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Dados de identificação
Título do artigo:
Avaliação do consumo alimentar e do estado nutricional de pré-escolares do
município de Itatiba (SP).
Título em inglês:
Assessment of dietary intake and nutritional status of preschool children in
Itatiba (SP).
Título resumido:
Dietary intake and nutritional status of preschool.
Autores:
Milene Linardi Gomes, Rachel de Souza Lira, Pérola Ribeiro
Instituição dos autores:
Milene Linardi Gomes: Aluna do curso de graduação em Nutrição da
Universidade São Francisco (USF). Av. São Francisco de Assis, 218 – Jardim
São José – CEP: 12916-900 – Bragança Paulista – SP. E-mail:
Rachel de Souza Lira: Aluna do curso de graduação em Nutrição da
Universidade São Francisco (USF). Av. São Francisco de Assis, 218 – Jardim
São José – CEP: 12916-900 – Bragança Paulista – SP. E-mail:
Pérola Ribeiro: Professora doutora assistente do curso de Nutrição da
Universidade São Francisco (USF) campus Bragança Paulista. Av. São
Francisco de Assis, 218 – Jardim São José – CEP: 12916-900 – Bragança
Paulista – SP. E-mail: [email protected] ou
Autor responsável pela correspondência:
Pérola Ribeiro
2
Av. São Francisco de Assis, 218 – Jardim São José
CEP: 12916-900 – Bragança Paulista – SP
Telefone: (11) 2454-8206
E-mail: [email protected] ou [email protected]
Declaração de conflito de interesse
Nada a declarar.
3
RESUMO
Objetivo: avaliar o consumo alimentar e do estado nutricional de crianças
pertencentes a uma Escola Municipal de Ensino Infantil do município de Itatiba.
Métodos: Estudo transversal realizado com amostra de 59 crianças, divididas
em duas faixas etárias. Aplicou-se um questionário para obtenção de
informações referentes à criança, à família e dados sócio-econômicos. Avaliou-
se, também, os indicadores antropométricos. O valor nutritivo do cardápio, a
distribuição de macronutrientes e sua adequação nutricional Resultados: O
consumo de energia, carboidratos e cálcio encontravam-se abaixo dos valores
de referência para ambas as faixas etárias. A distribuição de energia,
proveniente dos macronutrientes encontrava-se adequada. A maioria das
crianças apresentou-se dentro dos limites de normalidade. Entretanto, 8,3%
das crianças menores de 60 meses apresentava, pelo indicador P/E, magreza,
4,2% apresentava, pelo indicador P/I, baixo peso para a idade, 4,2%
apresentava, pelo indicador E/I, baixa estatura para a idade e 4,2%
apresentava, pelo IMC, magreza e 12,5% apresentava sobrepeso. Entre os
maiores de 60 meses, pelo indicador P/I, 2,9% das crianças apresentava baixo
peso para a idade e 11,4% peso elevado para sua idade. Segundo o indicador
E/I, 5,7% das crianças foram classificadas como baixa estatura para a idade.
Com relação ao IMC, 2,9% das crianças apresentavam magreza, 14,3%
sobrepeso, 8,6% obesidade e 8,6% obesidade grave. Conclusões: A não
adequação energética e de nutrientes mostra a necessidade de observação
sistemática quanto à elaboração do cardápio, de seu preparo e da distribuição
dos alimentos oferecidos aos pré-escolares para garantir a adequação da
alimentação escolar em termos qualitativos e quantitativos.
Descritores: pré-escolar, merenda escolar, estado nutricional, hábitos
alimentares
4
ABSTRACT
Objective: To evaluate the dietary intake and nutritional status of children
belonging to a Municipal School of Childhood Education in the city of Itatiba.
Methods: Cross-sectional study with a sample of 59 children, divided into two
age groups. It applied a questionnaire to obtain information concerning the
child, family and socio-economic status. It evaluated the anthropometric indexes
too. The meal nutritional composition, the distribution of nutrients and their
nutritional adequacy were calculated. Results: The consumption of energy,
carbohydrates and calcium were below the reference values for both age
groups. Energy distribution from macronutrients was adequate. Most of the
children were within normal limits. However, 8.3% of children under 60 months
showed thinness for WHZ, 4.2% were low weight for age, according WAZ, 4.2%
were low height for age by HAZ, and 4.2% were underweight and 12.5% were
overweight at BMI. Among the over 60 months, 2.9% of children had low weight
for age and 11.4% higher weight for their age according WAZ. According to the
indicator HAZ, 5.7% of children were classified as low height for age. With
respect to BMI, 2.9% of children were underweight, 14.3% overweight, 8.6%
obese and 8.6% severely obese. Conclusions: The inadequacy of energy and
nutrients showed the need for systematic observation on the preparation of the
menu, of preparation and distribution of food offered to preschool children to
ensure the adequacy of school meals in both qualitative and quantitative.
Descriptors: preschool children, school feeding, nutritional status, food habits
5
INTRODUÇÃO
A alimentação escolar tem como objetivo atender as necessidades nutricionais
dos alunos e a formação de hábitos alimentares saudáveis, durante sua
permanência em sala de aula, contribuindo para seu crescimento,
desenvolvimentos, aprendizagem e rendimento escolar4.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (PNAE/FNDE) determina que é
responsabilidade dos estados, dos municípios e do Distrito Federal
confeccionar o cardápio da alimentação escolar. O nutricionista deverá assumir
a responsabilidade técnica pelo programa, com o acompanhamento do
Conselho de Alimentação Escolar (CAE). O cardápio deve ser elaborado de
modo a suprir, no mínimo 15% das necessidades nutricionais diárias dos
alunos matriculados em creches, pré-escolas e escolas do ensino fundamental,
durante sua permanência em sala de aula. Em casos de escolas indígenas e
localizadas em áreas remanescentes quilombolas deverá suprir, no mínimo
30% das necessidades nutricionais diárias.4
No caso do município de Itatiba, a contribuição do governo federal é repassada
diretamente à prefeitura municipal, a qual complementa este valor para melhor
atendimento das metas do programa. A merenda escolar em Itatiba foi
terceirizada em 2004. Atualmente mais de 100 merendeiras confeccionam a
merenda sob supervisão de seis nutricionistas. O cardápio é elaborado com
90% de gêneros in natura, respeitando os hábitos alimentares dos alunos.
Estudos epidemiológicos sobre indicadores da obesidade na infância ainda são
muito escassos e, quase sempre, restritos a países desenvolvidos, para que se
tenha idéia da real importância dessa condição em sociedades em
desenvolvimento. Ainda assim, a importância crescente da obesidade em
adultos, demonstrada em todos os países aonde o tema vem sendo
investigado, incluindo o Brasil justifica que indicadores dessa enfermidade
sejam monitorados em outros grupos etários, como crianças e adolescentes14.
Segundo a Organização para Agricultura e Alimentação (FAO)25, as crescentes
mudanças na dieta e no estilo de vida que ocorreram em virtude da
industrialização, urbanização, desenvolvimento econômico e globalização de
mercados intensificaram-se nas últimas décadas, proporcionando um impacto
significativo na saúde e no estado nutricional das populações, tanto nos países
6
desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Se por um lado, os padrões de
vida melhoraram, a disponibilidade e a diversidade de alimentos expandiram-
se, e os acessos aos diferentes tipos de serviços aumentaram, por outro,
também houve conseqüências negativas, como: a) aumento do tabagismo,
especialmente entre a população de baixa renda; b) modelos dietéticos
inadequados como, por exemplo, o consumo aumentado de dietas com
elevadas concentrações de lipídios, em especial os saturados e baixo consumo
de carboidratos não refinados; c) diminuição da atividade física associada a um
estilo de vida sedentário, com transporte motorizado, automação de
residências e locais de trabalho e atividades de lazer que exigem cada vez
menos esforço físico.
Devido a estas mudanças nos modelos dietéticos e no estilo de vida, as
doenças crônico-degenerativas, incluindo obesidade, diabetes melittus,
doenças cardiovasculares, hipertensão, acidentes vasculares cerebrais e
alguns tipos de câncer estão se tornando as principais causas de incapacitação
e morte prematura tanto em países desenvolvidos quanto em países em
desenvolvimento25.
Portanto, a dieta adequada deve ser balanceada, incorporando as variações
individuais, tais como idade e estágio de desenvolvimento. Além disso, deve
atender as necessidades nutricionais do indivíduo para seu desenvolvimento.
Por isso, pesquisas com o intuito de conhecer o estado nutricional de um
determinado grupo humano e seus hábitos alimentares utilizam-se de
inquéritos nutricionais, como os recordatórios de 24 horas, os registros
dietéticos e os questionários de freqüência alimentar, entre outros6, 10. Além da
quantificação dos dados de consumo alimentar, através de inquéritos
alimentares, a avaliação nutricional é um instrumento diagnóstico que pode ser
obtido através de vários métodos. Excelente indicador de qualidade de vida,
esta mede as condições nutricionais do organismo que são determinadas pelos
processos de ingestão alimentar, absorção, utilização e excreção de nutrientes,
ou seja, é o balanço entre a ingestão e a perda de nutrientes12.
Em vista do exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar e
do estado nutricional de crianças pertencentes a uma Escola Municipal de
Ensino Infantil (EMEI) do município de Itatiba (SP).
7
MÉTODOS
Caracterização do município
O município de Itatiba situa-se na região noroeste da capital do estado de São
Paulo, distando, aproximadamente, 70 quilômetros do centro da capital do
Estado. Por volta de 1805, migrantes procedentes de Atibaia e Jundiaí,
atraídos pela fertilidade do solo, formaram o pequeno povoado que deu origem
a Itatiba. Com uma área de 322Km2, Itatiba é conhecida como a Suíça paulista,
por seu clima temperado, considerado um dos melhores do mundo.
Segundo dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE)
(Fundação SEADE8, 2009) referentes ao ano de 2009, sua população é de
98.746 habitantes, seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM),
é classificado como alto (0,828). Entretanto, cerca de 6,6% da população é
analfabeta e o coeficiente de mortalidade infantil é de 14,94/1.000 nascidos
vivos, dados semelhantes aos do estado de São Paulo (12,56/1.000). A
economia do município tem como base indústrias moveleiras e agricultura.
Cerca de 99% dos domicílios são servidos por água tratada e contam com
coleta pública de lixo e 97% dos domicílios possuem rede sanitária de esgoto.8
População de estudo
Durante o período de junho a agosto de 2009, a partir dos registros de
matrículas das crianças atendidas pelas EMEIs do município. Os objetivos do
estudo foram explicados para os pais e/ou responsáveis e o termo de
consentimento livre e esclarecido foi assinado. Entregou-se um questionário
aos pais e/ou responsáveis para obtenção de informações referentes à criança,
à família e dados sócio-econômicos. Em função da dificuldade de se obter
informações precisas sobre a renda familiar, utilizou-se uma medida indireta
baseada no Critério de Classificação Econômica Brasil, desenvolvido pela
Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP) em parceria com a
Associação Brasileira dos Anunciantes (ABA). Trata-se de um critério renda-
independente, que se baseia em informações sobre as características sócio-
econômicas e culturais do núcleo familiar, os quais classificam a população em
grandes classes econômicas estimando o poder de compra individual. Fazem
parte desse critério de classificação os seguintes tópicos: grau de instrução do
chefe da família, posse e número de automóveis, televisão a cores, rádio, vídeo
8
cassete e/ou DVD, aspirador de pó, máquina de lavar roupas, geladeira,
freezer, banheiro e a presença de empregada doméstica2. Pela somatória dos
pontos referentes a cada um dos tópicos, determina-se sete classes sócio-
econômicas, de acordo com a renda familiar mensal estimada: A1 (R$ 7.793),
A2 (R$ 4.648), B1 (R$ 2.804), B2 (R$ 1.669), C (R$ 927), D (R$424) e E (R$
207).
Selecionou-se 59 crianças com idades entre 45 e 72 meses divididas em duas
faixas etárias: menores de 60 meses (< 60 meses) e maiores de 60 meses (≥
60 meses). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)
da Universidade São Francisco (protocolo CAAE: 0064.0.142.000-09).
Avaliação do consumo alimentar
O Quadro 1 mostra o cardápio de uma semana das refeições oferecidas,
durante o mês de junho, às crianças matriculadas nas EMEIs de Itatiba.
QUADRO 1: Cardápio de uma semana das refeições oferecidas, durante o
mês de junho, às crianças matriculadas nas EMEIs de Itatiba.
2ª. feira 3ª. feira 4ª. feira 5ª. feira 6ª. feira
Arroz, feijão,
ovo mexido,
seleta de
legumes,
alface lisa,
banana
Arroz, cação,
purê de batata,
tomate, pudim
Arroz, feijão,
abobrinha,
repolho, maçã
Arroz, feijão,
salsicha, batata,
pepino, laranja
Macarrão com
molho de
carne moída,
chuchu,
alface, pudim
O valor nutritivo do cardápio de uma semana ingerido pelas crianças nas
escolas foi determinado por análise indireta, através da tabela de composição
de alimentos: suporte para decisão nutricional18. Os nutrientes avaliados foram
energia (em Kcal), carboidratos, proteínas e lipídios totais (em gramas) e cálcio
e ferro (em miligramas).
A adequação de nutrientes foi calculada de acordo com as diretrizes da
Resolução n° 38 do Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (CD/FNDE) de 16.07.20094. Como as crianças
avaliadas nesta pesquisa permaneciam na instituição de ensino em período
parcial (manhã: das 7:30 às 11:20 horas e tarde: das 13:00 às 16:50 horas),
9
segundo o artigo 15, parágrafo I, desta Resolução fica estabelecido que
quando oferecida uma refeição, no mínimo, 20% das necessidades nutricionais
diárias dos alunos matriculados na educação básica, em período parcial devem
ser atendidas, conforme o Quadro 2.
QUADRO 2: Valores de referência diários de energia, macro e micronutrientes.
Categoria Idade
(anos)
Energia
(Kcal)
Carboidratos
(g)
Proteínas
(g)
Lipídios
(g)
Cálcio
(mg)
Ferro
(mg)
Pré-escola 4 – 5 270 43,9 8,4 6,8 160 2,0
Ensino
Fundamental
6 – 10 300 48,8 9,4 7,5 210 1,8
Avaliou-se, também, a distribuição das fontes de energia, proveniente de
macronutrientes, utilizando-se como referência os valores do artigo 16, dessa
Resolução, o qual recomenda que, em média, a alimentação na escola tenha,
no máximo: 10% da energia total proveniente de açúcar simples adicionado; 15
a 30% da energia total proveniente de gorduras totais; 10% da energia total
proveniente de gordura saturada; 1% da energia total proveniente de gordura
trans e 1g de sal. As recomendações descritas são voltadas para todas as
modalidades da educação básica. Os parâmetros estabelecidos no caput deste
artigo referem-se à oferta média diária de nutrientes e energia na alimentação
escolar em cada semana.
Avaliou-se, também, a distribuição das fontes de energia, proveniente de
macronutrientes, utilizando-se como referência os valores da distribuição de
macronutrientes aceitáveis (Acceptable Macronutients Distribution Range –
AMDR), na faixa etária de 4 a 8 anos: carboidratos: 45 a 65%; proteínas: 10 a
30% e lipídios: 25 a 35% do valor energético total (VET)9.
Aplicou-se, também, um questionário de freqüência alimentar para se
determinar as preferências alimentares das crianças matriculadas nas EMEIs
de Itatiba.
Avaliação do estado nutricional
Todas as crianças foram avaliadas quanto ao seu estado nutricional. Na
avaliação das condições antropométricas utilizou-se os seguintes parâmetros:
10
a) Peso: obtido em balança pediátrica digital, marca Welmy®, com
capacidade para 150 quilos, com divisão de 100 gramas. A criança era pesada
utilizando roupas leves e sem calçados. Essa aferição foi realizada somente
uma vez.
b) Estatura: obtida com fita métrica com escala milimétrica e um esquadro
de plástico. A leitura das medidas foi realizada atentamente, após a criança
deixar a posição sob o esquadro e/ou infantômetro e registrada imediatamente.
Essa aferição foi realizada duas vezes consecutivas para o cálculo posterior de
uma média aritmética.
Todas as medidas de peso e estatura foram realizadas pelas autoras desse
estudo, devidamente treinadas quanto à padronização das técnicas de aferição
desses parâmetros.
A partir dos dados de sexo, peso e estatura, calculou-se os índices de peso
para estatura (P/E), peso para idade (P/I) e estatura para idade (E/I) expressos
como escore-z em relação aos valores da tabela de referência da Organização
Mundial da Saúde23.
Análise estatística
A análise estatística foi realizada utilizando-se os softwares Sigma Stat for
Windows® versão 3.522. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparar
os resultados das variáveis sócio econômicas das famílias e das crianças de
acordo com a idade das crianças (< 60 meses e ≥ 60 meses). Também foi
aplicado para a comparação dos índices antropométricos P/E, P/I, E/I e IMC,
de acordo com a idade (< 60 meses e ≥ 60 meses) e sexo das crianças. Em
todos os testes aplicados fixou-se o nível de significância em p≤0,05,
assinalando-se, com asterisco, os valores estatisticamente significantes.
RESULTADOS
Caracterização da amostra
A Tabela 1 apresenta a caracterização sócio econômica das famílias e das
crianças matriculadas nas EMEIs de Itatiba, segundo a faixa etária. Cinquenta
e dois por cento das crianças são do sexo masculino, entretanto, entre as
crianças maiores de 60 meses, observa-se predomínio de meninas (54,3% -
19/35). Com relação ao número de moradores da casa, 84,7% (50/59) das
11
famílias eram compostas por 2 a 3 indivíduos. Segundo o critério de
classificação sócio-econômico, 62,7% (37/59) pertenciam à classe sócio
econômica C, no entanto, 13,6% (8/59) e 18,6% (11/59) pertenciam,
respectivamente, às classes sociais B e D. Noventa e três por cento (55/59)
das crianças não apresentavam restrição alimentar e 89,8% (53/59) não
relataram casos de alergia alimentar. A maioria das crianças (93,2% - 55/59)
não utilizava medicamentos. Oitenta e cinco por cento (50/59) das crianças não
praticavam nenhum tipo de atividade física, entretanto 15,3% (9/59) praticavam
esportes como: natação, caminhada e futebol.
A Tabela 2 mostra o consumo mediano de energia, macro e micronutrientes
das refeições oferecidas às crianças matriculadas nas EMEIs de Itatiba.
Verifica-se que o consumo de energia, carboidratos e cálcio encontram-se
abaixo dos valores de referência da Resolução n° 38 do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação.4
Na Tabela 3 é possível visualizar as distribuições percentuais dos
macronutrientes, em relação ao conteúdo de energia. As porcentagens de
energia provenientes de gorduras totais encontravam-se adequadas, segundo
a Resolução n° 38 do Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (CD/FNDE) de 16.07.2009.4 Pelos valores
estabelecidos pelo IOM9, verificou-se que a distribuição de energia, proveniente
dos macronutrientes encontrava-se adequada.
A Tabela 4 apresenta a porcentagem de adequação de energia, macro e
micronutrientes das refeições oferecidas às crianças matriculadas nas EMEIs
de Itatiba, segundo a faixa etária, segundo a Resolução n° 38 do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação.4 Verifica-se que a adequação de
energia, carboidratos e cálcio encontram-se abaixo dos valores de referência
propostos pela Resolução n° 38, tanto para as crianças menores quanto
maiores de 60 meses. Por outro lado, proteínas, lipídios e ferro superaram os
valores de referências propostos.
O Gráfico 1 mostra a preferência alimentar das crianças menores de 60 meses
matriculadas nas EMEIs de Itatiba, segundo o sexo. Os principais alimentos
consumidos pelas crianças são: carnes/ovos, cereais e verduras e legumes.
12
Entretanto, entre os meninos, há consumo de embutidos e lanches
(hambúrguer e cachorro quente).
O Gráfico 2 apresenta a preferência alimentar das crianças maiores de 60
meses matriculadas nas EMEIs de Itatiba, segundo o sexo. Os principais
alimentos consumidos pelas crianças são: carnes/ovos, cereais, feijão e frutas
Entre as meninas, há maior consumo de verduras/legumes do que entre os
meninos.
O questionário de freqüência alimentar mostrou que tanto entre as crianças
menores de 60 meses quanto entre as maiores de 60 meses, a maioria
consome de 1 a 3 vezes por semana, os seguintes grupos alimentares: frutas;
folhas, legumes e verduras; cereais, pães e tubérculos; carnes e ovos;
embutidos e doces, salgadinhos e guloseimas. Diariamente são consumidos os
alimentos do grupo do leite e derivados, bebidas (água, chás, refrigerantes e
sucos), leguminosas, óleos e gorduras e açúcar (açúcar, adoçantes e mel).
Alimentos do grupo das oleaginosas, e suplementos (vitaminas e minerais)
nunca são consumidos pela maioria das crianças desta faixa etária.
A Tabela 5 mostra a distribuição das crianças menores de 60 meses
matriculadas nas EMEIs, segundo os índices antropométricos P/E, P/I, E/I e
IMC. A maioria das crianças apresentou-se, segundo o escore z, dentro dos
limites de normalidade. Entretanto, 8,3% (2/24) das crianças apresentava, pelo
indicador P/E, magreza, 4,2% (1/24) apresentava, pelo indicador P/I, baixo
peso para a idade, 4,2% (1/24) apresentava, pelo indicador E/I, baixa estatura
para a idade e 4,2% (1/24) apresentava, pelo IMC, magreza e 12,5% (3/24)
apresentava sobrepeso.
A Tabela 6 mostra a distribuição das crianças maiores de 60 meses
matriculadas nas EMEIs, segundo os índices antropométricos P/E, P/I, E/I e
IMC, segundo a faixa etária. Embora a maioria das crianças apresentou-se,
segundo o escore z, dentro dos limites de normalidade, pelo indicador P/I, 2,9%
(1/35) das crianças apresentava baixo peso para a idade e 11,4% (4/35) peso
elevado para sua idade. Segundo o indicador E/I, 5,7% (2/35) das crianças
foram classificadas como baixa estatura para a idade. Com relação ao IMC,
2,9% (1/35) das crianças apresentavam magreza, 14,3% (5/35), sobrepeso,
8,6% (3/35), obesidade e 8,6% (3/35), obesidade grave.
13
DISCUSSÃO
A alimentação adequada da criança garante qualidade na vida adulta. As
crianças além da alimentação domiciliar têm direito de receber a alimentação
escolar oferecida gratuitamente nas escolas públicas em função do repasse
financeiro do PNAE.
O PNAE tem como proposta a suplementação das necessidades diárias dos
alunos matriculados, suprindo no mínimo, 15% delas, com vistas a garantir a
implantação da Política de Segurança Alimentar e Nutricional e contribuir para
a formação de bons hábitos alimentares4.
Avaliar o consumo alimentar não é uma tarefa simples, visto que exige o
emprego de metodologias complexas e dispendiosas, bem como
entrevistadores devidamente treinados para a coleta dos dados19.
Ao se comparar a adequação de nutrientes com as recomendações do FNDE,
encontrou-se que, em relação ao conteúdo energético, as refeições atendem
98,5% (faixa etária menores de 60 meses) e 88,7% (faixa etária maiores de 60
meses) das recomendações. Com relação a adequação protéica os
percentuais encontrados foram de 126,2% e 112,8% para as faixas etárias
menores e maiores de 60 meses, respectivamente. Szarfarc et al.21 (1988),
analisando a adequação alimentar das dietas de crianças menores de 5 anos,
no município de São Paulo, encontraram percentuais de adequação protéica
que variaram de 234,6% a 304,0%.
O risco de inadequação protéico energética constitui uma condição
desfavorável para o desenvolvimento e crescimento adequados das crianças. A
primeira conseqüência da baixa ingestão energética é a estagnação do
crescimento. A relação entre o consumo de energia e de proteína é muito
estreita. Quando não há um consumo adequado de energia, a utilização de
proteínas é prejudicada, sendo esta desviada de sua função na construção de
novos tecidos, e utilizada, parcialmente, na produção energética. Dessa
maneira, a relação síntese e deposição de proteínas é diretamente influenciada
pelo valor energético da alimentação, principalmente, na criança cujo
crescimento se apresenta de forma mais acelerada24.
Outro fator importante a se considerar, segundo Menezes & Osório13 (2007), é
que o emprego do recordatório de 24 horas tende a subestimar em até 30% o
consumo de energia, em comparação com outros métodos. A subestimação do
14
consumo energético representa o ponto mais conhecido de erro sistemático na
avaliação dietética dos indivíduos.
Segundo Martins11 (2002), além da disponibilidade protéica energética, deve-se
estar atento para a ingestão de micronutrientes, principalmente, cálcio e ferro.
Com relação à ingestão de ferro, verificou-se que seu consumo foi superior às
recomendações estabelecidas pela Resolução n° 38 nas faixas etárias de
menores e maiores de 60 meses, em função do enriquecimento de alguns
alimentos com ferro e ácido fólico. Resultados semelhantes ao presente estudo
foram encontrados por Abranches et al.1 (2009) em creches públicas e privadas
da cidade de Viçosa (MG).
O cálcio disponível para consumo não atingiu os valores estabelecidos pela
Resolução n° 38 do FNDE4. A única fonte de cálcio disponível para o
organismo humano é a proveniente da dieta, entretanto, ressalta-se que a
refeição analisada (almoço) não é, comumente, fonte desse mineral,
esperando-se que as outras refeições realizadas ao longo do dia possam
atingir satisfatoriamente sua recomendação. Resultado semelhante ao
encontrado no presente estudo foi constatado por Pedraza et al.17 (2007) ao
avaliarem a situação do PNAE em Olinda (PE) e Abranches et al.1 (2009) ao
avaliarem as refeições oferecidas a pré-escolares em creches públicas e
privadas em Viçosa (MG). Os autores constataram que os alimentos
consumidos não atingiam os valores nutricionais de cálcio recomendados.
O crescimento e a manutenção do tecido ósseo dependem de uma grande
variedade de fatores genéticos e ambientais. Fatores genéticos contribuem
com, aproximadamente, 60 a 70% da expressão fenotípica da densidade
mineral óssea (DMO) e fatores ambientais como a dieta e o estilo de vida
contribuem com 30 a 40% da DMO7. Portanto, a ingestão adequada de cálcio é
necessária para garantir ganhos ótimos na massa e densidade óssea nos anos
pré-puberais e da adolescência. Além de sua função na construção e
manutenção de ossos e dentes, o cálcio também possui uma série de papéis
metabólicos nas células de todos os outros tecidos.
Uma limitação deste estudo são os vieses de resposta e de memória existentes
na aplicação dos inquéritos dietéticos. Para minimizar o erro do relato materno
sobre o consumo alimentar da criança, foi enfatizado, no início do atendimento
nutricional, a importância da veracidade das informações relatadas por ela,
15
permitindo ao profissional orientá-la em relação ao hábito alimentar do seu
filho.
Na população de nosso estudo, a maioria das crianças apresentou estado
nutricional adequado, utilizando-se os índices antropométricos P/E e P/I.
Entretanto, ao se analisar o índice E/I constatou-se que 4,2% (1/24) e 5,7%
(2/35) das crianças, respectivamente, nas faixas etárias menores e maiores de
60 meses, apresentavam déficit estatural. Strufaldi et al.20 (2003), ao
estudarem a prevalência de desnutrição em crianças menores de 5 anos,
residentes no município de Embu, divididas segundo os estratos sociais, nos
anos de 1996/97, observaram que, na população estudada, 7,1% das crianças
apresentavam desnutrição pelo índice E/I.
Segundo Brown & Bégin5 (1993), o déficit estatural, em países em
desenvolvimento, é devido à disponibilidade insuficiente de alimentos para
garantir que quantidades suficientes de nutrientes sejam fornecidas às
crianças, o que pode ser comprovado pela baixa ingestão de energia pelas
crianças destes países. Além disso, a qualidade total da dieta pode ser um dos
determinantes mais importante do crescimento, até mais do que,
simplesmente, a quantidade de energia consumida, pelo menos, nos domicílios
onde a disponibilidade de alimentos não limita a quantidade de alimentos
fornecidos à criança.
As práticas alimentares, como importantes determinantes das condições de
saúde na infância, estão fortemente condicionadas ao poder aquisitivo das
famílias, do qual dependem a disponibilidade, quantidade e a qualidade dos
alimentos consumidos.
A urbanização, a concentração dos grandes centros econômicos do país,
principalmente, na região sudeste e a infra-estrutura inexistente nas cidades
para absorver a grande onda migratória, obriga a população migrante a se
instalar em locais desprovidos de condições de vida adequadas. Segundo o
critério de classificação econômica Brasil, 62,7% da população estudada
pertencia à classe social C, cuja renda familiar média foi de R$927,00. Com
relação à escolaridade, 96,7% dos chefes da família eram alfabetizados, 4,0%
não haviam completado o ensino fundamental, ou seja, apresentavam menos
de 8 anos de estudo.
16
Na cidade de São Paulo, escolaridade e renda estão diretamente associados.
Quanto menor a escolaridade do chefe da família menor os rendimentos14.
Entretanto a escolaridade não se relaciona exclusivamente com a renda, mas
também com a capacidade do indivíduo de compreender e interagir com o
meio-ambiente onde vive. Van den Boom et al.3 (1997), sugerem que a
escolaridade dos pais é o fator social que exercerá maior influência na
composição das dietas das crianças, provavelmente porque está relacionada à
percepção de saúde. A renda familiar tem influência na seleção dos alimentos,
mas os alimentos destinados às crianças diferem entre as famílias de maior e
menor renda.
Sabe-se que uma alimentação equilibrada é indispensável ao crescimento e
desenvolvimento adequado. É importante ressaltar que o aumento do consumo
energético a partir de açúcar refinado (sacarose) e lipídios, principalmente, os
saturados não está associado, necessariamente, à melhoria da qualidade da
dieta em relação aos micronutrientes, que podem estar deficitários, mesmo em
uma dieta hiperenergética. Muitas vezes, a ingestão de nutrientes essenciais
como ferro e cálcio está abaixo do recomendado para crianças e adolescentes.
A escola tem um papel fundamental ao modular as atitudes e comportamento
das crianças sobre hábitos alimentares. Uma forma de realizar este trabalho é
integrar o ensino da nutrição à sala de aula, incorporando conceitos de
alimentação saudável as crianças. De acordo com Ochsenhofer et al.16 (2006),
a escola deve permitir a troca de experiências e ensinamentos, entre
profissionais e os alunos e suas famílias, fortalecendo a socialização dos
saberes específicos, construindo novos e, vivendo, a estratégia de educação
permanente em saúde.
CONCLUSÕES
Estudos complementares para a identificação do perfil de consumo alimentar
contemplando todas as demais refeições oferecidas aos pré-escolares, em seu
domicilio tornam-se necessários, isto permitiria análise mais completa acerca
desta abordagem, pois se sabe o quanto a alimentação tende a variar intra e
interindividual. A não adequação energética e de nutrientes mostra a
necessidade de observação sistemática quanto à elaboração do cardápio, de
seu preparo e da distribuição dos alimentos oferecidos aos pré-escolares para
18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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21
Tabela 1: Caracterização sócio econômica das famílias e das crianças,
matriculadas nas EMEIs de Itatiba, segundo a faixa etária.
Variáveis
< 60 anos
(n=24)
≥≥≥≥ 60 meses
(n=35)
Total
(n=59)
Análise Estatística
Teste Mann-Whitney n % n % n %
Sexo
Masculino
Feminino
15
9
62,5
37,5
16
19
45,7
54,3
31
28
52,5
47,5
p=0,805
Moradores da casa
2 – 3 pessoas
4 – 5 pessoas
≥≥≥≥ 6 pessoas
Sem resposta
18
1
0
5
75,0
4,2
0,0
20,8
32
3
0
0
91,4
8,6
0,0
0,0
50
4
0
5
84,7
6,8
0,0
8,5
p=0,061
Classe social
A
B
C
D
E
0
4
12
5
3
0,0
16,7
50,0
20,8
12,5
0
4
25
6
0
0,0
11,4
71,4
17,1
0,0
0
8
37
11
3
0,0
13,6
62,7
18,6
5,1
p=0,366
Escolaridade chefe família
< 4 anos
≥ 4 anos
1
23
4,2
95,8
1
34
2,9
97,1
2
57
3,4
96,6
p=0,796
Restrição alimentar
Sim
Não
2
22
8,3
91,7
2
33
5,7
94,3
4
55
6,8
93,2
p=0,339
Alergia alimentar
Sim
Não
4
20
16,7
83,3
2
33
5,7
94,3
6
53
10,2
89,8
p=0,180
Utilização de medicamento
Sim
Não
2
22
8,3
91,7
2
33
5,7
94,3
4
55
6,8
93,2
p=0,710
Prática atividade física
Sim
Não
2
22
8,3
91,7
7
28
20,0
80,0
9
50
15,3
84,7
p=0,230
22
Tabela 2: Mediana (P25 – P75) de energia, macro e micronutrientes das
refeições oferecidas, durante uma semana, às crianças matriculadas nas
EMEIs de Itatiba.
Nutrientes Consumo
Energia (Kcal/100g)
Mediana
P25 – P75
266,0
204,4 – 286,3
Proteína (g/100g)
Mediana
P25 – P75
10,6
9,0 – 16,7
Carboidratos (g/100g)
Mediana
P25 – P75
32,9
24,9 – 38,4
Lipídios (g/100g)
Mediana
P25 – P75
7,6
3,2 – 8,3
Ferro (mg/100g)
Mediana
P25 – P75
2,1
2,1 – 5,8
Cálcio (mg/100g)
Mediana
P25 – P75
52,7
45,4 – 53,1
Sódio (mg/100g)
Mediana
P25 – P75
388,5
308,0 – 690,6
23
Tabela 3: Distribuição percentual média de macronutrientes, em relação ao
valor energético total (VET), das refeições oferecidas, durante uma semana, às
crianças matriculadas nas EMEIs de Itatiba.
Macronutrientes Distribuição (%)
Proteína (%)
(Valor de referência IOM: 10-30%)
15,9
Carboidratos (%)
(Valor de referência IOM: 45-65%)
49,5
Lipídios (%)
(Valor de referência IOM: 25-35%)
25,7
24
Tabela 4: Porcentagem de adequação de energia, macro e micronutrientes das
refeições oferecidas, durante uma semana, às crianças matriculadas nas
EMEIs de Itatiba, segundo a faixa etária pela Resolução n°38.
Nutrientes
Idade
Menores 60 meses Maiores 60 meses
Recomendado Adequação Recomendado Adequação
Energia (Kcal) 270 98,5 300 88,7
Proteínas (g) 8,4 126,2 9,4 112,8
Carboidratos (g) 43,9 74,9 48,8 88,1
Lipídios (g) 6,8 111,8 7,5 101,3
Ferro (mg) 2,0 105,0 1,8 116,7
Cálcio (mg) 160 32,9 210 25,1
25
Gráfico 1: Preferência alimentar das crianças menores de 60 meses
matriculadas nas EMEIs de Itatiba, segundo o sexo.
26
Gráfico 2: Preferência alimentar das crianças maiores de 60 meses
matriculadas nas EMEIs de Itatiba, segundo o sexo.
27
Tabela 5: Distribuição das crianças menores de 60 meses matriculadas nas
EMEIs de Itatiba, segundo os índices antropométricos P/E, P/I, E/I e IMC,
segundo o sexo.
Sexo
Variáveis
Masculino
(n=15)
Feminino
(n=9)
Total
(n=24)
Análise Estatística
Teste Mann-Whitney n % n % n %
Peso/Estatura (escore-z)
< -3z
-3z -2z
-2z +1z
+1z +2z
+2z +3z
> +3z
0
1
11
0
3
0
0,0
6,7
73,3
0,0
20,0
0,0
0
1
6
1
1
0
0,0
11,1
66,7
11,1
11,1
0,0
0
2
17
1
4
0
0,0
8,3
70,8
4,2
16,7
0,0
p=0,882
Peso/Idade (escore-z)
< -3z
-3z -2z
-2z +2z
> +2z
0
0
14
1
0,0
0,0
93,3
6,7
0
1
8
0
0,0
11,1
88,9
0,0
0
1
22
1
0,0
4,2
91,7
4,2
p=0,756
Estatura/Idade (escore-z)
< -3z
-3z -2z
≥≥≥≥ -2z
0
0
15
0,0
0,0
100,0
0
1
8
0,0
11,1
88,9
0
1
23
0,0
4,2
95,8
p=0,228
IMC (escore-z)
< -3z
-3z |-- -2z
-2z +1z
+1z |-- +2z
+2z |-- +3z
> +3
0
0
0
13
2
0
0,0
0,0
0,0
86,7
13,3
0,0
0
1
0
7
1
0
0,0
11,1
0,0
77,8
11,1
0,0
0
1
0
20
3
0
0,0
4,2
0,0
83,3
12,5
0,0
p=0,048*
28
Tabela 6: Distribuição das crianças maiores de 60 meses matriculadas nas
EMEIs de Itatiba, segundo os índices antropométricos P/E, P/I, E/I e IMC,
segundo o sexo.
Sexo
Variáveis
Masculino
(n=16)
Feminino
(n=19)
Total
(n=35)
Análise Estatística
Teste Mann-Whitney n % n % n %
Peso/Idade (escore-z)
< -3z
-3z -2z
-2z +2z
> +2z
0
1
15
0
0,0
6,3
93,8
0,0
0
0
15
4
0,0
0,0
78,9
21,1
0
1
30
4
0,0
2,9
85,7
11,4
p=0,034*
Estatura/Idade (escore-z)
< -3z
-3z -2z
≥≥≥≥ -2z
0
2
14
0,0
12,5
87,5
0
0
19
0,0
0,0
100,0
0
2
33
0,0
5,7
94,3
p=0,128
IMC (escore-z)
< -3z
-3z -2z
-2z +1z
+1z +2z
+2z +3z
> +3z
0
0
11
3
1
1
0,0
0,0
68,8
18,8
6,3
6,3
0
1
12
2
2
2
0,0
5,3
63,2
10,5
10,5
10,5
0
1
23
5
3
3
0,0
2,9
65,7
14,3
8,6
8,6
p=0,984