Da Eficácia Da Pena x Sistema Penitenciário Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

download Da Eficácia Da Pena x Sistema Penitenciário Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

of 52

Transcript of Da Eficácia Da Pena x Sistema Penitenciário Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    1/52

    Afrnio Silva Magalhes

    DA EFICCIA DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE

    VSVSSISTEMA PENITENCIRI BRASILEIR

    !"#!

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    2/52

    Afrnio Silva Magalhes

    DA EFICCIA DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE

    VSVSSISTEMA PENITENCIRIO BRASILEIRO

    Monografia apresentada coo re!"isito parcia# dea$a#ia%&o da discip#ina de orienta%&o etodo#'gica dotra(a#)o de conc#"s&o do c"rso de grad"a%&o eBac)are# e Direito da *ni$ersidade Sa#gado deO#i$eira+ ,- per.odo+ N/0

    rea de Concentra%&o1 Direito Pena#

    Orientadora1 Mic)e#e Cristie PereiraMestre e Direito Epresaria#

    Be#o 2ori3onte

    45/4

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    3/52

    Afrnio Silva Magalhes

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    4/52

    DA EFICCIA DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE

    VSVSSISTEMA PENITENCIRI BRASILEIR

    Monografia apresentada coo re!"isitoparcia# de a$a#ia%&o da discip#ina deorienta%&o etodo#'gica do tra(a#)o deconc#"s&o do c"rso de grad"a%&o e(ac)are# e Direito da *ni$ersidade Sa#gadode O#i$eira+ ,- per.odo+ N/0

    APROVADA e 666666666666666666+ 666 de 666666666666666666 de45/4

    BANCA E7AMINADORA

    66666666666666666666666666E7AMINADOR /+ *NIVERSO

    66666666666666666666666666E7AMINADOR 4+ *NIVERSO

    66666666666666666666666666E7AMINADOR 8+ *NIVERSO

    666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666MIC2ELE CRISTIE PEREIRA9 MESTRE EM DIREITO EMPRESARIAL

    *NIVERSO

    :ORIENTADORA;

    Be#o 2ori3onte

    M< 9 BRASIL

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    5/52

    A*TORI=O A C>PIA E DIV*L

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    6/52

    Em memria de meu Pai, demais antepassados e minhaMe,

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    7/52

    por proporcionarem a existncia e a gradativa evoluodesta famlia

    !alada na ina"al#vel honestidade e determinao$

    % meus irmos e demais familiares,pela ami&ade, carinho e crena em meu sucesso$

    Em especial, a minha maravilhosa 'lha,

    pelo amor, ami&ade, dedicao eincondicional apoio

    OFEREO

    %os amigos e professores (ue

    compartilharam comigo

    momentos de sa"eria,

    compreenso e eterno pra&er

    em minha tra)etria de vida$

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    8/52

    DEDICO

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    9/52

    AGRADECIMENTOS

    Meus sinceros agradecimentos aos educadores, (ue me

    nortearam desde o incio de minha tra)etria como

    educando, estendendo aos da presente graduao, em

    especial minha orientadora, Professora *ra Michele

    !ristie Pereira, (ue nesse processo educacional

    continuado, su"sidiaram informa+es e conhecimentos,compartilhando suas idias e re-ex+es, possi"ilitando

    assim, meu aperfeioamento at este enorme passo em

    minha vida pessoal e pro'ssional %gradeo tam"m

    aos meus amigos e companheiros da turma ./,

    integrantes do corpo docente, (ue contri"uram com

    aportes intelectuais e discuss+es ao longo do curso,fundamental e de grande valia para ela"orao deste

    tra"alho de concluso do !urso 0acharel em *ireito

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    10/52

    REFLEXO

    Da Efccia Da Pena Retributia e Re!!"cia#i$a%"ra&

    1% certe&a de uma castigo, ainda (ue moderado, produ&ir#

    sempre uma impresso mais forte do (ue o temor de outra

    mais terrvel unida 2 esperana da impunidade, por(ue os

    males, ainda (ue mnimos, (uando so certos, intimidam

    sempre os 3nimos humanos4

    50E!!%67%, !sar, *ei delitti e delle pene, 8 99:

    D"! Direit"! ' Di(ni%a%e %a Pe!!"a )u*ana&

    1.o existe li"erdade onde as leis permitem (ue, em

    determinadas circunst3ncias, o homem deixe de ser pessoa

    e se converta em coisa4

    50E!!%67%, !sar, *ei delitti e delle pene, 99V77:

    1% priso, conse(uentemente, em ve& de devolver asociedade indivduos corrigidos, espalha na populao

    delin(;entes perigosos4

    5Michel :

    10

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    11/52

    BI$RAFIA

    AFRNIO SILVA MA

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    12/52

    S+M,RIO

    LISTA DE SIM-OLOS..

    RES+MO

    .

    /

    A-STRACT

    /

    ?REFER0NCIAL TE1RICO

    . INTROD+O

    .

    2

    3 DO DIREITO PROCESS+AL PENAL E A FASE PR45PROCESS+AL666666666666

    /

    @A

    / *% S%.BCD PE.%

    /

    FA

    A *DS E

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    13/52

    13

    3

    CarcerriaQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQ

    QQ:6

    / Su>re!!=" %a Re!!"cia#i$a

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    14/52

    14

    LISTA DE S%MBLS

    CF Constit"i%&o Federa#

    LEP Lei de Eec"%&o Pena#

    CP C'digo Pena#

    CPP C'digo Processo Pena#

    EMLEP Eposi%&o de Moti$os da Lei de Eec"%&o Pena#

    *FR *ni$ersidade Federa# do Rio de aneiro

    14

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    15/52

    15

    RES&M

    O presente tra(a#)o ana#isa as caracter.sticas do Sistea Penitencirio Brasi#eiro+!"e J rep#eto de a3e#as0 Os efeitos inerentes U nat"re3a do crcere ag#"tinase

    Us deficincias estr"t"rais dos esta(e#ecientos penais+ U s"per#ota%&o+ Uociosidade e ineros o"tros+ !"e constit"e '(ice U ressocia#i3a%&o docondenado0 Proc"ro"se deonstrar !"ais s&o os efeitos reais+ contrrios Uregenera%&o+ !"e o sistea iprie no preso e !"ais as conse!ncias para asociedade coo " todo0 A pris&o+ por ser segregati$a por nat"re3a W constit"i'(ice U ressocia#i3a%&o0 tarefa iposs.$e# ressocia#i3ar a#g"J o retirando doeio socia#+ e Wogandoo e eio a o"tros criinosos0 As condi%Xes precrias e!"e J desen$o#$ida a pena no crcere+ config"ra ofensa a " dos principaisdireitos do )oe !"e n&o J atingido pe#a condena%&o+ U dignidade da pessoa)"ana0 A s"per#ota%&o dos pres.dios ipede a ap#ica%&o de " trataentoressocia#i3ador eficiente ante a fa#ta de estr"t"ra para atendiento a todos+ e dessafora n&o se atende U indi$id"a#i3a%&o da pena0 Portanto a pena pri$ati$a de#i(erdade te se f"ndaentado t&o soente pe#a retri("i%&o ao a# coetido+"itas $e3es+ se !"e )aWa a de$ida proporciona#idade+ e#a n&o reed"ca+ n&oressocia#i3a e n&o propicia a reintegra%&o do econdenado+ a#J de n&o c"prir af"n%&o intiidati$a+ pois o !"e ipera na co"nidade criinosa J o sentiento deip"nidade0 O apoio co"nitrio na ("sca pe#a ressocia#i3a%&o e reintegra%&o docondenado e sociedade J de f"ndaenta# iportncia+ e ineros proWetos deorige no setor pri$ado e parceria co o Estado $ sido desen$o#$idos co ao(ten%&o de ece#entes res"#tados0 Por fi+ proc"ro" se deonstrar !"e penasa#ternati$as e s"(stit"i%&o U pena pri$ati$a de #i(erdade+ co o escopo de

    ressocia#i3ar e e$itar os efeitos criin'genos da pris&o constit"e o e#)orcain)o na inten%&o de so#"cionar o" pe#o enos itigar a pro(#eticapenitenciria0 E nesse sentido o ordenaento W"r.dico (rasi#eiro te progredidoco a despena#i3a%&o de $rias infra%Xes+ peritindo !"e seWa as penaspri$ati$as de #i(erdade s"(stit".das por restriti$as de direito+ !"e deonstra ser"ito ais pedag'gicas0 Os res"#tados s&o a sens.$e# red"%&o dos .ndices decriina#idade e reincidncia0

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    16/52

    16

    ABSTRACT

    T)is Scientific KorY )as a goa# to e#"cidate a groKing necessitZ of en)ancing t)e offerto )ea#t) ser$ice+ incorporating to t)e act"a# )ea#t) sZste 9 S0*0S0+ cop#eentarZ

    and integrating t)erape"tics practices0 Scientifica##Z pro$ed its efficacZ in t"ne to t)e

    act"a# #egis#ation0 So as to aYe t)e accessi(#e to a## t)ro"g) t)e priarZ p"(#ic

    )ea#t)0 Attending to t)ese concepts Ke present S2ANTALA0 A sip#e tec)ni!"e+ ("t

    Kit) a great efficiencZ+ dea#ing Kit) t)e in$o#$eent and on t)e ot)er )and t)e

    (eneficiaries fro t)is t)erape"tic practice0 E$en t)o"g) its #oK cost to t)e p"(#ic

    ser$ice+ t)is deands on#Z a training progra to t)e professiona#s a#readZ incorporated

    to t)e sZste and t)eir straig)t assistance to t)e pregnant0 It can (ring to t)is neK

    fai#Z core+ se$era# (enefits to its p)Zsica# )ea#t)+ psZc)o#ogica# and socia# )ea#t)0

    MaYing possi(#e to t)e f"t"re generations a aWor eotiona# connection0 According to

    t)e socia# rea#itZ+ t)at tends to gi$e pri$i#ege to t)e inoritZ of t)e pop"#ation+ (eca"se

    of an "n(a#anced po#itica# opport"nitZ+ Ke s)o"#d at #east KarrantZ t)is socia# c#ass+ t)e

    access to )ea#t) and Ke## (eing0 Inside of a go$ernenta# econoic rea#itZ0 MaYe

    necessarZ to ree(er t)at t)is intention to )a$e access to )ea#t) is a constit"tiona#

    rig)t+ t)at t)e peop#e )as and it is t)e State d"tZ0

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    17/52

    17

    #' INTRD&()

    O tra(a#)o acadico desen$o#$ido+ inicia#ente proc"ro" ana#isar as

    penas propriaente ditas+ deonstrando a s"a orige e e$o#"%&o )ist'rica+

    sisteati3ando s"a f"n%&o o(Weti$a a cada oento0

    E seg"ida parti para a an#ise das espJcies de penas+ enfocando

    a!"e#as !"e copXe o sistea p"niti$o (rasi#eiro+ as f"ndaenta%Xes do"trinrias

    acerca de s"a ap#ica%&o+ os se"s princ.pios #iitadores+ c"#inado co as $eda%Xes

    ipostas pe#a Carta Magna0

    O est"do gera# ostra !"e na aioria dos ordenaentos W"r.dicopenais

    J a pena pri$ati$a de #i(erdade o principa# eio de contro#e socia#+ portanto fa3se

    necessria "a an#ise ta(J dos sisteas prisionais+ "a $e3 !"e estes s&o os#ocais do c"priento desta pena0

    A idJia de !"e o Sistea Penitencirio at"a# est #onge de a#can%ar se"s

    o(Weti$os n&o J incorreta+ )aWa $ista o po"co desta!"e !"e se d U )"ani3a%&o da

    pena e $a#ori3a%&o da pessoa )"ana0 A reincidncia J )oWe " pro(#ea cr[nico e

    todo o "ndo+ tornandose "a (arreira ao con$.$io pac.fico e )aronioso entre as

    pessoas0 Nesse conteto+ apresentase " sistea carcerrio co grandes

    deficincias+ tais coo+ por eep#o+ a fa#ta de espa%o para a )"ani3a%&o e

    rec"pera%&o do s"Weito encarcerado e s"a reinser%&o na sociedade+ o !"e )oWe J feitode fora inade!"ada o" nada eficiente0

    O at"a# sistea de eec"%&o pena# instit"i" !"e a pena pri$ati$a de

    #i(erdade de$e se dirigir e dois cain)os essenciais+ o da p"ni%&o+ so( a 'tica do

    carter retri("ti$o+ e o da rec"pera%&o do indi$.d"o infrator+ carter ressocia#i3ador0 O

    !"e+ por conse!"ncia+ aca(a por atingir tanto os !"e est&o fora !"anto os !"e est&o

    dentro da pris&o0 Todos se torna a#$os desse paradoo sistea penitencirio

    (rasi#eiro0

    Adeais+ ("sco"se ta(J enfocar e deonstrar !"ais s&o os

    pro(#eas enfrentados pe#o sistea penitencirio (rasi#eiro0 O !"e possi(i#ito"

    e$idenciar !"e a f"n%&o pedag'gica da pena pri$ati$a de #i(erdade n&o te sido

    efeti$aente c"prida0 O disc"rso ressocia#i3ador da pris&o te representado

    $erdadeira fa#cia0

    O c"priento da pena restriti$a de #i(erdade apresenta ineros

    efeitos negati$os+ desencadeados por fatores de orde ateria#+ socia# e psico#'gica0

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    18/52

    18

    Assi faticaente constatase+ atra$Js dos e#e$ados .ndices de criina#idade e

    reincidncia+ !"e )istoricaente a instit"i%&o prisiona# fracasso"+ e n&o oferece atJ a

    at"a#idade condi%&o digna e efica3 para a regenera%&o do de#in!"ente0

    Diante dessa #aent$e# traWet'ria+ entre c"prir a pena e ressocia#i3ar+

    a#go ainda carece de odifica%&o0 A sociedade o$ida+ s"(#iinarente+ por "

    estado de inseg"ran%a e sensa%&o de ip"nidade+ iat"raente c#aa pe#a

    incriina%&o e ap#ica%&o de penas ais se$eras+ o !"e W se deonstro" fa#)o e

    inefica3 e nossa ci$i#i3a%&o at"a#0

    Nesse conteto+ n&o resta "itas a#ternati$as ao g"ardi&o da W"sti%a e

    da pa3 socia#+ !"e "ti#i3a as c#assificadas penas a#ternati$as+ coo a presta%&o de

    ser$i%os U co"nidade+ o !"e t se ostrado o eio ais eficiente na regenera%&o

    do condenado+ de certo ainda #onge do ais efica30

    Fa3se necessrio ref#etiros !"e todos n's+ seres )"anos+ integrantes

    de "a sociedade g#o(a#i3ada+ estaos s"scet.$eis a " des#i3e e+ por conse!"ncia+

    estando s"(etido ao cri$o da condena%&o e eios !"e a pr'pria sociedade e#eger

    coo ais ade!"ada aos fins do carter retri("ti$o e ressocia#i3ador0

    Este #tio tratado por a#g"ns a"tores coo carter prec.p"o

    socia#i3ador+ pois J sa(ido !"e grande parte de nossa sociedade nasce+ cresce e J

    socia#i3ada+ despro$ida de eios ade!"ados a s"a idea# fora%&o socia#+ e

    decorrncia de " Estado !"e esta #onge de ser c#assificado coo ig"a#itrio+ face ao

    presente dese!"i#.(rio de c#asses sociais !"e integra o todo0 Ref#etindose

    diretaente+ na ipercept.$e# e#e$a%&o nos .ndices de ID2 do Brasi#+ di$"#gado e

    45// pe#o Prograa das Na%Xes *nidas para Desen$o#$iento0

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    19/52

    19

    !' DA SAN() PENAL

    !'#' San*o Penal+ Con,ei-o

    Por s"a pr'pria nat"re3a+ o )oe tende a ser a("si$o na fr"i%&o de se"s

    direitos0 Portanto para !"e )aWa )aronia nas re#a%Xes sociais+ tornase necessrio ainter$en%&o estata# para a pacifica%&o das re#a%Xes e conf#ito+ atra$Js de "

    dispositi$o de p"ni%&o0 Dessa fora+ s"rge a pena co a fina#idade ine!".$oca de

    p"ni%&o e retri("i%&o ao a# ca"sado0

    !'!' Efei-os .a Pena

    A pena J tida coo conse!"ncia #ega# da cond"ta i#.cita+ e s"a

    concreti3a%&o J o o(Weti$o fina# da a%&o pena#0 Vrios s&o os conceitos do"trinrios+

    entretanto nen)" a"tor discorda de !"e toda san%&o te fina#idade retri("ti$a0A pena J "a san%&o af#iti$a iposta pe#o Estado+ atra$Js da a%&o pena#+

    ao a"tor e "a infra%&o pena#+ coo retri("i%&o de se" ato i#.cito+ consistente na

    diin"i%&o de " (e W"r.dico e c"Wo fi J e$itar no$os de#itos0

    PorJ+ co a concep%&o at"a# do Estado Deocrtico de Direito+ a pena

    n&o de$e ter carter ec#"si$aente retri("ti$o+ as ta(J de$e ser direcionada a

    "a fina#idade "ti#itria e pre$enti$a0 A#in)ados a esse entendiento+ os

    do"trinadores Edi#son Bonfi e Fernando Cape3+ define o conceito oderno da

    pena coo1

    Sano penal de carter aflitivo, imposta pelo Estado, em

    execuo de uma sentena, ao culpado pela prtica de

    infrao penal, consistente na restrio ou privao de um

    bem jurdico, cuja finalidade aplicar a retribuio punitiva ao

    delinqente, promover sua reabilitao social e prevenir novas

    transress!es pela intimidao diriida " coletividade#$

    :Fernando Cape3 \ Bonfi+ 455G+ p0 H84;

    A pena de$e ser orientada por #iita%Xes principio#'gicas e fins a !"e se

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    20/52

    20

    destina+ para !"e seWa e$itados a("sos e ar(itrariedades do Poder P(#ico0 Dessa

    fora+ o Estado+ tit"#ar do ]W"s p"nieni^ se a"to#iita+ $a#endose da pena e #tia

    circ"nstncia coo eio de repriir as cond"tas i#.citas0

    /' DAS ESP0CIES DE PENAS+

    /'#' Pena Priva-iva .e Li1er.a.e

    A pena pri$ati$a de #i(erdade J a!"e#a !"e restringe+ co aior o" enor

    intensidade+ a #i(erdade do condenado+ consistente e peranecer e a#g"

    esta(e#eciento prisiona#+ por " deterinado tepo0

    S&o d"as as penas pri$ati$as de #i(erdade confore descrito no Art0 88 do

    C'digo Pena# Brasi#eiro1 Rec#"s&o e Deten%&o0 A prieira+ a ais gra$e+ copreende

    se" c"priento e trs regies1 fec)ado+ seia(erto e a(erto a seg"ndacoporta apenas dois regies1 seia(erto e a(erto sa#$o necessidade de

    transferncia a regie fec)ado0 Todas pre$istas e ipostas na conforidade da

    gra$idade do crie0

    As penas pri$ati$as de #i(erdade s&o c"pridas e regie progressi$o0

    " prograa grad"a# de c"priento da pri$a%&o da #i(erdade+ por fase o" etapas

    sendo c)aadas co"ente pe#a sociedade de ]pris&o^ e fora instit".das co trs

    o(Weti$os (sicos1 a reed"ca%&o+ a ressocia#i3a%&o e a pre$en%&o0

    Assi+ esperase !"e este tepo !"e o de#in!ente esti$er pri$ado de s"a#i(erdade e#e estar sendo preparado todos os dias para !"e+ ao fina# de s"a pena e#e

    possa no$aente ser co#ocado e #i(erdade tendo a percep%&o do erro coetido para

    n&o ais fa3#o+ co isso a#can%ar o o(Weti$o de pre$en%&o para !"e o de#in!ente

    n&o $o#tasse a praticar o eso erro o" o"tro see#)ante e ta(J para !"e os

    deais e(ros da sociedade n&o coeta tais atos para !"e n&o sofra a esa

    conse!ncia0

    A pris&o+ s.(o#o do direito de p"ni%&o do Estado+ te$e+ !"ando de s"a

    ip#anta%&o no Brasi#+ "ti#i3a%&o $ariada1 foi a#oWaento de escra$os e eescra$os+

    ser$i" coo asi#o para enores e crian%as de r"a+ foi conf"ndido co )osp.cio o"

    casa para a(rigar doentes entais e+ fina#ente forta#e3a para encarcerar os iniigos

    po#.ticos0 Mon"ento io de constr"%&o da ec#"s&o socia#+ cercado por "ros

    a#t.ssios o" e i#)as e #"gares in'spitos+ escondia "a rea#idade descon)ecida+ e Us

    $e3es pe#a pop"#a%&o1 os a"stratos+ a tort"ra+ a proisc"idade e os $.cios0

    Na #egis#a%&o Ptria+ assi coo na aioria dos ordenaentos W"r.dicos+

    a pena pri$ati$a de #i(erdade J a ais ap#aente "ti#i3ada coo reprienda0 Apesar

    de ser (astante criticada por "itos !"anto U s"a eficcia+ considerase " a# ao

    !"a# n&o se pode a(rir &o0

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    21/52

    21

    O ProWeto A#ternati$o a#e&o epressa esse entendiento ao dispor !"e1

    a pena uma amara necessidade de uma comunidade de

    seres imperfeitos como so os %omens$#

    :Bitenco"rt+ /,,8 p0/,4;0

    O esta(e#eciento penitencirio J destinado aos condenados U pena de

    rec#"s&o e regie fec)ado+ caracteri3andose pe#o tra(a#)o d"rante o dia e

    iso#aento no per.odo not"rno+ podendo ser rea#i3ado tra(a#)o eterno e o(ras o"

    ser$i%os p(#icos0

    O regie seia(erto+ confore Art0 8 do C'digo Pena# e Art0 ,/ da Lei

    de Eec"%&o Pena#+ a(os $ersa so(re os condenados U pena pri$ati$a de

    #i(erdade e regie seia(erto+ !"e de$e ser rea#i3ado e Co#[nia Pena# agr.co#a+

    ind"stria# o" sii#ar+ possi(i#itando o tra(a#)o eterno+ ta# coo fre!"ncia e c"rsos

    profissiona#i3antes o" de instr"%&o0

    O regie a(erto+ pre$isto no Art0 8H do C'digo Pena# e Art0 ,8 da Lei de

    Eec"%&o Pena#+ de$e ser c"pridos e Casa de A#(ergado+ ta(J se destinando

    ao c"priento da pena de #iita%&o de fi de seana0 Este te f"ndaenta%&o na

    a"todiscip#ina e senso de responsa(i#idade+ confore o Art0 8H do C'digo Pena#+ tendo

    por caracter.stica o tra(a#)o o" est"do eterno+ se !"e )aWa $igi#ncia+ co

    reco#)iento no per.odo not"rno e nos dias de fo#ga0

    O regie da pena pri$ati$a de #i(erdade fiado na senten%a pena#

    condenat'ria n&o J definiti$o+ as inicia# caracteri3ado pe#a eec"%&o progressi$a da

    pena para regie ais (rando+ podendo ta(J )a$er a regress&o a regie ais

    rigoroso+ o(ser$andose os re!"isitos #egais+ !"ais seWa o (o coportaento do

    apenado e o critJrio tepora#0 A esse respeito dispXe a Lei de Eec"%&o Pena#+ e

    se" Art0 //41

    &rt#''( ) & pena privativa de liberdade ser executada em

    forma proressiva com a transfer*ncia para reime menosrioroso, a ser determinada pelo jui+, quando o preso tiver

    cumprido ao menos um sexto da pena no reime anterior e

    ostentar bom comportamento carcerrio, comprovado pelo

    diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam

    a proresso#$

    /'!' Pena Res-ri-iva .e Direi-o

    Constit"e toda e !"a#!"er edida !"e $en)a a ipedir a iposi%&o da

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    22/52

    22

    pena pri$ati$a de #i(erdade+ tais coo repara%&o do dano etinti$a da p"ni(i#idade+

    eigncia de representa%&o do ofendido para deterinados cries+ transa%&o pena#+

    s"spens&o condiciona# do processo+ coposi%&o ci$i# caracteri3adora da renncia ao

    direito de !"eia o" representa%&o+ etc0

    So aquelas que suprimem parcial ou totalmente o exerccio

    de determinados direitos do apenado e substituem a pena de

    priso#$

    :Fernando Cape3+ 455G+ p0 H,;

    As restriti$as de direito s"rge coo "a a#ternati$a U pena pri$ati$a de

    #i(erdade de c"rta d"ra%&o+ W !"e essa apresenta$a a#tos .ndices de reincidncia0 E

    /G de de3e(ro de /,,5+ no _- Congresso da ON*+ foi apro$ada a proposta !"e

    ("sca$a a ap#ica%&o dessas edidas s"(stit"ti$as+ sendo con)ecida coo ]Regras

    M.nias das Na%Xes *nidas para a E#a(ora%&o de Medidas N&o Pri$ati$as de

    Li(erdade^0 Co pre$is&o #ega# nos Art0s 84+ II e G8+ I a VI+ todos do C'digo Pena#

    Brasi#eiro+ constit"e a presta%&o pec"niria+ perda de (ens e $a#ores+ presta%&o de

    ser$i%os U co"nidade o" entidades p(#icas+ interdi%&o teporria de direitos e

    #iita%&o de fi de seana0

    A denoina%&o dada a ta# espJcie de penas sofre cr.ticas da do"trina0

    &penas a interdio temporria de direitos possui nature+a de

    restrio efetiva de direitos e prop!e a seuinte classificao

    privativas de liberdade -recluso e deteno./ restritivas de

    liberdade -priso domiciliar, limitao de fim de semana e

    prestao de servios " comunidade./ restritivas de direitos

    -interdio temporria de direitos./ e pecunirias -multa,

    prestao pecuniria e perda de bens e valores.#$

    Atentandose ao sistea pena# $igente+ as penas restriti$as de direito n&o

    s&o acess'rias+ as si a"t[noas+ e se re$este de carter s"(stit"ti$o e re#a%&o

    Us penas pri$ati$as de #i(erdade+ co o disposto no artigo+ GG+ cap"t do Estat"to

    Pena#1

    &s penas restritivas de direitos so aut0nomas e substituem

    as privativas de liberdade 1###2$#

    Dessa fora n&o J aditida a c""#a%&o da pena restriti$a de direito U

    pri$ati$a de #i(erdade+ sa#$o se )o"$er epressa pre$is&o #ega# e sentido contrrio0

    O(ser$ese ta(J !"e tais san%Xes n&o s&o ap#icadas diretaente ao agente desde

    o in.cio da eec"%&o de s"a pena0 Essas s"(stit"e a pena iposta originariaente+portanto n&o se conf"nde co a espJcie de pena a#ternati$a !"e J ap#icada desde o

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    23/52

    23

    in.cio e diretaente0

    /'/' Pena .e M2l-a

    As penas de nat"re3a pec"niria eiste desde a antig"idade reota+

    apesar de poss".re carter ec#"si$aente indeni3at'rio+ ta# coo ocorre at"a#ente

    na repara%&o ci$i# por perdas e danos0 Se n&o $eWa a interpreta%&o do"trinria1

    & multa, de lara aplicao na &ntiuidade, ressuriu com

    rande intensidade na alta idade 3dia e depois foi

    radualmente sendo substituda por severos sistemas

    corporais e capitais, as quais, por sua ve+ cederam terreno,

    por volta do sculo 4566, "s penas privativas de liberdade#$

    Ce3ar Ro(erto Bitenco"rt :/,,8+ p0 G,/;1

    A pena de "#ta encontrase pre$ista na Constit"i%&o Federa# e se"

    artigo -+ 7LVI+ ]c^+ e na #egis#a%&o ordinria nos Art0s 84+ III e G,+ a(os do C'digo

    Pena#0 8H

    3' EVL&() 4IST5RICA D SISTEMA PENITENCIRI

    3'#' Evol2*o .a Pena .e Priso A-rav6s .a 4is-7ria

    S"rgi" na idade MJdia a pena de pris&o0 Era ap#icada nos osteiros+ coo

    p"ni%&o iposta aos onges o" c#Jrigos fa#tosos+ fa3endo co !"e se reco#)esse

    Us s"as ce#as para se dedicare+ e si#ncio U edita%&o e se arrependere da fa#ta

    coetida+ reconci#iandose assi co De"s0 A retratada pena pri$ati$a de #i(erdade J

    a ais #argaente "ti#i3ada pe#as #egis#a%Xes odernas e re#a%&o Us o"tras

    san%Xes0

    Antes do sJc"#o 7VII+ a pris&o era apenas " esta(e#eciento de

    c"st'dia+ e !"e fica$a detidas as pessoas ac"sadas de crie+ U espera de

    senten%a+ (e coo doentes entais e pessoas pri$adas do con$.$io socia#+ por

    cond"tas consideradas des$iantes+ coo por eep#o+ a prostit"i%&o o" !"estXes

    po#.ticas0

    No fina# do sJc0 7VII+ a pena pri$ati$a de #i(erdade tornase a principa#

    fora de p"nir+ e a pris&o passa a ser+ f"ndaenta#ente o #oca# de eec"%&o das

    penas0 A partir de ent&o se passa a perce(er a iportncia so(re o est"do das

    condi%Xes de $ida dos detentos+ posto !"e a fina#idade da referida san%&o n&o poss"a

    t&o soente fina#idade retri("ti$a e pre$enti$a+ as ta(J te carter de

    reintegra%&o socia#0 Nesse conteto+ s"rge a a"tonoia do Direito Penitencirio+ sendo

    definido do"trinariaente coo1

    conjunto de normas jurdicas relativas ao tratamento do preso

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    24/52

    24

    e ao modo de execuo da pena privativa de liberdade,

    abranendo, por conseuinte, o reulamento penitencirio$#

    Arida Bergaini Mioto :/,+ p0 H8;

    $um conjunto de normas jurdicas reuladoras da execuo das

    penas e medidas privativas de liberdade$#

    "#io Fa((rine Mira(ete :4555+ p0 4/;

    Ta# a"tonoia res"#ta da prote%&o dos direitos )"anos do condenado0

    Constit"indo ultima ratio$da po#.tica criina#+ o #egis#ador de$e direcionar a pena de

    pris&o a inii3ar se" efeito negati$o e criin'geno e dar#)e " sentido positi$o+

    prospecti$o e ressocia#i3ador0

    No Brasi# s"rge d"rante o sJc"#o 7I7+ co o prieiro C'digo Criina#+pro"#gado e /_85+ a prieira+ ent&o c)aada+ Casa de Corre%&o da Corte0

    Ina"g"rada e /_5+ posteriorente transforada no cop#eo Penitencirio Frei

    Caneca+ #oca#i3ado no centro do Rio De aneiro0 Este deo#ido+ recenteente+ no ano

    de 45/50

    Este no$o sistea+ U Jpoca+ foi recepcionado coo " arco

    ci$i#i3at'rio+ e "a sociedade e !"e os cries era+ atJ ent&o+ p"nidos co

    castigos corporais0 As Ordena%Xes Fi#ipinas de /H58+ e !"e reg"#a$a a pena#idade

    no pa.s+ no !"a# pre$ia p"ni%Xes coo ]orte nat"ra#^+ ]orte nat"ra# cr"e#ente^+a%oite+ "ti#a%&o+ tra(a#)os for%ados e degradantes+ entre o"tras0 Sendo este

    s"(stit".do pe#o o C'digo de /_850

    No oento e !"e esse no$o ode#o c)ego" ao Brasi#+ s"as

    deficincias W era disc"tidas na E"ropa e nos Estados *nidos0 Entre e#as+ esta$a

    pro(#eas recorrentes !"e se estende atJ os dias at"ais+ tais coo a"tos .ndices de

    reincidncias+ a degrada%&o e a contradi%&o essencia# da penitenciria+ e re"nir

    "itos criinosos no eso #"gar0

    Seg"ndo descre$e e se" #i$ro+ 7rtica da 8a+o 9unitiva nascimentoda priso no :rasil$+ Barros de Mota+ professor de Fi#osofia da *FR1

    3esmo sendo esse um modelo, j a poca muito criticada, foi

    o sistema carcerrio que se irradiou para todo o pas# E que

    loo se tornaria um local extremamente insalubre, onde

    nen%um preso sobrevivia por mais de de+ anos#

    Meso co a preoc"pa%&o e est"dar e iportar ode#os estrangeiros+

    o sistea pena# (rasi#eiro foi o#dado por "a caracter.stica definidora da!"e#e

    oento da )ist'ria naciona#+ a escra$id&o0 A principa# critica da ra3&o p"niti$a+

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    25/52

    25

    ressa#ta os $.nc"#os entre as prisXes e a sociedade escra$agista+ no !"a# foi criada

    coo " centro de rec"pera%&o de prisioneiros+ a Casa de Corre%&o a(riga$a "

    ca#a(o"%o onde escra$os era cr"e#ente castigados0

    3'!' Prin,i8ais Sis-e9as Peni-en,i:rios Nor-ea.ores

    Os prieiros sisteas penitencirios s"rgira nos Estados *nidos+

    porJ+ tornase ine!".$oco afirar !"e a restri%&o da #i(erdade de o"tre J "

    in$ento norteaericano0 A pris&o J "a idJia contepornea+ reonta ao I#"iniso+

    o" seWa+ po"co ais de 455 anos0 Podese di3er !"e poss"i !"atro precedentes

    )ist'ricos0

    A prieira fora de pris&o !"e teos cincia J a 9riso 7ust;dia+ "sada

    para g"ardar o rJ" atJ o dia do W"#gaento0 N&o poss".a "a ar!"itet"ra pr'pria+ ne

    #oca#i3a%&o espec.fica+ gera#ente "sa$ase #ocais s"(terrneos :po%os artesianos;+

    pen)ascos+ asorras+ entre o"tros0 Se" o(Weti$o era pri$ar o rJ" de s"a #i(erdade+ o!"a# "itas $e3es orria de$ido Us pJssias condi%Xes a !"e se s"Weita$a0 as

    9ris!es Eclesisticas s"rge na Idade MJdia+ ne#as o condenado $i$ia e "

    osteiro+ onde fica$a e #ocais so( adinistra%&o re#igiosa0 Nora#ente era #ocais

    iso#ados+ se i#"ina%&o e s"as Leis era co (ase no Direito can[nico0 No !"e

    tange Us 9ris!es de Estado+ terceira fora de pris&o+ podese di3er !"e coe%a a

    eistir "a ar!"itet"ra pr'pria+ !"e era as torres do Caste#o0 Por fi+ as 7asas de

    7orreo, as !"ais s"rge na Idade MJdia e se a#astra na Idade Moderna+ criadas

    para corrigir " tipo de cidad&o noci$o socia#ente atra$Js do tra(a#)o de

    transfora%&o destes pr'prios indi$.d"os0

    Feita "a (re$e retoada dos precedentes )ist'ricos anteriores ao

    s"rgiento da pena pri$ati$a de #i(erdade+ iniciarei "a (re$e an#ise so(re os

    sisteas penitencirios Pensi#$nico o" Ce#"#ar A"("rniano e por fi+ o sistea

    Progressi$o, apontando se"s aspectos n"c#eares, ca(endo ressa#tar !"e tais sisteas

    arcara o nasciento da pena pri$ati$a de #i(erdade+ s"perando a "ti#i3a%&o da

    pris&o coo sip#es eio de c"st'dia+ focandoa co " o#)ar ressocia#i3ador pr'prio

    do Direito Pena# 2"anitrio0

    O sisteaPensi#$nico o" Ce#"#ar J o ais antigo e ais d"ro dos trs

    sisteas0 O f"ndador da Co#[nia da Pensi#$nia+

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    26/52

    26

    (ase para o s"rgiento de associa%Xes destinadas a s"a$i3ar as condi%Xes dos

    presos e reforar as prisXes0 Por inf#"ncia destas+ e /_H+ )o"$e a odifica%&o do

    C'digo Pena#+ e os tra(a#)os for%ados fora a(o#idos0 A pena de orte passo" a ser

    ap#icada e po"cos casos+ criandose " consenso !"e as penas restriti$as de

    #i(erdade de$eria contri("ir para "a ressocia#i3a%&o dos condenados0 A prieirapris&o norteaericana foi constr".da e /H+ rece(endo o noe de

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    27/52

    27

    eterior0 Acontecendo o ine$it$e#+ o" seWa+ as pessoas !"e # reside+ fica

    cop#etaente #o"cas+ n&o conseg"e se!"er identificar o significado das pa#a$ras0

    De aneira gera#+ os regies penitencirios de$e conter d"as

    $ertentes1 por " #ado de$e ser$ir coo instr"ento para ipor orde e seg"ran%a+

    e por o"tro+ de$e propiciar a rea(i#ita%&o do e#iante0 Mas !"ando nos deparaosco " pa.s etreaente desen$o#$ido+ tanto nos aspectos tecno#'gico+ c"#t"ra#+

    socia#+ entre o"tros+ "ti#i3ando " sistea ce#"#ar+ sii#ar ao pensi#$nico+ J e$idente

    !"e o princ.pio da ressocia#i3a%&o foi deiado de #ado0

    Ap's fa3er referncia ao sistea Pensi#$nico+ passarei ao est"do do

    sistea A"("rniano+ o !"a#+ ta(J+ J de orige norteaericana+ deri$a do noe da

    penitenciria de A"("rn+ !"e se sit"a na cidade de No$a `orY0 *a das ra3Xes !"e

    #e$ara ao s"rgiento desse sistea foi o pr'prio fracasso+ e o deseWo de s"perar as

    #iita%Xes do regie ce#"#ar0

    A a"tori3a%&o definiti$a para a constr"%&o da pris&o de A"("rn s' ocorre"no ano de /_/H0 De acordo co "a orde+ os prisioneiros seria di$ididos e 8

    categorias1 a prieira era coposta pe#os ais $e#)os e persistentes de#in!entes+

    aos !"ais se destino" o iso#aento cont.n"o na seg"nda sit"a$ase os enos

    incorrig.$eis+ !"e soente era destinados Us ce#as de iso#aento trs dias na

    seana e tin)a periss&o para tra(a#)ar a terceira era integrada pe#os !"e da$a

    aiores esperan%as de sere corrigidos0 A estes soente era iposto o iso#aento

    not"rno+ peritindose tra(a#)ar W"ntos d"rante o dia+ o" sendo destinadas ce#as

    indi$id"ais " dia na seana0 Coo n&o poderia dar o"tro res"#tado+ essa

    eperincia de estrito confinaento so#itrio e ce#as esc"ras res"#to" e " grande

    nero de ortos e #o"cos+ co po"!".ssios res"#tados positi$os0 A partir de ent&o+estende"se "a po#.tica de peritir o tra(a#)o e co" dos rec#"sos+ so( a(so#"to

    si#ncio e confinaento so#itrio d"rante a noite0 A#is+ n&o poder.aos deiar de citar

    !"e o tra%o arcante do sistea J o si#ncio a(so#"to+ n&o J atoa !"e este sistea

    e especia# J c)aado de silent s?stem+ onde o preso n&o se co"nica$a co

    ning"J0 E o"tras pa#a$ras+ o sistea A"("rniano n&o $isa$a a rec"pera%&o do

    e#iante+ as si a o(edincia do rec#"so+ a an"ten%&o da seg"ran%a no centro

    pena# e a fina#idade "ti#itria consistente na ep#ora%&o da &odeo(ra carcerria0

    Destarte+ podese di3er !"e esse sistea n&o atende ao carter de ressocia#i3a%&o do

    indi$.d"o+ as si prod"3 res"#tados desastrosos+ assi coo o sisteaPensi#$nico+ e " ag"do sentido de econoia+ do !"a# fa#areos co aior deta#)e0

    Co a restri%&o U iporta%&o de escra$os na prieira etade do sJc"#o

    7VIII+ a con!"ista de no$os territ'rios e a rpida ind"stria#i3a%&o+ prod"3i"se " $a3io

    no ercado de tra(a#)o+ !"e n&o conseg"ia ser s"prido apenas pe#os .ndices de

    nata#idade e de iigra%&o0 Desta fora+ o sistea A"("rniano s"rgi" coo fora de

    ade!"ar a &odeo(ra dos detentos aos ideais do ode#o capita#ista+ fa3endo co

    !"e o rec#"so ficasse s"(etido ao se" regie po#.ticoecon[ico+ apro$eitandoo

    coo for%a prod"ti$a0

    O sistea de A"("rniano adota+ a#J do tra(a#)o e co"+ a regra do

    si#ncio a(so#"to0 Os detentos n&o podia fa#ar entre si+ soente co os g"ardas+

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    28/52

    28

    co #icen%a prJ$ia e e $o3 (aia0 Para Fo"ca"#t+ o si#ncio ininterr"pto+ propicia ais

    !"e apenas a edita%&o e a corre%&o+ J " instr"ento essencia# de poder+

    peritindo !"e "ns po"cos contro#e "a "#tid&o+ e o critica se$eraente+ di3endo

    !"e o eso n&o J " instr"ento propiciador da refora o" da corre%&o do

    de#in!ente+ as si " eio efica3 para a iposi%&o e an"ten%&o do poder0O tra(a#)o coo "a das (ases do sistea te " carter

    ressocia#i3ador do indi$.d"o+ inserindoo no$aente na sociedade+ ensinandoo "

    of.cio+ porJ J de apreci$e# iportncia ressa#tar !"e+ desde a!"e#e tepo atJ os

    dias de )oWe+ a estigati3a%&o do preso se torna " grande pro(#ea+ de$ido a

    preconceitos ori"ndos da c#asse tra(a#)adora+ a !"a# n&o se sentia+ e atJ )oWe+ n&o se

    sente a $ontade tra(a#)ando ao #ado de epresidirios0

    Ta(J cito !"e " dos fatores !"e #e$ara ao des"so desse sistea

    foi a ip#anta%&o de " regie discip#inar rigoroso co os detentos+ fa3endo co !"e

    eistisse "a atosfera negati$a e depriente+ assi+ red"3indo e "ito+ as c)ancesde s"cesso desse sistea0

    Antes de !"a#!"er coisa;de$ese ressa#tar !"e o sistea Progressi$o foi

    o adotado pe#o ordenaento W"r.dico (rasi#eiro+ e n&o os dois o"tros sisteas

    s"praencionados0

    A idJia de " sistea penitencirio progressi$o s"rgi" no fina# do sJc"#o

    7I7+ as+ s' foi "sado co aior fre!ncia depois da ec#os&o e tJrino da /

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    29/52

    29

    Ent&o+ J poss.$e# afirar !"e a d"ra%&o da pena (asea$ase e trs

    re!"isitos1 conW"ga%&o entre a gra$idade do de#ito o apro$eitaento do tra(a#)o e a

    cond"ta do apenado0

    A di$is&o do sistea da$ase e trs per.odos0 O prieiro+ c)aado de

    iso#aento ce#"#ar di"rno e not"rno tin)a a fina#idade de fa3er co !"e o apenadoref#etisse so(re se" coportaento de#it"oso+ podendo ser s"(etido a tra(a#)o d"ro

    e o(rigat'rio+ co regie de a#ienta%&o escassa0 N" seg"ndo oento+ $in)a o

    tra(a#)o e co" so( a regra do si#ncio+ d"rante esse per.odo o condenado era

    reco#)ido e " esta(e#eciento denoinado public Aor@%ouse+ so( o regie de

    tra(a#)o e co"+ co a regra do si#ncio a(so#"to d"rante o dia+ antendose a

    segrega%&o not"rna0 Por fi+ $in)a a #i(erdade condiciona#+ nesse per.odo o

    condenado o(tin)a a #i(erdade #iitada+ "a $e3 !"e a rece(ia co restri%Xes+ Us

    !"ais de$ia o(edecer o(ser$ando "a $igncia deterinada0 Passado esse per.odo

    se nada !"e deterinasse s"a re$oga%&o+ o condenado o(tin)a s"a #i(erdade defora definiti$a0

    Apesar de o(ter grande s"cesso e dif"s&o por toda a E"ropa+ o sistea

    progressi$o ing#s foi posteriorente s"(stit".do pe#o ir#ands0 Criado por ba#ter

    Crofton+ diretor das prisXes na Ir#anda+ tido por a#g"ns coo o $erdadeiro criador do

    sistea progressi$o+ fe3 a introd"%&o desse sistea na Ir#anda+ co "a odifica%&o

    f"ndaenta#+ dando orige ao !"e se denoino" sistea ir#ands0 Podese di3er !"e

    e#e aperfei%oo" o sistea ing#s0 Crofton introd"3i" prisXes interedirias0 Na

    rea#idade+ trata$ase de " per.odo interedirio entre as prisXes e a #i(erdade

    condiciona#+ considerado por e#e coo "a pro$a+ para !"e o rec#"so p"desse ent&o

    con$encer a todos de !"e esta$a apto para con$i$er no$aente e sociedade0 Desteodo+ podeos di3er !"e o sistea ir#ands J s"(di$ido e G partes1 rec#"s&o ce#"#ar

    di"rna e not"rna Rec#"s&o ce#"#ar not"rna e tra(a#)o di"rno e co" Per.odo

    interedirio1 nica diferen%a eistente entre os sisteas ing#s e ir#ands e por fi+ a

    #i(erdade condiciona#

    O sistea progressi$o ir#ands foi adotado e ainda $igora e ineros

    pa.ses+ entre e#es+ o Brasi#0

    At"a#ente+ o sistea progressi$o encontrase e crise+ e

    pa"#atinaente anda sendo s"(stit".do por " sistea de trataento de

    ]indi$id"a#i3a%&o cient.fica^+ !"e por s"a $e3+ ta(J n&o J /55 efica30*a das ca"sas da crise do sistea progressi$o de$ese U irr"p%&o+ nas

    prisXes+ dos con)ecientos criino#'gicos+ o !"e propicio" a entrada de especia#istas

    "ito diferentes da!"e#es !"e o regie progressi$o c#ssico esta$a acost"ado0

    Dentre o"tras #iita%Xes1 de !"e a efeti$idade do sistea J "a i#"s&o+ pois po"cas

    esperan%as podese ter co " regie !"e coe%a co " rigoroso contro#e so(re

    toda a ati$idade do rec#"so+ especia#ente e regie fec)ado o sistea progressi$o

    a#ienta a i#"s&o de fa$orecer "dan%as !"e seWa progressi$aente a"toticas0 O

    afro"aento do regie n&o pode ser aditido coo Jtodo socia# !"e peritia a

    a!"isi%&o de aior con)eciento da persona#idade e da responsa(i#idade do interno

    n&o J p#a"s.$e#+ !"e o rec#"so esteWa disposto a aditir $o#"ntariaente a discip#ina

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    30/52

    30

    iposta pe#a instit"i%&o penitenciria o sistea progressi$o parte de " conceito

    retri("ti$o+ !"e "itas $e3es J s' aparente0

    A crise do sistea progressi$o #e$o" a "a prof"nda transfora%&o dos

    sisteas carcerrios+ e nas #tias dJcadas esse pro(#ea+ ta#$e3 ten)a piorado

    ainda ais+ por $rios fatores coo1 a red"%&o da pena de pris&o+ o a"ento daepectati$a de $ida da pop"#a%&o+ a"ento da sensi(i#idade socia# e re#a%&o aos

    direitos )"anos e U dignidade do ser )"ano0

    Por fi+ restae di3er !"e ao esco#)er o tea Sisteas Penitencirios+

    ti$e o int"ito de ad!"irir " con)eciento ainda aior das penas restriti$as de

    #i(erdade U #"3 de s"as origens )ist'ricas+ caracter.sticas e o(Weti$os+ diferen%as e

    see#)an%as e cr.ticas0 * tea t&o iportante+ e+ infe#i3ente+ t&o po"co di$"#gado0

    N&o o(stante+ digo !"e nen)" dos sisteas J efica3+ n&o tota#ente+ e

    isso n&o apenas por c"#pa dos criadores dos sisteas+ as ta(J da pr'pria

    sociedade+ a !"a# n&o conseg"e transpor a#g"as (arreiras+ das !"ais cito adiscriina%&o+ o preconceito e o coodiso0 Todos n's eigios !"e a Lei seWa

    c"prida+ as a esa Lei !"e ipXe o afastaento da!"e#es !"e s&o noci$os U

    sociedade e os s"(ete a " trataento reed"caciona#+ ta(J ipXe U

    sociedade "a pe!"ena parce#a no processo de reinser%&o socia# do condenado0

    3'/' Sis-e9a Peni-en,i:rio Brasileiro

    E grande parte do per.odo co#onia#+ o Brasi# era o #"gar aonde era

    en$iados os de#in!"entes da etr'po#e0 Esse degredo era considerado " dos piorescastigos0 As Ordena%Xes Man"e#inas $igorara atJ /H5/+ tendo o sistea criina#

    reg"#ado no se" Li$ro V+ no !"a# n&o eistia re#a%&o entre a pena e a

    proporciona#idade0

    As Ordena%Xes Fi#ipinas ti$era $igncia entre /H5/ e /_85+ so( o

    reinado de Fe#ipe I0 C#araente n&o se o(ser$a nessa fase a raciona#i3a%&o e

    )"ani3a%&o do idea#iso i#"inista+ as penas contin"a sendo de etrea

    cr"e#dade+ se !"e eista proporciona#idade entre o fato gerador da cond"ta

    incriinada e san%&o iposta0

    Destacase co a pena de etrea cr"e#dade as penas de orte

    c#assificadas e orte nat"ra#+ cr"e#ente e pe#o fogo0 A orte nat"ra# cr"e#ente

    consistia na eec"%&o do condenado de fora #enta co eprego de torentos de

    fora a ca"sar aior sofriento0 a orte nat"ra# pe#o fogo+ era a!"e#a na !"a# o

    condenado de$eria ser !"eiado $i$o+ as por cost"e e prtica antiga+

    prieiraente+ se da$a garrote aos rJ"s0 A orte nat"ra# sepre era destinada aos

    escra$os por tere atado os se"s sen)ores0

    Esse sistea p"niti$o peranece $igente atJ /_85+ !"ando J s"(stit".do

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    31/52

    31

    pe#o C'digo Criina# do IpJrio0 As penas corporais desaparece+ as ainda

    s"(siste os a%oites e a pena de orte ap#ic$e# aos escra$os0 Co o No$o C'digo

    Criina# do IpJrio+ s"rge a pris&o sip#es e a pris&o co tra(a#)o0 Fora#ente

    representa certo a$an%o no sentido de )"ani3a%&o e raciona#i3a%&o do sistea+ as

    n&o a#can%a efeti$idade+ pois J e$idente a distncia entre a inten%&o e o ato0

    CoissXes !"e $isita$a as cadeias constatara as pJssias condi%Xes

    e !"e se c"pria a pena restriti$a de #i(erdade+ e pris&o0

    Seundo relat;rio datado de 'BC', era Dimunda, Dpestilenta,

    Destreita, com o ar infectado/ os presos eram tratados com a

    Fltima desumanidade#$

    Car$a#)o Fi#)o :4554+ p0 8_;

    Na inten%&o de so#"cionar o pro(#ea+ foi deterinada a constr"%&o das

    Casas de Corre%&o+ sendo "a no Rio de aneiro e o"tra e S&o Pa"#o+ inspiradas

    no sistea a"("rniano0 E $erdade as d"as Casas de Corre%&o representara

    instr"ento de segrega%&o de " Estado escra$ista e repressi$o0

    A#J de a(rigare presos condenados U pris&o co tra(a#)o+ U pris&o

    sip#es e ta(J as ga#Js :a partir da seg"nda etade do sJc"#o /,+ coo dec#.nio

    do "so da pena de orte+ "itos escra$os ti$era senten%as capitais co"tadas

    pe#o iperador e ga#Js perpJt"as;+ e#as )ospeda$a presos correcionais :n&o

    sentenciados;+ gr"po coposto de $adios+ endigos+ desordeiros+ .ndios e enores

    ar(itrariaente trancafiados pe#as a"toridades0

    O cresciento da pop"#a%&o carcerria soado U fa#ta de espa%o para

    a#oWaento dos condenados tra3 de $o#ta a pro(#etica da s"per#ota%&o e

    ar(itrariedade0 Isso fa3 co !"e a sociedade se preoc"pe ais co a !"est&o

    criina#+ e1

    o criminoso passa a ser visto Dcomo um doente, a pena como

    um remdio e a priso como um %ospital#$

    Car$a#)o Fi#)o :4554+ p0 G5;0

    E /_,5 adotase o sistea progressi$o+ incorporado ao ordenaento

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    32/52

    32

    pe#o C'digo Rep"(#icano+ sendo a(o#ida a pena de orte e as ga#Js0 A pena pri$ati$a

    de #i(erdade passa a ter carter teporrio+ de no io de atJ 85 anos0

    Deonstro"se+ portanto a preoc"pa%&o co o iderio i#"inista+ e a ("sca pe#a

    )"ani3a%&o das penas+ entretanto ais "a $e3 n&o se atingi" a efeti$a%&o da #ei0

    ProWetada por #$ares de A3e$edo+ e /,45 foi ina"g"rada a

    Penitenciria no Estado de S&o Pa"#o no Bairro do Carandir"0 A Penitenciria do

    Carandir" foi constr".da para /0455 presos+ oferecia o !"e )a$ia de ais oderno e

    atJria de pris&o1 oficinas+ enferarias+ esco#as+ corpo tJcnico+ acooda%Xes

    ade!"adas+ seg"ran%a0

    O sistea desen$o#$ido no Carandir" ser$i" de ode#o inspirador para

    o"tros Estados da Federa%&o+ no entanto n&o foi o(ser$ada a c#assifica%&o dos

    detentos para a indi$id"a#i3a%&o da pena+ de odo !"e fosse separados confore a

    gra$idade do de#ito coetido0

    apresentaria, no entanto, os vcios e viol*ncias de qualquer

    outra priso o poder psiquitrico interfere na concesso de

    benefcios previstos na lei para os presos, e o rior disciplinar

    exercido seundo critrios subjetivos$0

    L".s Francisco Car$a#)o Fi#)o :4554+ p04;

    O Brasi# adota a progressi$idade da pena+ co pre$is&o no Art0 //4 da

    Lei de Eec"%&o Pena#1

    o sistema proressivo brasileiro adotado pela Gei de

    Execuo 9enal determina a mudana de reime, passando o

    condenado do mais severo para o menos severo#$

    Marc&o :455+ p0 //;

    Diante desse cenrio+ ("scase eios de )"ani3ar as penas0 A

    #egis#a%&o passa a incorporar edidas a#ternati$as U pris&o0 A rec"pera%&o do

    condenado de$e ser copreendida coo a fina#idade priordia# da pris&o0 Nesse

    sentido J recente a preoc"pa%&o estata#+ !"e deterino" na Lei de Eec"%&o Pena#

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    33/52

    33

    !"ais s&o os direitos do preso1

    &rt# H' 7onstituem direitos do preso

    6 ) alimentao suficiente e vesturio/

    66 ) atribuio de trabal%o e sua remunerao/666 ) previd*ncia social/

    65 ) constituio de pecFlio/

    5 ) proporcionalidade na distribuio do tempo para trabal%o,

    descanso e a recreao/

    56 ) exerccio das atividades profissionais, intelectuais,

    artsticas e desportivas anteriores, desde que compatveis com

    a execuo da pena/

    566 ) assist*ncia material, " saFde, jurdica, educacional,social e reliiosa/

    5666 ) proteo contra qualquer forma de sensacionalismo/

    64 ) entrevista pessoal e reservada como advoado/

    4 ) visita do c0njue, da compan%eira, de parentes e amios

    em dias determinados/

    46 ) c%amamento nominal/

    466 ) iualdade de tratamento, salvo quanto "s exi*ncias de

    individuali+ao da pena/

    466 ) audi*ncia especial com o diretor do estabelecimento/4666 ) representao e petio a qualquer autoridade, em

    defesa de direito/

    45 ) contato com o mundo exterior por meio de

    correspond*ncia escrita, da leitura e de outros meios de

    informao que no comprometam a moral e os bons

    costumes/

    456 ) atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob

    pena da responsabilidade de autoridade judiciria competente#A do"trina pre#eciona so(re tais direitos1

    Estes direitos correspondem a cada pessoa pelo simples fato

    de serem seres %umanos e em ra+o da dinidade de tal

    condio# 9ortanto a condenao a pena privativa de liberdade

    no pode privar o %omem daqueles direitos que no so

    atinidos pela condenao#$ 1###2 7om a condenao, criaIse

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    34/52

    34

    especial relao de sujeio que se tradu+ em complexa

    relao jurdica entre o Estado e condenado em que, ao lado

    dos direitos daquele, que constituem os deveres do preso,

    encontramIse os direitos destes, a serem respeitados pela

    &dministrao#$

    Mira(ete :455G+ p0 //_;

    A #egis#a%&o $igente te por fina#idade prec.p"a+ no !"e trata a ap#ica%&o

    da pena+ o carter ressocia#i3a%&o o" reed"cador da!"e#e infrator0 Entretanto+ ao

    co#oc#a e prtica encontra ineros o(stc"#os U s"a efeti$a%&o0 Diante das

    condi%Xes do a(iente prisiona#+ tornase praticaente iposs.$e# a reed"ca%&o do

    apenado0 O senso co"+ ainda persiste erroneaente pe#a incriina%&o e penas

    ais rigorosas0

    Na fora e !"e se ap#ica a pena restriti$a de #i(erdade+ deonstra

    inefica3+ "a $e3 !"e trs gra$es conse!"ncias+ coo U s"per#ota%&o carcerria+

    fa#ta de esta(e#ecientos ade!"ados para o c"priento da pena+ despeitandose a

    respecti$a indi$id"a#i3a%&o+ precariedade dos esta(e#ecientos e teros de sade+

    conforto .nio+ fa#ta de f"ncionrios especia#i3ados para o trato co os presos+

    dentre ineras o"tras0

    Para !"e seWa o(tido ito+ no !"e se propXe a nora+ os

    esta(e#ecientos prisionais de$e discriinar os presos de acordo co eae

    criino#'gico+ co a fina#idade de prognosticar a cond"ta e o e#)or prograa de

    trataento para s"a ressocia#i3a%&o0 Dessa fora+ atendese U indi$id"a#i3a%&o da

    pena+ co aior pro(a(i#idade de readapta%&o e enores c)ances de reincidncia0

    Entretanto+ o !"e se $ na prtica+ n&o J o !"e t ocorrido+ pois s"Weitos !"e

    praticara de#itos de enor potencia# ofensi$o di$ide ce#as co indi$.d"os de a#ta

    peric"#osidade0

    O sistea carcerrio te se ostrado coo "a $erdadeira esco#a do

    crie+ pois a!"e#es !"e coetera pe!"enos cries+ e poderia c"prir "a pena

    enor+ s&o inf#"enciados pe#a pop"#a%&o carcerria+ co a conse!ncia da

    prisiona%&o+ pe#a !"a# o s"Weito J o(rigado a incorporar a c"#t"ra do eio socia# e

    !"e foi inserido+ tornandose parte deste des"ano sistea0

    De certa fora a #egis#a%&o pena# te ("scado so#"%&o aos pro(#eas

    enfrentados no sistea penitencirio0 A ado%&o de instit"tos a#ternati$os U pena

    pri$ati$a de #i(erdade+ ap#ic$eis Us infra%Xes de enor potencia# ofensi$o+ coo por

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    35/52

    35

    eep#o+ o s"rsis pena# e process"a#+ a transa%&o pena#+ a s"spens&o para dirigir

    $e.c"#o a"tootor+ representa " grande a$an%o para o sistea p"niti$o0 Tais

    edidas t atingido e#)ores res"#tados na ("sca da ressocia#i3a%&o e red"%&o da

    reincidncia0

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    36/52

    36

    avilta e embrutece# J uma fbrica de reincid*ncia, uma

    universidade "s avessas, onde se diploma o profissional do

    crime# & priso, essa monstruosa opo, perpetuaIse ante a

    impossibilidade da maioria como uma forma ancestral de

    castio# 9ositivamente, jamais se viu alum sair do crcere

    mel%or do que quando entrou#$

    E$andro Lins e Si#$a :/,,/; ap"d CJsar Barros Lea# :455/+ p0 H;

    tarefa !"ase !"e iposs.$e# ressocia#i3ar " indi$.d"o !"e gera#ente

    encontra certas dific"#dades para se integrar pacificaente ao eio socia#

    dissociandoo da pr'pria co "nidade+ e ainda associandoo a o"tros criinosos0

    Assi entende !"e1

    treinar %omens para a vida livre, submetendoIos a condi!es

    de cativeiro, afiuraIse to absurdo como alum se preparar

    para uma corrida ficando na cama por semanas$#

    Cesar Barros Lea# :455/+ p0//;

    Ante a pr'pria essncia da pris&o !"e J o iso#aento ) a"tores !"e

    defende a etin%&o da pena pri$ati$a de #i(erdade tais coo Stan#eZ Co)en para

    !"e ]a pris&o anter sepre se"s paradoos e s"as contradi%Xes f"ndaentais^0

    O"tra !"est&o iportante no !"e di3 respeito ao carter reed"cati$o da

    pris&o se refere Us condi%Xes e !"e os presos s&o s"(etidos no crcere+ onde

    ocorre $erdadeira ofensa U dignidade )"ana0 As condi%Xes precrias e !"e a pena

    pri$ati$a de #i(erdade J eec"tada n&o se restringe ec#"si$aente aos pa.ses

    s"(desen$o#$idos+ a(rangendo os Estados de aior desen$o#$iento socia# e

    econ[ico0

    Os presos s&o )"i#)ados+ s&o s"(etidos a trataento degradante+

    rece(e ins"#tos $er(ais+ castigos cr"Jis e inW"stificados0 Tais fatores deprecia a

    persona#idade do preso fa3endo co !"e se torne " indi$.d"o re$o#tado co o

    sistea0

    O"tro grande pro(#ea !"e pode ser constatado nos pres.dios J a

    s"perpop"#a%&o carcerria+ !"e torna praticaente iposs.$e# a ap#ica%&o das noras

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    37/52

    37

    inerentes ao trataento reed"cati$o :artigo _-+ LEP;+ de$ido U e.g"a estr"t"ra f.sica

    disponi(i#i3ada ao sistea penitencirio0

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    38/52

    38

    N&o poss"indo a estr"t"ra ade!"ada n&o eiste possi(i#idade de se

    rea#i3ar a se#e%&o dos internos confore a c#assifica%&o de se" crie :artigo -+ LEP;+

    portanto esc#ase criinosos ocasionais co a!"e#es de a#ta noci$idade+ o !"e fa3

    co !"e n&o ocorra o deseWado efeito ressocia#i3ador da pena pri$ati$a de #i(erdade0

    O criinoso ineperiente aprende Jtodos ais eficientes e retorna para a sociedade

    #i$re potencia#i3ado ao crie0

    En"ncia a Eposi%&o de Moti$os da Lei de Eec"%&o Pena#+ e se" ite

    /551

    J do con%ecimento que rande parte da populao carcerriaest confinada em cadeias pFblicas, presdios, casas de

    deteno e estabelecimentos anloos, onde prisioneiros de

    alta periculosidade convivem em celas superlotadas com

    criminosos ocasionais, de escassa ou nen%uma nocividade, e

    pacientes de imposio penal prvia -presos provis;rios ou

    auardando julamento., para quem um mito, no caso a

    presuno de inoc*ncia# Kestes ambientes de estufa, a

    ociosidade a rera/ a intimidade inevitvel e profunda#$

    :Ce3ar Barros Lea#+ 45/ p0 _;

    Dessa fora+ se !"e o interno seWa s"(etido a " trataento

    reed"cati$o co (ase e " eae cri ino#'gico $isando a s"a c#assifica%&o :co

    fina#idade pedag'gica;+ e seWa a eec"%&o de s"a pena indi$id"a#i3ada confore

    deterina a #ei+ difici#ente ser&o o(ser$ados res"#tados satisfat'rios !"anto U

    ressocia#i3a%&o0

    O"tro fator criin'geno da pris&o+ res"#tante da s"perpop"#a%&o e fa#ta

    de estr"t"ra f.sica J a fa#ta de )igiene ade!"ada :os presos fica aontoados n"

    espa%o red"3ido+ onde s&o o(rigados a rea#i3ar s"as necessidades fisio#'gicas e co

    espa%o de o$ienta%&o restrito;+ o !"e pode ser gerador da pro#ifera%&o de

    ineras enferidades0

    Essa sit"a%&o deonstra o n&o c"priento das o(riga%Xes estatais

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    39/52

    39

    discip#inados pe#a LEP e se"s artigos /4 e /G1

    &rt# '( ) & assist*ncia material ao preso e ao internado

    consistir no fornecimento de alimentao, vesturio e

    instala!es %ii*nicas#

    &rt# 'H ) & assist*ncia " saFde do preso e do internado, de

    carter preventivo e curativo, compreender atendimento

    mdico, farmac*utico e odontol;ico#$

    Inerente U nat"re3a do crcere J a dissi"#a%&o e a entira0 O apenado

    interiori3a os cost"es do a(iente carcerrio+ aprof"ndando s"as tendncias

    criinosas0& aprendi+aem do crime, a formao de associa!es delitivas

    so tristes conseq*ncias do ambiente carcerrio$#

    Ce3ar Ro(erto Bitenco"rt :/,,8+ p0/G;

    O"tro e#eento iportante nessa disc"ss&o !"anto U eficcia

    ressocia#i3adora da pris&o J o fator socia#0 !"ase !"e iposs.$e# atingir a

    ressocia#i3a%&o de " indi$.d"o !"e peranece" a#)eio ao a(iente socia# e !"e

    $i$ia+ pois se desadapto" prof"ndaente+ ad!"irindo a c"#t"ra do a(iente carcerrio

    e !"e foi inserido0

    A pris&o config"ra "a espJcie de instit"i%&o denoinada pe#a do"trina

    de instit"i%&o tota#+ !"e se caracteri3a por a(sor$er a $ida do rec#"so e per.odo

    integra#0 Essa espJcie de instit"i%&o est $o#tada precip"aente U prote%&o da

    co"nidade contra a!"e#es s"Weitos !"e constit"e intenciona#ente perigo a e#a+ n&o

    tendo coo fina#idade o (e estar dos presos0 A prote%&o socia# coo principa#o(Weti$o da pris&o J " dos aspectos de prof"nda contradi%&o e re#a%&o a s"a eta

    ressocia#i3adora0

    Nessas instit"i%Xes totais os f"ncionrios e os internos sit"ase e

    posi%Xes antag[nicas+ de odo !"e a(as as partes poss"e sentientos opostos

    "ns e re#a%&o aos o"tros0 Esses sentientos antag[nicos s&o inerentes U nat"re3a

    da pris&o+ e config"ra o"tro grande o(stc"#o U ressocia#i3a%&o ante a dific"#dade

    encontrada na ap#ica%&o de tJcnicas direcionadas U rec"pera%&o do rec#"so0

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    40/52

    40

    O"tra !"est&o referente U instit"i%&o tota#+ J !"e por s"a nat"re3a

    transfora o interno e " ser passi$o+ pois esse de$e aderir Us regras do sistea

    penitencirio0

    Dessa fora+ a cop#eta passi$idade do interno J " res"#tado nat"ra#

    !"e a instit"i%&o penitenciria prod"3 no rec#"so+ e copXe ais "a ra3&o !"e

    deonstra a ineficcia da pena pri$ati$a de #i(erdade !"anto ao se" o(Weto principa#

    !"e J a ressocia#i3a%&o0

    Notadaente+ a pena de pris&o s' te se f"ndaentado+ na prtica+ pe#o

    retri("tiso da pena+ e n&o proporciona a rec"pera%&o e a conse!"ente reinser%&o

    socia#0A iage de castigo 9 !"e+ para Ian"e# ant+ era " iperati$o

    categ'rico e+ seg"ndo a#g"ns+ o nico o(Weti$o !"e efeti$aente se atinge 9

    ro("stecese e prisXes r"inosas+ s"per#otadas+ co pJssios n.$eis de )igiene+

    onde a droga J cons"ida se e(ara%os+ o a("so se"a# J constante+

    praticaente ineiste oferta de tra(a#)o+ de #a3er orientado+ e a assistncia se presta

    de fora precria0

    Constatase ta(J !"e a pena n&o atinge a s"a fina#idade intiidati$a+

    ante o sentiento gera# de ip"nidade !"e pereia a co"nidade criinosa0 Na

    rea#idade n&o J o gra$ae iposto pe#a pena !"e ir refrear os .ndices da

    criina#idade+ as a certe3a de !"e caso ocorra U cond"ta des$iante+ fata#ente

    )a$er p"ni%&o0

    E conc#"s&o+ as !"estXes !"e fora acia epostas deonstra a

    efeti$a crise da pena pri$ati$a de #i(erdade !"anto U s"a eta reed"cati$a $isando U

    reinser%&o do condenado e co"nidade #i$re0

    A pretens&o de ressocia#i3ar "a pessoa para o con$.$io e #i(erdade

    iso#andoa do eio socia# constit"i $erdadeiro paradoo+ as soase $rios o"tros

    fatores !"e contri("e para o se" fracasso tais coo a deficincia e estr"t"ra f.sica

    :esta(e#ecientos prisionais ade!"ados a anter a c"st'dia dos presos e (oas

    condi%Xes+ de fora a propiciar sa#"(ridade+ conforto+ ati$idades #a(orais+

    ed"cacionais e f.sicas; e pessoa# capacitado para o trataento ade!"ado dos

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    41/52

    41

    rec#"sos+ e essa pro(#etica se de$e principa#ente U fa#ta de aten%&o !"e a

    sociedade e os go$ernantes t dado a !"est&o0

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    42/52

    42

    de dividiIla em compartimentos, a autoridade se limita a cercIla

    com arame farpado, deixando que os residentes se amontoem

    no interior, dormindo no c%o puro -como ocorria no antio

    Malpo, no 8io de =aneiro, %oje 6nstituto 9resdio Evaristo de

    3orais ) at 'NOPQ.# Se o nFmero de uardas, por diminuto

    pode manobrar, apenas, uma populao prisional de cem

    presos, basta adotar o expediente de manter os internos

    trancados no cubculo dia e de noite, privados completamente

    de sol, para %abilitar aquela quantidade de funcionrios a

    custodiar mil e quin%entos# Se a verba de alimentao

    suficiente para sustentar quin%entos internos, com duas

    refei!es ao dia, podeIse destinIla ao dobro, se fornece uma

    Fnica refeio diria#$

    O esta(e#eciento prisiona# J $o#tado a rea(i#itar o condenado ao

    con$.$io e sociedade+ para !"e no se" retorno esteWa apto a rea#i3ar ati$idades

    prod"ti$as de fora a n&o reincidir na prtica do crie0

    Mas a $erdade J !"e a instit"i%&o prisiona# n&o te o(tido ito no

    desiderato de ressocia#i3ar o infrator0 M"ito pe#o contrrio+ a pena pri$ati$a de

    #i(erdade constit"ise e paradoo+ tese coo o(Weti$o a regenera%&o0

    A s"perpop"#a%&o representa " dos aiores '(ices U ressocia#i3a%&o0 O

    Estado n&o poss"i aparato s"ficiente a proporcionar as de$idas condi%Xes de )igiene+

    sade+ conforto+ a#ienta%&o+ assistncia W"r.dica a toda a pop"#a%&o carcerria0

    A LEP+ !"e te por principa# fina#idade a ressocia#i3a%&o+ deterina

    epressaente !"ais s&o os direitos do preso e as o(riga%Xes do estado na fase

    eec"ti$a da pena+ apesar de n&o corresponder ao !"e de fato ocorre0 O Estado de$e

    garantir ao preso insta#a%Xes !"e ofere%a sa#"(ridade+ )igiene e rea na etens&o

    ade!"ada ao c"priento de s"a pena0

    &rt# BB# > condenado ser alojado em cela individual que

    conter dormit;rio, aparel%o sanitrio e lavat;rio#

    9arrafo Rnico# So 8equisitos bsicos da unidade celular

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    43/52

    43

    a. salubridade do ambiente pela concorr*ncia dos fatores de

    aerao, insolao e condicionamento trmico adequado "

    exist*ncia %umana/

    b. rea mnima de O m -seis metros quadrados.#

    A rea#idade se confronta a essa deterina%&o #ega#+ pois no #"gar de

    ce#as indi$id"ais co espa%o reser$ado U )igiene pessoa# e fisio#'gica do indi$.d"o+

    s&o aontoados $rios presos+ de$ido ao progressi$o nero de ingressos no

    sistea penitencirio0 O crcere tornase " a(iente insa#"(re+ pro.sc"o e

    $io#ento+ !"e aca(a gerando epideias de ineras o#Jstias+ coo a t"(erc"#ose e

    o 20I0V0O ac"#o de presos ta(J se de$e ao fato de !"e "itos dos presos

    !"e ainda c"pre a s"a pena e regie fec)ado W poderia ter progredido para o

    regie seia(erto+ as contin"a oc"pando os esta(e#ecientos copactos e

    ra3&o de n&o )a$er $agas nas co#[nias penais agr.co#as+ ind"striais o" sii#ares0

    Para !"e ocorra a rea(i#ita%&o s&o indispens$eis rea#i3a%&o de

    ati$idades prod"ti$as d"rante o per.odo de c"priento da pena0

    Mais "a $e3 a rea#idade se distancia da #etra da #ei0 A LEP e se"

    artigo+ G/+ II+ deterina !"e o tra(a#)o e s"a de$ida re"nera%&o constit"a direitos

    do preso1

    A#J de ter garantida a possi(i#idade de poder eercer "a ati$idade

    re"nerada+ a #ei dispXe !"e a ati$idade !"e ser eercida pe#o preso de$e #e$ar e

    conta a )a(i#ita%&o+ a condi%&o pessoa# e as necessidades f"t"ras do preso+ (e

    coo as oport"nidades oferecidas pe#o ercado :art0 84+ cap"t+ LEP;0Entretanto n&o J $isto nos esta(e#ecientos prisionais+ pois gera#ente

    o tra(a#)o !"e J eercido n&o confere co as perspecti$as e )a(i#idades do preso+ e

    !"e na aioria das $e3es n&o ter $a#ia para o ercado de tra(a#)o0 E $erdade+ a

    oti$a%&o ao tra(a#)o prisiona# J re#acionada U possi(i#idade de rei%&o da pena0

    O"tro aspecto iportante no trataento penitencirio di3 respeito U

    ed"ca%&o+ !"e ta(J n&o J oferecida satisfatoriaente aos presos+ pois n&o s&o

    oferecidos eios satisfat'rios para !"e seWa inistradas ati$idades ed"cacionais

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    44/52

    44

    coo a fa#ta de #ocais ade!"ados Us a"#as e a fa#ta de ateria# didtico0

    A ed"ca%&o nos pres.dios+ $o#tada U !"a#ifica%&o profissiona# dos

    sentenciados+ para !"e na s"a $ida egressa possa eercer "a ati$idade prod"ti$a

    J essencia# para !"e se possa atingir a ressocia#i3a%&o e diin"i%&o da reincidncia0

    de con)eciento gera# !"e " dos fatores geradores do .ndice de

    criina#idade J o deseprego :ne todos desepregados tende para o crie;+ !"e

    por s"a $e3 J de$ido Us a#tas eigncias de !"a#ifica%&o profissiona#0 Por esse oti$o+

    a!"e#es !"e n&o ti$era acesso U ed"ca%&o peranece ec#".dos0 Basta

    $erificaros o perfi# ed"caciona# da pop"#a%&o carcerria do Brasi# e a espJcie de

    crie !"e coetera0Toeos por (ase o sistea penitencirio do Estado de S&o Pa"#o+

    confore dados etra.dos de o(ra onogrfica de Maria AngJ#ica Lacerda Marin

    Dassi+ so( o t.t"#o ]A pena de Pris&o e a Rea#idade Carcerria Brasi#eira1 *a An#ise

    Cr.tica0^

    ]000 o #tio censo penitencirio aponto" !"e _8 dos presos pa"#istas

    poss"e apenas ensino f"ndaenta#0 Estes dados+ de certa fora+ ref#ete a

    rea#idade socia# do (rasi#eiro0^

    :)ttp1conpedi0organa"sar!"i$osanais()aria6ange#ica6#acerda6arin6dassi0pdf;

    :acesso no dia 4545/4;

    Pes!"isa rea#i3ada e W"#)o de 455 na regi&o etropo#itana de S&o

    Pa"#o+ ap"ro"se !"e /+ da pop"#a%&o ati$a esta$a desepregados+ sendo !"e a

    aior parte n&o poss"i o ensino f"ndaenta# cop#eto0Confore re$e#a os dados oficiais+ de " tota# de cento e " i#+

    d"3entos e cin!enta e dois de#itos W"#gados+ , fora referentes a cries

    praticados contra o patri[nio0 Tratase de " c.rc"#o $icioso1 fora%&o esco#ar+

    deseprego+ criina#idade e a"ento da pop"#a%&o carcerria0

    E conc#"s&o+ a ociosidade !"e ipera no sistea penitencirio contri("i

    negati$aente para a reed"ca%&o do condenado+ pois n&o poss"ir "a !"a#ifica%&o

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    45/52

    45

    !"e #)e ser ti# ao terino da pena ao ingressar na sociedade #i$re0

    A #ei fornece U Adinistra%&o P(#ica e#eentos de orienta%&o

    para o p#eno desen$o#$iento das ati$idades correcionais+ !"e n&o se

    concreti3a de$ido U s"a inap#ica(i#idade0 Esta se de$e+ e grande parte+ pe#a

    oiss&o e desinteresse de a"toridades copetentes e grande parce#a da

    pop"#a%&o0

    a*o e Digni.a.e .a Pessoa 429ana

    As garantias #egais pre$istas d"rante a eec"%&o da pena+ assi coo os

    direitos )"anos do preso+ est&o pre$istos e di$ersos estat"tos #egais0 E n.$e#

    "ndia# eiste $rias con$en%Xes+ coo a Dec#ara%&o *ni$ersa# dos Direitos

    2"anos+ a Dec#ara%&o Aericana de Direitos e De$eres do 2oe e a prote%&o das

    garantias do )oe preso0

    Eiste ainda e #egis#a%&o espec.fica+ a Lei de Eec"%&o Pena#+ os

    incisos de I a 7V do art0 G/+ !"e dispXe so(re os direitos infraconstit"cionais

    garantidos ao sentenciado no decorrer da eec"%&o pena#0 No capo #egis#ati$o+

    nosso estat"to eec"ti$o pena# J tido coo " dos ais a$an%ados e deocrticos

    eistentes0 E#e se (aseia na ideia de !"e a eec"%&o da pena pri$ati$a de #i(erdade

    de$e ter por (ase o princ.pio da )"anidade+ e !"a#!"er oda#idade de p"ni%&o

    desnecessria+ cr"e# o" degradante ser de nat"re3a des"ana e contrria ao

    princ.pio da #ega#idade0

    No entanto+ ocorre na prtica a constante $io#a%&o de direitos e a tota#

    ino(ser$ncia das garantias #egais pre$istas na eec"%&o das penas pri$ati$as de

    #i(erdade0 A partir do oento e !"e o preso passa U t"te#a do Estado+ e#e n&o

    perde apenas o se" direito de #i(erdade+ as ta(J todos os o"tros direitos

    f"ndaentais !"e n&o fora atingidos pe#a senten%a+ passando a ter " trataento

    eecr$e# e a sofrer os ais $ariados tipos de castigos+ !"e acarreta a degrada%&o

    de s"a persona#idade e a perda de s"a dignidade+ n" processo !"e n&o oferece

    !"ais!"er condi%Xes de preparar o se" retorno ti# U sociedade0

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    46/52

    46

    Na pris&o+ dentre $rias o"tras garantias !"e s&o desrespeitadas+ o preso

    sofre principa#ente co a prtica de tort"ras e agressXes f.sicas0 Essas agressXes

    gera#ente parte tanto dos o"tros presos coo dos pr'prios agentes da

    adinistra%&o prisiona#0

    >s abusos e as aress!es cometidas por aentes

    penitencirios e por policiais ocorrem de forma acentuada,

    principalmente depois de rebeli!es ou tentativas de fua# &p;s

    serem dominados, os amotinados sofrem a c%amada

    correio$, que nada mais do que o espancamento que se

    seue " conteno dessas insurrei!es, que tem a nature+a de

    castio#$

    Re$ista CE+ Bras.#ia+ Ano 7I+ n0 8,+ p0 G_+ o"t0de30 455

    M"itas $e3es ) ecessos+ e o espancaento terina e eec"%&o+

    coo no caso+ !"e n&o poderia deiar de ser citado+ do ]assacre^ do Carandir" e

    S&o Pa"#o+ no ano /,,4+ no !"a# oficia#ente fora eec"tados /// presos0

    O despreparo e a des!"a#ifica%&o desses agentes fa3e co !"e e#es

    consiga conter otins e re(e#iXes carcerrias soente por eio da $io#ncia+

    coetendo $rios a("sos e ipondo aos presos "a espJcie de ]discip#ina carcerria^

    !"e n&o est pre$ista e #ei0 Na aioria das $e3es esses agentes aca(a n&o sendo

    responsa(i#i3ados por se"s atos e peranece ip"nes0

    Entre os pr'prios presos a prtica de atos $io#entos e a ip"nidade

    ocorre de fora ainda ais eacer(ada0 2oic.dios+ a("sos se"ais+

    espancaentos e etorsXes J "a prtica co" por parte dos presos !"e W est&o

    ais ]criina#i3ados^ dentro do a(iente da pris&o+ os !"ais+ e ra3&o disso+

    eerce " do.nio so(re os deais+ !"e aca(a s"(ordinados a essa )ierar!"ia

    para#e#a0 Contri("i para esse !"adro o fato de n&o estare separados dos

    condenados pririos os arginais cont"a3es e sentenciados a #ongas penas0

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    47/52

    47

    Os presos !"e det esses poderes para#e#os dentro da pris&o n&o s&o

    den"nciados e+ na aioria das $e3es+ ta(J peranece ip"nes e re#a%&o a

    s"as atit"des0 Isso pe#o fato de !"e+ na pris&o+ a#J da ]#ei do ais forte^+ ta(J

    ipera a ]#ei do si#ncio^0

    O"tra $io#a%&o coetida J a deora e se conceder os (enef.cios

    U!"e#es !"e W fa3e W"s U progress&o de regie+ o" e so#tar os presos !"e W

    sa#dara o c[p"to de s"a pena0 Essa sit"a%&o decorre da pr'pria neg#igncia e

    ineficincia dos 'rg&os respons$eis pe#a eec"%&o pena#+ o !"e constit"i

    constrangiento i#ega# por parte dessas a"toridades+ podendo enseWar inc#"si$e a

    responsa(i#idade ci$i# do Estado por anter o indi$.d"o encarcerado de fora

    ecessi$a e i#ega#0

    Soase a esses itens o pro(#ea dos presos !"e est&o c"prindo pena

    nos distritos po#icias :de$ido U fa#ta de $agas nas penitencirias;+ esta(e#ecientos

    inade!"ados para essa fina#idade0 Por conta disso+ aca(a sendo to#)idos e $rios

    de se"s direitos+ dentre e#es o de tra(a#)ar+ a fi de !"e possa ter s"a pena reida+

    e ta(J o de a"ferir "a deterinada renda0 O tra(a#)o ainda e$ita !"e $en)a a

    perder s"a capacidade #a(orati$a0

    "ando se defende !"e os presos "s"fr"a as garantias pre$istas e #ei

    d"rante o c"priento de s"a pena pri$ati$a de #i(erdade+ a inten%&o n&o J tornar a

    pris&o " a(iente agrad$e# e c[odo ao se" con$.$io+ tirando dessa fora atJ

    eso o carter retri("ti$o da pena de pris&o0 No entanto+ en!"anto o Estado e a

    pr'pria sociedade contin"are neg#igenciando a sit"a%&o do preso e tratando as

    prisXes coo " dep'sito de #io )"ano e de seres inser$.$eis para o con$.$io e

    sociedade+ n&o apenas a sit"a%&o carcerria+ as o pro(#ea da seg"ran%a p(#ica e

    da criina#idade coo " todo tende apenas a agra$arse0

    A sociedade n&o pode es!"ecer !"e , do contingente carcerrio+ o"

    seWa+ s"a esagadora aioria J ori"nda da c#asse dos ec#".dos sociais+ po(res+

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    48/52

    48

    desepregados e ana#fa(etos+ !"e+ de certa fora+ na aioria das $e3es+ fora

    ]ep"rrados^ ao crie por n&o tere tido e#)ores oport"nidades sociais0

    2 de se #e(rar ta(J !"e o preso !"e )oWe sofre essas penrias noa(iente prisiona# ser o cidad&o !"e dentro e po"co estar de $o#ta ao con$.$io

    socia#+ no$aente no seio dessa pr'pria sociedade0 Ca(e ressa#tar !"e o !"e se

    pretende co a efeti$a%&o e a ap#ica%&o das garantias #egais e constit"cionais na

    eec"%&o da pena+ assi coo o respeito aos direitos do preso+ J !"e seWa respeitado

    e c"prido o princ.pio da #ega#idade+ coro#rio do Estado deocrtico de Direito+ tendo

    coo o(Weti$o aior o de instr"enta#i3ar a f"n%&o ressocia#i3adora da pena pri$ati$a

    de #i(erdade+ no int"ito de reintegrar o rec#"so ao eio socia#+ $isando assi o(ter a

    pacifica%&o socia#+ preissa aior do Direito Pena#0

    H0 CONCL*S@O

    Conc#"ise neste tra(a#)o !"e a pena pri$ati$a de #i(erdade ta# coo J

    ap#icada at"a#ente no nosso sistea penitencirio J (astante contradit'ria+ ao

    eso tepo e !"e pri$i#egia criinosos (astante con)ecidos pe#a .dia (rasi#eira+

    nega os o"tros direitos e#eentares0

    O sistea penitencirio encontra dific"#dade e atender de fora rea# e

    p#ena a fina#idade da pena pri$ati$a de #i(erdade+ ocorrendo a distor%&o do o(Weti$o de

    ressocia#i3a%&o do detento0 Meso n&o tendo acesso aos esta(e#ecientos da

    penitenciria+ p"deos conc#"ir atra$Js de nossa pes!"isa !"e o eio !"e seria para

    rec"perar o indi$.d"o est se tornando " #"gar onde os pe!"enos de#in!entes

    con$i$e W"nto aos profissionais do crie e transforase e $erdadeiros

    criinosos0

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    49/52

    49

    Desta fora+ s"rge a necessidade de redefinir a iss&o e as fina#idades da

    pena+ partindo dos o(Weti$os de integra%&o e pacifica%&o socia#+ preser$a%&o da

    #i(erdade+ diin"i%&o do carter af#iti$o da pena+ s"pera%&o da fi#osofia do castigo e

    resta"ra%&o da $is&o de rea(i#ita%&o do condenado0 A#J de e#a(ora%&o de "a teoria

    pr'pria das penas a#ternati$as+ onde esteWa garantidas a red"%&o da $io#ncia

    p"niti$a e efeti$a%&o das f"n%Xes reais do crcere pri$ado0

    Para !"e o sistea penitencirio rea#ente f"ncione e consiga a#can%ar

    se"s o(Weti$os seria necessrio ter coo princ.pios (sicos a#g"ns fatores

    indispens$eis para !"e os presos p"desse a#can%ar rea#ente a rea(i#ita%&o+ tais

    coo1 a deten%&o pena# de$e ter por f"n%&o essencia# a transfora%&o do

    coportaento do indi$.d"o os detentos de$e ser iso#ados o" pe#o enos

    separados de acordo co a gra$idade pena# de se" ato+ as principa#ente seg"ndo

    s"a idade+ s"as disposi%Xes+ as tJcnicas de corre%&o !"e se pretende "ti#i3ar para

    co e#es e as fases de s"a transfora%&o as penas+ c"Wo se" desenro#ar+ de$e

    poder ser odificadas seg"ndo a indi$id"a#idade dos detentos+ os res"#tados o(tidos+

    os progressos o" reca.das o tra(a#)o de$e ser "a das pe%as essenciais da

    transfora%&o e da socia#i3a%&o progressi$a dos detentos+ de$e peritir aprender o"

    praticar " of.cio+ e dar rec"rsos ao detento e s"a fa.#ia a ed"ca%&o do detento

    de$e ser+ por parte do poder p(#ico+ ao eso tepo "a preca"%&o indispens$e#

    no interesse da sociedade e "a o(riga%&o para co o detento o regie da pris&o

    de$e ser+ pe#o enos e parte+ contro#ado e ass"ido por " pessoa# especia#i3ado

    !"e poss"a as capacidades orais e tJcnicas de 3e#ar pe#a fora%&o dos indi$.d"os

    o c"priento da pena de$e ser acopan)ado de edidas de contro#e e de

    assistncia atJ a readapta%&o definiti$a do antigo detento U sociedade0

    O certo J !"e n&o podeos nos es!"ecer !"e J preciso "a rea#

    a#ternati$a de so#"%&o para a at"a# crise !"e este sistea $i$e+ e !"e a adinistra%&o

    p(#ica n&o J a nica respons$e# para encontrar ta# so#"%&o0 O pro(#ea J de toda a

    sociedade e precisa da participa%&o de todos para !"e s"rWa a#g"a "dan%a+

    coe%ando da "dan%a de enta#idade preconceit"osa !"e a co"nidade te de

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    50/52

    50

    o#)ar o epresidirio e W"#g#o pe#o se" passado+ as ao contrrio+ de$e oferecer a

    este indi$.d"o "a no$a oport"nidade de $ida+ contri("indo assi para a $erdadeira

    ressocia#i3a%&o0

    A sociedade aca(a por se es!"ecer !"e estaos todos+ se !"a#!"er

    tipo de restri%&o+ a coeter " des#i3e e+ conse!"enteente+ s"Weitos a estar na

    esa sit"a%&o !"e os detentos+ e !"e+ t"do !"e n's incenti$aos contra o preso

    poder acontecer a todos+ ora de#in!"ente0 N&o podeos nos es!"ecer !"e acia de

    t"do+ tratase de " ser )"ano !"e precisa ser $a#ori3ado independente de s"a

    condi%&o e !"e as regras .nias para o trataento dos prisioneiros de$e ser

    seg"idas0 AtJ por!"e+ J sa(ido por todos !"e )istoricaente $i$eos s"(etidos a

    "a adinistra%&o go$ernaenta# fracassada+ no !"e se refere U distri("i%&o

    $erdadeira de renda+ oport"nidade e ser$i%os p(#icos a todos0

    N&o ca(e ais o trataento pena# se a o(ser$ncia da indi$id"a#i3a%&o

    da pena e de se" c"priento+ genJrico para todos os presos0 Cada ser )"ano J

    nico e coo ta# precisa ter trataento indi$id"a#i3ado e acopan)ado por

    profissionais para !"e a pena c"pra se" $erdadeiro o(Weti$o0

    necessria "a $erdadeira e participati$a at"a%&o conW"nta de todos os

    seg"ientos da sociedade+ n&o s' no processo restrito do per.odo de

    encarceraento+ ais ta(J na fora ap#a+ a(rangendo o carter pre$enti$o a

    e$itar a cond"ta repro$$e#+ W na fora%&o ps.!"ica socia# ed"caciona#+ por eio dos

    instr"entos go$ernaentais o" pri$ados+ dispon.$e# !"e carece de "ti#i3a%&o

    efica3+ ainda inacess.$e# a grande aioria da pop"#a%&o+ principa#ente as !"e

    nasce e cresce diante das ineras #iita%Xes de orde econ[ica0

    Ao fina# de " cic#o+ e Jdio a #ongo pra3o+ a#can%ar.aos res"#tados

    efica3es+ ter.aos conW"ntaente+ s"perados pe#a oport"nidade ap#a e ig"a#itria o

    anseio da pre$en%&o da cond"ta t.pica criinosa+ atra$Js do eficiente tra(a#)o da

    ed"ca%&o integra# profissiona#i3ante+ fr"to da fora%&o pro 9 sociedade+ enfocada no

    desen$o#$iento )"ano a#iado ao interesse p(#ico0

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    51/52

    51

    Assi+ o sistea penitencirio (e coo as penas pri$ati$as de #i(erdade+

    precisa passar por "a rea$a#ia%&o e fa3er co !"e o trataento pena# seWa

    s"(Weti$o+ co o o(Weti$o de inserir no encarcerado no$os conceitos+ cond"tas+

    $a#ores0 A#J de desen$o#$er "a conscienti3a%&o da sociedade para participar dessa

    "dan%a+ se preconceito+ acreditando !"e o ser )"ano poss"i ineras aptidXes

    positi$as+ !"ando estas encontra " eio prop.cio a se" desen$o#$iento p#eno0

    ?' REFER@NCIAS BIBLI$RFICAS

    BECCARIA+ Cesare0 Dos de#itos e das penas0 S&o Pa"#o1 Editora 2I+ 455H0

    BITENCO*RT+ Ce3ar Ro(erto0 Man"a#de Direito Pena#0 S&o Pa"#o1 Sarai$a+ /,,,0

    FO*CALT+ Mic)ae#0 Vigiar e P"nir1 A )ist'ria da $io#ncia nas prisXes0 / ed0

    Petr'po#isR1 Ed0 Vo3es+ 45540

    MIRABETE+ nior Fa((rini0 Ee,2*o Penal+ Co9en-:rios+ S&o Pa"#o1 At#as+ 455G

    DELMANTO NIOR+ Ro(erto Lei ?"!" Cri9es 4e.ion.os0 Prograa Sa(er

    Direito+ Entre$ista $eic"#ada e 455_

  • 7/23/2019 Da Eficcia Da Pena x Sistema Penitencirio Atual 2. PDF (Salvo Automaticamente)

    52/52

    52

    dossisteaspenitenciariosacesso e 5G5G45/4

    http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/4635/A-pena-restritiva-de-liberdade-a-luz-dos-sistemas-penitenciarioshttp://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/4635/A-pena-restritiva-de-liberdade-a-luz-dos-sistemas-penitenciarios