O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

1

Caros (as) colegas professores (as)!

Inicio uma abordagem pedagógica para o ensino da leitura literária proposta nas

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná sobre a Estética da Recepção e do Efeito. Na

Unidade 1, divulgo os resultados da pesquisa realizada no colégio Estadual Professor

Brasílio Vicente de Castro com 121 alunos dos 3ºs anos do Ensino Médio, o conceito de

Literatura, a literatura na era da internet; na Unidade 2 apresento proposta interdisciplinar

entre as disciplinas de Língua Portuguesa, História e Geografia; A Unidade 3 são atitudes de

mudança no ambiente escolar e atividades com os alunos. Na Unidade 4, através de um

trabalho de interdisciplinaridade com Artes, serão realizadas oficinas com a comunidade na

escola. Um grupo de estudos com os professores está desenvolvido na Unidade 5.

A implementação desse trabalho é formada por um conjunto de procedimentos que

propõe possibilidades e práticas com base nos registros de vivência dos alunos e a sua

interação com outros indivíduos, que segundo Vygotsky, o aprendizado passa de uma zona

real (o já aprendido) a uma zona proximal (o que ainda vai se aprender). Esse programa

contém atividades informativas e constativas, como exercícios empíricos, confeccionar

bússola, pesquisas, montagem de maquetes, entre outros, visando fortalecer o conteúdo e

possibilitando troca de experiências. Também foi utilizado o mecanismo de correferenciação

textual (apresentar uma informação e referi-la novamente de outra maneira para fixar a

compreensão). Ainda, prioriza-se os meios digitais, pois trata-se de uma necessidade para a

inserção social. Assim, essa produção didática – pedagógica foi elaborada com cuidado,

privilegiando e destacando o horizonte de expectativas dos nossos alunos.

Vanderci Ribeiro

2

Apresentação....... ............................................................................................................1

Organização teórico-metodológica................................................................................ 3

Unidade 1......................................................................................................................... 4

1.1. Horizonte de expectativas: fase exploratória/gráficos ............................................... 5

1.2. Conceito de Literatura..............................................................................................11

1.3. Literatura na era da internet......................................................................................14

1.4. Encaminhamento Metodológico...............................................................................16

Unidade 2........................................................................................................................18

2.1. Interdisciplinaridade.................................................................................................19

2.2. Encaminhamento Metodológico...............................................................................19

Unidade 3........................................................................................................................36

3.1. Modificando o ambiente escolar...............................................................................37

3.2. Apostando na customização.....................................................................................38

3.3. O papel da sucata......................................................................................................38

3.4. Divulgação dos trabalhos.........................................................................................38

3.5. Encaminhamento Metodológico..............................................................................39

Unidade 4........................................................................................................................43

4.1. A comunidade na escola...........................................................................................44

4.2. Encaminhamento metodológico...............................................................................44

Unidade 5........................................................................................................................47

5.1. Grupo de professores................................................................................................48

5.2. Estratégias de leitura.................................................................................................50

5.3. Encaminhamento Metodológico...............................................................................50

6. Considerações finais..................................................................................................55

7. Referências.................................................................................................................56

3

Creio que esta proposta de ensino de Literatura trará subsídios e caminhos

alternativos aos professores, contribuindo ao desenvolvimento das capacidades leitoras e o

prazer de ler dos alunos. Estão sintonizados com as pesquisas mais recentes no âmbito da

teoria literária. A opção metodológica de ensino, seja ela qual for, deve estar

comprometida com a formação de leitores competentes para lidar com a complexidade do

mundo contemporâneo.

Apresento os resultados da investigação realizada com os alunos dos terceiros

anos do ensino Médio do Colégio Estadual Prof. Brasílio Vicente de Castro, cujo objetivo

era conhecer o horizonte de expectativa desses estudantes, com questões de múltipla

escolha e questões abertas em fevereiro de 2010, as quais eu mesma apliquei. Foram

entrevistados 121 alunos.

Observação: Alguns alunos, deixaram determinadas questões em branco, portanto em

certos casos, não chegamos a 100 %. Quando o número de questões em branco for

importante, será mencionado na análise.

Também chama a atenção o fato de que maioria dos estudantes marcou mais de uma

opção. Os resultados seguem na unidade 1.

4

As obras rompem fronteiras de seu tempo, vivem nos séculos, ou seja, na grande temporalidade, e, assim, não é raro que essa vida (o que sempre sucede com uma grande obra) seja mais intensa e

mais plena do que nos tempos de sua contemporaneidade. (Mikhail Bakhtin)

5

eguiu-se uma pesquisa com coleta de dados sobre leitura no Colégio Estadual Professor Brasílio Vicente de Castro com alunos dos terceiros anos do ensino médio com o objetivo de investigar o interesse e autonomia destes com a Obra Literária,

conforme abaixo:

Figura 1-320 x 214 - 11k - jpg - 1.bp.blogspot.com/.../s320/esquema1.jpg

1.1

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: PROFª. PDE: Vanderci Ribeiro NRE: Curitiba - PR PROFº. ORIENTADOR: Moacir Dalla Palma IES VINCULADA: FAFIPAR ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Profº Bra sílio Vicente de Castro PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: Ensino Médio: 3ºs anos. TÍTULO: Estética da Recepção e do Efeito: Referencial Teórico para um incentivo à leitura da Obra Literária.

Obs.:Número de alunos em vermelho

S

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1222

34

63

60

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89

99

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01) Assinale (X) a (s) alternativa (s) que condizem com a sua realidade pessoal e escolar:

Por que a necessidade de ler? (99) atualizar-se (60) lazer, entretenimento, prazer (89) aprendizagem (63) útil, indispensável, preciso (39) exercer nosso espírito crítico (34) saber onde vamos, de onde viemos (92) curiosidade, informação (22) conhecer melhor os outros (12) buscar um sentido na vida (12) compreender quem somos

2) Ler uma Obra Literária é muito interessante porque... (81) “Os caminhos do conhecimento não terminam no livro: eles começam por ele.” (24) “Um livro grosso é um tijolo que se transforma em nuvem.” (33) “Os livros são tesouros, que desembrulhamos na praia da ignorância.” (32) “A Literatura é um manual de sobrevivência em tempos difíceis.” (26) “As bibliotecárias são guardiãs de um templo, onde nossa memória se parece com um terreno baldio.”

7

54

54

17

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260

3) Quem é o (s) responsável (eis) em despertar o gosto e/ou hábito de ler obras literárias? (54) os pais (91) os professores (54) a mídia (30) os autores (17) as editoras (6) as autoridades educacionais

4) Quais os livros de sua preferência? (90) Igualitários (Best sellers). Ex.: Harry Potter, O Senhor dos Anéis... (49) Obras Literárias. Ex.: Dom Casmurro (M. Assis), O Ateneu (R. Pompéia)... (26)Auto-ajuda (aconselhamentos e/ou soluções para problemas amorosos, profissionais, sociais...

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5) Você não gosta de ler? Por quê? (31) não consegue se concentrar (8) não entende/compreende (36) tem preguiça, dá sono (8) porque tem que “prestar contas” da leitura: provas, ENEM, vestibular concursos, trabalhos... (13) cansa, páginas demais. (38) não tem tempo (20) tem vocabulário demais e às vezes precisa usar dicionário.

6) Os livros que lê, são: (89) biblioteca (82) emprestados de colegas (73) comprados (32) presenteados (5) xerocados (40) livrarias, sebos.

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0

7) Em que ambiente você lê? (45) ônibus (39) escola (17) trabalho (113) casa (5)viajando

8) Quantas Obras Literárias leu este ano? ZERO= 31 UMA= 7 DUAS= 10 TRÊS= - QUATRO= -

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8

7

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3 1 1

9) Antecipar a leitura de Obras Literárias no Ensino Fundamental é: (66) progressão (32) desafio

10) O que você pensa deste aconselhamento de Gustave Flaubert à sua amiga Louise Collet: “Leia para viver!” (42) aprendizado (16) conhecimento ( 8) sobrevivência ( 8) atualizar-se ( 7) informação ( 6) laser ( 3) cultura ( 3) vocabulário ( 3) progredir na vida ( 1) provas ( 1) emergências

11

1.2

O iniciado nos estudos literários deve ser conduzido primeiramente pelo conceito de literatura, aprofundando as hipóteses, multiplicando-as, confrontando-as, pois não é possível encontrar uma única definição absoluta. “Ler na literatura o que é literatura, mas nos intervalos das relações com aquilo que não é (elementos sociais, históricos, psicológicos), inclusive a literatura e as artes como matérias para a literatura. Neste movimento, desaparecem distinções possíveis entre leitura, ensino e crítica da literatura. É o domínio de leitor de intervalos.” (Barbosa, 1996, p.59)

Figura 2-579 x 266 - 21k - jpg - www.alb.com.br/.../image002.jpg

A literatura é a expressão máxima da cultura de um povo, e é através da língua que ela realiza-se. Daí a estreita relação entre língua, cultura e literatura. As mudanças culturais determinam mudanças literárias e vice-versa, numa constante interação. Se considerássemos a palavra LITERATURA com seu sentido original, latino, significando instrução, saber relativo à arte de escrever, poderíamos nos referir a qualquer texto literário. Mas há profundas diferenças entre um poema, um conto ou um romance quando comparados com outros textos como, por exemplo, uma notícia de jornal, um ensaio sobre cardiologia, um discurso político ou um livro sobre economia. A literatura procura retratar o homem e seu mundo,vale dizer: seu ambiente, suas alegrias, emoções, angústias e aspirações. Porém, ao transformá-los em linguagem, o escritor cria outra realidade, um universo autônomo, produto de sua criatividade, inventividade e fantasia. É por isso que ao nos referirmos a determinados textos literários denominamos de obras de ficção, do latim fictione, palavra que significa “ato ou efeito de fingir, simulação, coisa imaginária, fantasia, invenção, criação”. A linguagem literária é plurissignificativa: frases e parágrafos são portadores de uma multivalência semântica que contrasta com o sentido preciso e objetivo que caracteriza a linguagem científica. Da subversão da linguagem, que se manifesta também através de símbolos, comparações, metáforas, metonímias e outras figuras de linguagem, aliadas a recursos fônicos:

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onomatopéias, aliterações, inversões, repetições e demais recursos expressivos, que nasce a verdadeira obra de arte literária.

a) Por que se pode afirmar que existe estreita relação entre língua, cultura e literatura? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) Que elementos nos permitem diferenciar os textos de arte literária de outros textos? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ c) Dê duas características da linguagem literária. ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ DESCUIDO NA SEGURANÇA MATA OPERÁRIO Firmino Silva, pedreiro, 22 anos, casado, residente na RuaValparaíso, casa 2, em Caxias, faleceu ontem, às 12 horas, ao cair de um andaime de um prédio em construção na Rua Cupertino Durão, 238, Leblon. Técnicos do Serviço de Prevenção de Acidentes, do Ministério do Trabalho (...) Continuar a leitura em www.eduk.br,com.br/...artigo_conteudo.asp?Id=34

CONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃO Carlos Drummond de Andrade Um grito pula no ar como um foguete. (...) Continue a leitura em: GOOGLE: http://www janainakarina.blogspot.com/2009/04/construção–carlos-drummond-de-andrade Vocabulário: Andaime: Armação de madeira ou de metal, com estrado. Caliça: Pó ou fragmento de argamassa ressequida. Hirto: Teso, inteiriçado. Compreensão e interpretação textual: a) O que o primeiro texto possui em comum com o segundo?

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__________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) Se você tivesse que redigir uma notícia de jornal, escreveria que “um operário caiu” ou “um grito caiu”? Por quê? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________ c) Em “um grito pula no ar como um foguete”, utiliza-se a palavra grito em substituição a corpo, pois “grito”rompe o padrão normal de comunicação. Escolha mais dois exemplos em que ocorre essa ruptura com a linguagem usual: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ d) “O sol cai sobre as coisas em placa fervendo”. Observe que, se você olhasse para o alto, veria não só o corpo caindo, mas também receberia nos olhos a intensidade dos raios solares. Que palavras indicam a hora aproximada do acidente? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________ e) Que verso indica-nos a continuidade da vida? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ f) Há um contraste entre o trágico e o lírico, com a finalidade de realçar o que é triste e o que é alegre. Que verso por seu conteúdo lírico, contribui para esse contraste? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________ g) Por que em “E o vento brinca nos bigodes do construtor” percebemos uma crítica social? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ A aprendizagem depende da inteligência e da estimulação do imaginário do aluno, então as práticas docentes devem implicar nestas duas faculdades.

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1.3

A literatura tradicional é fascinante e insubstituível e o contato suave com a superfície lisa, a capa fosca ou brilhante, as folhas brancas encadernadas, a lombada, os marcadores, está sendo substituído pela vida literária alastrada na Web com imprevista desenvoltura, através de bases de dados e publicações eletrônicas, em constantes mutações e acréscimos, abarcando períodos históricos, gêneros, movimentos e escolas, além de espaços de produção, divulgação, intercâmbio entre outros. Estamos testemunhando uma rápida desfronteirização do campo literário. A Internet não está submetida a censura prévia (a não ser quanto a violação dos direitos autorais, etc), comporta qualquer tipo de literatura: alternativa. Nem tudo é confiável, muitas intenções são omitidas (neonazistas, racistas, fundamentalistas) disfarçadas na música e na literatura. Para se avaliar essas veiculações é preciso conhecimentos mais aprofundados sobre questões ideológicas, históricas, culturais, políticas, morais, estéticas, religiosas e assim por diante. Desde coleções de textos da era greco-romana a workshops virtuais. A poesia é o gênero literário de maior penetração na Web, aproximadamente quatro milhões de registros no Altavista, em vários idiomas. Os cinco poetas brasileiros com maior número de referências são: Vinícius de Moraes, 2254; Castro Alves, 2.001; Carlos Drummond de Andrade, 1.465; Mário de Andrade, 954 e Manuel Bandeira, 684. O tímido poeta pode colocar no ar seus versos, lado a lado com as homepagers de Prêmios Nobel e leitores participam da construção de romances e contos interativos. O baixo custo, a interatividade e o amplo alcance deste veículo, apresentam importante visitabilidade do público jovem que se adaptam ao perfil de recursos da linguagem html (hypertext markup language) de som, movimento e cores agregando valor estético aos textos estabelecendo um novo tipo de linguagem. É proposto uma arte para grupos, etnias, faixa etárias, opção sexual, classe social, etc. dentro de comunidades. “ler” é um ato solitário. Os jovens estão afastados dessa realidade e por isso pensa-se em atividades socializantes ao ato literário como desenvolver atividades com o protagonismo juvenil: envolvê-los com projetos de recuperação de bibliotecas, laboratórios de informática, salas de apoio dentre outros espaços escolares ou não; Sendo assim, a contribuição da rede mundial para a literatura é muito importante, na verdade, sua relevância está além do que possamos perceber, pois democratiza a possibilidade de escrever e principalmente ler livros, ajudando a divulgar o costume de ler entre as pessoas. Abaixo estão algumas indicações/sugestões de recursos didáticos com Literatura na Internet: Autora : Daniela Silva Evento: X ECEL – Encontro de ciência Empírica em Letras Título dos Anais do Evento: Avaliações e perspectivas: mapeando os estudos empíricos na área de humanas Data: 17 e 18 de setembro de 2009 Local: UFRJ – RJ Página: 26

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Resumo:

1. A HISTÓRIA DA LITERATURA COMO PROPOSTA AO ENSINO EM SALA DE AULA O professor de literatura no século XXI tem como um de seus desafios lidar com alunos que nasce(Ra)m em berço digital e com aqueles que tiveram de migrar para o universo de bits e bytes. Como tornar interessante o ensino de literatura em sala de aula nesse contexto? O presente trabalho, de caráter reflexivo e de orientação historiográfica, tem como objetivo apresentar uma prática nesse sentido. Trata-se da construção de uma metodologia, usando como metáfora o site de relacionamentos Orkut, em que é trabalhado o romance de José de Alencar, Iracema, e suas relações com a música popular brasileira. (...) 2. A LITERATURA COMO JOGOS Da Profª. Drª Vera Teixeira de Aguiar: site da Edipucs (digitar “edipucs” no Google, ir para publicações eletrônicas, depois, e-books e, em seguida, Ler e Brincar’. Aparecerão 3 jogos sensacionais para trabalhar literatura. Ritmos e gêneros de músicas são propostas nas atividades, permitindo assim que os usuários dos jogos tomem consciência dos significados e da qualidade dos poemas. Há também propostas de leitura literária com jogos de construção narrativa através da metalinguagem, enfatizando os elementos: tempo, espaço, personagem. http://www.edipucs.com.br

3. UMA PROPOSTA LÚDICA PARA O ENSINO DO ROMANTISMO NO BRASIL EM ESCOLAS DO ENSINO MÉDIO Elaine Cristina Casale Carmona: laininha.casale@terra.com.br http://www.omarqcfma.eolv.br http://www.tama.com.br Entrar em Google: http://www.secondlife.com 4. ARTE ELETRÔNICA Poema Arquipélago: http://www.mauropaz.com.br/arteeletronica

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1.4

Assistir ao filme ““““Coração de tCoração de tCoração de tCoração de tiiiinta” nta” nta” nta” – O Livro Mágico Informações Técnicas: Título no Brasil: Coração de Tinta Título Original: Inkheart País de Origem: Alemanha / Reino Unido / EUA Gênero: Aventura Classificação etária: Livre Tempo de Duração: 105 minutos Ano de Lançamento: 2009 Estréia no Brasil: 25/12/2008 Site Oficial: http://www.inkheartmovie.com Estúdio/Distrib.: PlayArte Direção: Iain Softley

Meggie trocaria sua vida chata pelas aventuras que lê nos livros. Seu pai Mo, com quem mora sozinha depois do desaparecimento de sua mãe, esconde um estranho segredo - ele é capaz de trazer os personagens dos livros à vida quando lê seus trechos em voz alta. Esta habilidade pode ter relação com o sumiço da mãe de Meggie... (saiba mais assistindo ao vídeo). Fazer reflexões e debate, acerca do conteúdo do filme e a literatura.

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A troca de informações gerada pelo questionamento dos assuntos tratados no filme ajudará o aluno a desenvolver a competência leitora em níveis crescente de complexidade. Para a busca de significado, é primordial propiciar diferentes situações para o desenvolvimento da linguagem escrita como produzir um texto opinativo, individual ou em duplas, sobre o assunto tratado no filme. Pode-se também solicitar a escrita do discurso direto, obedecendo a pontuação correta, que aparece num momento da narrativa, ou ainda, descrever personagens da história a que se assistiu.

Para as séries mais avançadas, pode-se propor a escrita, individual ou em duplas, da história sob o ponto de vista de um dos personagens. Nas séries iniciais, pode-se pedir a descrição da personagem principal da história, listar os nomes das personagens, ou ainda escrever o trecho mais significativo da história. Antes de qualquer situação de escrita, elencar com a turma as diferentes leituras que surgirão após a apresentação do filme, o papel de cada personagem, a função dos ruídos utilizados como recursos no filme, o lugar onde aconteceu a narrativa.

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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São tantas lutas inglórias São histórias que a história

Qualquer dia contará De obscuros personagens

As passagens, as coragens (...)

Explorados e oprimidos Que tentam encontrar a solução.

Leia e aprecie a letra da música integral em: Luiz Gonzaga Jr.: Pequena memória

Para um tempo sem memória

(A legião dos esquecidos)

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2.1

s Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer CEB/CNB no. 15/98, instituídas pela Resolução nº. 4/98, entre outras disposições, determinam que os currículos se organizem em áreas – “a

base nacional comum dos currículos do ensino médio será organizada em áreas de conhecimento” – estruturadas pelos princípios pedagógicos da interdisciplinaridade, da contextualização, da identidade, da diversidade e autonomia, redefinindo, de modo radical, a forma como têm sido realizadas a seleção e organização de conteúdos e a definição de metodologias nas escolas em nosso país. Foram organizadas e propostas três áreas curriculares: Linguagens e Códigos e suas tecnologias, Ciências da Natureza e Matemática e suas tecnologias e Ciências Humanas, Filosofia e suas tecnologias. Entre os princípios pedagógicos que estruturam as áreas de conhecimento destaca-se como eixo articulador, a interdisplinaridade. “Do ponto de vista epistemológico, consiste no método de pesquisa e de ensino voltado para a interação em uma disciplina, de duas ou mais disciplinas, num processo que pode ir da simples comunicação de idéias até a integração recíproca de finalidades, objetivos, conceitos, conteúdos, terminologia, metodologia, procedimentos, dados e formas de organizá-los e sistematizá-los no processo de elaboração do conhecimento.” Dra. Francisca S. Gonçalves - USP

2.2

Do outro lado tem segredos e O soldado que não eraDo outro lado tem segredos e O soldado que não eraDo outro lado tem segredos e O soldado que não eraDo outro lado tem segredos e O soldado que não era

“O Soldado que não era” de Joel Rufino dos Santos, aborda temas como o patriotismo e o nacionalismo através de assuntos explorados como: Independência do Brasil, lutas do povo brasileiro, o papel da mulher e assim por diante. Pretende-se utilizar outras linguagens artísticas: cinema, pintura, dança e música que possuam articulação com a obra. O objetivo é transcender o ato da leitura, motivando para a escrita.

A

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É necessário a antecipação dos assuntos abordados no livro, seus indicadores, como: informações presentes na capa, título da obra ou capítulos, ilustrações. Esses aspectos auxiliam a construção de sentidos do texto pelo leitor.

Apresentar o autor lendo uma breve biografia: Joel Rufino dos Santos, nasceu no Rio de Janeiro. Foi preso político durante a Ditadura Militar, entre 1972 e 1974. Uma parte de seus ancestrais veio da Etiópia (África), outra de Portugal (Europa) também de Angola (não confirmado). Como seus pais são pernambucanos, provavelmente descendeu de caetés e tupinambás. Foi professor de cursinhos preparatórios para o vestibular, foi exilado na Bolívia (1964) e no Chile (1964-65). Historiador e atualmente na área literária como professor de literatura Brasileira na UFRJ. Publicou diversos livros: Quem fez a República, O dia em que o povo ganhou, História política do futebol brasileiro e Zumbi (ensaios de História), Abolição, dentre outros.

• Então os estudantes farão a leitura global do texto; enquanto isso pondera-se os recursos expressivos utilizados pelo autor;

• Após esse momento apresenta-se os elementos do texto narrativo: personagem, ambiente, tempo, narrador, discursos Direto e Indireto;

• Para ampliar os significados de nacionalismo e patriotismo, solicitar aos alunos consultas ao dicionário;

• Ler o poema “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias (Observando o exílio do autor da obra Joel Rufino dos santos) revendo os temas: nacionalismo e patriotismo. Rever os fragmentos do Hino Nacional Brasileiro contidos no poema.

• Conforme o projeto de lei 4627/09, que prevê a execução do Hino Nacional Brasileiro, uma vez por semana nas escolas públicas e particulares de Ensinos Médio e fundamental de todo território nacional, despertemos também o civismo dos alunos com fragmentos e recortes sobre a história do hino:

Desde o descobrimento, o Brasil demorou mais de 300 anos para ter um hino. Em 1831, Francisco Manoel da Silva compôs a melodia. A letra veio 91 anos mais tarde. Após várias opções não terem sido aprovadas pelos portugueses; em 1922, o presidente Epitácio pessoa declarou o texto de Osório Duque Estrada como letra oficial do hino nacional brasileiro. O canto do hino logo de manhã é um gesto que reforça o espírito de grupo e o sentimento de nação indispensável para o Brasil; país de muitas raças. O hino é uma forma de unificação da pátria, como símbolo da nação, e não do estado ou governo; é uma referência coletiva da expressão da identidade nacional, constituindo um sensível ponto de contato entre cidadãos de diferentes regiões, grupos sociais, etnias, gêneros e idades proporcionando uma inclusão cívica.

• Explicitar os níveis da linguagem: chulo, descontraído e clássico na Variação

Linguística sociocultural: gírias, jargões, os sistemas de comunicação oral: anedotas, provérbios dentre outros.

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Canção do Exílio Gonçalves Dias

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar –sozinho, à noite– Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. Dias, Antônio Gonçalves. Poesias Completas. São Paulo, Saraiva, 1957. P.83-4.

Leitura literária através da sonoridade na poesia:

a) Os alunos farão a leitura do poema em diferentes ritmos. Exemplo: • Normal: VVVVVVVVVVVVVVVV • Muito rápido: Vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv • Rápido: VvVvVvVvVvVvVvVvVvV • Lento: V V V V V V V

b) Os alunos farão a leitura do poema empregando várias emoções: rindo, chorando, sussurrando, gritando, assustados, e assim por diante.

c) Os alunos farão a leitura do poema com ritmos de músicas diferentes: rock, sertanejo, bolero, rap, etc.

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RETOMANDO: “a Literatura como jogos” da profª. Drª Vera Teixeira de Aguiar: EDIPUCS/Publicações Eletrônicas/ e-books/Ler e Brincar.

• ouvir a música “Maria, Maria” de Milton Nascimento e fazer um paralelo com a

obra lida: Maria, MariaMaria, MariaMaria, MariaMaria, Maria Milton Nascimento

Composição: Milton Nascimento e Fernando Brant Maria, Maria É um dom, uma certa magia Uma força que nos alerta Uma mulher que merece Viver e amar Como outra qualquer do planeta Maria, Maria É o som, é a cor, é o suor É a dose mais forte e lenta De uma gente que ri Quando deve chorar E não vive, apenas aguenta (...) Veja a letra com áudio em Google: Maria, Maria Milton Nascimento (letra e vídeo). http://www.letrasterra.com.br/milton-nascimento/474

• Estimulando o desejo de leitura literária e com a finalidade de ampliar o horizonte de expectativas dos alunos fazer a contação do conto História Porto-alegrense, encaminhando-os para a literatura adulta;

História portoHistória portoHistória portoHistória porto----alegrensealegrensealegrensealegrense Moacyr Scliar

Não penses que eu estou reclamando, não. Estou só contando a verdade e contar a verdade não pode fazer mal a ninguém. E a verdade é que a porto-alegrense sou eu; o orgulhoso és tu, mas a porto-alegrense sou eu. Eu já morava nesta cidade quando tu apareceste, o altivo filho de um fazendeiro da fronteira. Faz tempo isto, não é? Petrópolis nem existia, Três Figueiras era mato. Os bondes eram poucos... - Te lembras dos bondes? Bem. Eu era a modesta caixeirinha de um armarinho da Cidade Baixa. Tu, o garboso estudante que varava as madrugadas no Café Central ou no Alto da Bronze, declamando em voz alta os teus poemas. Tu eras o rapaz rico que vinha à loja onde eu trabalhava, trazendo imensos buquês de rosas.

Foi um escândalo, te lembras? O que se cochichava na Rua da Praia! É que desfilavas de braços comigo, desde a Praça da Alfândega até a Igreja da Conceição. Eu nem gostava desses passeios, mas tu ias de cabeça alta, desafiador - enquanto as senhoras e os cavalheiros nos olhavam, escandalizados. Se escandalizavam? Foste

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mais longe: alugaste para mim uma casa no Menino Deus. E que casa! O antigo palacete de um barão, situado no meio de um verdadeiro parque, com árvores, e estátuas, e um lago com peixinhos vermelhos. Instalaste-me ali porque eu era, dizias, a tua rainha; e de fato, como rainha eu vivia, com criados à disposição e até um carro - um dos primeiros automóveis de Porto Alegre, te lembras? - Um Edsel. Teu pai pagava tudo. Teu pai, o rico fazendeiro, achava que o filho tinha direitos de macho, não importava o que dissessem. Ou o que custasse. Pagava tudo.

E eu? Bem, eu gostava de ti. Gostava mesmo. Por tua causa, saí da casa de meus pais, na Cidade Baixa, e fui morar no palacete como uma cortesã. Mas eu gostava de ti, esta era a verdade.

(...) Continuar leitura em GOOGLE www.quemtemsedevenha.com.br/historia_portoalegrense.htm

• Debater as questões estudadas, observando as diferentes opiniões acerca desses assuntos e produzir outro texto verbal: Um Storyboard:

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4. TORYBOARD É um projeto de uma sequência de cenas cinematográficas muito utilizado na publicidade, animação e em cinema em geral. À primeira vista um storyboard parece uma história em quadrinhos. Apesar de o storyboard não ser uma HQ propriamente dita, por não possuir balões nem se destinar à reprodução, reserva as características de divisão de ação em quadros.Todo filme, seja ele feito para um comercial de TV, uma novela, série de TV ou mesmo um filme longa metragem tem em comum entre si que antes de ser finalizado é antes visualizado por uma sequência de quadrinhos, muito parecida com as histórias em quadrinhos, e essa sequência é o que chamamos de Storyboard.

Um Storyboard tem como finalidade marcar as principais passagens de uma história que será contada em um filme da forma mais próxima com a qual ela deverá aparecer na tela. Depois de finalizado as pessoas envolvidas no projeto percebem as nuances de sequência, ritmo das cenas, clima e a eficácia em trasmitir a história.A semelhança com os quadrinhos se faz pelo fato de o storyboard também ter uma história sendo contada através de uma sequência de quadros e pelo fato de também se utilizar de recursos como ângulos e técnicas de composição de uma cena. No entanto, o desenho de um storyboard está mais assemelhado a uma pintura em estilo impressionista, do que os estilos marcados a nankin, comuns nas histórias em quadrinhos.Isso se deve também ao fato de que a imagem de um storyboard precisa transmitir uma impressão mais fiel de uma imagem real, sem, no entanto, determinar muitos detalhes, que no momento em que o storyboard é feito seria de menor importância, sendo mais importante transmitir a sequência e clima de uma cena.

Em todo o mercado audiovisual, o storyboard é utilizado, seja para um desenho animado, ou para uma superprodução cinematográfica, o recurso do storyboard é uma maneira relativamente, fácil, simples e barata de um diretor ter uma ideia de como um filme virá a ser.

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Vem aí: O Ateneu em quadrinhos

Por encomenda da editora Escala Educacional, o roteirista Ronaldo Antonelli e o artista Bira Dantas estão adaptando a obra de Raul Pompéia para a coleção Literatura Brasileira em

Quadrinhos.

Caro professor, solicitar que durante a leitura, os alunos registrem as dúvidas que surgirem em relação aos fatos históricos tratados no enredo.

• Retomar juntamente com os estudantes, uma retrospectiva desses fatos históricos; • A Independência do Brasil foi feita apenas com um grito de D. Pedro I? Mostrar

aos alunos que o Brasil tem duas datas de independência: 7 de setembro e 2 de julho, comemorado festivamente ainda hoje na Bahia;

• Pesquisar: Quando surgiu o sentimento de nacionalidade e a partir de quando começa o vínculo entre estado e indivíduo;

• Outras mulheres, em várias épocas, lutaram pelos seus direitos. Os alunos deverão pesquisar quais foram essas mulheres, que avanços conseguiram, apresentando oralmente para a classe os resultados;

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• Analisar a atitude do pai de Quitéria que não a perdoou; • Discutir com os alunos sobre a participação popular no processo de independência

do Brasil. Será preciso uma orientação prévia com as seguintes informações: a) Quais grupos sociais se beneficiaram com a independência? b) O fato sucedido com Maria Quitéria na Bahia colaborou para a independência no

Brasil. Quais outros movimentos colaboraram com esse acontecimento? c) Após a Independência em 1822, que mudanças econômicas, sociais e políticas

ocorreram?

Professora, comente em linhas gerais o assunto da obra, solicitando que os alunos se orientem pelo mapa que está localizado no final do livro para que saibam onde ocorrem as aventuras narradas.

• “ os portugueses morriam de medo principalmente de uma coisa: dos despachos que os negros armavam nas esquinas”. Pergunte aos alunos o que sabem sobre um despacho. Levantem outras tradições, superstições, mitos de origem africana e outras regiões do Brasil.

• Assistir Um certo Capitão Rodrigo (1972). Direção: Anselmo Duarte. O filme é baseado na trilogia de Érico Veríssimo O tempo e o vento. Retrata a história do interior do Rio Grande do Sul durante a Revolução Farroupilha. Analisar qual articulação do filme com a obra lida.

• Enlace Afro- Brasileiro: Capoeira - Origem africana, desenvolvimento brasileiro. Quase tudo que se refere a capoeira: nome e origem é ambíguo e controvertido, porém fico com a pesquisa do estudioso Miranda:

A capoeira surgiu no Brasil com os africanos escravizados. Os negros fugidos passavam a viver em capões ou capoeiras de mato nas vizinhanças das povoações. Implacavelmente perseguidos e caçados pelos capitães do mato, astutos e muitas vezes antigos escravos, os negros fugidos ou quilombolas, como eram chamados, desenvolveram uma forma de luta e defesa pessoal baseada na agilidade e na surpresa e que recebeu o nome de capoeira. Geralmente de pouca força física decorrente da má alimentação, os quilombolas procuravam não ser agarrados pelos adversários, desferindo a maior parte dos seus golpes com pernas e pés, utilizando as mãos para o apoio no chão. (Miranda 1993, p.179)

(Reginaldo Moreira de Miranda. Luta de capoeira – uma tradição a se preservar. Revista Tema. 1993, p.179).

Convidar o grupo de capoeira do bairro/comunidade onde está localizada a escola, para uma apresentação aos alunos.

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• Ler para a classe A menina dos brincos de ouro, conto popular na Bahia e

Maranhão, trazido pelos escravos africanos. Confeccionar um surrão/bordão, pedindo aos alunos que escrevam suas tristezas, mágoas e coloquem dentro do bordão, depois eles mesmos decidirão o que fazer com o surrão.

A menina dos brincos de ouroA menina dos brincos de ouroA menina dos brincos de ouroA menina dos brincos de ouro Uma mãe, que era muito má e severa com os filhos, deu de presente a sua filhinha um par

de brincos de ouro. Quando a menina ia à fonte buscar água e tomar banho, costumava

tirar os brincos e colocá-los em cima de uma pedra. Um dia ela foi à fonte, tomou banho,

encheu o pote e voltou para casa, esquecendo-se dos brincos. Chegando, deu por falta

deles e com medo da mãe brigar e castigá-la correu à fonte para buscá-los. Chegando lá,

encontrou um velho muito feio que a agarrou, botou-as nas costas e a levou consigo. O

velho pegou a menina, meteu-a dentro de um surrão (saco de couro), costurou o surrão e

disse à menina que ia sair com ela de porta em porta para ganhar a vida e quando ele

ordenasse, ela devia cantar dentro do surrão senão ele bateria nela com o bordão (cajado). Em todo lugar que chegava, botava o surrão no chão e dizia:

Canta, canta meu surrão,

Senão te bato com este bordão.

E o surrão cantava:

Neste surrão me puseram,

Neste surrão hei de morrer,

Por causa de uns brincos de ouro

Que na fonte eu deixei.

Todo mundo ficava admirado e dava dinheiro ao velho.

Quando foi um dia, ele chegou à casa da mãe da menina que reconheceu logo a voz da

filha. Então convidaram -no para comer e beber e, como já era tarde, insistiram muito com

ele para dormir.

De noite, já bêbado, ele ferrou num sono muito pesado (...)

Continue a leitura em http://www.sitededicas.uol.com.br/cfab

• Pesquisar no Laboratório de Informática alguns contos folclóricos da África: os

alunos também farão as leituras oralmente.

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A tartaruga e os lagartos A lagartixa mostra para a tartaruga uma caverna escondida cheia de inhame, mas a tartaruga fica gananciosa.

Como a tartaruga ficou careca A tartaruga costumava ter cabelos, mas perdeu tudo por sua própria ganância.

A tartaruga e a sopa de medicina A tartaruga pede ajuda do homem do remédio para sua esposa. Mas a ganância se transforma em tragédia.

A criação do mundo: Um mito iorubá

O mito de como o mundo foi criado de acordo com os iorubás da África Ocidental

A tartaruga e o tambor A tartaruga recebe um tambor especial da terra dos espíritos.

A tartaruga, o cão e o fazendeiro Outro exemplo da tartaruga exibindo sua ganância e se meter em encrencas por isso.

O Herdeiro Perdido Um rei morre sem um herdeiro. Mas existe um herdeiro em algum lugar nas profundezas da floresta.

Os três irmãos e o pote de mingau Três irmãos viajam passar a noite na velha cabana de uma mulher, mas um deles rouba o seu mingau

Como a zebra ganhou suas listras Esta história conta como a zebra tem suas listras.

Kiigbo Kiigba e os espíritos. Um homem teimoso desobedece a lei e não fica em casa quando os espíritos

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estão fora.

Oluronbi Um conto popular sobre um jovem e uma promessa tola

Kweku Ananse supera a si mesmo Kweku Ananse ganancioso perde um prazo para ganhar mais.

A tartaruga e a princesa que nunca fala

O rei prometeu metade de seu reino a quem poderia fazer a sua filha falar.

O filho dos agricultores se torna um caçador

Um fazendeiro e sua esposa estão consternados quando seu filho decide se tornar um caçador.

Google: http://www.alfalktales.com/

“DO OUTRO LADO TEM SEGREDOS”“DO OUTRO LADO TEM SEGREDOS”“DO OUTRO LADO TEM SEGREDOS”“DO OUTRO LADO TEM SEGREDOS” Do outro lado tem segredos” de Ana Maria Machado, tem o propósito de mostrar como a coletividade negra foi verificando os laços com o passado, compreendendo suas raízes e informações sobre o aprisionamento e escravização dos negros africanos, o papel do Líder Zumbi, dentre outros fatos históricos; assim a realidade e a tradição rumam para autonomia artística e valorização estética.

2.2

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É necessário a antecipação dos assuntos abordados no livro, seus indicadores, como: informações presentes na capa, título da obra ou capítulos, ilustrações. Esses aspectos auxiliam a construção de sentidos do texto pelo leitor.

Apresentar a autora lendo uma breve biografia: Ana Maria Machado nasceu no Rio de Janeiro em 24 de dezembro de

1941 é jornalista, professora, pintora e escritora. Formada em Letras, lecionou na UFRJ e PUC-RJ. Como jornalista, trabalhou por mais de dez anos na Rádio Jornal do Brasil. Foi uma das fundadoras, em 1980, da primeira livraria infantil no Brasil. Nessa década ela publicou mais de quarenta livros, e em 1981 recebeu o Prêmio Casa de Las Américas com o livro De Olho nas penas. O reconhecimento mundial das obras de Ana Maria Machado aconteceu em 2000, quando recebeu o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio de literatura infantil. É a sexta ocupante da cadeira 1 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é o poeta Adelino Fontoura.

Algumas de suas obras:

De olho nas penas, Raul da ferrugem azul, Do outro mundo, O canto da praça, Bem do seu tamanho, Tudo ao mesmo tempo agora, O que É?, dandinha danada, Abrindo caminho, Alguns medos e Seus segredos, Era uma vez três, O gato do mato e o cachorro do morro, A Jararaca, a Perereca e a Tiririca, Menina Bonita do Laço de fita, Aos Quatro Ventos, romance, 1993, A Audácia dessa Mulher, romance, 1999, Para sempre, romance, 2001, Recado do Nome, tese de doutorado, 1976, texturas – sobre Leituras e Escritos, coletanea de artigos, 2001, tropical Sol da Liberdade, romance, 1988

• Resumir para os alunos A Escrava Isaura de Bernardo Guimarães apresentando diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões, percebendo o estilo de cada época, considerando recursos próprios da linguagem literária.

O romance A Escrava Isaura, escrito em 1875 foi um grande sucesso editorial e permitiu que Bernardo Guimarães se tornasse um dos mais populares romancistas de sua época no Brasil.

A história se passa nos "primeiros anos do reinado de D. Pedro II", inicialmente em uma fazenda em Campos dos Goitacazes (RJ). Isaura, escrava branca e bem-educada, é assediada pelo seu senhor, Leôncio, recém-casado com Malvina. Isaura se recusa a ceder aos apelos de Leôncio, como já fizera, no passado, sua mãe, que, por ter repelido o pai de Leôncio, fora submetida a um tratamento tão cruel que, em pouco tempo, morrera. Para forçá-la a ceder, Leôncio manda a moça para a senzala, trabalhar com as outras escravas. Sempre resignada, suporta passivamente o seu destino, porém, não cede a Leôncio, afirmando que ele, como proprietário, era senhor de seu corpo, mas não de seu coração. Leôncio, enfurecido, ameaça colocá-la no tronco. No entanto, seu pai, ex-feitor da fazenda, consegue tirá-la de lá e foge com ela para Recife (PE). Lá, Isaura usa o nome de Elvira e vive fechada numa pequena casa com seu pai.

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Então, conhece Álvaro, por quem se apaixona e é correspondida. Vai a um baile com ele, onde é desmascarada e reconhecida. Álvaro, não se importa com o fato de ela ser uma escrava e resolve impedir que Leôncio a leve de volta, inclusive tentando comprá-la. Mas não consegue convencer o vilão, que leva Isaura de volta ao cativeiro na fazenda. Leôncio está falido e, com o objetivo de conseguir um empréstimo do pai de Malvina, se reconcilia com a mulher, dizendo-lhe que Isaura é quem o assediava. Então para puni-la, Leôncio manda que ela se case com Belchior, jardineiro da fazenda.

Álvaro descobre a falência de Leôncio e compra a dívida dos seus credores, tornando-se proprietário de todos os seus bens, inclusive dos escravos. No dia do casamento de Isaura, antes que se celebrasse a cerimônia, Álvaro aparece e reclama seus direitos a Leôncio. Vendo-se derrotado e na miséria, Leôncio suicida-se. Tudo termina com a punição dos culpados e o triunfo dos justos.

• Levar os alunos ao laboratório de informática e, acessar no GOOGLE,

pinturas de Debret para que apreciem outras linguagens artísticas. A seguir fazer a seguinte dinâmica:

1. Separá-los em filas e/ou grupos e com faixas de gaze: 1. A primeira equipe terá os olhos vendados; 2. A segunda terá as bocas emudecidas; 3. A terceira as mãos amarradas; 4. A quarta os pés amarrados; 5. A quinta com tampões nos ouvidos.

Após (aproximadamente 10 minutos) os alunos então descreverão coletivamente (por escrito) suas sensações, numa comparação com alguns dos castigos que os escravos foram submetidos.

• Ler e analisar “A Última crônica“ de Fernando Sabino para que os alunos possam perceber a realidade retratada na sociedade, através da produção Literária e sua representação humana ao longo da história.

A Última CrônicaA Última CrônicaA Última CrônicaA Última Crônica Fernando Sabino A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto

ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. (Sabino 1965, p.174-6)

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(...) Ler: “A Última Crônica de Fernando Sabino” SABINO, Fernando. A companheira de viagem. Rio de Janeiro, Ed. Do Autor, 1965. P. 174-6.

“A Última Crônica”: Compreensão e Interpretação Textual:

1. Assinale a alternativa correta sobre o emprego do hífen no 3º parágrafo: ( ) utilização de um recurso gráfico-visual ( ) a fala das personagens ( ) em substituição à virgula

2. O usos das Aspas no 6º parágrafo indica: ( ) palavra de origem estrangeira ou gíria ( ) o destaque das palavras na frase ( ) a fala das personagens

3. Marque a alternativa em que as palavras são acentuadas pelo mesmo motivo: ÊXITO, CONVIVÊNCIA, PORÉM. ( ) mármore, paciência, além ( ) paciência, além , mármore ( ) além, paciência, mármore

4. Qual (ais) das passagens abaixo o autor usou Linguagem Figurada? ( ) “O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração”. ( ) “ Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.” ( ) “A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente.”

5. A palavra ACIDENTAL é: ( ) sufixo ( ) prefixo

6. “Por que não começa a comer?” Justifique o uso do porquê:

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7. Temos nessa crônica: ( ) um narrador observador ( ) um narrador- personagem

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8. Podemos afirmar que a” Última Crônica”:

( ) apresenta uma crítica social ( ) desperta sobretudo emoção ( ) caracteriza-se pelo humor

9. Qual perspectiva assusta o cronista? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________

10. Onde o cronista procura assuntos que mereçam uma crônica? ______________________________________________________________________________________________________________________________________

Produção de texto: Você deve ter notado que o narrador não apresenta apenas um fato ocasional em linguagem jornalística. Ele usa uma situação concreta para transmitir uma profunda mensagem humana. Agora, escreva a sua crônica e tente chegar a um desfecho de impacto. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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• Perceba diferentes estilos e aumente o horizonte de expectativa, estabelecendo relações entre as obras/produções de diferentes épocas com o contexto histórico atual: Haiti Caetano Veloso Quando você for convidado pra subir no adro Da Fundação casa de Jorge Amado Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos Dando porrada na nuca de malandros pretos De ladrões mulatos e outros quase brancos Tratados como pretos Só para mostrar aos outros quase pretos (E são quase todos pretos) E aos quase brancos pobres como pretos Como é que pretos, pobres e mulatos E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados E não importa se os olhos do mundo inteiro Possam estar por um momento voltados para o largo Onde os escravos eram castigados E hoje um batuque um batuque (...) Composição: Caetano Veloso e Gilberto Gil Veja e letra com áudio em: Google: Haiti – Caetano Veloso (letra e vídeo) http://www.letrasterra.com.br/caetanoveloso/44730/ Faça uma análise com os alunos explicitando a letra da música.

Caro professor, solicitar que durante a leitura, os alunos registrem as dúvidas que surgirem em relação aos fatos históricos tratados no enredo.

• Retomar juntamente com os estudantes, uma retrospectiva desses fatos históricos; • As Leis abolicionistas: Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários, Lei Áurea; As

Fugas e os quilombos dos últimos anos da escravidão no Brasil; • Assistir ao curta- metragem: Nego fugido O filme Nego Fugido (Claudio Marques e

Marília Hughes, Salvador, 2009) que levou o prêmio de melhor curta brasileiro do Seminário de Cinema, realizado em Salvador na semana de 27 de julho a 10 de agosto.

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Sinopse: Dois jovens vão à pequena cidade de Acupe, no Recôncavo Baiano, para participar da celebração do Nego Fugido, festa típica da região. Mas uma série de imprevistos espera por eles.

a) Gostou do vídeo? Por quê?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Observe as cenas, o que elas lembram? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) Em que tempo (época) ocorrem os fatos? ________________________________________________________________

d) Relate uma curiosidade (algo que lhe chamou a atenção). ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Professora, comente em linhas gerais o assunto da obra e, vamos remeter o conteúdo Bússola /Rosa – dos – ventos, símbolo da nossa escola, presente no uniforme, na decoração de ambientes da escola e documentos escolares. • Solicitar aos alunos para que façam uma entrevista com a Direção do Colégio Brasílio V. de castro sobre como surgiu a ideia do símbolo. A palavra bússola vem do italiano do sul bussola, que significa “pequena caixa” de madeira de buxo (arbusto). É composta por uma agulha magnética horizontal suspensa pelo centro da gravidade, e aponta sempre para o eixo norte-sul, ao seguir a direção do norte magnético da Terra. Atribui-se a descoberta da orientação natural dos ímãs aos chineses, por volta do ano 2000 a.C., e por consequência, a invenção da bússola. Foi introduzida na Europa pelos árabes, e foi Flávio Gioia que adotou também o desenho da rosa-dos-ventos na bússola,porém foi um historiador italiano que a aborda pela primeira vez no ocidente. Data pelo menos do século XV o conhecimento da declinação magnética, quer dizer, da diferença entre o Norte magnético, indicado pela agulha, e o Norte verdadeiro e, possivelmente, foi descoberta pelos portugueses. A declinação era verificada pelo confronto com a observação da Estrela Polar, quando no hemisfério norte, ou da Estrela Pé do Cruzeiro, quando no hemisfério sul, e a direcção apontada pela bússola.

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Vamos fazer uma Bússola?

• Material necessário: ma agulha, uma rolha de cortiça, uma faca, um vasilhame com água e um imã de verdade.

• Instruções: primeriro, deve-se cortar a rolha de cortiça, deixando-a com cerca de um centímetro de altura, formando um disco. Deve-se fazer um pequeno espaço para poder deixar a agulha fixa na rolha de cortiça. Depois deve-se magnetizar a agulha: com uma das extrmidades da agulha, passa-se umas 20 vezes com o imã e sempre na mesma direção por entre um dos magnetos. No fim, a agulha deve ser fixada na cortiça e colocada sobre um vasilhame com água. Se mexer na agulha, reparará que ela aponta sempre na mesma direção: a direção norte-sul.

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“Um país se faz com homens e com livros”. Monteiro Lobato

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3.1

Tendo consciência da sua responsabilidade social, o professor pode, com a

assistência da Equipe Pedagógica, alterar a dinâmica escolar: a biblioteca, laboratório de

informática, sala de vídeo, as portas dos banheiros, dentre outros ambientes da escola

devem receber uma atenção especial; os corredores possibilitam ser decorados com textos

e/ou ilustrações pertinentes à ficção ou realidade literária.

Sombrinhas ou guarda-sóis com poemas e fragmentos literários de Vinícius de Moraes,

Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Oswald de Andrade, Machado de Assis e

Pero Vaz de Caminha estarão pendentes em suas varetas, como meios para estimular o

imaginário, praticar atividades de leitura e alegrar o pátio. (ver referências). Também os

uniformes das funcionárias, alunos e merendeiras podem ser porta-vozes para textos

poéticos. Teremos então a Literatura em destaque e ocupando o espaço escolar.

Compreende-se que uma situação educativa pode ser melhor entendida a partir das

interações entre professores, estudantes, tema e contexto. Para facilitar esta interação

podemos criar uma estrutura sistemática para orientar o processo ensino/aprendizagem

onde as categorias básicas mencionadas estivessem mutuamente relacionadas. Continua a

preocupação de investigar temas que tenham pertinência para o coletivo envolvido.

Percebemos que ao pensar o cotidiano, e erguê-lo à condição de tempo e espaço

privilegiado da escola, revelamos as concepções, crenças e valores que dão sentido e

direção ao nosso trabalho educativo.

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3.2

Para a contação de histórias: Personalizar um avental e uma mala para se obter um visual lúdico e atraente.

• Avental: Pegar qualquer avental e colar com cola quente: botões, fitas e lãs coloridas, retalhos com formatos de estrelas, lua, corações, etc. Aplicar bonequinhos, e escrever “a hora da história” com caneta para tecido.

• Mala: encapá-la com pano cru e proceder também a personalização com: botões e lãs coloridas, chitas, recortes de revistas, desenhos, cola colorida, etc.

• Para as esquetes: poderão ser usados fantoches, marionetes, dedoches.

3.3

• Além dos materiais estruturados, o professor poderá propor aos alunos a confecção de outras fantasias, adereços e máscaras feitas com sucatas (saquinhos de papel, tecidos usados, papel crepom e outros) para a dramatização de histórias contadas pelo professor, criadas pelos alunos (individual ou coletivamente) e para toda representação que as crianças puderem experienciar através do jogo simbólico. À medida que os diversos tipos de texto são vivenciados, os alunos irão perceber que a escrita varia de acordo com suas finalidades.

3.4

O professor poderá propor que seja montada, em classe, uma espécie de agência publicitária para organizar uma campanha/exposição no bairro. Devem ser selecionados pelo grupo, os materiais que poderão servir de instrumentos de divulgação na comunidade, cartazes e/ou folhetos, após a divulgação na escola, serão afixados os cartazes no bairro (nos lugares onde for permitido), os folhetos serão distribuídos e expostos em lojas, farmácias, empresas, bancos do bairro. Criar marcadores de páginas e enfeites para

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distribuir à comunidade. Conquistar o apoio da Rádio local, reservando um espaço para divulgação dos trabalhos, nas residências, consultórios e centros comerciais.

3.5

Estudantes conceberão personagens de Monteiro Lobato, carregando uma mala

com livros, lendo e/ou fazendo contações, maquetes e esquetes da obra literária

“Urupês” .

• Uma breve biografia de Monteiro Lobato:

Este grande nome da literatura brasileira nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882. Formado em Direito, atuou como promotor público até se tornar fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô. Lobato passou a publicar seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que, posteriormente, reuniu uma série deles em Urupês, obra prima deste famoso escritor. O escritor é bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil.

Suas personagens mais conhecidas são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e ideias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, a sábia espiga de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê e outras personagens que fazem parte da inesquecível obra: O Sítio do Pica-Pau Amarelo. Escreveu outras obras infantis, como: A Menina do Nariz Arrebitado, O Saci, Fábulas do Marquês de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de Pirlimpimpim, Reinações de Narizinho, As Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Pica-Pau Amarelo e A Chave do Tamanho. Além dos livros infantis, escreveu outras obras literárias, tais como: O Choque das Raças, Urupês, A Barca de Gleyre e o Escândalo do Petróleo. Neste último livro, demonstra todo seu nacionalismo, posicionando-se totalmente favorável a exploração do petróleo apenas por empresas brasileiras. Foi Ensaísta, contista e também tradutor. No ano de 1948, o Brasil perdeu este grande talento que tanto contribuiu com o desenvolvimento de nossa literatura.

• Resumo de Urupês – Monteiro Lobato Urupês é uma série de 14 contos, tem como destaque a vida quotidiana e mundana do caboclo, através de suas crenças, costumes e tradições.

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Os faroleirosOs faroleirosOs faroleirosOs faroleiros Dois sujeitos conversam sobre faróis, um dele conta sobre a tragédia do Farol dos Albatrozes, onde passou um tempo com um dos personagens da trama: Gerebita que tinha um companheiro, Chamado Cabrea, que dizia ser louco. Numa noite, durante uma briga, Gerebita e cabrea lutaram, vindo o último a morrer. Seu corpo foi jogado ao mar e engoligo pelas ondas. Gerebita alegava ter sido atacado pelas loucuras de Cabrea, agindo em legítima defesa. Eduardo, o Nrrador, descobre que a razão da tragédia foi uma mulher chamada Maria Rita, que Cabrea roubara de Gerebita.

O engraçado arrependidoO engraçado arrependidoO engraçado arrependidoO engraçado arrependido

Um homem chamado Pontes, famoso por ser um grande comediante e sarrista, resolve se tornar sério. Todos acreditavam se tratar de mais uma piada dele e negavam-lhe emprego. Pontes vai até um primo de influência no governo, que lhe promete o cargo de coletoria federal, pois o titular, Bentes, estava com sérios problemas cardíacos e morreria logo. A solução era matá-lo mais rapidamente, e com aquilo que pontes fazia de melhor: Contar piadas. Após várias tentativas, conseguiu o intento que fora inútil, pois Pontes esqueceu de avisar o primo da morte de Bentes e então o governo escolheu outro para o cargo.

A colcha de retalhosA colcha de retalhosA colcha de retalhosA colcha de retalhos O narrador (personagem) vai ao sítio de um indivíduo chamado Zé Alvorada para contratar seus serviços. Zé não estava e, enquanto não chega. O narrador trata com a mulher (Sinhá Ana), sua filha de quatorze anos (Pingo d’Água) e a avó, Sinhá Joaquina, com setenta anos. Joaquina fazia uma colcha de retalhos com pedacinhos de tecido de cada vestido que Pingo d’ Água vestia desde pequena. O Último pedaço seria do vestido de noiva. Passado dois anos, o narrador fica sabendo da morte de Sinhá Ana e a fuga da moça Pingo d’ Água com um homem. Volta àquela casa e encontra a velha triste, com a colcha de retalhos na mão. Em pouco tempo morreria...

A vingança da perobaA vingança da perobaA vingança da perobaA vingança da peroba

João Nunes sentindo inveja do progresso dos vizinhos, decide deixar de ser preguiçoso e pretende construir um monjolo (engenho de milho). Contrata um deficiente, Teixerinha, para fazer a obra. Com falta de madeira boa para a construção, resolveu cortar a frondosa peroba (árvore) na divisa das suas terras, arrumando briga com os vizinhos. Enquanto trabalha, Teixeirinha relata a João Nunes sobre a vingança dos espíritos das árvores contra os homens que as cortam. Por coincidência, o monjolo não funciona direito para alegria dos vizinhos, e o filho de João Nunes morre esmagado pelo engenho.

Suplício modernoSuplício modernoSuplício modernoSuplício moderno Ajudando o coronel Fidêncio a ganhar a eleição em Itaoca, Izé Biriba recebe o cargo de estafeta (entregador de correspondências e outras cargas). Tendo que andar sete léguas todos os dias, Biriba vai perdendo a saúde. Decidiu pedir demissão, a qual foi negada. Para se vingar, lembra da próxima eleição. Encarregado de levar um “papel” que garantiria a

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vitória de seu coronel, deixa de cumprir a missão. Coronel Fidêncio perde a saúde e a eleição, então o coronel eleito resolve manter Biriba na função. Este, durante a noite, vai embora.

Meu conto de MaupassantMeu conto de MaupassantMeu conto de MaupassantMeu conto de Maupassant Dois sujeitos conversam num trem. Um deles, ex-delegado, conta sobre a morte de uma senhora idosa. O suspeito foi um italiano, dono de venda, que é preso. Solto por faltas de provas, veio morar em São Paulo. Novos indícios o incriminam e, preso em São Paulo foi conduzido de trem ao vilarejo, onde se joga da janela. Morte inútil e rápida: Algum tempo depois, o filho da velha confessa o crime.

“Pollice verso”“Pollice verso”“Pollice verso”“Pollice verso” Inacinho, filho do coronel Inácio da Gama, forma-se em Medicina no Rio de Janeiro e volta para exercer a profissão. Pretendendo arrecadar dinheiro para ir a Paris reencontrar a namorada francesa, Inacinho cuida de um rico coronel. A morte do ricaço não tarda a acontecer. O caso vai parar na justiça. O moço vai para Paris morar com a namorada e leva uma vida boêmia. O orgulhoso coronel Inácio da Gama fala a todos no Brasil, sobre o filho que estava aprofundando os estudos com os melhores médicos da Europa.

BucólicaBucólicaBucólicaBucólica O narrador andando pelos pequenos vilarejos e sítios interioranos, acaba conhecendo a trágica história da morte da filha de Pedro Suã, que morreu de sede. Aleijada e odiada pela mãe, a filha ficou doente e, numa noite com muita febre, gritava por água. A mãe não lhe ajudou. A filha foi encontrada morta na cozinha, perto do pote de água.

O mataO mataO mataO mata----paupaupaupau

Dois sujeitos conversam na mata sobre uma planta chamada mata-pau, que cresce e mata todas as outras árvores ao seu redor. O assunto enveredou ao sinistro caso de um próspero casal. Elesbão e Rosinha, que encontram nas suas terras um bebê e resolvem adotá-lo. Adulto, se envolve com a mãe e mata o pai. Com os negócios em decadência, decide vendê-los, o que vai contra a vontade da mãe-esposa, que quase acaba vítima do rapaz e enlouquecida, vai para um hospital.

BocatortaBocatortaBocatortaBocatorta

A família do major Zé Lucas, morava na Fazenda do Atoleiro, Nas matas da fazenda, havia um negro com a cara defeituosa com fama de monstro: Bocatorta. Depois de ver a tal criatura, Cristina, filha do major, morre. Eduardo, seu noivo, não suportando a tristeza, vai ao cemitério chorar a morte da amada. Encontra Bocatorta desenterrando a moça. Correndo, junto a um grupo de homens da fazenda, persegue Bocatorta. Esse, em fuga, depois de ter dado o seu único beijo na vida, morre ao passar num atoleiro.

42

O comprador de fazendasO comprador de fazendasO comprador de fazendasO comprador de fazendas Moreira, pensando em se livrar logo da fazenda Espigão, verdadeira ruína para quem a possui, recebe com entusiasmo um comprador: Pedro Trancoso, que se encanta com a fazenda e com a filha de Moreira e, prometendo voltar na semana seguinte para fechar o negócio, nunca mais dá notícias. Moreira descobre que Pedro Trancoso é um tremendo safado que não tinha dinheiro. Mas Pedro ganha na loteria e resolve adquirir a fazenda, porém é expulso npor Moreira, que perdeu a oportunidade de se livrar das dívidas.

O estigmaO estigmaO estigmaO estigma Bruno decide fazer uma visita ao amigo Fausto em sua fazenda. Conhece a menina Laura, prima órfã de Fausto, e sua fria esposa. Fausto vivia o tormento de um casamento por interesse e a forte paixão pela prima. Vinte anos se passaram e os amigos se reencontram no Rio de Janeiro, onde Bruno fica sabendo da tragédia que aconteceu com as duas mulheres da vida de Fausto: Laura foi encontrada morta com um revólver ao lado da mão direita. Suicídio misterioso e inexplicável durante um passeio. A fria esposa de Fausto deu a luz a um menino que tinha um sinal parecido com o ferimento de bala no corpo de Laura. Fausto vê a marca, percebe tudo: mostra o sinal do recém-nascido para a esposa que, horrorizada, padece até a morte.

Velha PragaVelha PragaVelha PragaVelha Praga

Monteiro Lobato neste artigo, denuncia as queimadas da serra da Mantiqueira por caboclos nômades, além de descrever a vida dos mesmos.

UrupêsUrupêsUrupêsUrupês Personificando a figura do caboclo, Monteiro Lobato cria o famoso personagem Jeca Tatu, apelidado de urupê (uma espécie de fungo parasita), que representa o atraso e a ignorância do homem do campo. Vive “e vegeta de cócoras”, à base da lei do menor esforço, alimentando-se e curando-se daquilo que a natureza lhe dá, alheio a tudo o que se passa no mundo, menos do ato de votar.

43

Tudo quanto pertence somente ao presente morre junto com ele.

MikhailBakhtin

44

4.1

"A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da

cidadania e sua qualificação para o trabalho."

Coloca-se a necessidade de ver a educação para além da escola também na

escola, mas não só como responsabilidade de professores e especialistas. A educação das

novas gerações é responsabilidade de todos os que coabitam no mesmo espaço, mas

também, em escala planetária. A partir dessa visão local e global, é necessário e urgente,

que comecemos o diálogo, para além das instituições escolares, portanto esse projeto

educativo propõe trazer a comunidade para a escola através de oficinas de montagem do

“Homem de Lata”, confecção de pipas (interdisciplinaridade com Artes), narração e

produção/contação de histórias do passado por avós, dentre outros. Demonstrando estar

preocupados que a qualidade de ensino não está restrita apenas aos responsáveis da

Educação; mostrando que a comunidade local não é indiferente à formação dos alunos.

As experiências, as discussões e a participação efetiva dos vários segmentos da escola e

da comunidade são imprescindíveis na construção de uma escola de qualidade, aberta e

inclusiva. Pretende-se que as oficinas de arte e língua portuguesa sejam um instrumento de

modificação da atitude da comunidade, por provocar uma tomada de consciência de seu

potencial criativo, condição necessária para repensar e ampliar o universo cultural e a

apropriação de determinadas técnicas e procedimentos utilizáveis para o desenvolvimento

dos alunos. Terminaremos o encontro com a comunidade oferecendo deliciosos “bolinhos

de chuva” da Tia Nastácia, personagem das histórias infantis de Monteiro Lobato.

45

4.2

MÉTODOS ENVOLVENTES:MÉTODOS ENVOLVENTES:MÉTODOS ENVOLVENTES:MÉTODOS ENVOLVENTES:

• História participativa: Igual a um mágico que usa alguém da platéia. Em geral nós guardamos 60% do que fazemos, 30% do que vemos e apenas 10% do que escutamos;

• Histórias com eco, coros e cantos. O professor combina com a platéia uma atitude ou frase a qual eles (as) devem responder com uma palavra ou gesto específico;

• Pantomima: os ouvintes representam, “participam” na história.

• Após contar a história, os ouvintes se tornarão personagens; • Jogo de personificação: cada criança assume um personagem e deve reagir às

situações apresentadas.

MÉTODOS VISUAISMÉTODOS VISUAISMÉTODOS VISUAISMÉTODOS VISUAIS::::

• Histórias em sequência: à medida que a história evolui, use uma série de figuras para ilustrá-la. Controle o interesse do grupo e não distrai a atenção deles nos pontos mais importantes;

• Quadros de figuras ou palavras: Aqui o importante é o elemento surpresa. (o que será acrescentado depois?);

• Figuras misteriosas: à medida que a história é contada vá desenhando uma série de linhas e formas sem sentido até que as linhas se formem objetos reconhecidos que dão ênfase as partes da história. Conheça bem a história e pratique antes.

• Acrósticos: podem ser usados preenchendo com as palavras no correr da história.

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• (ex. escreva JESUS no quadro; à medida que a história continua escreva: José no J de Jesus, Esteve no E, e assim por diante;

• Flanelógrafo: Muito útil se a sequência, movimentos e relacionamentos são importantes para a história.

• Outros métodos incluem modelagem, dobraduras, quadro de giz, mapas, etc.

MÉTODOS DRAMÁTICOS:MÉTODOS DRAMÁTICOS:MÉTODOS DRAMÁTICOS:MÉTODOS DRAMÁTICOS:

Ao contar uma história lembre-se que suas expressões faciais e gestos são tão importantes como o tom e o som da sua voz. Aprenda a exagerar emoções, desenvolva diferentes vozes e personalidades, conte histórias em “bumerangue”, isto é, você dialoga com você mesmo.

HISTÓRIA NARRATIVA:HISTÓRIA NARRATIVA:HISTÓRIA NARRATIVA:HISTÓRIA NARRATIVA:

O professor assume a postura de observador/testemunha, até às vezes usando fantasia:

• Esquetes ou quadros vivos: a história completa ou parte dela são encenadas; • Entrevista: onde o professor entrevista um personagem convidado (requer 2 pessoas ou

você e um boneco;

• Bonecos e fantoches: podem ser feitos de meias ou saco de papel e também recortando silhuetas e colando-as em palito de picolé. Cada fantoche deve ter uma personalidade clara: nervoso, tímido, orgulhoso, etc. E uma voz que não deve mudar durante a história. Obs.: Sugestão: fazer uma Roda da Fogueira (com papel celofane imitando o fogo: amarelo, laranja, vermelho)

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A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a

posterior leitura desta não pode prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e

realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do

texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção

das relações entre o texto e o contexto.

Paulo Freire

48

5.1

Desenvolverei reflexões e investigações com professores, em grupos de estudos interdisciplinar, no Colégio Estadual Professor Brasílio Vicente de Castro, para aprofundamento nas questões sobre Estética da Recepção e do Efeito, utilizando-se da fundamentação teórica, vídeos, músicas e práticas realizadas com os alunos e comunidade escolar. O estudo da literatura não se constrói somente com propostas de atividades de leitura. Inclui também interações de textos literários e não literários, verbais e não verbais, didático-expositivos, a interdisciplinaridade, diálogo com outras artes, etc. Essa pesquisa indica um início e tentativa de abordar dialogicamente a literatura.

Apontada nas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, A Estética da Recepção e a Teoria do Efeito vem subsidiar os professores com práticas no ensino da literatura, propiciando reflexões e procurando recursos didáticos que respeitem a diversidade cultural, nacional, promovendo o desenvolvimento humano. Reuni contribuições de Antonio Candido, Hans Robert Jauss, Wolfgang Iser, Regina Zilbermann, dentre outros.

“O espaço escolar é privilegiado por propiciar aos educandos a oportunidade de refletir sobre o conhecimento historicamente produzido: a identidade cultural e social; o conhecimento da ciência; e da cultura nacional, (...) De tal sorte neste ambiente, é possível entender a amplitude da própria cultura em que se insere” (Cad. Ped. Ens. Relig. 2008, p. 18)

Publicado pelo Conselho Federal da Educação do MEC em 1998, o documento “Exame Nacional do Ensino Médio, A Reforma do ensino Médio”, acorda as habilidades desenvolvidas por meio da leitura de textos em geral e literários: Todas as situações de avaliação estruturaram-se de modo a verificar se o aluno é capaz de: Ler e interpretar textos de linguagem verbal, visual (mapas, fotos, pinturas, gráficos, entre outros) e enunciados:

• identificando e selecionando informações centrais e periféricas; • inferindo informações, temas, assuntos, contextos; • justificando a adequação da interpretação; • compreendendo os elementos implícitos de construção do texto, como organização, estrutura, intencionalidade, assunto e tema; • analisando os elementos constitutivos dos textos, de acordo com sua natureza, organização ou tipo; • comparando os códigos e linguagens entre si, reelaborando, transformando e reescrevendo (resumos, paráfrases e relatos). (MEC, 1998, p. 46.)

A historiografia literária se ocupou da história da recepção, a qual rompe com a sequência de fatos de um passado morto, recuperando a história viva da obra de arte. Segundo Jauss:

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A história da literatura é um processo de recepção e produção estética que se realiza na atualização dos textos literários por parte do leitor, que os recebe, do escritor, que se faz novamente produtor, e do crítico, que sobre eles reflete. A soma- crescente a partir de vista – de “fatos” literários conforme os registram as histórias da literatura convencionais é mero resíduo desse processo, nada mais que passado coletado e classificado, por isso mesmo não constituindo história alguma, mas pseudo-história. [...] Ele o [literário] só logra seguir produzindo seu efeito na medida em que sua recepção se estenda pelas gerações futuras, ou seja, por elas retomada – na medida, pois, em que haja leitores, que novamente se apropriem da obra passada, aos autores que desejam imitá-la, sobrepujá-la ou refutá-la. (JAUSS, apud CEREJA, 2005, p.156)

Resumindo, Antonio Candido, Bakhtin e Jauss apresentam em comum as seguintes posições:

• Sintetizam as preocupações estéticas da crítica formalista e as relações entre literatura e história de abordagem marxista.

• Confirmam a existência de uma relação dialética entre o contexto histórico-social, elementos externos e os elementos internos da obra de arte.

• Mostram uma concepção culturalista do fenômeno literário, reconhecendo a existência de relações dialógicas entre a literatura e outras áreas do conhecimento.

• Exibem uma visão linear da historicidade, admitindo o diálogo de uma obra literária com obras do passado e do futuro.

Abordarei nesse estudo de literatura, três metodologias: 1. A abordagem por temas: o negro, a nacionalidade, a mulher o meio ambiente; 2. O enfoque por gêneros: o romance, a poesia, a crônica, o conto e outras artes: o cinema, a dança, a música, a pintura;

3. A abordagem historiográfica: a) Se as séries literárias forem trabalhadas na forma convencional , seguindo a tradição literária: Trovadorismo, Humanismo, Classicismo, Quinhentismo, Barroco, Arcadismo, etc.), principais representantes, obras, características, etc (em se tratando de um jovem de 15 anos ingressando no Ensino Médio), este acompanhará naturalmente os movimentos e a sucessão histórica. Porém terá textos antigos, de sintaxe e léxico arcaicos, longe de sua realidade jovem. b) Se partirmos da contemporaneidade para chegar às origens, o aluno de 15 anos terá acesso a uma linguagem que lhe é familiar, atual e quando chegar no 3º ano do Ensino Médio estará mais preparado/amadurecido para estudar textos mais distantes no tempo. Portanto procedimentos sincrônicos, com cortes da diacronia, como propõe Jauss, trará resultados positivos, se libertarmos a obra do tempo, para que o leitor contemporâneo compreenda o presente olhando o passado. 5.2

50

• Skimming: O leitor tem somente uma ideia geral do texto; não procura uma

determinada informação.

• Scanning: O leitor procura uma informação específica. • Predição: O leitor procura objetivos no texto e pistas linguísticas transmitidas pelo

autor, criando sentidos fundamentados com seus conhecimentos prévios, articulando hipóteses possíveis ou não.

• Automonitoramento: O leitor observa atentamente sua própria prática, cuidando da sua progressão no levantamento de suas hipóteses.

• Autoavaliação: O leitor avalia suas hipóteses articuladas no decorrer da leitura. • Autocorreção: O leitor retorna e corrige as hipóteses que julgou impróprias. • Leitura detalhada: O leitor lê minuciosamente, realizando apontamentos e

observações sobre a leitura quando esta lhe é necessária. • Seleção: O leitor seleciona o texto: sublinha, colore, marca fragmentos, comenta,

para um determinado fim. • Inferência: de acordo com seus conhecimentos prévios, o leitor, processa as

informações conhecendo o texto.

A compreensão leitora pode ser avaliada por um questionário, escolha simples e/ou múltipla, falso ou verdadeiro. Então, a interpretação pede que o leitor procure objetivos no texto e pistas linguísticas transmitidas pelo autor, criando sentidos fundamentados com seus conhecimentos prévios. É nessa reciprocidade que a compreensão acontece. Nós professores (as) de Língua Portuguesa devemos propor aos nossos alunos atividades que façam uso de estratégias, como a seguir: Selecionar textos de um mesmo período ou de períodos diferentes da literatura, fazer uma comparação entre eles, verificando diferenças e semelhanças de enfoque/produção. Também procurar no texto, relações dialógicas com outros textos.

5.3

Assistir ao filme InfernInfernInfernInferno na Estradao na Estradao na Estradao na Estrada – Retroactive Informações Técnicas: Título no Brasil: Inferno na Estrada

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Título Original: Retroactive Gênero: Suspense, aventura, ficção. País de origem: EUA Tempo de Duração: 87 minutos Ano de Lançamento: 1997 Direção: Louis Morneau

Sinopse

Numa rodovia texana, Karen, uma psicóloga aceita carona do sinistro e psicopata Frank. Ela fica no meio de uma discussão entre este e sua infiel esposa Rayanne. Karen pede para sair do carro e induz Rayanne a fugir com ela, porém Frank mata Rayanne a sangue frio. Fugindo do assassino, a psicóloga vai parar num abrigo que, na verdade, é o lugar de um experimento clandestino que permite a manipulação do tempo.

(saiba mais assistindo ao vídeo).

• Um momento importante após a apresentação do filme é a discussão em grupo,

confrontando hipóteses, opiniões, desacordos e sentimentos sobre o tempo na narrativa , ocasião em que tomam consciência de seu próprio conhecimento sobre o assunto, bem como os elementos do texto narrativo remetendo os alunos a novas produções textuais de continuidade de possíveis progressões do enredo.

A proposta a seguir possui relações dialógicas entre textos de Oswald de Andrade, fragmentos da Carta de Pero Vaz de Caminha e letra de música do Tropicalismo. Convém que o professor tire dúvidas de vocabulário, durante a leitura, observando sempre o contexto.

As meninas da gareAs meninas da gareAs meninas da gareAs meninas da gare Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis Com cabelos mui pretos pelas espáduas E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas Continue a leitura do poema em:

(Oswald de Andrade. Poesias Reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978, p. 80) O poema de Oswald foi produzido a partir de fragmentos da Carta de Caminha. Comparemos: “Ali andavam, entre eles, três ou quatro moças, bem moças e bem gentis, com cabelos muito pretos, caídos pelas espáduas abaixo; e suas vergonhas tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as olharmos muito bem, não tínhamos nenhuma vergonha.” (Pero Vaz de Caminha. Carta, fragmento.In: Carlos Voght e J. G. Lemos. Cronistas e Viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982. P. 15.) Percebemos a mudança de gênero: de carta para poema, as personagens deslocadas no tempo e espaço, antes símbolo de inocência das índias do século XVI(o primitivo), depois prostitutas urbanas do século XX (o moderno). Faz-se uma reflexão sobre a paródia, de

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como os modernistas reaproveitavam criticamente os textos do passado, o nacional, o estrangeiro, a cultura. Na busca em outras artes, encontramos em “Macunaíma” o filme de Joaquim Pedro de Andrade, e na música de Carlinhos Brown as deglutinações/misturas deste contraste de culturas. Investigar também o movimento “mangue beat”, em Pernambuco. A Carta de Caminha renasceu no poema de Oswald de Andrade, que renasceu na releitura dos tropicalistas: Caetano Veloso, Gilberto Gil e Torquato Neto. A obra literária “é antes, como uma partitura voltada para a ressonância sempre renovada da leitura, libertando o texto da matéria das palavras e conferindo-lhes existência” (JAUSS, apud CEREJA, 2008, p. 178)

Indicação de RP (Resposta Possível)

1) Oswald de Andrade produziu o poema acima, parodiando o fragmento da Carta de Caminha e em 1924 Oswald intitulou como “as meninas da gare”, pois havia muitas prostitutas nos arredores da estação de trem (Estação da Luz) da cidade de São Paulo, onde vivia. a) A respeito da cultura brasileira da época de Oswald, o termo gare revela o quê? RP: revela a forte influência da cultura francesa sobre a brasileira no início do século XX, sentida na moda, nos hábitos, na língua.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) O uso de gare no poema, remete ao tempo de Pero Vaz de Caminha (séculos XV e XVI) ou ao tempo de Oswald de Andrade (século XX)? Por quê? RP: Remete ao século XX, pois não havia estações de trem no tempo de caminha. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) Muitos modernistas valorizaram a convivência contraditória da cultura brasileira: desenvolvimento urbano, religiões africanas e indígenas catolicismo, dentre outros. Oswald de Andrade denuncia que contradições no poema “as meninas de gare”? RP: O Brasil primitivo (selvagem) e moderno (industrial), o nacionalismo e o estrangeirismo (galicismo: gare), a modernidade que trouxe o conquistador que transformou índias em prostitutas. ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) Para que os alunos possam estabelecer relações com o poema e o fragmento da carta, segue uma canção do Tropicalismo, movimento artístico que surgiu na década de 1960.

JóiaJóiaJóiaJóia Caetano Veloso

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Beira Mar ............... Beira de mar na América do Sul Um selvagem levanta o braço Abre a mão e tira um caju Um momento de grande amor De grande amor Copacabana Copacabana Louca total e completamente louca (...) http://www.letrasterra,com.br/caetanoveloso/565092/ É importante que o professor continue a letra e audição da música.

Proposta: O texto apresenta ideias implícitas. Solicitar aos alunos que façam individualmente suas inferências. A seguir, os alunos apresentam suas análises. Então promove-se um debate, comparando as diferenças inferenciais. Peça para que os alunos anotem as possibilidades. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) ManguebeatManguebeatManguebeatManguebeat O objetivo deste movimento surgiu de uma metáfora idealizada por Zero Quatro, ao trabalhar em vídeos ecológicos. Como o mangue é o ecossistema biologicamente mais rico do planeta, O Manguebeat precisava formar uma cena musical tão rica e diversificada como os manguezais. Devido a principal bandeira do mangue ser a diversidade, a agitação na música contaminou outras formas de expressões culturais como o cinema, a moda e as artes plásticas. O Manguebeat influenciou muitas bandas de Pernambuco e do Brasil. Recife voltou a ser um centro musical e permanece com esse título até o momento. Manguebeat grafado como manguebit ou manguebeat é um movimento musical que surgiu no Brasil na década de 90 no Recife, mistura ritmos regionais como o maracatu, o rock, hip hop e música eletrônica. O estilo tem como símbolo o músico Chico Science, ex-vocalista, falecido, da banda Chico Science e Nação Zumbi, projetista do rótulo mangue e divulgador das ideias, ritmo e contestações do Manguebeat. Outro grande responsável pelo crecimento desse movimento foi Fred 04, vocalista da banda Mundo Livre S/A e autor do primeiro manifesto do Mangue de 1992, intitulado “Caranguejos com cérebro”.

54

Questão: Utilizar o procedimento cloze, que consiste no apagamento de palavras

(a serem “adivinhadas” pelo leitor) com espaçamento randômico (aleatório) de 5 ou 6 ou 7

ou... , dependendo da extensão do texto. O uso dessa atividade permite a compreensão de

dados do texto. Lembrando que a compreensão está ligada ao seu desenvolvimento.

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6.

O primeiro momento da atitude estética é a compenetração: eu devo vivenciar, ver e inteirar-me, retornando a mim mesmo. Esse trabalho é uma representação de minha expressividade, abrange as fronteiras do tempo, ampliando esses limites espaciais, observando os planos éticos e estéticos. Em linhas gerais o autor é o agente da unidade, do todo acabado, do todo do personagem e do todo da obra. É agente vivo. A atividade estética continua quando retornamos a nós mesmos e um lugar fora de nós. E relembrando Bakhtin, a criação estética é um bom exemplo de relação humana: uma pessoa englobando inteiramente a outra, completando-a e dotando-a de sentido. Em determinadas circunstâncias, há uma preocupação por minha parte de percepção, do proveito que se poderá tirar de tudo isso; em outros momentos visei a transmissão, a impressão e expressão como fenômenos estéticos. As ações e reações são futuras e o vivenciamento delas é que darão acabamento a esta expressão.

Vanderci Ribeiro

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7. REFERÊNCIAS: ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do Mundo. Rio de Janeiro: Distribuidora Record de Serviços de Imprensa S.A, 1999.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. Trad.São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BARBOSA, João Alexandre. A Biblioteca Imaginária. São Paulo: Ateliê Editoral, 1996.

CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 7. ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1985.

______. Textos de Intervenção. Apresentação de Vinícius Dantas. São Paulo: Duas

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CEREJA, William Roberto. Ensino de Literatura: uma proposta dialógica para o

trabalho com literatura. São Paulo: editora Saraiva, 2005

DICIONÁRIO da Língua portuguesa 2009. Acordo ortográfico. Porto:Porto editora,

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FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda. Novo Dicionário Aurélio da língua

portuguesa. 3. Ed. Curitiba: Positivo, 2005

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 10. ed.

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HOUAISS, Antonio. A nova ortografia da língua portuguesa. São Paulo: Ática, 1991

ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. Trad. São Paulo: Editora

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JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação à teoria literária. Trad.

São Paulo: Ática, 1994.

LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6. ed. São Paulo:

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MEIRELES, Cecília. Viagem e Vaga Música. Rio de Janeiro: Editora nova fronteira S.A,

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA (MEC) (2002). Parâmetros Curriculares

Nacionais + Ensino Médio: Orientações educacionais complementares aos PCN. Brasília:

MEC/Semtec.

SARAIVA, Juracy Assmann; MIGGE Ernani. Literatura na Escola. Porto Alegre:

Artmand Editora, 2006.

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Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes curriculares da Educação

Básica do Paraná. 2008

SILVA, Ezequiel Theodoro. O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova

pedagogia de leitura. 6. ed. São Paulo: Cortez, 1992.

ZILBERMAN, Regina. Estética da Recepção e História da Literatura. São Paulo:

Ática, 1989.

ZILBERMAN, Regina; SILVA, Ezequiel T. Leitura : perspectivas Interdisciplinares. 3.

ed. São Paulo: Ática, 1995.

Bibliografia complementar

Autor: Daniela Silva da Silva

Nome do evento: X ECEL - Encontro de Ciência Empírica em Letras

Título dos Anais do evento: "Avaliações e perspectivas: mapeando os estudos empíricos na

área de humanas"

Data: 17 e 18 de Setembro de 2009

Local: UFRJ - RJ

Página: 26

Revista Construir notícias, março, fascículo nº15. 2004.

Revista das Faculdades Teresa Martin. Nº 18/20 dezembro, 1993 -TEMA

Revista veja, 31 de janeiro, 2001. P.15

Referências on line

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http://www.amigosdolivro.com.br

http://www,arteeletronica.com.br

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

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http://www.editoralua.com.br

http://www.pucrs.br/edipucrs/

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http://www.quemtemsedevenha.com.br/historia_portoalegrense.htm http://www.releituras.com

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