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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE Versão Online ISBN 978-85-8015-037-7 Cadernos PDE 2007 VOLUME I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

Versão Online ISBN 978-85-8015-037-7Cadernos PDE

2007

VOLU

ME I

Transformações Rurais e Urbanas no Paraná

Bleggi, Maria Bernadete Elias

Resumen: Através de una lectura cartográfica, este trabajo visa proporcionar al Profesores y Alanos la posibilidad de vivenciar interdisciplinarmente lo estudio del su Propio Estado.

Resumo: Este estudo visa fazer uma leitura cartográfica do território paranaense para entender as relações que ocorrem entre os homens, relações estas estruturadas em um determinado tempo e espaço. A sociedade contemporânea vem cada dia mais sendo representada pelas indústrias e pelas cidades. Há um grande declínio da ocupação no campo, mesmo sendo a urbanização um antecedente à industrialização, esta vem se intensificando com o crescimento industrial. A orientação visa incentivar os professores a participarem com o desenvolvimento do conhecimento da clientela escolar. O professor dá ênfase na construção e leitura de mapas. O mapa nos auxilia no sentido da localização, da orientação e ainda da informação. O homem dá significado ao espaço por ele ocupado e há uma interdependência entre eles, o que ocasiona uma identidade com este espaço e que é revelada através das mais diversas formas de mapas, conceitos etc, e muitas vezes até comportamental. Este declínio da ocupação no campo e crescimento das cidades, principalmente das grandes cidades é apontado pelo aumento significativo do setor terciário. Os movimentos migratórios paranaense estão evidenciados pela coexistência de indicadores sociais críticos em seu território privando a população por serviços de saúde, saneamento, educação, moradia e condições de extrema pobreza. Os alunos terão a oportunidade de observar a concentração industrial em algumas localidades, e constatarão que as localidades de maior concentração industrial tem também um maior fluxo migratório. A essa distribuição da indústria outros fatores poderão ser relacionados, como a disponibilidade de mão-de-obra, a rede de transporte, e a energia, entre outros. A divisão do trabalho tem levado este contingente populacional para a busca de ocupações em indústrias e a modernização do campo tem aumentado cada vez mais o êxodo rural.

Palavras–Chave: Indústria. Divisão de trabalho. Capitalismo. Movimentos Migratórios.

TRANSFORMAÇÕES URBANAS E RURAIS NO PARANÁ

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Bleggi, Maria Bernadete Elias

Artigo Científico

Introdução

Este artigo é o resultado de um trabalho aplicado no Colégio Paulo Freire

Estudos de Jovens e Adultos do Ensino Médio, o qual consiste de leitura e

interpretação de mapas e o confronto entre os conceitos de vários conhecimentos

preliminares necessários para a efetivação deste estudo.

Os conceitos trabalhados e as representações das áreas de ocupação e

esvaziamentos apresentados nos mapas em decorrência dos movimentos

populacionais no Estado do Paraná responderam as transformações que vieram

ocorrendo neste Estado. Tal pesquisa visa demonstrar um grande entendimento e

aprendizagem sobre a leitura de mapas que indica tais ocorridos.

Desenvolvimento

A diferença na transformação da urbanização paranaense deve-se à

intensidade e à velocidade diferentes no Paraná em relação a outros estados. Por

exemplo, temos, na década de 70, dois terços da população rural e, na década de

90, três quartos da população eram urbanas.

Outro movimento de grande relevância foram os deslocamentos

populacionais de origem rural bem como os dos meio urbanos para centros

urbanos maiores. Há um grande aumento da população urbana, o que leva à

formação de aglomerações urbanas em determinados pontos dos maiores centros

do Estado. Todo esse processo vai gerando a construção de pólos em toda

extensão geográfica do Paraná.

O progressivo rompimento dos laços jurídicos, políticos e sociais que ligavam

o homem à economia agrícola e à sociedade rural, bem como a substituição da

agricultura, do extrativismo e da pecuária pela industria, como principal setor da

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atividade econômica, marcam o início da sociedade contemporânea, industrial e

urbana.

A industrialização em grande parte subsidia tais movimentos, pois, na leitura

de mapas de movimentos migratórios, observa-se que as comunidades rurais se

deslocavam nas mais variadas direções e em particular para os grandes centros

em busca de novas oportunidades de trabalho e melhores condições econômicas

e de vida.

Há uma grande exclusão do segmento populacional rural pela própria falta de

manutenção, acompanhamento e adequação de novas tecnologias voltadas ao

campo o que é preponderante, pois, tais comunidades não conseguem sobreviver

à concorrência de grandes produtores e suas tecnologias de ponta.

De acordo com as especificidades regionais há um mapeamento dos

problemas sociais que aí ocorreu, há também determinadas regiões com uma

maior ou menor migração populacional em cada uma das áreas observadas,

sendo estas comparadas a um grande mosaico.

Este tipo de leitura cartográfica se mostrou como uma alternativa e que

passou a ser utilizada em sala de aula com o uso de ferramentas como o

computador e de mapas na TV multimídia.

O professor proporciona ao aluno uma leitura do espaço geográfico

paranaense com a apresentação de uma série de mapas, onde o aluno consegue

entender os objetivos do trabalho, do qual participa, bem como a importância da

interdisciplinaridade, e maior relacionamento entre as disciplinas que o trabalho

permite. Esta leitura efetiva-se pela compreensão de legendas e de todos os

símbolos que contemplam este entendimento. O professor contextualiza o aluno

em relação ao tema a ser pesquisado.

Foi feita uma introdução, que foi elaborada com recursos de mapas para

tornar os assuntos curiosos e atrativos. Foi apresentado a proposta de trabalho e

os objetivos propondo aos alunos questões, problemas a serem resolvidos e

forneceu meta e foco para que o aluno direcionasse seus esforços de pesquisa

com outras fontes de informações.

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A construção do conhecimento em geografia faz-se principalmente a partir de

idéias, leituras, discussões, vivencias, estudos e orientações cujo entendimento

pode ser facilitado pelo uso adequado e amplo de materiais que facilitam na

construção do conhecimento.

O aluno passa a ter noção de representação espacial. Para tanto o professor

fez atividades para lhe dar essa noção (visão de cima, noção de escala. O

professor explica que quando se faz a representação gráfica de um espaço, este

sempre vai se representar de forma reduzida ao seu tamanho real).

Cada aluno representa no papel a sala de aula vista de cima, neste momento

há uma explicação por parte do professor sobre os pontos cardeais e a sua

importância na leitura de qualquer representação gráfica. O aluno passa a

entender que sempre deve colocar o norte do que esta sendo representado na

parte superior do papel a partir daí o aluno percebe o que mudou; o que pode ser

visto em cada representação e o que pode não ser visto, como desenhar os

objetos a partir de pontos de vista diferente, como observar plantas em anúncios

de jornal etc. O aluno percebe que qualquer espaço pode ser representado, e que

isto pode acontecer com a clareza dos detalhes.

A localização do espaço geográfico ex. bairro, cidade, estado, pais e

planisfério fazendo comparação com o globo terrestre, para explicar as

deformações existentes.

O aluno vive num mundo das imagens, realidades virtuais e representações

norteadas pelas tecnociência, a confecção de mapas e sua leitura resgata a

importância da identificação com os lugares por eles utilizados e ocupados. A

explanação do professor serve como orientação e encaminhamento de questões

com vistas à construção do conhecimento e a fixação do mesmo.

O aluno fez, com a orientação do professor, um questionário que deu

direcionamento para a coleta de dados e reelaboração de novos mapas e com o

qual fez uma nova leitura dos mapas o que será exposto em sala e também serviu

para a avaliação.

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Neste questionamento o aluno tem as respostas observando os diversos

mapas do Paraná no site www.ipardes.gov.br/mapoteca/mapoteca.php. ou através

de slides ou ainda pela TV multimídia, dos mapas a seguir:

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• Como era a economia do Paraná até os anos 70?

• Quais as primeiras atividades econômicas no Paraná que alavancaram toda

a modificação na economia paranaense?

• Como ou de que maneira o desenvolvimento econômico foi compartilhado

com a urbanização?

• Neste processo de desenvolvimento econômico existiu ou existe uma

interdependência entre o campo e a área urbana?

• Como se dá o crescimento dos Centros urbanos e a com relação à infra-

estrutura?

• O que são pólos de influência econômica? Com o surgimento destes Pólos

surge também uma nova divisão regional?

• O que são áreas de atração e de repulsão dentro do processo de

Industrialização?

• O que são mesorregiões?

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• O desenvolvimento urbano desencadeia núcleos residenciais

diferenciados? Por que?

• Quais os setores da economia que predominam nos centros urbanos e o

que eles preconizam?

• Nos grandes e pequenos centros urbanos há exclusão social? Explique

como e por que isto acontece.

• Onde se localizam as maiorias das indústrias do Paraná?

• Que tipos de indústrias ai se localizaram? E quais os motivos que as

conduziram para aí?

• Há alteração na densidade demográfica destas regiões?

• Que tipos de movimentos ocorrem nestas regiões?

• Há vazios demográficos em algumas regiões Paranaenses?

• Quais as primeiras atividades econômicas no Paraná que alavancaram toda

a modificação na economia paranaense?

• Como ou de que maneira o desenvolvimento econômico se relacionou com

a urbanização?

• Nesse processo de desenvolvimento econômico, como se organizaram as

relações entre o campo e a área urbana?

A utilização de mapas como auxiliar didático possibilita mecanismos de

percepção visual e processos mentais que inter-relacionam o entendimento e a

memória (níveis variáveis de abstração). O mapa é um conjunto de signos e cores

que traduz a mensagem de seu autor e que, por sua vez, sugere, por si mesmo,

novos dados e desenvolvimentos.

O aluno e professor percebem os fatos de maneira distinta, o que se observa e

interpreta do mapa é diferente, são, portanto interpretações variadas, dependendo

do conhecimento de cada um.

As diferentes situações de ensino-aprendizagem organizadas pelo professor

integram, portanto, um grande número de aspectos pertinentes ao objeto

geográfico de estudo, de forma que promovem uma visão contextualizada do

mesmo. A organização de tarefas em grupos valoriza a experiência vivida, permite

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desenvolver a pluralidade de percepções sobre o tema e aprofundar a

argumentação.

A leitura fez parte constante das atividades em classe e extraclasse. Mas a

formação resulta, sobretudo, do aluno entender-se como sujeito social,

construindo na formação de sua identidade através da promoção de valores que

se concretiza em atitudes de participação e cooperação social.

Pois, bem, após a leitura dos textos que o professor ofertou aos alunos em sala,

material este para o desenvolvimento do conteúdo que foi previamente

selecionados ou elaborados pelo próprio professor.

O aluno faz o contorno do mapa do Paraná, Estado em estudo e preenche

vários itens como: título do mapa, rosa dos ventos, limites etc...A divisão das

mesorregiões com cores diferentes, com as legendas e com o nome de cada uma

delas foi apresentada na TV multimídia pelo Professor.

O professor trabalha os conceitos de urbano, rural, migrações, pólos,

metrópoles, regionalização, etc, enfim, todos os que foram usados nesta fase do

projeto, após o aluno elabora individualmente ou em dupla os próprios conceitos

que foram validados pelo professor.

Fica claro que esta regionalização é para fins estatísticos, para melhor

observar os índices socioeconômicos. Estas divisões remetem as mesorregiões

geográficas do IBGE, estas referencias são de caráter apenas geográfico.

O estudo do estado do Paraná com enfoque nas transformações ocorridas no

campo e nas cidades, através da leitura de mapas, nos revela, as grandes

mudanças que ocorreram nas sociedades.

Este trabalho tem um enfoque moderno e mais dinâmico no ensino da

Geografia, e dá também a oportunidade do aluno ter uma visão crítica e totalizante

do conhecimento em pauta.

A realidade é abordada de forma diferenciada buscando a compreensão e os

benefícios que o conhecimento e entendimento, bem como o uso de mapas e sua

interpretação podem auxiliar na construção do aprendizado em sala de aula.

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O aluno ao estudar geografia tem a percepção que é participante do espaço

que estuda, onde os fenômenos que ali ocorrem são resultado da vida e do

trabalho dos homens e estão inseridos num processo de desenvolvimento.

Este é o desafio que temos: fazer da geografia uma disciplina interessante,

que tenha a ver com a vida e não apenas com dados e informações que pareçam

distantes da realidade e na qual se possa compreender o espaço construído pela

sociedade, como resultado da interligação entre o espaço natural, com todas as

suas regras e leis, com o espaço transformado constantemente pelo homem.

Essa dinamicidade do processo de construção do espaço é compreendida

pelo aluno. O que vai sendo estudado não pode ser apresentado como pronto e

acabado, como se no processo das relações da sociedade com a natureza o

homem não fosse produzindo o espaço, substituindo, dominando ou devastando a

natureza, de uma forma linear, sem encontrar obstáculos pela frente, e criando um

novo espaço, para ele, organizado no lugar do espaço natural. É importante deixar

claro que esta produção do espaço nunca está pronta, encerrada, há uma

dinamicidade constante.

Este declínio da ocupação no campo e crescimento das cidades,

principalmente das grandes cidades foi apontado pelo aumento significativo do

setor terciário.

A história registra a urbanização como antecedente a industrialização, porém,

esta está se intensificando com o crescimento industrial.

O crescimento das cidades surge com muito mais intensidade, as malhas

urbanas, passou a interligar as cidades, e o seu desenvolvimento acelera muitas

vezes a interdependência entre elas, bem como o que chamamos de conurbação.

A utilização de mapas como ferramenta de aprendizagem e de um tipo de

abordagem dos conteúdos nos revelou o quanto é importante introduzir seu uso,

pois, é mais facilmente assimilado pelos alunos.

O entendimento das mudanças sociais revelou as grandes transformações

que ocorrem nas sociedades.

O período inicial deste projeto foi o de construir os conceitos básicos da área,

e que são básicos para a vida. São os conceitos de grupo-espaço-tempo que

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permitem responder: Quem sou eu? Onde vivo? Como vivo? Com quem? Ao dar

conta destas perguntas, estamos definindo a nossa identidade, reconhecendo a

nossa história, identificando o espaço e o pertencimento ao mundo.

Os movimentos migratórios paranaense estão evidenciados pela coexistência

de indicadores sociais críticos em seu território privando a população por serviços

de saúde, saneamento, educação, moradia e condições de extrema pobreza.

O aluno tem a oportunidade de observar a concentração industrial em

algumas localidades, e constatar que as localidades de maior concentração

industrial tem também um maior fluxo migratório.A essa distribuição da indústria

outros fatores foram relacionados, como a disponibilidade de mão-de-obra, a rede

de transporte, e a energia, entre outros.

A divisão do trabalho tem levado este contingente populacional para a busca

de ocupações em indústrias e a modernização do campo tem aumentado cada

vez mais o êxodo rural.

O conceito de Industria forma, junto com os de Capitalismo e de Divisão de

Trabalho, o conjunto de conceitos-chave que nos permitira desenvolver as

principais idéias selecionadas para o estudo deste tema.

Após esta etapa o aluno iniciou a pesquisa com outros assuntos que

abordaram com destaque quais as cidades do Paraná que mais se desenvolveram

economicamente, que mais atraíram migrações, que se tornaram Pólos,

Metrópoles, e que por isso passaram a ser referências no Estado. Ao ler sobre o

desenvolvimento econômico o aluno percebe a diferença do IDH, do PIB de uma

região para outra, que a concentração das atividades do setor terciário da

economia gera muito mais empregos e que dentre estas regiões a que mais

concentra este setor entre outros é a Região Metropolitana de Curitiba.

Ao concluir os dois eixos temáticos deste trabalho sobre os Movimentos

Migratórios e a Indústria no Paraná, já de domínio do aluno, o professor pode dar

início a outros temas como as sugestões a seguir: Vegetação, Relevo, Hidrografia,

etc sobre o Paraná.

O aluno construtor do conhecimento forma uma tríade com o professor e o

conteúdo.

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O conteúdo trabalhado oportuniza um maior relacionamento entre as

disciplinas de: Português: Literatura e Folclore paranaense.

• Artes: Artista, suas obras de arte e visitas a museus.

• Matemática: Estatísticas do Paraná, índices econômicos e sociais.

• Historia: Historia do Paraná

• Ciências: Fauna, flora do Paraná e aspectos ecológicos.

• Línguas: A importância da imigração e suas peculiaridades.

• Educação Física: Danças típicas.

• Geografia: Outros aspectos geográficos que não serão abordados aqui.

Os movimentos migratórios paranaense estão evidenciados pela coexistência

de indicadores sociais críticos em seu território privando a população por serviços

de saúde, saneamento, educação, moradia e condições de extrema pobreza. A

heterogeneidade é uma constante entre os espaços. Há desigualdade nas

condições de vida da população e de geração de excedentes econômicos, pois há

muitos municípios assentados em substratos naturais pouco aptos ou inaptos ao

aproveitamento econômico, sem apoio de tecnologia e manejo adequados. Essa

configuração heterogênea não é específica do Paraná, mas decorrente da

natureza do modo de produção vigente: concentrador, seletivo e excludente.

Avaliação: Ao propor a avaliação a uma turma de alunos, despertamos neles um certo

receio, pois todos saberão que serão avaliados de uma maneira padronizada, ou

seja, que desconsiderará a individualidade de cada aluno. Diante disso, foi evitada

avaliação que contemplem apenas uma das formas de comunicação dos alunos,

ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos. Porém não podemos

abandonar totalmente esta prática, pois o nosso aluno encontrará esse tipo de

situação na sociedade na qual ele está inserido.

É necessários que o processo de avaliação esteja articulado com os

conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as

categorias espaço-tempo, a relação espaço-natureza e as relações de poder,

contemplando a escala local e global e vice-versa. A avaliação é diagnóstica e

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continuada, e contempla as diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura,

interpretação e produção de textos geográficos; leitura e interpretação de

diferentes tipos de mapas; pesquisas bibliográficas.

Conclusão

A avaliação está inserida dentro do processo de ensino/aprendizagem e,

antes de qualquer coisa, é entendida como mais uma das formas utilizadas pelo

professor para avaliar a sua metodologia e o nível de compreensão dos conteúdos

específicos tratados durante um determinado período. Os critérios de avaliação da

tarefa foram disponibilizados aos alunos logo no início dos trabalhos. O professor

deve considerar o que foi aprendido, e reunir sugestões para melhorar ainda mais

a aprendizagem, pois o conhecimento é sempre inacabado e deve estar sempre

em fase de reconstrução. O aluno devera estar apto a definir, classificar, listar,

diferenciar, elaborar, argumentar, explicar etc.

A exposição oral dos trabalhos deve estar presente na avaliação, os alunos

podem fazer painel de debates e até exporem outras informações que adquiriram

durante os estudos, como: paisagens urbanas e rurais, habitações, vegetação etc.

O aluno redigiu um texto ou relatório com o titulo do Tema abordado, e distribui

aos colegas, depois de comentado pelo professor, o qual serve também para a

avaliação. O texto mostra as novas condições, qualidade de vida e crescimento

do índice populacional.

O aluno que, não tenha conseguido atingir os objetivos propostos, deve ser

orientado para estudar e elaborar um novo relatório, pois, a avaliação foi feita

durante a execução do trabalho.

Nas avaliações tradicionais, que exigem dos alunos apenas a memorização

dos conteúdos abordados, o professor consegue apenas classificar os alunos que

possuem maior facilidade para decorar nomes ou descrever determinados

assuntos.

Diante disso, evitam-se avaliações que contemplem apenas uma das formas

de comunicação dos alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de

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textos, porém não podemos abandonar totalmente esta prática, pois o nosso aluno

encontrará esse tipo de situação na sociedade capitalista na qual ele está inserido.

Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda que a proposta avaliativa deve

estar bem clara para o aluno, ou seja, que saiba como ele será avaliado em cada

atividade proposta. Além disso, a avaliação deve ser um processo não-linear de

construções e reconstruções, assentado na interação e na relação dialógica que

acontece entre os sujeitos do processo – professor e aluno.

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