CUSTO DE PRODUÇÃO DA PIMENTA-DO-REINO NA FAZENDA...

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TOME-AÇU CURSO DE ADMINISTRAÇÃO JOSÉ MARIA NASCIMENTO DE SOUSA CUSTO DE PRODUÇÃO DA PIMENTA-DO-REINO NA FAZENDA MONTE CASTELO NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA TOMÉ-AÇU/PA 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TOME-AÇU

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

JOSÉ MARIA NASCIMENTO DE SOUSA

CUSTO DE PRODUÇÃO DA PIMENTA-DO-REINO NA

FAZENDA MONTE CASTELO NO MUNICÍPIO

DE TOMÉ-AÇU/PA

TOMÉ-AÇU/PA

2018

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JOSÉ MARIA NASCIMENTO DE SOUSA

CUSTO DE PRODUÇÃO DA PIMENTA-DO-REINO NA FAZENDA

MONTE CASTELO NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Administração da Universidade Federal

Rural da Amazônia, Campus de Tome-Açu, como

requisito parcial para obtenção do título de

Bacharelado em Administração.

Orientadora: Profª. Ms. Wilnália Souza Garcia

Coorientadora: Profª. Ms. Ana Paula de A. Sardinha

TOMÉ-AÇU/PA

2018

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Biblioteca Universitária Tomé-Açu

_____________________________________________________________________________ S725c Sousa, José Maria Nascimento de

Custo de produção da pimenta-do-reino na fazenda Monte Castelo no município de Tomé-Açu/PA /

José Maria Nascimento de Sousa. – Tomé-Açu, 2018.

54 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Universidade Federal Rural da

Amazônia, 2018

Orientadora: Prof.ª Ms. Wilnália Souza Garcia, Coorientadora: Profª. Ms. Ana Paula de Andrade

Sardinha

1.Custo de Produção. 2. Pimenta do Reino. 3. Pimental. 4. Receita. I. Garcia, Wilnália Souza,

oriente. II. Sardinha, Ana Paula de Andrade, coorient. II. Título.

CDD 23. ed.- 658.5

_____________________________________________________________________________ Bibliotecário-Documentalista: Jean Pereira Corrêa – CRB2/1566

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CUSTO DE PRODUÇÃO DA PIMENTA-DO-REINO NA FAZENDA

MONTE CASTELO NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Administração da Universidade Federal

Rural da Amazônia, Campus de Tome-Açu, como

requisito parcial para obtenção do título de

Bacharelado em Administração.

TOMÉ-AÇU, 01 DE MARÇO DE 2018

Banca Examinadora

_________________________________________________

Profª. Wilnalia Souza Garcia

Universidade Federal Rural da Amazônia

Orientadora

_________________________________________________

Profª. Liliane Ferreira do Rosário

Universidade Federal Rural da Amazônia

Participante

_________________________________________________

Profª. Cristiane Fátima Rodrigues Costa

Universidade Federal Rural da Amazônia

Participante

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Dedico esse trabalho exclusivamente

Ao meu pai, José Ribeiro (in memoriam).

À minha mãe, Maria dos Santos.

A minha família de sangue (Nascimento de Sousa).

A minha segunda família (Almeida Barreto).

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AGRADECIMENTOS

À Deus por me dar fé, coragem e a determinação necessária na realização desse trabalho.

Aos meus pais José Ribeiro de Sousa (in memoriam) e Maria dos Santos Nascimento por sempre

acreditarem em mim, me dando amor, segurança e respeito.

A Joana Darc, por estar sempre me apoiando e me dando força.

A minha família de sangue (Nascimento de Sousa) pelo apoio.

A minha segunda família (Almeida Barreto) por estarem sempre me apoiando e pelo carinho e

respeito recebido de cada um.

À minha Orientadora Profª. Ms. Wilnália Souza Garcia e Coorientadora Profª. Ms. Ana Paula de

Andrade Sardinha da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), exemplos de

profissionalismo, competência e respeito, agradeço pela imprescindível contribuição, dedicação

e apoio, sempre disponíveis em todos os momentos, transmitindo conhecimentos valiosos.

À Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Campus de Tomé-Açu, especificamente ao

Programa de Graduação em Administração pelo incentivo na execução e conclusão desse

trabalho e por todo o apoio recebido pelos integrantes da coordenação.

Ao meu irmão José Candeira Nascimento de Sousa, que foi o produtor entrevistado, agradeço

pela grande receptividade e paciência em fornecer as informações cedidas, me dando todo o

apoio necessário para a realização desta pesquisa.

A todos meus colegas de curso, por estarem ao meu lado durante todo esse tempo,

compartilhando os momentos difíceis como também os de alegria e descontração.

Ao Coordenador de curso e professor Msc. Rodrigo Fraga Garvão pelo respeito profissional e

grande apoio recebido em todos os momentos do curso.

A todos os meus Ex-professores, que sempre acreditaram no meu potencial, em especial a Profª.

Maria de Lourdes Valdez Daniel.

Agradeço a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização desse trabalho.

Meus Sinceros Agradecimentos!

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Seja você quem for, seja qual for a posição social que

você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha

sempre como meta muita força, muita determinação e sempre

faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um

dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.

Ayrton Senna

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RESUMO

A presente pesquisa foi desenvolvido em uma propriedade particular, na Fazenda Monte Castelo,

localizada no Ramal Maçaranduba, Colônia do Ubim, Zona Rural no Município de Tomé-Açu,

interior do Estado do Pará com o objetivo de estimar os custos de produção da pimenta-do-reino

(Piper nigrum) com base nos insumos produtivos. O pimental foi implantado no ano de 2014 e a

espécie plantada na propriedade foi Tira Cota, nome popularmente conhecido. Conta com um

total de 1.000 plantas cultivada. Foram acompanhados os custos incorridos durante os meses de

janeiro de 2014 a dezembro de 2017, apurando o resultado financeiro da atividade, considerando

quatro safras. A pesquisa baseou-se em informações e dados quantitativos, no entanto, possui

também caráter qualitativo à medida que se utilizou dessas informações para analisar os

resultados obtidos na propriedade. Os resultados obtidos indicam que os custos de implantação e

condução de 1.000 plantas de pimenta-do-reino no período de quatro anos são em média

R$32.405,50, sendo que 31% são os custos incorridos no primeiro ano, 16% são os custos

incorridos no segundo ano, 26% são os custos incorridos no terceiro ano e 27% são os custos

incorridos no quarto ano. Rendendo um produção de 6.000 kg de pimenta-do-reino beneficiada

durante os três anos de produção, levando em consideração a produção do terceiro e quarto ano

correspondeu a uma faixa de 2,5 kg e 3,0 kg por planta. As receitas com a venda do produto

foram obtidas a partir do segundo ao quarto ano de vida do pimental, com uma produção de

6.000 kg de pimenta-do-reino beneficiada, totalizando uma receita bruta de R$92.000,00, menos

os custos incorridos de R$32.405,50, obteve uma receita liquida de R$59.594,50, garantindo, a

manutenção da agricultura e contribuindo com melhores condições econômicas e sociais ao

produtor.

Palavras-chave: Custos de Produção, Pimenta-do-Reino, Pimental, Receita.

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ABSTRACT

The present research was developed in a private property, in Monte Castelo Farm, located in the

Maçaranduba Branch, Ubim Colony, Rural Area in the Municipality of Tomé-Açu, in the State

of Pará, with the objective of estimating the production costs of the pepper- (Piper nigrum) based

on the productive inputs. The pimental was implanted in the year 2014 and the species planted in

the property was Tira Cota, popularly known name. Based on the productive inputs, with a total

of 1,000 plants cultivated. The costs incurred during the months of January 2014 to December

2017 were tracked, thus determining the financial result of the activity, considering four

harvests. The research was based on information and quantitative data, however, it also has

qualitative character as this information was used to analyze the results obtained in the property.

The results indicate that the implantation and conduction costs of 1,000 pepper plants in the four-

year period are on average R $ 32,405.50, 31% of which are costs incurred in the first year, 16%

are costs incurred in the second year, 26% are the costs incurred in the third year and 27% are

the costs incurred in the fourth year. Rendering a production of 6,000 kg of pepper harvested

during the three years of production, taking into account the production of the third and fourth

year corresponded to a range of 2.5 kg and 3.0 kg per plant. The proceeds from the sale of the

product were obtained from the second to the fourth year of life of pimental, with a production of

6,000 kg of pepper harvested, totaling a gross revenue of R $ 92,000.00, less costs incurred R $

32,405.50, obtained a net revenue of R $ 59,594.50, guaranteeing the maintenance of agriculture

and contributing to better economic and social conditions for the producer.

Key words: Production Costs, Pepper of the Kingdom, Pimental, Recipe.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Evolução da Produção de Pimenta-do-reino no Estado Pará (toneladas) .............. 20

Gráfico 2: Histórico de preços recebidos pelos produtores de pimenta-do-reino no PA ........ 25

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Evolução da área colhida e Produção de pimenta-do-reino no Brasil (2000 a 2017) ..... 18

Tabela 2: Volume de produção de pimenta-do-reino no Brasil em 2017 ........................................ 19

Tabela 3: Área plantada, colhida e produção de pimenta-do-reino no Pará em 2016 .................... 21

Tabela 4: Área plantada, colhida e produção de pimenta-do-reino no Pará em 2017 .................... 21

Tabela 5: Área plantada, colhida e produção de pimenta-do-reino em Tomé-Açu (2016) ............. 23

Tabela 6: Preços recebidos pelos produtores de pimenta-do-reino no Pará do 01/2014 a 12/2017 24

Tabela 7: Gasto total de implantação e formação de 1.000 plantas de pimenta-do-reino na Fazenda

Monte Castelo, Tomé-Açu/PA ......................................................................................................... 33

Tabela 8: Fluxo de caixa de 1.000 plantas de pimenta-do-reino ..................................................... 34

Tabela 9: Custo de produção de pimenta-do-reino, espaçamento 2,0m X 2,0m, 1.000 plantas, em

R$1,00 .............................................................................................................................................. 35

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CAMTA – Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu

CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento

DESER – Departamento de Estudos Sócio-Econômicos Rurais

IPC – Comunidade Internacional da Pimenta-do-reino

NAEA – Núcleo de Altos Estudos Amazônicos

SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

UFRA – Universidade Federal Rural da Amazônia

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 14

2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 15

2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 15

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 16

3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 16

4. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 17

4.1 A PRODUÇÃO DE PIMENTA-DO-REINO NO BRASIL ................................................... 17

4.2 A PRODUÇÃO DE PIMENTA-DO-REINO NA REGIÃO NORTE .................................... 19

4.3 A PRODUÇÃO DE PIMENTA-DO-REINO NO PARÁ ...................................................... 20

4.4 A PRODUÇÃO DE PIMENTA-DO-REINO EM TOMÉ-AÇU ........................................... 22

4.5 A PRODUÇÃO DE PIMENTA-DO-REINO NO MERCADO INTERNACIONAL ............. 23

4.6 MERCADO ......................................................................................................................... 24

4.7 ADMINISTRAÇÃO RURAL ................................................................................................ 25

4.8 A PRODUÇÃO DE PIMENTA-DO-REINO NA AGRICULTURA FAMILIAR ................... 27

4.9 CUSTOS .............................................................................................................................. 28

4.10 CUSTOS NA IMPLANTAÇÃO DE UM PIMENTAL ........................................................ 28

5. METODOLOGIA ............................................................................................................... 30

5.1 ÁREA DE ESTUDO ............................................................................................................ 30

5.2 LEVANTAMENTO DE DADOS .......................................................................................... 30

5.3 CUSTO DE PRODUÇÃO DA ATIVIDADE ....................................................................... 31

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 33

6.1 IMPLANTAÇÃO DO PIMENTAL ....................................................................................... 33

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 37

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 38

9. ANEXOS .............................................................................................................................. 43

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1. INTRODUÇÃO

O presente estudo foi desenvolvido em uma propriedade particular, na Fazenda

Monte Castelo, localizada no Ramal Maçaranduba, Colônia do Ubim, Zona Rural no Município

de Tomé-Açu, interior do Estado do Pará com o objetivo de estimar os custos de produção da

pimenta-do-reino (Piper nigrum) familiar, com base nos insumos produtivos.

O Município de Tomé-Açu está localizado na região nordeste do estado do Pará, a

220 quilômetros de Belém. Em 2015 o município produziu cerca de 2.560 toneladas de pimenta-

do-reino, ou seja, 7,9%, da produção total do Estado do Pará, já em 2016 a sua produção foi de

4.000 toneladas de pimenta-do-reino, o que vale a 11,16%, da produção total do Estado do Pará

(IBGE, 2017).

A pimenteira-do-reino é uma planta trepadeira, originária da Índia, e introduzida no

Brasil no século XVII, pelos japoneses. A pimenta-do-reino é usado como tempero de alimentos,

principalmente nos industrializados, como salame, salsicha, mortadela, presunto, e nas indústrias

farmacêutica e de cosméticos (SERRANO, 2014).

Segundo Duarte et al. (2016) em 1930, quando a pimenta-do-reino foi introduzida no

Brasil, tem sido o suporte econômico de pequenos, médios e grandes produtores da Região

Amazônica.

Segundo Duarte, (2004). A pimenteira-do-reino é uma planta trepadeira que cresce

aderida a tutores de madeira ou troncos de árvores e produz frutos do tipo baga em

inflorescências formadas nos ramos plagiotrópicos ou de produção. Em condições de cultivo

intensivo, a pleno sol e com adubação balanceada chega a produzir 3 a 4 toneladas de pimenta

seca por hectare.

Em 1929 começou o desenvolvimento econômico de Tomé-Açu, com a introdução da

pimenta-do-reino pelos imigrantes japoneses e criação da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-

Açu (CAMTA), criada a fim de assegurar formas de mercado e vender seus produtos para manter

sua sobrevivência (COUTO, 2013).

Em 1950, através da produção de pimenta-do-reino organizada pela CAMTA, o

município de Tomé-Açu, transformou-se no maior polo de produção nacional da cultura da

pimenta-do-reino, elevando o Brasil a ocupar a liderança mundial na exportação desta piperácea.

Esta especiaria, na época, foi denominada de “Diamante Negro”, por ter proporcionado na região

prosperidade e riqueza (KONAGANO, M. et al, 2016).

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Atualmente, de acordo com o IBGE, em 2016 o Estado do Pará produziu 35.845 mil

tonelada de pimenta-do-reino, o que corresponde a quase 65,86% da produção brasileira e em

seguida, o Espírito Santo que produziu 12.801 mil toneladas, o que corresponde por quase

23,52% da produção brasileira e o restante sendo distribuído em outros Estados do Brasil. Já em

2017 o Estado do Pará reduziu sua produção para 35.508 mil toneladas, o que corresponde a

45,14% da produção brasileira, enquanto o Espírito Santo aumentou sua produção para 37.574

mil toneladas, o que corresponde a quase 47,76% da produção brasileira e o restante sendo

distribuído em outros Estados do Brasil.

Segundo o IBGE, em 2016 a produção brasileira de pimenta-do-reino foi de 54.426

mil toneladas em 25.831 mil por ha, destacando-se como produtores os Estados do Pará, Espírito

Santo e Bahia, responsáveis por 65,86%, 23,52% e 9,03% da produção nacional,

respectivamente.

Segundo o IBGE, em 2017 a produção brasileira de pimenta-do-reino foi de 78.670

mil toneladas em 28.254 mil por ha, ou seja, representando um aumento de 44,54%, destacando-

se como produtores os Estados do Espírito Santo, Pará e Bahia, responsáveis por 47,76%,

45,14% e 5,16% da produção nacional, respectivamente.

Os dados apontam que na produção de pimenta-do-reino nos anos de 2016 para 2017

houve uma queda de 0,94% no estado do Pará e 17,41% o estado da Bahia e um aumento de

193,52% no estado do Espirito Santo.

O presente estudo objetiva calcular os custos de produção da pimenta-do-reino da

propriedade em estudo, a fim de contribuir também com informações a outros pipericultores

familiares da região interessados no tema, além de constituir-se no passo inicial para o

estabelecimento de rotinas de gestão na propriedade, indispensáveis ao contexto de variação de

preços recebidos pelo kg da pimenta-do-reino.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo do trabalho foi calcular os custos de produção da pimenta-do-reino com

base nos insumos produtivos, na Fazenda Monte Castelo, localizada no Ramal Maçaranduba,

Colônia do Ubim, Zona Rural no Município de Tomé-Açu, interior do Estado do Pará.

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2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Analisar os elementos (insumos) que compõem o custo de produção da pimenta-

do-reino na propriedade estudada.

b) Calcular os custo de produção da pimenta-do-reino da propriedade estudada.

c) Constituir o passo inicial para o estabelecimento de rotinas administrativas e gestão

na propriedade.

3. JUSTIFICATIVA

No mundo atual de inúmeros avanços tecnológicos é comum encontrar,

principalmente em pequenas propriedades rurais, produtores que utilizam o método do

caderninho para suas anotações e previsões e muitas vezes nem esse sistema é utilizado. Na

maioria dos casos existe uma resistência por parte do pequeno produtor no momento de implantar

um modelo de administração diferente do tradicional utilizado, além disso a maioria dos

produtores são resistentes a novas mudanças, informações e instruções assim de como funciona

uma administração planejada e organizada não aderindo as essas mudanças. Nesses casos o

produtor rural confere o desempenho financeiro de sua propriedade pelo surgimento de novas

instalações, maquinários, imóveis e bens materiais adquiridos ao longo de sua atividade

desenvolvida na propriedade, ou simplesmente pelo saldo de suas contas bancárias. Embora essa

realidade seja muito comum no município de Tomé-Açu, parece haver uma preocupação entre os

produtores com a sua formação profissional e também com a melhoria da qualificação da mão de

obra empregada em sua propriedade.

No contexto de uma administração eficiente e eficaz pode desempenhar um papel

muito importante como ferramenta gerencial, através da geração de informações que permitam o

planejamento, o controle e a tomada de decisão, transformando as propriedades rurais em

empresas com capacidade para acompanhar a evolução do setor, principalmente no que tange aos

objetivos e atribuições da administração financeira, controle dos custos, diversificação de culturas

e comparação de resultados, contribuindo com a evolução do produtor rural.

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 A produção de pimenta-do-reino no Brasil

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais da pimenta-do-reino, incluindo a

Índia, Vietnã, Indonésia e Malásia. A introdução da pimenta-do-reino no Brasil, ocorreu no

século XVII, no Estado da Bahia e em seguida foi levado para outros Estados do Brasil. Foi

estabelecida como cultivo, em 1933 no Estado do Pará, após a introdução da cultivar Cingapura,

pelos imigrantes japoneses (RAMOS, 2015).

A Comunidade Internacional da Pimenta-do-reino (IPC), criada em 1971, com sede

em Jacarta, Indonésia. O Brasil faz parte dessa comunidade junto com outros países produtores

de pimenta-do-reino, como a Índia, Indonésia, Malásia, Sri Lanka e Tailândia (DUARTE, 2004).

Em 1980, o Brasil chegou a atingir o nível de maior produtor mundial de pimenta-do-

reino, já em 1990, o país caiu de posição, com a queda do valor do produto e problemas com

doenças como a fusariose na plantação. Mesmo assim, continua como um dos maiores produtores

e exportadores mundiais de pimenta-do-reino. A partir de 2000, com o aumento de preço da

pimenta-do-reino, a produção voltou a subir (RAMOS, 2015).

A globalização da agricultura no mundo em que vivemos, nos últimos anos a

pimenta-do-reino tem ocupado lugar de destaque como a principal especiaria comercializada para

atender a indústria alimentícia, medicinal, perfumaria e cosmética (LEMOS, 2014).

A introdução da cultura da pimenteira-do-reino no Brasil, pelos portugueses no

século XVII, ficou restrita aos Estados localizados no litoral brasileiro. A cultivar introduzida

tinha folhas largas, de cor verde-escuro e produzia espigas curtas e falhadas. Algumas plantas

dessa cultivar ainda pode ser encontrados nos Estados do Ceará, Paraíba e Espírito Santo, onde

são conhecidos como pimenteira-da-terra. Suas características morfológicas são semelhantes às

das cultivares Balankotta ou Kaluvally (DUARTE, 2004).

A pimenteira-do-reino é um tipo de planta trepadeira que cresce apoiada em tutores

de madeira ou troncos de árvores, com suas raízes adventícias que surgem na região dos nós. Os

seus frutos são do tipo bagos em cachos formadas nos ramos da planta. Em condições de cultivo

em a pleno sol e com adubação estabilizada chega a produzir 3 a 4 toneladas de pimenta seca por

hectare (DUARTE, 2004).

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No Brasil a maior parte da produção de pimenta-do-reino é cultivada na Região

Norte, que detém a maior parte da produção nacional e se destaca como um dos principais países

produtor e exportador dentro do grupo dos países asiáticos, tais como Índia, Indonésia, Malásia,

Vietnã e Sri Lanka. A produção de pimenta-do-reino no Brasil em 2002, foi a terceira maior entre

os países produtores dessa piperácea, só perdendo para a Índia, que é o maior produtor e para a

Indonésia que é o segundo maior produtor (DUARTE, 2004; HOMMA, 1981; LEMOS, 2014).

Nos últimos anos, o consumo de pimenta-do-reino no mundo vem crescendo a uma

taxa média de 3% ao ano, sendo os principais fomentadores a Índia, China e o Oriente Médio.

(SERRANO, 2014).

Nos últimos anos, a produção mundial de pimenta-do-reino variou de 3 a 4 mil

toneladas anuais, se destacando como maior produtor o Vietnã, que é responsável por cerca de

35% da produção mundial (SERRANO, 2014).

Tabela 1 – Evolução da área colhida e Produção de pimenta-do-reino no Brasil

(2000 a 2017).

Anos Área Colhida

(Hectares)

Quantidade Produzida

(Toneladas)

2000 16.217 38.685

2001 20.739 50.140

2002 23.365 58.588

2003 25.628 67.197

2004 26.635 65.800

2005 31.832 79.102

2006 33.224 80.316

2007 32.857 77.770

2008 29.549 69.600

2009 27.415 65.398

2010 23.263 52.137

2011 21.089 44.610

2012 19.427 43.345

2013 18.472 42.312

2014 19.070 42.339

2015 22.105 51.739

2016 25.831 54.426

2017 28.254 78.670

Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal.

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Em 2016, o Brasil teve uma produção de 54.426 mil toneladas de pimenta-do-reino

em 25,831 mil ha, já em 2017, a sua produção de pimenta-do-reino foi de 78.670 mil toneladas

em 28.254 mil ha. Pode se afirmar que a produção de pimenta-do-reino nos dois últimos anos

teve um aumento de 44,54% (Tabela 1).

4.2 A produção de pimenta-do-reino na Região Norte

Por se tratar de um produto de exportação a pimenta-do-reino é considerada um

banco verde, ou seja, um produto que o agricultor usa para aumentar a renda familiar devido ao

alto preço alcançado no mercado doméstico e internacional. Na Região Norte, a cultura tem

importância econômica e social. (DUARTE, 2004).

Segundo Andrade et al, (2017) a região Norte é a maior produtora de pimenta-do-

reino no Brasil. Em 2012, ela foi responsável por 79,38% da produção nacional, destacando-se o

Estado do Pará como maior produtor e exportador. Neste estado, as microrregiões produtoras

mais importantes são Guamá, Tomé-Açu, Bragantina e Cametá, representando 70,96% da

quantidade total produzida.

Tabela 2 – Volume de produção de pimenta-do-reino no Brasil

em 2017.

Brasil e Grandes Regiões 2017

Brasil 78670 100 %

Sudeste 37633 47,84 %

Norte 35631 45,29 %

Nordeste 5394 6,86 %

Centro-Oeste 11 0,01 %

Sul 1 0,00 %

Fonte: IBGE - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola

Atualmente, a região Norte é a segunda maior produtora de pimenta-do-reino no

Brasil. Ela é responsável por 45,29% da produção nacional, destacando-se o Pará como maior

produtor e exportador. Neste estado, os municípios produtores que se destacam são Tomé-Açu,

Igarapé-Açu, Baião, Capitão Poço e Acará (IBGE, 2017).

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4.3 A produção de pimenta-do-reino no Pará

Segundo Lemos (2014), o estado do Pará era considerado o maior produtor dentre os

estados brasileiros, cuja produtividade e longevidade das plantas tinham sido reduzidas pelo

ataque de doenças, como a fusariose e viroses.

O crescimento da lavoura da pimenta-do-reino apresentou a grande possibilidade de

resposta dos agricultores paraenses aos sinais de mercado e preços oportunos. Nos anos de 1980 a

1983, o Brasil se tornou o maior produtor mundial de pimenta-do-reino. Nos anos de 1980 a 1982

e em 1984 o país conseguiu se tornar o maior exportador mundial de pimenta-do-reino, graças a

produção paraense, que teve grande influência nessa conquista. Em 1981, o Brasil conseguiu

exportar a quantidade máxima, com quase 47 mil toneladas e em 1991, o Brasil atingiu a maior

produção nacional de pimenta-do-reino, com mais de 83 mil toneladas (DUARTE, 2004).

No estado do Pará, a cultura da pimenteira-do-reino gira mais de 50 milhões de

dólares ao ano e emprega cerca de 70 mil a 80 mil pessoas, no período da safra (DUARTE,

2004).

A seguir (Gráfico 1), está demonstrando a evolução da produção de pimenta-do-reino

no Estado Pará em (toneladas) 2000 a 2017, segundo dados do IBGE.

Gráfico 1: Evolução da Produção de Pimenta-do-reino no Estado Pará (toneladas).

Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal.

0

10000

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30000

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80000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Qu

an

tid

ad

e (t

)

Anos

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O Gráfico 1, mostra a evolução da produção de pimenta-do-reino no Estado Pará no

período de 2000 a 2017. Pode se observar que até 2006, a produção no Pará só tinha amentado

atingindo o topo de 67.031 toneladas. A partir de 2007 a produção começou a cair, chegando em

2014 com uma produção de 29.706 toneladas. Já em 2017 a sua produção chegou a 35.508

toneladas.

A maior parte da produção nacional de pimenta-do-reino se concentra basicamente

nos Estados do Espirito Santo e no Pará. Em 2016, a área plantada no estado do Pará foi de

25.362 ha, correspondendo a 63,59% do total nacional; a área colhida foi de 16.668 ha

correspondendo a, 64,53% do total nacional; e a sua produção foi de 35.845 t, correspondendo a

65,86% do total produzido no país (IBGE, 2017).

Tabela 3 – Área plantada, colhida e produção de pimenta-do-reino no Pará em

2016.

Brasil Pará %

Área plantada (h) 39.882 25.362 63,59

Área colhida (h) 25.831 16.668 64,53

Produção (t) 54.426 35.845 65,86

Fonte: IBGE - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola

Já em 2017, a área plantada nesse estado foi de 24.014 ha, correspondendo a 59,11%

do total nacional; a área colhida foi de 16.219 há, correspondendo a 57,40% do total nacional

(IBGE, 2017).

Tabela 4 – Área plantada, colhida e produção de pimenta-do-reino no Pará em

2017.

Brasil Pará %

Área plantada (h) 40.624 24.014 59,11

Área colhida (h) 28.254 16.219 57,40

Produção (t) 78.670 35.508 45,14

Fonte: IBGE - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola

Conclui-se que 2017 a produção de pimenta-do-reino no Pará foi de 35.508 t,

correspondendo a 45,14% do total produzido no Brasil (Tabela 4).

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4.4 A produção de pimenta-do-reino em Tomé-Açu

Tomé-Açu é um município que está localizado na região nordeste do estado do Pará,

a 220 quilômetros de Belém. Em 2015 o município produziu cerca de 2.560 toneladas de

pimenta-do-reino, ou seja, 7,9%, da produção total do Estado do Pará, já em 2016 a sua produção

foi de 4.000 toneladas de pimenta-do-reino, o que vale a 11,16%, da produção total do Estado do

Pará (IBGE, 2017).

Segundo IBGE, em 2016, Os dez maiores Municípios produtores de pimenta-do-reino

do Estado do Pará, produziu 54,93% da produção total do estado do Pará.

No ano de 1929, começou o desenvolvimento de Tomé-Açu, com a introdução da

pimenta-do-reino pelos imigrantes japoneses no município, foi criada a Cooperativa Agrícola

Mista de Tomé-Açu, com o intuito de assegurar formas de mercado e vender seus produtos para

manter sua sobrevivência (COUTO, 2013).

Em 1950, o sucesso obtido pelos pipericultores de Tomé Açu, estimulou o plantio da

pimenta-do-reino em outros municípios do estado. Hoje a cultura é cultivada em mais de 80

municípios do Estado do Pará, que é responsável por 45% da produção do país. O Município de

Tomé-Açu, constitui o principal centro produtor de pimenta-do-reino do Pará, com 7,3% da

produção regional e uma área cultivada estimada em 2 mil hectares. A produtividade média no

Município é de 2 kg/planta (IBGE, 2017).

A maior parte da produção de pimenta-do-reino do estado do Pará se concentra

basicamente no Município de Tomé-Açu. Em 2015, a área plantada em Tomé-Açu, foi de 1.600

ha, correspondendo a 9,91% do total do estado; a área colhida foi de 1.600 ha correspondendo a,

10,07% do total do estado; e a sua produção foi de 2.560 t, correspondendo a 7,90% do total

produzido no Pará (IBGE, 2017).

Já em 2016, a área plantada em Tomé-Açu foi de 2.000 ha, correspondendo a 11,94%

do total do estado; a área colhida foi de 2.000 há, correspondendo a 12% do total do estado do

Pará (IBGE, 2017).

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Tabela 5 – Área plantada, colhida e produção de pimenta-do-reino em Tomé-Açu

(2016).

Pará Tomé-Açu %

Área plantada (h) 16.753 2.000 11,94

Área colhida (h) 16.668 2.000 12,00

Produção (t) 35.845 4.000 11,16

Fonte: IBGE - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola

Conclui-se que 2017 a produção de pimenta-do-reino em Tomé-Açu foi de 4.000 t,

correspondendo a 11,16% do total produzido no Pará (Tabela 5).

4.5 A produção de pimenta-do-reino no mercado internacional

Desde de 1980 o Brasil, faz parte do IPC, pois é um dos maiores produtores mundiais

de pimenta-do-reino, mais sua participação não tem sido devidamente aproveitada no IPC.

Somente o Vietnã apresenta capacidade de exportar 30 a 35 mil toneladas de pimenta-do-reino,

com baixo custo de mão-de-obra (DUARTE, 2004).

Durante a década de 1990, o Vietnã apresentou tendência crescente nas exportações

de pimenta-do-reino, foi quando o país se transformou no maior exportador de pimenta-do-reino

preta tipo ASTA. A produção destinada para consumo doméstico é estimada em 2.000 toneladas

por ano (DUARTE, 2004).

Nos anos 2000 e 2001, o preço internacional da pimenta-do-reino sofreu queda no

mercado, tornando mais difícil a sua produção. A queda no preço da pimenta-do-reino no

mercado e o crescente aumento dos custos de produção, fizeram com que os produtores

diminuíssem as despesas na aquisição de insumos, tais como: adubos, defensivos, reduzindo a

quantidade total utilizada ou substituindo os itens mais onerosos e como consequência a produção

local reduz e a oferta tende a forçar o aumento dos preços (DUARTE, 2004).

A produção brasileira de pimenta-do-reino é um produto competitivo no mercado

internacional, devido está relacionada à qualidade da pimenta-do-reino produzida, livres de

contaminantes físicos, químicos e biológicos, e aos custos de produção compatíveis para que

tenha viabilidade econômica (LEMOS, 2014).

Em 2001, cerca de 73% da produção brasileira de pimenta-do-reino foi exportada

para outros países, nas formas de pimenta preta, pimenta branca e pimenta verde ou em salmoura.

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Um outro tipo, a pimenta vermelha, que está começando a ser comercializada. O tipo da pimenta

depende do estágio de maturação e do processamento (DUARTE, 2004).

De acordo com Duarte (2004)

Os maiores importadores da produção de pimenta-do-reino brasileira são os Estados

Unidos, Holanda, Argentina, Alemanha, Espanha, México e França. Enquanto a Índia,

maior produtor mundial de pimenta-do-reino consome 50% do total produzido, o Brasil

consome apenas 10% na forma de grãos inteiros, grãos moídos, em misturas com outros

condimentos. Por muitos anos o consumo doméstico não ultrapassou 5%, no entanto a

recuperação da economia brasileira melhorou as condições econômicas da população o

que estimulou o aumento do consumo, principalmente na forma de embutidos.

No Brasil a pimenta é vendida sem qualquer classificação e a comercialização é feita

com ou sem intermediação de atravessadores e a exportação é feita pelas cooperativas e

associações através do Banco do Brasil (DUARTE, 2004).

4.7 Mercado

O preço da pimenta-do-reino é um parâmetro de cultura para estimular e desestimular

os produtores continuar com a produção. Em janeiro de 2014 o valor pago ao produtor, era R$

14,42/kg. O preço continuou subindo, chegando a R$ 28,90/kg em outubro de 2015. A partir de

novembro de 2015, o preço começou a cair, chegando a R$ 13,69/kg em abril de 2017 (CONAB,

2017).

Tabela 6 - Preços recebidos pelos produtores de pimenta-do-reino no Pará (01/2014 a 12/2017).

ANO MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA MEDIANA DESVIO PADRÃO VARIANÇA

2014 14,42 R$ 18,55 R$ 16,53 R$ 16,11 1,31 1,72

2015 19,1 R$ 28,90 R$ 25,34 R$ 26,25 2,99 8,96

2016 16,78 R$ 27,19 R$ 23,61 R$ 25,64 3,92 15,36

2017 7,89 R$ 16,78 R$ 11,44 R$ 10,43 3,19 10,17

Fonte: CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento

A Tabela 6, está demonstrando a mínima, a máxima, a média, a mediana, o desvio

padrão e a variância, em relação a série histórica de preços recebidos pelos produtores paraenses

de janeiro de 2014 a dezembro de 2017, segundo dados da CONAB 2017.

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Gráfico 2: Histórico de preços recebidos pelos produtores de pimenta-do-reino no PA

Fonte: CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento

O Gráfico 2, mostra o histórico de preço da pimenta-do-reino, recebido pelo

produtores paraenses no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2017. Pode se observar que

em outubro de 2015, o preço chegou a R$28,90. Até o mês de agosto de 2016 o preço estava em

alta. A partir do mês de setembro de 2016 o preço começou a despencar, chegando em dezembro

de 2017 com o valor de R$7,93.

4.8 Administração Rural

O importante papel do administrador rural, é planejar, controlar, decidir e avaliar os

resultados, buscando maximizar o lucro das atividades desenvolvidas, seja ele pequeno, médio ou

grande produtor. O administrador rural é responsável por decidir o que produzir, quando e como

produzir, assim como controlar e avaliar o andamento das atividades. Para que sua gestão sejam

eficaz, o administrador deve ter conhecimentos em relação em relação aos custos gerados na

produção e comercialização de seus produtos, para que suas decisões sobre os fatores que

influenciam os resultados econômicos da propriedade rural (SANTOS, 2017).

0

5

10

15

20

25

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35ja

n/1

4

mar

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5

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mar

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mar

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mai

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jul/

17

set/

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7

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lore

s R

$/k

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Meses/Anos

Título do Gráfico

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É muito importante que o agricultor, seja ele pequeno, médio ou grande produtor, que

conheça o seu próprio negócio, além da sua capacitação como empresário rural, pois além de

proporcionar conhecimento do assunto, auxilia a ter uma boa gestão financeira, administrar e

controlar os custos gerados na sua produção e comercialização de serviços ou produtos e também

na legislações trabalhistas, ambiental, sanitária e outras (SENAR, 2009).

Para Crepaldi (2012), a Administração Rural é, um conjunto de atividades que facilita

aos produtores rurais a uma tomada de decisão eficaz em sua propriedade, com o intuito de obter

o melhor resultado econômico possível e mantendo a produtividade da terra.

Uma administração rural eficaz, onde os produtores podem administrar suas

propriedades estabelecendo metas e um planejamento, que auxilia o Administrador Rural no

controle e tomada de decisão, é possível obter resultados como rendimentos adicionais, diluição

de custos e economizar insumos (CREPALDI, 2012).

A Administração Rural tem um papel fundamental, por desempenhar um conjunto de

atividades que facilita aos produtores rurais a tomada de decisões, com a finalidade de obter o

melhor resultado econômico possível, mantendo a produtividade da terra e contribuindo para seu

o desenvolvimento (SPAGNOL; PFÜLLER, 2010).

A Administração Rural como processo de gestão deve estar nas mãos dos próprios

produtores, para que possa proporcionar ao produtor a possibilidade de minimizar os riscos em

suas atividades através do planejamento e do controle de investimentos e de custos de produção e

contribuindo no planejamento, tomada de decisões, controle de custos, construção de metas e

administração do processo produtivo até a distribuição e comercialização dos seus produtos

(SPAGNOL; PFÜLLER, 2010).

Cada vez mais, as empresas rurais buscam aumentar a sua competitividade, seja pela

redução de custos, pela melhoria do produto, agregando mais valor ao produto e se diferenciando

da concorrência ou se especializando em algum segmento ou nicho de mercado (CUNHA, 2011).

Administração Rural pode desempenhar um papel muito importante na agricultura

familiar, como ferramenta gerencial pode transformar as propriedades rurais em empresas, e com

isso a acompanhar a evolução do setor, principalmente no que tange aos objetivos e atribuições

de avaliação financeira, controle de curtos, avaliação e comparação de resultados, através de

informações que permitam o planejamento, o controle e a tomada de decisão (SPAGNOL;

PFÜLLER, 2010).

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4.9 A produção de pimenta-do-reino na Agricultura Familiar

A Agricultura Familiar consiste em uma forma de organização social, cultural,

econômica e ambiental, na qual são trabalhadas atividades agropecuárias e não agropecuárias de

base familiar, desenvolvidas em estabelecimento rural ou em áreas comunitárias próximas,

gerenciadas por uma família com predominância de mão de obra familiar e que apresenta papel

relevante para o desenvolvimento do País (BANCO DA AMAZÔNIA, 2017).

A agricultura familiar tem como objetivo garantia de renda, emprego e segurança

alimentar, nas pequenas e médias famílias. A colheita dos produtos serve de alimentos para eles e

ainda, para o consumo de parte da população (ROSSETTI, 2014)

A agricultura familiar brasileira é um tipo de agricultura desenvolvida em pequenas

propriedades rurais e extremamente diversificada. Inclui tanto famílias que vivem e exploram

minifúndios em condições de extrema pobreza como produtores inseridos no moderno

agronegócio (BUAINAIN, 2006).

Na agricultura familiar, a gestão da propriedade é compartilhada pela família e a

atividade produtiva agropecuária é a principal fonte geradora de renda (BUAINAIN, 2006).

Na agricultura familiar a pimenta-do-reino geralmente é plantada em sistema de

monocultivo, por se tratar de uma espécie trepadeira são usados tutores de madeira para conduzir

a planta. A pimenteira produção inicia a partir do segundo ano de idade, o período de safra no

Brasil acontece nos meses de setembro a novembro (OLIVEIRA, 2008).

Em 2001 e 2002 pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade

Federal do Pará Estudos sobre sistema de produção e manejo dos recursos naturais da agricultura

familiar no nordeste paraense, verificou a existência de quatro tipos de sistemas de produção

praticados pelos agricultores no município: Culturas temporárias; Culturas temporárias e

permanentes; Culturas temporárias, permanentes e pecuária e Apenas cultura permanente

(OLIVEIRA, 2008).

Segundo Oliveira (2008), a cultura da pimenta-do-reino no Estado do Pará é

essencialmente uma atividade desenvolvida pela agricultura familiar. Consequentemente, em

relação à cultura, tanto a manutenção da cadeia produtiva e da posição que o Brasil ocupa no

cenário mundial depende diretamente do desempenho da agricultura familiar.

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4.9 Custos

Para Bornia (2002), custos é o valor econômico utilizados efetivamente na aquisição

de insumos; como materiais, trabalho humano, energia elétrica, combustíveis, máquinas e

equipamentos, entre outros, utilizados na fabricação de um produto ou a prestação de um serviço.

Custo é a parte do gasto na aquisição de insumos, utilizado na produção,

independente se foi desembolsado ou não. É o somatório de todos os gastos, que agregaram valor

ao bem desde sua aquisição até a sua comercialização (DUTRA, 2003).

Para o produtor rural, o controle dos custos de produção serve como elemento

auxiliar na sua tomada de decisão, como administrador rural, na hora de escolha das culturas ou

criações a serem implantadas, das práticas agrícolas a serem utilizadas, das novas tecnologias a

serem adotadas, direcionando e auxiliando-o na sua atividade (SPAGNOL; PFÜLLER, 2010).

O custo de produção agrícola é uma excelente ferramenta no controle e

gerenciamento das atividades produtivas e na geração de informações para auxiliar as tomadas de

decisões pelos produtores rurais. Os resultados dos custos de produção estão diretamente

relacionados com os sistemas de cultivo adotado pelo produtor rural. Para que o produtor rural

possa administrar com eficiência e eficácia a sua propriedade, é fundamental, o domínio da

tecnologia e do conhecimento dos resultados dos gastos com os insumos e serviços em cada fase

produtiva da lavoura (CONAB, 2010).

4.10 Custos na Implantação de um pimental

Os custos de implantação de um pimental varia de acordo com as operações usadas

no preparo da área e do local onde vai ser implantado. Depois dos tutores, a muda é o segundo

item mais caro do sistema de produção (DUARTE, 2004).

O custo constituída na implantação de um pimental é considerado um dos maiores

custos dessa cadeia produtiva, já que, as plantas necessitam de tutores (Estaca) de

aproximadamente 2 a 3 m de comprimento, a aquisição dos mesmos aumenta muito o custo

inicial. Dessa forma, os agricultores que trabalham com essa cultura, buscam várias alternativas

para diminuir esses custos de implantação (SERRANO, 2014).

No Brasil, os custos de implantação de um pimental em sistema intensivo, são mais

altos quando comparados aos demais países produtores. Os itens de valor mais elevado no

estabelecimento de pimentais são os tutores e a muda. Quanto mais longe da fonte de produção

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mais alto será os custos de tutores, pois além do custo da madeira-de-lei e da mão de obra, está

também inserido, o custo do transporte (DUARTE, 2004).

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30

5. METODOLOGIA

5.1 Área de estudo

Esta pesquisa foi desenvolvido em uma propriedade particular, na Fazenda Monte

Castelo, localizada no Ramal Maçaranduba, Colônia do Ubim, Zona Rural no Município de

Tomé-Açu, interior do Estado do Pará.

A propriedade possui uma área total de 20,0 ha, tendo como atividade principal a

produção de pimenta-do-reino. O pimental estudado foi implantado em janeiro de 2014, sendo

composto de 1.000 plantas de pimenteiras, cultivar Tira Cota, com espaçamento de 2,0m x 2,0m.

Ao longo dos 20 anos de cultivo da cultura, o proprietário obteve seus recursos por

meio da renda gerada pela produção da pimenta-do-reino entre outras culturas como a mandioca,

açaí, cupuaçu, cacau, arroz e o feijão. O sistema de produção da pimenta-do-reino cultivada na

propriedade estudada é de agricultura familiar tradicional.

A definição pelo tema abordado na pesquisa se deu devido ao interesse pela aplicação

da administração à área rural tendo em vista sua forte contribuição à economia regional e, ainda,

por sugestão do proprietário que encontrava dificuldades quanto à gestão da sua propriedade.

5.2 Levantamento de dados

O estudo baseou-se em informações e dados quantitativos, no entanto, foi feito a

aplicação de um questionário composto por 35 questões. Também possui caráter qualitativo, à

medida que foi feito uma entrevista com o proprietário e também quando se utilizou das

informações extraídas do questionário para analisar os resultados obtidos na propriedade

estudada.

Inicialmente foi realizada visita à propriedade, observação à rotina diária de produção

e acompanhamento das tarefas administrativas. Desta forma, propôs-se o acompanhamento dos

gastos incorridos durante o processo produtivo de um pimental implantado em janeiro de 2014,

para apuração dos custos de produção da pimenta-do-reino, já que esta é a principal atividade

realizada na propriedade e não existiam informações exatas com relação ao custo da produção.

Considerou-se na pesquisa os custos de incorridos na implantação, nos tratos

culturais, aquisição de insumos, colheita e beneficiamento de 1.000 plantas de pimenta-do-reino,

para fins de levantamento de custos de produção, o período entre 1 de janeiro de 2014 e 31 de

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dezembro 2017. Os dados referentes aos custos e despesas foram coletados, com base na

aplicação do questionário, anotações pessoais e informações verbais fornecidas pelo proprietário,

além de notas fiscais e recibos de compra dos produtos. Os gastos com implantação foram

resultado do somatório dos custos com o preparo da área e a condução da lavoura do primeiro ao

quarto ano após o plantio.

Considerando os custos de produção da pimenta-do-reino, na propriedade escolhida,

estabeleceu uma vida útil de 4 anos para a lavoura, contados a partir do primeiro ano de vida.

5.3 Custo de Produção da Atividade

O custo de produção foi calculado com o auxílio de uma planilha da Microsoft Excel

2010, obedecendo a seguinte estrutura:

Preparo da área: representam os valores gastos com, roçagem/derrubada, queimada,

encoivaramento, balizamento/epiquetamento e fixação de tutor (estaca).

Plantio e replantio: representam os valores gastos com, plantio e replantio de mudas.

Tratos culturais: representam os valores gastos com, adubação orgânica, adubação

química (N.P.K.), amarrío das plantas nos tutores, roçagem de roçadeira, capina, coroamento e

aplicação de herbicida.

Aquisição de insumos: representam os valores gastos com, barbante, tutores (estacas),

mudas, torta de mamona, farinha de osso, esterco de galinha, N.P.K. (18.18.18) e (10.28.20),

herbicida, sacaria, pulverizador costal e lona plástica.

Colheita: representam os valores gastos com, a colheita do frutos no pimental.

Beneficiamento: representam os valores gastos com, debulhamento e secagem do

produto.

Mão-de-obra familiar: representam os valores gastos com um valor de 50% a mais do

valor da diária normal (valor pago ao diarista).

Para o período de formação do pimental não se realizou o cálculo de custo fixo e

variável, uma vez que a formação da lavoura é considerada um investimento e será remunerada

anualmente ao longo de sua vida útil. O valor unitário para custo de implantação foi obtido por

planta da pimenteira; dividindo-se o total por 1.000, que representa o número de plantas de

pimenteira na propriedade. Já o valor de custo unitário de produção e o preço de venda foram

obtidos por kg de pimenta-do-reino.

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A propriedade atingiu nos anos agrícola 2014 a 2017 uma produtividade média de

2.000 Kg de pimenta-do-reino. A produção pimenta-do-reino, proporcionou um faturamento de

R$ 59.594,50, considerando que o kg da pimenta-do-reino teve um preço médio de R$ 18,88.

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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.1 Implantação do Pimental

Uma vez que a pimenteira é uma cultura perene, faz-se necessário realizar o

levantamento dos custos e despesas com a implantação da cultura, para que se possa realizar a

depreciação ao longo da vida produtiva do pimental. Como o pimental foi implantado em janeiro

de 2014, os gastos referentes ao preparo da área e condução nos 4 anos seguintes, ou seja até

dezembro de 2017, foram computados como custo total de formação da lavoura. No segundo,

terceiro e quarto ano de vida do pimental, ocorreu uma produção de 6.000 kg de pimenta-do-

reino beneficiada, totalizando uma receita de R$ 92.000,00.

Tabela 7. Gasto total de implantação e formação de 1.000 plantas de pimenta-do-reino na Fazenda

Monte Castelo, Tomé-Açu/PA.

Especificações Valor Total Valor Unitário Receita

(R$) (R$) planta (%)

1. RENDA BRUTA 100

Produção de pimenta (2° ano) R$ 14.000,00 R$ 14,00 15,22

Produção de pimenta (3° ano) R$ 52.500,00 R$ 52,50 57,07

Produção de pimenta (4° ano) R$ 25.500,00 R$ 25,50 27,72

Total R$ 92.000,00 R$ 92,00

2. CUSTO DE IMPLANTAÇÃO

Preparo da terra e condução 1° ano R$ 9.944,00 R$ 9,94 30,69

Condução 2° ano R$ 5.342,00 R$ 5,34 16,48

Condução 3° ano R$ 8.279,00 R$ 8,28 25,55

Condução 4° ano R$ 8.840,50 R$ 8,84 27,28

Total R$ 32.405,50 R$ 32,41 100

3. RENDA LÍQUIDA R$ 59.594,50 R$ 59,59

Fonte: Histórico do levantamento de dados realizada na propriedade em estudo.

O custo final de implantação está apresentado na tabela 7. Para isso, foram

considerados apenas os valores de cada modalidade de custo, para cada ano de formação, que

foram agrupados no tópico custo de implantação.

O custo de implantação do pimental foi de R$9.944,00, ou seja, R$9,94 por planta.

Esses dados são semelhantes ao obtidos por Serrano (2014), que para implantar 1.600 plantas de

pimenta-do-reino no sistema intensivo, no Estado do Espírito Santo, os custo gira em torno de

R$15.000,00 a R$25.000,00. Comparados com os dados obtidos por Duarte, (2004) em uma

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pesquisa realizado na Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu, os custos de implantação de um

pimental com 1.600 plantas de pimenta-do-reino, foi de R$11.078,19, ou seja, R$6,92 por planta.

Esses dados foram discrepantes, isso pode ser pelo motivo de que os insumos e a mão de obra

eram barata e a grande oferta de tutores que tinha disponível na região naquela época.

O orçamento unitário da atividade apresentou custos totais de R$ 32.405,50 relativos

às atividades de implantação e manutenção. A receita bruta proporcionada pela venda do produto

alcançou o montante de R$ 92.000,00. O fluxo de caixa apresentou um benefício líquido não

atualizado de R$ 59.594,50 (Tabela 8).

Tabela 8: Fluxo de caixa de 1.000 plantas de pimenta-do-reino.

Componentes Anos

Totais 2014 2015 2016 2017

A - Preparo de área 1.455,00 1.455,00

B - Plantio/Replantio 70,00 40,00 110,00

C - Tratos Culturais 925,00 1.140,00 1.020,00 1.105,00 4.190,00

D - Aquisições 6.017,00 2.227,00 2.644,00 2.558,00 13.446,00

E - Colheita 350,00 1.200,00 1.800,00 3.350,00

F - Beneficiamento 80,00 270,00 270,00 620,00

Subtotal 8.467,00 3.837,00 5.134,00 5.733,00 23.171,00

Outros Custos 700,00 800,00 900,00 900,00 3.300,00

1 - Custos Totais 9.944,00 5.342,00 8.279,00 8.840,50 32.405,50

2 - Receita Bruta

14.000,00 52.500,00 25.500,00 92.000,00

3 - Resultado Líquido -9.944,00 8.658,00 44.221,00 16.659,50 59.594,50

Fonte: Histórico do levantamento de dados realizada na propriedade em estudo.

Pelos dados da Tabela 8, no segundo ano de cultivo já se tem a primeira colheita, mas

não o suficiente para cobrir os custos. A partir do terceiro ano, é que a atividade começou a dar

lucro e daí em diante proporcionou retorno econômico ao produtor. A produção do terceiro e

quarto ano correspondeu a uma faixa de 2,5 kg e 3,0 kg por planta. Esses resultados são

semelhantes aos obtidos por Duarte (2003), em uma pesquisa realizado na Cooperativa Agrícola

Mista de Tomé-Açu.

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Tabela 9: Custo de produção de pimenta-do-reino, espaçamento 2,0m X 2,0m, 1.000 plantas, em R$1,00.

Discriminação Unid 2014 2015 2016 2017

V. Unit Quant. V. Total % V. Unit Quant V. Total % V. Unit Quant V. Total % V. Unit Quant V. Total %

1 - Preparo da Área

1315,00 13,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Roçagem/Derrubada d/h 35,00 5 175,00 40,00 0,00 45,00 0,00 45,00 0,00

Queimada d/h 35,00 1 35,00 40,00 0,00 45,00 0,00 45,00 0,00

Encoivaramento d/h 35,00 1 35,00 40,00 0,00 45,00 0,00 45,00 0,00

Balizamento e epiquetamento d/h 35,00 2 70,00 40,00 0,00 45,00 0,00 45,00 0,00

Fixação de tutor (Estaca) Unid 1,00 1000 1000,00 1,00 0,00 1,00 0,00 1,00 0,00

2 - Plantio e Replantio d/h 35,00 3 105,00 1,06 40,00 1 40,00 0,75 45,00 0,00 0,00 45,00 0,00 0,00

3 - Tratos culturais

980,00 9,86 1280,00 23,96 690,00 8,33 840,00 9,50

Adubação Orgânica d/h 35,00 3 105,00 40,00 5 200,00 45,00 5 225,00 45,00 5 225,00

Adubação Quimica (N.P.K.) d/h 35,00 2 70,00 40,00 2 80,00 45,00 2 90,00 45,00 2 90,00

Amarrio d/h 35,00 3 105,00 40,00 5 200,00 45,00 0,00 45,00 0,00

Roçagem/Roçadeira Unid 0,05 0 0,00 0,06 3000 180,00 0,06 3000 180,00 0,07 4000 280,00

Capina Unid 0,20 3000 600,00 0,25 2000 500,00 0,30 0,00 0,35 0,00

Coroamento Unid 0,10 1000 100,00 0,12 1000 120,00 0,15 1000 150,00 0,20 1000 200,00

Aplicação de Herbicída d/h 35,00

0,00 40,00 0 0,00 45,00 1 45,00 45,00 1 45,00

4 - Aq. de Insumos

6844,00 68,83 2577,00 48,24 3284,00 39,67 2960,50 33,49

Barbante rolo 27,00 2 54,00 30,00 2 60,00 32,00 1 32,00 35,00 1 35,00

Tutor (Estacas) Unid 3,00 1000 3000,00 3,00 0,00 4,00 0,00 5,00 0,00

Mudas Unid 2,00 1500 3000,00 2,00 200 400,00 2,50 0,00 3,00 0,00

Torta de Mamona Kg 1,00 500 500,00 1,10 0,00 1,20 500 600,00 1,30 0,00

Farinha de Osso Kg 0,90

0,00 1,00 1000 1000,00 1,10 1000 1100,00 1,20 1000 1200,00

Esterco de Galinha Kg 0,20 1000 200,00 0,23 2000 460,00 0,25 2000 500,00 0,27 2000 540,00

N.P.K. (18.18.18) Kg 1,80 50 90,00 1,90 100 190,00 2,10 0,00 2,25 0,00

N.P.K. (10.28.20) Kg 1,80

0,00 1,90 50 95,00 2,10 150 315,00 2,25 150 337,50

Herbicída Lts 19,00

0,00 22,00 0,00 25,00 1 25,00 27,00 1 27,00

Sacaria Unid 1,00

0,00 1,10 20 22,00 1,20 60 72,00 1,35 60 81,00

Pulverizador Costal Unid 220,00

0,00 250,00 0 0,00 280,00 1 280,00 310,00 0,00

Lona Plástica Unid 335,00

0,00 350,00 1 350,00 360,00 1 360,00 370,00 2 740,00

5 - Colheita Kg 0,30

0,00 0,00 0,35 1500 525,00 9,83 0,40 7500 3000,00 36,24 0,40 9000 3600,00 40,72

6 - Beneficiamento d/h 35,00

0,00 0,00 40,00 3 120,00 2,25 45,00 9 405,00 4,89 45,00 12 540,00 6,11

6 - Sub-Total

9244,00 4542,00 7379,00 7940,50

7- Outros Custos

700,00 7,04 800,00 14,98 900,00 10,87 900,00 10,18

Mão-de-obra familiar d/h 70,00 10 700,00 80,00 10 800,00 90,00 10 900,00 90,00 10 900,00

8 - Total

9944,00 100 5342,00 100 8279,00 100 8840,50 100

9 - Produção/Receita Kg 18,00

0,00 28,00 500 14000,00 21,00 2500 52500,00 8,50 3000 25500,00

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Pode-se observar, que no primeiro ano o custo foi maior em relação aos outros anos,

por haver necessidade do preparo de área, com utilização de atividades manuais, e da aquisição

de insumos, como tutores (estacas) e mudas. A mão-de-obra apresenta custo de 31,17% no

primeiro ano, passando para 51,76% no segundo ano, 60,33% no terceiro ano e 66,51% no quarto

ano. Aquisição de insumos representou 68,83% dos custos do primeiro ano, caindo para 48,24%

no segundo ano, 39,67% no terceiro ano e 33,49% no quarto ano. Isso se deve ao fato de que as

estacas, mudas e lona plástica, são comprados apenas uma vez no decorrer do cultivo. Esses

resultados são semelhantes aos obtidos dos por Duarte (2003), em uma pesquisa realizado na

Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu.

As receitas com a venda do produto foram obtidas a partir do segundo ano de vida do

pimental, com uma produção de 500 kg de pimenta-do-reino beneficiada e comercializada a

R$28,00/kg, totalizando uma receita de R$ 14.000,00. Já no terceiro ano de vida do pimental,

ocorreu uma produção de 2.500 kg de pimenta-do-reino beneficiada e comercializada a

R$21,00/kg, totalizando uma receita de R$ 52.500,00. E posteriormente no quarto ano de vida do

pimental, ocorreu uma produção de 3.000 kg de pimenta-do-reino beneficiada e comercializada a

R$8,50/kg, totalizando uma receita de R$ 25.500,00.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O custo de produção das atividades agrícolas é um importante instrumento de

planejamento e gestão de uma propriedade rural, permitindo mensurar o sucesso do produtor, ou

da empresa rural em seu esforço econômico. A condição ideal para qualquer processo produtivo é

aquela em que dado o preço de mercado, esse permita cobrir os custos de produção,

comercialização e obter um resultado positivo. A análise destes custos permitiu calcular

indicadores como a rentabilidade da atividade, estimando não apenas as margens obtidas, como

também o ponto de equilíbrio, em que a renda obtida remunerou os custos da atividade.

Com a implantação do pimental em janeiro de 2014, os gastos referentes ao preparo

da área e condução nos 4 anos seguintes, ou seja até dezembro de 2017, foram computados como

custo total de formação da lavoura. O custo de implantação do pimental com 1.000 plantas foi de

R$9.944,00, chegando a custar um valor de R$9,94 por planta. Os custos totais em relação a

implantação e manutenção durante os quatro anos chegou R$ 32.405,50. No segundo, terceiro e

quarto ano de vida do pimental, ocorreu uma produção de 6.000 kg de pimenta-do-reino

beneficiada, totalizando uma receita de R$ 92.000,00. O fluxo de caixa apresentou um benefício

líquido de R$ 59.594,50.

Por fim, pode se dizer que o resultado econômico foi satisfatório para o produtor, pois

ele não tinha o conhecimento de quanto a pimenta-do-reino rendia exatamente. Também foi

levado em consideração que um investimento no pós colheita, contribui para uma alta produção

do próximo ano. Foi feito a sugestão de quanto maior a capacitação dos colaboradores envolvidos

na etapa de produção até o beneficiamento, contribui com a melhoria da qualidade da pimenta-

do-reino produzida, que resultaria num melhor produto.

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IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola: pesquisa das safras agrícolas de

pimenta do reino no ano civil. Rio de Janeiro, 2007

IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola: pesquisa das safras agrícolas de

pimenta do reino no ano civil. Rio de Janeiro, 2008

IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola: pesquisa das safras agrícolas de

pimenta do reino no ano civil. Rio de Janeiro, 2009

IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola: pesquisa das safras agrícolas de

pimenta do reino no ano civil. Rio de Janeiro, 2010

IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola: pesquisa das safras agrícolas de

pimenta do reino no ano civil. Rio de Janeiro, 2011

IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola: pesquisa das safras agrícolas de

pimenta do reino no ano civil. Rio de Janeiro, 2012

IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola: pesquisa das safras agrícolas de

pimenta do reino no ano civil. Rio de Janeiro, 2013

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IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola: pesquisa das safras agrícolas de

pimenta do reino no ano civil. Rio de Janeiro, 2014

IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola: pesquisa das safras agrícolas de

pimenta do reino no ano civil. Rio de Janeiro, 2015

IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola: pesquisa das safras agrícolas de

pimenta do reino no ano civil. Rio de Janeiro, 2016.

IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola: pesquisa das safras agrícolas de

pimenta do reino no ano civil. Rio de Janeiro, 2017.

IBGE. Produção Agrícola Municipal. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/tabela/5457>.

Acesso em: 05/12/2017.

IBGE. Sistema IBGE de Recuperação Automática - SIDRA. Disponível em:

<https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1618>. Acesso em: 05/12/2017.

KONAGANO, M. et al. Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu, Pará – SAFTA. In: X Congresso

Brasileiro de Sistemas Agroflorestais, 4, 2016. Anais... Cuiabá: SBSAF, 2016. Disponível em

<http://www.tmeventos.com.br/agrof2016/pdfs/Resumo_palestra_mesa_redonda2_Michinori_Ko

nagano.pdf>. Acesso em 11 de dezembro de 2017.

LEMOS, O. F. et al. Boas práticas agrícolas para aumento da produtividade e qualidade da

pimenta-do-reino no Estado do Pará. Brasília, DF: Embrapa Amazônia Oriental, 2014, 1 ed. 52

p.

OLIVEIRA, M. A. et al. DESER – Departamento de Estudos Sócio-Econômicos Rurais.

Curitiba, PR, 2008, 24 p.

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PENA, R. F. A. "PIB dos estados brasileiros"; Brasil Escola. Disponível em

<http://brasilescola.uol.com.br/brasil/pib-dos-estados-brasileiros.htm>. Acesso em 20 de

dezembro de 2017.

RAMOS, A. L. R. CONAB: Conjuntura pimenta-do-reino no Espírito Santo. Espirito Santo:

CONAB: Companhia Nacional de Abastecimento, 2015, 7 p.

ROSSETTI, J. C. Agricultura Familiar. Rev. Casa da Agricultura. V.17, n.4, p. 3,

out./dez.2014.

SANTOS. G. J.; MARION. J. C.; SEGATTI. S. Administração de Custos na Agropecuária.

São Paulo, 4 ed. Atlas, 2017.

SENAR. Administração da Empresa Rural: ambiente externo. Brasília, DF. SENAR: Serviço

Nacional de Aprendizagem Rural, 2009, 28 p.

SERRANO, L. A. L. Pimenta-do-reino: Alta rentabilidade atrai produtores para a

atividade. Disponível em: <http://www.revistacampoenegocios.com.br/pimenta-do-reino-alta-

rentabilidade-atrai-produtores-para-a-atividade/>. Acesso em: 13 de dezembro de 2017.

SPAGNOL, R.; PFÜLLER, E. E. A Administração Rural como processo de Gestão das

Propriedades Rurais. Revista de Administração e Ciências Contábeis do Ideau, Rio Grande do

Sul, v. 5, n. 10, 16 p, 2010.

YING CHU et al. (2006) A Cultura da Pimenta-do-Reino, 2ª edição revista e ampliada.

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ANEXOS

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Campus Tomé-Açu

Curso de Administração

QUESTIONÁRIO INVESTIGATIVO SOBRE GASTOS COM O CULTIVO DA PIMENTA-DO-REINO

1. Nome do proprietário: __________________________________________________________

2. Nome da propriedade: __________________________________________________________

3. Nome do informante: ___________________________________________________________

4. Localidade/Comunidade: ________________________________________________________

5. Município: ____________________________________________________________________

6. Qual a variedade cultivada: ______________________________________________________

7- Idade da Pimenta do Reino/Quando foi implantada a cultura: _________________________

8. Número de plantas: ____________________________________________________________

9- Quanto foi gasto para implantar a cultura (1°ano): __________________________________

10- Quanto foi gasto no 2° ano e quantos kg produziu e a quanto foi vendida o kg?

GASTO: R$ ____________ PRODUZIDO: ___________ VENDIDO: R$ ___________

11- Quanto foi gasto no 3° ano e quantos kg produziu e a quanto foi vendida o kg?

GASTO: R$ ____________ PRODUZIDO: ___________ VENDIDO: R$ ___________

12- Quanto foi gasto no 4° ano e quantos kg produziu e a quanto foi vendida o kg?

GASTO: R$ ____________ PRODUZIDO: ___________ VENDIDO: R$ ___________

13. Qual o grau de escolaridade do informante

( ) Analfabeto ( ) Assina o nome ( ) Ensino Fund. incompleto

( ) Ensino Fund. Completo ( ) Ensino Médio Incompleto ( ) Ensino Médio Completo

14. Número de pessoas que trabalham na propriedade:

( ) 1 a 3 ( ) 4 a 6 ( ) 7 a 10

( ) 11 a 15 ( ) Mais que 15

15. Quantas pessoas da própria família:

( ) 1 a 3 ( ) 4 a 6 ( ) 7 a 10

( ) 11 a 15 ( ) Mais que 15

16. Algum membro da família, trabalha fora do estabelecimento?

( ) Sim ( ) Não

17. Usa-se serviços de diaristas?

( ) Sim ( ) Não

18. Qual o valor da diária (R$)?

( ) R$ 20,00 ( ) R$ 25,00 ( ) R$ 30,00 ( ) R$ 35,00

( ) R$ 40,00 ( ) R$ 45,00 ( ) R$ 50,00 (R$ _______) Outros

19. Quantas pessoas são contratadas para colher a pimenta do reino? ______________________

20. Cultiva pimenta do reino junto com outras culturas?

( ) Sim ( ) Não

21. Em caso afirmativo, quais? ______________________________________________________

22. A outra cultura cultivada é importante para a manutenção da propriedade?

( ) Sim ( ) Não

23-Em caso afirmativo, qual a porcentagem que influem na manutenção dessa propriedade?

( )10% ( ) 20% ( ) 30% ( ) 40% ( ) 50% ( ) Outros Quanto?_________

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24. Mês em que a colheita é realizada

( ) Jan ( ) Fev ( ) Mar ( ) Abr ( ) Mai ( ) Jun

( ) Jul ( ) Ago ( ) Set ( ) Out ( ) Nov ( ) Dez

25. Rendimento médio em kg (seco) por planta:

( ) 0,5 kg ( ) 1 kg ( ) 1,5 kg ( ) 2 kg ( ) Outros – Quantos: ___________

26. Onde a pimenta do reino é comercializada, após beneficiado?

( ) No próprio município ( ) Outro Município

( ) Outro Estado ( ) Outro País

27. Qual o principal agente comprador?

( ) Atravessador ( ) Indústria ( ) Cooperativa

( ) Consumidor final ( ) Outro ____________________________________________

28. Quais as principais dificuldades para comercialização?

( ) Atuação do atravessador ( ) Qualidade do produto ( ) Concorrência

( ) Garantia de preço ( ) Outro __________________________________________

29. Quais as experiências de organizações existentes na comunidade

( ) Associação ( ) Cooperativa ( ) Grupo de famílias

( ) Sindicado ( ) Mutirão ( ) Núcleos de família

30. Já trabalhou com financiamento de banco para a produção da pimenta do reino?

( ) Sim ( ) Não

31. Como foi a experiência no uso do financiamento?

( ) Foi satisfatório ( ) O dinheiro foi liberado com atraso ( ) Foi possível pagar com folga

( ) O prazo foi curto ( ) O pagamento foi com dificuldade ( ) O prazo foi adequado

32. O que deveria ser feito para melhorar a produção da pimenta do reino?

( ) Facilitar crédito ( ) Organizar para a comercialização

( ) Assistência técnica ( ) Outro _________________________________________

33. Recebe assistência técnica?

( ) Sim ( ) Não

34. Em caso afirmativo quanto se pagou? R$: ____________

35 - Quais são os implementos agrícolas, utensílios existente?

( )Pá ( )Inchada ( )Foice

( )Draga ( )Facão ( ) Pulverizador costal

( )Roçadeira ( )Trator ( ) Outros

Data: _____/_____/______ Local: ___________________________________________

Entrevistador: ___________________________________________________________________

Entrevistado: ____________________________________________________________________

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ANEXO I

DADOS GERAIS DO PRÉ-PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Dados dos Discentes Nome do discente: JOSÉ MARIA NASCIMENTO DE SOUSA

Telefone residencial: (91) 99132-5181 Celular: (91) 99132-5181

E-mail: [email protected]

Projeto de TCC TEMA DO TRABALHO: CUSTO DE PRODUÇÃO DA PIMENTA-DO-REINO NA FAZENDA MONTE

CASTELO NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA.

OBJETIVO GERAL: O objetivo do trabalho foi estimar os custos de produção da pimenta-do-reino com base

nos insumos produtivos, na Fazenda Monte Castelo, localizada no Ramal Maçaranduba, Colônia do Ubim, Zona

Rural no Município de Tomé-Açu, interior do Estado do Pará.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

a) Analisar os elementos (insumos) que compõem o custo de produção da pimenta-do-reino na propriedade

estudada.

b) Calcular os custo de produção da pimenta-do-reino da propriedade em estudada.

c) Constituir o passo inicial para o estabelecimento de rotinas Administrativas e gestão na propriedade.

JUSTIFICATIVA: No mundo atual de inúmeros avanços tecnológicos é comum encontrar, principalmente em

pequenas propriedades rurais, produtores que utilizam o método do caderninho para suas anotações e previsões

e muitas vezes nem esse sistema é utilizado. No contexto de uma administração eficiente e eficaz pode

desempenhar um papel muito importante como ferramenta gerencial, através da geração de informações que

permitam o planejamento, o controle e a tomada de decisão, transformando as propriedades rurais em empresas

com capacidade para acompanhar a evolução do setor, principalmente no que tange aos objetivos e atribuições

da administração financeira, controle dos custos, diversificação de culturas e comparação de resultados,

contribuindo com a evolução do produtor rural.

METODOLOGIA: Esta pesquisa foi desenvolvido em uma propriedade particular, na Fazenda Monte Castelo,

localizada no Ramal Maçaranduba, Colônia do Ubim, Zona Rural no Município de Tomé-Açu, interior do

Estado do Pará. O pimental estudado foi implantado em janeiro de 2014, sendo composto de 1.000 plantas de

pimenteiras, cultivar Tira Cota, com espaçamento de 2,0m x 2,0m. O estudo baseou-se em informações e dados

quantitativos, no entanto, foi feito a aplicação de um questionário composto por 35 questões. Também possui

caráter qualitativo, à medida que foi feito uma entrevista com o proprietário e também quando se utilizou das

informações extraídas do questionário para analisar os resultados obtidos na propriedade estudada. Considerou-

se na pesquisa os custos de incorridos na implantação, nos tratos culturais, aquisição de insumos, colheita e

beneficiamento de 1.000 plantas de pimenta-do-reino, para fins de levantamento de custos de produção, o

período entre 1 de janeiro de 2014 e 31 de dezembro 2017. Para a tabulação dos dados dos custos de produção

foi calculado com o auxílio de uma planilha da Microsoft Excel 2010.

Data 06/02/2018

___________________________________________________

Assinatura do Discente

José Maria Nascimento de Sousa

____________________________

Assinatura do Orientador(a)

Wilnália Souza Garcia

__________________________

Assinatura do Coorientador(a)

Ana Paula de Andrade Sardinha

Comissão de TCC e Estágio Supervisionado Obrigatório (CTES)

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ANEXO II

CARTA DE ACEITE PARA ORIENTAÇÃO

Eu, Professora WILNÁLIA SOUZA GARCIA, aceito atuar como Orientadora,

comprometendo-me em acompanhar e analisar a elaboração e desenvolvimento do Trabalho de

Conclusão de Curso intitulado CUSTO DE PRODUÇÃO DA PIMENTA-DO-REINO NA

FAZENDA MONTE CASTELO NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA, tendo como

Coorientadora a professora ANA PAULA DE ANDRADE SARDINHA, do seguinte discente,

matriculado no Curso de Graduação em Administração Bacharelado Campus UFRA Tomé-Açu:

Nome Matrícula

JOSÉ MARIA NASCIMENTO DE SOUSA 2014012366 Afirmo(amos) que acato(amos) todas as determinações e normas estabelecidas pelo regulamento

de Trabalho de Conclusão de Curso elaborado pela CTES.

Data: 30/08/2017

___________________________________________________

Assinatura do Discente

José Maria Nascimento de Sousa

____________________________

Assinatura do Orientador(a)

Wilnália Souza Garcia

__________________________

Assinatura do Coorientador(a)

Ana Paula de Andrade Sardinha

Comissão de TCC e Estágio Supervisionado Obrigatório (CTES)

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ANEXO III

FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ORIENTAÇÃO

Ficha de Acompanhamento de Orientação

Período: 12/09/2017 a 06/02/2018

Horário de Orientação: 16:30 às 18:00

Professor(a) Orientador(a): WILNÁLIA SOUZA GARCIA

Professor(a) Coorientador(a): ANA PAULA DE ANDRADE SARDINHA

Discente Orientado: JOSÉ MARIA NASCIMENTO DE SOUSA

Título do TCC: CUSTO DE PRODUÇÃO DA PIMENTA-DO-REINO NA FAZENDA MONTE

CASTELO NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA.

Atividades desenvolvidas:

12/09/2017 - Definição do objetivo e escopo do projeto;

19/09/2017 - Definição do cronograma do projeto;

10/10/2017 - Levantamento da Problemática e da Bibliografia;

14/11/2017 - Levantamento das Metodologias a serem utilizadas;

12/12/2017 - Coleta dos dados;

19/12/2017 - Tratamento dos dados;

09/01/2018 - Montagem do TCC;

16/01/2018 - Elaboração do relatório final do TCC;

23/01/2018 - Revisão do texto;

06/02/2018 - Entrega do relatório final do TCC;

Ocorrências:

Por motivo de coletas de dados, houve uma mudança no tema durante o acompanhamento

de orientação do projeto de TCC.

___________________________________________________

Assinatura do Discente

José Maria Nascimento de Sousa

____________________________

Assinatura do Orientador(a)

Wilnália Souza Garcia

__________________________

Assinatura do Coorientador(a)

Ana Paula de Andrade Sardinha

Assinatura do(s) Responsável(is) pela Orientação

Comissão de TCC e Estágio Supervisionado Obrigatório (CTES)

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ANEXO IV

FICHA DE AGENDAMENTO DE DEFESA DE TCC

Eu WILNÁLIA SOUZA GARCIA (orientadora), solicito à Comissão de TCC e Estágio

Supervisionado Obrigatório (CTES), o agendamento da defesa do Trabalho de Conclusão de

Curso intitulado CUSTO DE PRODUÇÃO DA PIMENTA-DO-REINO NA FAZENDA

MONTE CASTELO NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA do seguinte discente:

Nome Matrícula

JOSÉ MARIA NASCIMENTO DE SOUSA 2014012366 Que se realizará no dia 01/03/2018, às 16:30, no Auditório SUEO NUMAZAWA, tendo como

membros avaliadores, Coorientador e possíveis suplentes:

Membros Instituição E-mail

WILNÁLIA SOUZA GARCIA UFRA [email protected]

LILIANE FERREIRA DO ROSÁRIO UFRA [email protected]

CRISTIANE FÁTIMA RODRIGUES COSTA UFRA [email protected]

Coorientador(a) Instituição E-mail

ANA PAULA DE ANDRADE SARDINHA UFRA [email protected]

Suplentes Instituição E-mail

RODRIGO FRAGA GARVÃO UFRA [email protected]

Data: 06/02/2018

_______________________________________

Assinatura do Orientador(a)

Wilnália Souza Garcia

Comissão de TCC e Estágio Supervisionado Obrigatório (CTES)

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ANEXO V

PARECER DO ORIENTADOR SOBRE AS CORREÇÕES NO TCC

Eu, WILNÁLIA SOUZA GARCIA (Orientadora) e ANA PAULA DE ANDRADE

SARDINHA (Coorientadora) declaro(amos) perante a Comissão de TCC e Estágio

Supervisionado Obrigatório (CTES), que todos os ajustes sugeridos e correções exigidas pela

banca examinadora, no ato da defesa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foram realizadas

pelo discente:

Nome Matrícula

JOSÉ MARIA NASCIMENTO DE SOUSA 2014012366

Podendo o mesmo ser entregue em todos os formatos que estão dispostos no Art. 20 do

Regulamento do TCC do Curso de Bacharelado em Administração.

Tomé-Açu/PA, 06 de Fevereiro de 2018.

___________________________________________________

Assinatura do Discente

José Maria Nascimento de Sousa

____________________________

Assinatura do Orientador(a)

Wilnália Souza Garcia

__________________________

Assinatura do Coorientador(a)

Ana Paula de Andrade Sardinha

Comissão de TCC e Estágio Supervisionado Obrigatório (CTES)

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ANEXO VI

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DIVULGAÇÃO TCC

Eu, JOSÉ MARIA NASCIMENTO DE SOUSA, nacionalidade BRASILEIRO, estado civil

SOLTEIRO, profissão ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO, residente e domiciliado na cidade de

TOMÉ-AÇU, estado PARÁ, portador do documento de identidade número 6377494, na

qualidade de titular dos direitos morais e patrimoniais de autor da OBRA: CUSTO DE

PRODUÇÃO DA PIMENTA-DO-REINO NA FAZENDA MONTE CASTELO NO

MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA.

Apresentada na Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA em TOMÉ-AÇU.

1 - [x] AUTORIZO UFRA, a reproduzir, disponibilizar na rede mundial de computadores -

Internet - e permitir a reprodução por meio eletrônico, da OBRA.

2 - [x] AUTORIZO, UFRA, a disponibilizar 1 (um) exemplar na Biblioteca “Lourenço José

Tavares da Silva” (Biblioteca Central da Ufra); e 1 (um), na Biblioteca de Tomé-Açu.

Tomé-Açu/PA, 06 de Fevereiro de 2018.

___________________________________________________

Assinatura do Discente

José Maria Nascimento de Sousa

____________________________

Assinatura do Orientador(a)

Wilnália Souza Garcia

__________________________

Assinatura do Coorientador(a)

Ana Paula de Andrade Sardinha

Comissão de TCC e Estágio Supervisionado Obrigatório (CTES)

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ANEXO VII

ROTEIRO DE AVALIAÇÃO – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO POR DISCENTE

Discente: JOSÉ MARIA NASCIMENTO DE SOUSA

Título: CUSTO DE PRODUÇÃO DA PIMENTA-DO-REINO NA FAZENDA MONTE CASTELO

NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA.

Descrição – Trabalho Escrito Valor

Máx

Avaliador

1

Avaliador

2

Avaliador

3

Formatação,

elementos pré

e pós textuais.

Capa; cabeçalho; resumo; apêndices e Anexos e referências

(segundo as normas da ABNT vigente). 1,0

Conteúdo

Contextualização e delimitação do tema; formulação do

problema; objetivos e hipóteses e Revisão Bibliográfica (uso

do correto da gramática e linguagem técnico-científico).

1,0

Metodologia: Adequação dos procedimentos metodológicos

ao TCC (abordagem, tipo de pesquisa, técnicas); explicação

fundamentada dos procedimentos metodológicos.

1,0

Resultados: Técnicas de coleta, análise e interpretação dos

dados da pesquisa, fundamentação teórica articulada com a

pesquisa.

1,0

Conclusão: Clareza e contribuições da finalização do estudo-

articulação teórica; sugestões de desdobramentos ao estudo

realizado; limitações da pesquisa.

1,0

Nota Parcial - Trabalho Escrito 5,0

Descrição – Apresentação Individual Valor

Máx

Avaliador

1

Avaliador

2

Avaliador

3

Apresentação

do Discente

Formatação dos slides e sequência lógica da apresentação:

introdução, desenvolvimento e conclusão. 0,5

Domínio do tema abordado e postura do apresentador. 1,5

Vocabulário técnico – científico correto e adequado ao

conteúdo. 1,0

Resposta correta aos questionamentos da banca examinadora

– Arguição. 1,0

Uso adequado do tempo 0,5

Uso adequado de recurso áudio-visual. 0,5

Nota Parcial – Defesa do TCC 5,0

NOTA FINAL DO DISCENTE

TOTAL POR EXAMINADOR 10,0

NOTA FINAL DO DISCENTE (soma da média aritmética dos examinadores)

Data: 01/03/2018.

___________________________________________________

Wilnália Souza Garcia

1º membro - Orientador(a)

_________________________________

Liliane Ferreira do Rosário

2º membro

_________________________________

Cristiane Fátima Rodrigues Costa

3º membro

Comissão de TCC e Estágio Supervisionado Obrigatório (CTES)

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ANEXO VIII

ATA DA DEFESA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO No dia 01 de Março de 2018 a banca examinadora, composta pelo(s) membros: (1) WILNÁLIA SOUZA GARCIA (2) LILIANE FERREIRA DO ROSÁRIO (3) CRISTIANE FÁTIMA RODRIGUES COSTA

Considerou:

( ) Aprovado - com sugestões

( ) Aprovado com restrições – condicionado a atender exigências

( ) Reprovado, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do discente:

JOSÉ MARIA NASCIMENTO DE SOUSA

Atribuindo a nota _________ (_______________________) para o Discente, pela apresentação

do trabalho intitulado: CUSTO DE PRODUÇÃO DA PIMENTA-DO-REINO NA FAZENDA

MONTE CASTELO NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA.

Ocorrências:

Tomé-Açu/PA, 01 de Março de 2018.

___________________________________________________

Wilnália Souza Garcia

1º membro - Orientador(a)

_________________________________

Liliane Ferreira do Rosário

2º membro

_________________________________

Cristiane Fátima Rodrigues Costa

3º membro

Comissão de TCC e Estágio Supervisionado Obrigatório (CTES)

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PROTOCOLO DE ENTREGA DE TCC 2017/2

Discente: JOSÉ MARIA NASCIMENTO DE SOUSA Matrícula: 2014012366

Orientando(a): WILNÁLIA SOUZA GARCIA

Coorientador(a): ANA PAULA DE ANDRADE SARDINHA

Título do trabalho: CUSTO DE PRODUÇÃO DA PIMENTA-DO-REINO NA FAZENDA

MONTE CASTELO NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA.

Eu, WILNÁLIA SOUZA GARCIA professora orientadora do acadêmico acima, estou ciente e

autorizo o mesmo a protocolar a entrega do seu Trabalho de Conclusão de Curso para

avaliação da Banca Examinadora.

Foi entregue as 3 (três) vias encadernadas do Trabalho de Conclusão de Curso para ser

avaliado pela Banca Examinadora, conforme as normas de TCC, assim como uma cópia do

TCC em formato doc e pdf gravado em mídia Compact Disc (CD).

Professores Sugeridos a Banca: 1. LILIANE FERREIRA DO ROSÁRIO

2. CRISTIANE FÁTIMA RODRIGUES COSTA

Assinatura do orientando(a):

____________________________

Assinatura do Orientador(a)

Wilnália Souza Garcia

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Assinatura do Coorientador(a)

Ana Paula de Andrade Sardinha

Data de recebimento: 06/02/2018

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Membro CTES (VIA DA CTES)

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Orientando(a): WILNÁLIA SOUZA GARCIA

Coorientador(a): ANA PAULA DE ANDRADE SARDINHA

Foi entregue as 3 (três) vias encadernadas do Trabalho de Conclusão de Curso para ser

avaliado pela Banca Examinadora, conforme as normas de TCC, assim como uma cópia do

TCC em formato doc e pdf gravado em mídia Compact Disc (CD).

Data da entrega: 06/02/2018

Assinatura do recebido:

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Membro CTES (VIA DO DISCENTE)

Comissão de TCC e Estágio Supervisionado Obrigatório (CTES)