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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

CLAUDINÉYA APARECIDA MENDES

NOS TRILHOS DOS PINHAIS: O SIGNIFICADO HISTÓRICO DA ESTRADA DE

FERRO PARA OS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA

ESTADUAL DO PARANÁ

UNIDADE TEMÁTICA

Pinhais

2010

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NOS TRILHOS DOS PINHAIS: O SIGNIFICADO HISTÓRICO DA ESTRADA DE

FERRO PARA OS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA

ESTADUAL DO PARANÁ

Produção Didático-Pedagógica apresentada

à SEED - Secretaria de Estado da Educação

como parte dos requisitos do Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE/2009,

IES FAFIPAR – Faculdade Estadual de

Filosofia Ciência e Letras de Paranaguá.

Orientador: Ms. Luciano de Azambuja

Pinhais

2010

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LISTA DE FIGURAS

Figura nº 01: Foto Estrada de Ferro Curitiba/Paranaguá................................. 20

Figura nº 02: Foto Estrada de Ferro Curitiba/Paranaguá................................. 24

Figura nº 02: Foto Sinalização da Linha da Estrada de Ferro em Pinhais....... 27

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SUMÁRIO

Dados de Identificação................................................................................... 05

Apresentação................................................................................................. 06

Encaminhamentos Metodológico................................................................... 08

PARTE I

Mapa Conceitual............................................................................................ 09

Sugestões de Atividades ............................................................................... 13

PARTE II

Introdução....................................................................................................... 14

Breve Histórico sobre Estrada de Ferro......................................................... 15

Sugestões de Atividades................................................................................ 18

Estrada de Ferro no Paraná – Curitiba/Paranaguá........................................ 19

Sugestões de Atividades I ............................................................................. 23

Sugestões de Atividades II............................................................................. 24

Estrada de Ferro em Pinhais ........................................................................ 26

Curiosidade.................................................................................................... 30

Sugestões de Atividades I.............................................................................. 31

Sugestões de Atividades II............................................................................. 32

Referências Bibliográficas ............................................................................. 34

Documentos Consultados ............................................................................. 36

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

PROFESSORA PDE: Claudinéya Aparecida Mendes

ÁREA PDE: História

NRE: Núcleo Regional da Educação Área Metropolitana Norte

PROFESSOR ORIENTADOR IES: Ms. Luciano de Azambuja

IES VINCULADA: FAFIPAR – Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras

de Paranaguá

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Escola Estadual Luarlindo dos Reis Borges

Ensino Fundamental

PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: Alunos de 8ª Série

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APRESENTAÇÃO

A produção desta Unidade Temática é resultado de uma das atividades

realizada pelo Programa de Desenvolvimento Educacional, que faz parte de uma

política de formação continuada e de valorização dos professores da Rede Pública

Estadual de Ensino do Paraná em parceria com o Ensino Superior, com objetivo

de trazer melhorias para Educação Básica.

Este trabalho traz uma abordagem, que não tem a pretensão de dar conta

da totalidade das discussões aqui apresentadas e sim abrir para a possibilidade

de reflexões e aprofundamento das questões do tema proposto. A organização

está pautada em pressupostos teóricos metodológicos que, busca contribuir com a

implementação do projeto na escola, fazendo uma articulação com as Diretrizes

Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná, que deixa claro que o

ensino de história tem como principal objetivo formar o pensamento histórico a

partir da produção do conhecimento, partindo do principio de que há várias

explicações e interpretações para o mesmo fato.

Pensa-se que a compreensão dos conteúdos históricos podem se dar de

várias maneiras utilizando-se de diferentes documentos e fontes históricas,

rompendo com o modo tradicional de ensinar história.

A escolha do tema, “Nos trilhos dos Pinhais: O significado da Estrada de

Ferro para os alunos do Ensino Fundamental de uma Escola Estadual do Paraná”,

se deu por uma preocupação com a história local e regional do Estado do Paraná,

neste caso a historia da estrada de ferro que passa em frente à escola onde será

aplicado o projeto de intervenção pedagógico. A estrada de ferro fez com que as

distâncias ficassem menores, ajudou a baratear os produtos e aumentou o volume

de mercadorias e constituiu um dos elementos da infra-estrutura necessária ao

desenvolvimento do capitalismo.

A História de Ferro teve uma influencia na formação do Estado, na fixação

dos imigrantes, e principalmente na economia do Paraná e, também na criação de

bairros e municípios, fazendo crescer a área urbana, onde cada um deles tem sua

história. Até onde essa história é conhecida pelos alunos desta escola onde todos

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os dias ouvem o barulho do trem que vai e vem? Neste contexto histórico é

que propomos o trabalho de pesquisa; partindo dos conhecimentos prévios destes

estudantes, proporem um planejamento dos conteúdos fazendo uso de várias

fontes históricas sobre a construção da Estrada de Ferro entre Curitiba a

Paranaguá, desde a construção até a inauguração, período compreendido entre

de 1880 a 1885.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná:

“O trabalho com documentos e fontes históricas pode levar a uma análise crítica

sobre o processo de construção do conhecimento histórico e dos limites de sua

compreensão. Tal abordagem é fundamental para que os alunos entendam as

diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;(...) a necessidade

de ampliar o universo para entender melhor diferentes contextos;(...) o

conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que pode ser

complementado com novas pesquisas e pode ser refutada ou validada pelo

trabalho de investigação do historiador” (DIRETRIZES CURRICULARES DA

EDUCAÇÃO BÁSICA, p.70).

Trabalhar este tema em história, optando por uma abordagem cultural

proposta nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná e, utilizando

uma linha de pesquisa investigativa dentro da Educação Histórica poderá

possibilitar aos docentes e educandos o conhecimento da história através da

pesquisa investigativa, por meio de narrativas e perceber as mudanças, rupturas e

permanências. Não significa transformar os alunos em historiadores, mas ensinar

a pensar historicamente. Segundo Maria Auxiliadora Schimidt, ninguém precisa

aprender história só para conhecer o passado, todos precisam aprender para

conhecer e agir no próprio mundo onde vivem.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O encaminhamento metodológico proposto para a realização deste trabalho

visa considerar as idéias históricas que os alunos já possuem e instigá-los a

pensar historicamente de maneira crítica e reflexiva considerando que todos

somos seres humanos em construção, sujeitos as mudanças e a novos desafios.

A partir das idéias prévias construídas por meio da categorização das

narrativas históricas prévias produzidas pelos estudantes, é que serão escolhidas

as referências historiográficas, fragmentos de textos teóricos e de narrativas

historiográficas que se confrontem e/ou dialoguem entre si, todas com sugestões

de atividades a serem desenvolvidas pelos estudantes.

A escolha por esta abordagem de conteúdos históricos foi à possibilidade

de aprendizagem dentro do ensino de história, que busca romper com a

metodologia centrada apenas nos livros didáticos como, fonte de informação e

reflexão no processo ensino-aprendizagem, buscando novas formas de ensino e

aprendizagem dentro do Ensino Básico, usando outras fontes como forma de

investigação, e superar a idéia de que o conhecimento é algo pronto e acabado.

Os avanços tecnológicos nos últimos tempos, fazem com que os meios de

comunicação, tragam informações aos jovens estudantes por meio de imagem,

textos e som, que causa um distanciamento entre o que é transmitido pela mídia e

as informações recebidas em sala de aula, a velocidade do meio midiático é muito

superior do que se observa no espaço escolar.

Este trabalho pedagógico será aplicado com base nos princípios teóricos

metodológicos da Educação Histórica e que tem como ponto de vista privilegiado

a cognição histórica situada. Para que o sujeito seja investigado sobre o

conhecimento prévio, que remete ao passado, deve-se levar em consideração o

conhecimento que ele traz para a escola, o que ele recebeu de informação da

família, meios de comunicação e comunidade onde vivem. Desta forma, pretende-

se explorar a leitura de outras fontes de forma crítica, reflexiva e investigativa,

estimulando a criatividade e a vontade de saber, favorecendo, deste modo, a

compreensão dos conteúdos de forma espontânea e natural.

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PARTE I

MAPA CONCEITUAL

Iniciaremos este trabalho com um mapa conceitual, que é uma proposta de

trabalho, que está originalmente baseado na teoria da aprendizagem significativa

de David Ausubel, desenvolvida pelo pesquisador norte americano Joseph Novak

nos anos 70 que, define esta teoria como uma ferramenta para organizar e

representar o conhecimento. A aprendizagem pode ser dita significativa quando

uma nova informação adquire significado para o aprendiz através de uma espécie

de ancoragem, com aspectos relevantes da estrutura cognitiva preexistente do

individuo, Na aprendizagem significativa há uma interação entre o novo e o já

existente, na qual ambos se modificam. À medida que o conhecimento prévio

serve de base para a atribuição de significados à nova informação, ele também se

modifica. A estrutura cognitiva está constantemente se reestruturando durante a

aprendizagem significativa e assim o conhecimento vai sendo construído.

Estrutura cognitiva - A estrutura cognitiva é o conteúdo total e organizado de idéias de um dado

indivíduo; ou, no contexto da aprendizagem de certos assuntos, refere-se ao conteúdo e

organização de suas idéias naquela área particular de conhecimento. Ou seja, a ênfase que se dá

é na aquisição, armazenamento e organização das idéias no cérebro do indivíduo.

Aprendizagem implica em modificações na estrutura cognitiva e não apenas

em acréscimos. Segundo esta teoria, os seguintes aspectos são relevantes para a

aprendizagem significativa:

• As entradas para a aprendizagem são importantes;

• Materiais de aprendizagem deverão ser bem organizados;

• Novas idéias e conceitos devem ser “potencialmente significativos” para o

aluno;

Aprendizagem significativa: os novos conhecimentos que se adquirem relacionam-se com o

conhecimento prévio que o aluno possui.

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• Fixando novos conceitos nas já existentes estruturas cognitivas do aluno

fará com que os novos conceitos sejam relembrados.

A opção pelo uso de mapas conceituais na avaliação dos processos de

aprendizagem é a de avaliar o estudante em relação o que ele já sabe, a partir de

conceitos que ele consegue criar, e de que forma ele consegue estruturar,

hierarquizar, diferenciar, relacionar, discriminar e integrar os conceitos que ele traz

do seu mundo. O uso de mapas conceituais não significa que o aluno apresente

formas correta de certo conteúdo, mas se ele mostra evidências de que consegue

buscar no passado uma relação com o presente, ou se está aprendendo

significativamente o conteúdo. A análise de mapas conceituais é essencialmente

qualitativa. O professor ou pesquisador não deve apresentar aos alunos um mapa

conceitual de certo conteúdo e sim um mapa conceitual para esse conteúdo

segundo os significados que ele atribui aos conceitos e às relações significativas

entre eles, o professor ou pesquisador deve também procurar interpretar a

informação dada pelo aluno no mapa a fim de obter evidências de aprendizagem

significativa, levar em consideração as explicações do aluno, orais ou escritas, em

relação ao mapa construído por ele, facilitando assim a tarefa do professor.

Estes mapas são importantes porque dá um significado à aprendizagem do

aluno, que pode ser transformado o conhecimento sistematizado em conteúdo

para o planejamento curricular, estabelecendo ligações do novo conhecimento

com os conceitos relevantes que ele já possui.

A abordagem descrita, dos mapas conceituais, embasa-se em uma teoria

construtivista, que encontramos também nas Diretrizes Curriculares do Paraná,

onde o individuo constrói seu conhecimento e significados a partir da sua

predisposição (idéias prévias) para realizar esta construção. Que serve como

Mapas Conceituais: são representações gráficas semelhantes a diagramas, que indicam relações

entre conceitos ligados por palavras. Representam uma estrutura que vai desde os conceitos mais

abrangentes até os menos inclusivos. São utilizados para auxiliar a ordenação e a seqüenciação

hierarquizada dos conteúdos de ensino, de forma a oferecer estímulos adequados ao aluno.

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instrumento facilitador no aprendizado do conteúdo sistematizado em conteúdos

significativo para o aprendiz.

Mapas conceituais podem ser utilizados como:

• Estratégia de estudo

• Estratégia de apresentação de itens curriculares

• Instrumento para a avaliação de aprendizagem escolar

• Pesquisas educacionais

O quadro abaixo, é um exemplo de um mapa conceitual, que pode ser

usado com os alunos para diagnosticar os conhecimentos prévios deles, com

relação ao tema proposto neste trabalho.

Os resultados deste trabalho pode ser um inicio e não um fim, uma possível

continuação com relação ao tema que estivermos trabalhando. O nosso ponto de

partida são as idéias que os alunos têm como referência ou como conhecimento

do passado sobre a estrada de trem de ferro.

Trilhos

Estrada

Apito

Viagem

Férias

Ferroviários

Historia

TremDe Ferro

Estrada de Ferro

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Segundo KAWASAKI (1996), é importante:

• Escolher o tema a ser abordado;

• Definir o objetivo principal a ser perseguido;

• Definir a apresentação dos tópicos, colocando-os numa seqüência hierarquizada

com as interligações necessárias;

• Dar conhecimento ao aluno do que se espera quanto ao que ele poderá ser capaz

derealizar após a utilização do processo de aprendizagem;

• Permitir sessões de feedback, de modo que ao aluno seja possível rever seus

conceitos, e ao professor avaliar o instrumento utilizado, de modo a enfatizar

sempre os pontos mais relevantes do assunto, mostrando onde houve erro e

promovendo recursos de ajuda;

No ensino aprendizagem através da investigação prévia do conhecimento

do aluno, poderemos ensinar a aprender a ler, questionar e interpretar os

documentos e construir as próprias explicações da relação do passado com o

presente. Segundo Schmitd, aprender história significa contar a História, isto é,

significa narrar o passado a partir da vida presente, a aprendizagem histórica é

multiperspectivada e baseada na idéia de interpretação histórica, cujo objetivo é

fazer com que os alunos estabeleçam relações cada vez mais complexas com as

idéias históricas e possam se ver como produtores do conhecimento,no sentido

possível de recriação das relações entre a história do presente e do passado.

A finalidade do ensino de história é a formação da consciência histórica e

ter como objetivo a formação de uma determinada consciência histórica que

busque superar formas tradicionais e exemplares da consciência histórica,

responsáveis pela consolidação de narrativas baseadas em organizações lineares

do tempo e as visões de que a História é mestra da vida. Procura evitar também

formação de consciências criticas pautada em narrativas que rompem com

qualquer possibilidade de rever o passado. O objetivo é uma consciência crítico-

genética, onde a relação presente passado seja fundamentada em narrativas mais

complexas, que se preste a uma orientação temporal para a vida presente, que se

baseia em princípios da liberdade, democracia e direitos humanos, que são

fundamentos de uma formação para a cidadania. (SCHMIDT, 2009, p.39).

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A seguir sugerimos algumas atividades, para ser elaborado pelo professor e

aplicado em sala de aula, após a aplicação, fazer a categorização dos resultados

e montar o plano de aula de acordo com os resultados obtidos com a aplicação do

mapa conceitual.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Construa um mapa conceitual para os alunos, e aplique em sala de aula para

saber o que ele conhece sobre a história da Estrada de Ferro.

1 Numa folha a parte com o gráfico de um mapa conceitual já desenhado,

coloque no centro a palavra “Estrada de Ferro” e deixe os outros quadrados

em branco para que o aluno preencha-os com palavras relacionadas ao

tema “Nos trilhos dos Pinhais: O significado Histórico da Estrada de Ferro

para os alunos do Ensino Fundamental de uma escola do Estadual do

Paraná”.

2 - Solicite que ele faça uma narrativa com as palavras que ele usou no mapa

conceitual.

3 Após a Narrativa construída por ele, pergunta-se: Qual a importância da

Estrada de Ferro que passa na frente da escola, na sua vida cotidiana?

1) Após este exercício faça a categorização das idéias prévias dos alunos,

resultado obtido através do mapa conceitual e das narrativas e, com ele,

planeje o conteúdo a ser trabalhado sobre o tema em questão, que neste

caso é a Estrada de Ferro.

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PARTE II

INTRODUÇÃO

Depois de ter aplicado o mapa conceitual, feito à categorização, e agora

com os resultados das idéias prévias que os alunos apresentaram sobre o tema

da Estrada de Ferro, fica mais fácil planejar o conteúdo a ser trabalhado em sala

de aula. Tendo como finalidade de que o ensino de história é a formação da

consciência histórica, ter o objetivo de fazer com que os alunos estabeleçam

relações cada vez mais complexas com as idéias históricas e possam se ver como

produtores do conhecimento, no sentido possível da recriação das relações entre

a história do presente e do passado. Tal procedimento dá a entender que aprender

história deve significar interpretar, explicar, narrar e narrar-se, à luz das lutas,

sofrimentos e sonhos do presente.

Nesta segunda parte faremos um breve histórico da história de trem de

ferro desde sua invenção na Inglaterra até o momento em que foram construídas

as primeiras estradas de ferro no Brasil, um breve histórico da construção da

estrada de ferro no Paraná Curitiba/Paranaguá (1880-1885) e sua passagem pelo

município de Pinhais, com sugestões de atividades. Analisaremos a música “Lá vai

o Trem” da Banda Blindagem de Curitiba, onde a mesma foi composta em 1985, a

pedido da administradora da antiga RFFSA, hoje ALL, no período das

comemorações de 100 anos da ferrovia Curitiba/Paranaguá. Como sugestão de

atividade também, sugiremos uma poesia escrita por Hélio dos Santos Pessoa

Júnior de Minas Gerais, um amante da ferrovia.

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BREVE HISTÓRICO SOBRE ESTRADA DE FERRO

A Estrada de Ferro teve início na Inglaterra, com a Revolução Industrial, e

de lá se espalhou para o mundo, acompanhando o desenvolvimento da indústria e

urbanização.

As locomotivas apareceram no século XIX, eram movidas por motores a

vapor e foram sem dúvida o meio de transporte mais popular até o final da

Segunda Guerra Mundial. No Brasil, eram popularmente chamadas de “Maria

Fumaça” por conta da densa nuvem de vapor e fumaça produzida quando em

movimento.

Em fevereiro de 1804, foi realizada a viagem inaugural do “cavalo

mecânico”, a primeira locomotiva. No começo do século XIX, o construtor gaulês

Richard Trevithick inventou uma máquina a vapor sobre trilho para o transporte

mais rápido e eficiente de matérias-primas. Era bastante rudimentar era uma

caldeira na horizontal apoiada por quatro rodas. Para os leigos ela não passava de

um enorme tonel deitado, com chaminé e rodas e poucos viam futuro nessa

invenção. O Inventor foi desafiado pelo proprietário de uma mina. O mineiro queria

observar o desempenho da engenhoca sobre 15 quilômetros de trilhos. O teste foi

marcado para o dia 13 e fevereiro de 1804. Trivithick provou que sua máquina

podia transportar tanto pessoas como materiais, a máquina de tração levou 70

pessoas e dez toneladas de ferro. Porém, essa invenção logo foi descartada,

devido a alguns problemas, a maquina pesada, logo voltou a ser substituída pelo

cavalo. Os trilhos sempre foram usados na mineração e os vagões eram antes da

invenção, puxados por cavalos. Mais tarde a locomotiva foi aperfeiçoada por

George Stepheson.

O aumento do volume da produção de mercadorias e a necessidade de

transportá-las, com rapidez, para os mercados consumidores, fizeram com que os

empresários ingleses dessem apoio a George Stephenson (1781-1848), que

apresentou sua primeira locomotiva em 1814. Foi o primeiro que obteve resultados

concretos com a construção de locomotivas, dando inicio à era das ferrovias.

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Stephenson, engenheiro inglês, construiu a “Locomotion”, que, em 1825,

tracionou uma composição ferroviária trafegando entre Stockton e Darlington, num

percurso de 15 quilômetros, a uma velocidade próxima dos 20 quilômetros por

hora. Em associação com seu filho, Robert Stephenson, fundou a primeira fabrica

de locomotivas do mundo “Adler” (significa Águia). George Stephenson, foi

considerado então o inventor da locomotiva a vapor e construtor da primeira

estrada de ferro.

Em 1829, numa corrida, Stephenson batizou a locomotiva de foguete

(Rocket em inglês), por ter chego à frente de todas as concorrentes, e chegou a

desenvolver 45 quilômetros por hora, velocidade considerada alta para a época.

Uma viagem de trem de Londres a Glasgow, que levava doze dias, passou a ser

feita em 62 horas. O transporte de pessoas e de mercadorias tornou-se mais

rápido, mais barato e mais seguro, o que contribuiu decisivamente para ampliar os

mercados e impulsionar a industrialização e consolidar o capitalismo.

As locomotivas de Stepheson foram usadas na primeira ferrovia de serviço

público e com o tempo aumentaram em tamanho e potência. A primeira locomotiva

de transporte de passageiros na Alemanha veio de sua fábrica e a partir de 1835

ela passou a ligar as cidades vizinhas de Nurembergue e Fürth, no sul da

Alemanha.

A Europa e a América do Norte foram às áreas territoriais, que mais

concentraram ferrovias entre 1850 a 1950. As ferrovias foram tão importante para

a organização espacial que, na Europa onde tudo começou, faziam a ligação de

todo o território, transportado pessoas, matérias primas e mercadorias. Na

América do Norte, integraram o território com a construção de estradas de ferro

que seguiam os trajetos leste a oeste e norte a sul. De acordo com Lourenço

(2007. p.144), “a revolução ferroviária foi uma das primeiras técnicas sistêmicas

implantadas em âmbito planetário”.

No Brasil as ferrovias foram fundamentais para o transporte do principal

produto, o café, no final do século XIX as primeiras décadas do século XX,

tornaram-se responsáveis também pela ligação do litoral ao interior do país, por

meio da implantação de companhias ferroviárias como, por exemplo, a Compagnie

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Generale de Chemins de Fer Brèsiliens, que foi a responsável pela construção da

estrada de ferro entre Curitiba a Paranaguá.

No caso do Brasil somente a partir de 1808, quando aconteceu a

transferência da família real para o Rio de Janeiro, é que foi delineada, pela

primeira vez, uma verdadeira abordagem dos transportes como assunto de política

publica, porque era preciso unir grandes distancias geográficas e interligar as

diferentes regiões ocupadas até então.

Segundo Canêdo em seu livro A Revolução Industrial (p.50 e 51):

“já as ferrovias, como bem diz Hobsbawm, possuíam o dom de encantar ao revelar a qualquer

pessoa, ‘o poder e a velocidade da nova era’, as possibilidades do progresso técnico. Elas arrastam

obras de engenharia, estações e pontes, formando um conjunto de construções que tonteava as

imaginações. Através das ferrovias era mais fácil acreditar que o progresso havia chegado, pois

afetava a vida do cidadão comum, mesmo daquele que vivia fora do local das fábricas. Elas

constituíam algo de bem concreto. Um excelente investimento, passaram a acreditar, vendo as

locomotivas lançarem fumaça dançante pelo ar, diminuindo o tempo gasto nos percursos, os riscos

das viagens e aumentado a velocidade da vida que passava a ser regulada pelos horários dos

trens.(...)

Enquanto mexia na imaginação dos homens, a ferrovia demandava mais ferro, mais carvão, mais

mão-de-obra, mais mercadorias, mais capacidade para abertura de mercados e mais capital.(...) E

se pensarmos que logo outros paises passaram a construir também estradas de ferro, um

importante incentivo `exploração de bens de capital, pois eram construídas com capital, matérias e

equipamentos britânicos.” (CANÊDO,Letícia Bicalho. A Revolução Industrial. São

Paulo:Atual,1994,p.50 e 51.)

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SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Sugestão para o Professor:

Peça aos seus alunos que façam as atividades a seguir, após ter

trabalhado com eles o conteúdo da Revolução Industrial e usado como

texto complementar o breve histórico do inicio da ferrovia pelo mundo.

1) – As primeiras construções de estrada de ferro no século XIX, na Europa,

mas precisamente na Inglaterra, foram incentivadas por um grupo de

empresários. Você concorda que a construção da estrada de ferro foi um

dos motivos que causou a consolidação do capitalismo na Europa?

Justifique sua resposta.

2) Pesquise em outras fontes, porque os países onde foram construídas

estradas de ferro com uma maior intensidade, resolveram fazer este tipo de

investimento? Após finalizar a pesquisa, apresente aos colegas de sala de

aula.

3) Faça uma narrativa dos benefícios e conseqüências que você acha que a

construção da estrada de ferro trouxe para o Brasil. Exponha suas idéias

aos demais colegas da sala de aula.

4) Com base no texto de Letícia Canêdo Bicalho, escreva sobre as

conseqüências trazidas pelas construções das estradas de ferro, que você

tem conhecimento, e depois apresente aos colegas da sala de aula.

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ESTRADA DE FERRO NO PARANÁ - CURITIBA/PARANAGUÁ

Figura: 01 – Estrada de Ferro Curitiba/Paranaguá.

Fonte: Mendes/2010

Em 29 de agosto de 1853, foi sancionada a lei 704, criando a Província do

Paraná e em 19 de Dezembro do mesmo ano ela foi instalada em Curitiba pelo

Conselheiro Zacarias de Góes e Vasconcelos.

Na época em que foi instalada a Província do Paraná,em 1853, as

principais estradas que se dirigiam ao litoral eram da Graciosa, do Itupava e do

Arraial, que eram bastante precárias. A Estrada da Graciosa saindo de Antonina,

com um ramal em Morretes onde se destacou o Engenheiro Antonio Rebouças

pelo lindíssimo traçado, representava a segunda rodovia de macadam, por onde

trafegavam, alem de animais, gado e cavaleiros, centenas de carroças, com até

1.500 kg. De carga móvel, dotadas de quatro rodas, puxadas por 8 cavalos,

diligencias, transportando malas postais e viajantes, com as respectivas

bagagens. Mas logo esse tipo de transporte se tornou deficiente, as condições de

progresso, começaram a exigir outros sistemas de comunicação. Então, Antonio

Rebouças pensou em ligar o planalto a zona litorânea através de uma estrada

diferente, por meio de trilhos. Em 10 de janeiro de 1871, o Governo Imperial havia

concedido aos engenheiros Antonio Pereira Rebouças Filho, Francisco Antonio

Tourinho e Mauricio Shwatz, privilégios para a construção da estrada de ferro,

denominada de Estrada de Ferro Dona Isabel, a partir de Antonina, passando por

Morretes, tentou financiamentos com o Banco de Mauá do Rio de Janeiro,faleceu

em São Paulo vitima de Maleita e os direitos de construção da rota Antonina-

Curitiba foram transferidos para o Barão de Mauá.

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Neste mesmo período, outra concessão foi negociada para ligar Paranaguá

a Morretes, interligando-se com a Estrada de Ferro Dona Isabel, e em 26 de

março de 1872 pela Lei Provincial 304 e o decreto imperial nº 5.053 de 14 de

agosto do mesmo ano, foi concedido aos engenheiros Pedro Aloys Scherer, Jose

Gonçalves Pêcego Junior e José Maria da Silva Lemos Junior, e em 02 de

dezembro de 1873 os serviços da construção da estrada de ferro entre Paranaguá

a Morretes foi iniciada, mas logo foram interrompidas por dificuldades financeiras.

Mais tarde o Governo Imperial decidiu construir a rota Paranaguá-Curitiba.

Nesta ocasião havia duas correntes políticas de força, a dos Correias que

dominava Paranaguá e dos Araújos que dominava Morretes e Antonina, o

Visconde de Nácar que queria que aos traçados da nova rota partisse de

Antonina e não de Paranaguá, apesar de todas as brigas, os esforços dos irmãos

Rebouças e forças políticas naquele momento, acabou prevalecendo a construção

da rota Paranaguá-Curitiba, mais tarde foi construída um ramal ferroviário a partir

de Morretes. Quatro anos depois (1879) foi autorizada a transferência de todos os

direitos a uma companhia estrangeira – Compagnie Generale de Chemins de Fer

Brésiliens que era associada à companhia Société Anonyme de Travaux Dyle et

Bacalan, da Bélgica, que foram os contratantes dos engenheiros que construíram

a ferrovia paranaense, inclusive o ramal Morretes-Antonina, e teve como diretor

geral o engenheiro Comendador Antonio Ferrucci, em 20/01/1880.

A estrada de ferro de Paranaguá a Curitiba, com 110,00 km dividia-se em 3

secções distintas:

1ª - Paranaguá a Morretes, com 42 km;

2ª – Morretes a Roça Nova, com 38 km;

3ª – Roça Nova a Curitiba,com 30 km.

A primeira eram com região alagadiças, de manguezais, em geral

insalubres e pouco povoados, a consolidação desta construção seria complicado,

problema para o leito, o que foi representada pela superação das dificuldades

impostas por estes terrenos e onde foi assentado suas bases.

A segunda seria a faixa de transposição dos elevados picos da cordilheira,

mais ousada, corajosa e penosa, este trabalho exigiu o emprego das mais

apuradas técnicas de engenharia.

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A terceira e ultima foi a menos intimidadora, significava a serra do mar

vencida, rumo a uma região de planalto que abria caminhos para a chegada em

Curitiba. É importante salientar que esses três trechos, foram construídos pela

mão de obra humana e braçal, que se estenderam por cinco anos e também o

trecho em que a estrada de ferro alcançou a cidade de Pinhais, instalando ali

estação ferroviária como ponto de parada. A construção desta estrada de ferro

iniciou em 05 de junho de 1880 e foi inaugurada em 02 de fevereiro de 1885. No

km 45 os técnicos italianos desistiram de orientar o empreendimento, por conta

das dificuldades na Serra, então o Engenheiro Teixeira Soares passou a

coordenar os trabalhos, vencendo abismos de 900 metros de altura, abrindo

viadutos com leitos de pedra, construindo pontes aéreas sobre gargantas

insondáveis e perfurando 14 túneis em pedra.

No inicio de século XX, o Paraná já tinha suas estradas de ferro o qual a

sua introdução se deve aos franceses, que fundaram a Companhia Generale Dês

Chemins de Fer Paraná, com sede em Curitiba, a qual construiu o ramal Morretes

a Antonina, com 16 km em 1892. Os trens de ferro foram por longo tempo a única

comunicação entre longínquas localidades.

“O apito a vapor era grato aos ouvidos,especialmente à noite e à distancia,era um

som cheio, e quando vinha de longe,pela noite afora, emprestava asas à

imaginação e proporcionava viagens de sonho a cidade e terras desconhecidas,

com ele vinha a sensação de segurança e de justeza das coisas.(...)O apito do

trem marcava horas, e, às vezes, servia para encerrar o dia. Muitas famílias

esperavam que a 953 apitasse na encruzilhada, e quando a ultima vibração

dissolvia-se em silêncio, alguém apagava a lareira e todos iam dormir. O antigo

apito talvez avivasse a inquietação daqueles que se cansam de viver sempre entre

as mesmas quatro paredes, mas trazia, também, a impressão profunda de que

tudo ia bem no mundo”.(Edição Especial da Revista dos ferroviários,fevereiro

de1965,p.34)

No dia 10 de Janeiro de 1882, na sua fase mais critica e difícil da

construção da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, no quilometro 45 os técnicos

italianos desistiram de orientar o empreendimento, em vista das dificuldades na

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Serra, surge então o engenheiro João Teixeira Soares, com seus 34 anos, onde

comandou os trabalhos principalmente no pico do Marumbi, vencendo abismos de

900 metros de altura, abrindo viadutos com leito de pedras, construindo pontes

aéreas sobre gargantas insondáveis e perfurando 14 túneis em pedra.

Em 1902, as ferrovias paranaenses foram encampadas pelo governo da

União, que constituiu a estrada de Ferro Paraná, a qual foi arrendada em 1904 pra

o Engenheiro Carlos João Westerman, e posteriormente arrendada à Companhia

Estrada de Ferro São Paulo/Rio Grande, Brasil Railway Co.,com o compromisso

de completar linhas projetadas.

Segundo Rubens R. Habitzreuter, enquanto escrevia seu livro, foi visitar o

trecho Antonina-Morretes, e observou o seguinte:

“Abandonada, com o mato tendo coberto a maior parte do trecho, trilhos

enferrujados, lastro varrido pela chuva, dormentes apodrecidos e vigias metálicas das

pontes apresentando fortes sinais de corrosão. Talvez um dia o ramal seja recuperado

e reativado, trazendo novas esperanças para a cidade de Antonina e seu Porto”.

(Habitzreuter, A conquista da Serra do Mar, p.129)

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SUGESTÕES DE ATIVIDADES – I

Figura nº 02: Foto Estrada de Trem de Ferro Curitiba/Paranaguá

Fonte: Mendes/2010

1 – Apresentar a imagem acima aos alunos, (sem a legenda), em seguida

solicitar que eles observem a foto, e solicite que descreva o que está vendo.

(A intenção é permitir que o aluno associe o que está vendo às informações

que já possui).

2 – Buscar junto ao aluno, o máximo de informações possíveis da imagem,

fazendo perguntas do tipo: O que é isto? Para que serve? Do que é feito?

Quem fez? Quando fez? Para que fez? Em que contexto histórico a imagem

foi feita? Qual a relação com seu cotidiano?

3 – De posse das informações obtidas na pesquisa, pedir aos alunos que

produzam uma narrativa histórica sobre a imagem analisada por eles,

relacionando ao seu cotidiano.

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SUGESTÕES DE ATIVIDADES – II

Música: Banda BlindagemComposição: Paulo Teixeira, Alberto Rodrigues, Pato Romero e Paulo Juk

LÁ VAI O TREM

Uh uh lá vai o ter

Lá vai o trem

Furando montanhas

Seguindo um caminho

De sonho e coragem

(lá vai o trem)

Lá vai o trem

Levando sobre os trilhos

O fruto do trabalho

Do homem da terra

(lá vai o trem)

Uh uh lá vai o trem

Lá vai o trem

Beijando a natureza

Mostrando a beleza

Da Serra do Mar

(lá vai o trem)

Curitiba é o ponto de partida

E até Paranaguá você vai ter muito

prazer

Bolinho da Graxa, Véu da Noiva,

Marumbi

Beleza como esta você só encontra

aqui

Uh uh lá vai o trem

Lá vem o trem

Vestido de gala

No meio da floresta

Fazendo uma festa

(lá vem o trem)

Lá vai o trem

São anos de glória

Fazendo história no Paraná

(lá vai o trem)

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Sugestões para o Professor:

1 - Faça várias cópias da música acima e distribua entre seus alunos,

peçam que leiam e escute a canção.

2 - Em seguida faça os seguintes questionamentos:

a. Essa música é conhecida por vocês?

b. Tem alguma referência da música acima?

c. Procure identificar em qual período histórico a música acima está

inserida?

3 - Faça um exercício, colocando em um papel ou seu caderno, as palavras

que lhe chamaram a atenção, e após produza um debate entre os colegas

de sala, com a ajuda do professor.

4 – Pesquisar os aspectos dos autores:

a. Quem foi e é a Banda Blindagem?

b. Em que contexto histórico essa canção foi composta?

c. Quem são os sujeitos retratados na canção?

d. Quando foi composta e por quê?

e. Qual a relação desta música com o presente histórico?

Sugestão: Poderá entrar em contato com a banda Blindagem pelo endereço

eletrônico: www. bandablindagem .com.br/index_ banda .htm e ver a

possibilidade de fazer uma palestra sobre a Música analisada, ou fazer uma

entrevista com os autores da música que são os mesmos que compõem a

Banda.

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ESTRADA DE FERRO EM PINHAIS

Figura nº 03: Sinalização da Linha da Estrada de Ferro de Pinhais

Fonte: Mendes/2010

Em 02 de fevereiro de 1885 foi inaugurada a Estrada de Ferro que ligou

Curitiba à Paranaguá, o primeiro trecho da estrada de ferro, entre Curitiba e Roça

Nova, cortava a região que é, hoje, o município de Pinhais, localizado no primeiro

planalto paranaense, chamado de planalto curitibano, na região metropolitana de

Curitiba. Para a economia do Estado significava um grande avanço. Em 1898 foi

instalada a Indústria de Cerâmica nas proximidades da linha de trem de ferro do

povoado. Neste mesmo período vieram para a região imigrante europeus, que

também colonizaram os arredores de Curitiba, e migrantes de outras regiões do

Estado e do País. Curitiba, onde eram comercializados os produtos do povoado;

as vias de acesso eram limitadas, a principal era a estrada de ferro e outro

caminho era o carreiro, que seguiam junto aos canos da Companhia de Água e

Esgoto do Paraná. Segundo Aarão “O povoado que começou em torno desses

dois pólos, ganhou grande impulso na década de 60 e 70, e hoje, se tornou um

dos municípios mais densamente povoados do estado do Paraná”. (Nos Trilhos do

Tempo, p.15).

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No período do Tropeirismo o único

transporte era o lombo muar.

Lombo muar: Transporte sobre o lombo de

mulas, utilizado durante o período do

Tropeirismo. (Nos Trilhos do Tempo,p.25).

A criação de gado era uma das atividades dos proprietários de terras na

região. A relativa proximidade do Paraná com a Feira de Sorocaba e os campos

propícios para o descanso e engorda, fez com que desenvolvesse aqui uma nova

atividade: o arrendamento dos campos para a invernada das tropas gaúchas.

Outra face importante da atividade econômica dessa região era a

exportação da erva-mate via porto de Paranaguá, os produtos eram transportados

por muares através de trilhas abertas no meio das matas por onde passavam.

O transporte ferroviário na segunda metade do século XIX tornou-se

intenso, a máquina a vapor transportava os produtos de exportação em maior

quantidade e em menor tempo e considerando também um preço bem menor, que

consequentemente teria o lucro aumentado, além do que proporcionava um maior

conforto nas viagens a Paranaguá e à Capital do Império (Rio de Janeiro). Quando

as Estradas de Ferro foram construídas no Brasil, na segunda metade do século

XIX, o comercio das tropas foi perdendo importância, e a demanda por transporte

animal foi se acabando.

A modernização do transporte iniciou-se em 1880 com a construção da

estrada de ferro ligando o litoral paranaense à região do planalto curitibano. Essa

ferrovia configurou-se como fator determinante de uma grande dinamização da

região dos Campos de Curitiba. É a partir daí que situamos um novo momento na

História de Pinhais, quando se formou o primeiro núcleo populacional nos

arredores da então chamada Estação de São José dos Pinhais (1885) e da

Cerâmica (1898).

No século XX, nesta localidade foi construída a Estação Ferroviária chamada São

José dos Pinhais, mais tarde passou a ser Estação de Pinhais. E segundo Aarão

ela nasceu para fazer o escoamento do centro produtor de São José dos Pinhais,

este município produzia erva-mate em grande escala, além de madeira e outras

mercadorias. Com a inauguração da Estrada de Ferro, foram construídas também

as casas dos funcionários responsáveis pela manutenção da ferrovia, acredita-se

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que começou a partir daí um pequeno povoado, além dessa concentração de

moradores, já havia algumas famílias estabelecidas no local, proprietários de

terras que desenvolviam atividades agro-pastoris, grande parte desses

proprietários já moravam na região e utilizavam suas terras para o plantio de

diversos gêneros agrícolas e criação de gado, que tinham como mercado

consumidor, a Capital. Por se tratar de uma região de fazendas uma população

bem esparsa, é que chegou à capital e arredores, uma grande leva de imigrantes

europeus, fundando a Colônia Tirol (localizado atualmente em Colombo). Na sua

maioria esses imigrantes se ocuparam do cultivo da terra, da manufatura que em

sua maioria era artesanal.

Neste momento histórico a construção da via férrea ligando o litoral ao

planalto curitibano, passou a significar um grande avanço e de suma importância

para a economia do Estado. O escoamento a produção passou a ser feito muito

mais rápido e de forma mais acessível. Assim surgem novos empreendimentos

econômicos para o município. Em 1898 surgem os trabalhos da cerâmica da

família Torres, instalada próximo à linha férrea.

Em 1912 Guilherme Weis comprou a cerâmica, nas mãos deste novo

proprietário a Cerâmica cresceu e dinamizou o processo de produção, atraindo

novos moradores e maiores investimentos, construiu várias residências, formando

uma vila operária, trazendo mão-de-obra especializada, dando sinal de que o

progresso estava chegando. Outras indústrias foram instaladas aqui no município

de Pinhais, um dos fatores que contribuíram para isso foram à proximidade com

ferrovia, equipamentos vindos da Europa, chegavam ao Porto de Paranaguá e

eram trazidos via férrea até Pinhais e Curitiba. Na década de 1960 e 1970, os

antigos proprietários de terras da região de Pinhais iniciaram o processo de

loteamento de seus terrenos e em 1964, surgiram os primeiros bairros, loteados

pelo comendador Humberto Scarpa, sendo eles Weissópolis, Vargem Grande, Vila

Esplanada e Tarumã.

Uma das grandes dificuldades encontradas pelos moradores de Pinhais

daquela época, era o transporte, a região era constituída por grandes extensões

de terras e poucos eram os caminhos que levavam a comunicação com Curitiba.

As vias de acesso eram limitadas, sendo a principal a estrada de trem de ferro.

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Outro caminho era o carreiro que segui junto aos canos da Companhia de Água e

Esgoto do Paraná, e por ser uma região de mananciais, quando vinha a chuva

ficavam alagadiças e tornava-se quase que impossível a carroças se deslocarem

para Curitiba.

Segundo Aarão:

“Os três caminhos que ligavam o planalto de Curitiba ao litoral eram o do Itupava, o da

Graciosa e o do Arraial Grande, o segundo servindo de base para o posterior abertura da

Estrada da Graciosa e, juntamente com o Itupava, passava pela região onde hoje se situa

Pinhais. O Caminho do Itupava começava seu trajeto na região onde atualmente fica o

Circulo Militar de Curitiba e se estendia no sentido leste, passando pelos rios Belém,

Juvevê, Bacacheri, Atuba, Palmital e Cangüiri”. (Nos Trilhos do Tempo, p. 26).

O acesso poderia ser feito pela via Estrada do Encanamento, mas era

necessário ter autorização o Departamento de Água e Esgoto (DAE) para passar

pela barreira, espécie de cancela onde hoje é a Fundação Sanepar junto à rodovia

João Leopoldo Jacomel. Uma outra opção de caminho para Curitiba era a que ia

até o Atuba. O meio mais utilizado para comunicação com a Capital era o trem,

que no inicio só existia o que saia de Paranaguá e passava por aqui (Pinhais) às

dez e meia, e partia de Curitiba às quatorze horas. A partir de 1950, foi criada a

linha do Trabalhador, e nela iam e viam os moradores de Roça Nova, Piraquara,

Pinhais. Esse trem partia da Estação de Roça Nova e passava por Pinhais às

06h:10min. O Trem era o mais acessível para os moradores da região, pois o

preço do bilhete era mais barato, e o interessante é que não tinha uma parada

fixa, ele ia parando ao longo do trajeto. O retorno era às 17h:50min. Nas décadas

de 1950, o caminho que ligava Pinhais a Curitiba foi melhorado e recebeu o nome

de Estrada do Encanamento e foi nesse período que iniciou o transporte rodoviário

com o ônibus coletivo que saia de Piraquara, passava por Pinhais e finalizava em

Curitiba, cuja linha ficou conhecida como “ônibus do Bimba”. A empresa Expresso

Azul passou a fazer a mesma rota coletiva e outras novas e com horários

diferenciados a partir dos anos 60.

Segundo o historiador Aarão, em seu livro “Nos trilhos do tempo: História e

Memória de Pinhais” (2000), a região hoje conhecida como Pinhais tem a sua

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história bastante curta, pois o município se emancipou politicamente de Piraquara

em 1992, mas a ocupação de seu território remonta há vários séculos. Xavier

apresenta um estudo histórico desde as primeiras ocupações que consiste em

populações indígenas, por volta de 4 mil anos a.C. Passando pelo século XVII

quando da ocupação e colonização do Planalto Curitibano pelo homem branco e o

século XIX que foi onde ocorreu adensamento populacional de forma mais efetiva

deste município, por fim o final do século XX com a população já estimada em 120

mil habitantes. Pinhais se tornou município independente em 1992 e detém a

classificação de 14º município em arrecadação e o 5º maior em nível de Região

Metropolitana do Estado do Paraná.

Curiosidade:

A estação era um dos locais de maior concentração dos jovens. Ali a juventude se reunia para ver os

trens e recepcionar as pessoas que desembarcavam. Esse ato, quase cotidiano, transformava-se

num divertido passeio, no qual o trem acabava passando do papel principal ao de coadjuvante, num

acontecimento em que a intenção primeira era a prática do flerte.

Flerte era a expressão de uma nova sociabilidade e de uma nova forma de enamoramento,

característicos das primeiras décadas do século XX. A Estação e o campo de futebol configuravam-

se como ambientes característicos da passagem daquela antiga prática de namoro o flerte.(Nos

Trilhos do Tempo, p. 54,55).

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SUGESTÕES DE ATIVIDADES – I

Sugestões para o professor:

1 – Pedir aos alunos nesta primeira etapa,que pesquisem em seu bairro,

moradores que trabalhou na construção da Estrada de Ferro Curitiba/Paranaguá e

principalmente no trecho de Pinhais.

2 – Após a primeira etapa, peça-lhe que faça uma entrevista com o

acompanhamento do professor e de preferência com um roteiro de perguntas tais

como:

a. Quantos anos você tem?

b. Quanto tempo mora em Pinhais?

c. O que fez essa família ou alguém da família ter vindo para Pinhais?

d. É casado?

e. Tem filhos?Netos? Quantos?

f. Trabalhou ou trabalha na Ferrovia?

g. Caso a resposta anterior for positiva, quanto tempo trabalhou? Ou Quanto

tempo trabalha?

h. Peça para a pessoa narrar à história dela.

i. Se possível peça a esta pessoa que venha a escola e conte sua história de

vida para os outros alunos também.

- Você professor poderá acrescentar ou retirar algumas perguntas pertinentes

ao tema.

- Após a pesquisa, fazer uma categorização das respostas e exponha aos

demais alunos e se possível fixar em edital.

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SUGESTÕES DE ATIVIDADES – II

POESIA

Lembranças do Trem Noturno Rio Doce

Foi um trem que passou em minha vida,

Como um rio suave que passa.

Marcou sua doce presença,

Embalando-me em meus sonhos de criança!

Foi um trem que passou, como as águas na ribeira de um rio.

Foi um trem que deixou saudade, para sempre impressa

Em meu coração, numa terna lembrança!

Como o rio que calmamente vai passando,

Assim foi este trem passando pela minha vida,

Sem que disso eu me apercebesse,

Ele passava com sua doce poesia e sua história ia registrando.

Assim passou o último trem noturno Rio Doce

E o que hoje dele restou, é uma eterna lembrança

De meus tenros dias de criança, dos sonhos dourados que ele me trouxe!

Autor:Hélio dos Santos Pessoa Júnior

11/08/2008

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Sugestões para o professor:

1 Solicitar aos alunos que pesquisem sobre o autor da poesia através

do www.amantesdaferrovia.com.br , e narre em seu caderno o que

encontrou, procurando responder as seguintes perguntas:

a) Quem, e de onde é o autor da poesia “Lembranças do Trem

Noturno Rio Doce”?

b) Em que contexto histórico essa poesia foi criada?

c) Quando foi escrita?

d) Por que foi escrita?

e) Para quem foi escrita?

f) Onde foi escrita

g) Quem são os sujeitos retratados na poesia?

h) Qual a relação desta poesia com presente histórico?

i) Qual a relação da poesia com o seu cotidiano?

2 Identifiquem na poesia palavras que esteja relacionada com o trem

que passa em frente a sua escola todos os dias.

3 Em dupla crie um texto ou poesia sobre o Trem de Ferro

Curitiba/Paranaguá, citando Pinhais.

4 Faça um exercício narrando tudo que aprendeu até aqui sobre Estrada

de Trem de Ferro.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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BARCA,Isabel.Educação Histórica: Uma nova área de investigação. Revista Faculdade de Letras.História, Porto, III série,vol. II, 2001, pp 013-021.

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FARIA,Wilson de. Mapas Conceituais: Aplicações ao ensino, currículo e avaliação. São Paulo: EPU - Temas Básicos de educação e ensino, 1995.

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HABITZREUTER, Rubens.R. A conquista da Serra do Mar. Curitiba: Pinha, 2000.

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RÜSEN, Jörn. Razão Histórica. Teoria da historia: os fundamentos da ciência histórica. Trad. De Estevão de Resende Martins. Brasília: Universidade de Brasília, 2001.

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STEIN, Maria de Lourdes Tomio, Normas para Elaboração de Projetos de Pesquisa e Trabalhos Acadêmico-Científicos, Faculdades Integradas do Brasil – Unibrasil, Curitiba,2008.