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Receita de sucesso I ntercâmbio de expe- riências e tecnologia. Esse é o tema que reuniu empresários franceses e brasileiros, autoridades e especialistas, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em novembro. O VI Fórum de Inovação e Tecnologia, idealizado pela Câmara de Comércio França-Brasil de São Paulo (CCFB-SP) já é uma tradição relevante para o setor, estimulando o debate sobre inovação e mobilidade. O objetivo da iniciativa é que seja uma oportunidade aos associados de trocar experiências e de promover o intercâmbio de projetos e de tecnologias”, afirmou Louis Bazire, presidente da CCFB-SP e do BNP Paribas. “Trata-se de um encon- tro único para ampliar os negócios entre os dois países”, sinalizou Bazire. O cônsul geral da França em São Paulo, Damien Loras, ressaltou a importância da ação para o crescimento sustentável. “A inovação já faz parte do coração dessa parceria e ela é sem dúvida, essencial para o futuro”, des- tacou Loras. As pesquisas reforçam a relevância e os avanços da inovação na França. Estudo da Forbes mostra oito empresas francesas entre as mais inovadoras do mundo. O país ocupa o 10° lugar em número de patentes por milhão de habitantes, na frente dos Estados Unidos. “Em 2011, a França já reu- nia mais de cinco milhões de pesquisadores. Apesar da crise, os investimentos em P&D vêm crescendo em torno de 2% ao ano”, afirmou Jean Claude Bernard, minis- tro conselheiro para Assuntos Econômicos, chefe do ser- viço Econômico Regional do Brasil da Embaixada da França. “O Brasil aumentou a capacidade de conhe- cimento e ampliou a quali- dade”, sinalizou. De acordo com o espe- cialista, existem hoje no Brasil, aproximadamente 850 empresas francesas, com mais de 500 mil emprega- dos. “A boa relação entre os dois países fomentou ao longo dos anos a ampliação da cooperação. Existem hoje no Brasil centros de pesquisas globais que são referências e foram imple- mentados por grandes organizações como Rhodia, Sanofi e L’oreal”, destacou Bernard. Câmara de Comércio França- Brasil de São Paulo (CCFB-SP) reúne empresários franceses e brasileiros, autoridades e especialistas para debater os desafios da inovação para o desenvolvimento global PRÊMIO COMEX PRÊMIO EMPREENDEDOR

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Receita de sucesso

Intercâmbio de expe-riências e tecnologia. Esse é o tema que reuniu empresários franceses e brasileiros, autoridades

e especialistas, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em novembro. O VI Fórum de Inovação e Tecnologia, idealizado pela Câmara de Comércio França-Brasil de São Paulo (CCFB-SP) já é uma tradição relevante para o setor, estimulando o debate sobre inovação e mobilidade.

O objetivo da iniciativa é que seja uma oportunidade aos associados de trocar experiências e de promover o intercâmbio de projetos e de tecnologias”, afirmou Louis Bazire, presidente da CCFB-SP e do BNP Paribas. “Trata-se de um encon-tro único para ampliar os negócios entre os dois

países”, sinalizou Bazire. O cônsul geral da França em São Paulo, Damien Loras, ressaltou a importância da ação para o crescimento sustentável. “A inovação já faz parte do coração dessa parceria e ela é sem dúvida,

essencial para o futuro”, des-tacou Loras.

As pesquisas reforçam a relevância e os avanços da inovação na França. Estudo da Forbes mostra oito empresas francesas entre as mais inovadoras do mundo. O país ocupa o 10° lugar em número de patentes por milhão de habitantes, na frente dos Estados Unidos. “Em 2011, a França já reu-nia mais de cinco milhões de pesquisadores. Apesar da crise, os investimentos em P&D vêm crescendo em torno de 2% ao ano”, afirmou Jean Claude Bernard, minis-tro conselheiro para Assuntos Econômicos, chefe do ser-viço Econômico Regional do Brasil da Embaixada da França. “O Brasil aumentou a capacidade de conhe-cimento e ampliou a quali-dade”, sinalizou.

De acordo com o espe-cialista, existem hoje no Brasil, aproximadamente 850 empresas francesas, com mais de 500 mil emprega-dos. “A boa relação entre os dois países fomentou ao longo dos anos a ampliação da cooperação. Existem hoje no Brasil centros de pesquisas globais que são referências e foram imple-mentados por grandes organizações como Rhodia, Sanofi e L’oreal”, destacou Bernard.

Câmara de Comércio França-

Brasil de São Paulo (CCFB-SP) reúne

empresários franceses e brasileiros,

autoridades e especialistas para

debater os desafios da inovação para o desenvolvimento

global

Prêmio ComEX

Prêmio EmPrEENDEDor

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Em seus primeiros vinte anos de existên-cia (1980-2000) o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) se consolidou como uma instituição líder em Computação Científica e Modela-gem Computacional no País, atuando como unidade de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico do Minis-tério de Ciências e Tecnologia (MCT) e como órgão governamental provedor de infraestrutura computacional de alto desempenho para a comunidade cien-tífica e tecnológica nacional. São cerca de 60 pesquisadores que se dedicam à pesquisa interdisciplinar.

“O intuito do LNCC é realizar trabalhos e projetos baseados em pesquisas básicas e aplicadas”, afirmou o pesquisador Artur Ziviani. “A área de ciência de dados está

crescendo no Brasil e no mundo, pois tem como objetivo analisar redes complexas e dados coletados”, enfatizou. Segundo o especialista, uma das pesquisas realiza-das é sobre um dos temas de destaque do fórum: a mobilidade.

“Um dos projetos que estão sendo realizados analisa e caracteriza a mo-bilidade humana resultante da coleta de dados por meio da rede de tele-fonia, durante eventos de grande es-cala como Copa, Carnaval e shows”, exemplificou. Ziviani destacou, ainda, que o Brasil está bem defasado em relação aos países do BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China). “A competitivi-dade no País está sendo afetada e, por isso, precisamos atualizar o nosso sistema, transferir a tecnologia france-

Os incríveis

sa para o Brasil e adquirir novos siste-mas”, concluiu.

Temos 17,5% de vegetação nativa e es-peramos atingir 20% em 2020”, sinalizou.

Diante desse cenário, Alexia Ohannes-sian, da BPI France, apresentou as opor-tunidades de investimentos oferecidos pela instituição e destacou a sinergia en-tre os dois países só reforça a oportunida-de de negócios. “Nosso objetivo é ajudar as empresas francesas a se instalarem no Brasil. Inovação e exportação são as duas bases essenciais”, disse Alexia.

Para João Florência da Silva, gerente do departamento de Fármacos e Biotec-nologia da FINEP, o intuito da instituição é atuar em toda a cadeia de inovação, com foco em ações estratégicas para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Dados apresentados pelo especialista revelam que o investimento brasileiro em P&D empresarial em relação ao PIB é de 0,5%. Nos Estados Unidos é de 2%, na Zona do Euro de 1,5% e na China de 4%.

“É necessário aumentar os investimen-tos no Brasil para que o País tenha uma taxa maior e as empresas tenham uma maior competitividade internacional”, destacou

Alberto Lemos de Araújo Filho, diretor Geral da Atos-Bull, há várias questões que precisam ser analisadas em relação à segurança da informação e ao direito do usuário na rede. “O marco civil da in-ternet foi um importante passo, mas as empresas precisam estar atentas ao con-teúdo que está disponível na nuvem”, exemplificou o diretor. “A nuvem expõe a soberania dos dados das companhias e das pessoas”, enfatizou. “Ao mesmo tempo, trata-se de uma oportunidade para as organizações de realizar proje-tos de transformação para aumentar a competitividade”, concluiu.

Força tarEFa Crédito das fotos: Bruno Poletti

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Tecnologia urbana O mensageiro

O grande trunfo

Comunicação 360°

A Alstom acaba de lançar um novo produto para o transporte de massa. O Axónis é uma solução integrada que usa trilho e roda ferroviária. Um sistema de metrô inovador, concebido para melhorar a mobilidade urba-na com baixo custo. A inovação sem condutor pode transportar de 10 mil a 45 mil passageiros por hora. “Se-gurança, design elegante, agilidade de construção e adequação à arquitetura das cidades são os principais destaques”, apresentou Wagner Ribeiro, diretor de No-vos Negócios da Alstom. “A construção do sistema é rápida, de 4 a 5 anos, com viaduto modular que ofere-

Líder no mercado de segurança digital, presente em 44 países e mais de 12 mil funcionários, a Ge-malto reforça como a inovação está mudando o jeito de se comunicar com os clientes. Não à toa, no Brasil 60% dos aparelhos de telefone móvel são smartphones, segundos dados apresentados por Gi-bson Nagata, gerente de Marketing da Gemalto. A tecnologia de smart message desenvolvida pela empresa que é um pop-up na tela do celular, que aparece sem sonoridade e só apaga após uma in-teração do usuário, já vem atraindo a atenção das grandes empresas. “Em média, uma pessoa olha para o seu celular 150 vezes por dia. Aproveitar esse espaço de uma forma inovadora e inteligente revo-luciona o mercado”, sinalizou.

Um desafio iminente hoje é desenvolver ações estraté-gicas diante da descentralização da rede. “Hoje há um ambiente multicanal disponível para todos”, ressaltou Flávio Marietto, gerente de Mobilidade da Capgemini. “As empresas precisam analisar quando é o melhor mo-mento e qual a melhor forma para adquirir tecnologia. Esses passos são fundamentais, pois o atraso pode signi-ficar perda de mercado”, indicou. Segundo ele, a expe-riência do usuário ganha cada vez mais destaque. “Não adiante trazer apenas design, é preciso trazer também experiência a partir da leitura de análises profundas so-bre o público”, exemplificou. Os resultados? Três vezes mais chance de reter o cliente, de três a cinco vezes mais chances de compra de produtos.

Você já parou para pensar em como é planeja-do toda a sinali-zação de uma estação de me-trô? Esse é o ex-pertise da Thales, que está entre as 8 empresas fran-cesas que mais

investe em inovação e faturou 14 bilhões de euros no último ano. “Além de mostrar informações relevantes sobre o próprio transporte, o sistema oferece ganhos comerciais por ser uma plataforma multimídia”, expli-cou Thomaz Aquino, diretor de Transportes da Thales. “Trata-se de um sistema de informação alinhado aos de sinalização e aos de telecomunicação. O passageiro visualiza as diversas informações e, ao mesmo tempo, usufrui do transporte.

Crédito das fotos: Bruno Poletti

BoX

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Criado em 2007 pela Câmara de Comércio França-Brasil de São Pau-lo (CCFB-SP), o Prêmio de Comércio Exterior França Brasil tem como ob-jetivo promover o comércio bilateral entre França e Brasil, homenagean-do empresas francesas que se des-tacaram no Brasil e empresas brasi-

leiras que se destacaram na França. Ao longo das sete edições foram premiadas empresas como Embra-er, Natura, Alpargatas, Marfrig, Poko Pano, Brasfruit e Sarah Chofakian. Já do lado francês entre as premiadas estão: Rhodia, TopSolid, Missler, Che-eeeese, Eurocooler.

Na categoria“Santos Dumont”, a vencedora foi a francesa Maïqual

Consultoria e Engenharia, com mais de 18 anos de experiência na implementação de procedimentos de qualidade, segurança e meio--ambiente. Stéphanie Cherubin, diretora da empresa, assumiu o de-safio de posicionar a empresa no se-

tor de agronegócio no Brasil, espe-cialmente no planejamento de silos para cana-de-açúcar. “A prova de que o trabalho que estamos desen-volvendo no Brasil é de qualidade é que os nossos primeiros clientes con-tinuam com a gente até hoje e pre-vemos novos projetos para os próxi-mos anos”, disse ela.

VIII Prêmio de Comércio Exterior

I Prêmio Empreendedor

Os troféus foram para:

Arkadin, organização que presta servi-ços de vídeo e web conferência para o meio empresarial. Com apenas 13 anos de experiência, a empresa conta com uma rede global de 50 escritórios, em 29 países e seis continentes. Ao receber o troféu, o diretor comercial da empresa no Brasil, disse ser um orgulho para a em-presa francesa. “Temos o objetivo de reu-nir pessoas que estão geograficamente distantes para acelerar seus negócios, fa-zendo reuniões virtuais e entregando pro-dutividade e velocidade nas decisões.”

Na categoria Villegaignon, a ven-cedora foi a empresa de origem bra-sileira Granado, fundada em 1870 pelo português José Antônio Coxito Granado. Clientes ilustres como o Im-perador Dom Pedro II e o jurista Rui Barbosa foram alguns dos freqüen-tadores da botica. Levar a marca que já é tradicional no País para o berço do setor foi um desafio, segun-do a diretora de marketing e vendas da empresa, Nazish Munchenbach. “Uma das razões para o nosso

sucesso é ter ficado muito fiel às nossas raízes. Não foi preciso inventar uma história”, disse ela, ressaltando que a inovação é constante diante das diferenças culturais existentes entre as diversas regiões do Brasil.

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A Comissão de Inteligên-cia Estratégica da Câ-mara de Comércio Fran-ça-Brasil de São Paulo (CCFB-SP), coordenada

por Frédéric Donier sócio-diretor da Crescendo Consultoria, trouxe no dia 11 de novembro de 2014 três exemplos do uso de informações de valor no processo de aquisição, fusão e integração de empresas. Edson Ito, professor da Faculdade Getúlio Vargas (FGV) e membro da Strategic and Competitive Intelli-gence Professionals (Scip), abriu o encontro expondo as macrotendên-cias da área.

Segundo Ito, há um crescente pro-cesso mundial de privatização da inteligência estratégica, ou seja, da transferência de know-how de agên-cias governamentais para entes do mercado. Aliado a isso, há também uma sofisticação dos usuários e uma tendência de unir a disciplina a ou-

tras áreas da administração, como a inovação. O termo que vem sendo utilizado para denominar esse fenô-meno é Insight Management. Com base nesse cenário, os executivos das empresas que lideraram processos de aquisição e fusão apresentaram os desafios que enfrentaram nesse tema.

PRImEIRO dEsAfIO: sAnOfI E O mERCAdO COlOmbIAnO

A Sanofi é uma das líderes mundiais do mercado farmacêutico. Aproxima-damente, 33% de suas receitas anuais vêm das chamadas economias emer-gentes, sendo que a zona latino-ame-ricana responde por 6%. Bruno Grêlé, vice-presidente de Genéricos para América Latina, revelou as estratégias da companhia na Colômbia, hoje um dos hubs regionais da multinacional.

A Colômbia com 50 milhões de habitantes atinge também os mer-cados do Equador, do Peru e da Ve-nezuela, perfazendo uma economia

de 200 milhões de pessoas, quase um Brasil, no valor de US$ 4 bilhões em compras de produtos farmacêu-ticos por ano. Aproximadamente, metade desse segmento é domina-do por compras governamentais e a outra pela compra privada. Em 2011, a Sanofi, com 700 empregados e vendas de US$ 200 milhões, estava no quinto lugar no ranking.

da inteligência estratégica ao Insight management

A Sanofi é uma das líderes mundiais do mercado

farmacêutico. Aproximada-mente, 33% de suas receitas

anuais vêm das chamadas economias emergentes,

sendo que a zona latino-americana

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Foi esse motivo que fez a multina-cional francesa adquirir a Genfar, uma farmacêutica de capital co-lombiano, 1.200 colaboradores e US$ 150 milhões de faturamento. A com-panhia, com presença também nos mercados da zona andina, da Amé-rica Central e da Venezuela, tinha três grandes atrativos para a Sano-fi: força no segmento de genéricos, modelo de negócios sustentável e possibilidades de sinergia.

Com a compra, a Sanofi atingiu a primeira posição no mercado co-lombiano e a quinta no equatoria-no. Segundo Grêlé, o maior desa-fio foi integrar as culturas dos dois grupos, fazendo com que a Genfar assimilasse gradualmente uma visão multinacional, uma organização matricial e um compromisso com o compliance.

sEgundO dEsAfIO: sOmfy E A InTEgRAçãO dE TRês EmPREsAs

A Somfy é uma empresa france-sa, de 1 bilhão de Euros de fatura-mento, que atua nas áreas de se-gurança e automação residencial e de escritórios. Conta com mais de 200 mil objetos conectados e 70 milhões de motores instalados em janelas por todo o mundo. Com 8.000 funcionários e presença em 80 países, iniciou em 2011 um projeto mundial de expansão denominado LETs (Living Environment Transforma-tion through Somfy), o que incluiu aumentar a relevância do território brasileiro, explica Paul Violland, In-novation & Partnership Manager.

Com 34 colaborares no Brasil e uma instalação em Osasco, na Grande São Paulo, e foco exclusi-vo na motorização de persianas, a

Somfy iniciou um rápido e amplo processo de aquisição de empresas brasileiras. Adquiriu a Garen Auto-mação, com 336 empregados, a Neocontrol, com 36 funcionários, e a Giga Security, com 163 trabalha-dores. Desse modo, conseguiu obter um papel de relevo no mercado na-cional.

A estratégia de consolidação utili-zou-se de business plan elaborados em conjunto com as lideranças das empresas adquiridas, um horizonte de três anos, novas regras de com-pliance e um acompanhamento es-tratégico com um time de integra-ção especialmente designado para a tarefa.

Para fazer com que a união sofres-se de poucos percalços, a Somfy promoveu em 2014 o primeiro Brazil Somfy Conference, encontro com 40 lideranças das empresas, e defi-niu um plano de ação comum. Os objetivos definidos foram: promover o cross selling, a transferência tec-nológica, a internacionalização, a melhoria dos processos internos e o desenvolvimento de uma cultura comum. Segundo Violland, todas as metas estão sendo atingidas a contento.

TERCEIRO dEsAfIO: dE sTARTuP A lídER bRAsIlEIRA Em lAVAndERIAs

Fundada em 1883 na França, a Elis é uma empresa de lavanderia industrial de 1,2 bilhão de Euros de faturamento anual, com 18 mil fun-cionários, 240 mil clientes, 160 cen-tros de distribuição e 100 centros de lavagem pelo mundo. Aproxima-

A Somfy é uma empresa francesa, de 1 bilhão de Euros

de faturamento, que atua nas áreas de segurança e

automação residencial e de escritórios. Conta com mais de 200 mil objetos conecta-

dos e 70 milhões de motores instalados em janelas por

todo o mundo

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damente, 30% da sua receita vêm de hotéis, 15% de hospitais, 36% de comércio e serviços e 20% de indústrias.

Para entrar no mercado brasileiro, a Elis adotou uma estratégia inusi-tada. Criou uma operação na for-ma de uma start-up, de maneira a conhecer o mercado brasileiro em todos os seus detalhes, dos riscos operacionais aos trâmites da buro-cracia. Assim, logo conseguiu o seu primeiro cliente: a Sanofi.

As perspectivas do mercado bra-sileiro nessa área de lavagem in-dustrial são bastante promissoras. Enquanto na Europa, 60% das em-presas se responsabilizam pela hi-gienização dos uniformes dos fun-cionários, no Brasil esse índice está em apenas 20%.

Com o objetivo de conquistar mer-cados regionais, a Elis internacio-

nal intensificou seu programa de aquisições desde 2011 na Europa. No Brasil, a Elis adquiriu a compa-nhia Atmosfera, que representa 7% da receita do Grupo e possui 3500 funcionários, transformando-se ime-diatamente em líder no mercado brasileiro.

O processo de consolidação das operações segue acelerado desde fevereiro de 2014, data da aquisi-ção. Em Jundiaí, a Elis herdou da segunda maior lavanderia indus-trial do mundo, com 40 mil metros quadrados de área, atualmente em fase de expansão com a criação de uma nova planta de higieniza-ção de uniformes. Atualmente, a empresa processa 1.500 toneladas de roupas por semana no Brasil, hi-gienizando 74.000 peças de roupas.

Segundo Jeremy Devooght-Ozen-ne, diretor do Segmento Industrial da Elis no Brasil, o maior desafio agora é aumentar a produtividade da operação verde-amarela. Téc-nicos europeus foram trazidos para apoiar a melhoria da performance, que está 50% abaixo das similares da Europa.

QuARTO dEsAfIO: ORQuEsTRAndO umA EQuIPE COm CulTuRAs dIfEREnTEs

No Brasil, a DECATHLON iniciou as atividades em 2001. Atualmente, conta com 18 lojas, um armazém e um amplo processo de expansão, além da transformação omnicanal

da empresa. Uma das principais ca-racterísticas da empresa é a inova-ção com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar do esportista. Mas como desenvolver uma estra-tégia de alta performance que en-globe os colaboradores, os enge-nheiros e os profissionais espalhados pelos mais de 50 laboratórios inter-nos e externos que desenvolvem mais de 3.500 produtos novos e mais de 50 inovações por ano?

Uma das descobertas durante o processo foi que as culturas fran-cesas e brasileiras quando bem or-questradas e combinadas podem formar uma mistura eficiente e de sucesso. No desenvolvimento das práticas de aprendizado também foram sinalizados: a formação de um time com perfis psicológicos bem diversos e a criação de dinâ-micas lúdicas para estimular o tra-balho em grupo e o compartilha-mento. Os resultados?

Amadurecimento e reconheci-mento do time como equipe de alta performance e o Prêmio da Revista Época Reclame Aqui – As melhores empresas para o consumidor 2014, que geraram prestígio nacional e internacional. Também a operação Decathlon.com.br se destacou pela prêmio de maior crescimento em comércio eletrônico na América La-tina nos anos de 2013 e 2014 segun-do estudo da Internet Retailer’s.

Em conclusão, Frédéric Donier des-tacou que os quatro cases ilustram a importância da disciplina de Inte-ligência Estratégica para apoiar o crescimento das empresas nos dias atuais, seja no crescimento externo no caso de fusões, seja no cresci-mento orgânico como no caso dos processos de transformação digital.

Fundada em 1883 na França, a Elis é uma empresa de lavanderia industrial de

1,2 bilhão de Euros de faturamento anual, com

18 mil funcionários, 240 mil clientes, 160 centros de distribuição e 100 centros

de lavagem pelo mundo

No Brasil, a DECATHLON iniciou as atividades em

2001. Atualmente, conta com 18 lojas, um armazém e um

amplo processo de expansão, além da transformação omnicanal da empresa

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Para promover ainda mais a rela-ção de troca e compartilhamento entre os dois países, a Câmara de Comércio França-Brasil de São Paulo (CCFB-SP) realizou na noite do dia 25 de novembro, um evento especial com o tema “Luxo França-Brasil”.

Mais de 300 empresários, autori-dades e especialistas em moda e beleza se reuniram, no Grand Hyatt Hotel, em São Paulo, para celebrar o sucesso das trocas comerciais e culturais.

Grandes grifes como Guerlain, Givenchy, Sephora, Peclers Pa-ris, Pedro Lourenço e Mon Absolu apoiaram a iniciativa de modo a re-forçar os avanços do setor no cenário global.

“O nosso objetivo é criar cada vez

mais oportunidades de troca e com-partilhamento de negócios e inova-ção entre os associados e interessa-dos”, afirmou Louis Bazire, presidente da Câmara de Comércio França--Brasil de São Paulo (CCFB-SP).

Não à toa, representantes de gran-des empresas como Allianz, ASGV Advogados, Atos/Bull, Banco Crédit Agricole, BNP Paribas, Banco Soci-été Générale, Carrefour, Chandon (LVMH), Chez France, EAGV, Eden-red, GT Lawyers, Lacoste, Pernod Ricard, Rhodia Solvay, Sanofi, Saint--Gobain e Velours também marca-ram presença.

Outro destaque da festa foi a esta-ção de beleza da marca Givenchy, comandada pelo maquiador oficial da marca João Carlos Alcantara,

que ficou disponível durante todo o coquetel para os convidados expe-rimentarem os produtos e vivencia-rem uma experiência única.

Por volta das 21 horas, iniciou-se o jantar com mais uma surpresa, o pres-tigiado som do quarteto da La Regi-na, uma grife musical que busca na tradição das músicas tocadas a par-tir do século XVI na Europa, a inspira-ção para o mundo contemporâneo.

Sorteios de passagens aéreas e hospedagens para Paris, champag-nes e kits exclusivos da marcas Se-phora e Givenchy foram realizados entre os convidados.

“Uma iniciativa especial criada para comemorar o ano de 2014 e for-talecer as ações estimadas pela en-tidade para o 2015”, concluiu Bazire.

fête do luxo

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A CCFB-SP deseja a todos um Feliz Natal e um próspero

Ano Novo!

boas-vindas aos novos associados

Courrier VI Fórum de Sustentabilidade & XIII Prêmio LIFAcompanhamento Editorial: Marjolaine AnfusoSupervisão: Sueli LartigueRedação de textos: Retoque JornalismoFotos: Bruno PolettiDiagramação e arte: Anilton Rodrigues