmán, 1967
Magnaperiporites spinosus González-Guzmán, 1967
Estampa 22, # 1 a, b
Descrição: grão de pólen monade, esférico, periporado. Exina tectado-perfurada, com
mais de 50 poros, poros subcirculares a ovais.
Dimensões (16 exemplares): 96 – 137,6 μm de diâmetro (100X). Poros com 4,8 – 6,9
μm de diâmetro. Exina com 8 – 10 μm de espessura. Espinhos com 2,3 – 4,6 μm de
altura e 1,4 – 2 μm de base.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno da plataforma continental do Amapá, Pará e Rio de Janeiro e Bacia do
Espírito Santo (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);
- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia e Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985);
119
- Neo-oligoceno da Formação Itaquaquecetuba / Bacia de São Paulo; Oligoceno
da Formação São Paulo / Bacia de Taubaté (YAMAMOTO, 1995);
- Eoceno da Colômbia (GONZÁLEZ-GUZMÁN, 1967);
- Oligoceno do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e ERVE, 1987);
- Eomioceno a Plioceno da Venezuela (LORENTE, 1986); e
- Oligoceno das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola (SALARD-
CHEBOLDAEFF, 1990).
Afinidade botânica: Malvaceae (LIMA, MELO e COIMBRA, 1991) e Nyctaginaceae
(LIMA, VESPUCCI e SUGUIO, 1985).
Gênero Miocaenipollis Krutzsch, 1966
Espécie-tipo: Miocaenipollis miocaenicus Krutzsch, 1966
Miocaenipollis sp.
Estampa 24, # 1
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, âmbito circular. Periporado, 5 poros
anulados, subcirculares a ovais. Exina psilada.
Dimensões (17 exemplares): 28 – 36,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,5 – 2 μm
de espessura. Poros com 4,4 – 5,8 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Gênero Myriophyllumpollenites Nagy, 1969
Espécie-tipo: Myriophyllumpollenites quadratus Nagy, 1969
Myriophyllumpollenites sp.
Estampa 24, # 2
Descrição: grão de pólen esférico, isopolar. Periporado, 5 – 6 poros, fortemente
anulados. Exina psilada.
Dimensões (8 exemplares): 31 – 36 μm de diâmetro (100X). Poros com 4,5 μm de
diâmetro. Ânulos com 3,2 μm.
Afinidade botânica: Myriophyllum – Haloragaceae.
120
Gênero Psilaperiporites Regali, Uesugui e Santos, 1974
Espécie-tipo: Psilaperiporites minimus Regali, Uesugui e Santos, 1974
Psilaperiporites minimus Regali, Uesugui e Santos, 1974
Estampa 24, # 3
Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, poros anulados, circulares a
subcirculares; 13 poros ou mais; borda levemente ondulada. Exina psilada.
Dimensões (2 exemplares): 35,2 – 40 μm de diâmetro (100X). Ânulo com 1 – 2 μm de
espessura. Poro com 3,8 – 4,5 μm de diâmetro.
Comentário:
O grão descrito neste trabalho é idêntico a P. minimus citado por Lima, Melo
e Coimbra (1991), para as formações São Paulo e Itaquaquecetuba. Um espécime
muito similar, foi apresentado para a Formação Tremembé (Bacia de Taubaté) por
Lima, Salard-Cheboldaeff e Suguio (1983) como Psilaperiporites cf. P. minimus .
Idade / Ocorrência:
- Mioceno a Plioceno da plataforma continental do Amapá, Pará, Sergipe, Rio de
Janeiro, São Paulo e Paraná (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, da Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);
- Oligoceno da Formação Itatiaia, da Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994); e
- Mioceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986).
Afinidade botânica: Chenopodiaceae.
Psilaperiporites sp.1
Estampa 24, # 4
Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, 6 poros circulares a
subcirculares. Exina psilada.
Dimensões (1 exemplar): 34 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,3 μm de espessura.
Poros com cerca de 4,8 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Apocynaceae?
121
Psilaperiporites sp.2
Estampa 24, # 5
Descrição: grão de pólen esférico, periporado. 12 poros circulares a subcirculares.
Exina psilada.
Dimensões (17 exemplares): 43,7 – 49 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 – 2,5 μm
de espessura. Poros com 4,6 – 5,2 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Malpighiaceae.
Gênero Scabraperiporites Regali, Uesugui e Santos, 1974
Espécie-tipo: Scabraperiporites nativensis Regali, Uesugui e Santos, 1974
Scabraperiporites asymmetricus Dueñas, 1980
Estampa 24, # 6 a, b
Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado com 5 - 6 poros, alguns com
ânulos evidentes. Exina escabrada a fortemente escabrada.
Dimensões (16 exemplares): 29 – 38 μm de diâmetro (100X). Poro com 2 - 9 μm de
diâmetro, ânulo com 1,5 – 2 μm de espessura; exina com 1,7 - 3,9 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996); e
- Espécimes similares a Scabraperiporites asymmetricus são citados para o
Oligoceno da Bacia de Resende por Yamamoto (1995).
- Oligoceno a Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980)
Afinidade botânica: Malpighiaceae.
Scabraperiporites nativensis Regali, Uesugui e Santos, 1974
Estampa 24, # 7
Descrição: grão de pólen monade, esférico, isopolar. Periporado. Exina escabrada.
Dimensões (30 exemplares): 18 –24,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 0,5 – 1 μm
de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Mesoeoceno a Oligoceno da plataforma continental brasileira e Bacia do Espírito
Santo (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b).
122
Afinidade botânica: Chenopodiaceae (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 b).
Scabraperiporites sp.1
Estampa 24, # 8
Descrição: grão de pólen monade, esférico, isopolar. Periporado, 5 a 6 poros anulados.
Exina levemente escabrada.
Dimensões (30 exemplares): 34 – 43,6 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,8 μm
de espessura. Ânulo com 1 – 1,7 μm de espessura. Poro com 3,9 – 4,5 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Malpighiaceae.
Scabraperiporites sp.2
Estampa 24, # 9
Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, mais de 50 poros circulares a
subcirculares. Exina escabrada.
Dimensões (1 exemplar): 67 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,6 μm de espessura.
Poros com 1,9 – 2,9 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Não identificados
Periporado não identificado 1
Estampa 24, # 10
Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, poros circulares de difícil
contagem, provavelmente mais de 10. exina coberta por espinhos.
Dimensões (1 exemplar): 28,6 μm de diâmetro (100X). Exina sem espinhos com 1,6
μm de espessura. Espinhos com 4,6 – 5,8 μm de altura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Periporado não identificado 2
Estampa 24, # 11
Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, cerca de 15 poros anulados.
Exina espinescente.
123
Dimensões (1 exemplar): 56 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,5 μm de espessura.
Espinhos com cerca de 5 μm.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Periporado não identificado 3
Estampa 25, # 1 a, b
Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, 11 poros ou mais,
subcirculares, anulados. Tectado, sexina mais espessa que nexina. Exina reticulada.
Dimensões (3 exemplares): 78 – 85,4 μm de diâmetro (100X). Exina com 3,2 – 4 μm
de espessura. Poros com 12 – 14 μm de diâmetro. Ânulos com 1,2 – 3 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Calystegia – Convolvulaceae.
CLASSE Tricolpatae Iversen et Troels-Smith, 1950
Gênero Beaupreaidites Cookson, 1950
Espécie-tipo: Beaupreaidites elegansiformis Cookson, 1950
Beaupreaidites diversiformis Milne, 1998
Estampa 25, # 2
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular de lados
retos a ligeiramente côncavos. Tricolpado, anguloaperturado, colpos largos e curtos.
Exina finamente reticulada.
Dimensões (1 exemplar): 92,8 μm de diâmetro (100X). Exina com 3,9 μm de
espessura. Colpos com 10,4 – 13,5 de profundidade. Região intercolpos com 7,3 – 8
μm.
Idade / Ocorrência:
- Paleógeno a Neógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY,
2006).
Afinidade botânica: Beauprea – Proteaceae (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY,
2006).
124
Gênero Clavatricolpites Pierce, 1961
Espécie-tipo: Clavatricolpites prolatus Pierce, 1961
Clavatricolpites sp.
Estampa 26, # 1 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolpado. Exina
clavada.
Dimensões (1 exemplar): V. E.= 61,5 μm / V. P.= 43,6 μm de diâmetro (100X). Exina
com 3,2 μm de espessura. Clavas com 2,1 μm de altura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Gênero Echitricolpites Regali, Uesugui e Santos, 1974
Espécie-tipo: Echitricolpites communis Regali, Uesugui e Santos, 1974
Echitricolpites sp.1
Estampa 26, # 2 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato-esferoidal /
subesferoidal. Tricolpado, colpos longos. Exina constituída por espinhos dispersos de
forma espassada.
Dimensões (6 exemplares): V. E.= 40,3 – 44,9 μm / V. P.= 40,5 – 44,8 μm de diâmetro
(100X). Exina com 4,8 – 5,4 μm de espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Echitricolpites sp.2
Estampa 26, # 3 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, âmbito circular a subcircular.
Tricolpado. Exina constituída por numerosos espinhos.
Dimensões (3 exemplares): 36,4 – 39,8 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,5 μm
de espessura (sem espinhos). Espinhos com 1,5 – 2,5 μm de altura e 0,8 – 1,2 μm de
base.
Afinidade botânica: Angiospermae.
125
Gênero Loranthacites Mtchedlishvili, 1961
Espécie-tipo: Loranthacites macrosolenoides Mtchedlishvili, 1961
Loranthacites sp.
Estampa 26, # 4
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular de lados
fortemente côncavos. Tricolpado, anguloaperturado, colpos longos. Exina psilada.
Dimensões (4 exemplares): 20 – 23 μm de diâmetro (100X). Exina pouco espessa
com 1,2 – 1,5 μm.
Afinidade botânica: Loranthaceae.
Gênero Perfotricolpites González-guzmán, 1967
Espécie-tipo: Perfotricolpites digitatus González-guzmán, 1967
Perfotricolpites digitatus González-guzmán, 1967
Estampa 26, # 5
Descrição: grão de pólen monade, simetría radial, isopolar, subesferoidal. Tricolpado.
Exina foveolada, tectada.
Dimensões (27 exemplares): V.E.= 43 – 55 μm / V. P.= 57 – 65,4 μm de diâmetro
(100X). Colpos longos com 18 – 22 μm de profundidade. Exina com 2,4 μm de
espessura.
Idade / Ocorrência:
- Mesoeoceno a Oligoceno da plataforma continental brasileira (REGALI,
UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Meso/Neoeoceno do Gráben Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,
RICCOMINI e SOUZA, 1994);
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba / Bacia de São Paulo;
Oligoceno da Formação Tremembé, bacia de Taubaté e Formação Resende,
Bacia de Resende (YAMAMOTO, 1995);
- Eoceno da Colômbia (GONZÁLEZ-GUZMÁN, 1967);
- Neoeoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e MULLER,
1968);
126
- Eoeoceno a Quaternário da América do Sul Setentrional (MULLER, DI
GIACOMO e ERVE, 1987);
- Oligoceno a Plioceno da Venezuela (LORENTE, 1986);
- Neoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001);
- Eoceno a Plioceno das bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali; e Eoceno/Mioceno
das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola (SALARD-CHEBOLDAEFF,
1990); e
- Paleógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY, 2006).
Afinidade botânica: Convolvulaceae.
Gênero Psilatricolpites (Van der Hammen) Pierce, 1961
Espécie-tipo: Psilatricolpites incomptus (Van der Hammen) Pierce, 1961
Psilatricolpites sp. cf. P. papilioniformis Regali, Uesugui e Santos, 1974
Estampa 26, # 6
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular com lados
retos a levemente convexos. Tricolpado, colpos longos. Exina psilada apresentando
algumas estrias na superfície.
Dimensões (11 exemplares): V. P.= 33,5 – 38 μm de diâmetro (100X). Exina com 2
μm de espessura. Colpos com 11 – 15 μm de profundidade.
Comentário: Regali, Uesugui e Santos (1974 a, b) descreveram a espécie para a Bacia
de Barreirinhas, Brasil. Espécime muito semelhante ao aqui encontrada foi citada por
Hoorn (1994) para a Colômbia.
Idade / Ocorrência:
- Cenomaniano da Bacia de Barreirinhas, Brasil (REGALI, UESUGUI E SANTOS,
1974 a, b); e
- Eo/Mesomioceno da Colômbia (HOORN, 1994).
Afinidade botânica: Angiospermae.
127
Psilatricolpites sp.1
Estampa 26, # 7
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, peroblato. Tricolpado,
colpos longos. Exina psilada.
Dimensões (30 exemplares): V. E.= 37 – 41,5 μm / V. P.= 17,5 – 19 μm de diâmetro
(100X). Exina com 1,5 – 2 μm de espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Psilatricolpites sp.2
Estampa 27, # 1
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular.
Tricolpado. Exina psilada.
Dimensões (1 exemplar): V. P.= 36 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,8 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Psilatricolpites sp.3
Estampa 27, # 2
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, peroblato. Tricolpado,
colpos longos. Psilado.
Dimensões (22 exemplares): V. E.= 26,9 – 30 μm / V. P.= 12 – 13,7 μm de diâmetro
(100X). Exina com 0,5 – 0,8 μm de espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Gênero Retitricolpites (Van der Hammen) Pierce, 1961
Espécie-tipo: Retitricolpites ornatus (Van der Hammen) Pierce, 1961
Retitricolpites sp.1
Estampa 27, # 3
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolpado. Exina
reticulada.
128
Dimensão (16 exemplares): V. E.= 43 – 47,5 μm / V. P.= 23 – 26,5 μm de diâmetro
(100X). Exina com 1,8 – 2 μm de espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Retitricolpites sp.2
Estampa 27, # 4
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular a
subcircular. Tricolpado, colpos longos. Exina finamente reticulada.
Dimensões (2 exemplares): V. P.= 28 – 30 μm de diâmetro (100X). Exina com cerca
de 1 μm de espessura. Região intercolpos com 3,6 – 6 μm. Profundidade dos colpos
variando de 5,8 – 8,4 μm.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Gênero Salixipollenites Srivastava, 1966
Espécie-tipo: Salixipollenites discoloripites (Wodehouse) Srivastava, 1966
Salixipollenites sp.
Estampa 27, # 5
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolpado, colpos
longos. Exina reticulada.
Dimensões (30 exemplares): V. E.= 36,2 – 39,8 μm / V. P.= 26,5 – 28 μm de diâmetro
(100X). Exina com 1,4 – 1,8 μm de espessura. Lumens variando de 1 – 1,2 μm de
diâmetro.
Comentário: o palinomorfo aqui encontrado é similar ao apresentado para o Oligoceno
por Wilkinson e Boulter (1980), como Salixipollenites Group B;
Idade / Ocorrência:
O gênero já é citado para diversas regiões e idades:
- Oligoceno da Inglaterra (WILKINSON; BOULTER, 1980);
- Mioceno do Golfo de Suez, Egito (BEIALY, MAHMOUD e ALI, 2005); e
- Neomioceno a Eoplioceno do sudeste da China (WANG, 2006).
Afinidade botânica: Salicaceae.
129
Gênero Striatopollis Krutzsch, 1959
Espécie-tipo: Striatopollis sarstedtensis Krutzsch, 1959
Striatopollis catatumbus (González-Guzmán) Ward, 1986
Estampa 27, # 6
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar. Tricolpado, colpos retos e
longos. Exina estriada.
Dimensões (3 exemplares): V. P.= 43,6 – 45 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,6
μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Eoeoceno a Oligoceno / Mioceno da plataforma continental do Amapá, Pará,
Maranhão, Sergipe e Espírito Santo (REGALI, UESYGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Oligoceno da Formação Tremembé / Bacia de Taubaté (YAMAMOTO, 1995);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Mesoeoceno da Colômbia (GONZÁLEZ-GUZMÁN, 1967);
- Eoeoceno a Quaternário do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e
ERVE, 1987);
- Paleoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e MULLER,
1968);
- Oligoceno a Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980);
- Oligoceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986); e
- Eoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001).
Afinidade botânica: Crudia, Anthonotha, Isoberlinia, Macrolobium bifilium –
Fabaceae (GERMERRAD, HOOPING e MULLER, 1968).
Gênero Tricolpites (Cookson ex Couper, 1953) emend. Potonié, 1960
Espécie-tipo: Tricolpites reticulatus Cookson ex Couper, 1953
Tricolpites reticulatus Cookson ex Couper, 1953
Estampa 27, # 7 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular, oblato.
Tricolpado, colpos longos. Exina microrreticulada.
130
Dimensões (12 exemplares): V. E.= 36 – 38,3 μm / V. P.= 24,6 – 27 μm de diâmetro
(100X). Exina com 2,7 – 3,2 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001); e
- Cretáceo a Neógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY,
2006).
Afinidade botânica: Gunnera.
Gênero Tubulifloridites Cookson 1947 ex Potonié, 1960
Espécie-tipo: Tubulifloridites antipodica Cookson, 1947
Tubulifloridites viteauensis Barreda, 1993
Estampa 27, # 8 a, b, c, d
Descrição: grão de pólen, monade, simetría radial, âmbito subcircular, suboblato –
subesferoidal. Tricolpado. Exina rugulada, semitectada.
Dimensões (3 exemplares): V. E.= 52,6 – 55 μm / V. P.= 41,6 – 43 μm de diâmetro
(100X). Profundidade do colpo em vista polar: 10 – 13 μm. Exina com 6 – 6,4 μm de
espessura.
Comentário: a forma aqui descrita é idêntica a Tubulifloridites viteauensis de Barreda
(1993).
Idade / Ocorrência:
- Neo-oligoceno? a Mioceno da Formação Chenque, Provincia de Chubut –
Argentina (BARREDA, 1993).
Afinidade botânica: Segundo Barreda (1993) este grão é muito similar aos grãos de
pólen produzidos pelas atuais plantas do genero Mutisia - Asteraceae.
Não identificados
Pólen tricolpado não identificado
Estampa 27, # 9 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.
Tricolpado, colpos longos. Exina intectada, gemada.
131
Dimensões (1 exemplar): 42,6 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,9 μm de
espessura. Gema com 2,1 – 2,4 de altura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
CLASSE Stephanocolpatae Iversen et Troels-Smith, 1950
Gênero Psilastephanocolpites Leidelmeyer, 1966
Espécie-tipo. Psilastephanocolpites maia Leidelmeyer, 1966
Psilastephanocolpites sp.1
Estampa 28, # 1
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.
Tetracolpado, colpos relativamente longos. Exina psilada.
Dimensões (1 exemplar): 42,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,2 μm. Colpos com
8 – 9,6 μm de profundidade.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Psilastephanocolpites sp.2
Estampa 28, # 2
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, âmbito circular. Estefanocolpado, 6
colpos relativamente profundos. Exina psilada.
Dimensões (2 exemplares): 28,8 – 30 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,2 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
CLASSE Tricolporatae Iversen et Troels-Smith, 1950
Gênero Bombacacidites Couper, 1960
Espécie-tipo: Bombacacidites bombaxoides Couper, 1960
Bombacacidites sp. cf. B. bombaxoides Couper, 1960
Estampa 28, # 3
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular.
Tricolporado, pleurotremado. Exina reticulada com lumens uniforme.
Dimensões (1 exemplar): 59 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 μm de espessura.
132
Idade / Ocorrência:
- Paleoceno da Bacia de São José de Itaboraí (LIMA; CUNHA, 1986);
- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);
- Meso/Neo-eoceno da bacia de Fonseca e Gandarela (LIMA; SALARD-
CHEBOLDAEFF, 1981);
- Neoeoceno a Oligoceno da bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Meso/Neoeoceno do Gráben Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,
RICCOMINI e SOUZA, 1994); e
- Eomioceno da Formação Alexandra (LIMA; ANGULO, 1990).
Afinidade botânica: Bombacaceae.
Bombacacidites clarus Sah, 1967
Estampa 28, # 4
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular de lados
retos e ângulos arredondados. Tricolporado, pleurotremado, poros circulares. Exina
reticulada com lumens mais espessos na região central do grão.
Dimensões (3 exemplares): 41,2 – 44 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 – 2,5 μm
de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno da Formação São Paulo, Bacia de São Paulo (LIMA, MELO e
COIMBRA, 1991);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Meso/Neo-eoceno do Gráben Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,
RICCOMINI e SOUZA, 1994); e
- Eomioceno da Formação Alexandra (LIMA; ANGULO, 1990).
Afinidade botânica: Bombacaceae.
Bombacacidites sp.1
Estampa 28, # 5
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular de lados
convexos. Tricolporado, pleurotremado. Exina reticulada.
133
Dimensões (23 exemplares): 47 – 60 μm de diâmetro (100X). Colpo com 6 – 7,8 μm
de profundidade. Exina com 4 – 4,5 μm de espessura.
Afinidade botânica: Bombacaceae.
Bombacacidites sp.2
Estampa 28, # 6
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular.
Tricolporado, pleurotremado. Exina finamente reticulada com lumens maiores na região
central do grão.
Dimensões (11 exemplares): 34 – 39 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 – 2,5 μm
de espessura.
Afinidade botânica: Bombacaceae.
Bombacacidites sp.3
Estampa 28, # 7
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.
Tricolporado, pleurotremado, poros circulares. Exina reticulada com lumens que
decrescem de diâmetro em direção a borda do grão.
Dimensões (3 exemplares): 42,2 – 43,6 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,4 μm
de espessura.
Afinidade botânica: Bombacaceae.
Bombacacidites sp.4
Estampa 28, # 8
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.
Triporado, poros subcirculares. Exina intectada, baculada.
Dimensões (1 exemplar): 51,6 μm de diâmetro de diâmetro (100X). Exina com báculas
3,8 μm de espessura. Báculas com 2,7 μm de altura.
Afinidade botânica: Bombacaceae.
134
Gênero Favitricolporites Sah, 1967
Espécie-tipo: Favitricolporites eminens Sah, 1967
Favitricolporites baculoferus Srivastava, 1972
Estampa 29, # 1 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular, oblato
esferoidal – subesferoidal. Tricolporado. Exina retipilada.
Dimensões (6 exemplares): V. E.= 54,2 – 57 μm / V. P.= 49 – 51 μm de diâmetro
(100X). Exina 3,7 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Paleógeno da Europa (THOMSON; PFLUG, 1953); e
- Paleoceno do Alabama, E.U.A. (SRIVASTAVA, 1972).
Afinidade botânica: Angiospermae.
Gênero Heterocolpites Van der Hammen, 1956 ex Van der Hammen e Garcia de Mutis,
1956
Espécie-tipo: Heterocolpites incomptus Van der Hammen, 1956 ex Hoorn, 1993
Heterocolpites sp. cf. H. incomptus Van der Hammen, 1956 ex Hoorn, 1993
Estampa 29, # 2 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, prolato esferoidal /
subesferoidal a subprolato / subesferoidal. Heterocolpado. Poros subcirculares a
lalogados. Exina psilada.
Dimensões (34 exemplares): V. E.= 18,2 – 23 / V. P.= 19 – 21 μm de diâmetro (100X).
Exina com 1,3 – 1,5 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Heterocolpites incomptus foi citado para o Mioceno da Amazônia (HOORN,
1993).
Afinidade botânica: Miconia, Melastomataceae (HOORN, 1993).
135
Gênero Ilexpollenites Thiegart ex Potonié, 1960
Espécie-tipo: Ilexpollenites iliacus Potonié, 1960
Ilexpollenites sp.1
Estampa 29, # 3
Descrição: grão de pólen monade ou tétrade, simetria radial, isopolar, oblato-esferoidal
/ subesferoidal. Tricolporado, poros circulares. Sexina composta por clavas.
Dimensões (11 exemplares): V. E= 25,2 – 29 μm / V. P= 22,5 – 26 μm de diâmetro
(100X). Poros com 2,4 μm de diâmetro. Clavas com 2,5 – 3,2 μm de altura.
Afinidade botânica: Ilex (Aqüifoliaceae).
Ilexpollenites sp.2
Estampa 29, # 4 a, b
Descrição: grão de pólen monade ou tétrade, simetria radial, isopolar, prolato-
esferoidal. Tricolporado, poros circulares ou subcirculares. Sexina constituída por
clavas.
Dimensões (23 exemplares): V. E.= 31 – 34,2 μm / V. P.= 32 – 35,4 μm de diâmetro
(100X). Clavas com cerca de 2,6 μm de altura; exina com 3,2 – 3,7 μm de espessura.
Afinidade botânica: Ilex (Aqüifoliaceae).
Gênero Margocolporites Ramanujam ex Srivastava, 1969
Espécie-tipo: Margocolporites tsudakai Ramanujam, 1966
Margocolporites vanwijhei Germerrad, Hopping e Muller, 1968
Estampa 29, # 5
Descrição: grão de pólen monade, simetría radial, isopolar, oblato, âmbito circular.
Tricolpado. Exina reticulada na porção externa das margens dos colpos e na porção
interna exina intectada.
Dimensões (10 exemplares): V. P.= 56 – 59,5 μm de diâmetro (100X). Lumens de 0,8
– 1,8 μm de diâmetro. Exina com 4 – 4,5 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Meso/Neo-eoceno da plataforma continental do Brasil (REGALI, UESUGUI e
SANTOS, 1974 a, b);
136
- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);
- Neoeoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Neoeoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);
- Meso/Neo-eoceno do Gráben de Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,
RICCOMINI e SOUZA, 1994);
- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);
- Neo-oligoceno da Formação Itaquaquecetuba / Bacia de São Paulo; Oligoceno
da Formação São Paulo / Bacia de Taubaté; Oligoceno da Formação Resende /
Bacia de Resende (YAMAMOTO, 1995);
- Mesoeoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERRAD, HOPPING e MULLER,
1968);
- Eoeoceno a Quaternário do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e
ERVE, 1987);
- Oligoceno a Mioceno da Venezuela (LORENTE, 1986);
- Eoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001); e
- Paleógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY, 2006).
Afinidade botânica: Fabaceae (Caesalpinoideae).
Margocolporites sp. cf. M. vanwijhei Germerrad, Hopping e Muller, 1968
Estampa 29, # 7
Descrição: grão de pólen monade, simetría radial, isopolar, oblato, âmbito circular.
Tricolporado. Exina reticulada na porção externa das margens dos colpos e na porção
interna exina intectada.
Dimensões (12 exemplares): V. P.= 37 – 42 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,3 –
2,1 μm de espessura. Região intercolpos com 8,3 – 10,5 μm. Lumens com 0,4 – 1,8 μm
de diâmetro. Colpos com 8 – 11 μm de profundidade.
Comentário: esta forma difere de Margocolporites vanwijhei Germerrad, Hopping e
Muller (1968), por possuir tamanho menor.
Afinidade botânica: Fabaceae (Caesalpinoideae).
137
Margocolporites tenuireticulatus Barreda, 1997
Estampa 29, # 6 Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito circular a
subcircular. Tricolporado. Exina finamente reticulada a levemente escabrada na porção
externa das margens dos colpos, na porção interna exina psilada.
Dimensões (4 exemplares): 33 – 34,4 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,5 – 2 μm
de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Neo-oligoceno? a Eomioceno da Formação Chenque, Patagônia Argentina
(BARREDA, 1997 b).
Afinidade botânica: Fabaceae (Caesalpinoideae).
Gênero Psilatricolporites Van der Hammen ex Pierce, 1961
Espécie-tipo: Psilatricolporites inornatus (Van der Hammen) Pierce, 1961
Psilatricolporites costatus Dueñas, 1980
Estampa 29, # 8 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, prolato – esferoidal /
subesferoidal. Tricolporado, colpos longos e poros circulares a ovais, anulados. Exina
psilada.
Dimensões (32 exemplares): V. E.= 18,6 – 24 μm / V. P.= 19 – 24 μm de diâmetro
(100X). Poros com 4,2 X 2 μm de diâmetro. Ânulo com cerca de 1 μm de espessura.
Exina com 1 – 1,5 μm.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno a Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980); e
- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985).
Afinidade botânica: Angiospermae.
138
Psilatricolporites maculosus Regali, Uesugui e Santos, 1974
Estampa 29, # 9
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, prolato esferoidal /
subesferoidal. Tricolporado, colpos retos e poros lalongados a ovais. Sexina psilada.
Dimensões (11 exemplares): V. E.= 20 - 23 μm / V. P.= 19 – 21,8 μm de diâmetro
(100X). Sexina com 1,2 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Eoceno a Mioceno da plataforma continental do Amapá, Pará, Alagoas, Sergipe,
Espírito Santo e Rio de Janeiro (REGALI, UESUGUI E SANTOS, 1974 a, b);
- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);
- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);
- Meso/Neoeoceno do Gráben Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,
RICCOMINI e SOUZA, 1994);
- Oligoceno das bacias de Taubaté e Resende (YAMAMOTO, 1995);
- Oligoceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986);
- Mesoeoceno a Plioceno do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e
ERVE, 1987); e
- Neopaleoceno a Eoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001).
Afinidade botânica: Chrysophyllum argenteum / Sapotaceae (LORENTE, 1986).
Psilatricolporites operculatus Van der Hammen e Wymstra, 1964
Estampa 29, # 10
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.
Tricolporado, colpos longos com opérculo. Exina psilada.
Dimensões (3 exemplares): 27 – 29,2 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,5 μm
de espessura. Colpos com cerca de 10 μm de profundidade.
Idade / Ocorrência:
- Neoeoceno a Mioceno da plataforma continental brasileira e das bacias de
Sergipe/Alagoas e Espírito Santo (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
139
- Neo-oligoceno a Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba e Oligoceno da
Formação São Paulo / Bacia de São Paulo; Oligoceno da Bacia de Taubaté
(YAMAMOTO, 1995);
- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);
- Neo-oligoceno da Formação São Paulo, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985);
- Mesoeoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e MULLER,
1968);
- Mesoeoceno a Quaternário do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO
e ERVE, 1987);
- Oligoceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986);
- Oligoceno a Mioceno da Guiana (VAN DER HAMMEN; WIJMSTRA, 1964);
- Neoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001); e
- Eoceno a Plioceno das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola; Oligoceno
a Plioceno das bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali (SALARD-CHEBOLDAEFF,
1990).
Afinidade botânica: Alchornea, Euphorbiaceae.
Psilatricolporites triangularis Van der Hammen e Wymstra, 1964
Estampa 29, # 11
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, subtriangular em vista
polar. Tricolporado, brevicolpado. Exina mais espessa na região dos colpos. Em vista
polar forma uma área triangular na porção central do grão. Psilado.
Dimensões (2 exemplares): 26 – 27,5 μm de diâmetro (100X). Exina com até 4,7 μm
de espessura na região do colpo.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno a Mioceno da plataforma continental do Maranhão, Amapá e Pará
(REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Oligoceno a Mioceno da Guiana (VAN DER HAMMEN; WYMSTRA, 1964); e
- Neoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001).
Afinidade botânica: Angiospermae.
140
Psilatricolporites sp.1
Estampa 30, # 1
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, prolato. Tricolporado, poros
circulares. Exina psilada.
Dimensões (3 exemplares): V. E.= 16 – 17,5 μm / V. P.= 24 – 25 μm de diâmetro
(100X). Exina com 0,6 – 1 μm de espessura.
Afinidade botânica: Sapotaceae.
Psilatricolporites sp.2
Estampa 30, # 2 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato – esferoidal /
subesferoidal. Tricolporado, colpos espessos e poros circulares. Exina psilada.
Dimensões (2 exemplares): V. E.= 20,4 – 22 μm / V. P.= 19,5 – 20 μm de diâmetro
(100X). Exina com 0,5 – 1 μm de espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Psilatricolporites sp.3
Estampa 30, # 3 a, b, c
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular,
subprolato / subesferoidal. Tricolporado, colpos relativamente longos, poros ovais.
Exina psilada.
Dimensões (3 exemplares): V. E.= 15,5 – 17 μm / V. P.= 19 – 20 μm de diâmetro
(100X). Exina com 1 – 1,3 μm de espessura. Colpos com cerca de 6,7 μm de
profundidade.
Afinidade botânica: Euphorbiaceae.
Psilatricolporites sp.4
Estampa 30, # 5 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato – suboblato /
subesferoidal. Tricolporado, poros lalongados. Exina psilada.
141
Dimensões (33 exemplares): V. E.= 17 – 26 μm / V. P.= 13 – 15 μm de diâmetro
(100X). Exina com 1,9 – 1 μm de espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Psilatricolporites sp.5
Estampa 30, # 4 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato – esferoidal /
subesferoidal. Tricolporado, colpos longos e poros ovais, bem evidentes. Exina psilada.
Dimensões (2 exemplares): V. E.= 23,5 – 25 μm / V. P.= 23,1 – 24,7 μm de diâmetro
(100X). Exina com 1 μm de espessura. Poros com 10 X 6,2 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Psilatricolporites sp.6
Estampa 30, # 6 a, b
Descrição: grão de pólen, monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular, prolato
– esferoidal / subesferoidal. Tricolporado, poros fortemente anulados. Exina psilada.
Dimensões (1 exemplar): V. E.= 31,3 μm / V. P.= 33,6 μm de diâmetro (100X). Exina
com 1,6 μm de espessura. Ânulo com 5 – 6,2 μm de espessura.
Afinidade botânica: Euphorbiaceae.
Psilatricolporites sp.7
Estampa 30, # 7
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolporado, poros
ovalados. Exina psilada.
Dimensões (3 exemplares): V. E.= 30 – 33,3 μm / V. P.= 20 – 23,2 μm de diâmetro
(100X). Exina com 1,8 – 2 μm de espessura.
Afinidade botânica: Sapotaceae.
142
Psilatricolporites sp. 8
Estampa 30, # 8
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.
Tricolporado, colpos largos e relativamente profundos. Exina psilada, pouco espessa.
Grão encontrado apenas em vista polar.
Dimensões (7 exemplares): V. P.= 27,5 – 30 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 –
2,5 μm de espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Psilatricolporites sp.9
Estampa 30, # 9
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito circular.
Tricolporado, brevicolpado. Exina psilada, pouco espessa.
Dimensões (33 exemplares): 22 – 26,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,7 μm
de espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Psilatricolporites sp.10
Estampa 30, # 10 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.
Tricolporado, brevicolpado. Exina psilada, pouco espessa.
Dimensões (29 exemplares): 20 – 27,6 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,3 - 2 μm
de espessura.
Comentário: Psilatricolporites sp. 10 difere de Psilatricolporites sp. 9 por possuir âmbito
subcircular.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Retibrevitricolporites Legoux, 1978
Retibrevitricolporites sp.
Estampa 31, # 10 a, b
143
Descrição: grão de pólen, monade, simetria radial, âmbito subcircular. Tricolporado,
brevicolporado. Exina reticulada; malhas com dimensões irregulares.
Dimensões (1 exemplar): 25,1 μm de diâmetro (100X) em vista polar. Exina com 1,8
μm (100X). Malhas com 0,8 – 2 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Gênero Retitricolporites (Van der Hammen, 1956) Van der Hammen e Wymstra, 1964
Espécie-tipo: Retitricolporites guianensis Van der Hammen e Wymstra, 1964
Retitricolporites chubutensis Archangelsky, 1973
Estampa 30, # 11
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, suboblato / subesferoidal.
Tricolporado. Exina reticulada.
Dimensões (6 exemplares): V. E.= 22 – 23,9 μm / V. P.= 17,5 – 19,3 μm de diâmetro
(100X). Exina com cerca de 1,5 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Paleoceno de Chubut (ARCHANGELSKY e ZAMALOA,1986).
Afinidade botânica: Angiospermae.
Retitricolporites ellipticus Van Hoeken – Klinkenberg, 1966
Estampa 30, # 12
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolporado, colpos
longos e poros circulares. Exina reticulada.
Dimensões (21 exemplares): V. E= 38 – 41,6 μm / V. P.= 22,2 – 24,6 μm de diâmetro
(100X). Exina com 1,3 – 1,7 μm de espessura. Poros com 4,8 – 5 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Retitricolporites finitus González-Guzmán, 1967
Estampa 30, # 13 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, suboblato / subesferoidal.
Tricolporado, poros circulares pouco evidentes. Exina microrreticulada a escabrada.
144
Dimensões (47 exemplares): V. E.= 37 – 44 μm / V. P.= 29 – 33,5 μm de diâmetro
(100X). Exina com 1,5 – 2 μm de espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Retitricolporites sp.1
Estampa 30, # 14 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolporado, colpos
longos e retos, poros de difícil observação. Exina escabrada.
Dimensões (7 exemplares): V. E.= 32 – 34,6 μm / V. P.= 20 – 22,2 μm de diâmetro
(100X). Exina com 2 – 2,4 μm de espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Retitricolporites sp.2
Estampa 30, # 15
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, suboblato / subesferoidal.
Tricolporado, poros grandes, ovais, bem evidentes. Exina reticulada.
Dimensões (1 exemplar): V. E.= 32,9 μm / V. P.= 32 μm de diâmetro (100X). Exina
com 2,5 μm de espessura. Poros com 7,4 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Retitricolporites sp.3
Estampa 31, # 1 a, b, c, d
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular de lados
convexos, Prolato – esferoidal / subesferoidal. Tricolporado, colpos retos e longos,
poros ovais, anulados, bem evidentes. Exina escabrada.
Dimensões (2 exemplares): V. E.= 32 – 33 μm / V. P.= 36 – 37,3 μm de diâmetro
(100X). Exina com 1,4 – 2 μm de espessura. Profundidade do colpo em vista polar
variando de 8 – 10 μm.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Retitricolporites sp.4
Estampa 31, # 2 a, b
145
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, prolato – esferoidal /
subesferoidal. Tricolporado, colpos longos e largos, poros subcirculares. Exina tectada,
com retículo heterogêneo.
Dimensões (16 exemplares): V. E.= 27 – 31,2 μm / V. P.= 29 – 33 de diâmetro (100X).
Exina com 1,5 – 1,9 μm de espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Retitricolporites sp.5
Estampa 31, # 3
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolporado, poros
subcirculares a ovais. Exina reticulada.
Dimensões (11 exemplares): V. E.= 34,5 – 37 μm / V. P.= 23,5 – 26 de diâmetro
(100X). Exina com 2 – 2,4 μm de espessura. Poros com 3,9 – 6 μm de diâmetro.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Retitricolporites sp.6
Estampa 31, # 4
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, suboblato / subesferoidal.
Tricolporado. Exina microrreticulada. Encontrado sempre amassado.
Dimensões (33 exemplares): V. E.= 36 – 43 μm / V. P.= 28 – 33,4 μm de diâmetro
(100X). Exina com 0,5 – 0,8 μm de espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Retitricolporites sp.7
Estampa 31, # 5
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, âmbito subcircular. Tricolporado,
colpos longos. Exina reticulada.
Dimensões (1 exemplar): 24,2 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,1 μm de
espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
146
Gênero Rhoipites Wodehouse, 1933
Espécie-tipo: Rhoipites bradleyi Baldoni, 1987
Rhoipites romeroi (Baldoni, 1987) emend. Barreda, 1997
Estampa 31, # 7 a, b, c
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato – esferoidal /
subesferoidal. Tricolporado, poros subcirculares, anulados. Exina reticulada.
Dimensões (13 exemplares): V. E.= 30 – 34,8 μm / V. P.= 29 – 31,5 μm de diâmetro
(100X). Exina com cerca de 1 μm de espessura e colpos com 7 – 7,8 μm de
profundidade.
Idade / Ocorrência:
- Neo-oligoceno? – Mioceno da Formação Chenque, Bacia de São Jorge,
Patagônia Argentina (BARREDA, 1997 b).
Afinidade botânica: Angiospermae.
Rhoipites sp.
Estampa 31, # 8 a, b
Descrição: grão de pólen, simetria radial, isopolar, suboblato / subesferoidal.
Tricolporado, poros subcirculares a lalongados. Exina levemente reticulada.
Dimensões (11 exemplares): V. E.= 27 – 32 μm / V. P.= 22 – 25,7 μm de diâmetro
(100X). Exina com 1 – 1,4 μm de espessura.
Afinidade botânica: Angiospermae.
Gênero Striatricolporites Van der Hammen 1956 ex Leidelmeyer, 1966
Espécie-tipo: Striatricolporites pimulis Leidelmeyer, 1966
Striatricolporites sp.
Estampa 31, # 6 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato-esferoidal /
subesferoidal. Tricolporado, poros lalongados, ovais e circulares. Exina estriada.
Dimensões (8 exemplares): V. E.= 23 – 30,7 μm / V. P.= 21 – 29,2 μm de diâmetro
(100X). Exina com 1 – 1,5 μm de espessura.
Afinidade botânica: Anacardiaceae.
147
Gênero Verrutricolporites Van der Hammen et Wymstra, 1964
Espécie-tipo: Verrutricolporites rotundiporus Van der Hammen et Wymstra, 1964
Verrutricolporites rotundiporus Van der Hammen et Wymstra, 1964
Estampa 31, # 9
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito circular, Prolato –
esferoidal / subesferoidal. Tricolporado. Exina microverrugosa.
Dimensões (29 exemplares): V. E.= 21,2 – 25 μm / V. P.= 22 – 26,3 μm de diâmetro
(100X). Exina com 1,2 μm de espessura. Poro com 2,2 – 2,6 μm de diâmetro.
Idade / Ocorrência:
- Oligoceno a Mioceno da plataforma continental do Amapá, Pará, Maranhão,
Sergipe e Rio de Janeiro (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Oligoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e MULLER, 1968);
- Mioceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986);
- Oligoceno a Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980);
- Oligoceno a Mioceno da Guiana (VAN DER HAMMEN; WIJMSTRA, 1964); e
- Oligoceno a Plioceno das bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali;
Oligoceno/Mioceno das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola (SALARD-
CHEBOLDAEFF, 1990).
Afinidade botânica: Angiospermae.
Não identificados
Pólen não identificado 1
Estampa 31, # 11
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, estefanocolporado. 4
colporos, colpos longos. Exina reticulada.
Dimensões (1 exemplar): 27,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,2 μm de
espessura. Poros com 2,1 μm de diâmetro e colpos com 4,5 – 7 μm de profundidade.
Afinidade botânica: Angiospermae.
148
Pólen não identificado 2
Estampa 33, # 17
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, âmbito quadrangular,
estefanocolporado, anguloaperturado. 4 colporos, colpos longos, sincolpado. Exina
reticulada.
Dimensões (24 exemplares): 22 – 25,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,4 μm
de espessura.
Afinidade botânica: Myrtaceae.
CLASSE Stephanocolporatae Iversen et Troels-Smith, 1950
Gênero Jandufouria Germeraad, Hopping & Muller, 1968
Espécie-tipo: Jandufouria seamrogiformis Germeraad, Hopping & Muller, 1968
Jandufouria seamrogiformis Germeraad, Hopping & Muller, 1968
Estampa 32, # 1
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar. Estefanocolporado, 6
colporos. Exina tectado-perfurada.
Dimensões (1 exemplar): 81 μm de diâmetro (100X). Exina com 7,8 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Mioceno da plataforma continental do Pará, Maranhão e Sergipe (REGALI,
UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Oligoceno da Formação São Paulo, Bacia de Taubaté (YAMAMOTO, 1995);
- Neoeoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e MULLER,
1968);
- Oligoceno a Quaternário do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e
ERVE, 1987);
- Oligoceno-Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980) e;
- Eo/Mesomioceno da Colômbia (HOORN, 1994).
Afinidade botânica: Catostemma - Bombacaceae (HOORN, 1994).
149
Gênero Psilastephanocolporites Leidelmeyer, 1966
Espécie-tipo: Psilastephanocolporites fissilis Leidelmeyer, 1966
Psilastephanocolporites fissilis Leidelmeyer, 1966
Estampa 32, # 2 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, prolato – esferoidal /
subesferoidal. Colporado, 9 colporos. Exina psilada.
Dimensões (3 exemplares): V. E.= 27 – 30,8 μm / V. P.= 30,6 – 32,5μm de diâmetro
(100X). Exina com 1 – 1,1 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Eoceno a Mioceno da plataforma continental brasileira (REGALI, UESUGUI e
SANTOS, 1974 a, b);
- Oligoceno da Formação Itatiaia, da Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);
- Oligoceno da Formação Tremembé, da Bacia de Taubaté (LIMA; SALARD-
CHEBOLDAEFF e SUGUIO; 1985);
- Meso/Neoeoceno das bacias de Gandarela e Fonseca (LIMA; SALARD-
CHEBOLDAEFF, 1981);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Neoeoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);
- Eo-Mesomioceno da Bacia Amazônica – Colômbia (HOORN, 1994);
- Oligoceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986); e
- Neoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001).
Afinidade botânica: Polygalaceae.
Gênero Tetracolporopollenites Goczán, 1964
Espécie-tipo: Tetracolporopollenites sphericus (Couper, 1960) Góczán, 1964
Tetracolporopollenites sp.
Estampa 32, # 4 a, b
Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito quadrangular,
subprolato / subesferoidal. Tetracolporado, poros subcirculares a ovais. Psilado.
Dimensões (2 exemplares): V. E.= 33 – 35 μm / V. P.= 38 – 40 μm de diâmetro
(100X). Exina com cerca de 1 μm de espessura.
150
Afinidade botânica: Angiospermae.
CLASSE Pericolporatae Iversen et Troels-Smith, 1950
Genero Perisyncolporites Germerrad, Hopping e Muller, 1968
Espécie-tipo: Perisyncolporites pokornyi Germeraad, Hopping e Muller, 1968
Perisyncolporites pokornyi Germeraad, Hopping e Muller, 1968
Estampa 32, # 3 a, b
Descrição: grão de pólen monade, isopolar, esférico. Sincolporado, poros circulares a
subcirculares. Exina espessa, psilada.
Dimensões (60 exemplares): 23 – 42 μm de diâmetro (100X). Poros com 3 – 4,2 μm
de diâmetro. Exina com 3 – 4,4 μm de espessura.
Idade / Ocorrência:
- Mesoeoceno a Mioceno da plataforma continental brasileira e bacias de
Sergipe/Alagoas, Jequitinhonha, Cumuruxatiba e Espirito Santo (REGALI,
UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);
- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);
- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);
- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-
CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);
- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo
(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);
- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);
- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);
- Neoeoceno a Eomioceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);
- Neo-oligoceno da Formação São Paulo, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e
SUGUIO, 1985);
- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);
- Eomioceno da Formação Alexandra (LIMA; ANGULO, 1990);
- Neo-oligoceno a Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba e Oligoceno da
Formação São Paulo / Bacia de São Paulo; Oligoceno das bacias de Taubaté e
Resende (YAMAMOTO, 1995);