O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

0

Secretaria de Estado da Educação

Superintendência da Educação

Departamento de Políticas e Programas Educacionais

Coordenação Estadual do PDE

Universidade Estadual de Maringá

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGIA

Professor PDE – José de Souza Filho

Orientadora – Profª. Dra. Maria Claudia Colla Ruvolo Takasusuki

CIANORTE-PR.

2010

1

SECRETARIA DE ESTADO E EDUCAÇÃO

SUPERINTENDENCIA DE EDUCAÇÃO

COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

MATERIAL MULTIMÍDIA

JOSÉ DE SOUZA FILHO

PDE – CIÊNCIAS

CIANORTE-PR

2010

2

SUMÁRIO

1- Apresentação.........................................................................................................03

2- Introdução..............................................................................................................04

3- Breve História da Ciência Moderna........................................................................06

3.1- A História da Ciência no Brasil............................................................................18

4- Grandes Descobertas Científicas e Tecnológicas da Ciência................................22

5- O Microscópio.........................................................................................................24

6- Grandes Nomes da Ciência....................................................................................28

6.1- Grandes Nomes da Ciência no Brasil..................................................................39

7- Ciência X Tecnologia.............................................................................................44

8- Referências Bibliográficas......................................................................................46

3

A Produção Didático-Pedagógica apresenta-se na forma de um Material

Multimídia. Baseia-se em uma fundamentação teórica dos temas, bem como

exemplos ilustrativos e imagens. As imagens poderão ser utilizadas na montagem

de slides. O material pode ser apresentando aos alunos em sala de aula utilizando

como recurso tecnológico, a TV multimídia (TV pendrive). O texto teórico fornece ao

professor uma base no aprimoramento dos conhecimentos, contribuindo de forma

significativa em seu trabalho diário. Através dos slides, o professor poderá criar uma

situação problematizadora, permitindo assim melhor apresentação dos conteúdos e

discussões com os alunos sobre o tema proposto.

Utilizando uma ferramenta (software) midiática de informática, o professor

poderá montar a apresentação de slide utilizando as imagens desse material,

salvando no formato JPEG no pendrive e utilizando-as na TV Multimídia durante as

aulas de ciências.

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Ao tratarmos da disciplina de ciências, isso nos remete a inúmeros

questionamentos e provavelmente um dos mais importantes está relacionado ao

surgimento da ciência e consequentemente a relação com o ser humano, afinal, a

ciência é também considerada uma das formas que encontramos para responder às

questões mais fundamentais de nossas vidas (Braga, 2005, p. 14). Para

compreendermos tais significados, necessitamos conhecer a sua história, e a partir

daí construirmos um pensamento científico baseado nos fatos ocorridos. A ciência

(fenômenos científicos) já estava presente desde o início da formação de nosso

Universo, tomando como base a Teoria Big Bang, essa ciência modificou-se com o

passar dos tempos, acompanhando a evolução humana, como também o ser

humano acompanhou as mudanças ocorridas pela ciência, portanto, podemos

afirmar que há uma inter-relação entre ser humano e a ciência, tornando possível a

evolução científica. Ocorreu a evolução tanto nos seres humanos como também na

ciência através dos tempos, conforme a ilustração do esquema a seguir.

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Tratar de todo o contexto histórico da ciência desde o surgimento requer um

bom tempo disponível, diante desse fato estaremos tratando apenas alguns

aspectos do contexto histórico a partir do século XVII. A história da ciência antes do

século XVII, com certeza não teve menos valor do que a posterior, pois também

contribuiu de forma valiosa para a evolução da ciência.

Foi a partir desse século que começaram a aparecer grandes invenções, em

especial objetos importantes na descoberta de um mundo novo. O microscópio foi

um desses objetos que teve um papel importantíssimo na pesquisa, alavancando

grandes descobertas científicas na área medicinal, como a célula. E essas

invenções ocorridas, trazendo cotidianamente grandes mudanças significativas em

nossas vidas e em vários aspectos contribuindo e facilitando-a. E, esses objetos

inventados e aperfeiçoados constantemente indicam a evolução tecnológica, ou

seja, a tecnologia.

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Antes de iniciar o conteúdo (texto teórico), o professor deverá questionar os

alunos sobre o tema proposto, para isso deverá apresentar o slide com os seguintes

questionamentos, anotando as respostas mais significativas no quadro, e os alunos

transcrevendo-as no caderno.

Cabe ao professor fazer algumas considerações necessárias durante a

conversa, pontuando aspectos relevantes para a elaboração de um texto a partir dos

aspectos históricos apresentados pelos alunos.

O surgimento da ciência moderna, uma simbiose da filosofia e técnica, deu-se

a partir de uma nova forma de olhar a natureza, consolidando a revolução científica.

Devido à necessidade de novos modelos para a produção do conhecimento,

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começou a ocorrer a partir do século XV perdurando até o século XVII, espalhando-

se aos vários continentes inclusive na Europa ocidental.

Vários acontecimentos precisam ser citados nesse momento histórico, como a

revolução feita por Copérnico que desenvolveu de forma rápida, transformando tanto

a astronomia como a física, rompendo de tal forma com os últimos vestígios do

universo aristotélico. A matemática tornava-se essencial para as ciências físicas, no

desenvolvimento de projetos e na fabricação de instrumentos científicos, como

sendo imprescindível para a revolução comercial.

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A matemática passou a ser um conhecimento importante para as transações

comerciais, pois nesse período já começava se concretizar, sendo também uma era

importante no desenvolvimento da ciência moderna. Com isso, a Europa conseguia

desenvolver métodos mais eficazes para a medição do tempo, com cálculos

baseados na posição do Sol e estrelas. Também nesse período começaram a surgir

os primeiros relógios mecânicos, utilizando engrenagens, sendo mais precisos em

relação aos de água, porque na época do frio, a água congelava e trazia grandes

transtornos.

Iniciam-se nos meios acadêmicos, comparações de problemas matemáticos

com as questões de cunho filosófico, fomentando grandes debates, quase sempre

sem nenhuma conclusão definitiva.

As grandes navegações marítimas tiveram seu ápice no século XV, devido à

reunião de vários saberes que foram empenhados no desenvolvimento dessa área.

Com isso foram desenvolvidos novos conhecimentos científicos empregados na

invenção e desenvolvimento de equipamentos utilizados na navegação marítima,

que nos séculos seguintes (XVI e XVII) foram amplamente empregados na

investigação científica, como o ocorrido quando Galileu apresentou grandes

descobertas após ter virado o telescópio em direção ao céu noturno.

Esse aspecto importantíssimo para a evolução da astronomia está

representado no slide seguinte, demonstrando para o aluno essa valiosa ação de

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Galileu que até os dias de hoje os astrônomos continuam fazendo, e é claro de

maneira diferente e com equipamentos bem mais desenvolvidos.

Dentre os vários empreendimentos marítimos investidos, destaca-se o

português que promoveu enorme progresso dos instrumentos de observação do

céu, permitindo grande avanço da astronomia, ajudando o astrônomo dinamarquês

Tycho Brahe (1546-1601) a realizar importantes medições astronômicas, dando

assim condição à Johannes Kepler (1571-1630) futuramente estabelecer as leis do

movimento planetário. E, esse empreendimento marítimo europeu alavancou o

avanço em diversas áreas do conhecimento, em especial a astronomia, a partir do

aperfeiçoamento de instrumentos de observação e invenção de aparelhos de

medida. Promovendo assim, descoberta de uma diversidade biológica desconhecida

a partir do acesso às terras distantes, permitindo grandes viagens de estudiosos da

história natural às diversas regiões do planeta.

Durante as viagens foram empregadas metodologias idênticas ao do trabalho

da navegação, em teste de novas ideias e na prática, reforçando a crença dos

filósofos naturais, que diziam que os conhecimentos obtidos através das

experiências eram mais seguros do que as tradições transmitidas pelos textos da

Antiguidade, ou seja, nascia nesse contexto o embrião da experimentação.

Mesmo com o grande avanço na astronomia, outras áreas também evoluíram.

A mecânica avançou graças aos trabalhos dos engenheiros do Renascimento,

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através da elaboração de projetos e a construção de catedrais e palácios,

contribuindo para o desenvolvimento de novas máquinas, produzindo

conhecimentos que favoreceu a reflexão teórica aos estudos do movimento.

Durante esse período ocorreram várias inovações marcando de forma

definitiva a história da ciência, como exemplo, a da técnica e da arte, ou seja, a

descoberta da perspectiva plana. Essa técnica foi utilizada pelos romanos em larga

escala nas construções, com desenhos de objetos justapostos, mas sem que

existisse uma relação proporcional entre os mesmos, mas com referência às suas

distâncias em relação ao observador. Esse novo olhar foi fundamental para as

observações no campo da astronomia, com o uso do telescópio, como também na

história natural, com o microscópio.

Nota-se que todas essas inovações trouxeram grandes benefícios para a

evolução da ciência, mas esses avanços não ocorreriam se não fosse à proliferação

das novas técnicas de reprodução de livros. E essa popularização do saber deu-se a

partir da invenção da imprensa móvel, feito por Gutenberg (1390-1468), ocorrendo

uma divulgação dos novos saberes fora dos círculos de controle da Igreja, visto que

estava no período da Inquisição, onde livros dos mais variados temas eram editados

e impressos nos idiomas regionais, e não em latim.

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As tradicionais instituições universitárias continuavam impregnadas das

velhas ideias, e não era tarefa fácil reformá-las, pois seria necessário construir

novas instituições que permitisse o diálogo da nova ciência. E foi a partir do século

XVII que começaram a serem fundadas as sociedades científicas, que promoviam

reuniões de interessados no novo saber, como a “Accademia dei Lincei”, fundada

em 1603 que era frequentada por Galileu Galilei e filósofos de diversas orientações,

até mesmo com influências alquímicas e mágicas.

A nova astronomia (nascida a partir do século XVI) trouxe diversas mudanças

para a humanidade, apesar das grandes dificuldades enfrentadas pelos estudiosos

pelo fato que naquela época e até hoje mesmo, é difícil a sustentação da mobilidade

da Terra e o repouso do Sol, visto que, nenhum de nós sente o movimento da Terra

e todo o dia observa-se o aparente movimento do Sol.

E a partir do século XVIII, a ciência moderna passou a criar formas mais

claras de um novo pensar, afastando-se de vez das influências de especulações

religiosas, considerando o século das Luzes. Portanto os filósofos negavam de

forma radical tudo que não apresentasse evidências experimentais, revelando ao

mundo da ciência a importância de provas evidentes através da experimentação,

advindo do século XVII junto com a linguagem matemática, mostrando a todos uma

nova forma de perceber a natureza, o Universo-máquina. E o trabalho do filósofo

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natural passou à análise nas diversas engrenagens, tentando assim encontrar as

leis desse Universo-máquina, o que para os iluministas deveria acontecer em todos

os campos do saber.

Em consequência desses pensamentos e ações dos iluministas, a ciência

chega até a corte.

Mas essa veneração não se restringiu tão somente nas investigações dos

cientistas, ela passou a estar presente também na nobreza, animando festas nos

salões através de aparatos que produziam efeitos curiosos. E nessa ocasião

diversos homens da ciência acabaram tirando proveito disso, tornando-se tão

importante como a música e a literatura, entre as classes abastadas da sociedade.

Período em que houve grandes revoluções, tanto na filosofia quanto na ciência, com

seus múltiplos entrelaçamentos (CHASSOT, 2004).

O pensamento científico passou a desenvolver-se cada vez mais, devido às

contribuições trazidas pela revolução da astronomia, física e matemática, tornando

uma ciência. A química por sua vez chega nesse século com marcas da alquimia,

mas não deixou de se desenvolver, e esse desenvolvimento culminou com a

Revolução da Química, com novos paradigmas evidenciando a decisiva transição da

alquimia à química (o mágico cede lugar ao científico).

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A Revolução Industrial foi um marco importante para a ciência, porque através

dela o homem se modernizou e tanto a indústria como a ciência cresceram, através

de grandes pesquisas realizadas efetivando assim grandes avanços científicos. E

foi no final do século XVIII na Inglaterra que nasceu a grande indústria moderna.

A ciência se consolidou no século XIX, deixando grandes marcas na história

da humanidade passando a responder as interrogações do homem em relação à

natureza, como também interferindo e determinando novas e melhores maneiras de

viver, ocorrendo a interação ser humano–natureza. Conhecido como o século da

química, por ocorrer grandes descobertas nessa área, e, assim o surgimento da

indústria química. Mas ocorreu avanço no campo da física, em especial na

eletricidade e eletromagnetismo, com grandes descobertas em especial sobre a

natureza da matéria, emplacando avanços tecnológicos. E outro ponto importante foi

a criação de um número significativo de novas máquinas, determinando uma nova

Revolução Industrial, que até hoje nos amedronta e modifica nosso planeta.

Ocorreu nesse período da história da ciência uma verdadeira guinada, através

de várias descobertas experimentais. Mas esse desenvolvimento ocorrido com a

ciência foi consolidado naturalmente através da história da humanidade, e esse

processo de desenvolvimento humano foi fundamental para o avanço da ciência.

No mundo dessa época (1895), não havia aviões e nem quase telefone e a

eletricidade era precária, como também a utilização do vapor nos navios e a

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principal forma de comunicação era o correio e ruas iluminadas a gás (CHASSOT,

2004).

Vale citar algumas descobertas ocorridas nesta época, como o primeiro voo

do brasileiro Alberto Santos Dumont, a descoberta da aminopirina, a produção do

alumínio por meio da eletrólise, a descoberta da fenacetina, descoberta de três

gases nobres (xenônio, criptônio e neônio). E isso tudo ocorreu em laboratórios bem

diferentes dos atuais, tanto na organização, equipamentos, verbas orçamentárias e

pessoal.

Dentre as várias descobertas ocorridas e algumas já citadas anteriormente,

as mais extraordinárias foram: raios X, elétron, efeito Zeeman e radioatividade. Os

estudiosos dessa época resistiam em aceitar o átomo e suas partículas pelo fato de

ninguém haver visto até então, mas até hoje ninguém o viu literalmente, mas

faltavam evidências para corroborar o modelo atômico.

O século XX começa anunciando maravilhas na ciência, como o primeiro voo

já efetivado, o homem procura alçar voos maiores e presencia lançamentos de

satélites e o homem caminhando fora da superfície da Terra, na Lua. Esse século é

marcado pela “era atômica”, pois o mundo vivia uma guerra e uma das alternativas

encontradas pelos políticos da época foi utilizar-se dos conhecimentos científicos

que vinham sendo desenvolvidos e em 1945, no deserto de Alamogordo explode a

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primeira bomba atômica. E meses depois foram em duas cidades japonesas:

Hiroshima e Nagasaki, arrasando essas duas cidades e as consequências da

radioatividade até hoje é sentida.

Pós-guerra, o átomo continuou sendo a menina dos olhos dos cientistas

(químicos), sendo bombardeados seus núcleos em busca de novos elementos com

número atômico maior que 92, fato esse concretizado com sucesso. A maioria

desses elementos foram produzidos em Berkeley, na Califórnia em gigantescas

instalações destinadas a acelerar partículas, ou seja, o domínio de aceleração de

partículas já era consumada.

A invenção do transistor em 1948 foi um marco para a tecnologia, abrindo

caminho para a descoberta mais recente os chips, elemento importante na

fabricação dos microcomputadores, equipamento que revolucionou nossas vidas. O

conhecimento das ligações químicas e o seu domínio permitiram a síntese de novos

produtos, entre eles materiais que revolucionaram as embalagens, vestuários,

construção civil e medicamentos. Graças a tudo isso, ao desenvolvimento da

ciência, ou melhor, o desenvolvimento da física que refletiu em outras áreas, como a

química.

A biologia por sua vez, não ficou atrás, e o desenvolvimento concretizou-se

em especial na biologia molecular, trazendo as mais significativas contribuições

explicando, preservando e prolongando a vida. Devem ser citados também os

estudos realizados da fotossíntese, a determinação da estrutura das proteínas,

estudos da insulina e hemoglobina e o estabelecimento do código genético. E ainda

nessa área biológica, a genética trouxe novos avanços para a ciência através de

pesquisas com engenharia genética e a biotecnologia, como também uma nova

dimensão de estudos associando evolução, população e ecologia. E mais atual o

sequenciamento do genoma e a clonagem, levantando problemas éticos na área da

pesquisa.

Outra área da ciência que também obteve avanços foi a Astronomia,

principalmente com advento das modernas tecnologias puderam ser construídos

observatórios astronômicos permitindo ao homem ver e conhecer bem mais longe

do que imaginava.

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A ciência do século XXI está presente nos saberes populares, que são os

muitos conhecimentos produzidos solidariamente e, na maioria das vezes, com

muita empiria ou experimentação (CHASSOT, 2004).

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Para concluir o assunto da história da ciência, o professor deve levar os

alunos a uma discussão baseada nos questionamentos anteriores com o objetivo de

diferenciar conhecimentos científicos, senso comum ou saberes populares,

levantando dados dos avanços obtidos pela ciência nesse século. Para enriquecer a

discussão poderá utilizar diversos tipos de pesquisas com as mais variadas fontes,

concluindo assim o assunto da maravilhosa história da ciência.

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Após um breve resumo da história da ciência, apresentamos essa história

ocorrida no Brasil. O professor apresenta a questão levando o aluno a refletir sobre

o surgimento da ciência em nosso país. As respostas dadas deverão ser anotadas,

para uma posterior reflexão baseando-se em alguns dados apresentados no texto a

seguir.

A história da ciência no Brasil teve início juntamente com sua colonização, e

os conhecimentos científicos aqui chegados eram trazidos por esses povos, como

os portugueses logo após a descoberta. E por aqui estiveram visitando as terras

brasileiras, grandes naturalistas, matemáticos, físicos, geógrafos e engenheiros

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desenvolvendo grandes trabalhos científicos e obras, numa tentativa de organizar

uma formação técnica na colônia, principalmente na área militar.

A consolidação da ciência brasileira pode ser considerada mais nacional a

partir da construção do Estado brasileiro, quando houve a separação política do

Brasil e Portugal, pois naquela época existiam algumas poucas instituições de

pesquisa, e alguns profissionais encontravam-se em atividades devido à

permanência da família real portuguesa (BRAGA, 2008, p. 161).

A vinda do príncipe regente D. João VI para o Brasil em 1808, se instalando

no Rio de Janeiro, dando à colônia brasileira um novo status. Várias medidas foram

tomadas beneficiando esse novo país que estava por surgir, e, entre elas a abertura

dos portos para o comércio com outros países e também o cancelamento da lei que

proibia a instalação de indústrias no Brasil. Essas medidas trouxeram não somente o

desenvolvimento do país como as trocas de informações científicas dos povos que

aqui chegavam de outros continentes.

A abertura política promovida pelo príncipe contribuiu de forma significativa ao

povo brasileiro, facilitando acesso às substâncias ou métodos utilizados na

medicina. Anterior à vinda do príncipe, o povo brasileiro já utilizava alguns

conhecimentos científicos, que serviam não apenas para a cura de doenças e sim

em diversos setores como a construção e o transporte.

Se com a chegada da família real às terras brasileiras, aprimorou-se os

conhecimentos científicos aqui existentes, então podemos afirmar que em nossas

terras não havia ciência?

20

É claro que os índios que existiam nas terras brasileiras com certeza

acumulavam grandes conhecimentos, e tinha o domínio de alguns fenômenos

naturais, como o fogo. Dominavam também o fabrico de alguns equipamentos, tais

como arcos e flechas utilizados tanto na obtenção de alimentos, como também na

defesa de suas aldeias. O cultivo de variedades de plantas tanto para fins

alimentícios como medicinais encontravam-se entre esses primeiros moradores de

nossas terras, como também as ocas, construções feitas a partir de conhecimentos

adquiridos e desenvolvidos através dos tempos.

Esses fatos mencionados mostram que os índios moradores de nossas terras,

bem antes da chegada dos portugueses, já tinham o conhecimento de alguns

fenômenos científicos e dominavam a fabricação de alguns equipamentos.

Conhecimentos que certamente poderiam ser considerados como uma ciência, é

claro que bem mais simples que a trazida pelos visitantes.

Após o retorno da família real a Portugal e a aclamação do imperador Pedro I,

o Brasil entra em um período em que podemos denominar de “surto da

industrialização”. Durante as viagens feitas pelo imperador a Europa e Estados

Unidos, obteve contados com grandes inventores e cientistas, mas esse interesse

era apenas pessoal, não fomentando um conhecimento na ciência ou na tecnologia.

E esse surto industrial não contribuiu com base forte na elaboração de uma

tecnologia que ajudasse os brasileiros, mesmo com empreendedorismo de Irineu

21

Evangelista de Souza (1813-1889), o barão de Mauá, edificando inúmeras empresas

que atuavam em diversos campos.

Nesse período, a ciência brasileira engatinhou (século XIX), e em 1847 foi

fundado o Imperial Observatório do Rio de Janeiro auxiliando a navegação,

deixando de lado a pesquisa astronômica. Isso cabia as Instituições existentes, uma

assessoria ao governo ao invés da investigação científica.

O pensamento científico brasileiro teve grande influência estrangeira, e duas

correntes vindas da Europa acabaram influenciando tanto a política quanto os rumos

do Estado, no Império e na República. Tais correntes (positivismo e evolucionismo)

tiveram grandes influencias nos trabalhos desenvolvidos pelos cientistas brasileiros,

onde cada qual tomava sua posição diante de cada pensamento filosófico.

Hoje o Brasil não possui dentro da história da pesquisa científica uma tradição

sólida, mas não é assim tão reduzida a contribuição, pois hoje nossos cientistas

fazem pesquisas de ponta em diferentes áreas do conhecimento. Nossa ciência é

ainda de um país de população em sua maioria pobre, mas as principais pesquisas

de nossas universidades são de alta qualidade (CHASSOT, 2004).

Atualmente, a ciência brasileira obteve grandes avanços que são

reconhecidos mundialmente, beneficiando povos do mundo inteiro. Para conhecer

melhor esses avanços, o professor poderá instigar seus alunos à realização de uma

pesquisa na obtenção de informações significativas sobre os avanços, contribuições

e descobertas feitas pela ciência em nosso país nos últimos anos, utilizando-se dos

diversos meios de pesquisa.

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Em todo o contexto histórico da ciência, encontramos diversas descobertas

científicas, que trouxeram grandes benefícios para a humanidade e, entre elas

vários equipamentos como o telescópio, celular, avião, etc. Portanto, cabe ao

professor questionar junto aos alunos sobre quais invenções da ciência foram mais

relevantes para a humanidade e em consequência à sua vida.

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O papel do professor faz-se importante, instigando os alunos na busca de

descobertas feitas pela ciência nos últimos tempos, tomando o cuidado que tais

descobertas abranjam diversas áreas. Após a discussão e apresentação das

descobertas mencionadas pelos alunos, o professor também poderá apresentar uma

lista contendo várias descobertas feitas pela ciência, sendo para ele o que julgar

importante ou apresentar o slide a seguir.

24

Dentre os vários aparelhos criados pelos cientistas, o microscópio

revolucionou muito a pesquisa científica, principalmente na área medicinal, pois esse

aparelho foi e é imprescindível para a visualização de partículas que até então não

eram imaginadas. O professor pode questionar os alunos sobre a importância desse

equipamento para a ciência.

Após a definição do microscópio, é importante conhecer o histórico de sua

invenção e construção, como também a partir de qual outro objeto importantíssimo

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surgiu. O professor poderá utilizar o slide a seguir, que apresenta um breve histórico

de sua invenção, e a partir daí levar os alunos a questionar sobre a importância

desse instrumento na atualidade.

O texto seguinte servirá de base na argumentação com os alunos durante a

apresentação dos slides.

Hoje o microscópio é utilizado em diversas áreas, principalmente em

laboratórios de análises clínicas e de pesquisas. Na área da ciência, a citologia é

dependente desse aparelho, permitindo a visualização das diversas células

humanas para um estudo mais detalhado.

Em 1665, o inglês Robert Hooke utilizou o microscópio para visualizar

diversos objetos permitindo a descoberta dos mais variados espaços minúsculos, o

que mais tarde ficou conhecido como célula.

Com a evolução da tecnologia esse aparelho foi sendo aperfeiçoado,

permitindo a visualização de partículas minúsculas, obtendo a compreensão por

parte dos pesquisadores do funcionamento do organismo dos seres vivos.

Atualmente encontramos vários tipos de microscópios, como: microscópio óptico e

eletrônico.

26

Existem três tipos de microscópios eletrônicos básicos, que são:

- Microscópio Eletrônico de Transmissão utilizado na observação de cortes

ultrafinos.

- Microscópio de Varredura que é capaz de produzir imagens de alta ampliação para

observação de superfícies.

- Microscópio de Tunelamento utilizado na visualização de átomos.

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28

Apresentamos a seguir grandes nomes da ciência, cientistas ou filósofos que

através de seus estudos ou trabalhos contribuíram de forma significativa para o

avanço da ciência em todos os tempos.

- Arquimedes de Siracusa (287-212 a.C.), nasceu em Siracusa, mas muito

jovem foi para Alexandria estudar com Euclides. Matemático, engenheiro, físico, foi

considerado o maior geômetra dos tempos antigos. Dedicou-se aos estudos

29

científicos, realizando várias descobertas. Estabeleceu o valor do π (pi) com grande

precisão e atribui-se a ele também a invenção do parafuso sem fim, do parafuso

oco, das roldanas, da roda dentada, da esfera móvel, do estabelecimento do

princípio da alavanca e das leis da hidrostática. É conhecido pela famosa frase

“Eureca!”, isto é, “Achei!”, dita durante o banho após ter resolvido o problema sobre

o teor de ouro na liga usada pelos ourives no fabrico da coroa do rei Hierão II, e

esse conhecimento foi aproveitado sobre a densidade dos corpos.

Resistiu à invasão de Siracusa durante três anos, feita por Marcelo,

enfrentando os exércitos invasores utilizando, máquinas construídas para

arremessarem flechas e pedras a grandes distâncias. Arquimedes foi morto na rua,

por engano por um soldado após uma invasão de surpresa.

- Hipátia ou Hipácia de Alexandria (370-415), primeira mulher reconhecida

com cientista na época. Foi matemática e filósofa neoplatônica, era dirigente do

Museu de Alexandria e foi assassinada brutalmente, em 415 d.C., quando a

biblioteca foi queimada por instigação de monges cristãos, que viam como centro

herético.

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- Nicolau Copérnico (1473-1543), astrônomo polonês considerado o

responsável pelo nascimento da nova astronomia, está entre os primeiros

estudiosos a colocar o Sol em repouso, com os planetas movimentando a redor,

provocando grande impacto fazendo surgir novas questões naquele momento

histórico.

Valia-se desde o início de seus trabalhos da hipótese heliocêntrica, atribuindo

a esse sistema como sendo a melhor forma para interpretar o Universo, o que levou

a grandes mudanças, situando o movimento dos astros além da esfera das estrelas

fixas dependendo esse movimento da distância dos planetas em relação ao Sol.

Outro aspecto importante era o fato de colocar a Terra como planeta girando em

torno de uma estrela, admitindo que a Terra fosse o centro de sua própria gravidade

e com isso necessitaria de uma revisão da física aristotélica. Mas Copérnico não

conseguiu estabelecer um conceito de gravidade para explicar a queda dos corpos,

sendo construído mais tarde com uma clareza suficiente, superando a hipótese

aristotélica.

31

- Tycho Brahe (1546-1601), astrônomo dinamarquês considerado um dos

maiores astrônomos de todos os tempos. Buscou fazer observações cuidadosas e

precisas, que permitissem previsões futuras sem necessidade de correções

constantes, permitindo assim a aceitação futura e definitiva do heliocentrismo.

Conseguiu observar uma supernova em 1572 na constelação de Cassiopéia,

colocando em xeque a imutabilidade aristotélica do céu. E em 1577 observou um

cometa, determinando que a órbita seria próximo a Vênus, fazendo com que

abandonasse a tese aristotélica.

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- Francis Bacon (1561-1626), viveu em um momento em que a Inglaterra

prosperava economicamente, se interessando pelas novidades dessa época.

Grande entusiasta de aparatos técnicos recém descobertos, como a bússola, a

prensa de alguns tipos móveis e a pólvora.

Exerceu cargos políticos importantes, dando-lhe condição ao domínio da

efervescência daquela cultura e alcançando momentos de glória no cenário político,

ocupando o cargo de chanceler em 1618. Mais tarde foi acusado de suborno nos

processos que julgava a respeito de autorizações para comércio e manufaturas,

monopólios e patentes comerciais, perdendo o cargo e levando-o a prisão. Mas a

intervenção do rei, fez com que ficasse preso somente por alguns dias. E em seu

momento de declínio político e econômico foi com que produziu suas obras mais

significativas para a ciência.

Dedicou-se particularmente às questões da natureza, tendo uma visão mais

global da investigação, defendendo que o conhecimento científico e técnico e seus

avanços seriam responsáveis pelo desenvolvimento econômico, como também pela

grandeza política da Inglaterra.

Bacon defendia que o filósofo natural deveria buscar novas práticas e novas

políticas, pois o homem somente avançaria no entendimento da natureza atingindo

algo novo, se abandonasse as autoridades passadas e o método utilizado na

construção do conhecimento, porque os antigos não conseguiam perceber que a

33

compreensão da natureza tinha um grande significado à existência humana.

Portanto a ciência seria construída necessariamente pelo inventor ou pesquisador

que estivesse interagindo de modo permanente com seus pares, acrescentando

novidades ao saber já construído. Pois Bacon nunca pensou a ciência como um

conhecimento elaborado por um sábio ou gênio iluminado por obra divina.

Em uma obra inacabada, A grande instauração (1620), Francis Bacon

pretendia indicar todos os meios necessários para a desejada reforma da filosofia

natural, na qual se dividiria nos seguintes grupos: Divisão das ciências; Direções a

respeito da interpretação da natureza; O fenômeno do Universo, ou uma história

natural e experimental dos fundamentos da filosofia; A escada do intelecto; O

mensageiro, ou antecipações da nova filosofia; A nova filosofia ou ciência ativa.

- Galileu Galilei (1564-1642), italiano, estudou medicina, mas o que mais lhe

encantou foi as interrogações dos fenômenos físicos (física). Notadamente os

trabalhos de Galileu apresentavam ideias distantes àqueles tradicionalmente aceitos

na época, pelo fato das contraposições aos ensinamentos de Aristóteles. Utilizava o

pensamento matemático e experimental nas afirmações dessas ideias e apesar de

não ser um experimentador como Francis Bacon, apresentava forte presença do

raciocínio experimental em sua ciência. Em suas experimentações sempre

procurava analisar o fenômeno estudado elaborando uma análise quantitativa de

34

forma que mostrasse as relações matemáticas entre as diferentes grandezas

escolhidas, e não simplesmente coletar dados.

Galileu propôs uma epistemologia, tentando mostrar que o surgimento de

uma ciência nova estaria baseado na experimentação sobre a natureza e na

utilização da matemática como forma de compreensão da realidade empírica,

associando a fatos concretos os problemas abstratos.

- Robert Hooke (1635-1703), foi um físico experimental, ficando famoso por

desenvolver a microscopia e também em elaborar a lei da deformação de molas e

realizando grandes descobertas importantes no campo da mecânica, inventando e

aperfeiçoando muitos aparelhos. Encarregado de administrar os materiais da

sociedade e preparar experimentos, sendo com isso o único membro pago de um

grupo seleto de estudiosos.

35

- Isaac Newton (1643-1727) cientista inglês nascido em Londres, além de

cientista foi químico, físico, mecânico e matemático, e juntamente com Leibniz

elaborou o cálculo infinitesimal, mas sua maior obra foi descobrir a lei da gravidade.

Precursor do Iluminismo criou o binômio de Newton contribuindo e realizando

grandes descobertas para a ciência. Contribuiu significativamente com a

matemática, a física, a química, a alquimia, a cronologia e a teologia através de suas

obras publicadas.

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- Antoine Laurente de Lavoisier (1743-1794), nasceu em 26 de agosto de

1743, falecendo em 8 de maio de 1794. Oriundo de uma família nobre francesa, teve

uma excelente educação, católico, formou-se em direito, cargo que nunca exerceu,

pois optou pela ciência. Considerado o pai da química, descobriu que a água é uma

substância formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Viveu na

época em que começava a Revolução Francesa, sendo morto, pois era muito mal

visto pela população, que pensava que, por ser de uma família nobre, Lavoisier,

também, participava do corrupto sistema cheio de impostos sobre a sociedade, e por

esse fato, foi guilhotinado após um julgamento sumário.

- Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês que alcançou fama ao

convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução, propondo a teoria da

seleção natural e sexual, sendo laureado com a medalha Wollaston concedida pela

Sociedade Geológica de Londres, em 1859. Interessou-se por história natural na

universidade enquanto era estudante de Medicina e Teologia. Durante cinco anos

viajou a bordo do brigue HMS Beagle e juntamente com escritos posteriores

trouxeram-lhe reconhecimento como geólogo e fama de escritor. Suas observações

da natureza levaram-no ao estudo da diversificação das espécies e, em 1838, ao

desenvolvimento da teoria da Seleção Natural. Consciente de que outros antes dele

tinham sido severamente punidos por sugerir ideias como aquela, ele as confiou

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apenas a amigos próximos e continuou a sua pesquisa tentando antecipar possíveis

objeções. Contudo, a informação de que Alfred Russel Wallace tinha desenvolvido

uma ideia similar forçou a publicação conjunta das suas teorias em 1858.

- Albert Einstein (1879-1955), foi um físico teórico nascido em Ulm

Alemanha, mas se radicou nos Estados Unidos. É conhecido pela teoria da

relatividade, e em 1921 recebeu o prêmio Nobel de Física por explicar corretamente

o efeito fotoeléctrico. Seu trabalho teórico teve grande importância no

desenvolvimento da energia nuclear, sem que fizesse tal previsão. Einstein fez uma

viagem a América do Sul em 1925, visitando países como a Argentina, Uruguai e

Brasil. Aqui visitou o Jardim Botânico e o Instituto Oswaldo Cruz entre outros locais.

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Dentre os vários cientistas que tiveram grandes contribuições à ciência

mundial, podemos citar Michael Faraday, Thomas Alva Edison, Alfred Russel

Wallace, Alessandro Volta, André Marie Ampere, Carl Friedrich Gauss, Ernest

Werner Von Siemens, James Prescott Joule, John Ambrose Fleming, Werner

Magnus Maximilian Von Braun, Willian Thomson Kelvin, etc.

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Apresentaremos a seguir grandes cientistas ou pesquisadores brasileiros que

trouxeram contribuições para história da ciência em nosso país.

- Fritz Muller (1822-1897), naturalista alemão e principal nome no Brasil em

termos de contribuição científica. Veio morar no Brasil em 1852 em uma colônia de

imigrantes (colônia que originou a cidade de Blumenau) para trabalhar na

agricultura. Foi professor de matemática em Desterro (hoje Florionópolis) e

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desenvolveu pesquisas como naturalista, sendo convidado para trabalhar no Museu

Nacional do Rio de Janeiro, sendo um referencial da seleção natural em grupos de

crustáceos, e, isso ocorreu porque era um admirador de Charles Darwin, a Origem

das espécies. E em 1864, escreveu uma importante obra denominada Fur Darwin,

lida e recomendada por Darwin.

- Oswaldo Cruz (1872-1917), cientista brasileiro nascido em São Luiz do

Piraitinga-SP em 5 de agosto de 1872 e morreu na cidade Petrópolis-RJ em 11 de

fevereiro de 1917 com 44 anos. Formou-se em 1892 pela faculdade de medicina do

Rio de Janeiro, e em 1896 fez estágio durante três anos no Instituto Pasteur em

Paris, sendo discípulo de Émile Roux. Organizou o combate da peste bubônica em

Santos e em outras cidades portuárias, demonstrando que era impossível o combate

sem a utilização do soro adequado. A importação do soro era demorada, coube a

ele propor ao governo a fabricação, e em 1900 foi criado o Instituto Soroterápico

Federal, assumindo a direção em 1902.

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- Carlos Justiniano Ribeiro Chagas (1879-1934), médico sanitarista,

cientista e bacteriologista brasileiro trabalhando como clínico e pesquisador, atuante

na saúde pública brasileira no combate à malária. Descobridor do protozoário

Trypanossoma cruzi e a tripanossomíase americana, a doença de Chagas, sendo o

primeiro cientista na história da medicina a descrever completamente uma doença

infecciosa. Trabalhou no combate à leptospirose e doenças venéreas, laureado com

diversos prêmios de instituições do mundo inteiro, membro da Academia Brasileira

de Medicina e segundo diretor do Instituto Oswaldo Cruz.

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- Cesare Mansueto Giulio Lattes (1924-2005), nasceu em Curitiba, de

família de judeus italianos, formado em matemática e física pela Universidade de

São Paulo. Integrou um grupo de jovens físicos brasileiros que trabalharam com

professores europeus, sendo destaque e brilhante pesquisador de campo e aos 23

anos foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas no Rio de

Janeiro. Grande estudioso dos raios cósmicos, foi co-descobridor do méson pi, uma

grande reviravolta na ciência, mostrando que os átomos eram formados por somente

três partículas elementares. Professor e pesquisador na Universidade Federal do

Rio de Janeiro, Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Universidade de São Paulo,

Universidade Estadual de Campinas e integrante da Academia Brasileira de

Ciências. Um dos mais distintos e condecorados físicos brasileiros, pois seu trabalho

foi fundamental para o desenvolvimento da física atômica.

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Dentre os vários cientistas e estudiosos brasileiros que tiveram grandes

contribuições à ciência de nosso país, podemos citar Johanna Dobereiner, Florestan

Fernandes, Milton Santos, Vital Brazil, Crodowaldo Pavan, Nise Silveira, Mario

Shenberg, Gilberto Freyre, Adolpho Lutz, Graziela Barroso, Mauricio Rocha e Silva e

Josué de Castro,etc.

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Quando tratamos de tecnologia, normalmente nos esquecemos que por trás

de tudo isso existe algo bem mais complexo e extraordinário que é a ciência. Se a

tecnologia está ligada à ciência, então como estão relacionadas? Podemos

encontrar vários aspectos ou instrumentos que exemplificam essa relação, e todos

eles trouxeram grandes mudanças ao ser humano e ao nosso planeta.

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A Ciência e a tecnologia continuamente modifica a existência humana,

estabelecendo uma relação importantíssima, portanto precisamos entender e

compreender o que significa ciência e tecnologia, ou seja, definí-las.

Podemos definir ciência em um sentido mais amplo que refere-se a um

conhecimento ou prática sistemática, e em um sentido mais restrito, a um sistema de

adquirir conhecimento baseado no método científico

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia). Portanto a ciência é dada por um

conjunto dos conhecimentos adquiridos e acumulados pelo ser humano em todos os

tempos, sendo repassado de geração a geração. Mas a evolução do ser humano faz

com que esses conhecimentos se tornem também evoluídos.

Tecnologia termo que envolve o conhecimento técnico e científico,

ferramenta, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal

conhecimento (http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia). Para tanto toda e qualquer

tecnologia é desenvolvida a partir do conhecimento científico, e essas tecnologias

poderão ser utilizadas no desenvolvimento científico.

Existe portanto, uma relação de mão dupla entre a ciência e a tecnologia, e

essa relação vem sendo importante no desenvolvimento de toda a humanidade, em

todos os aspectos.

46

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