Da promessa à conquista

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Das promessas de bênçãos atá a conquista delas, o crente vai passar por tribulações e tentações que tentarão retardar ou mesmo impedi-lo de tomar posse delas.

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SUMÁRIO

Introdução................................................. 5 1. O chamado............................................ 7 2. As promessas e nossos sonhos................. 11 3. As tribulações e tentações....................... 13 4. A conquista............................................ 19

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Introdução

Da promessa de Deus, de abençoar a nossa vida, até a conquista destas benções, existe um longo caminho a percorrer. Neste caminho, nos esperam tribulações e tentações cujo objetivo é retardar a nossa vitória ou até mesmo nos forçar a desistir dela. Quem não sentiu um grande entusiasmo logo após atender o “chamado” do Senhor, e deu início à caminhada vislumbrando pela frente as bênçãos prometidas, mas ao longo da caminhada foi sendo bombardeado com tribulações incessantes que tornavam mais visíveis os doloridos espinhos e sentiu-se tentado a sucumbir nos momentos de fraqueza? Creio que muitos passaram por esta experiência. Mas também sei que muitos estão começando e ainda vão passar por situações semelhantes a estas que passamos. Por essa razão, com a inspiração do Espírito Santo, coloco esta mensagem, intitulada “Da promessa à conquista”, que trata sobre esse tema. Ele está dividido em quatro partes: o chamado; as promessas e os sonhos; tribulações e tentações; a conquista. Boa leitura.

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CAPÍTULO 1

O Chamado

Eu acredito que todas as pessoas do mundo têm um chamado diante de Deus. Foi para isso que Jesus Cristo, o Filho de Deus assumiu a humanidade: propiciar que todas as pessoas independentemente do estado em que vivem tenham a oportunidade de se aproximar de Deus. Agora a forma com que essas pessoas vão se aproximar de Deus - se assim quiserem - é diferente. Nem um chamado é igual ao outro. O que pude notar, e aprender com a experiência dos outros é que é muito difícil a pessoa se aproximar de Jesus quando tudo vai bem na sua vida. Geralmente O procuram quando a vida está complicada demais e não se vislumbra a porta de saída desta situação. A cena não é nova: o jovem rico voluntariamente se aproximou de Jesus, mas vimos que o seu coração já estava ocupado pelo amor à riqueza, não sobrando espaço para o Senhor. Não foi a riqueza, mas o apego às riquezas deste mundo que acabou afastando-o do caminho da salvação (Marcos 10.17-23). Por isso Jesus ensinou que devemos empregar nossas forças para juntar tesouros no céu. Lá o ladrão não entra, a crise financeira não chega, a inflação não o desvaloriza, e é um investimento muito mais seguro do que qualquer outro que existe em nosso mundo temporal. Lá os lucros são eternos. Além de todas as vantagens que enumerei acima, há ainda outra que é

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a mais importante de todas e que foi o motivo pelo qual o Senhor fez esta recomendação: o nosso coração. Tesouro e coração; coração e tesouro andam juntos. Não podemos separá-los. Onde estiver a riqueza, ali estará também o coração. O coração de muitos, infelizmente está como o do moço rico citado no parágrafo anterior. Um grande número de pessoas se aproximou de Jesus pensando somente em se alimentar, como os que lhe seguiram após a multiplicação dos pães e peixes. Jesus identificou isso e lhes ensinou qual deveria ser a verdadeira busca deles: “Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais miraculosos que viste, mas porque comestes do pão e vos fartastes. Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará” (João 6.26,27). A Bíblia nos dá outro exemplo de uma pessoa que se aproximou de Jesus pedindo para ele intervir em seu favor em uma questão material, pois seu irmão não queria repartir com ele a herança recebida. Jesus lhe respondeu: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lucas 12.13-15). E há ainda pessoas que se aproximam de Jesus pensando em ter uma vida sossegada, tranqüila. Mas Jesus afirmou que no mundo nós teríamos aflições (João 16.33), e esses exemplos não são muito diferentes do que acontece em nossos dias.

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Não existem condições impostas para se aproximar de Jesus, pois Ele deixou bem claro ao dizer que “aquele que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (João 6.37). Para alguns, Jesus simplesmente disse: “Vem!” Já para um escriba, o advertiu das dificuldades que encontraria pelo caminho ao lhe seguir, porque as raposas tinham covis, as aves tinham ninho, mas Ele não tinha onde reclinar a cabeça (Mateus 8.18-20). A outro discípulo que estava entre dois pensamentos Ele disse: “Segue-me e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Lucas 21.22). Ainda para outro ele falou: “Ninguém que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus” (Lucas 9.61,62). A Natanael, Jesus disse: “Na verdade, na verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem” (João 1:51) e enquanto para Ananias, Ele falou o que Paulo teria que enfrentar: “Este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, os reis e os filhos de Israel. E eu lhe mostrarei o quanto deve padecer pelo meu nome” (Atos 9.15,16). Em outras palavras, Jesus estava dizendo aos discípulos que eles teriam muitas lutas e dificuldades pela frente, justamente porque tomaram a decisão de abandonar a forma como viviam [de acordo com os padrões do mundo] e passaram a ser discípulos do Filho de Deus, mas os alertou a seguirem em frente não desistindo, pois só herdarão os céus os que não voltam para trás.

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Todos somos chamados, porque Jesus morreu e ressuscitou por todos nós, merecedores ou não. Por isso não devemos olhar para a nossa situação, mas devemos olhar para Jesus, porque Ele nos escolheu, e pensando nas coisas que são de cima, prosseguir para o alvo, sempre lembrando das palavras do Senhor: “E certamente estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mateus 28.20). Venha como está, a pior parte Jesus já fez por nós. “Sê fiel até a morte e te darei a coroa da vida” (Apocalipse 2.10); ou ainda: “O meu justo viverá da fé. E se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele” (Hebreus 10.38).

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CAPÍTULO 2

A promessa e os sonhos

Todos nós temos sonhos. Desde o momento em que a partir de uma determinada idade já começamos a ter uma pequena compreensão das coisas, a nossa imaginação cria asas, e daí surgem os sonhos. Os sonhos de criança; os sonhos de jovem; os sonhos de adulto. E sempre que falamos em sonhos nos lembramos de José, um personagem bíblico cujo exemplo de vida tem profundo significado para nós e seu testemunho deve ser observado não só pelo novo convertido como por todos os crentes - além dele ser símbolo perfeito de Cristo, a sua esposa é uma ilustração da igreja. José tinha sonhos quando jovem, tanto que era chamado de ‘sonhador-mor’, apelido que ganhou dos seus invejosos irmãos. Sonhos que eram revelações e promessas de Deus para a sua vida que mais tarde se realizaram trazendo salvação para a sua família e para todos os habitantes da terra naquele período. Eram sonhos vindos da parte de Deus. O fato triste do episódio é que seus irmãos, que eram maus segundo a Bíblia, cegos pela inveja, em vez de buscarem sonhar como José resolveram matar o sonhador. José era um jovem e como todo o jovem tinha planos para o seu futuro, tinha desejos que gostaria de realizar. E, quem não os tem? Quem não tem projetos para a vida? Quem não tem desejo de constituir uma família,

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ter uma boa profissão e ter uma vida estabilizada com condições de oferecer o melhor aos seus filhos? Todos nós tivemos e temos nossos sonhos. E quando colocamos diante de Deus nossos projetos, maiores são as chances deles se realizarem porque Deus tem um propósito na vida de cada um, seja para o casamento, para a profissão, para o ministério, ou para a família. Deus tem preparado o trabalho que nos dará as condições necessárias de nos mantermos e prosperarmos, a esposa ou esposo ideal, bênçãos para toda a família e um ministério pelo qual glorificaremos o Seu Nome.

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CAPÍTULO 3

As tribulações e tentações

A vida do crente não é um mar de rosas. Há momentos em que nos deparamos com dificuldades imensas e decepções em todas as áreas da nossa vida. Entre a promessa e a conquista o crente vai se deparar com tribulações e tentações ao longo da sua caminhada. As tribulações ou lutas do dia-a-dia podem fazer a pessoa enfraquecer diante da tentação. Quantas vezes as pessoas são tentadas a desistir do Caminho ao se depararem com lutas que parecem intermináveis? Quantas vezes os jovens são tentados diante da luta para se manter fiel ao Senhor? Mas é justamente nesse ambiente de tribulações e tentações que o verdadeiro crente mostra o seu caráter, a sua fidelidade a Deus. Foi assim também na história de José, ele recebeu a promessa, passou por tribulações, foi tentado, mas resistiu a tudo sendo fiel ao Senhor Deus em todas as situações. Deus havia mostrado em sonhos seus irmãos como feixes de trigo que se inclinavam diante dele em sinal de reverência. Ao contar o sonho, José ouviu a seguinte pergunta deles: “Então você vai reinar sobre nós?” (Gênesis 37.8) e o odiaram ainda mais. O sonho onde José vê o sol, a lua e onze estrelas se curvarem diante dele gerou também uma repreensão por parte de Jacó, seu pai. José era da idade de 17 anos e pelos sonhos o futuro dele segundo os planos de Deus seria

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próspero. Mas a realidade que se seguiu foi bem diferente e jamais imaginado por aquele jovem. O que aconteceu entre José e seus irmãos veio a repetir-se na história de Israel após cruzar o mar vermelho. A primeira luta que Israel teve de enfrentar quando saiu do Egito foi contra seus irmãos da parte de Esaú. A Bíblia relata que “Sucedeu que os amalequitas vieram atacar os israelitas em Refidim” (Êxodo 17.8). Antes de enfrentarem qualquer coisa, os israelitas tiveram de lutar contra um terrível inimigo: sua própria carne. Por isso também é a nossa história como crentes. A primeira luta do crente é contra sua própria carne e é uma luta árdua que se trava dia e noite sem tréguas. Por um lado, a nova natureza guiada pelo Espírito Santo procurando sufocar os velhos hábitos e fazer a vontade de Deus; por outro lado, a velha natureza reivindicando seu lugar primitivo. A carne deve ser derrotada assim como os amalequitas “ao fio da espada” (v.13), não a espada como arma que fere, mas sim a espada do Espírito Santo que é a palavra de Deus e destrói todos os laços do inimigo. Como o mais espiritual da família, José era quem recebia os mais duros ataques do diabo que usou diversos artifícios para afastá-lo dos propósitos de Deus. Primeiro foram seus irmãos que não tinham nada de espirituais. Satanás encheu o coração deles de inveja e a dura realidade para aquele que tinha as promessas de Deus se mostrou cruel na traição dos próprios irmãos. Para se livrarem de José, o jogaram num poço com a intenção de matá-lo depois. Deus

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intervém em favor do seu servo não permitindo que levassem adiante o plano de Satanás. Acabaram vendendo-o para mercadores ismaelitas de Mídiã. A próxima experiência de José foi de ser escravo no Egito na casa de Potifar. Em pouco tempo àquele jovem passa da condição de livre vivendo com sua família à de escravo em um País estrangeiro. Mas Deus, que está a tudo observar, mais uma vez usa de misericórdia para com seu servo e faz prosperar todo o trabalho das suas mãos o que é notado pelo seu senhor que deixa tudo o que tem aos cuidados de José. A situação volta a piorar quando Satanás emprega a mulher de Potifar para jogar José dentro de uma prisão injustamente acusado por ela. Novamente José é abençoado por Deus mesmo dentro da prisão e em pouco tempo todos os presos estavam aos seus cuidados, “O carcereiro não se preocupava com nada do que estava a cargo de José, porque o Senhor estava com José e lhe concedia bom êxito em tudo o que realizava” (Gênesis 39.23). Os sonhos voltam a cena novamente e desta vez são o copeiro e o padeiro de Faraó que sonham na prisão após terem sido lançados lá por causa de uma ofensa ao seu senhor. José interpreta os dois sonhos e vislumbra uma oportunidade de sair da prisão; Satanás contra-ataca usando o chefe dos copeiros de Faraó para mantê-lo aprisionado. Longe de casa, traído pelos próprios irmãos, escravo e agora prisioneiro no Egito, os acontecimentos na vida de José haviam tomado um

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rumo bem diferente daquele que os sonhos indicavam. Nada podia estar pior na vida de um estrangeiro. É o que acontece também na nossa vida. As experiências vividas pelo crente muitas vezes são o oposto daquilo que ele espera, há momentos em que a situação parece fora de controle e Deus não responde as nossas orações. Mas o certo é que Deus está no controle de todas as coisas e através das situações está nos conduzindo ao caminho da vitória. Um certo escritor cristão que não recordo o nome escreveu uma frase que nunca esqueci: “Deus não seria Deus se do mal não tirasse o bem”. A tribulação é uma permissão de Deus na nossa vida para crescermos espiritualmente, adquirirmos experiência de vida e sabermos contornar as situações que se apresentam diante de nós ou até mesmo diante de um irmão que ainda não vivenciou certos tipos de experiências. O apóstolo Paulo, ao referir-se sobre este assunto, escreveu que “a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nosso corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Romanos 5.3-5). “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Romanos 8.28), benditas palavras que nos dão a certeza que

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muitas vezes as situações que enfrentamos por mais dificuldades que apresentem estão nos levando em direção ao lugar que Deus quer nos levar para cumprir o Seu propósito. Deus usou as circunstâncias para corrigir Jacó; já as tribulações de José o levaram cada vez mais perto daquilo que Deus havia preparado para ele: ser o governador do Egito e ter papel fundamental na conservação da vida (Gênesis 45.5).

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CAPÍTULO 4

A conquista

Na Bíblia está escrito que “o que é nascido de Deus vence o mundo; e está é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (I João 5.4). Portanto a nossa fé em Jesus Cristo nos garante a vitória sobre este sistema governado por Satanás. Ainda que a caminhada seja árdua, no caminho tenha espinhos, barreiras e todos os tipos de dificuldades o certo é que com a nossa fé no Senhor nós somos mais do que vencedores. Andar por fé nos proporciona perguntar como Paulo perguntou: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?...” E afirmar como ele afirmou: “Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8. 35, 37-39). Deus movimenta os céus e a terra enviando a chuva e a abundância de frutos, depois a estiagem e a escassez do fruto para que seus propósitos sejam cumpridos. O chefe dos copeiros do rei esqueceu-se de José, mas Deus não esquece dos seus e mais uma vez Ele age através dos sonhos. O quarto de Faraó

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recebe a visita do Todo-Poderoso e as visões da noite o assustam. Deus entra em cena para elevar aquele que havia escolhido. As perturbações de Faraó são simplesmente para conduzi-lo até José, e José ser conduzido ao lugar que Deus queria para ele. E o Deus que servimos é o mesmo Deus que tirou José do fundo do poço e o colocou sentado na cadeira de governador do Egito. Aquele jovem de dezessete anos que sonhava os sonhos de Deus jamais imaginaria que nos próximos treze anos da sua vida passaria por diversas tribulações e tentações e chegaria ao posto de segundo homem mais importante do Egito abaixo apenas de Faraó. Deus cumpriu as promessas na vida de José da mesma forma que cumprirá na nossa vida e na de todos aqueles que crêem no Seu nome. Por isso José é um símbolo perfeito e belo de Cristo assim como sua esposa estrangeira é a imagem da igreja unida a Cristo. Somos participantes dos sofrimentos de Cristo, mas também somos participantes da sua glória já aqui nesta terra. Deus abençoe a todos.