Da Real Bibliotheca à Biblioteca Nacional A Conservação … · 2020. 8. 22. · 1810 –...
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Da Real Bibliotheca à Biblioteca Nacional
A Conservação Preventivaem foco.
© Copyrigth by COP-BN, 2016
Missão da BibliotecaNacional
Coletar, registrar, salvaguardar e daracesso à produção intelectualbrasileira, assegurando o intercâmbiocom instituições nacionais einternacionais e a preservação damemória bibliográfica e documentaldo Brasil.
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PRESERVAÇÃO
Conservação
Preventiva
Reparadora
Restauração
Pesquisa Científica
Reprodução
Fotografia
Microfilmagem
Digitalização
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Um pouco de históriaA formação do acervo da Biblioteca Nacional
1807 – Ano do embarque da
Família Real no porto de Lisboa
para a colônia Brasil, fugindo
da invasão de Portugal pelas
tropas de Napoleão Bonaparte.
1808 – Ano da chegada da
Corte Portuguesa, primeiro na
Bahia em 18 de fevereiro e
depois no Rio de Janeiro em 08
de março.
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1810 – Convento do Carmo na
Rua Direita, hoje Rua Primeiro deMarço, no Centro do Rio deJaneiro. Aqui o acervo permaneceupor 45 anos, até1855.
1855 – O crescimento incessante do
acervo da Biblioteca, por meio decompras e doações levou o GovernoImperial a adquirir um prédio na Ruado Passeio, na Lapa. Aqui o acervopermaneceu por54 anos.
1876 – A Biblioteca depois de ser Real, Imperial e Pública
passa a chamar-se definitivamente Biblioteca Nacional.
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1905 – Ano de lançamento da pedra fundamental para
construção do novo prédio da BN, na Av. Central.
1909 – Ano da mudança
da Biblioteca Nacional do prédio da Rua do Passeio para o novo prédio da BN na Av. Central hoje Av. Rio Branco.
1910 – Ano de
inauguração do novoprédio da BibliotecaNacional. A setaaponta para o Morro doCastelo.
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De 1920 a 1922 o Morro do Castelo foi desmontado a jatos d’água.
MC
BN
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BN vista atual, mostrando as quatroclaraboias para entrada de luminosidade no interior do prédio, que está voltado para o sol poente.
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Claraboias
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Vitrais abaixo das claraboias.
Estudo sobre a insolação no prédio sede da BN.
Fachada em azul:Insolação de verão de 6 às 12 h.Inverno praticamente seminsolação, desta forma provocauma iluminação média pelamanhã próxima as janelas edurante a tarde iluminação porreflexão.
Fachada em laranja:Insolação de verão de 6 ás 12 h.Inverno de 6 às 14 h, iluminaçãodireta pela manhã e iluminaçãopor reflexão durante a tarde.
Fachada em vermelho:Insolação de verão de 12 às 18 h.Inverno de 6 às 18 h, boailuminação nos períodos defuncionamento da BN.
.Fachada em preto: Insolação de verão de 12 às 18 h.Inverno de 13 às 17 h, iluminaçãopor reflexão durante a manhã e
iluminação direta durante a tarde.
SOLl
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Entrada principal no prédio sede da B N.
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Saguão principal.
Escada de acesso
entre os andares.
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A partir do estudo sobre a insolação, optou-se por colocar nos vidros das janelas das Áreas de Guarda de Coleções, filtros contra os raios UV. Foi escolhido o prestige crystaline da 3M.
Nas áreas de acervo, optamos por usar lâmpadas deLED com temperatura de cor de 2700/3000 kelvin ecom potência maior ou igual a 60 watts da lâmpadacomum.
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No passado antes de existir ar condicionado no prédio daBN, eram usadas as escotilhas (aberturas redondas) situadasnas partes superiores das áreas, por onde o ar quentesaía com a entrada do ar frio da cidade, através dasjanelas abertas. Efeito chamado chaminé.
Os aparelhos de ar condicionado só entraram no prédio da BN nos anos 1960.© Copyrigth by COP-BN, 2016
A partir de 2010 instalamos o monitoramento contínuo dasáreas de guarda de coleções e dos laboratórios, com coletasde dados automática de temperatura e UR, através doprograma SITRAD. Um software de gerenciamento adistância para utilização em instalações de climatização.
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Temp.: Mínimo = 23.0 °C; Máximo = 26.1 °C; Médio = 24.4 °C.
UR: Mínimo = 41.8 %; Máximo = 65.5 %; Médio = 53.8 %.
Instrumentos indispensáveis para controle ambiental: Desumidificador, termo higrômetro e luxímetro.
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Prevenções já executadas no prédio sede da BN.
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Vistoria do telhado, dos para raios, exames dos hidrantes e recarga dos extintores portáteis no prédio sede da BN.
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Mapa de localização fixa dos extintores portáteis dentro das área de guarda de coleções.
Treinamentos com os funcionários da BN e o Corpo de Bombeiros do Rio.
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Plano de Escape - Incêndio – prevenção e combate.
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A Conservação Preventiva: algumas causas principais/mudança de paradigma.
1- A enchente do rio Arno e a inundação da cidade de Florença/Itália, atingindo o magnífico acervo do Renascimento na Biblioteca Nazionale Centrale de Firenze, em 1966.
2- O grande problema dos papéis quebradiços (fabricados com celulose de madeira). Detectados a partir dos anos 1950/60.
3- O aumento acelerado de grandes coleções documentais.
4- A adoção da multidisciplinaridade como ferramenta para a avaliação de grandes coleções.
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Inundação em Florença/Itália em 1966. Foi então organizadauma operação de salvamento internacional pela UNESCO pararesgatar e recuperar livros e documentos do Renascimentoque constituem um dos grandes patrimônios da Humanidade.
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Nesta mesma época foi criada aencadernação denominada plena depergaminho por Christopher Clarson.Este modelo passou a ser adotado naBiblioteca Nacional para os livros antigosque já foram restaurados, compostoscom papel de trapo e que não possuemmais suas encadernações originais.
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Tratamentos de Conservação: Higienização.
Tratamento para livros e documentos,individualmente, em equipamento chamadomesa de higienização pelo processo devarredura folha a folha, a seco, com trinchaou escova de pelos macios. Para esta tarefa éobrigatório o uso de equipamentos deproteção individual - EPI.
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1- Máscara – KSN – peça semifacial filtrante (aprovada pelo INMETRO)Ca 10578 20.02 PFF 2 S;
2- Óculos de segurança e proteção DANNY – Fênix – DA 14.500 – CA 9.722 ISO 9002, com lente anti-risco;
3- Guarda pó descartável da DIPON – TYCHEN – tamanho único;
4- Luvas de vinil em caixas com 100 unidades, tamanho G;
5- Touca sanfonada descartável para proteção do cabelo PP20.
Higienização com o uso de aspirador de pó (semi
industrial GHIBLI modelo AS35), in loco, nas áreas de guarda de coleções.
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A remoção de sujidades aderidas aos suportes das obras, com o uso de póde borracha ralada.
E também com o uso de instrumento de ponta e lupa para a retirada de excrementos ou corpos estranhos que tenham aderido aos suportes.
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Outras ações de higienização de livros:
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Compra: Lojas Pet e
Talasonline (dirt eraser)
Execução do método de encapsulamentoa vácuo para periódicos já microfilmados ou digitalizados.
Sinalética de
identificação
que deve ser
colocada na
frente do
periódico.
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Conservação Preventiva: opera no âmbito da
prevenção e tem o desafio de atuar em toda a coleção
da instituição.
Conservação reparadora: contém características de
baixo impacto na estrutura do suporte das obras. São diversos tratamentos técnicos que visam combater os danos físicos causados principalmente por manuseios, acondicionamentos e armazenamentos inadequados.
Restauração: Formada por uma série de tratamentos
intervencionistas direto nas fibras de celulose dos suportes das obras, trata dos danos químicos e físicos que ocorreram nas obras ao longo do tempo.
Acondicionamentos: caixa em cruz c/cadarçoe caixa rígida ou portfólio (forrada com rayon)
Material: -
papelão timbó 300 g/m² ;
papelão kappa 350 g/m²
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Invólucro de preservação:
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Cartão duplex superpremium 6 300 g/m² Suzano.
papelão timbó 300 g/m²
Alguns manuseios inadequados:
Para manuseio
de periódicos e livros de
grande formato, use os
berços de acrílico.
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Elaboração do Plano de gerenciamento de riscos salvaguarda & emergência da Biblioteca Nacional
em 2010.
Versão em Português. Versão em Inglês. Versão em Espanhol.
Acesso: www.bn.br/publicações Acesso: www.bn.br/en Acesso: www.bn.br/es
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Plano de Gerenciamento de Riscos.
Objetivo: Garantir a salvaguarda das coleções da
instituição para a presente e as futuras gerações,
com a menor perda de valor possível.
Risco: É a chance de acontecer algo que
ocasione a perda de valor ao patrimônio cultural
da Instituição.
Podem ser: 1-Raros, 2- Esporádicos, 3- Contínuos.
Para que os riscos sejam identificados deforma sistemática e completa, foi utilizada aferramenta conceitual dos“10 agentes de deterioração/riscos”.
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10 agentes de deterioração/riscos:
1- Forças físicas
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2 - Criminosos
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Colocação do carimbo de propriedade.
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Pote de tinta da LOC e a balsa,
madeira macia que serve de almofada.
Consulta:
Preservation Leaflet Nº 4 “A National
Preservation Program Publication”,
Library of Congress, March 1983.
3 - Fogo
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4 – Água
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5 – Pragas - insetos, pássaros (pombos, morcegos) e roedores.
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Ação prática contra insetos:trata-se da desinfestação por atmosfera anóxia.É um método de erradicação de pragas em bensculturais sem o uso de biocidas.
Coloca-se o livro infestado dentro de um sacoespecial e por meio de vácuo retira-se o oxigêniodo saco, matando os insetos por asfixia.
Consultas sobre o assunto: 1- [email protected]
3- http://www.ulissesmello.com
4- http://stephan-schafer.com/pdf/artigo_Anoxia_ABER.pdf
5 – O Método de Atmosfera Anóxia – Jandira Helena FernandesFlaeschen – acesso: www.bn.br/publicações
6 – Poluentes: (poeiras e gases)
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Pesquisa científica: estamos realizando estudos para o
controle da qualidade do ar nas áreas de guarda de coleções,nos cofres, nas vitrines de exposições e em outros ambientesdo prédio da BN. Este trabalho foi iniciado em parceria com aUFPR – Universidade Federal do Paraná, com o Prof. RicardoGodoi. No momento esta pesquisa foi direcionada a UFMG/Universidade Federal de Minas Gerais/CECOR com o Prof. LuizSouza.
Foram utilizados captadores, com
cartuchos impregnados com compostos que absorvem gases
como ácido acético NO2 e ácido fórmico SO2.
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O Prof. Ricardo Godoi e a preparação dos captadorespara a colocação nos espaços do saguão principal, nasáreas de guarda de coleções, nas vitrines e no cofre.
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Acesso:
www.bn.br/documentos
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Tradução do texto para o
português acesso:
www.bn.br/documentos
página 1
Buscar: “Qualidade do ar
interno na Biblioteca
Nacional do Brasil no Rio de
Janeiro”.
Setembro de 2014
A nova Av. Rio Branco com a Biblioteca Nacional ao fundo.
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7 – Luz e Radiação UV e IR:
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8 – Temperatura incorreta
9 – Umidade relativa incorreta (elevadas, baixas ou flutuações acarretam danos as coleções).
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10–Dissociação:
Refere-se a tendência natural dedesorganização de sistemas organizadoscom o passar do tempo. Envolve a perdade peças da coleção, dentro da própriainstituição, perda de dados e informaçõesreferentes aos objetos da coleção ou aperda da capacidade de recuperar ouassociar objetos e/ou informações.
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Deste modo, o gerenciamento e o tratamento deriscos será o resultado de análises conjuntas entre os10 riscos com as 5 etapas de controle
para cada risco.10 RISCOS:
1º) Forças físicas
2º) Criminosos
3º) Fogo
4º) Água
5º) Pragas
6º) Poluentes
7º) Luz e radiação UV e IR
8º) Temp. Incorreta
9º) U R Incorreta
10º) Dissociação
5 Etapas de controle:
1 - Como Evitar?
2 - Como Bloquear?
3 - Como Detectar?
4 - Como Responder?
5 - Como Recuperar?
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Responsabilidades para a execução doPlano de Gerenciamento de Riscos naInstituição:
- Equipe da Divisão de ManutençãoAdministrativa.
- Equipe de Segurança/Vigilantes.- Brigada de Incêndio Civil.- Núcleo de Arquitetura.- Coordenadoria de Preservação.- Chefias e equipes do Centro de
Conservação e do Laboratório de Restauração.
- Chefias e equipes das Áreas de Guarda de coleções.
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Oficina de Encadernação e de Douração:
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Centro de Conservação e Encadernação/CCE
Laboratório de Restauração/LR
Armário p/guarda de produtos químicos com exaustão para o exterior.
Laboratório de Microfilmagem.
PLANO – criado em 1978 para preservar os periódicos brasileiros.Contato: [email protected]
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Laboratório de Digitalização.
Acesso: http://bndigital.bn.brContato: bndigital.bn.br
Scanner Zeutschel com balanceador de lombada indicado paraobras encadernadas. © Copyrigth by COP-BN, 2016
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PLANOR – Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras – criado em 1983.
Acesso: www.bn.br/planos de preservacaoContato: [email protected]
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PROFOTO – Projeto/Programa de Preservação e Conservação do acervo fotográfico da Biblioteca Nacional. Criado em 1989.Contato: [email protected]
Princesa Isabel, Conde D’Eu e netos, c. 1910Autor não identificado – papel albuminado.
Visitem: brasilianafotografica.bn.br
Augusto Malta – Praia de Copacabana – vista do pátio
do Copacabana Palace – Rio – década de vinte -
Acervo FBN© Copyrigth by COP-BN, 2016
© Copyrigth by FBN-COP, 2016
BRASILIANA
FOTOGRÁFICA
portal criado na BN em
parceria com o Instituto
Moreira Sales
http://brasilianafotografica.bn.br
Poster apresentado no 82nd
IFLA General Conference
and Assembly
Columbus-Ohio-US
2016
Publicações acesso www.bn.br
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Exposições na Biblioteca Nacional11 às 17 h
O espaço cultural Eliseu Visconti, entrada pelo Jardim da Rua México
Espaço monitorado com o
controle da Temperatura e
Umidade Relativa pelo programa
SITRAD.
Todas as vitrines desta exposição
são climatizadas e monitoradas
pelo sistema SITRAD. (3º e 4º
andares - Entrada pela Av. Rio Branco)
18ºCurso Informativo de Preservação de Coleções.
17 a 19 de Outubro de 20169 às 18 h – Auditório e Laboratórios da COP
Tema central:“Princípios científicos e tomadas de decisão na CONSERVAÇÃO de coleções documentais”.
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Obrigado.
Jayme Spinelli Junior
Tels. (+55 21) 2220-19733095-3830
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