DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · Conhecer as relações entre os movimentos do conjunto...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA - UEPG
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
UNIDADE DIDÁTICA: DESENVOLVENDO E ORGANIZANDO ATIVIDADES PRÁTICAS DE ASTRONOMIA NO ENSINO MÉDIO
PONTA GROSSA
JULHO/2010
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SERGIO GERALDO CARBONAR
UNIDADE DIDÁTICA
DESENVOLVENDO E ORGANIZANDO ATIVIDADES PRÁTICAS DE ASTRONOMIA NO ENSINO MÉDIO.
Produção Didática Pedagógico para intervenção na escola,
apresentado à Secretaria de Estado da Educação do Paraná –
SEED no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE,
produzido em parceria com a Universidade Estadual de Ponta
Grossa – UEPG.
Orientador: Profº Dr. Marcelo Emilio
Ponta Grossa
Julho/2010
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Índice Página
Resumo 4
Objetivos 4
Aula nº 01 Origem do Universo 5
Aula nº 02 Observação Noturna 6
Aula nº 03 Evolução Estelar 7
Aula nº 04 Movimento Aparente do Céu 8
Aula nº 05 Escala de Tamanho no Sistema Solar 9
Aula nº 06 Eclipses 10
Aula nº 07 Movimento Aparente do Sol e o Movimento
Simultâneo da Lua 12
Aula nº 08 Gravidade 14
Aula nº 09 As Crateras da Lua e a Determinação do
Baricentro 17
Aula nº 10 Campo Magnético da Terra 19
Aula nº 11 Observação do Sol 21
Referências 23
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Resumo - O trabalho consiste na elaboração de uma unidade didática envolvendo
atividades para ser ministrado com alunos da 1ª série do ensino médio na disciplina de
Geografia, sobre temas relacionados à Astronomia. Considerada a mais antiga das
ciências, suas raízes estão na observação dos fenômenos celestes pelo homem no seu dia
a dia, era utilizada para medir o tempo, para ritos religiosos, para saber quando plantar e
quando colher e para se orientar durante as viagens marítimas e terrestres. No trabalho
serão utilizados textos e vídeos de apoio, confecção de alguns materiais didáticos
relacionados com a ciência astronômica, aulas práticas no período noturno para
identificação e reconhecimento dos corpos celestes a olho nu e por instrumentos,
demonstração com o Stellarium (software), desenvolvimento de atividades individuais e
em grupos, ou seja, fazer com que os alunos possam executar as tarefas propostas para
uma compreensão abrangente sobre os temas estudados.
Palavras-chave: unidade didática, materiais didáticos, Astronomia.
Objetivos - Os estudantes deverão:
Analisar a origem, evolução e constituição do Universo, pela teoria do Big Bang.
Compreender o processo da evolução estelar.
Identificar algumas constelações, estrelas e planetas observáveis no hemisfério Sul,
estão a diferentes distâncias no céu.
Comparar e avaliar dados estatísticos sobre os planetas do Sistema Solar.
Conhecer as relações entre os movimentos do conjunto Sol-Terra-Lua na interpretação
de fenômenos astronômicos (duração do dia e da noite, estações do ano, eclipses, fases
da Lua, etc).
Perceber a importância do Sol sobre a vida no planeta que habitamos.
Reconhecer a influência que a Lua exerce em nosso planeta.
Compreender os requisitos básicos para o conhecimento de alguns fenômenos que
acercam o nosso planeta.
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Atividades:
Apresentação do projeto Organizando e Desenvolvendo Atividades Práticas de
Astronomia no Ensino Médio aos alunos envolvidos.
Aula nº 01 Origem do Universo
Introdução: Observar o passado é relativamente fácil. Devido ao tempo que a luz leva
para deslocar-se no espaço, quando olhamos para o céu a noite vemos tudo como foi
no passado, mas não podemos olhar para o futuro e ver o destino do Universo. Tudo
pode ter começado com o Big Bang a teoria que trata da origem e destino do Cosmos,
que desde então está em expansão, levando com ele todas as galáxias enquanto se
torna cada vez maior.
Objetivo: Demonstrar a expansão do Universo.
Materiais: * Balão de borracha (bexiga)
*Caneta
Procedimentos: Fazer vários pontos no balão ligeiramente espaçados, eles serão as
galáxias em expansão. Depois encher o balão até este ficar com o volume de uma
maçã. Os pontos distanciam-se uns dos outros, mas não há nenhum que se aproxime.
Em outro momento os estudantes assistirão ao vídeo “O Universo de Stephen
Hawking” (parte 1) sobre a Origem e Evolução do Cosmos, em seguida o professor
conduz uma discussão junto aos alunos sobre o tema visto.
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Aula nº 02 Observação Noturna
Introdução: Cada vez que olhamos para o firmamento, em uma noite sem luar, longe
da poluição luminosa e da agitação urbana, os corpos celestes nos proporcionam uma
viagem, uma odisséia pela Astronomia. Os povos antigos a utilizavam para medir o
tempo, para ritos religiosos, para saber quando plantar e quando colher e para se
orientar durante as viagens marítimas e terrestres, ao ligar imaginariamente uma
estrela em outra notavam que formavam figuras dando origem às constelações, assim,
civilizações diferentes criaram padrões diferentes no céu. Em sua maioria as
constelações usadas hoje foram inventadas pelos babilônios, passando depois pelos
antigos gregos e romanos. Os conhecimentos astronômicos aumentaram muito com a
invenção do telescópio, onde este equipamento permitiu observar astros até então
desconhecidos pelo homem.
Objetivo: Identificar as constelações, as estrelas e planetas visíveis a olho nu.
Procedimentos: Em visita ao Observatório Astronômico da UEPG, na data de 02 de
Setembro de 2010, os alunos farão o reconhecimento do céu noturno, primeiramente
a olho nu, identificando as constelações, as estrelas, planetas e a Lua, e depois num
segundo momento observarão os astros com o auxílio de equipamentos especiais,
verificando como era a Astronomia antes e depois da invenção do telescópio.
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Aula nº 03 Evolução Estelar
Introdução: As estrelas nascem em enormes nuvens de gases e poeiras. Quando a
nuvem se contrai por sua própria força gravitacional ela se aquece, originando na sua
região central a proto-estrela, esta se torna mais densa até que seu núcleo atinge
milhões de graus, ocorrendo fusão de H em He. Dependendo de sua massa inicial à
medida que mais H é convertido em He ela pode tornar-se uma estrela “gigante
vermelha” ou “supergigante vermelha.” Assim que ela tiver usado as reservas de gás
do seu núcleo, cessam as reações de fusão nuclear que faziam a estrela brilhar.
Objetivo: Verificar o brilho contínuo das estrelas.
Materiais: furador de papel, pequeno cartão de visita, um envelope branco, lanterna.
Procedimentos:
*Faz 7 a 8 furos no cartão de visita com o furador.
*Introduz o cartão no envelope.
*Em uma sala bem iluminada, segura o envelope na sua frente incidindo sobre ele a
luz da lanterna colocada à distância de 5 cm virada de frente do envelope que contém
o cartão.
*Coloca agora a lanterna por trás do envelope.
*Segure a lanterna à distância de 5 cm (por trás do envelope) e acende-a.
Em outro momento os estudantes assistem ao vídeo: O Universo de Stephen Hawking
(parte 2) sobre a evolução estelar. Em seguida o professor conduz um comentário
sobre o vídeo.
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Aula nº 04 Movimento Aparente do Céu
Introdução: As 88 constelações são grupos de estrelas que parecem próximas no céu,
formando padrões que nunca parecem mudar ao longo de centenas ou mesmo
milhares de anos, as estrelas parecem estar juntas porque estão na mesma direção no
espaço da Terra, na verdade as estrelas que formam as constelações estão a diferentes
distâncias do nosso planeta, não “caminham juntas,” as constelações não possuem um
significado real, a Astronomia a utiliza como áreas de referência, o movimento
aparente das constelações é devido principalmente à rotação da Terra.
Objetivo: Identificar o movimento aparente das constelações no céu noturno.
Materiais: caixa de sapatos, papel cartolina preta, tinta preta, lanterna, alfinete,
tesoura, caneta marcadora
Procedimentos para confecção de um planetário caseiro, para demonstrar o
movimento aparente do céu.
*Pintar o interior da caixa de sapatos e da tampa de preto.
*Fure um visor de 1 cm de diâmetro numa extremidade da caixa, deixando 3 cm de
cada lado e na base.
*Corte retângulos de cartolina preta da mesma altura, mas levemente mais largo que a
janela que você recortou na caixa.
*Escolher as constelações dos mapas estelares de manuais. Com a caneta marcadora,
copie com atenção as posições das estrelas nos retângulos.
*Com alfinete fure a cartolina onde você desenhou as estrelas. (Para estrelas mais
brilhantes, fazer furos maiores).
*Colocar uma cartolina de cada vez na ponta da caixa, olhando pelo visor na direção da
luz.
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Será utilizado também o software Stellarium para demonstração do movimento
aparente do Cruzeiro do Sul e demais constelações.
Aula nº 05 Escala de Tamanho no Sistema Solar
Introdução: Planeta deriva do termo grego para “viajante,” porque todos os planetas
estão em contínuo movimento, percorrendo órbitas elípticas em torno do Sol. Os 8
planetas do Sistema Solar apresentam grande diversidade de tamanhos. A Terra possui
um porte médio e é maior que seus três vizinhos mais próximos – Mercúrio, Vênus e
Marte, mundos igualmente rochosos. Os quatro gigantes – Júpiter, Saturno, Urano e
Netuno são formados predominantemente por gases.
Objetivo: Comparar os diferentes tamanhos dos planetas do Sistema Solar.
Materiais: cartolina, régua, barbante, compasso, lápis, tesoura, percevejos.
Procedimentos: Dividir os estudantes em cinco grupos, atribuindo a cada grupo a
confecção de uma maquete para representar os planetas, em escala.
Diâmetro dos planetas para a confecção da maquete:
Mercúrio 01 cm
Vênus 04 cm
Terra 04 cm
Marte 02 cm
Júpiter 48 cm
Saturno 38 cm
Urano 20 cm
Netuno 20 cm
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*Desenhe dois círculos para cada planeta (ver a tabela dos diâmetros), usando um compasso.
*Recorte os dezesseis círculos de cartolina. Em cada um, faça um corte que vá da
beirada ao centro.
*Use o percevejo para fazer um pequeno furo no alto de cada planeta. Passe um
pedaço de barbante pelo furo.
*Amarre os planetas em outro barbante de cumprimento maior, conforme a ordem
real a partir do Sol, deixando espaço suficiente entre eles para que não se choquem
uns com os outros. Em seguida os alunos os alunos assistem ao vídeo da Editora
Maravilha Comércio de Livros, sobre o Sistema Solar.
Aula nº 06 Eclipses
Introdução: Os planetas Mercúrio e Vênus por estarem próximos do Sol não provocam
eclipses à sombra provocada pela posição destes planetas entre a Terra e o Sol é
apenas uma pequena mancha, que não é suficiente para se projetar na Terra,
perdendo-se no espaço, por esta razão os planetas Mercúrio e Vênus não provocam
eclipse solar. No caso da Lua por estar próxima da Terra e aparentemente apresentar
um diâmetro quase do tamanho do Sol, provoca de tempos em tempos eclipses. Os
eclipses lunares não acontecem sempre que há Lua Cheia, porque a órbita da Lua em
torno da Terra é inclinada em relação à órbita da Terra em torno do Sol, o que faz o
satélite passar acima ou abaixo da sombra do planeta. Os eclipses solares não
acontecem sempre que há Lua Nova, ocorrendo às vezes em que a Lua na fase Nova se
interpõe entre a Terra e o Sol, ocultando completamente a sua luz numa estreita faixa
terrestre, podendo ser Total, Parcial, Anular.
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Objetivos: Determinar porque os planetas Mercúrio e Vênus não causam eclipses.
Compreender por que não acontecem todos os meses eclipses da Lua e do Sol.
Materiais: soquete com lâmpada, dedo polegar, bola de isopor pequena (35 mm de
diâmetro), bola de isopor grande (75 mm de diâmetro), varetas de madeira, massa de
modelar, cartolina.
Procedimentos para a primeira tarefa:
*Fique 2 m afastado do soquete com lâmpada.
*Com o braço esticado, coloca o polegar esquerdo ou direito à frente do olho
esquerdo ou direito (conforme o caso) e a frente do soquete com lâmpada.
*Devagar, vai aproximando o polegar no sentido de seu rosto, até este se encontrar
mesmo em frente do olho esquerdo ou direito previamente aberto.
Procedimentos para a segunda tarefa:
*Espete uma vareta em cada bola. Ponha uma bola de massa nas duas pontas da
cartolina com 60 x10 cm, e espete as varetas na massa. Os centros da Terra, maior, e
da Lua, menor, devem estar na mesma altura.
*Para o eclipse da Lua, ponha a luminária a 40 cm de distância da Terra, na mesma
altura e apontada na direção dela. Gire a cartolina, movendo a Lua para dentro da
sombra da Terra e, depois para fora, aumente a altura da Lua para ver o que acontece.
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*Para o eclipse do Sol, ponha também a luminária 40 cm da Terra, na mesma altura e
apontada na direção dela. Gire a cartolina, em sentido contrário, agora, de modo que a
Lua fique entre o Sol e a Terra, aumente a altura da Lua para ver o que acontece.
Será também utilizado o software Stellarium para simular o eclipse do Sol e da Lua.
Aula nº 07 Movimento Aparente do Sol e o Movimento Simultâneo da Lua
Introdução: O Sol não se move de Leste para Oeste, mas sim é a Terra que se
movimenta na direção do Leste. A Terra possui um movimento de rotação que
completa cada 24 horas (mais precisamente 23 h 56 min. 4,09 s – dia sideral), dando a
ilusão que o Sol nasce a Leste, alcança o seu ponto mais alto no céu ao meio-dia, e
depois começa a descer e o pôr do Sol a Oeste.
No caso da Lua, ela apresenta sempre a mesma face voltada para a Terra, girando
lentamente sobre seu eixo, à medida que gira em volta da Terra, perfazendo uma volta
sobre si mesma em 27 dias 7 h 43 min., ou seja, o movimento de rotação e translação
da Lua é simultâneo.
Objetivos: Demonstrar o percurso aparente do Sol através do céu.
Demonstrar como a Lua gira sobre o seu eixo.
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Materiais – tarefa 1:
*Lápis
*Pirex de vidro redondo (2 litros)
*Folha de papel branco (formato A4)
*Pincel atômico
Materiais – tarefa 2:
*Duas folhas de papel (formato A4)
*Fita adesiva
*Pincel atômico
Procedimentos para a primeira tarefa:
*Desenhe um X no centro do papel.
*Colocar o papel sob a luz solar direta.
* Vire o pirex ao contrário e coloca-o sobre o papel. Centra o pirex em relação à letra
X.
* Coloca o lápis tocando o pirex de modo que a sua sombra se inicie sobre a marca do
X.
*Com o pincel atômico, faz uma marca no vidro, no local onde a ponta do lápis toca o
vidro.
*Continue a fazer marcas, de hora em hora, durante todo o dia.
*Usa a bússola para determinar a direção do movimento do Sol.
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Procedimentos para a segunda tarefa:
*Desenhe um círculo no centro de uma das folhas de papel.
*Desenhe um “X” no centro da segunda folha de papel, e fixa na parede com a fita
adesiva.
*Escreve a palavra TERRA no centro do círculo e fixa a folha ao chão com a fita adesiva.
*Fique posicionado ao lado da folha que está no chão, e em frente da folha fixada na
parede.
*Gire em torno da folha que tem a palavra TERRA, ficando sempre de frente para o “X”
da outra folha.
*Ao mesmo tempo gire de maneira para ficar sempre voltado para folha com a palavra
TERRA.
* Gire em volta da folha que tem a palavra TERRA, apenas a parte da frente do teu
corpo aponta para ela.
Aula nº 08 Gravidade
Introdução: A massa de um corpo está associada à quantidade de matéria que ele
contém. O peso é um produto derivado das massas, pois todo objeto que possui
massa, atrai outros objetos com massa. A esta “quantidade” de atração que depende
do valor das massas e da distância que elas estão separadas damos o nome de peso.
Seu peso é a medida da força exercida em você pelo planeta.
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O seu peso depende então da força da gravidade do planeta onde você está. Se
duplicarmos a nossa massa, a força da gravidade será duas vezes maior, a força cai
com o quadrado da distância. Na Lua onde a gravidade é muito fraca, os astronautas
caminham pela superfície com apenas um sexto do peso que têm na Terra, se ele
desse um salto alcançaria uma distância maior que na Terra.
Objetivo: Calcular o peso de cada aluno em uma tabela, dado a aceleração da
gravidade em diversos corpos do Sistema Solar, utilizando calculadora.
Materiais:
*Calculadora
*Lápis e borracha
*Tabela comparativa
Procedimentos:
*Com a calculadora multiplicamos o fator relativo gravitacional pelo peso (massa).
*Anotar os valores aproximados na tabela.
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TABELA COMPARATIVA DO PESO DO ALUNO EM DIVERSOS CORPOS DO SISTEMA
SOLAR
[Massa (kg)]
Nome: ...........................................................................
Peso na TERRA: ...................................
Corpo Celeste Fator Relativo Gravitacional Novo Peso
SOL
27,9
MERCÚRIO
0,38
VÊNUS
0,91
LUA
0,17
MARTE
0,38
JÚPITER
2,54
SATURNO
1,08
URANO
0,91
NETUNO
1,19
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Aula nº 09 Crateras da Lua e a Determinação do Baricentro
Introdução: A superfície da Lua possui várias crateras de impacto que se formaram
quando meteoritos e cometas colidiram com a superfície lunar. A falta de atmosfera e
de processos geológicos recentes fez com que estas crateras ficassem preservadas ao
longo dos tempos.
Costuma-se dizer que a Lua move-se ao redor da Terra. Mas na verdade, os dois corpos
giram ao redor de um ponto de equilíbrio no centro de gravidade entre eles. Esse
ponto é chamado de “baricentro” do sistema Terra-Lua. A força da gravidade depende
das massas dos objetos e da distância entre eles. Como a Terra é muito mais maciça e
densa que a Lua, o baricentro fica dentro da Terra, logo abaixo da superfície, e o
centro do planeta move-se em volta desse ponto.
Objetivos: Determinar como as crateras da Lua foram formadas pela queda de
meteoritos.
Determinar o modelo em escala da Terra e da Lua.
Materiais: Tarefa 1
*Um pacote de farinha de trigo de 1 kg.
*três bolas de gude ou de borracha.
*Um tigela pequena ou média.
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Materiais: Tarefa 2
*Cartolina de 30 x 5 cm
*Régua
*Caneta
*Alfinete
*Tesoura
Procedimento para a primeira tarefa:
*Coloca a farinha de trigo até a metade da tigela e deixe cair de uma altura de 1 metro
as bolas de gude soltando uma de cada vez.
Procedimentos para a segunda tarefa:
*Perto da margem da cartolina desenhe um círculo de 8 mm de diâmetro,
representando a Terra. Depois desenhe outro círculo de 2 mm de diâmetro,
representando a Lua, a 25 cm do centro da Terra.
*Espete um alfinete na cartolina, de modo que ele passe através da Terra a 3 mm do
seu centro (dentro da Terra), na direção da Lua. Este é o centro de gravidade.
*Segure o alfinete na mão e gire a cartolina em volta dele, movendo-a no sentido anti-
horário. A Lua traça uma órbita grande, enquanto a Terra oscila numa órbita pequena
em volta de um ponto logo abaixo da superfície.
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Aula nº 10 Campo Magnético da Terra
Introdução: A Terra possui um campo magnético global causado pelo movimento de
cargas no seu interior líquido induzido pela rotação do planeta e pela energia térmica.
Ainda não é claro como o campo surge, mas simulações recentes indicam que esses
são os principais fatores responsáveis pela sua gênese. A importância prática das
bússolas na orientação fez com que o magnetismo, e o campo magnético da Terra,
fossem usados nas propriedades destes fenômenos e a sua relação com o movimento
de cargas elétricas. Um aspecto interessante e descoberto há pouco tempo, é que o
campo magnético da Terra inverte o seu sentido periodicamente; por exemplo, há
30.000 anos o pólo norte magnético era no pólo Sul geográfico. A rotação da Terra é o
movimento que a Terra realiza ao redor do seu eixo, no sentido anti-horário, para um
referencial observando o planeta do espaço sideral sobre o pólo Norte. A duração do
dia - tempo que leva para girar 360 graus (uma volta completa) - é de 23 horas, 56
minutos, 4 segundos e 9 centésimos (23h 56min 4,09s), em relação às estrelas fixas.
Em relação ao Sol, o tempo de rotação é de 24 h. Todos os lugares do planeta levam 24
horas para perfazer uma volta, mas lugares diferentes giram a velocidades diferentes.
Nas proximidades dos pólos, eles quase não se movem, enquanto no Equador a
velocidade é bem maior.
Objetivos: Identificar a presença de campos magnéticos nos pólos terrestres.
Demonstrar o movimento de rotação da Terra, utilizando o pêndulo de
Foucault.
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Materiais: Tarefa 1
*Limalha de ferro.
*Ímã pequeno
*Folha de papel
*Fio de barbante
*Fita adesiva
*Tesoura
*Régua
Materiais: Tarefa 2
*Garrafa Pet grande.
*Areia
*Gancho
*Barbante
*Papelão
*Funil
*Massa de vidraceiro
*Lápis bem pequeno
*Tesoura
Procedimentos para a primeira tarefa:
*Corta um fio com comprimento de 15 cm.
*Prende o fio ao ímã com a fita adesiva.
*Coloca o ímã numa mesa e cobre-o com uma folha de papel.
*Espalha uma camada delgada de limalha de ferro em cima da folha.
*Puxe o fio lentamente de modo a mover o ímã debaixo do papel.
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Procedimentos para a segunda tarefa:
*Sobre um pedaço de madeira, fure na tampinha da garrafa um buraco um pouco
menor que a ponta do gancho.
*Com os dedos aparafuse o gancho na tampinha de garrafa. Dê um puxão para
verificar se está bem preso.
*Use um funil para derramar areia seca na garrafa, até que ela fique dois terços cheios.
*Prenda o barbante em algum ponto bem alto dentro (teto) e amarrar a outra ponta
no gancho.
*Com massa de vidraceiro, cole um lápis pequeno no fundo da garrafa. Ajuste o nó no
gancho até que o lápis oscile um pouco acima do chão, sobre um pedaço de papelão.
*Comece a balançar a garrafa de forma bem suave, até as oscilações ficarem estáveis.
Verifique a linha exata de cada oscilação.
Marque no papelão, verificando a linha de oscilação 15 ou 20 minutos depois.
Aula nº 11 A Observação do Sol
Introdução: A estrela mais próxima da Terra, o Sol, é o astro responsável pela vida no
planeta, como conhecemos hoje. Observar o Sol é uma prática muito interessante
exigindo cuidados do observador para não prejudicar a sua visão. Observar o Sol sem o
auxílio de equipamentos apropriados pode trazer danos irreversíveis aos olhos. Sendo
necessário utilizar filtros específicos que barram a parte nociva da luz incidente. Mas
podemos observar o Sol de modo indireto, entre eles com o pinhole (buraco de
agulha), onde a luz solar é projetado diretamente em um anteparo, após passar por
um pequeno orifício.
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Objetivo: Determinar como o Sol pode ser observado e estudado.
Materiais:
*Agulha
*Tesoura
*Fita adesiva
*Papel alumínio
*Papel milimetrado
*Cartolina preta
Procedimentos:
*Com a fita adesiva unir as duas extremidades mais largas da cartolina para formar um
tubo.
*Pegue o papel alumínio e faça um recorte arredondado de mais ou menos 8 cm de
diâmetro (ele precisa ser maior que a extremidade do tubo).
*Pegue este pedaço de papel alumínio e com a fita adesiva cole-o em uma das
extremidades do tubo.
*Na outra extremidade do tubo faça um recorte de 4 x 3 cm (este vai ser o local de
observação).
*Pegue o papel milimetrado e faça um recorte arrendado de mais ou menos 8 cm de
diâmetro (ele precisa ser maior que a extremidade do tubo).
*Pegue este pedaço de papel e com a fita adesiva cole-o com a parte milimetrado para
dentro, na outra extremidade do tubo.
*Com cuidado pegue a agulha e faça um pequeno furo bem no centro de onde você
colou o papel alumínio.
OBS. Evite deixar rebarbas ao redor do furo feito pela agulha no papel alumínio.
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REFERÊNCIAS:
COMO O UNIVERSO FUNCIONA. São Paulo: Globo. 1994. 2 vol. ISBN: 85.250.1211-4
(Guia prático de ciências).
COMO A TERRA FUNCIONA. São Paulo: Globo. 1994. 2 vol. ISBN: 85.250.1208-4 (Guia
prático de ciências).
COMO A CIÊNCIA FUNCIONA. São Paulo: Globo. 1994. 2 vol. ISBN: 85.250.1209-2
(Guia prático de ciências).
HARRINGTON, Philip and PASUZZI, Edward. Astronomy for All Ages Discovering the
Universe through activities for children and adults. Copyright Connecticut USA 2000,
214 p.
MARTLOFF, Gregory L. Telescope Power Fantastic Activities and Easy Projects for
Young Astronomers. USA, 1993, Copyright John Willy and Sons. Inc. 119 p.
MUSEU INTERATIVO DE ASTRONOMIA. Disponível em:
http://www.ufsm.br/mastr/pesos.htm. Acesso em: 26 mai. 2010.
O Sistema Solar. Produção: Didaco. Manaus, 1 DVD NTSC sob encomenda de
Maravilha Comércio de Livros, som., color.
O Universo de Stephen Hawking. Direção Philip Martin. Produção: David Filkin.
Londres, BBC, 1996, 2 DVD (49min) NTSC sob encomenda de Editora Abril (2008), som.,
color.
VAN CLEAVE, J. Astronomia para jovens. Tradução de A. M. Nunes dos Santos. 1ª ed.
Lisboa: Dom Quixote, 1993, 247 p.
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