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As informações financeiras e operacionais contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, foram consolidadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos no Brasil (Brazilian GAAP). De acordo com os critérios do Brazilian GAAP, são consolidadas as empresas nas quais a CVRD tem controle efetivo ou controle compartilhado definido por acordo de acionistas. No caso das empresas onde a CVRD possui controle efetivo, a consolidação é feita em base 100% e a diferença entre este valor e o percentual da participação da CVRD no capital da controlada é descontado através da linha de participações minoritárias. As principais empresas controladas da CVRD são Caemi, Alunorte, Albras, RDM, RDME, RDMN, Urucum Mineração, Docenave, Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), Rio Doce Europa, CVRD International, CVRD Overseas e Rio Doce International Finance. No caso das empresas onde o controle é compartilhado, a consolidação é proporcional à participação que a CVRD possui no capital de cada empresa. As principais empresas onde a CVRD detinha controle compartilhado em 30 de junho de 2006 eram MRN, Valesul, Kobrasco, Nibrasco, Hispanobras, Itabrasco, Samarco e CSI. BR GAAP 2T06 MANTENDO A TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO O desempenho da CVRD no primeiro semestre de 2006 (1S06) Rio de Janeiro, 02 de agosto de 2006 – A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) apresentou no primeiro semestre de 2006 (1S06) performance consistente com a trajetória de contínua melhoria de resultados iniciada no último trimestre de 2002. Os principais destaques do desempenho financeiro foram: Receita bruta acumulada no 1S06 de R$ 18,4 bilhões, contra R$ 17,1 bilhões no 1S05. No 2T06, a receita bruta totalizou R$ 10,1 bilhões, um recorde trimestral, superando o anterior obtido no 2T05, de R$ 10,0 bilhões. As exportações somaram US$ 4,8 bilhões no 1S06, com acréscimo de 46,8% frente ao 1S05. As exportações líquidas foram de US$ 4,4 bilhões, resultado 50,3% superior ao verificado no mesmo semestre do ano passado, fazendo com que a nossa contribuição para o saldo da balança comercial brasileira fosse 22,4% do superávit do 1S06, de US$ 19,6 bilhões. Lucro operacional, medido pelo EBIT (lucro antes de juros e impostos), no valor de R$ 7,8 bilhões no 1S06, ante R$ 7,1 bilhões no 1S05. No 2T06, o EBIT somou R$ 4,5 bilhões, 5% abaixo do 2T05, R$ 4,8 bilhões. Margem EBIT de 43,7% no 1S06 e de 46,2% no 2T06. Geração de caixa, medida pelo EBITDA (lucro antes de despesas financeiras, impostos e depreciação), de R$ 8,9 bilhões no 1S06, 8,8% acima do 1S05. No 2T06, o EBITDA foi de R$ 5,2 bilhões, contra R$ 5,3 bilhões no 2T05. Lucro líquido no 1S06 de R$ 6,1 bilhões, equivalente a lucro por ação de R$ 2,51, 19,5% superior ao do 1S05, R$ 5,1 bilhões. No 2T06, o lucro líquido foi R$ 3,9 bilhões, R$ 1,61 por ação, um recorde trimestral, com crescimento de 12,2% em relação ao 2T05, R$ 3,5 bilhões. Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 32,2% no 2T06 contra 38,3% no 2T05. Investimentos realizados no 1S06 de US$ 1,9 bilhão 1 , ante US$ 1,4 bilhão no mesmo período do ano passado. No 2T06 foram realizados 1 Computado de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (US GAAP) e com base em desembolsos financeiros. BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: RIO, RIOPR LATIBEX: XVALO, XVALP www.cvrd.com.br [email protected] Departamento de Relações com Investidores Roberto Castello Branco Alessandra Gadelha Daniela Tinoco Marcelo Silva Braga Theo Penedo Virgínia Monteiro Tel: (5521) 3814-4540

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As informações financeiras e operacionais contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, foram consolidadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos no Brasil (Brazilian GAAP). De acordo com os critérios do Brazilian GAAP, são consolidadas as empresas nas quais a CVRD tem controle efetivo ou controle compartilhado definido por acordo de acionistas. No caso das empresas onde a CVRD possui controle efetivo, a consolidação é feita em base 100% e a diferença entre este valor e o percentual da participação da CVRD no capital da controlada é descontado através da linha de participações minoritárias. As principais empresas controladas da CVRD são Caemi, Alunorte, Albras, RDM, RDME, RDMN, Urucum Mineração, Docenave, Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), Rio Doce Europa, CVRD International, CVRD Overseas e Rio Doce International Finance. No caso das empresas onde o controle é compartilhado, a consolidação é proporcional à participação que a CVRD possui no capital de cada empresa. As principais empresas onde a CVRD detinha controle compartilhado em 30 de junho de 2006 eram MRN, Valesul, Kobrasco, Nibrasco, Hispanobras, Itabrasco, Samarco e CSI.

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MANTENDO A TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO O desempenho da CVRD no primeiro semestre de 2006 (1S06)

Rio de Janeiro, 02 de agosto de 2006 – A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) apresentou no primeiro semestre de 2006 (1S06) performance consistente com a trajetória de contínua melhoria de resultados iniciada no último trimestre de 2002.

Os principais destaques do desempenho financeiro foram:

• Receita bruta acumulada no 1S06 de R$ 18,4 bilhões, contra R$ 17,1 bilhões no 1S05. No 2T06, a receita bruta totalizou R$ 10,1 bilhões, um recorde trimestral, superando o anterior obtido no 2T05, de R$ 10,0 bilhões.

• As exportações somaram US$ 4,8 bilhões no 1S06, com acréscimo de 46,8% frente ao 1S05. As exportações líquidas foram de US$ 4,4 bilhões, resultado 50,3% superior ao verificado no mesmo semestre do ano passado, fazendo com que a nossa contribuição para o saldo da balança comercial brasileira fosse 22,4% do superávit do 1S06, de US$ 19,6 bilhões.

• Lucro operacional, medido pelo EBIT (lucro antes de juros e impostos), no valor de R$ 7,8 bilhões no 1S06, ante R$ 7,1 bilhões no 1S05. No 2T06, o EBIT somou R$ 4,5 bilhões, 5% abaixo do 2T05, R$ 4,8 bilhões.

• Margem EBIT de 43,7% no 1S06 e de 46,2% no 2T06.

• Geração de caixa, medida pelo EBITDA (lucro antes de despesas financeiras, impostos e depreciação), de R$ 8,9 bilhões no 1S06, 8,8% acima do 1S05. No 2T06, o EBITDA foi de R$ 5,2 bilhões, contra R$ 5,3 bilhões no 2T05.

• Lucro líquido no 1S06 de R$ 6,1 bilhões, equivalente a lucro por ação de R$ 2,51, 19,5% superior ao do 1S05, R$ 5,1 bilhões. No 2T06, o lucro líquido foi R$ 3,9 bilhões, R$ 1,61 por ação, um recorde trimestral, com crescimento de 12,2% em relação ao 2T05, R$ 3,5 bilhões.

• Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 32,2% no 2T06 contra 38,3% no 2T05.

• Investimentos realizados no 1S06 de US$ 1,9 bilhão1, ante US$ 1,4 bilhão no mesmo período do ano passado. No 2T06 foram realizados

1 Computado de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (US GAAP) e com base em desembolsos financeiros.

BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: RIO, RIOPR

LATIBEX: XVALO, XVALP

www.cvrd.com.br [email protected]

Departamento de Relações

com Investidores

Roberto Castello Branco Alessandra Gadelha

Daniela Tinoco Marcelo Silva Braga

Theo Penedo Virgínia Monteiro

Tel: (5521) 3814-4540

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investimentos no valor de US$ 818 milhões, sendo US$ 518 milhões em crescimento orgânico (projetos e pesquisa & desenvolvimento) e US$ 300 milhões na sustentação das operações existentes.

INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS R$ milhões

2T05 1T06 2T06 1S05 1S06Receita operacional bruta 10.051 8.281 10.131 17.104 18.412 Exportações (US$ milhões) 1.951 2.282 2.543 3.287 4.825 Exportações Líquidas (US$ milhões) 1.817 2.054 2.322 2.912 4.376 EBIT 4.756 3.240 4.519 7.132 7.759 Margem EBIT (%) 49,8 40,7 46,2 43,8 43,7 EBITDA 5.334 3.753 5.153 8.183 8.907 Lucro líquido 3.479 2.184 3.906 5.094 6.090 Lucro líquido por ação (R$) 1,51 0,90 1,61 2,21 2,51 ROE Anualizado (%) 38,3 34,7 32,2 38,3 32,2Investimentos* (US$ milhões) 821 1.126 818 1.392 1.944

* inclui aquisições

PERSPECTIVAS DOS NEGÓCIOS

O ciclo econômico começado em 2002 e que respalda o atual ciclo de expansão de metais, o mais longo dos últimos quarenta anos, tem alternado fases de aceleração e desaceleração do crescimento da economia global com duração média de quatro trimestres. O período mais recente de aceleração teve início no segundo trimestre de 2005 e se estendeu pelo menos até o segundo trimestre de 2006, caracterizando-se por taxas de crescimento próximas a 5% ao ano. O processo de normalização das políticas monetárias, liderado pelo Federal Reserve Bank dos EUA e seguido pelos principais bancos centrais do mundo, induz o ingresso da economia mundial numa fase de transição, em que o aumento do PIB se deslocará de um ritmo de expansão superior à sua capacidade no longo prazo para outro mais moderado e sustentável. Embora os níveis atuais de taxas de juros não sejam restritivos ao crescimento econômico, é possível dizer que já não se constituem em fatores estimulantes da aceleração do ritmo de atividade econômica. Indicadores antecedentes emitem sinais de que nos próximos seis meses a expansão da economia mundial deve continuar robusta, porém em ritmo mais moderado do que o que vinha se processando nos trimestres recentes. O OECD Composite Leading Indicator (OECD CLI) cresceu em maio pelo décimo terceiro mês consecutivo, já evidenciando, contudo, taxas decrescentes. A indicação é de que o crescimento econômico nos próximos trimestres permanecerá vigoroso, porém de forma mais lenta, principalmente nos EUA. Simultaneamente, a evolução do OECD CLI sinaliza melhoria do desempenho das economias do Japão e da zona do Euro. O Global Manufacturing PMI, indicador antecedente do desempenho da indústria de transformação, aumentou em julho, em nível consistente com aumento da produção mundial à taxa de 5% ao ano. O cenário projetado para o futuro próximo é semelhante ao previsto pelo OECD CLI, envolvendo moderação e rotação regional na dinâmica do crescimento, com aceleração na Europa e Japão e desaceleração nos EUA.

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Nos EUA os gastos dos consumidores têm crescido mais lentamente face ao impacto da alta de preços de energia sobre sua renda real e do efeito riqueza derivado da propriedade imobiliária. Em resposta à elevação das taxas de juros, as vendas e a construção de residências têm diminuído, o que gera impacto negativo direto sobre o crescimento da economia, ao mesmo tempo em que o fim do processo de valorização desses imóveis produz efeito riqueza desfavorável sobre as despesas de consumo. Por outro lado, a taxa de desemprego continua em queda, de 5,0% na segunda metade de 2005 para 4,7% no segundo trimestre de 2006, o investimento em equipamentos e softwares está em tendência ascendente, crescendo a aproximadamente 10% ao ano, e o investimento em construção não residencial, após um ano fraco em 2005, apresentou expressiva recuperação no primeiro semestre deste ano. A produtividade cresce de maneira consistente, beneficiando-se de inovações tecnológicas, mudanças organizacionais e melhorias de processos. As empresas continuam a apresentar excelente lucratividade e, apesar do aumento das taxas de juros de longo prazo, a qualidade do crédito permanece boa. A despeito das preocupações expressadas pelos mercados de capitais no 2T06 em relação ao desempenho futuro da economia norte-americana e que resultaram em forte elevação da volatilidade de preços de ativos financeiros e commodities, as perspectivas são boas, prevendo-se crescimento do PIB dos EUA em torno de 3,5% ao ano, em ritmo compatível com sua capacidade potencial. A elevação em 14 de julho da taxa de juros de curto prazo pelo Bank of Japan, de 25 pontos base, deu fim a quase seis anos de uma política de taxa de juros zero, utilizada para reverter o processo de deflação que tomou conta da economia japonesa. Desse modo, encerrou-se oficialmente o mais longo período de estagnação econômica vivido por uma economia desenvolvida desde a grande depressão de 1929. As economias emergentes mantém crescimento de aproximadamente 6% ao ano, o que concorre favoravelmente para a evolução da demanda global por minérios e metais. A China e a Índia, que conjuntamente representam 21% do PIB global, têm se destacado por considerável dinamismo. Na Índia, onde a produção industrial está se expandindo ao ritmo anualizado de 10%, a produção de aço cresce pelo segundo ano consecutivo a 16%. A economia da China registrou no 2T06 a mais elevada taxa de expansão trimestral do PIB – 11,3% - desde o quarto trimestre de 1994, quando cresceu 12,8%. O extraordinário desempenho da economia chinesa tem sido determinado principalmente pelo crescimento das exportações, que somaram US$ 429 bilhões no 1S06 com aumento de 25,2% contra o 1S05, e dos investimentos em ativos fixos, da ordem de 31,3%. A exemplo do que aconteceu em 2004, as autoridades econômicas começam a adotar medidas restritivas, direcionando a economia para um ritmo de crescimento mais próximo a 9% ao ano, que representa a tendência de longo prazo. A economia brasileira prossegue em crescimento pelo terceiro ano consecutivo, com redução consistente da taxa de inflação e de sua vulnerabilidade a choques externos. Após considerável apreciação desde o último trimestre de 2002, o real apresenta sinais de estabilização. O aumento da demanda global por aço provocou clara reversão na tendência decrescente de preços manifestada ao longo de 2005, tendo o CRU Steel Price Index retornado aos níveis recordes registrados na América do Norte, Europa e Ásia no segundo semestre de 2004. Em reação ao estímulo dos preços, a produção

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mundial de aço bruto cresce a 9% ao ano, com ritmos de expansão de 21,3%, 6,7% e 5,5%, respectivamente, na China, EUA e Europa dos 25. Isto implicou em elevação de preços de metálicos – ferro gusa, HBI e sucata – em todas as regiões do mundo desde março de 2006 e gerou reflexos diretos sobre a demanda por minério de ferro. As importações chinesas de minério de ferro no 1S06 chegaram a 161,4 milhões de toneladas, com aumento de 30 milhões de toneladas – 22,9% - relativamente ao mesmo período de 2005. Os preços do minério de ferro no mercado spot continuam acima dos preços de referência dos contratos de longo prazo mesmo depois do reajuste de 19%, evidenciando persistência do desequilíbrio entre demanda e oferta global. A produção do aço no mundo fora da China, que havia se reduzido durante o 2S05 e parte do 1T06, está em recuperação, tendo crescido 3,7% no 1S06. Isto contribui para reforçar a demanda por minério de ferro e também para a retomada do crescimento da demanda transoceânica por pelotas, o que ensejou a volta à operação da usina de São Luís no mês de julho. As boas perspectivas de continuidade da sólida performance da economia global sustentam as expectativas de alongamento do atual ciclo de minérios e metais, com implicações positivas para o desempenho da CVRD, cuja produção em diversos segmentos da indústria de mineração encontra-se em franca expansão.

EVENTOS RELEVANTES

• Preços de referência de minério de ferro e pelotas para 2006

Foi concluída a negociação de preços para minério de ferro e pelotas para o ano de 2006 tendo como resultado o aumento em 19% dos preços do minério de fino e granulado e redução de 3% dos preços de pelotas de alto forno e de redução direta.

A elevação do preço do minério de ferro reflete o desequilíbrio entre demanda e oferta global, determinado pela significativa expansão da demanda, que na primeira metade desta década se deu à taxa média anual de 11%.

• Portfólio de ativos Em julho, a Companhia adquiriu por US$ 27,5 milhões, 45,5% do capital total da Valesul Alumínio S.A., smelter de alumínio localizado no estado do Rio de Janeiro, passando a deter a totalidade de suas ações.

A aquisição é consistente com a estratégia de negócios da Companhia para o alumínio, cujo foco é o crescimento orgânico no upstream da cadeia produtiva e participações estratégicas em smelters. A partir do 3T06, a Valesul será integralmente consolidada nas demonstrações financeiras da CVRD.

Por outro lado, a Companhia desinvestiu sua participação de 50% no capital da Gulf Industrial Investment Company (GIIC), pelotizadora situada no Bahrain, por US$ 418 milhões. Com visões distintas a respeito da gestão dos negócios da joint venture, a CVRD e a Gulf Investment Corporation, detentora dos demais 50% do capital, entraram num acordo “mandatory buy-sell” para resolver as divergências nos termos do acordo de acionistas então vigente.

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• Administração financeira e percepção de risco A CVRD contratou junto a um pool de bancos comerciais globais linha de crédito rotativo (revolving credit line) no valor de US$ 500 milhões, com prazo de cinco anos. A comissão para manutenção desta linha de crédito é de 0,09% ao ano e o custo pela utilização é de 0,235% ao ano acima da Libor. A operação foi estruturada de forma a não haver qualquer restrição ao desembolso de recursos relacionada ao risco soberano. Com esta nova linha de crédito, a Companhia passa a dispor, em adição às suas disponibilidades de caixa, de um colchão de liquidez de aproximadamente US$ 1,2 bilhão, o que contribui de maneira importante para a percepção de risco pelos mercados financeiros. O reconhecimento da solidez financeira da CVRD tem se manifestado com a obtenção do grau de investimento pelas quatro maiores agências de rating do mundo, Standard & Poor’s (BBB+), Moody’s (Baa3), Dominion Bond Rating Services (BBB high) e Fitch Ratings (BBB-), o que influencia a redução de seu custo de capital. No 2T06, a classificação do risco da Companhia foi promovida pela Standard & Poor’s de BBB, concedido em outubro de 2005, para BBB+, dois níveis acima do estágio inicial de investment grade. A Dominion Bond Rating Services também elevou a classificação de risco da Companhia, de BBB (low), concedida em agosto de 2005, para BBB (high). • Ações A Assembléia Geral Extraordinária dos Acionistas da Companhia aprovou em abril proposta de desdobramento de ações, em que cada ação ordinária ou preferencial seria desdobrada em duas ações. A distribuição das novas ações decorrentes do desdobramento para as ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa foi realizada no dia 25 de maio de 2006 para os investidores que eram acionistas da CVRD em 19 de maio de 2006 (record date). Para os American Depositary Receipts (ADRs) transacionados na New York Stock Exchange (NYSE) a distribuição dos novos ADRs – um novo ADR para cada ADR existente – foi efetuada em 7 de junho, sendo o record date fixado em 24 de maio de 2006. Cada ADR, RIO ou RIOPR, continua a representar uma ação ordinária ou preferencial da Companhia. Após o desdobramento, o capital da CVRD ficou composto por 2.459.657.056 ações, sendo 1.499.898.858 ações ordinárias e 959.758.198 ações preferenciais. Em 30 de junho, a CVRD possuía 146.034 acionistas, dos quais 76.188 eram detentores de ADRs. No mercado brasileiro, tínhamos 69.846 acionistas, sendo que os fundos gestores de FMP FGTS, nossos acionistas, tinham 334.569 cotistas. No dia 21 de junho, a Companhia anunciou um programa de recompra de ações preferenciais classe A emitidas pela Companhia para ser executado durante um prazo máximo de 180 dias, envolvendo até 47.986.763 ações preferenciais, correspondentes a 5% do número total de ações preferenciais em circulação em 31 de maio de 2006. Até o final de julho foram adquiridas 15.149.600 ações preferenciais, envolvendo dispêndio no valor de R$ 659,6 milhões.

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O COMPORTAMENTO DAS RECEITAS

No primeiro semestre de 2006, nossa receita bruta somou R$ 18,412 bilhões, 7,7% acima da obtida no 1S05, R$ 17,103 bilhões. No 2T06, a receita bruta foi de R$ 10,131 bilhões, superando em R$ 79 milhões o recorde anterior alcançado no 2T05, R$ 10,051 bilhões. Apesar do aumento de volumes vendidos e de variações nos preços praticados contribuírem para o incremento da receita bruta em R$ 905 milhões e em R$ 267 milhões, respectivamente, a valorização do real em relação ao dólar norte-americano, de 13,3%, neutralizou tais efeitos, uma vez que promoveu impacto negativo de R$ 1,093 bilhão. No 2T06 foram adicionados à receita R$ 310 milhões referentes à apropriação do efeito retroativo dos novos preços de minério de ferro sobre as vendas realizadas no 1T06, e no caso de pelotas descontados R$ 9 milhões relativos à redução de preços. Tendo em vista que a negociação de preços com nossos clientes na China foi concluída no final do 2T06, serão contabilizados liquidamente na receita do 3T06, R$ 466 milhões por conta de embarques efetuados no 2T06. No 2T06, os embarques de minerais ferrosos (minério de ferro, pelotas, manganês e ferro ligas) foram responsáveis por 65,7% da receita total, as vendas dos produtos da cadeia de alumínio (bauxita, alumina, alumínio primário) responderam por 15,2%, os serviços de logística, 8,8%, minerais não-ferrosos (cobre, potássio e caulim), 5,9% e produtos siderúrgicos, 3,8%. As Américas foram o principal destino das vendas da CVRD, com 33,8% do total da receita, contra 33,7% para a Ásia e 26,6% para a Europa. Entre países, o Brasil foi o principal destino das vendas, onde foram originados 20,7% da receita bruta. A China, país mais importante como destino dos embarques da CVRD depois do mercado brasileiro, respondeu por 18,3% da receita, quase que dobrando sua fatia na receita total, que há dois anos, no 2T04, era de 9,5%.

RECEITA BRUTA POR PRODUTO R$ milhões

2T05 % 1T06 % 2T06 %Minério de ferro e pelotas 7.015 69,8 5.480 66,2 6.338 62,6 Minério de ferro 5.072 50,5 4.147 50,1 5.130 50,6 Pelotas 1.943 19,3 1.333 16,1 1.208 11,9Serviço de operação de usinas 13 0,1 18 0,2 17 0,2Manganês e ferro ligas 443 4,4 256 3,1 301 3,0Concentrado de cobre 229 2,3 242 2,9 447 4,4Potássio 76 0,8 49 0,6 49 0,5Caulim 111 1,1 106 1,3 100 1,0Alumínio 928 9,2 1.051 12,7 1.543 15,2Serviços de logística 848 8,4 704 8,5 896 8,8 Ferroviários 631 6,3 535 6,5 689 6,8 Portuários 123 1,2 106 1,3 127 1,3 Transporte marítimo 94 0,9 63 0,8 80 0,8Produtos siderúrgicos 379 3,8 349 4,2 382 3,8Carvão - 0,0 9 0,1 - 0,0Outros 11 0,1 15 0,2 58 0,6Total 10.051 100,0 8.281 100,0 10.131 100,0

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RECEITA BRUTA POR DESTINO R$ milhões

2T05 % 1T06 % 2T06 %Américas 3.786 37,7 2.854 34,5 3.422 33,8 Brasil 2.323 23,1 1.761 21,3 2.094 20,7 EUA 715 7,1 526 6,4 671 6,6 Outros 748 7,4 567 6,8 656 6,5Ásia 2.518 25,0 2.840 34,3 3.409 33,7 China 1.129 11,2 1.495 18,1 1.850 18,3 Japão 841 8,4 837 10,1 864 8,5 Outros 548 5,5 508 6,1 695 6,9Europa 3.027 30,1 2.175 26,3 2.693 26,6Resto do mundo 721 7,2 412 5,0 607 6,0Total 10.051 100,0 8.281 100,0 10.131 100,0

CUSTOS E DESPESAS No 1S06, o custo dos produtos vendidos (CPV) foi de R$ 8,295 bilhões, 6,4% acima do verificado no 1S05. No 2T06 o CPV totalizou R$ 4,351 bilhões, com incremento de R$ 340 milhões em relação ao 2T05, R$ 4,011 bilhões. A Companhia está desenvolvendo esforços para conter a alta de custos, esperando-se que resultados mais significativos venham a se materializar ao longo dos próximos doze meses. O principal item do CPV, responsável por 21,4% do seu total, é o dispêndio com serviços contratados, que atingiram R$ 931 milhões no 2T06, 17,1% acima do efetuado no mesmo trimestre do ano passado. Os principais componentes deste item de custo são o frete ferroviário contratado para o transporte da produção de minério de ferro das minas da MBR e das minas do Oeste do Sistema Sul da CVRD, serviços de manutenção de equipamentos e instalações e remoção de estéril e minérios. Os custos com energia - 20% do CPV - totalizaram R$ 869 milhões, 6,2% acima do 2T05. Isto foi determinado pelo aumento do consumo em consequência da expansão de nossas atividades operacionais e da alta de preços de energia. As despesas com material - 18,7% do total do CPV - somaram R$ 813 milhões, ficando em linha com os gastos realizados no 2T05, R$ 792 milhões. Os principais componentes dessa linha são peças e componentes de equipamentos, insumos, correias transportadoras e pneus. O custo com aquisição de produtos foi de R$ 554 milhões, 12,7% do total do CPV, apresentando redução de R$ 16 milhões, ou 2,8%, em relação ao 2T05. A menor quantidade de minério de ferro comprada de pequenas mineradoras localizadas em Minas Gerais (3,689 milhões no 2T06 contra 4,140 milhões no 2T05), diferenças nos reajustes retroativos de preços – 2005 e 2006 – relativos ao primeiro trimestre e o efeito da valorização do real frente ao dólar norte-americano resultaram na diminuição desses gastos. As despesas com pessoal no valor de R$ 403 milhões, foram superiores em R$ 63 milhões o 2T05. Além do efeito do aumento anual de salários a partir de julho de 2005, os custos foram afetados pelo crescimento do número de empregados requerido pela expansão das atividades da Companhia.

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Em função do incremento da base de ativos da Companhia, os custos com depreciação e exaustão, no valor de R$ 394 milhões, foram 8,8% maiores que os do 2T05. As despesas com multas pagas pelo atraso de carregamento de navios nos terminais marítimos da CVRD, demurrage, de R$ 35 milhões, foram 12,5% inferiores ao realizado no 2T05. A CVRD vem trabalhando intensamente para o aperfeiçoamento dos processos de logística, procurando otimizar a integração mina-ferrovia-porto. Desse modo, houve redução de 15,2% na demurrage por tonelada embarcada, de US$ 0,28 no 2T06 ante US$ 0,33 no 2T05. As despesas operacionais foram de R$ 910 milhões no 2T06, 16,1% acima do 2T05. As despesas administrativas alcançaram R$ 381 milhões contra R$ 308 milhões no 2T05. Esta variação é explicada basicamente por maiores gastos com pessoal (R$ 39 milhões) e despesas com vendas (R$ 36 milhões). Em linha com a programação de investimentos para 2006, as despesas com pesquisas e desenvolvimento (P&D), contabilizadas como custo corrente, totalizaram R$ 222 milhões no 2T06, contra R$ 161 milhões no 2T05. A CVRD vem aumentando seus dispêndios com P&D, dentro do contexto estratégico de foco em crescimento orgânico, o que implica na ampliação dos investimentos em exploração mineral e em estudos de viabilidade de desenvolvimento de depósitos minerais localizados no Brasil e em diversos outros países.

COMPOSIÇÃO DO CPV R$ milhões

2T05 % 1T06 % 2T06 %Serviços contratados 795 19,8 865 21,9 931 21,4Energia 818 20,4 760 19,3 869 20,0 Óleo combustível e gases 446 11,1 456 11,6 531 12,2 Energia elétrica 371 9,3 304 7,7 338 7,8Material 792 19,7 712 18,0 813 18,7Aquisição de produtos 570 14,2 524 13,3 554 12,7Pessoal 340 8,5 372 9,4 403 9,3Depreciação e exaustão 362 9,0 368 9,3 394 9,0Amortização ágio 96 2,4 92 2,3 94 2,2Outros 238 5,9 252 6,4 294 6,8Total 4.011 100,0 3.945 100,0 4.351 100,0

DESEMPENHO OPERACIONAL

No 1S06, o EBIT somou R$ 7,759 bilhões, 8,8% acima do verificado no 1S05, R$ 7,132 bilhões. A margem EBIT foi de 43,7%, praticamente igual à observada no mesmo semestre do ano passado, 43,8%. No 2T06, o EBIT foi de R$ 4,519 bilhões, 4,9% inferior ao recorde trimestral alcançado no 2T05, R$ 4,756 bilhões. Apesar de verificarmos um incremento de R$ 228 milhões na receita líquida entre o 2T06 e o 2T05, este resultado foi parcialmente neutralizado pela valorização do real em relação ao dólar norte-americano, que reduziu a receita deste trimestre em R$ 1,093 bilhão. Além disso, o EBIT também foi influenciado negativamente pelo aumento do CPV em R$ 340 milhões e das despesas com vendas, administrativas e gerais em R$ 64 milhões e nos gastos com P&D em R$ 61 milhões.

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No 2T06, a margem EBIT da CVRD foi de 46,2%, ante 49,8% no 2T05 e 40,7% no 1T06. Desde o 2T05, a Companhia vem apresentando margem operacional superior a 40,0%.

GERAÇÃO DE CAIXA

O EBITDA da CVRD no 1S06 foi de R$ 8,906 bilhões, 8,8% superior ao do ano passado, R$ 8,183 bilhões. O EBITDA no 2T06 somou R$ 5,153 bilhões, apenas 3,4% abaixo do recorde trimestral obtido no 2T05, R$ 5,334 bilhões. A redução de R$ 180 milhões é função principalmente da diminuição no EBIT, de R$ 237 milhões, parcialmente compensada pelo incremento de R$ 52 milhões na depreciação. No 2T06, a CVRD recebeu R$ 94 milhões em dividendos de empresas não consolidadas enquanto que no 2T05, esta contribuição foi de R$ 89 milhões. A Usiminas contribuiu com R$ 59 milhões neste trimestre. A Henan Longyu Resources que iniciou suas operações no 4T05, pagou dividendos de R$ 33 milhões. A distribuição da geração de caixa por área de negócio no 2T06 foi a seguinte: minerais ferrosos 71%, produtos da cadeia do alumínio 15%, minerais não ferrosos 6,6%, logística 6,5%, siderurgia, 2,6% e outros, representados por gastos com estudos e pesquisas, (1,6%).

EBITDA R$ milhões

2T05 1T06 2T06 % Receita operacional líquida 9.551 7.965 9.780 CPV (4.011) (3.944) (4.351)Despesas com vendas, gerais e administrativas (403) (436) (512)Pesquisa e desenvolvimento (161) (156) (222)Outras despesas operacionais (220) (189) (176)EBIT 4.756 3.240 4.519 Depreciaçao, amortização e exaustão 488 512 540 Dividendos recebidos 89 1 94 EBITDA 5.334 3.753 5.153

RESULTADO FINANCEIRO

O resultado financeiro líquido da CVRD no 1S06 foi negativo em R$ 725 milhões, quando as despesas financeiras somaram R$ 1,084 bilhão e as receitas financeiras, R$ 213 milhões. As variações monetárias foram positivas em R$ 146 milhões. No 2T06, o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 466 milhões, havendo redução no valor de R$ 548 milhões comparativamente ao 2T05, quando apresentamos resultado financeiro líquido positivo de R$ 82 milhões. As receitas financeiras totalizaram R$ 105 milhões, 78% superior às do 2T05, devido às taxas de juros mais elevadas e ao aumento do valor médio das disponibilidades de caixa. As despesas financeiras no 2T06 somaram R$ 557 milhões, mais que o dobro do mesmo período de 2005, R$ 247 milhões. Os fatores que mais contribuíram para a

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elevação das despesas foram perdas com derivativos e o efeito negativo da marcação a preços de mercado das debêntures participativas. As perdas com derivativos foram determinadas pelas operações remanescentes de hedge dos preços do alumínio realizadas até 2004. Em maio de 1997, por ocasião da privatização da Companhia, foram emitidas debêntures participativas, cujo rendimento foi estabelecido como percentual de receitas a serem geradas no futuro pela exploração de determinados ativos minerais. Essas debêntures foram registradas na Comissão de Valores Mobiliários do Brasil em 2002 e são negociadas no Sistema Nacional de Debêntures (SND) da ANDIMA, www.debentures.com.br. Tais debêntures se constituem em passivo da Companhia e como tal tem seu valor marcado a preços de mercado. Diante do aumento de liquidez das transações no SND e da forte alta de seus preços médios, de R$ 0,060999 no 1T06 para R$ 0,325928 no 2T06, o valor contábil dessas obrigações em 30 de junho de 2006 foi atualizado para R$ 126,6 milhões, o que implicou na realização de perda contábil de R$ 108,7 milhões. As despesas de juros, no valor de R$ 166 milhões, aumentaram em R$ 27 milhões, uma vez que a redução do custo médio da dívida compensou em parte o aumento da dívida bruta, de US$ 4,168 bilhões em 30 de junho de 2005 para US$ 5,883 bilhões no final deste trimestre. O efeito da apreciação de 8,6% da taxa de câmbio BRL/USD em 30 de junho de 2006 frente ao final do 2T05 gerou efeito contábil negativo de R$ 14 milhões sobre o resultado do 2T06, R$ 285 milhões inferior ao do 2T05, quando as variações monetárias apresentaram saldo positivo de R$ 271 milhões.

RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS

No 1S06 a equivalência patrimonial concorreu negativamente com R$ 41 milhões para o lucro líquido, ante a um resultado positivo de R$ 150 milhões no 1S05. No 2T06 o resultado de participações societárias foi negativo em R$ 57 milhões, com variação de R$ 134 milhões em relação ao 2T05, quando apresentou saldo positivo de R$ 76 milhões. Tal resultado foi fortemente impactado pelo ágio em empresas consolidadas resultante da incorporação das ações da Caemi ocorrida no final de março de 2006, no montante de R$ 132 milhões, e menores contribuições dadas pelas participações da CVRD em empresas siderúrgicas, R$ 60 milhões contra R$ 128 milhões no 2T05.

LUCRO LÍQUIDO No 1S06, o lucro líquido da Companhia alcançou R$ 6,090 bilhões, com crescimento de 19,5% em relação ao 1S05, quando foi de R$ 5,094 bilhões. O lucro líquido no 2T06 totalizou R$ 3,906 bilhões, constituindo-se em novo recorde na história da Companhia, sendo 12,3% superior ao recorde anterior, registrado no 2T05, de R$ 3,479 bilhões. O crescimento do lucro “vis-à-vis” o 2T05 é explicado pela venda da participação na GIIC (R$ 737 milhões) e pela eliminação do efeito negativo das participações minoritárias com a incorporação das ações da Caemi (R$ 141 milhões), que mais que compensaram a contribuição negativa do resultado financeiro (R$ 548 milhões).

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UM BALANÇO SAUDÁVEL: UPGRADE NA ESCALA DE

CLASSIFICAÇÀO DE RISCOS

A dívida total da Companhia em 30 de junho de 2006, de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos (US GAAP), era de US$ 5,883 bilhões, contra US$ 6,063 bilhões em 31 de março de 2006 e US$ 4,168 bilhões em 30 de junho de 2005. A dívida líquida no fim de junho de 2006 foi igual a US$ 3,989 bilhões, contra US$ 4,419 bilhões em março de 2006 e US$ 3,212 bilhões em junho de 2005.

O prazo médio da dívida em 30 de junho de 2006 era de 8,27 anos, tendo se alongado relativamente aos 6,57 anos verificados em 30 de junho de 2005 e 8,15 anos em março de 2006. O endividamento atrelado a taxas de juros flutuantes representava 53% da dívida bruta em 30 de junho de 2006, com os restantes 47% contratados a taxas de juros fixas.

A relação dívida total/LTM EBITDA ajustado passou de 0,84x em 31 de março de 2006 para 0,80x em 30 de junho de 2006, enquanto que a relação dívida total/EV permanece ao redor de 10%.

A cobertura de juros, indicada pela relação EBITDA ajustado dos últimos doze meses/juros pagos, apresentou ligeira queda, de 27,08x no final do primeiro trimestre para 23,76x em 30 de junho de 2006.

Portanto, apesar do aumento da dívida total em 2006, em boa parte determinada pela antecipação da captação de recursos, os indicadores de alavancagem financeira e cobertura de juros se situam em níveis extremamente confortáveis. No 2T06, a Fitch Ratings concedeu à CVRD o investment-grade rating (BBB-), constituindo-se na quarta agência de rating com atuação global a fazê-lo. Simultaneamente, a Standard & Poor’s (S&P) e a Dominion Bond Rating Services (DBRS) melhoraram a classificação de risco de crédito da Companhia. No caso da S&P a promoção foi de BBB para BBB+, e no da DBRS, de BBB low para BBB high, o que nos colocou em ambos os casos apenas um degrau abaixo da faixa A, a mais elevada na escala de classificação das agências de rating.

INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO US$ milhões

2T05 1T06 2T06Dívida bruta 4.168 6.063 5.883Dívida líquida 3.212 4.419 3.989Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado(x) 0,83 0,84 0,80 LTM EBITDA ajustado/ LTM pagamento de juros (x) 17,73 27,08 23,76 Dívida bruta / EV (%) 10,98 10,31 9,85

Enterprise Value = capitalização de mercado + dívida líquida

O DESEMPENHO DOS NEGÓCIOS

Minerais ferrosos

No 1S06 as vendas de minério de ferro e pelotas, 129,768 milhões de toneladas, foram 7,6% superiores às do 1S05, sendo 114,563 milhões de toneladas referentes aos embarques de minério de ferro e 15,205 milhões de toneladas às vendas de pelotas.

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2T06

Os embarques de minério de ferro e pelotas no 2T06, 67,141 milhões de toneladas, se elevaram em 8,8% relativamente aos do 2T05. Isto é reflexo do recorde de produção da Companhia e da manutenção do mercado aquecido para finos e granulados. As vendas de minério de ferro no 2T06 alcançaram 59,703 milhões de toneladas, com aumento de 12,7% em relação ao 2T05, um novo recorde trimestral, superando em 3,696 milhões de toneladas o volume embarcado no 4T05. Por outro lado, como era esperado, as vendas de pelotas, de 7,438 milhões de toneladas, diminuíram em relação ao 2T05 (8,748 milhões) e ao 1T06 (7,767 milhões). A usina de São Luís permaneceu parada no 2T06, porém, com a retomada do vigor da demanda transoceânica por pelotas, voltou à atividade na segunda quinzena de julho. No 2T06, a Companhia adquiriu 3,689 milhões de toneladas de minério de ferro de mineradoras localizadas no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, para complementar sua produção. Neste trimestre, 20,427 milhões de toneladas das vendas de minério de ferro e pelotas, 30,4% dos embarques, foram destinados para a China, contra 19,9% no 2T05. O Japão absorveu 9,2% do volume total vendido, a Alemanha 8,0%, e a França, 3,9%. As vendas realizadas no Brasil representaram 17,2% dos embarques totais. No 1S06, as vendas de minério de manganês atingiram 347 mil toneladas e as de ferro ligas, 270 mil toneladas. No 2T06, os embarques de minério de manganês foram de 198 mil toneladas e as de ferro ligas, 144 mil toneladas, quantidades similares às do 2T05, quando vendemos, respectivamente, 194 mil toneladas e 151 mil toneladas. No 1S06, as vendas de minerais ferrosos proporcionaram receita bruta de R$ 12,410 bilhões, 4,2% superior à auferida no 1S05. O EBITDA foi de R$ 6,596 bilhões, contra R$ 6,381 bilhões no 1S05. As receitas produzidas pelos embarques de minerais ferrosos no 2T06 foram de R$ 6,638 bilhões, 11% menor que as do 2T05. Esta redução é explicada pelo efeito cambial negativo no reporte das vendas em reais - R$ 873 milhões - e pela diferença nos níveis de preços - R$ 301 milhões – quando no 2T05 foi incorporado efeito retroativo do reajuste de preços, que mais que compensaram o efeito positivo de aumento do volume de vendas – R$ 356 milhões. A receita com vendas de minério de ferro alcançou R$ 5,130 bilhões, pelotas R$ 1,208 bilhão, serviços de operação de usinas de pelotização de Tubarão R$ 17 milhões, minério de manganês R$ 26 milhões e ferro ligas R$ 275 milhões. No 2T06, a margem EBIT do segmento de minerais ferrosos foi de 50,8%. O EBITDA gerado por esse segmento totalizou R$ 3,656 bilhões, ante R$ 4,446 bilhões no 2T05.

VOLUME VENDIDO - MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS mil toneladas

2T05 % 1T06 % 2T06 %Minério de ferro 52.969 85,8 54.860 87,6 59.703 88,9Pelotas 8.748 14,2 7.767 12,4 7.438 11,1Total 61.717 100,0 62.627 100,0 67.141 100,0

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2T06

VENDAS DE MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS POR DESTINO

milhões de toneladas 2T05 % 1T06 % 2T06 %Américas 12,5 20,3 11,7 18,7 13,1 19,5 Brasil 11,4 18,5 11,1 17,7 11,5 17,2 EUA 1,1 1,8 0,6 1,0 1,6 2,4Ásia 22,5 36,5 29,3 46,8 31,4 46,7 China 12,3 19,9 17,6 28,0 20,4 30,4 Japão 6,5 10,6 6,7 10,7 6,2 9,2 Outros 3,7 6,0 5,0 8,0 4,7 7,0Europa 20,6 33,4 16,4 26,2 17,6 26,2 Alemanha 6,5 10,6 5,5 8,7 5,4 8,0 França 3,0 4,9 2,6 4,2 2,6 3,9 Outros 11,1 17,9 8,3 13,3 9,7 14,4Resto do mundo 6,1 9,8 5,2 8,3 5,1 7,5Total 61,7 100,0 62,6 100,0 67,1 100,0

Produtos da cadeia de alumínio No 1S06, as vendas de bauxita, de alumina e de alumínio primário somaram, respectivamente, 2,164 milhões de toneladas, 1,357 milhão de toneladas e 249 mil toneladas. A receita bruta com a venda dos produtos da cadeia de alumínio foi de R$ 2,597 bilhões, 31,9% acima do 1S05. O EBITDA somou R$ 1,208 bilhão, contra R$ 802 milhões no 1S05. O volume vendido de alumina no 2T06 foi de 867 mil toneladas, um novo recorde trimestral, com aumento de 136,2% em relação ao 2T05, retratando o término do ramp-up da expansão da capacidade da refinaria de Barcarena para 4,4 milhões de toneladas anuais, cuja produção no trimestre também foi recorde, com um milhão de toneladas. As vendas de alumínio primário, de 125 mil toneladas, foram superiores em duas mil toneladas às do 2T05, continuando a refletir os ganhos de produtividade no smelter de Barcarena, cuja produção atingiu 112 mil toneladas neste trimestre. A receita proporcionada pelas vendas dos produtos da cadeia de alumínio no 2T06 foi de R$ 1,544 bilhão. O maior volume vendido de alumina contribuiu com R$ 429 milhões para o aumento de R$ 616 milhões na receita do 2T06 em relação ao 2T05, enquanto que maiores preços praticados neste segmento foram responsáveis por R$ 305 milhões e o efeito do câmbio BRL/USD, foi negativo em R$ 109 milhões. No 2T06, a margem EBIT foi de 47,4% e o EBITDA somou R$ 772 milhões, 121,6% superior ao verificado no 2T05, R$ 348 milhões. Minerais não-ferrosos No 1S06, as vendas de potássio somaram 224 mil toneladas, as vendas de caulim, 626 mil toneladas e os embarques de cobre, 175 mil toneladas. A receita bruta gerada por esses produtos totalizou R$ 994 milhões, 24,2% acima do 1S05. O EBITDA foi de R$ 456 milhões, contra R$ 186 milhões no 1S05. O melhor desempenho das vendas de concentrado de cobre foi fundamental para que a margem EBIT dos negócios com minerais não-ferrosos chegasse a 46,7% e para que o EBITDA alcançasse R$ 340 milhões no 2T06, quatro vezes acima do obtido no 2T05, R$ 83 milhões.

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2T06

Os embarques de concentrado de cobre no 2T06 chegaram a 105 mil toneladas, quantidade igual a do 2T05 porém com aumento de 35 mil toneladas em relação ao 1T06 graças à recuperação da produção do Sossego. As vendas de cobre geraram receita de R$ 447 milhões, quase o dobro da verificada no 2T05, em função do maior nível de preço do concentrado. No 2T06, o volume vendido de caulim, 305 mil toneladas, ficou em linha com as vendas realizadas no mesmo trimestre do ano anterior, 303 mil toneladas. A receita auferida nesse trimestre, R$ 100 milhões, foi 9,7% inferior a do 2T05, pois o aumento verificado no preço em dólar norte-americano foi negativamente impactado pela apreciação da moeda local. A redução da área plantada no Brasil em resposta à queda da rentabilidade da agricultura, determinada pela apreciação do real, pela redução do preço da soja desde o 2T04 e pela alta dos preços de insumos, determinou forte retração no consumo de potássio. Ao mesmo tempo, o preço do potássio, após atingir um pico no 2T05, entrou em declínio, influenciado pela redução da demanda global. Desse modo, nossas vendas de potássio no 2T06 somaram 121 mil toneladas, com redução de 6,2% em relação ao 2T05. A receita obtida com essas vendas foi de R$ 49 milhões, frente a R$ 76 milhões no 2T05.

VOLUME VENDIDO – MINÉRIOS E METAIS mil toneladas

2T05 1T06 2T06Manganês 194 149 198 Ferro ligas 151 126 144 Concentrado de cobre 105 70 105 Potássio 129 103 121 Caulim 303 321 305 Bauxita 1.401 1.108 1.056 Alumina 367 490 867 Alumínio 123 124 125

Serviços de logística A busca de ganhos de produtividade na operação ferroviária tem produzido maior eficiência energética, uma vez que o consumo de combustível por tonelada quilômetro bruto se reduziu em 3,2% na EF Vitória a Minas e em 6,3% na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), tendo ficado estável na EF Carajás, que apresenta o nível de consumo mais baixo das três ferrovias da Companhia. A receita no 1S06 com os serviços de logística para clientes, foi de R$ 1,599 bilhão e o EBITDA, R$ 568 milhões, contra R$ 1,572 bilhão e R$ 656 milhões, respectivamente, no 1S05. Os problemas da agricultura brasileira e a redução da produção de aço do Brasil em 8,4% na primeira metade do ano têm afetado desfavoravelmente o desempenho das ferrovias da CVRD, na medida em que seus principais clientes encontram-se nesses setores. No 2T06, nossas ferrovias transportaram 7,962 bilhões de toneladas quilômetro-útil (tku) de carga geral para clientes, superior em 2,7% ao volume transportado no 2T05, 7,755 bilhões de tku. As principais cargas transportadas foram produtos agrícolas, 47,3% do total, insumos e produtos da indústria do aço, 38,1%, e combustíveis, 6,5%. Os portos e terminais marítimos da Companhia movimentaram 7,781 milhões de toneladas de carga geral, contra 8,280 milhões de toneladas no 2T05.

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Os serviços de logística para clientes geraram receita de R$ 896 milhões no 2T06, 5,7% superior ao 2T05. O transporte ferroviário produziu receita de R$ 689 milhões, os serviços portuários R$ 127 milhões e a navegação marítima de cabotagem e os serviços de apoio portuário, R$ 80 milhões. No 2T06, a margem EBIT do negócio de logística foi de 34,3% e o EBITDA, R$ 333 milhões ante R$ 364 milhões no 2T05.

SERVIÇOS DE LOGÍSTICA 2T05 1T06 2T06Ferrovias (milhões de tku) 7.755 6.170 7.962 Portos (mil toneladas) 8.280 6.189 7.781

Siderurgia No 1S06 a receita gerada pelas participações da CVRD na indústria do aço foi de R$ 731 milhões contra R$ 831 milhões no 1S05. O EBITDA foi de R$ 201 milhões, 9,2% superior ao do mesmo semestre do ano passado. No 2T06 a contribuição das participações da CVRD na indústria do aço foi de R$ 382 milhões, em linha com a obtida no 2T05. A margem EBIT foi de 17,1% e o EBITDA, R$ 135 milhões.

EBITDA POR ÁREA DE NEGÓCIO R$ milhões

2T05 % 1T06 % 2T06 %Minerais ferrosos 4.445 83,3 2.939 78,3 3.656 70,9Minerais não ferrosos 83 1,5 117 3,1 340 6,6Logística 364 6,8 235 6,3 333 6,5Alumínio 348 6,5 436 11,6 772 15,0Siderurgia 120 2,2 66 1,8 135 2,6Outros (27) -0,5 (40) -1,1 (83) -1,6Total 5.334 100,0 3.753 100,0 5.153 100,0

INVESTIMENTOS No 2T06, os investimentos da Companhia computados de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (US GAAP) e com base em desembolsos financeiros totalizaram US$ 818 milhões. Este montante representa redução de 27,4% sobre o capex do 1T06, de US$ 1,126 bilhão - que incluiu a aquisição dos ativos da Rio Verde Mineração por US$ 47 milhões - e foi em linha com o montante investido no 2T05, US$ 821 milhões.

O capex do 1S06 chegou a US$ 1,944 bilhão, o que implicou em aumento de 39,8% relativamente ao dispêndio de US$ 1,391 bilhão realizado no mesmo período do ano passado.

Foram investidos no trimestre US$ 518 milhões em crescimento orgânico - projetos e pesquisa & desenvolvimento (P&D) – e US$ 300 milhões na manutenção de operações já existentes (stay-in-business capex).

A Companhia investiu US$ 101 milhões em P&D no 2T06, ante US$ 81 milhões no trimestre anterior e de US$ 43 milhões no 2T05. Os gastos foram concentrados

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na busca da identificação de novos depósitos de cobre, carvão, níquel e manganês e em estudos de projetos (conceitual, pré-viabilidade e viabilidade).

A nova mina de Brucutu, no Sistema Sul, um dos mais importantes projetos de minério de ferro da CVRD, está iniciando os testes pré-operacionais, devendo começar a produzir no mês de agosto.

O início das obras do 118, nossa segunda mina de cobre, será postergado por um ano devido a atrasos na obtenção da licença de implantação, o que implicará sua entrada em operação somente em 2009.

A Shandong Yankuang, empresa chinesa produtora de coque metalúrgico, onde a Companhia possui participação de 25% do capital, iniciou operação no final de junho de 2006.

• Evolução dos principais projetos em execução

Área Projeto Orçado

2006 US$ MM

Status

Expansão da capacidade de minério de ferro de Carajás para 85 Mtpa – Sistema Norte

41 Este projeto adicionará 15 milhões de toneladas anuais de capacidade à CVRD, com previsão de conclusão para o 3T06.

Expansão da capacidade das minas de minério de ferro de Carajás para 100 Mtpa – Sistema Norte

289 Este projeto adicionará 15 milhões de toneladas anuais à capacidade da CVRD e a previsão de conclusão é para o segundo semestre de 2007. O TMPM será expandido, com o prolongamento do Píer III, a instalação de um terceiro carregador de navios e a construção da quarta linha de embarque.

Mina de minério de ferro de Brucutu – Sistema Sul

310 A fase I do projeto deverá estar concluída no 2T06, quando atingirá capacidade nominal de produção de 12 milhões de toneladas por ano. A finalização da fase II está programada para o 1T07, quando a mina atingirá capacidade de produção de 24 milhões de toneladas anuais. Está em estudo a ampliação do projeto para 30 Mtpa. Orçamento revisto.

Mina de minério de ferro de Fazendão – Sistema Sul

39 Projeto para produção de 14 milhões de toneladas de ROM (minério sem beneficiamento) de minério de ferro por ano. Este projeto viabiliza a terceira planta de pelotização da Samarco. As obras deverão começar no 2S06, e serão concluídas no 2S07, quando as operações terão início.

Expansão da mina de minério de ferro de Fábrica – Sistema Sul

88 Projeto para expansão da capacidade produtiva da mina de Fábrica em 5 milhões de toneladas, passando de 12 para 17 milhões de toneladas anuais. Start-up previsto para o 4T07.

Expansão do Porto de Tubarão – Sistema Sul

20 Projeto para ampliação dos sistemas de correia transportadora e das máquinas de pátio e construção de novos pátios de estocagem. Adicionará 10 milhões de toneladas à capacidade de movimentação do porto. A previsão de conclusão é para 1T07.

Minerais Ferrosos

Itabiritos 338 Construção de planta de pelotização em Minas Gerais, com capacidade nominal de produção de sete milhões de toneladas anuais, e de uma usina de concentração de minério de ferro. O início de operação está previsto para o segundo semestre de 2008.

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Tubarão VIII 31 Construção de planta de pelotização, com capacidade nominal de produção de sete milhões de toneladas anuais no complexo de Tubarão. O início de operação está previsto para 2008. Sujeito à aprovação pelo Conselho de Administração da CVRD.

Mina de cobre – 118

21 O projeto terá capacidade de produção de 36.000 toneladas de catodo de cobre. Os principais equipamentos já foram encomendados. A previsão da entrada em operação da mina é para o 1S09. A obtenção de licença de implantação do projeto está em progresso

Mina de níquel - Vermelho

97 A capacidade de produção estimada é de 46.000 toneladas de níquel metálico e 2.800 toneladas anuais de cobalto. Os principais equipamentos já foram encomendados. O EPCM, Engineering, Procurement, Construction Management, foi contratado em dezembro de 2005. Obtenção de licença ambiental em progresso. A previsão da entrada em operação da mina é para o 4T08.

Mina de bauxita -Paragominas I

210 O primeiro módulo da mina deverá produzir 5,4 milhões de toneladas de bauxita por ano a partir do 1T07. Um mineroduto, com extensão de 244Km, será utilizado para o transporte de bauxita da mina para a refinaria de alumina em Barcarena, estado do Pará. A conclusão de sua construção está prevista para dezembro de 2006.

Alunorte módulos 6 e 7 – alumina

239 O projeto para construção dos módulos 6 e 7 elevará a capacidade de produção da refinaria para 6,26 milhões de toneladas de alumina por ano. A conclusão está programada para o 2T08.

Minerais Não Ferrosos

Mina de bauxita -Paragominas II

14 A segunda fase de Paragominas adicionará 4,5 milhões de toneladas à capacidade de 5,4 milhões de toneladas anuais da primeira fase. A conclusão está prevista para o 2T08.

Logística

Aquisição de locomotivas e vagões –EFVM/EFC/FCA

379 Compra de 22 locomotivas e 1.426 vagões no ano de 2006. Desse total, 150 vagões serão destinados ao transporte de carga geral e 1.276 para minério de ferro. Todas as locomotivas serão destinadas para o transporte de minério de ferro.

Usinas hidrelétricas Capim Branco I e II

61 Ambas as usinas localizam-se no rio Araguari, no estado de Minas Gerais, e terão capacidade de geração de 240MW e 210MW respectivamente. Capim Branco I entrou em operação no 1T06. O início de operação de Capim Branco II está programado para 1T07. Energia

Elétrica Usina hidrelétrica Estreito

68 A usina está localizada no rio Tocantins, divisa dos estados do Maranhão e Tocantins, e terá capacidade instalada de 1.087 MW. O início das obras está previsto para meados de 2006, condicionado à obtenção da licença de instalação. A entrada em operação da 1ª turbina está prevista para segundo semestre de 2009.

Ceará Steel

11 Projeto siderúrgico, no estado do Ceará, com capacidade nominal de 1,5 milhão de toneladas anuais de placas de aço. O início das operações é esperado para 2009. Participações

Siderúrgicas CSA

72 Projeto siderúrgico, no estado do Rio de Janeiro, com capacidade nominal de 5 milhões de toneladas anuais de placas de aço. O início das operações é esperado para primeiro semestre de 2009. Investimento aprovado pelo Conselho de Administração da CVRD no 1T06.

INVESTIMENTOS TOTAIS POR ÁREA DE NEGÓCIO US$ milhões

Por Área de Negócio 2T06 1S06 Minerais ferrosos 407 49,8% 926 47,6%Minerais não ferrosos 94 11,6% 177 9,1%Logística 107 13,0% 335 17,2%Alumínio 131 16,0% 349 18,0%Carvão 21 2,6% 29 1,5%Energia elétrica 20 2,5% 45 2,3%

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Participações siderúrgicas 6 0,7% 14 0,7%Outros 32 3,9% 69 3,6%Total 818 100,0% 1.944 100,0%

TELECONFERÊNCIA/WEBCAST

No dia 04 de agosto, sexta-feira, será realizada conferência telefônica e webcast às 12:00 horas, horário do Rio de Janeiro, 11:00 horas Eastern Standard Time dos EUA e 16:00 horas, horário do Reino Unido. A instrução para participação nesses eventos está disponível no website da CVRD, www.cvrd.com.br, relações com investidores. Uma gravação da teleconferência/webcast estará disponível no website da CVRD durante os 90 dias posteriores ao dia 04 de agosto.

INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS DAS PRINCIPAIS EMPRESAS NÃO CONSOLIDADAS Indicadores financeiros selecionados das principais empresas não consolidadas estão disponíveis nas demonstrações contábeis trimestrais da CVRD, no website da Companhia, www.cvrd.com.br, relações com investidores.

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

R$ milhões 2T05 1T06 2T06Receita operacional bruta 10.051 8.281 10.131 Impostos (500) (316) (351)Receita operacional líquida 9.551 7.965 9.780 Custo dos produtos vendidos (4.011) (3.944) (4.351)Lucro bruto 5.541 4.021 5.429 Margem bruta (%) 58,0 50,5 55,5Despesas operacionais (784) (781) (910)Vendas (96) (105) (131)Administrativas (308) (331) (381)Pesquisa e desenvolvimento (161) (156) (222)Outras despesas operacionais, líquidas (220) (189) (176)Lucro operacional antes do resultado financeiro e de participações societárias 4.756 3.240 4.520 Resultado de participações societárias 77 16 (56) Equivalência patrimonial 147 76 75 Amortização de ágio (57) (38) (132) Outras (13) (22) 0 Resultado financeiro líquido 82 (259) (466)Despesas financeiras (247) (527) (557)Receitas financeiras 58 108 105 Variações monetárias 271 160 (14)Lucro operacional 4.915 2.997 3.997 Resultado em operações descontinuadas - 19 737 Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 4.915 3.016 4.734 IR e contribuição social (1.061) (585) (593)Participações minoritárias (375) (247) (234)Lucro líquido 3.479 2.184 3.906

BALANÇO PATRIMONIAL

R$ milhões 30/06/2005 31/03/2006 30/06/2006Ativo Circulante 12.387 13.715 14.660 Realizável a longo prazo 4.106 4.551 4.998 Permanente 30.462 41.917 43.540 Total 46.954 60.183 63.198 Passivo Circulante 8.195 10.078 8.855 Exigível a longo prazo 12.918 16.292 16.393 Outros 2.579 2.085 2.370 Patrimônio líquido 23.262 31.727 35.579 Capital social 14.000 19.492 19.492 Reservas 9.262 12.235 16.087 Total 46.954 60.182 63.198

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FLUXO DE CAIXA

R$ milhões 2T05 1T06 2T06Fluxos de caixa provenientes das operações: Lucro líquido do período 3.479 2.185 3.906 Ajustes para reconciliar o lucro líquido do período com recursos provenientes das atividades operacionais: Resultado de participações societárias (77) (16) 57

Resultado na venda de ativos - (19) (737) Depreciação, exaustão e amortização 384 420 446 Imposto de renda e contribuição social diferidos 53 (77) 96 Despesas financeiras e variações monetárias e cambiais líquidas (982) (654) 65 Participações minoritárias 375 246 234 Baixa na alienação de bens do imobilizado 60 18 60 Amortização de ágio no custo dos produtos vendidos 96 92 94 Perdas líquidas não realizadas com derivativos (10) 158 107 Dividendos/juros sobre capital próprio recebidos 89 1 94 Outros 58 22 (25) Redução (aumento) em ativos: Contas a receber (1.026) 492 (896) Estoques (67) (188) 90 Adiantamento a fornecedores de energia (143) (68) (67) Outros (450) (404) 210 Aumento (redução) em passivos: Fornecedores e empreiteiros 278 (842) 242 Salários e encargos sociais 30 (242) 110 Tributos e Contribuições 885 (329) 268 Outros 288 (285) (148) Recursos líquidos provenientes das atividades operacionais 3.323 511 4.205 Fluxos de caixa provenientes das atividades de investimento: Empréstimos e adiantamentos (43) 26 (181) Garantias e depósitos (37) (52) (28) Adições em investimentos (208) (112) - Adições ao imobilizado (1.926) (1.699) (2.434) Recursos provenientes da alienação de bens do imobilizado/investimentos 4 48 970 Recursos líquidos utilizados nas atividades de investimento (2.212) (1.789) (1.673)Fluxos de caixa provenientes das atividades de financiamento: Empréstimos e financiamentos de curto prazo (captações líquidas) 470 155 (55) Empréstimos e financiamentos de longo prazo 342 3.091 28 Instituições financeiras (1.138) (739) (450) Juros sobre capital próprio pagos a acionistas (1.280) (55) (1.378) Ações em tesouraria - - (54) Recursos líquidos utilizados nas atividades de financiamento (1.606) 2.452 (1.908) Aumento (diminuição) de caixa e equivalentes (496) 1.174 661 Caixa e equivalentes no início do período 3.240 2.703 3.877 Caixa e equivalentes no final do período 2.744 3.877 4.502 Pagamentos efetuados durante o período: Juros de curto prazo (20) (8) (8) Juros de longo prazo (128) (219) (164) Imposto de renda e contribuição social pagos (378) (432) (101) Transações que não envolveram caixa Adições ao imobilizado com capitalização de juros 402 (220) 89 Imposto de renda e contribuição social compensados (56) (82) (78)

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“Este comunicado pode incluir declarações que apresentem expectativas da Administração da Companhia sobre eventos ou resultados futuros. Todas as declarações quando baseadas em expectativas futuras e não em fatos históricos envolvem vários riscos e incertezas. A Companhia não pode garantir que tais declarações venham a ser corretas. Tais riscos e incertezas incluem fatores relativos à economia brasileira e ao mercado de capitais, que apresentam volatilidade e podem ser afetados por desenvolvimento em outros países; relativos ao negócio de minério de ferro e sua dependência da indústria siderúrgica, que é cíclica por natureza, e relativo à grande competitividade em indústrias onde a CVRD opera. Para obter informações adicionais sobre fatores que possam originar resultados diferentes daqueles estimados pela Companhia, favor consultar os relatórios arquivados na Comissão de Valores Mobiliários - CVM e na U.S. Securities and Exchange Commission - SEC, inclusive o mais recente Relatório Anual - Form 20F da CVRD.”

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As informações operacionais e financeiras contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, são apresentadas com base em números consolidados de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (US GAAP). Tais informações, com exceção daquelas referentes a investimentos e ao comportamento dos mercados, são baseadas em demonstrações contábeis trimestrais revisadas pelos auditores independentes. As principais subsidiárias da CVRD consolidadas são: Caemi, Alunorte, Albras, RDM, RDME, RDMN, Urucum Mineração, Docenave, Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), CVRD International, CVRD Overseas e Rio Doce International Finance.

US GAAP

2T06

MANTENDO A TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO O desempenho da CVRD no segundo trimestre de 2006 (2T06)

Rio de Janeiro, 2 de agosto de 2006 – A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) apresentou no segundo trimestre de 2006 (2T06) performance consistente com a trajetória de contínua melhoria de resultados iniciada no último trimestre de 2002, registrando recordes de volumes de vendas, receita, lucros e geração de caixa.

No 2T06, os principais destaques do desempenho da Companhia foram:

• Recordes trimestrais de volumes de vendas de minério de ferro (62,5 milhões de toneladas) e alumina (867 mil toneladas).

• Receita bruta de US$ 4,3 bilhões, 15,9% acima do 2T05 e 15,1% superior ao nível máximo anterior, de US$ 3,7 bilhões, verificado no 4T05. A receita acumulada no primeiro semestre de 2006 foi de US$ 7,8 bilhões contra US$ 6,0 bilhões no 1S05.

• Lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado(a) (lucro antes de juros e impostos) recorde de US$ 1,9 bilhão, apresentando elevação de 5,8% em relação ao 2T05.

• Margem EBIT ajustado de 45,2%, contra 50,1% no 2T05 e 40,0% no 1T06.

• Geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado(b) (lucro antes de despesas financeiras, impostos e depreciação) no 2T06 de US$ 2,2 bilhões, com incremento de US$ 143 milhões em relação ao 2T05. No 1S06, o EBITDA ajustado chegou a US$ 3,8 bilhões contra US$ 3,0 bilhões no 1S05.

• Lucro líquido recorde, de US$ 1,9 bilhão, correspondente a lucro por ação de US$ 0,77, com crescimento de 15,3% ante o 2T05. No primeiro semestre de 2006 o lucro líquido atingiu US$ 3,0 bilhões contra US$ 2,3 bilhões no 1S05.

• Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 32,3%, contra 39,0% no 2T05 e 32,1% no 1T06.

• Capex de US$ 1,9 bilhão no 1S06 ante US$ 1,4 bilhão no mesmo período do ano passado. No 2T06 foram realizados investimentos no valor de US$ 818 milhões, sendo US$ 518 milhões em crescimento orgânico e US$ 300 milhões na sustentação das operações existentes.

BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: RIO, RIOPR

LATIBEX: XVALO, XVALP

www.cvrd.com.br [email protected]

Departamento de Relações

com Investidores

Roberto Castello Branco Alessandra Gadelha

Daniela Tinoco Marcelo Silva Braga

Theo Penedo Virgínia Monteiro

Tel: (5521) 3814-4540

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INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS US$ milhões

2T05

(A)1T06

(B)2T06

(C) %

(C/A)%

(C/B)Receita bruta 3.721 3.490 4.313 15,9 23,6EBIT ajustado 1.771 1.336 1.873 5,8 40,2Margem EBIT ajustado (%) 50,1 40,0 45,2 EBITDA ajustado 2.033 1.629 2.176 7,0 33,6Lucro líquido 1.630 1.171 1.880 15,3 60,5Lucro por Ação (US$) 0,71 0,51 0,77 9,3 52,1ROE anualizado (%) 69,1 32,3 43,5 Dívida bruta/LTM EBITDA ajustado (x) 0,83 0,84 0,80 Investimentos * 821,3 1.126,0 818,0 -0,4 -27,4* inclui aquisições

PERSPECTIVAS DOS NEGÓCIOS

O ciclo econômico começado em 2002 e que respalda o atual ciclo de expansão de metais, o mais longo dos últimos quarenta anos, tem alternado fases de aceleração e desaceleração do crescimento da economia global com duração média de quatro trimestres. O período mais recente de aceleração teve início no segundo trimestre de 2005 e se estendeu pelo menos até o segundo trimestre de 2006, caracterizando-se por taxas de crescimento próximas a 5% ao ano. O processo de normalização das políticas monetárias, liderado pelo Federal Reserve Bank dos EUA e seguido pelos principais bancos centrais do mundo, induz o ingresso da economia mundial numa fase de transição, em que o aumento do PIB se deslocará de um ritmo de expansão superior à sua capacidade no longo prazo para outro mais moderado e sustentável. Embora os níveis atuais de taxas de juros não sejam restritivos ao crescimento econômico, é possível dizer que já não se constituem em fatores estimulantes da aceleração do ritmo de atividade econômica. Indicadores antecedentes emitem sinais de que nos próximos seis meses a expansão da economia mundial deve continuar robusta, porém em ritmo mais moderado do que o que vinha se processando nos trimestres recentes. O OECD Composite Leading Indicator (OECD CLI) cresceu em maio pelo décimo terceiro mês consecutivo, já evidenciando, contudo, taxas decrescentes. A indicação é de que o crescimento econômico nos próximos trimestres permanecerá vigoroso, porém de forma mais lenta, principalmente nos EUA. Simultaneamente, a evolução do OECD CLI sinaliza melhoria do desempenho das economias do Japão e da zona do Euro. O Global Manufacturing PMI, indicador antecedente do desempenho da indústria de transformação, aumentou em julho, em nível consistente com aumento da produção mundial à taxa de 5% ao ano. O cenário projetado para o futuro próximo é semelhante ao previsto pelo OECD CLI, envolvendo moderação e rotação regional na dinâmica do crescimento, com aceleração na Europa e Japão e desaceleração nos EUA. Nos EUA os gastos dos consumidores têm crescido mais lentamente face ao impacto da alta de preços de energia sobre sua renda real e do efeito riqueza derivado da propriedade imobiliária. Em resposta à elevação das taxas de juros, as vendas e a construção de residências têm diminuído, o que gera impacto negativo direto sobre o crescimento da economia, ao mesmo tempo em que o fim do

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processo de valorização desses imóveis produz efeito riqueza desfavorável sobre as despesas de consumo. Por outro lado, a taxa de desemprego continua em queda, de 5,0% na segunda metade de 2005 para 4,7% no segundo trimestre de 2006, o investimento em equipamentos e softwares está em tendência ascendente, crescendo a aproximadamente 10% ao ano, e o investimento em construção não residencial, após um ano fraco em 2005, apresentou expressiva recuperação no primeiro semestre deste ano. A produtividade cresce de maneira consistente, beneficiando-se de inovações tecnológicas, mudanças organizacionais e melhorias de processos. As empresas continuam a apresentar excelente lucratividade e, apesar do aumento das taxas de juros de longo prazo, a qualidade do crédito permanece boa. A despeito das preocupações expressadas pelos mercados de capitais no 2T06 em relação ao desempenho futuro da economia norte-americana e que resultaram em forte elevação da volatilidade de preços de ativos financeiros e commodities, as perspectivas são boas, prevendo-se crescimento do PIB dos EUA em torno de 3,5% ao ano, em ritmo compatível com sua capacidade potencial. A elevação em 14 de julho da taxa de juros de curto prazo pelo Bank of Japan, de 25 pontos base, deu fim a quase seis anos de uma política de taxa de juros zero, utilizada para reverter o processo de deflação que tomou conta da economia japonesa. Desse modo, encerrou-se oficialmente o mais longo período de estagnação econômica vivido por uma economia desenvolvida desde a grande depressão de 1929. As economias emergentes mantém crescimento de aproximadamente 6% ao ano, o que concorre favoravelmente para a evolução da demanda global por minérios e metais. A China e a Índia, que conjuntamente representam 21% do PIB global, têm se destacado por considerável dinamismo. Na Índia, onde a produção industrial está se expandindo ao ritmo anualizado de 10%, a produção de aço cresce pelo segundo ano consecutivo a 16%. A economia da China registrou no 2T06 a mais elevada taxa de expansão trimestral do PIB – 11,3% - desde o quarto trimestre de 1994, quando cresceu 12,8%. O extraordinário desempenho da economia chinesa tem sido determinado principalmente pelo crescimento das exportações, que somaram US$ 429 bilhões no 1S06 com aumento de 25,2% contra o 1S05, e dos investimentos em ativos fixos, da ordem de 31,3%. A exemplo do que aconteceu em 2004, as autoridades econômicas começam a adotar medidas restritivas, direcionando a economia para um ritmo de crescimento mais próximo a 9% ao ano, que representa a tendência de longo prazo. A economia brasileira prossegue em crescimento pelo terceiro ano consecutivo, com redução consistente da taxa de inflação e de sua vulnerabilidade a choques externos. Após considerável apreciação desde o último trimestre de 2002, o real apresenta sinais de estabilização. O aumento da demanda global por aço provocou clara reversão na tendência decrescente de preços manifestada ao longo de 2005, tendo o CRU Steel Price Index retornado aos níveis recordes registrados na América do Norte, Europa e Ásia no segundo semestre de 2004. Em reação ao estímulo dos preços, a produção mundial de aço bruto cresce a 9% ao ano, com ritmos de expansão de 21,3%, 6,7% e 5,5%, respectivamente, na China, EUA e Europa dos 25.

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Isto implicou em elevação de preços de metálicos – ferro gusa, HBI e sucata – em todas as regiões do mundo desde março de 2006 e gerou reflexos diretos sobre a demanda por minério de ferro. As importações chinesas de minério de ferro no 1S06 chegaram a 161,4 milhões de toneladas, com aumento de 30 milhões de toneladas – 22,9% - relativamente ao mesmo período de 2005. Os preços do minério de ferro no mercado spot continuam acima dos preços de referência dos contratos de longo prazo mesmo depois do reajuste de 19%, evidenciando persistência do desequilíbrio entre demanda e oferta global. A produção do aço no mundo fora da China, que havia se reduzido durante o 2S05 e parte do 1T06, está em recuperação, tendo crescido 3,7% no 1S06. Isto contribui para reforçar a demanda por minério de ferro e também para a retomada do crescimento da demanda transoceânica por pelotas, o que ensejou a volta à operação da usina de São Luís no mês de julho. As boas perspectivas de continuidade da sólida performance da economia global sustentam as expectativas de alongamento do atual ciclo de minérios e metais, com implicações positivas para o desempenho da CVRD, cuja produção em diversos segmentos da indústria de mineração encontra-se em franca expansão.

EVENTOS RELEVANTES

• Preços de referência de minério de ferro e pelotas para 2006

Foi concluída a negociação de preços para minério de ferro e pelotas para o ano de 2006 tendo como resultado o aumento em 19% dos preços do minério de fino e granulado e redução de 3% dos preços de pelotas de alto forno e de redução direta.

A elevação do preço do minério de ferro reflete o desequilíbrio entre demanda e oferta global, determinado pela significativa expansão da demanda, que na primeira metade desta década se deu à taxa média anual de 11%.

• Portfólio de ativos Em julho, a Companhia adquiriu, por US$ 27,5 milhões, 45,5% do capital total da Valesul Alumínio S.A., smelter de alumínio localizado no estado do Rio de Janeiro, passando a deter a totalidade de suas ações.

A aquisição é consistente com a estratégia de negócios da Companhia para o alumínio, cujo foco é o crescimento orgânico no upstream da cadeia produtiva e participações estratégicas em smelters. A partir do 3T06, a Valesul será consolidada nas demonstrações financeiras da CVRD.

Por outro lado, a Companhia desinvestiu sua participação de 50% no capital da Gulf Industrial Investment Company (GIIC), pelotizadora situada no Bahrain, por US$ 418 milhões. Com visões distintas a respeito da gestão dos negócios da joint venture, a CVRD e a Gulf Investment Corporation, detentora dos demais 50% do capital, entraram num acordo “mandatory buy-sell” para resolver as divergências nos termos do acordo de acionistas então vigente.

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• Administração financeira e percepção de risco A CVRD contratou junto a um pool de bancos comerciais globais linha de crédito rotativo (revolving credit line) no valor de US$ 500 milhões, com prazo de cinco anos. A comissão para manutenção desta linha de crédito é de 0,09% ao ano e o custo pela utilização é de 0,235% ao ano acima da Libor. A operação foi estruturada de forma a não haver qualquer restrição ao desembolso de recursos relacionada ao risco soberano. Com esta nova linha de crédito, a Companhia passa a dispor, em adição às suas disponibilidades de caixa, de um colchão de liquidez de aproximadamente US$ 1,2 bilhão, o que contribui de maneira importante para a percepção de risco pelos mercados financeiros. O reconhecimento da solidez financeira da CVRD tem se manifestado com a obtenção do grau de investimento pelas quatro maiores agências de rating do mundo, Standard & Poor’s (BBB+), Moody’s (Baa3), Dominion Bond Rating Services (BBB high) e Fitch Ratings (BBB-), o que influencia a redução de seu custo de capital. No 2T06, a classificação do risco da Companhia foi promovida pela Standard & Poor’s de BBB, concedido em outubro de 2005, para BBB+, dois níveis acima do estágio inicial de investment grade. A Dominion Bond Rating Services também elevou a classificação de risco da Companhia, de BBB (low), concedida em agosto de 2005, para BBB (high). • Ações A Assembléia Geral Extraordinária dos Acionistas da Companhia aprovou em abril proposta de desdobramento de ações, em que cada ação ordinária ou preferencial seria desdobrada em duas ações. A distribuição das novas ações decorrentes do desdobramento para as ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa foi realizada no dia 25 de maio de 2006 para os investidores que eram acionistas da CVRD em 19 de maio de 2006 (record date). Para os American Depositary Receipts (ADRs) transacionados na New York Stock Exchange (NYSE) a distribuição dos novos ADRs – um novo ADR para cada ADR existente – foi efetuada em 7 de junho, sendo o record date fixado em 24 de maio de 2006. Cada ADR, RIO ou RIOPR, continua a representar uma ação ordinária ou preferencial da Companhia. Após o desdobramento, o capital da CVRD ficou composto por 2.459.657.056 ações, sendo 1.499.898.858 ações ordinárias e 959.758.198 ações preferenciais. 2006. No dia 21 de junho, a Companhia anunciou um programa de recompra de ações preferenciais classe A emitidas pela Companhia para ser executado durante um prazo máximo de 180 dias, envolvendo até 47.986.763 ações preferenciais, correspondentes a 5% do número total de ações preferenciais PNA em circulação em 31 de maio de 2006. Até o final de julho foram adquiridas 15.149.600 ações preferenciais, envolvendo dispêndio no valor de US$ 301,3 milhões.

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O COMPORTAMENTO DAS RECEITAS: US$ 4,3 BILHÕES

A receita operacional bruta do 2T06, de US$ 4,313 bilhões, foi 15,9% maior que a do 2T05 e superou a marca recorde de US$ 3,746 bilhões alcançada no 4T05. No semestre, a receita acumulada foi de US$ 7,803 bilhões, tendo aumentado em 29,0% relativamente aos US$ 6,049 bilhões obtidos no 1S05. Aumentos dos volumes de vendas foram responsáveis por 61,3% da variação de US$ 592 milhões da receita no 2T06. Deste total, US$ 251 milhões foram originados pelo crescimento dos embarques de minério de ferro e US$ 182 milhões pelo aumento da quantidade vendida de alumina. Por outro lado, a diminuição de vendas de pelotas causada pela paralisação da planta de São Luís teve efeito negativo de US$ 88 milhões na receita. A variação dos preços contribuiu para o aumento de receitas com US$ 229 milhões. No 2T06 foram adicionados à receita US$ 142 milhões referentes à apropriação do efeito retroativo dos novos preços de minério de ferro sobre as vendas realizadas no 1T06, e no caso de pelotas descontados US$ 4 milhões relativos à redução de preços. Tendo em vista que a negociação de preços com nossos clientes na China foi concluída no final do 2T06, serão contabilizados liquidamente na receita do 3T06 US$ 217 milhões por conta de embarques efetuados no 2T06. Normalizando-se os valores dos fluxos de receita, isto é, eliminando-se os efeitos retroativos, o impacto dos preços no incremento da receita do 2T06 frente ao 2T05 seria de US$ 625 milhões. Os negócios com minerais ferrosos foram responsáveis por 69,8% da receita bruta, a cadeia de alumínio – bauxita, alumina e alumínio primário - por 14,8%, serviços de logística por 8,4% e minerais não-ferrosos por 6,4%. As Américas voltaram a ser o principal destino das vendas da CVRD, com 32,6% do total da receita, contra 32,1% originados na Ásia e 27,4% na Europa. A receita de US$ 1,018 bilhão contabilizada para o mercado brasileiro compreende US$ 245 milhões gerados por vendas de pellet feed para as joint ventures de Tubarão (Nibrasco, Itabrasco, Hispanobras e Kobrasco) que, após a transformação para pelotas, as embarcam para outros mercados.

A China, importante mercado para os produtos da Companhia, foi responsável por 18,9% da receita total do 2T06, mais do que dobrando sua fatia em nossa receita total, que há três anos, no 2T03, era de 7,6%.

RECEITA BRUTA POR DESTINO

milhões de US$ 2T05 % 1T06 % 2T06 % Américas 1.414 38,0 1.156 33,1 1.404 32,6 Brasil 1.013 27,2 850 24,3 1.018 23,6 EUA 119 3,2 69 2,0 99 2,3 Outros 282 7,6 237 6,8 287 6,7Ásia 922 24,8 1.224 35,1 1.384 32,1 China 431 11,6 653 18,7 814 18,9 Japão 324 8,7 373 10,7 388 9,0 Outros 167 4,5 198 5,7 182 4,2Europa 1.149 30,9 959 27,5 1.183 27,4Resto do mundo 236 6,3 151 4,3 342 7,9Total 3.721 100,0 3.490 100,0 4.313 100,0

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CUSTOS: CENÁRIO COMEÇA A MUDAR

No 2T06 o custo dos produtos vendidos (CPV) somou US$ 1,884 bilhão, com elevação de US$ 376 milhões, 24,9%, relativamente ao 2T05, e de US$ 189 milhões, 11,2%, contra o 1T06.

Na comparação entre o 2T06 e o 2T05, 51,9% do aumento de custos – US$ 195 milhões - é explicado pela apreciação de 13,3% da taxa de câmbio BRL/USD, 42,8% pelo maior volume de produção e vendas e os restantes 5,3% pela alta de preços de insumos e serviços.

Apesar do crescimento, esses números já refletem um panorama diferente do observado quando se compara o que ocorreu no 2T06 com o ano de 2005. No 2T06, a variação anual do CPV foi muito inferior do que em 2005 (24,9% vs. 52,6%). Enquanto que em 2005 as maiores fontes de elevação de custos eram a alta de preços (55,7%) e apreciação do câmbio (29,6%), no 2T06 foram a apreciação do câmbio e a expansão da produção e vendas, como mencionado acima.

A Companhia está desenvolvendo esforços para reduzir seus custos, e se espera que os resultados venham a se materializar de forma mais significativa ao longo dos próximos doze meses.

Os gastos com serviços contratados, principal item dos custos, representando 24,2% de seu total, chegaram a US$ 456 milhões no 2T06, contribuindo com US$ 114 milhões (30,3%) para a elevação do CPV entre o 2T05 e o 2T06. Em relação ao trimestre anterior, a expansão desses gastos foi de US$ 37 milhões.

No 2T06, os fretes ferroviários, contratados junto a MRS para o transporte do minério de ferro produzido pela MBR e minas do Oeste, do Sistema Sul, atingiram o valor de US$ 132 milhões, os gastos com remoção de estéril e minérios, US$ 106 milhões, e com serviços de manutenção de equipamentos e instalações, US$ 80 milhões. Os dispêndios com manutenção se reduziram em US$ 22 milhões relativamente ao 1T06 e os referentes à remoção de estéril e minérios mantiveram-se constantes, dada a maior utilização de mão-de-obra própria. As despesas com fretes ferroviários aumentaram em US$ 31 milhões face à expansão dos volumes transportados.

Os custos com material - 18,3% do CPV - foram de US$ 345 milhões, tendo acréscimo de US$ 66 milhões frente ao 2T05 e, assim, concorrendo com 17,6% do crescimento do CPV. Os principais componentes de despesas com material no 2T06 foram: peças e componentes de equipamentos, US$ 124 milhões, insumos, US$ 45 milhões, correias transportadoras, US$ 13 milhões, e pneus, US$ 12 milhões.

As despesas com energia – 17,5% do CPV - somaram US$ 330 milhões no 2T06, tendo aumentado US$ 65 milhões. A evolução deste item contribuiu com 17,3% do incremento dos custos, sendo determinada pelo crescimento do consumo de energia, apreciação do câmbio e pela alta dos preços em reais.

Os custos com aquisição de minério de ferro e pelotas totalizaram US$ 177 milhões no trimestre, o que resultou em diminuição de US$ 38 milhões em comparação com o 2T05. Essa redução foi determinada pelo menor volume de compras de minério de ferro e de pelotas e diferenças nos reajustes retroativos de preços – 2005 e 2006 - relativos ao primeiro trimestre.

O volume comprado de minério de ferro de outras empresas de mineração foi de 3,689 milhões de toneladas, contra 4,140 milhões no 2T05 e 3,663 milhões no 1T06. A Companhia adquiriu também para revenda a seus clientes 2,227 milhões

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de toneladas de pelotas das joint ventures de Tubarão (Nibrasco, Itabrasco, Kobrasco e Hispanobras) contra 2,322 milhões no 2T05 e 2,102 milhões no 1T06.

O custo com aquisição de outros produtos, de US$ 118 milhões, foi 45,7% superior ao do 2T05. Isto é explicado pelo aumento de compras de bauxita de Trombetas para o abastecimento da operação da expansão da refinaria de alumina de Barcarena. Em 2007, quando a mina de Paragominas começar a operar, as compras de bauxita voltarão ao nível normal correspondente ao take da Companhia na MRN.

As despesas com pessoal somaram US$ 159 milhões, o que resultou em incremento de US$ 42 milhões frente ao 2T05. Além do efeito do aumento anual de salários a partir de julho de 2005, os custos foram afetados pela apreciação do real e pelo crescimento do número de empregados requerido pela expansão das atividades da Companhia.

As despesas com demurrage - as multas pagas pelo atraso de carregamento de navios nos terminais marítimos da Companhia - alcançaram US$ 15 milhões, contra US$ 16 milhões no 2T05. Desse modo, houve redução de 15,2% na demurrage por tonelada embarcada, de US$ 0,28 no 2T06 ante US$ 0,33 no 2T05.

Devido ao aumento do valor da base de ativos da Companhia e da valorização do real frente ao dólar norte-americano, o custo de depreciação e amortização cresceu US$ 56 milhões frente ao 2T05, totalizando US$ 183 milhões. Este item contribuiu com 14,9% do incremento do CPV.

As despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A), de US$ 212 milhões no 2T06, subiram US$ 77 milhões em relação ao 2T05. Isto se deveu basicamente à elevação de despesas de vendas (US$ 33 milhões), pessoal administrativo (US$ 14 milhões) e depreciação (US$ 14 milhões).

Em linha com a programação de investimentos para 2006, as despesas com pesquisas e desenvolvimento (P&D), contabilizadas como custo corrente, totalizaram US$ 101 milhões no 2T06, contra US$ 54 milhões no 2T05 e US$ 71 milhões no 1T06.

COMPOSIÇÃO DO CPV US$ milhões

2T05 % 1T06 % 2T06 % Serviços contratados 342 22,7 419 24,7 456 24,2Material 279 18,5 292 17,2 345 18,3Energia 265 17,6 290 17,1 330 17,5 Óleo combustível e gases 148 9,8 171 10,1 197 10,5 Energia elétrica 117 7,8 119 7,0 133 7,1Aquisição de produtos 296 19,6 285 16,8 295 15,7 Minério de ferro e pelotas 215 14,3 201 11,9 177 9,4 Bauxita e outros produtos 81 5,4 84 5,0 118 6,3Pessoal 117 7,8 146 8,6 159 8,4Depreciação e exaustão 127 8,4 158 9,3 183 9,7Outros 82 5,4 105 6,2 116 6,2Total 1.508 100,0 1.695 100,0 1.884 100,0

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DESEMPENHO OPERACIONAL RECORDE

O lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado, estabeleceu no 2T06 marca recorde de US$ 1,873 bilhão, registrando aumento de 5,8% em relação ao 2T05 e de 40,2% frente ao 1T06. O EBIT ajustado cresceu US$ 102 milhões em relação ao 2T05, devido principalmente à elevação de US$ 610 milhões na receita líquida, parcialmente compensada pelo aumento de US$ 376 milhões no CPV, US$ 77 milhões com SG&A e US$ 47 milhões com P&D.

A margem EBIT ajustado foi de 45,2%, contra 50,1% no 2T05 e 40,0% no 1T06. A margem operacional média nos últimos dezoito trimestres, do 1T02 ao 2T06, é de 37,2%, sendo que desde o 2T05 vem sendo igual ou superior a 40,0%.

GERAÇÃO DE CAIXA RECORDE VOLTA A SUPERAR US$ 2 BILHÕES

No 2T06, o EBITDA ajustado, de US$ 2,176 bilhões, foi recorde, voltando a ultrapassar a marca dos US$ 2 bilhões. Esse montante foi 7,0% superior ao alcançado no 2T05, quando foi obtido EBITDA ajustado recorde de US$ 2,033 bilhões.

A eliminação do impacto dos reajustes retroativos de minério de ferro e pelotas oferece uma visão mais aproximada da evolução do EBITDA ajustado: o valor do 2T06 é de US$ 2,255 bilhões contra US$ 1,715 bilhão no 2T05, evidenciando taxa de crescimento bem mais elevada, de 31,3%, do que a revelada pelos números reportados, de 7,0%.

No período de doze meses até junho de 2006, o EBITDA ajustado somou US$ 7,319 bilhões, sendo 45,4% superior ao do 2T05. O 2T06 é o décimo sétimo trimestre consecutivo de crescimento do LTM EBITDA ajustado.

O incremento de US$ 143 milhões na geração de caixa do 2T06 relativamente ao mesmo trimestre do ano anterior é explicado pelos aumentos de US$ 102 milhões no EBIT ajustado e de US$ 69 milhões na depreciação, parcialmente compensados pela redução de US$ 28 milhões nos dividendos recebidos de empresas não consolidadas.

Os dividendos pagos por empresas não consolidadas, coligadas e joint ventures, no 2T06 somaram US$ 98 milhões, ante US$ 126 milhões recebidos no 2T05.

No 2T06, recebemos US$ 28 milhões da Usiminas, US$ 22 milhões da MRN, US$ 20 milhões da MRS, US$ 15 milhões da Henan Longyou Resources e US$ 11 milhões da Kobrasco.

No período 2001/2005, os dividendos recebidos pela Companhia cresceram à taxa média anual de 39,3%, sendo que a média dos últimos quatro trimestres foi de US$ 126 milhões. Embora ao longo do tempo a consolidação de diversas empresas anteriormente não consolidadas, como Caemi, Albras e Alunorte, e a venda de participações em companhias não consolidadas tenha concorrido para diminuir o valor dos dividendos recebidos, a melhoria do desempenho financeiro das coligadas e joint ventures remanescentes mais do que compensou esse efeito.

A distribuição da geração de caixa por área de negócio no 2T06 foi a seguinte: minerais ferrosos 73,0%, alumínio 15,6%, minerais não ferrosos 8,0% e logística

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6,2%. Os gastos com P&D, não alocados às áreas de negócios, concorreram para diminuir o EBITDA ajustado em US$ 101 milhões.

EBITDA AJUSTADO TRIMESTRAL US$ milhões

2T05 1T06 2T06Receita operacional líquida 3.536 3.340 4.146 CPV (1.508) (1.695) (1.884)Despesas com vendas, gerais e administrativas (135) (168) (212)Pesquisa e desenvolvimento (54) (71) (101)Outras despesas operacionais (68) (70) (76)EBIT ajustado 1.771 1.336 1.873 Depreciação, amortização e exaustão 136 181 205 Dividendos recebidos 126 112 98 EBITDA ajustado 2.033 1.629 2.176

RESULTADO FINANCEIRO

No 2T06, o resultado financeiro líquido foi negativo em US$ 172 milhões. Deste modo, houve redução de US$ 452 milhões comparativamente ao 2T05, quando a Companhia apresentou resultado financeiro líquido positivo de US$ 280 milhões.

As receitas financeiras somaram US$ 45 milhões, contra US$ 27 milhões do 2T05, o que foi proporcionado por taxas de juros mais elevadas e pelo aumento do valor médio das disponibilidades de caixa.

As despesas financeiras no 2T06 totalizaram US$ 245 milhões, com aumento de US$ 194 milhões em relação ao mesmo período de 2005. Os fatores que mais contribuíram para a elevação das despesas foram perdas com derivativos, da ordem de US$ 54 milhões, e o efeito negativo da marcação a preços de mercado das debêntures participativas.

As perdas com derivativos foram determinadas pelas operações remanescentes de hedge dos preços do alumínio. Além disso, como o custo da energia elétrica consumida pela Albras é indexado ao preço do alumínio na LME, o FASB 133 considera tal claúsula contratual como um derivativo. Assim, como as variações no preço do alumínio na LME alteram o valor presente das despesas com o consumo de energia elétrica envolvido no contrato de fornecimento, a Companhia é obrigada a registrar contabilmente tais mudanças como perdas ou ganhos. Como o preço do metal se elevou no 2T06 relativamente ao 1T06 seu impacto sobre o valor presente do contrato foi contabilizado como perda da ordem de US$ 13 milhões.

Em maio de 1997, por ocasião da privatização da Companhia, foram emitidas debêntures participativas, cujo rendimento foi estabelecido como percentual de receitas a serem geradas no futuro pela exploração de determinados ativos minerais. Essas debêntures foram registradas na Comissão de Valores Mobiliários do Brasil em 2002 e são negociadas no Sistema Nacional de Debêntures (SND) da ANDIMA, www.debentures.com.br.

Tais debêntures se constituem em passivo da Companhia e como tal tem seu valor marcado a preços de mercado. Diante do aumento de liquidez das transações com esses ativos no SND e da forte alta de seus preços médios, de R$ 0,060999 no 1T06 para R$ 0,325928 no 2T06, o valor contábil dessas obrigações em 30 de junho de 2006 foi atualizado para US$ 59 milhões, o que implicou na realização de perda contábil de US$ 48 milhões.

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As despesas de juros cresceram em US$ 9 milhões, uma vez que a redução do custo médio da dívida compensou parcialmente o aumento da dívida bruta, de US$ 4,168 bilhões em 30 de junho de 2005 para US$ 5,883 bilhões no final deste trimestre.

O efeito da apreciação de 8,6% da taxa de câmbio BRL/USD prevalecente em 30 de junho de 2006 relativamente à do final do 2T05 gerou efeito contábil positivo – variações monetárias - de US$ 28 milhões sobre o resultado do 2T06. Isto foi inferior em US$ 276 milhões ao 2T05, quando as variações monetárias apresentaram variação positiva de US$ 304 milhões.

RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS

A equivalência patrimonial concorreu com US$ 184 milhões para o lucro líquido do 2T06, apresentando redução de 16,4%, US$ 36 milhões, em relação ao 2T05. Os investimentos em empresas produtoras de minerais ferrosos foram responsáveis por 47,3%, siderurgia por 25,0%, alumínio por 12,0%, logística 13,0%, e carvão 2,2%.

As participações acionárias em pelotizadoras – Nibrasco, Hispanobras, Kobrasco, Itabrasco, Samarco e GIIC – geraram US$ 87 milhões, montante inferior em US$ 41 milhões ao valor computado para o 2T05. Parte da redução foi resultante da venda da GIIC, que implicou em queda de US$ 19 milhões no resultado. A Samarco foi a joint venture que proporcionou a maior contribuição para o lucro da CVRD, com US$ 67 milhões.

O resultado de equivalência patrimonial dos negócios com alumínio, US$ 22 milhões, foi 22% superior ao do 2T05. Enquanto que a contribuição da MRN se reduziu de US$ 17 milhões para US$ 14 milhões, a da Valesul aumentou de US$ 1 milhão para US$ 8 milhões.

O investimento da CVRD na Henan Longyu Energy Resources Ltd., empresa chinesa produtora de carvão antracito, produziu equivalência patrimonial de US$ 4 milhões.

Os investimentos em empresas de logística retornaram US$ 24 milhões no 2T06, o dobro do montante gerado no mesmo período do ano anterior.

A equivalência patrimonial originada pelas participações na indústria do aço totalizou US$ 46 milhões no 2T06 contra US$ 62 milhões no 2T05.

RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS US$ milhões

2T05 1T06 2T06Minério de ferro e pelotas 128 80 87 Aluminio, alumina e bauxita 18 16 22 Logística 12 14 24 Siderurgia 62 41 46 Carvão - 7 4 Outros - (2) 1 Total 220 156 184

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LUCRO LÍQUIDO ALCANÇA MARCA HISTÓRICA DE US$ 1,9 BILHÃO

A CVRD obteve lucro líquido recorde de US$ 1,880 bilhão no 2T06, superando em US$ 250 milhões o recorde anterior de US$ 1,630 bilhão obtido no 2T05. O lucro líquido do semestre foi de US$ 3,051 bilhões e no período de doze meses encerrado em junho de 2006 atingiu US$ 5,564 bilhões.

Contribuíram para o crescimento do lucro “vis-à-vis” o 2T05 o aumento de US$ 102 milhões no lucro operacional, a eliminação do efeito negativo de US$ 99 milhões nas participações minoritárias com a incorporação das ações da Caemi e US$ 338 milhões derivados da venda da participação na GIIC.

UM BALANÇO SAUDÁVEL: UPGRADE NA ESCALA DE CLASSIFICAÇÀO DE RISCOS

A dívida total da Companhia em 30 de junho de 2006 era de US$ 5,883 bilhões, contra US$ 6,063 bilhões em 31 de março de 2006 e US$ 4,168 bilhões em 30 de junho de 2005. A dívida líquida(c) no fim de junho de 2006 foi igual a US$ 3,989 bilhões, contra US$ 4,419 bilhões em março de 2006 e US$ 3,212 bilhões em junho de 2005.

O prazo médio da dívida em 30 de junho de 2006 era de 8,27 anos, tendo se alongado relativamente aos 6,57 anos verificados em 30 de junho de 2005 e 8,15 anos em março de 2006. O endividamento atrelado a taxas de juros flutuantes representava 53% da dívida bruta em 30 de junho de 2006, com os restantes 47% contratados a taxas de juros fixas.

A relação dívida total/LTM EBITDA ajustado(d) passou de 0,84x em 31 de março de 2006 para 0,80x em 30 de junho de 2006, enquanto que a relação dívida total/EV(e) permanece ao redor de 10%.

A cobertura de juros, indicada pela relação EBITDA ajustado dos últimos doze meses/juros pagos(f), apresentou ligeira queda, de 27,08x no final do primeiro trimestre para 23,76x em 30 de junho de 2006.

Portanto, apesar do aumento da dívida total em 2006, em boa parte determinada pela antecipação da captação de recursos, os indicadores de alavancagem financeira e cobertura de juros se situam em níveis extremamente confortáveis.

No 2T06, a Fitch Ratings concedeu à CVRD o investment-grade rating (BBB-), constituindo-se na quarta agência de rating com atuação global a fazê-lo. Simultaneamente, a Standard & Poor’s (S&P) e a Dominion Bond Rating Services (DBRS) melhoraram a classificação de risco de crédito da Companhia. No caso da S&P a promoção foi de BBB para BBB+, e no da DBRS, de BBB low para BBB high, o que nos colocou em ambos os casos apenas um degrau abaixo da faixa A, a mais elevada na escala de classificação das agências de rating.

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DESPESAS FINANCEIRAS US$ milhões

Composição das despesas financeiras: 2T05 1T06 2T06Dívida com terceiros (57) (66) (68)Dívida com partes relacionadas (4) (2) (2)Total das despesas financeiras relativas à dívida (61) (68) (70) Composição dos juros brutos: 2T05 1T06 2T06Contingências fiscais e trabalhistas (13) (26) (26)Impostos sobre transações financeiras CPMF (16) (21) (18)Derivativos 56 (66) (54)Outros (17) (32) (77)Total dos juros brutos 10 (145) (175) Total (51) (213) (245)

INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO

US$ milhões 2T05 1T06 2T06Dívida total 4.168 6.063 5.883Dívida líquida 3.212 4.419 3.989Dívida total / LTM EBITDA ajustado (x) 0,83 0,84 0,80 LTM EBITDA ajustado/ LTM pagamento de juros (x) 17,73 27,08 23,76 Dívida bruta / EV (%) 10,98 10,31 9,85

Enterprise Value = EV= capitalização de mercado + dívida líquida

O DESEMPENHO DOS SEGMENTOS DE NEGÓCIOS

• Minerais Ferrosos

Os embarques de minério de ferro e pelotas no 2T06 de 67,583 milhões de toneladas, foram 8,3% superiores aos realizados no 2T05, refletindo aumento de produção de minério de ferro em todos os sites da Companhia e manutenção do mercado aquecido para finos e granulados.

No primeiro semestre de 2006 as vendas de minério de ferro e pelotas foram de 131,469 milhões, com crescimento de 7,6% ante o 1S05, quando atingiram 122,182 milhões de toneladas.

As vendas de minério de ferro no 2T06 totalizaram 62,518 milhões de toneladas, com aumento de 11,3% em relação ao 2T05, o que se constituiu em novo recorde trimestral, superando em 3,368 milhões de toneladas o volume embarcado no 4T05.

Por outro lado, como era esperado, as vendas de pelotas, de 5,065 milhões de toneladas, se reduziram em relação ao 2T05 (5,894 milhões) e ao 1T06 (6,219 milhões). São Luís permaneceu parada no 2T06, porém, com a retomada do vigor da demanda transoceânica por pelotas, voltou à atividade na segunda quinzena de julho.

No 2T06, a Companhia adquiriu 3,689 milhões de toneladas de minério de ferro de mineradoras localizadas no Quadrilátero Ferrífero, no estado de Minas Gerais, para complementar sua produção, que neste trimestre bateu novo recorde, de 65,9 milhões de toneladas.

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A CVRD vendeu 19,967 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas para a China no 2T06, o que correspondeu a 29,5% do volume total de vendas e com elevação de 70,0% em relação ao 2T05. O mercado japonês absorveu 6,057 milhões de toneladas, equivalente a 9,0% das vendas, a Alemanha 5,093 milhões, 7,5%, e a França 2,290 milhões de toneladas, 3,4%.

As vendas para siderúrgicas e produtores de ferro gusa do Brasil foram de 9,010 milhões de toneladas, 13,3% dos embarques totais, e para as joint ventures de Tubarão 5,597 milhões de toneladas, 8,3% dos embarques totais.

Eliminando-se o efeito da contabilização retroativa dos ajustes de preços, o preço médio realizado dos embarques de minério de ferro no 2T06 foi de US$ 40,79 por tonelada, o que é superior em 18,3% ao do 1T06. No caso de pelotas, o preço ajustado é de US$ 76,21 por tonelada, igual ao registrado no 1T06, fato decorrente da maior participação de pelotas de redução direta nos embarques deste trimestre, cujo preço comanda prêmio de 10% sobre o das pelotas de alto forno.

Os embarques de minério de manganês atingiram 198 mil toneladas e as vendas de ferro ligas totalizaram 144 mil toneladas, quantidades equivalentes às do 2T05, quando foram vendidas, respectivamente, 194 mil toneladas e 147 mil toneladas.

No 2T06, o preço médio das vendas de minério de manganês, de US$ 55,56 por tonelada, foi menor em 43,3% ao do mesmo trimestre de 2005, refletindo o excesso de oferta global.

Após expressivo declínio iniciado em meados de 2004, os preços de ligas começaram a se estabilizar no final de 2005 e, diante da contração da oferta e da expansão da produção de aço, a apresentar alguma recuperação durante o primeiro semestre deste ano. Assim, o preço médio de nossos embarques no 2T06 foi igual a US$ 805,56, o que corresponde à uma redução de 14,2% relativamente ao do 2T05, porém é superior em 6,8% ao realizado no 1T06.

As receitas produzidas no 2T06 pelos minerais ferrosos - minério de ferro, pelotas, manganês e ferro ligas – somaram US$ 3,011 bilhões, com pequeno aumento em relação ao 2T05, quando atingiram US$ 2,908 bilhões. Retirando os efeitos dos ajustes retroativos de preços nos dois períodos (US$ 318 milhões no 2T05 e US$ 138 milhões no 2T06), a variação da receita seria de US$ 283 milhões, com incremento de 10,9%.

A receita com vendas de minério de ferro foi igual a US$ 2,471 bilhões, pelotas US$ 386 milhões, serviços de operação de usinas de pelotização de Tubarão US$ 17 milhões, minério de manganês US$ 11 milhões e ferro ligas US$ 116 milhões.

A margem EBIT ajustado foi de 48,4%, ante 56,7% no 2T05 e 44,8% no 1T06.

O EBITDA ajustado totalizou US$ 1,588 bilhão no 2T06, contra US$ 1,690 bilhão no 2T05 e US$ 1,334 bilhão no 1T06.

MINERAIS FERROSOS 2T05 1T06 2T06

Margem EBIT ajustado (%) 56,7 44,8 48,4EBITDA ajustado (US$ milhões) 1.690 1.334 1.588

• Alumínio

O volume vendido de alumina no 2T06 foi de 867 mil toneladas, batendo o recorde trimestral anterior atingido no 4T03, com 756 mil toneladas. O crescimento de 115,7% dos embarques em relação ao 2T05 já reflete o término do ramp-up da

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2T06

expansão da capacidade da refinaria de Barcarena para 4,4 milhões de toneladas, cuja produção no trimestre também foi recorde, com um milhão de toneladas.

O preço médio realizado, de US$ 391,00 por tonelada, se elevou em 42,9% relativamente ao do 2T05, representando 14,6% do preço médio do alumínio na LME.

As vendas de alumínio primário alcançaram 112 mil toneladas no 2T06, montante igual ao 1T06 e superior em duas mil toneladas aos embarques do 2T05, o que foi viabilizado pelos ganhos de produtividade na operação do smelter de Barcarena, que registrou novo recorde trimestral de produção.

O preço médio de venda de alumínio no 2T06, de US$ 2.607,14 por tonelada, apresentou acréscimo de 40,6% ante os US$ 1.854,55 por tonelada do 2T05.

A receita proporcionada pela venda de bauxita, alumina e alumínio no 2T06 somou US$ 640 milhões, contra US$ 327 milhões no 2T05.

A margem operacional da cadeia do alumínio melhorou substancialmente, passando de 32,7% no 2T05 para 35,8% no 1T06 e 47,4% no 2T06.

Da mesma forma, o EBITDA ajustado do 2T06, US$ 339 milhões, mais do que dobrou em relação aos US$ 154 milhões do 2T05, tendo registrado elevação de 64,6% frente aos US$ 206 milhões do 1T06.

ALUMÍNIO 2T05 1T06 2T06

Margem EBIT ajustado (%) 32,7 35,8 47,4EBITDA ajustado (US$ milhões) 154 206 339

• Minerais não ferrosos

O melhor desempenho das vendas de concentrado de cobre foi fundamental para que a margem EBIT ajustado dos negócios com minerais não-ferrosos chegasse a 53,8%, com elevação de 144 pontos base (pb) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, e para que o EBITDA ajustado dessa divisão de negócios alcançasse US$ 175 milhões, contra US$ 79 milhões no 2T05 e US$ 74 milhões no 1T06.

Os embarques de concentrado de cobre no 2T06 chegaram a 105 mil toneladas, quantidade igual a do 2T05, porém com aumento de 35 mil toneladas em relação aos realizados no 1T06 graças à recuperação da produção do Sossego.

O preço médio do concentrado de cobre no 2T06 atingiu US$ 1.952 por tonelada, mais do que dobrando em relação ao 2T05. As vendas deste produto geraram receita de US$ 205 milhões, com incremento de US$ 112 milhões “vis-à-vis” o 2T05.

O volume vendido de caulim totalizou 305 mil toneladas, em linha com as vendas do 2T05 de 303 mil toneladas. O preço médio realizado, de US$ 154,10 por tonelada, foi 3,8% superior ao praticado no 2T05 e as operações com caulim geraram receita de US$ 47 milhões no 2T06.

A redução da área plantada no Brasil em resposta à queda da rentabilidade da agricultura, determinada pela apreciação do real, pela redução do preço da soja desde o 2T04 e pela alta dos preços de insumos, determinou forte retração no consumo de potássio. Ao mesmo tempo, o preço do potássio, após atingir um pico no 2T05, entrou em declínio, influenciado pela redução da demanda global.

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US GAAP

2T06

Desse modo, nossas vendas de potássio no 2T06 somaram 121 mil toneladas, com redução de 6,2% em relação ao 2T05. Com a baixa do preço médio de realização para US$ 190,08 por tonelada contra US$ 240,31 por tonelada no 2T05, a receita diminuiu em US$ 8 milhões, tendo passado de US$ 31 milhões no 2T05 para US$ 23 milhões no 2T06.

MINERAIS NÃO-FERROSOS 2T05 1T06 2T06

Margem EBIT ajustado (%) 39,4 27,9 53,8EBITDA ajustado (US$ milhões) 79 74 175

• Serviços de logística

A busca de ganhos de produtividade na operação ferroviária tem produzido maior eficiência energética, uma vez que o consumo de combustível por tonelada quilômetro bruto se reduziu em 3,2% na EF Vitória a Minas e em 6,3% na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), tendo ficado estável na EF Carajás, que apresenta o nível de consumo mais baixo das três ferrovias da Companhia.

Os problemas da agricultura brasileira e a redução da produção de aço do Brasil em 8,4% na primeira metade do ano têm afetado desfavoravelmente o desempenho das ferrovias da CVRD - Carajás, Vitória a Minas e Centro-Atlântica, na medida em que seus principais clientes encontram-se nesses setores. Nossas ferrovias transportaram 7,365 bilhões de toneladas quilômetro útil (tku) de carga geral para clientes no 2T06, nível praticamente igual ao do 2T05, de 7,418 bilhões de tku. As principais cargas transportadas foram produtos agrícolas, 47,3% do total, insumos e produtos da indústria do aço 38,1%, e combustíveis 6,5%.

Os portos e terminais marítimos da Companhia movimentaram 7,818 milhões de toneladas de carga geral, ante 8,336 milhões de toneladas no 2T05.

Os serviços de logística proporcionaram receita de US$ 362 milhões no 2T06, o que implicou em aumento de 14,6% relativamente aos US$ 316 milhões gerados no 2T05. Na FCA e Carajás houve elevação de receita por tku de, respectivamente, 18,9% e 26,4%, tendo havido redução de 9,1% na Vitória a Minas.

O transporte ferroviário para clientes contribuiu com US$ 273 milhões e os serviços portuários com US$ 58 milhões. A navegação de cabotagem e os serviços de apoio portuário responderam por US$ 31 milhões.

A margem EBIT ajustado foi de 28,7% no 2T06, ligeiramente inferior à registrada no 2T05, de 30,0%.

O EBITDA ajustado alcançou US$ 135 milhões no 2T06, contra US$ 130 milhões no 2T05.

LOGÍSTICA 2T05 1T06 2T06

Margem EBIT ajustado (%) 30,0 20,8 28,7EBITDA ajustado (US$ milhões) 130 80 135

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US GAAP

2T06

VOLUMES DE VENDAS, PREÇOS E RECEITAS

VOLUME VENDIDO - MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS mil toneladas

2T05 % 1T06 % 2T06 %Minério de ferro 56.167 90,0 57.992 90,8 62.518 92,5Pelotas 6.219 10,0 5.894 9,2 5.065 7,5Total 62.386 100,0 63.886 100,0 67.583 100,0

VOLUME VENDIDO – MINÉRIOS E METAIS mil toneladas

2T05 1T06 2T06Manganês 194 149 198Ferro ligas 147 126 144Alumina 402 504 867Alumínio primário 110 112 112Bauxita 475 319 265Potássio 129 103 121Caulim 303 321 305Concentrado de cobre 105 70 105

VENDAS DE MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS POR DESTINO mil toneladas

2T05 % 1T06 % 2T06 %Américas 15.480 24,8 14.611 22,9 16.199 24,0 Brasil 14.397 23,1 13.966 21,9 14.607 21,6

Siderúrgicas e produtores de gusa 9.038 14,5 8.671 13,6 9.010 13,3

JVs de pelotização 5.359 8,6 5.295 8,3 5.597 8,3 EUA 1.083 1,7 645 1,0 1.592 2,4Ásia 19.233 30,8 26.741 41,9 27.991 41,4 China 11.747 18,8 17.170 26,9 19.967 29,5 Japão 6.249 10,0 6.561 10,3 6.057 9,0 Coréia do Sul 1.237 2,0 3.010 4,7 1.967 2,9Europa 20.016 32,1 15.968 25,0 16.579 24,5 Alemanha 6.466 10,4 5.444 8,5 5.093 7,5 França 2.850 4,6 2.546 4,0 2.290 3,4 Outros 10.700 17,2 7.978 12,5 9.196 13,6Resto do mundo 7.658 12,3 6.566 10,3 6.814 10,1Total 62.387 100,0 63.886 100,0 67.583 100,0

SERVIÇOS DE LOGÍSTICA – CARGA GERAL 2T05 1T06 2T06 Ferrovias (milhões de tku) 7.418 5.779 7.365 Portos (mil toneladas) 8.336 6.252 7.818

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2T06

PREÇOS MÉDIOS REALIZADOS

US$ por tonelada 2T05 1T06 2T06Minério de ferro 38,58 34,49 39,52Pelotas 90,69 75,33 76,21Manganês 97,94 80,54 55,56Ferro ligas 938,78 753,97 805,56Alumina 273,63 317,46 391,00Alumínio 1.854,55 2.321,43 2.607,14Bauxita 27,37 28,21 30,19Potássio 240,31 213,59 190,08Caulim 148,51 149,53 154,10Concentrado de cobre 885,71 1.585,71 1.952,38

RECEITA BRUTA POR PRODUTO milhões de US$

2T05 % 1T06 % 2T06 %Minerais ferrosos 2.908 78,2 2.579 73,9 3.011 69,8 Minério de ferro 2.167 58,2 2.000 57,3 2.471 57,3 Serviços de operação de usinas de pelotização 6 0,2 18 0,5 17 0,4 Pelotas 564 15,2 444 12,7 386 8,9 Manganês 19 0,5 12 0,3 11 0,3 Ferro ligas 138 3,7 95 2,7 116 2,7 Outros 14 0,4 10 0,3 10 0,2Minerais não-ferrosos 169 4,5 181 5,2 275 6,4 Potássio 31 0,8 22 0,6 23 0,5 Caulim 45 1,2 48 1,4 47 1,1 Concentrado de cobre 93 2,5 111 3,2 205 4,8Cadeia do alumínio 327 8,8 429 12,3 640 14,8 Alumínio primário 204 5,5 260 7,4 293 6,8 Alumina 110 3,0 160 4,6 339 7,9 Bauxita 13 0,3 9 0,3 8 0,2Serviços de logística 316 8,5 289 8,3 362 8,4 Ferrovias 233 6,3 213 6,1 273 6,3 Portos 53 1,4 49 1,4 58 1,3 Navegação 30 0,8 27 0,8 31 0,7Outros 1 0,0 12 0,3 25 0,6Total 3.721 100,0 3.490 100,0 4.313 100,0

RENTABILIDADE E GERAÇÃO DE CAIXA

MARGENS OPERACIONAIS POR ÁREA DE NEGÓCIO - MARGEM EBIT AJUSTADA 2T05 1T06 2T06Minerais ferrosos 56,7% 44,8% 48,4%Minerais não ferrosos 39,4% 27,9% 53,8%Alumínio 32,7% 35,8% 47,4%Logística 30,0% 20,8% 28,7%Total 50,1% 40,0% 45,2%

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US GAAP

2T06

EBITDA AJUSTADO POR ÁREA DE NEGÓCIO US$ milhões

2T05 % 1T06 % 2T06 %Minerais ferrosos 1.690 83,1 1.334 81,9 1.588 73,0Minerais não ferrosos 79 3,9 74 4,5 175 8,0Logística 130 6,4 80 4,9 135 6,2Alumínio 154 7,6 206 12,6 339 15,6Outros (20) (1,0) (65) (4,0) (61) (2,8)Total 2.033 100,0 1.629 100,0 2.176 100,0

INVESTIMENTOS

No 2T06, os investimentos da Companhia totalizaram US$ 818 milhões, o que representou redução de 27,4% sobre o capex do 1T06, de US$ 1,126 bilhão - que incluiu a aquisição dos ativos da Rio Verde Mineração por US$ 47 milhões - e foi em linha com o montante investido no 2T05, US$ 821 milhões.

O capex do 1S06 chegou a US$ 1,944 bilhão, o que implicou em aumento de 39,8% relativamente ao dispêndio de US$ 1,391 bilhão realizado no mesmo período do ano passado.

Foram investidos no trimestre US$ 518 milhões em crescimento orgânico - projetos e pesquisa & desenvolvimento (P&D) – e US$ 300 milhões na manutenção de operações já existentes (stay-in-business capex).

A Companhia investiu US$ 101 milhões em P&D no 2T06, ante US$ 81 milhões no trimestre anterior e de US$ 43 milhões no 2T05. Os gastos foram concentrados na busca da identificação de novos depósitos de cobre, carvão, níquel e manganês e em estudos de projetos (conceitual, pré-viabilidade e viabilidade).

A nova mina de Brucutu, no Sistema Sul, um dos mais importantes projetos de minério de ferro da CVRD, está iniciando os testes pré-operacionais, devendo começar a produzir no mês de agosto.

O início das obras do 118, nossa segunda mina de cobre, será postergado por um ano devido a atrasos na obtenção da licença de implantação, o que implicará sua entrada em operação somente em 2009.

A Shandong Yankuang, empresa chinesa produtora de coque metalúrgico, onde a Companhia possui participação de 25% do capital, iniciou operação no final de junho de 2006. A capacidade de produção estimada é de 2 milhões de toneladas anuais de coque e 200.000 toneladas anuais de metanol.

• Evolução dos principais projetos em execução

Área Projeto Orçado

2006

Status

Minerais Ferrosos

Expansão da capacidade de minério de ferro de Carajás para 85 Mtpa – Sistema Norte

41 Este projeto adicionará 15 milhões de toneladas anuais de capacidade à CVRD, com previsão de conclusão para o 3T06.

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US GAAP

2T06

Expansão da capacidade das minas de minério de ferro de Carajás para 100 Mtpa – Sistema Norte

289 Este projeto adicionará 15 milhões de toneladas anuais à capacidade da CVRD e a previsão de conclusão é para o segundo semestre de 2007. O TMPM será expandido, com o prolongamento do Píer III, a instalação de um terceiro carregador de navios e a construção da quarta linha de embarque.

Mina de minério de ferro de Brucutu – Sistema Sul

310 A fase I do projeto deverá estar concluída no 2T06, quando atingirá capacidade nominal de produção de 12 milhões de toneladas por ano. A finalização da fase II está programada para o 1T07, quando a mina atingirá capacidade de produção de 24 milhões de toneladas anuais.

Mina de minério de ferro de Fazendão – Sistema Sul

39 Projeto para produção de 14 milhões de toneladas de ROM (minério sem beneficiamento) de minério de ferro por ano. Este projeto viabiliza a terceira planta de pelotização da Samarco. As obras deverão começar no 2S06, e serão concluídas no 2S07, quando as operações terão início.

Expansão da mina de minério de ferro de Fábrica – Sistema Sul

88 Projeto para expansão da capacidade produtiva da mina de Fábrica em 5 milhões de toneladas, passando de 12 para 17 milhões de toneladas anuais. Start-up previsto para o 4T07.

Expansão do Porto de Tubarão – Sistema Sul

20 Projeto para ampliação dos sistemas de correia transportadora e das máquinas de pátio e construção de novos pátios de estocagem. Adicionará 10 milhões de toneladas à capacidade de movimentação do porto. A previsão de conclusão é para 1T07.

Itabiritos 338 Construção de planta de pelotização em Minas Gerais, com capacidade nominal de produção de sete milhões de toneladas anuais, e de uma usina de concentração de minério de ferro. O início de operação está previsto para o segundo semestre de 2008.

Tubarão VIII 31 Construção de planta de pelotização, com capacidade nominal de produção de sete milhões de toneladas anuais no complexo de Tubarão. O início de operação está previsto para 2008. Sujeito à aprovação pelo Conselho de Administração da CVRD.

Mina de cobre – 118

21 O projeto terá capacidade de produção de 36.000 toneladas de catodo de cobre. Os principais equipamentos já foram encomendados. A previsão da entrada em operação da mina é para o 1S09. A obtenção de licença de implantação do projeto está em progresso

Mina de níquel - Vermelho

97 A capacidade de produção estimada é de 46.000 toneladas de níquel metálico e 2.800 toneladas anuais de cobalto. Os principais equipamentos já foram encomendados. O EPCM, Engineering, Procurement, Construction Management, foi contratado em dezembro de 2005. Obtenção de licença ambiental em progresso. A previsão da entrada em operação da mina é para o 4T08.

Mina de bauxita -Paragominas I

210 O primeiro módulo da mina deverá produzir 5,4 milhões de toneladas de bauxita por ano a partir do 1T07. Um mineroduto, com extensão de 244Km, será utilizado para o transporte de bauxita da mina para a refinaria de alumina em Barcarena, estado do Pará. A conclusão de sua construção está prevista para dezembro de 2006.

Alunorte módulos 6 e 7 – alumina

239 O projeto para construção dos módulos 6 e 7 elevará a capacidade de produção da refinaria para 6,26 milhões de toneladas de alumina por ano. A conclusão está programada para o 2T08.

Minerais Não Ferrosos

Mina de bauxita -Paragominas II

14 A segunda fase de Paragominas adicionará 4,5 milhões de toneladas à capacidade de 5,4 milhões de toneladas anuais da primeira fase. A conclusão está prevista para o 2T08.

Logística

Aquisição de locomotivas e vagões –EFVM/EFC/FCA

379 Compra de 22 locomotivas e 1.426 vagões no ano de 2006. Desse total, 150 vagões serão destinados ao transporte de carga geral e 1.276 para minério de ferro. Todas as locomotivas serão destinadas para o transporte de minério de ferro.

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US GAAP

2T06

Usinas hidrelétricas Capim Branco I e II

61 Ambas as usinas localizam-se no rio Araguari, no estado de Minas Gerais, e terão capacidade de geração de 240MW e 210MW respectivamente. Capim Branco I entrou em operação no 1T06. O início de operação de Capim Branco II está programado para 1T07. Energia

Elétrica Usina hidrelétrica Estreito

68 A usina está localizada no rio Tocantins, divisa dos estados do Maranhão e Tocantins, e terá capacidade instalada de 1.087 MW. O início das obras está previsto para meados de 2006, condicionado à obtenção da licença de instalação. A entrada em operação da 1ª turbina está prevista para segundo semestre de 2009.

Ceará Steel

11 Projeto siderúrgico, no estado do Ceará, com capacidade nominal de 1,5 milhão de toneladas anuais de placas de aço. O início das operações é esperado para 2009. Participações

Siderúrgicas CSA

72 Projeto siderúrgico, no estado do Rio de Janeiro, com capacidade nominal de 5 milhões de toneladas anuais de placas de aço. O início das operações é esperado para primeiro semestre de 2009. Investimento aprovado pelo Conselho de Administração da CVRD no 1T06.

INVESTIMENTOS TOTAIS POR ÁREA DE NEGÓCIO US$ milhões

Por Área de Negócio 2T06 2S06 Minerais ferrosos 407 49,8% 926 47,6%Minerais não ferrosos 94 11,6% 177 9,1%Logística 107 13,0% 335 17,2%Alumínio 131 16,0% 349 18,0%Carvão 21 2,6% 29 1,5%Energia elétrica 20 2,5% 45 2,3%Participações siderúrgicas 6 0,7% 14 0,7%Outros 32 3,9% 69 3,6%Total 818 100,0% 1.944 100,0%

TELECONFERÊNCIA/WEBCAST

No dia 4 de agosto, sexta-feira, será realizada conferência telefônica e webcast às 12:00 horas, horário do Rio de Janeiro, 11:00 horas Eastern Standard Time dos EUA e 16:00 horas, horário do Reino Unido. A instrução para participação nesses eventos está disponível no website da CVRD, www.cvrd.com.br, relações com investidores. Uma gravação da teleconferência/webcast estará disponível no website da CVRD durante os 90 dias posteriores ao dia 4 de agosto.

INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS DAS PRINCIPAIS EMPRESAS NÃO CONSOLIDADAS Indicadores financeiros selecionados das principais empresas não consolidadas estão disponíveis nas demonstrações contábeis trimestrais da CVRD, no website da Companhia, www.cvrd.com.br, relações com investidores.

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US GAAP

2T06

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO milhões de US$

2T05 1T06 2T06Receita operacional bruta 3.721 3.490 4.313Impostos (185) (150) (167)Receita operacional líquida 3.536 3.340 4.146 Custo dos produtos vendidos (1.508) (1.695) (1.884)Lucro bruto 2.028 1.645 2.262 Margem bruta (%) 57,4 49,3 54,6 Despesas com vendas, gerais e administrativas (135) (168) (212)Despesas com pesquisa e desenvolvimento (54) (71) (101)Participação nos resultados (24) (28) (35)Outros (44) (42) (41)Lucro operacional 1.771 1.336 1.873 Receitas financeiras 27 42 45 Despesas financeiras (51) (213) (245)Variações monetárias 304 259 28 Ganho na venda de participações societárias - 9 338 IR e contribuição social correntes (330) (242) (158)IR e contribuição social diferido (107) (53) (80)Equivalência patrimonial e provisão para perdas 220 156 184 Participações minoritárias (204) (123) (105)Lucro líquido 1.630 1.171 1.880 Lucro por ação (US$) 0,71 0,51 0,77

BALANÇO PATRIMONIAL milhões de US$

06/30/05 03/31/06 06/30/06Ativo Circulante 4.634 5.647 6.313 Realizável a longo prazo 1.911 2.345 2.619 Permanente 13.022 19.769 20.550Total 19.567 27.761 29.482Passivo Circulante 3.002 2.831 3.652 Exigível a longo prazo 6.316 8.375 8.622 Patrimônio líquido 10.249 16.555 17.208 Capital social 6.366 8.918 8.893 Reservas 3.883 7.637 8.315Total 19.567 27.761 29.482

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US GAAP

2T06

FLUXO DE CAIXA milhões de US$

2T05 1T06 2T06Fluxos de caixa provenientes das operações: Lucro líquido do período 1.630 1.171 1.880 Ajustes para reconciliar o lucro líquido do período com recursos provenientes das atividades operacionais: Depreciação, exaustão e amortização 136 181 205 Dividendos recebidos 126 112 98 Equivalência patrimonial em coligadas e joint ventures e provisão para perdas em investimentos (220) (156) (184) Imposto de renda diferido 107 53 80 Provisões para contingências (3) 13 19 Ganho com venda de investimentos - (9) (338) Perdas cambial e monetária (298) (291) (75) Perdas líquidas não realizadas com derivativos (85) 44 51 Participações minoritárias 204 123 105 Juros pagáveis, líquidos 38 (28) 40 Outros (59) 46 (21) Redução (aumento) em ativos: Contas a receber (472) 162 (346) Estoques (50) (17) (23) Outros (187) (108) (38) Aumento (redução) em passivos: Fornecedores 142 (367) 103 Salários e encargos sociais 13 (108) 47 Imposto de Renda 325 (178) 175 Outros 76 (172) (34) Recursos líquidos provenientes das atividades operacionais 1.423 471 1.744 Fluxos de caixa provenientes das atividades de investimento: Empréstimos e adiantamentos (5) 44 (34) Garantias e depósitos (3) (23) (12) Adições em investimentos (90) (2) (2) Adições ao imobilizado (777) (855) (961) Recursos com vendas de investimentos - 14 418 Ganhos provenientes da alienação de bens do imobilizado 1 9 29 Recursos líquidos utilizados nas atividades de investimento (874) (813) (562)Fluxos de caixa provenientes das atividades de financiamento: Empréstimos e financiamentos de curto prazo (captações líquidas) 216 50 (65) Empréstimos (6) (30) 30 Empréstimos e financiamentos de longo prazo 125 1.347 4 Ações em tesouraria - - (25) Pagamentos de empréstimos e financiamentos de longo prazo (432) (321) (200) Juros sobre o capital próprio pagos a acionistas (500) - (669) Recursos líquidos utilizados nas atividades de financiamento (597) 1.046 (925) Aumento (diminuição) de caixa e equivalentes (45) 704 257 Efeito de variações da taxa de câmbio no caixa e equivalentes (121) (101) (7) Caixa e equivalentes no início do período 1.122 1.041 1.644 Caixa e equivalentes no final do período 956 1.644 1.894 Pagamentos efetuados durante o período: Juros de curto prazo - (1) (5) Juros de longo prazo (35) (94) (73) Imposto de renda (171) (187) (31) Transações que não envolveram caixa Imposto de renda pago com créditos fiscais (53) (30) (40) Juros capitalizados (9) (31) (31)

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US GAAP

2T06

APÊNDICE Reconciliação de informações "não-GAAP" e informações correspondentes em US GAAP

(a) EBIT ajustado

US$ milhões 2T05 1T06 2T06Receita operacional líquida 3.536 3.340 4.146 CPV (1.508) (1.695) (1.884)Despesas com vendas, gerais e administrativas (135) (168) (212)Pesquisa e desenvolvimento (54) (71) (101)Outras despesas operacionais (68) (70) (76)EBIT ajustado 1.771 1.336 1.873

(b) EBITDA ajustado

O termo EBITDA se refere a um indicador definido como lucro (prejuízo) antes de juros, impostos, depreciação e amortização; a CVRD utiliza o termo EBITDA ajustado para refletir que este indicador também exclui variações monetárias, equivalência patrimonial proveniente do resultado de coligadas e joint ventures deduzido de dividendos recebidos das mesmas, provisões para perdas em investimentos, ajuste para mudanças em práticas contábeis, participações minoritárias e despesas não recorrentes. Todavia, o EBITDA ajustado não é uma medida definida como GAAP nos Estados Unidos e pode não ser comparável com indicadores com o mesmo nome reportados por outras empresas. O EBITDA ajustado não deve ser considerado substituto do lucro operacional ou medida de liquidez melhor do que o fluxo de caixa operacional, que são determinados de acordo com GAAP. A CVRD apresenta o EBITDA ajustado para prover informação adicional a respeito da sua capacidade de pagar dívidas, realizar investimentos e cobrir necessidades de capital de giro. O quadro a seguir demonstra a reconciliação entre EBITDA ajustado e fluxo de caixa operacional, de acordo com a sua demonstração de fluxo de caixa:

RECONCILIAÇÃO ENTRE EBITDA AJUSTADO X FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL US$ milhões

2T05 1T06 2T06Fluxo de Caixa Operacional 1.426 471 1.744 Imposto de renda 330 242 158 Perdas cambiais e monetárias (6) 32 47 Despesas financeiras (14) 199 160 Capital de giro líquido 153 787 116 Outros 144 (102) (49)EBITDA 2.033 1.629 2.176

(c) Dívida líquida

RECONCILIAÇÃO ENTRE DÍVIDA BRUTA E DÍVIDA LÍQUIDA US$ milhões

2T05 1T06 2T06Dívida bruta 4.168 6.063 5.883Caixa 956 1.644 1.894Dívida líquida 3.212 4.419 3.989

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US GAAP

2T06

(d) Dívida total / LTM EBITDA ajustado

2T05 1T06 2T06Dívida Total / LTM EBITDA ajustado (x) 0,83 0,84 0,80 Dívida Total / LTM Fluxo de Caixa Operacional (x) 1,03 1,17 1,06

(e) Dívida total / Enterprise value

2T05 1T06 2T06Dívida total / EV (%) 10,98 10,31 9,85Dívida total / Ativo total (%) 21,30 21,84 19,97

Entreprise value = EV= capitalização de mercado + dívida líquida

(f) LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros

2T05 1T06 2T06LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros (x) 17,73 27,08 23,76LTM Lucro operacional / LTM Pagamento de juros (x) 15,05 22,63 19,72

“Este comunicado pode incluir declarações que apresentem expectativas da Administração da Companhia sobre eventos ou resultados futuros. Todas as declarações quando baseadas em expectativas futuras e não em fatos históricos envolvem vários riscos e incertezas. A Companhia não pode garantir que tais declarações venham a ser corretas. Tais riscos e incertezas incluem fatores relativos à economia brasileira e ao mercado de capitais, que apresentam volatilidade e podem ser afetados por desenvolvimento em outros países; relativos ao negócio de minério de ferro e sua dependência da indústria siderúrgica, que é cíclica por natureza, e relativo à grande competitividade em indústrias onde a CVRD opera. Para obter informações adicionais sobre fatores que possam originar resultados diferentes daqueles estimados pela Companhia, favor consultar os relatórios arquivados na Comissão de Valores Mobiliários - CVM e na U.S. Securities and Exchange Commission - SEC, inclusive o mais recente Relatório Anual - Form 20F da CVRD.”