DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · a curiosidade e o gosto de aprender, praticando...

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

1

BRINCANDO, DIVERTINDO E... APRENDENDO QUÍMICA

BALDISSERA, Rosane Aparecida Bettin1 BARICCATTI, Reinaldo Aparecido2

RESUMO

A Química é uma ciência experimental, sendo assim, muito difícil para o aluno aprendê-la e entendê-la sem atividades experimentais. O ensino de Química deve sempre procurar relacionar-se com o cotidiano do educando para que este tenha uma melhor compreensão da realidade em que o educando está inserido e de como o estudo da Química pode contribuir para uma melhor qualidade de vida. Optou-se em realizar práticas de materiais alternativos, de fácil acesso, baixo custo e baixa toxidade que provoquem a compreensão e mudanças ao saber dos benefícios que a termoquímica é capaz de produzir no meio físico e social. Nesse sentido, este estudo visa uma forma de colaboração mais concreta com as experiências desenvolvidas em sala de aula, com intuito de vencer barreiras e conflitos de idéias, ou seja, sair do marasmo reinante entre quatro paredes de uma sala de aula e partir para desmistificação do ensino de química através de práticas laboratoriais que levem o aluno a entender a importância da Química relacionando a termoquímica com o seu cotidiano. Conseguiu-se elaborar um plano de ação efetivo com práticas e exercícios de intervenção no processo ensino-aprendizagem mais humano e criativo capaz produzir um conhecimento Químico mais prazeroso com trocas de experiências vivenciadas.

Palavras-chave: Química, ciência experimental, práticas laboratoriais. 1 INTRODUÇÃO

A prática experimental tem um objetivo educacional geral que deve desenvolver

a curiosidade e o gosto de aprender, praticando efetivamente o questionamento e a

1 Professora PDE 2009, Graduada em Química, pela FACEPAL – Palmas (PR), Pós-Graduada em Ensino de Ciências de 2º Grau - Química pela UNICENTRO e Gestão Escolar pela TUPY-ITDE. Atualmente lecionando no Colégio Estadual Doze de Novembro – Ensino Médio e Profissional. 2 Professor Orientador da Turma de PDE 2009, Graduado em Química, Mestrado em 1994 e Doutor em 1988 pela UNICAMP – SP.

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investigação, podendo ser promovido um aprofundamento da química relacionada ao

cotidiano.

O processo de aprendizagem em Química depende de vários fatores como:

carga horária precária, ausência de materiais para as práticas laboratoriais, o tempo

escasso que temos para a preparação de nossas aulas, as questões burocráticas,

currículos extensos, fazendo com que os professores fiquem angustiados e

preocupados em vencer os conteúdos sem preocupação com a inter-relação que

estabelecem entre esses conteúdos, a formação dos professores pelas universidades é

assim desta forma conteudísta sem relação nenhuma com a realidade social.

Transmite-se aos alunos, através do fazer pedagógica, uma visão estática do conteúdo

químico, como se tivesse surgido pronto e acabado. Não são consideradas as formas

como o homem construiu a Química e a gradual evolução dos processos das fórmulas

químicas que o levaram, através dos tempos, a determinados conceito. Outro agravante

está relacionado à questão ambiental, a maioria dos laboratórios não tem um sistema

de gerenciamento para o tratamento dos resíduos tóxicos produzidos pelas aulas

práticas. Onde os resíduos produzidos na realização das práticas são descartados nas

pias sem tratamento algum, indo diretamente para o esgoto comum, podendo assim

causar sérios problemas ambientais. Entretanto outro problema é o número excessivo

de alunos que temos em sala de aula. Como vou entrar no laboratório com quarenta

alunos? Dentre outros problemas.

Tem-se observado, ainda, que a maioria dos professores de Química não inclui

atividades práticas em seus planos de curso, pois desconhecem como adequar os

guias experimentais à sua realidade ou então, como usar os equipamentos dos

laboratórios, ou ainda, como manipular produtos químicos com segurança.

O sucesso da química está em saber utilizar e dosar as atividades empíricas ou práticas... uma vez que ambas devem ser abordados e o aspecto prático necessita realmente ser praticado o que, por incrível que pareça, muitas vezes não ocorre (CHAGAS, 1989, p.15).

Considera-se que a experimentação deva favorecer a efetiva apropriação dos

conteúdos levando o aluno a refletir sobre o que ele aprende, integrando-o com a teoria

criando situações que o motivem a argumentar sobre o que viu e aprendeu, pois, os

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experimentos devem ser uma complementação das aulas teóricas ou introdução para

um estudo mais profundo. Nesse sentido os experimentos são de fundamental

importância para a compreensão de conceitos, que o levarão a perceber a relação com

os conteúdos de sala de aula, possibilitando assim uma reflexão mais precisa sobre

teoria e prática (DCE, 2008).

Dessa forma, não se pretende esgotar o assunto em questão, pois se sabe

claramente que o processo apenas está em sua fase inicial. Mas, pretende-se melhorar

significativamente a atuação do professor de Química, através do confronto entre a

reflexão sobre os conhecimentos advindos da prática laboratorial e as teorias que

explicam, questionam, lançam conflitos e indagações e permitem melhor compreender

essa mesma prática. Implica atuar sobre a realidade para “adaptar o que ela pode ser a

partir do que é” (MELLO, 1982, p.15).

Como a Química é uma CIÊNCIA devemos entender que a CIÊNCIA não é

resposta para todos os nossos problemas. Devemos sim buscar as respostas através

da construção e reconstrução do saber.

Nesse sentido, este estudo visa uma forma de colaboração mais concreta com

as experiências desenvolvidas em sala de aula, no intuito de vencer barreiras e

conflitos de idéias, ou seja, sair do marasmo reinante entre quatro paredes de uma sala

de aula.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em qualquer área do saber, a didática desempenha um papel fundamental no

avanço do conhecimento, mais ainda neste caso específico sobre “o quê” e “como” do

ensino de química, tendo em vista a excelência da aprendizagem.

Devido à falta de uma teoria global que dê sentido, unidade e coerência a

conceitos, fenômenos e circunstâncias relativas ao ensino de Química, torna-se

necessário encontrar “caminhos para que sejam incluídos mais assuntos referentes aos

aspectos sociais, econômicos, tecnológicos, culturais e éticos da Química”

4

(ESPERIDIÃO; SCHIANO, 1996, p.55). De tal forma que ensinar um conceito de

Química, não pode mais se limitar a um fornecimento de informações e de estruturas

correspondentes ao estado da ciência do momento, mesmo se estas são

eminentemente necessárias. Ou seja, uma verdadeira aprendizagem científica se

define, no mínimo, tanto pelas transformações conceituais que produz no educando

quanto pelo produto do saber que lhe é dispensado. A reflexão do ensino da Química é

realizada a partir da análise crítica das experiências pedagógicas concretas, isto é,

captando a realidade tal como se apresenta.

Reconhece-se que é difícil para muitos professores de Química desviarem-se de

ministradores de aulas. Pois, o fruto do mero aprender, naturalmente decaem no meio

ensinar (DEMO, 1991, p.47). Esta caricatura se adensa mais ainda no professor de

Química biscateiro, marcado por condições negativas de toda ordem:

a) em seu campo de graduação é chamado para dar aulas na área da

ciência, como se possuísse versatilidade perfeita;

b) entendem-se como simples repassador de conhecimento alheio, que um

dia estudou e aprendeu; e,

c) embora possa sempre existir o professor de Química versátil, predomina a

luta pela sobrevivência econômica.

Dessa forma, a falta de aparelhagem sofisticada nas práticas laboratoriais de

Química não significa que o ensino não será bom. Pois, muitas vezes, ”escolas mais

modestas com professores dotados de imaginação, obtêm excelentes resultados com o

que possuem a não mais que em escolas bem equipadas, nas quais falta aos

professores imaginação e talento” (OLIVEIRA, 1992, p.46).

Nessa perspectiva, não existe um método ideal de ensino de Química, pois

muitas variáveis estão envolvidas: quem são os estudantes, sua idade, motivação, pais,

influências externas, posição econômica ou social e assim por diante. O professor de

Química não pode ser eficaz se impuser um sistema de coesões não compreendido,

funcionando como um modelo normalizador, podendo esse molde produzir condutas

métricas, mas não possibilitando a auto-estruturação do meio real.

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Apesar destas recomendações, o ensino de Química, continua atrelado aos

livros didáticos e ao comportamento dos professores em sala de aula. Caracteriza-se

por uma concepção de educação, na linha cultural, onde a ciência é vista como um

conjunto de verdades prontas e acabadas. Esse tipo de ensino, porém, ”tende a ser

factual, verbalista, mnemônico” (MIZUKAMI, 1986, p.41), restrito ao livro didático, que

atua como “modelo padrão, autoridade absoluta, modelando os professores” (FREITAG,

1978, p.11).

Além disso, o que se observa é a preocupação com a quantidade de informações

a serem passadas e não com o desenvolvimento do pensamento reflexivo ou com a

tentativa de relacionar os princípios científicos a eventos da vida diária ou ainda, com a

contribuição da cidadania.

Todavia, é nos livros textos que o professor de Química encontra “o apoio à

orientação que busca para suas aulas: seqüência dos conteúdo, exercícios,

explicações” (LOPES, 1992, p.59). Não importa que os alunos não utilizem o

conhecimento químico fora da sala de aula. Pois, é mais cômodo ensinar do modo

como ensina, sem se propor a mudanças.

Contudo, o professor de Química deve empreender “uma verdadeira psicanálise

do conhecimento para que nasçam os obstáculos do conhecimento” (BACHELARD,

1983, p.17). Esses obstáculos constituem o que se opõe ao progresso da racionalidade

de uma maneira obscura e indireta, porque surge do âmago do inconsciente coletivo.

Tem-se observado, ainda, que a maioria dos professores de Química não inclui

atividades práticas em seus planos de curso, pois desconhecem como adequar os

guias experimentais à sua realidade ou então, como usar os equipamentos de

laboratórios, ou ainda, como manipular produtos químicos com segurança.

Dessa maneira, um professor de Química que “não domine o conteúdo, ou que

não tenha habilidade para transmiti-lo, sem dúvida não terá condições para oferecer um

bom ensino” (MOREIRA, 1983, p.71). Por outro lado, mesmo um professor de Química

que domine o conteúdo e seja capaz de transmiti-lo, poderá ensinar de maneira

inadequada, na medida em que simplesmente se considerar um emissor com o qual

aluno deverá sintonizar.

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Segundo Esperidião; Schiano (1996), o ensino das chamadas ciências naturais

têm-se mostrado problemático, não só no Brasil, mas na maioria dos países, inclusive

nos chamados países desenvolvidos. Observa-se que o número de estudantes que se

dirige ao estudo da Física, da Química ou da Biologia, vem decrescendo em favor dos

conhecimentos humanísticos. Esses alunos não buscam o conhecimento humanístico

pelo prazer intelectual que lhes possa causar, mas para fugir das chamadas exatas.

Os professores de Química tem percebido que seus alunos não gostam dessa

disciplina por achá-la difícil, maçante, enfadonha e de pouca utilidade fora da escola.

Essa conclusão decorre do fato de esses alunos não entenderem completamente o que

se exige que aprendam e por que razão deve fazê-lo.

Isso acontece porque “os estudantes vêem a Química como uma coleção de

princípios abstratos, que aparentemente não tem relevância como algo prático”

(GILLESPI, 1990, p.6). É preciso fornecer-lhes os conceitos básicos e os

conhecimentos suficientes para que possam ver o que a química pode fazer em seu

cotidiano.

Para tanto, a química pode se tornar mais interessante se partir do conhecimento

geral que os alunos acumulam ao início de suas vidas, a respeito de todas as coisas e

materiais a seu redor. Talvez uma das causas da motivação dos alunos e a pouca

compreensão que manifestam, resida na estrutura de muitos livros textos e programas

didáticos teóricos e abstratos, totalmente desvinculado da realidade vivencial do aluno.

De fato, a Química desenvolve-se do “o quê” para o “como acontece”. No

entanto, esse desenvolvimento da metodologia científica é quebrado pela estrutura

didática dos livros textos mais utilizados pelos docentes. Dessa forma, o

desvinculamento entre o conhecimento químico e o cotidiano do aluno é habitualmente

separado no processo do ensino-aprendizagem.

Segundo Astolfi (1991), o professor de Química deve propor uma produção de

conhecimentos químicos concreta, visando à elaboração de modelos ou conceitos

teóricos em interação com a ação pedagógica, através de seis etapas:

a) a identificação e formulação do problema;

b) a análise teórica do problema e a compilação dos primeiros dados

objetivos;

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c) a formulação de hipóteses de ação pedagógica ou de proposições de

intervenção;

d) o teste das proposições;

e) o ajustamento das intervenções se for necessário; e,

f) a avaliação dos resultados.

Considera-se que a experimentação deva favorecer a efetiva apropriação dos

conteúdos levando o aluno a refletir sobre o que ele aprende, integrando-o com a teoria

criando situações que o motivem a argumentar sobre o que viu e aprendeu, pois, os

experimentos devem ser uma complementação das aulas teóricas. Nesse sentido os

experimentos são de fundamental importância para a compreensão de conceitos, que o

levarão a perceber a relação com os conteúdos de sala de aula, possibilitando assim

uma reflexão mais precisa sobre teoria e prática (DCE, 2008).

A aplicação da teoria na prática e a valorização da ciência na tecnologia têm um

valor significativo no contexto social e terão como conseqüência um melhor

desempenho do indivíduo face aos desafios de uma sociedade contemporânea.

Levando em consideração que as habilidades e o estímulo a situações novas

são fatores essenciais ao indivíduo para que esse possa se sobressair em momentos

inéditos que irão aparecer. Uma alternativa de se tornar a Química mais interessante e

mais útil ao educando.

Por esse ângulo, é propor o conteúdo a partir de temas de elevada relevância do

cotidiano. Com essa abordagem, esperando desenvolver nos alunos uma postura de

investigação científica, um espírito inquiridor, de tal modo a propiciar ao cidadão uma

visão do mundo em que vive, sob a ótica da QUÍMICA.

3 METODOLOGIA

A metodologia proposta neste trabalho está voltada para o uso de experimentos

simples de Química, relacionando-os ao cotidiano do aluno procurando despertar nele

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um maior interesse e melhor rendimento. Os materiais são facilmente encontrados, não

trazem nenhum tipo de risco pra a saúde durante sua manipulação. Como também,

temas que constam na DCEs (Diretrizes Curriculares Estaduais), bem como, no Plano

de Trabalho Docente.

Os experimentos deste estudo foram baseados em aulas práticas que foram

ministradas em horários em que os alunos teriam apenas aula teórica e a professora

inovou as aulas com experimentos práticos. Com isso, os alunos teriam nesse dia

marcado, uma aula prática de Laboratório de Química ao invés de simplesmente aula

teórica.

Os temas estudados na disciplina de Química envolveram a calorimetria,

quantidade de calor, construção do calorímetro e atividades relacionadas, bem como,

conteúdos sobre termodinâmica. Os experimentos foram selecionados de acordo com

os objetivos para cada experiência Química realizada com os alunos do 2º ano do

Ensino Médio do Colégio Estadual Doze de Novembro – Ensino Médio e Profissional.

Os quais abordam o tema de forma simples e coerente.

Os experimentos selecionados são listados na tabela 1.

Experimento Tema

01 Calorimetria

02 Quantidade de Calor

03 Construção do Calorímetro

04 Usando o Calorímetro (Atividade I)

05 Usando o Calorímetro (Atividade II)

Tabela 1: Relação dos experimentos de Química. Fonte: Dados da autora, 2011.

Expondo que o objetivo no ensino de Química é que devemos ser observadores

ter um foco. As ações devem ser fundamentalmente atividades práticas, relacionadas a

um conjunto de exercícios que age como operações de pensamento e no seu conjunto,

conduzem à descoberta, e a (re)descoberta das novas inserções no universo do aluno

seja feita por ele mesmo, de uma forma multidisciplinar.

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Para quem ensina ciências, uma das formas mais simples de promover

descobertas é a redescoberta. Nesta o aluno descobre princípios já estabelecidos, mas

ainda não do seu conhecimento. Observa-se que a insatisfação e a angústia no

processo do ensino de Química são decorrentes do fato de que o conhecimento na

área de Química está em desenvolvimento contínuo, enquanto o ensino se encontra

prisioneiro e bitolado pela falta de recursos físicos, financeiros e humanos.

Para realização deste estudo foram observadas as seguintes etapas:

1. Abrangência de todo conteúdo bibliográfico e metodológico sobre o conteúdo

abordado;

2. Desenvolvimento pelo pesquisador de práticas sobre o conteúdo, utilizando

apenas os produtos químicos encontrados em farmácias, supermercados, casas

agrícolas, ferragens, mecânicas e afins;

3. Aplicação de um questionário com quatro (4) questões referente ao conteúdo a

ser trabalhado;

4. Aplicação da aula prática aos alunos, que ocorrerá antes da abordagem teórica

do conteúdo;

5. Palestra com uma nutricionista falando da importância na escolha dos alimentos,

relacionando a quantidade de calorias;

6. Abordagem do conteúdo teórico referente à aula prática em seguida

desenvolvimento de uma relação de exercícios;

7. Relatório da aula prática e discussões dos fenômenos ocorridos, salientando a

utilização dos reagentes do cotidiano de baixo custo e fácil acesso;

8. Levantamento junto aos alunos, avaliando a qualidade e aceitação das

mudanças ocorridas nas aulas práticas realizadas com os reagentes do

cotidiano;

9. Aplicação do mesmo questionário que foi aplicado antes da aula prática

referente ao conteúdo trabalhado; e,

10. Para encerrar o trabalho foi realizado um café com Química no próprio

estabelecimento escolar.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na sequência, segue a descrição dos experimentos e das atividades realizadas

com os alunos do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Doze de Novembro –

Ensino Médio e Profissional de Realeza (PR).

4.1 EXPERIMENTO 01: CALORIMETRIA

As primeiras atividades se relacionaram à parte teórica das aulas, onde o aluno

obteve através de pesquisas realizadas no Livro Didático Público e materiais extras

trazidos para enriquecer o conteúdo, a base do conteúdo a ser trabalhado no decorrer

deste estudo.

A pesquisa esteve voltada para o assunto da calorimetria. Trabalho realizado

em grupo e com montagem única dos alunos de uma definição para o item trabalho e

que é apresentado no quadro abaixo.

Quadro 1: Definição de Calorimetria. Fonte: Dados da autora, 2010.

CALORIMETRIA

Existem várias formas de energia na natureza, a maioria das quais são familiares: energia mecânica, elétrica, química, luminosa, sonora e nuclear. Estas formas de energia podem em geral se transformar umas nas outras como, por exemplo, uma lâmpada acesa transforma energia elétrica em energia luminosa, um motor funcionando transforma energia elétrica em mecânica, um rádio a pilha tocando uma música transforma energia química em energia sonora e assim por diante. Como resultado da maioria destas transformações, existe um tipo de energia que sempre aparece. É a normalmente chamada energia térmica, associada à grandeza física calor. Atualmente, considera-se calor como sendo uma forma de energia, quando em trânsito de um corpo para outro, existente enquanto houver uma diferença de temperatura entre eles.

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4.2 EXPERIMENTO 02: QUANTIDADE DE CALOR

Depois de trabalhado com o conceito de calorimetria, o tema referente à

quantidade de calor foi exposto e desenvolvido conforme descrito.

Como o calor é uma forma de energia, define-se a grandeza quantidade de

calor, cuja unidade no S.I. é, obviamente, o joule (J). No entanto, devido ao

desenvolvimento histórico, existe outra unidade, muito utilizada, que é a caloria (cal).

Por definição 1 cal é a quantidade de calor necessária para aquecer 1g de água de 14,5

ºc a 15ºc. A relação entre estas unidades é 1 cal 4,186J.

Objetivo do experimento:

� Construção do calorímetro, aparelho que mede a quantidade de calor absorvido

ou liberado em um processo químico ou físico e comparar a quantidade de calor,

representada pela letra Q.

Antes de realizar as práticas foram aplicadas as seguintes questões:

1) O que é um calorímetro?

2) O que acontece quando passamos álcool em nossas mãos?

3) Por que sentimos mais fome em dias mais frios do que em dias de mais calor?

4) Por que os bombeiros combatem incêndios comuns com água?

4.3 EXPERIMENTO 03: CONSTRUÇÃO DO CALORÍMETRO

Já no Laboratório de Química, os alunos tiveram a oportunidade de construir um

calorímetro. O trabalho foi proposto, dividindo-se a turma em pequenos grupos, o que

resultou ao todo em 08 calorímetros construídos.

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Material:

1 lata de refrigerante vazia 2 portas-lata de isopor (usados para latas de refrigerantes) 1 termômetro 1 abridor de latas 1 estilete 1 béquer de 300ml ou (vasilha medidora de volume) 1 panela para ferver água (ou outra vasilha que der para aquecer)

Procedimento:

• Com um abridor, retire a parte superior da lata (cuidado).

• Coloque a lata sem tampa dentro de um porta-lata.

• Corte o outro porta-lata, 3cm acima do fundo. Ele servirá de tampa para colocar sobre o primeiro porta-lata, e nele deverá ser fixado o termômetro de forma que a boca da lata fique dois centímetros abaixo da boca do isopor, conforme mostra a figura.

Figura 1: Calorímetro construído pelos alunos do 2º ano do EM. Fonte: Imagem feita por Rosane Ap. Bettin Baldissera, 2010.

IMPORTANTE: Antes da leitura de cada medida de temperatura, espere por 3 minutos

para que o termômetro entre em equilíbrio com o sistema.

A seguir, o esquema de montagem do calorímetro seguido pelos alunos.

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CONSTRUÇÃO DO CALORÍMETRO

1) Materiais.

2) Interior do copo Isopor.

3) Corte na lata de refrigerante.

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4) Lata de refrigerante e termômetro fixado no copo de Isopor.

5) Equipamento montado.

4.4 USANDO O CALORÍMETRO (ATIVIDADE I)

1. Com o termômetro, determine a temperatura ambiente (Tamb) e anote.

2. Deixe o calorímetro aberto para que fique na temperatura ambiente.

3. Ferva 250ml de água em uma vasilha

4. Meça 200ml de água fervente, determine sua temperatura e coloque-a no

calorímetro (corresponde à massa de 200g - ma) e feche com a tampa contendo

o termômetro.

5. Meça a temperatura da água com o termômetro (T1) e anote-o.

6. Espere 5 minutos, meça novamente a temperatura com o termômetro (T2) e

anote-o.

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7. Repita os procedimentos de 2 a 4, colocando um pedaço de um dos metais

dentro da lata com água antes de fechar.

8. Meça a temperatura do calorímetro contendo a água e o metal (T1) e anote-o.

Aguarde 5 minutos, meça a temperatura novamente (T2) e anote-o.

9. Repita o procedimento anterior com diferentes metais e anote os dados em uma

tabela.

Conteúdo do calorímetro

Temperatura inicial (T1) Temperatura final (T2)

Água

Água +g de Fe

Água + g de Cu

Água + g de Al

Análise os dados:

1) Foi observada a mesma variação de temperatura para os diferentes metais?

2) A massa do metal vai alterar o resultado do experimento? Justifique.

4.5 USANDO O CALORÍMETRO (ATIVIDADE II)

Reação de solução:

1. Com o termômetro determine a temperatura da água (Tºamb) em seguida adicione

o álcool tampe o calorímetro e com o termômetro veja a variação da temperatura.

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Reação de neutralização:

2. No calorímetro coloque o ácido acético (vinagre) e determine a Tº em seguida

adicione hidróxido de potássio (cinza) (KOH) dissolvido em água, tampe o

calorímetro e veja a variação da temperatura.

Reação de dissolução:

3. No calorímetro coloque 30 ml de água determine a Tº em seguida adicione uréia

com um bastão de vidro dissolva a uréia, tampe o calorímetro e veja o que

acontece com a temperatura.

Obs: 1 copo com água mais gelo espere condensar no lado de fora à água e em

seguida coloque uréia na água dentro do copo e veja o que acontece.

Calor de combustão Etanol:

a) Coloque no béquer 20 ml de água determine a temperatura.

b) Coloque o béquer em cima de um tripé, em baixo do tripé coloque uma tampinha de garrafa de metal com 2ml de álcool.

c) Quando terminar o álcool de queimar determine a temperatura da água novamente.

d) Em seguida use a fórmula:

c = Calor Específico

Variação H = c. (Tf - Ti). Nº mol total

Tf = temperatura final, Ti = temperatura inicial, H = entalpia

Determinar as calorias dos alimentos por grama:

a) No béquer ou qualquer outra vasilha que possa aquecer coloque 100 ml de água.

b) Determine a temperatura.

c) Na tampinha de garrafa coloque 1 ml de álcool.

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d) Coloque o béquer em cima do tripé, acenda o fogo na tampinha e coloque em baixo do béquer, quando acabar o álcool determine a temperatura.

e) Agora coloque na tampinha de garrafa 1 ml de álcool e um pedacinho de pão torrado ou qualquer alimento que possa queimar (amendoim) pese a massa do pão, em seguida coloque fogo e leve em baixo do tripé que está o béquer.

f) Após terminar de queimar determine a temperatura da água no calorímetro.

g) Medir a massa de pão que sobrou e calcule a variação da massa (∆M).

P/H2O: ∆T= T2 – T1

∆He = c H2O. ∆T. 100/18

h) P/H2O queimando com álcool mais torrada.

∆T´= T3 – T1

∆HET= cH2O . ∆T´.100/18

∆Htorrada= ∆HET – ∆He

∆Ht = ∆Htorrada /(∆M)

Sendo que, ∆Ht é a variação de entalpia por grama de torrada (J/g

ou cal/g).

Relação de exercícios:

1. Os alimentos são os grandes e mais importantes fontes de energia que temos à nossa disposição. Para termos uma alimentação balanceada, ou seja, rica em nutrientes e que forneça a quantidade necessária e suficiente de calorias para nosso organismo, é preciso estar atento. Vejamos a seguir alguns valores (aproximados) de energia fornecida:

Hambúrguer com queijo = 470kcal

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Sorvete = 270kcal

Maçã = 65kcal

Responda:

a) Como deverá ficar a conversão desses valores de energia citados, se transformados em quilojoule? Obs: 1cal = 4,184J

b) O que irá fornecer maior quantidade de energia: 1 hambúrguer com queijo, 2 sorvetes ou 5 maçãs?

2. Utilize as tabelas A e B para resolver os itens abaixo:

Tabela A Valores energéticos de alguns alimentos

Tabela B Energia consumida em atividade física

ALIMENTO kJ/g ATIVIDADE FÍSICA kJ/hora

Manteiga 30,41 Futebol 2300

Arroz 15,36 Voleibol 1500

Repolho verde 0,92 Tênis 1950

Bife grelhado 14,0 Corrida 2550

Batata frita 24,0 Caminhada 1150

Maçã 1,96

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a) Durante o almoço, uma pessoa come 50g de repolho, 150g de arroz, 30g de bife grelado, 60g de batata frita e uma maçã (100g). Determine o conteúdo energético fornecido por esta refeição em Kj e em Kcal.

b) Determine quantas horas esta pessoa teria que correr para consumir a quantidade de energia fornecida pelo almoço.

c) Suponha que o médico lhe prescreva uma dieta alimentar de 3000Kj e que, em uma refeição, você comeu 100g de arroz, 50g de batata frita e 150g de bife grelhado. Demonstre, por intermédio de cálculos, se você conseguiu ou não a recomendação do médico.

d) Em relação ao item anterior, qual atividade física você escolheria, para que no espaço de 1 hora fosse consumido o excesso de calorias ingerido durante a refeição?

3. Em uma noite fria de inverno, em qual banco você se sentaria: Em um banco de

concreto ou de madeira?

4. Observe se existe erro nesta frase: ”Esse casaco de lã é muito quente”?

Explique.

5. Solicitado a classificar determinados processos como exotérmicos ou

endotérmicos, um estudante apresentou este quadro:

Processo Classificação

Dissociação da molécula de hidrogênio em átomos

Exotérmico

Condensação de vapor de água Endotérmico

Queima de álcool Exotérmico

a) Considerando-se a conclusão obtida pelo estudante, qual é o número de erros cometidos em sua classificação? Corrija-os.

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6. Escreva as equações termoquímicas que representam as entalpias de:

a) Formação do CO2(g), variação H= - 74,9 Kj

b) Combustão do C2H2(g)variação H= -277,6 Kj

c) Dissolução C6H4(OH)2(aq) variação H= - 204 Kj

d) Neutralização do NaOH + HCl variaçãoH= -13,6 Kj

7. Se uma bebida está muito gelada e você deseja tomá-la o mais fria possível,

qual seria o copo mais adequado para servi-la: de vidro ou de alumínio?

8. Explique por que é mais demorado dar a partida nos carros movidos a álcool do

que nos carros movidos à gasolina?

9. Por que o calorímetro deve ser revestido com isopor?

10. Você deve ter observado que os garçons abrem garrafas de bebidas geladas

segurando somente pelo gargalo e nunca no meio da garrafa. Explique o motivo

deste procedimento.

11. Por que os bombeiros combatem incêndios comuns com água?

12. Dado os calores de combustão: Álcool combustível = - 27.000 kJ/kg Gás de

cozinha = - 50.000 kJ/kg. Qual combustível cozinha mais rápido o alimento:

álcool ou o gás de cozinha? Por quê? Obs: Considere que a massa de gás ou

álcool queimada é a mesma.

4.6 TÉRMINO DOS EXPERIMENTOS

Para culminar os experimentos, foi realizado nas dependências deste colégio,

um Café com Química, onde os alunos confraternizaram com a professora PDE.

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Figura 2: Confraternização dos alunos ao término dos experimentos.

Fonte: Imagens feitas pela autora, 2010.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com as DCE de Química (2008), é necessário que o professor

desenvolva um trabalho pedagógico de forma a contribuir para que o conhecimento

ganhe significado para o aluno, de forma que aquilo que lhe parece sem sentido seja

problematizado e apreendido.

No entanto, o Professor deve tomar cuidado para não empobrecer a construção

do conhecimento em nome de uma prática de contextualização, reduzir a abordagem

pedagógica aos limites da vivência do aluno, comprometendo o desenvolvimento de

sua capacidade crítica, investigadora e reflexiva, que impossibilite da compreensão dos

fatos e fenômenos.

22

O cerne da ciência Química é perceber, saber falar sobre e interpretar as transformações químicas da matéria (ou substâncias) causadas pelo favorecimento de novas interações entre as partículas constituintes da matéria, nas mais diversas situações (MALDANER, 1995, p.15).

A aplicação da teoria na prática e a valorização da ciência na tecnologia têm um

valor significativo no contexto social e terão como conseqüência um melhor

desempenho do indivíduo face aos desafios de uma sociedade contemporânea.

Levando em consideração que as habilidades e o estímulo a situações novas são

fatores essenciais ao indivíduo para que esse possa se sobressair em momentos

inéditos que irão aparecer. Entretanto, experimentos muito sofisticados podem causar a

idéia de que o fenômeno só ocorre em laboratório com aqueles instrumentos e apenas

com reagentes que encontramos no laboratório.

REFERÊNCIAS

ASTOLFI, Jean Pierre. A Didática das Ciências. Campinas, SP.: Papirus, 1991. BACHELARD, Gaston. Epistemologia.São Paulo: Zahar, 1983. CHAGAS, A. P. Como se faz Química – Uma reflexão sobre a química e a atividade do químico. Campinas: Unicamp, 1989.

DEBUS, Antônio Carlos. Formação de Professores de Ciências. São Paulo: Cortez, 1991. ESPERIDIÃO, Ivone Mussa; SCHIANO, Miltes Azevedo. Uma Experiência de Integração das áreas de Práticas de Ensino de Química e Biologia. Interdependências, São Paulo, V.1, n. 8, p.55-72, jan/jun.1996. FREITAG. Bárbara, et al. O Estado da Arte do Livro Didático no Brasil. Brasília: INEP, 1978. GILLESPIE, R. J. Químico Fato ou Ficção - Algumas Reflexões Sobre o Ensino de Química. Brasília: INEP, 1990. LOPES, A.R.C. Livros Didáticos: Obstáculos ao Aprendizado da Ciência Química. São Paulo: Química Nova, 1992.

23

MALDANER, O. A.; PIEDADE, M. do C. T. Repensando a Química. In: Química Nova na Escola. São Paulo: Divisão de Ensino de Química, SBQ v.1, p. 15-19, 1995.

MELLO, Guiomar. Magistério de 1º grau - da Competência Técnica ao Compromisso Político. São Paulo: Cortez, 1982. MIZUKAMI, M.G.N. Ensino: As Abordagens do Processo. São Paulo: EPU, 1986. MOREIRA, Mário Antonio. Uma Abordagem Cognitivista para o Ensino de Física. Porto Alegre: UFRS, 1983. OLIVEIRA, Régis. A Crítica ao Verbalismo e ao Experimentalismo no Ensino de Física e Química. Rio de Janeiro: Química Nova, 1992. OLIVEIRA, N. Desenvolvimento de materiais didático de baixo custo e as Relações entre o lúdico e a Experimentação Investigativa no Ensino de Química para o Ensino Médio. Encontro Nacional de Ensino de Química, Curitiba: 2008.

PARANÁ, Secretaria da Educação. SEED. Diretrizes Curriculares Estaduais de Química. Curitiba, 2008.

SANTOS, L. P. dos; MÓL, G. de S. Química e Sociedade. São Paulo: Nova Geração, p. 364, 2006.

SAVIANI, Dermeval. Educação: do Senso Comum à Consciência Filosófica. São Paulo: Cortez, 1980.

SITIOS CONSULTADOS

� http//diaadiaeducacao.pr.gov.br Acesso em setembro de 2009.

� http//BR.youtube.com/watch Acessado em maio de 2010.

� http/www.pontociencia.org.br Acessado em março de 2010.

� http//qnesc.sbq.org.br/> Acessado em março de 2010.

SUGESTÕES DE SÍTIOS

� http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br-química

Sempre disponível aos professores, de acesso livre e gratuito para os professores. Apresenta teses, dissertações, OAC, folhas, TV Paulo Freire etc...

24

� Química Nova na Escola: http://www.qnesc.sbq.org.br

� Ponto Ciência. Disponível em: http://www.pontociencia.org.br/index.php

Há fotos, vídeos e informações sobre experimentos de Química, Física, Biologia e Ciências. É de acesso gratuito e o professor pode publicar seus próprios trabalhos.

SUGESTÕES DE SONS E VÍDEOS

� http//BR.youtube.com/watch?v=gzQRDNjtqIU

O mundo de Beakman -Termodinâmica 1. Acessado em: 07/05/2010. O vídeo ressalta muito bem, calor e frio.

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PARANÁ

GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

Contrato de Cessão Gratuita de Direitos Autorais

Pelo presente instrumento particular, de um lado Rosane A. B. Baldissera, brasileira, casada, professora, CPF nº593775189-20, Cédula de Identidade RG nº 7.603.722-1 residente e domiciliado à Rua Monte Castelo, nº 3066, Bairro Padre Josimo na cidade de Realeza, Estado Paraná, denominado CEDENTE, de outro lado a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, com sede na Avenida Água Verde, nº 2140, Vila Izabel, na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, inscrita no CNPJ sob nº 76.416.965/0001-21, neste ato representada por seu titular Flávio Arns, Secretário de Estado da Educação, brasileiro, portador do CPF nº….........................., ou, no seu impedimento, pelo seu representante legal, doravante denominada simplesmente SEED, denominada CESSIONÁRIA, têm entre si, como justo e contratado, na melhor forma de direito, o seguinte:

Cláusula 1ª – O CEDENTE, titular dos direitos autorais da obra (título ou descrição do texto / poesia / letra de música / ilustração / fotografia / filme / painel / pintura / obra / discurso / palestra / melodia / outros arquivos de áudio / etc.), cede, a título gratuito e universal, à CESSIONÁRIA todos os direitos patrimoniais da obra objeto desse contrato, como exemplificativamente os direitos de edição, reprodução, impressão, publicação e distribuição para fins específicos, educativos, técnicos e culturais, nos termos da Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998 e da Constituição Federal de 1988 – sem que isso implique em qualquer ônus à CESSIONÁRIA.

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Cláusula 2ª – A CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra autoral ao qual se refere a cláusula 1.ª deste contrato em qualquer tipo de mídia, como exemplificativamente impressa, digital, audiovisual e web, que se fizer necessária para sua divulgação, bem como utilizá-la para fins específicos, educativos, técnicos e culturais.

Cláusula 3ª – Com relação a mídias impressas, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra em tantas edições quantas se fizerem necessárias em qualquer número de exemplares, bem como a distribuir gratuitamente essas edições.

Cláusula 4ª – Com relação à publicação em meio digital, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra, objeto deste contrato, em tantas cópias quantas se fizerem necessárias, bem como a reproduzir e distribuir gratuitamente essas cópias.

Cláusula 5ª - Com relação à publicação em meio audiovisual, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar e utilizar a obra, objeto deste contrato, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, seja em canais de rádio, televisão ou web.

Cláusula 6ª - Com relação à publicação na web, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra, objeto deste contrato, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, em arquivo para impressão, por escrito, em página web e em audiovisual.

Cláusula 7ª – O presente instrumento vigorará pelo prazo de 05 (cinco) anos contados da data de sua assinatura, ficando automaticamente renovado por igual período, salvo denúncia de quaisquer das partes, até 12 (doze) meses antes do seu vencimento.

Cláusula 8ª – A CESSIONÁRIA garante a indicação de autoria em todas as publicações em que a obra em pauta for veiculada, bem como se compromete a respeitar todos os direitos morais do autor, nos termos da Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998 e da Constituição Federal de 1988.

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Cláusula 9ª – O CEDENTE poderá publicar a obra, objeto deste contrato, em outra(s) obra(s) e meio(s), após a publicação ou publicidade dada à obra pela CESSIONÁRIA, desde que indique ou referencie expressamente que a obra foi, anteriormente, exteriorizada (e utilizada) no âmbito do Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED-PR.

Cláusula 10ª – O CEDENTE declara que a obra, objeto desta cessão, é de sua exclusiva autoria e é uma obra inédita, com o que se responsabiliza por eventuais questionamentos judiciais ou extrajudiciais em decorrência de sua divulgação.

Parágrafo único – por inédita entende-se a obra autoral que não foi cedida, anteriormente, a qualquer título para outro titular, e que não foi publicada ou utilizada (na forma como ora é apresentada) por outra pessoa que não o seu próprio autor.

Cláusula 11ª – As partes poderão renunciar ao presente contrato apenas nos casos em que as suas cláusulas não forem cumpridas, ensejando o direito de indenização pela parte prejudicada.

Cláusula 12ª – Fica eleito o foro de Curitiba, Paraná, para dirimir quaisquer dúvidas relativas ao cumprimento do presente contrato.

E por estarem em pleno acordo com o disposto neste instrumento particular a CESSIONÁRIA e o CEDENTE assinam o presente contrato.

Curitiba, 14 de Junho de 2011

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CEDENTE

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CESSIONÁRIA

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TESTEMUNHA 1

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TESTEMUNHA 2