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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437 Ano XV - Edição 164 - MAIO / 2017 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • CURSO DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA E PASSES. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Nos Domínios da Mediunidade). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Dramas da Obsessão QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). 18: às 18:40 Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes) QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon DeniS (livro: Depois da Morte). 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo (2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel (1º e 3 o sábados do mês). • Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. Cursos no C.E.I.C. pág. 5 pág. 2 pág. 3 pág. 12 Deus – Causa Primeira: Teofania Obras Póstumas – Derradeiros Escritos: A Teoria da Beleza pág. 18 Maria de Nazaré – Mãe de Jesus: O Evangelho de Maria pág. 13 Estudando a Gênese: O Espiritismo não faz Milagres pág. 11 Céu e Inferno - Esperanças e Consolações: O Porque do Sofrimento Semeando o Evangelho de Jesus: A Virtude Do outro Lado da Vida: Ouçamos Nesta Edição : Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) Editorial O Amor mais Sublime Neste mês, em que a Humanidade se volta para comemorar o “Dia das Mães”, aproveitemos para refletir na grandeza da missão da maternidade; na profundidade do amor maternal. Podemos avaliar a grandeza desse amor ao ler o texto “Santuário Materno”, de Amélia Rodrigues. (¹). O sentimento materno encontra magnitude no amor de Maria de Nazaré por seu filho Jesus. Maria de Nazaré: “criatura simples e amorosa, que mais se assemelhava a um anjo vestido de mulher”, conforme se expressou Paulo de Tarso ao visitá-la, em Éfeso. (²). Sabemos, também, do amor que Ela tem por todos os homens e do trabalho incansável que faz de socorro e amparo aos sofredores no Plano Espiritual. Ser mãe é uma bênção de Deus. Mas, engana-se quem pensa que mãe é só aquela que gera bio- logicamente o filho. Um filho pode ser “gerado” em seu coração. E, portanto, há mães-avós, mães-tias, mães-madrinhas, mães-professo- ras, mães-irmãs e tantas mais. Que elevemos a Deus nossos pensamentos e digamos em uma só voz: Abençoe, Senhor, todas as mães da Humanidade! Que Maria de Nazaré nos ampare em seu colo amoroso de mãe. Muita paz para todos nós. (¹) Seção Homenagem Especial, desta edição. (²) Texto O Evangelho de Maria, desta edição.

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437

Ano XV - Edição 164 - MAIO / 2017

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.

TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.

TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de orientação MediúniCa e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Nos Domínios da Mediunidade).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Dramas da Obsessão

QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).– 18: às 18:40Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes)

QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte).– 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos– 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo (2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).• Revista Espírita.

Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).– 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).– 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• O pensamento de Emmanuel (1º e 3o sábados do mês).• Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.

Cursos no C.E.I.C.

pág. 5

pág. 2

pág. 3

pág. 12

Deus – Causa Primeira:Teofania

Obras Póstumas – Derradeiros Escritos:A Teoria da Beleza

pág. 18 Maria de Nazaré – Mãe de Jesus:O Evangelho de Maria

pág. 13

Estudando a Gênese:O Espiritismo não faz Milagres

pág. 11

Céu e Inferno - Esperanças e Consolações:O Porque do Sofrimento

Semeando o Evangelho de Jesus:A Virtude

Do outro Lado da Vida:Ouçamos

Nesta Edição :

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

Editorial

O Amor mais SublimeNeste mês, em que a Humanidade se volta para comemorar o “Dia das Mães”, aproveitemos para refletir na grandeza da missão da maternidade; na profundidade do amor maternal.

Podemos avaliar a grandeza desse amor ao ler o texto “Santuário Materno”, de Amélia Rodrigues. (¹).

O sentimento materno encontra magnitude no amor de Maria de Nazaré por seu filho Jesus. Maria de Nazaré: “criatura simples e amorosa, que mais se assemelhava a um anjo vestido de mulher”, conforme se expressou Paulo de Tarso ao visitá-la, em Éfeso. (²).

Sabemos, também, do amor que Ela tem por todos os homens e do trabalho incansável que faz de socorro e amparo aos sofredores no Plano Espiritual.

Ser mãe é uma bênção de Deus.Mas, engana-se quem pensa que mãe é só aquela que gera bio-

logicamente o filho. Um filho pode ser “gerado” em seu coração. E, portanto, há mães-avós, mães-tias, mães-madrinhas, mães-professo-ras, mães-irmãs e tantas mais.

Que elevemos a Deus nossos pensamentos e digamos em uma só voz:

Abençoe, Senhor, todas as mães da Humanidade!Que Maria de Nazaré nos ampare em seu colo amoroso de mãe.Muita paz para todos nós.

(¹) Seção Homenagem Especial, desta edição.(²) Texto O Evangelho de Maria, desta edição.

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 2

“Por mim mesmo juro – disse o Senhor Deus – que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva”.

(Ezequiel, 33:11)

Céu e Inferno - Esperanças e Consolações

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do Mês:

Sugestão de Leitura

O Porquê do SofrimentoEm cada existência, uma oca-sião se depara à alma para dar um passo avante; de sua vonta-de depende a maior ou menor extensão desse passo: franquear muitos degraus ou ficar no mes-mo ponto. Neste último caso, e porque cedo ou tarde se impõe sempre o pagamento de suas dí-vidas, terá de recomeçar nova existência em condições ainda mais penosas, porque a uma nó-doa não apagada ajunta outra nódoa. É, pois, nas sucessivas en-carnações que a alma se despo-ja das suas imperfeições, que se purga, em uma palavra, até que esteja bastante pura para deixar os mundos de expiação como a Terra, onde os homens expiam o passado e o presente, em pro-veito do futuro. Contrariamente, porém, à ideia que deles se faz, depende de cada um prolongar ou abreviar a sua permanência, segundo o grau de adiantamen-to e pureza atingido pelo pró-prio esforço sobre si mesmo. O livramento se dá, não por con-clusão de tempo nem por alheios méritos, mas pelo próprio méri-to de cada um, consoante estas palavras do Cristo: - A cada um,

segundo as suas obras, palavras que resumem integralmente a justiça de Deus.

Aquele, pois, que sofre nesta vida pode dizer-se que é porque não se purificou suficientemente em sua existência anterior, deven-do, se o não fizer nesta, sofrer ain-da na seguinte. Isto é ao mesmo tempo equitativo e lógico. Sendo o sofrimento inerente à imperfei-ção, tanto mais tempo se sofre quanto mais imperfeito se for, da mesma forma por que tanto mais tempo persistirá uma enfermida-de quanto maior a demora em tratá-la. Assim é que, enquanto o homem for orgulhoso, sofrerá as consequências do orgulho; en-quanto egoísta, as do egoísmo.

Devido às suas imperfeições,

o Espírito culpado sofre primei-ro na vida espiritual, sendo-lhe depois facultada a vida corporal como meio de reparação. É por isso que ele se acha nessa nova existência, quer com as pessoas a quem ofendeu, quer em meios análogos àqueles em que prati-cou o mal, quer ainda em situa-ções opostas à sua vida prece-dente, como, por exemplo, na miséria, se foi mau rico, ou hu-milhado, se orgulhoso. (...).

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é O Purgatório.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 1ª parte, capítulo V, itens 4, 5 e 6, Editora FEB.

Mesmer- A Ciência Negada do Magnetismo Animal,Paulo Henrique de Figueiredo (autor) e Àlvaro Glerean (tradutor), Editora MAAT.

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 3

A Virtude

Semeando o Evangelho de Jesus

“Eis que o Semeador saiu a semear.”Mateus, 13:3

Venha estudar conosco O Livro

dos Espíritos Allan Kardec

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O Evangelho Segundo o Espiritismo

Allan KardecProcure a

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A Gênese Allan Kardec

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Convite

A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o ho-mem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas enfermi-dades morais que as desornam e atenuam. Não é virtuoso aquele que faz ostentação da sua virtu-de, pois que lhe falta a qualidade principal: a modéstia, e tem o ví-cio que mais se lhe opõe: o orgu-lho. A virtude, verdadeiramente digna desse nome, não gosta de estadear-se. Adivinham-na; ela, porém, se oculta na obscuridade e foge à admiração das massas. S. Vicente de Paulo era virtuo-so; eram virtuosos o digno cura d’Ars e muitos outros quase des-conhecidos do mundo, mas co-nhecidos de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que fossem virtuosos; deixavam-se ir ao sabor de suas santas inspi-rações e praticavam o bem com desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmos.

À virtude assim compreendida e praticada é que vos convido, meus filhos; a essa virtude verdadeiramente cristã e verdadeiramente espírita é que vos concito a consagrar-vos. Afastai, porém, de vossos corações tudo o que seja orgulho, vaidade, amor próprio, que sempre desador-nam as mais belas qualidades. Não imiteis o homem que se apresenta como modelo e trom-beteia, ele próprio, suas quali-dades a todos os ouvidos com-placentes. A virtude que assim se ostenta esconde muitas vezes uma imensidade de pequenas torpezas e de odiosas covardias.

Em princípio, o homem que se exalça, que ergue uma está-tua à sua própria virtude, anula, por esse simples fato, todo mé-rito real que possa ter. Entretan-to, que direi daquele cujo único valor consiste em parecer o que não é? Admito de boamente que o homem que pratica o bem ex-perimenta uma satisfação íntima em seu coração; mas, desde que tal satisfação se exteriorize, para

colher elogios, degenera em amor próprio.

Ó vós todos a quem a fé espírita aqueceu com seus raios, e que sabeis quão longe da perfeição está o homem, jamais esbarreis em semelhante escolho. A virtude é uma graça que desejo a todos os espíritas sinceros. Contudo, dir-lhes-ei: Mais vale pouca virtude com modéstia, do que muita com orgulho. Pelo orgulho é que as humanidades sucessivamente se hão perdido; pela humildade é que um dia elas se hão de redimir.

François-Nicolas Madeleine. (Paris, 1863.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII, item 8, Editora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 4

Estudando Sobre Mediunidade

Bicorporeidade

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?O CEIC agradece sua colaboração. Conta:

Dia: 07/05/2017 - 16 horasCulto no Lar de

Selma Vieira Santos

Atividades Doutrinárias

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informativo do CeiC

(...) Sabemos que durante o sono o Espírito readquire parte da sua liberdade, isto é, isola-se do corpo e é nesse estado que, em muitas ocasiões, se tem ensejo de observá--lo. Mas, o Espírito, quer o homem esteja vivo, quer morto, traz sempre o envoltório semimaterial que (...) pode tornar--se visível e tangível. Há fatos mui-to positivos, que nenhuma dúvida permitem a tal respeito. Citaremos apenas alguns exemplos, de que te-mos conhecimento pessoal e cuja exatidão podemos garantir, sen-do que a todos é possível registrar outros análogos, consultando suas próprias reminiscências.

A mulher de um dos nossos ami-gos viu, repetidas vezes, entrar no seu quarto, durante a noite, hou-vesse ou não luz, uma vendedora de frutas que ela conhecia de vista, residente nas cercanias, mas com quem jamais falara. Grande terror lhe causou essa aparição, não só porque, na época em que se deu, ela ainda nada conhecia do Espi-ritismo, como também porque se produzia com multa frequência. Ora, a vendedora de frutas estava perfeitamente viva e, àquelas ho-ras, provavelmente dormia. Assim, enquanto na sua casa seu corpo material repousava, seu Espírito,

“Da mesma forma que a Física, a Química, a Botânica, a Astronomia têm os seus aparelhos apropriados, segundo a necessidade dos seus estudos, o Espiritismo tem um aparelho, um instrumento, o médium, com o qual estuda a alma e suas manifestações. É com este auxiliar indispensável que penetra no labirinto da Psicologia e da Parapsicologia para a descoberta do Novo Mundo e o estreitamento de relações com seus habitantes”.

Cairbar Schutel (Médiuns e Mediunidades, Editora “O Clarim”).

com o respectivo corpo fluídico, ia à casa da senhora em questão. Por que motivo? É o que se não sabe. Diante de fato de tal natureza, um espírita, iniciado nessa espécie de fenômenos, ter-lho-ia perguntado; disso, porém, nenhuma ideia teve a senhora. De todas as vezes, a aparição se eclipsava, sem que ela soubesse como, e, de todas igual-mente, após a desaparição, cuidou de se certificar de que as portas estavam bem fechadas, de modo a não poder ninguém penetrar-lhe no aposento. Esta precaução lhe deu a prova de estar sempre com-pletamente acordada na ocasião e de não haver sido joguete de um sonho.

Obs.: Veja outros exemplos nos itens seguintes.

Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, 2ª parte, capítulo VII, itens 114 e 115, Editora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 5

Do outro Lado da Vida

OuçamosNa fase terminal da nossa reunião de 24 de maio de 1956, tivemos a satisfação de receber a visita do Es-pírito Carlos Goiano, que foi nosso companheiro de ideal em São João Del-Rei, Estado de Minas Gerais. Suas observações, expressivas e simples, revestem-se de singular in-teresse para a nossa reflexão.

Alguém já disse que os espíritas desencarnados quando aparecem à barra das comunicações mediú-nicas permanecem carregados de complexos de culpa, e tinha ra-zão.

Quase todos nós, atravessando o pórtico do sepulcro, retornando aos nossos templos de serviço e de fé, somos portadores de preocupa-ção e remorso...

Raros de nós conseguimos sus-tentar tranquilidade no semblante moral.

E habitualmente, em nos fazen-do sentir, denunciamos a posição de infelizes entre a queixa e o de-sencanto, relacionando as surpre-sas que nos dilaceram a alma, o encontro de dores imprevistas, a identificação de problemas inespe-rados...

Topamos lutas com as quais não contávamos e derramamos lágri-mas de aflição e arrependimento tardio...

Entretanto, isso acontece para demonstrar que, em nosso ideal redentor, esposamos a fé ao modo daqueles que se adaptam por fora a certas convicções intelectuais, guardando anquilosados por den-tro velhos erros difíceis de remo-ver.

- Procurai e achareis - disse-nos o Mestre.

E na condição de espíritas es-quecidos da necessidade de autor-

A vida do Espírito é imortal; a vida do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, o Espírito retoma a vida imortal, conservando sua individualidade, não perdendo seu corpo espiritual, ou seja, seu perispírito.

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 153, 150 e 150-a).

regeneração, usamos a nossa Dou-trina na conquista de facilidades temporais que nos falem de perto ao conforto, olvidando que nós mesmos é que deveríamos ser usa-dos por ela na construção de nosso próprio bem, através do bem a to-dos aqueles que nos acompanham na Terra.

“Procurai e achareis”, sim...Mas procuramos a satisfação de-

sordenada de nossos desejos e bus-camos a acomodação com a nos-sa inferioridade, desfazendo-nos em múltiplos tentames de amparo às requisições de nossa existência material, entre os homens nossos irmãos, olvidando, quase que to-talmente, os imperativos de nossa reforma, nos padrões do Cristo, que afirmamos acompanhar, e, daí, as tragédias encontradas na própria mente - a velha arquivista de nos-sos sentimentos, pensamentos, pa-lavras e ações, antiga registradora de nossa vida real - a exibir-nos, à face da Lei, todos os quadros que nós mesmos plasmamos com invi-gilância deplorável.

Em verdade, como espíritas, far-tamo-nos excessivamente no cam-po das bênçãos divinas.

Todos estamos informados, com respeito às próprias responsa-bilidades e obrigações, entregues ao nosso livre-arbítrio, sem auto-ridades religiosas que nos impo-nham pontos de vista, ou capazes de cercear-nos o voo no caminho ascensional da verdadeira espiri-tualização.

Sabemo-nos confiados a nós mesmos, diante de Nosso Senhor, para construir abençoado futu-ro, além da morte, com trabalho inadiável no bem, cada dia, mas sentimo-nos na posse desse tesouro

de liberdade à maneira dos filhos perdulários de uma casa generosa e rica que malversam os bens re-cebidos, ao invés de utilizá-los em benefício próprio.

Assim, pois, terminando a nossa arenga despretensiosa, propomo--nos simplesmente recordar outra assertiva do Nosso Divino Condu-tor:

‘Batei e abrir-se-vos-á”.As palavras do Cristo não são

dúbias.Constituem enunciado positivo.‘Batei e abrir-se-vos-á”.Esses verbos, porém, tanto se re-

portam às portas do Céu como se referem às portas do inferno...

Batamos, assim, à porta do estu-do nobre, conquistando o conheci-mento superior.

Insistamos à porta da caridade, incorporando a verdadeira alegria.

Procuremos a continência, a disciplina, a educação, e o serviço, com o dever retamente cumprido, para ingressarmos em esferas mais elevadas, a começar desde hoje.

Fala-vos humilde companheiro de ideal e de luta.

Não tenho a presunção de ensi-nar, de recomendar, de salvar...

Auscultando as minhas necessi-dades, é que, finalizando a conver-sação, desejo apenas recorrer ainda ao aviso de nosso Eterno Benfeitor:

“Ouça quem tiver ouvidos de ouvir!”.

Carlos Goiano

Fonte: Vozes do Grande Além, Diversos Espíritos, Psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 6

Revista Espírita

A Comédia HumanaA vida do Espírito encarnado é como um romance, ou antes, como uma peça teatral, da qual cada dia se percorre uma folha contendo uma cena. O autor é o homem; as personagens são as paixões, os vícios e as virtudes, a matéria e a inteligência, disputando a posse do herói, que é o Espírito. O público é o mundo em geral durante a en-carnação, os Espíritos na erraticida-de, e o censor que examina a peça para julgá-la em última instância e proferir uma censura ou um louvor é Deus.

Fazei, pois, de modo que se-jais aplaudido o maior número de vezes possível e que só raramente cheguem aos vossos ouvidos o ba-rulho desagradável dos assobios. Que a intriga seja sempre simples, e não busqueis interesse senão nas situações naturais, que possam ser-vir para fazer triunfar a virtude, de-senvolver a inteligência e moralizar o público.

Durante a execução da peça, a cabala posta em movimento pela inveja, pode tentar criticar as me-lhores passagens e só incensar as que são medíocres ou más. Fe-

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”.

(Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL).Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35-4º: “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (*), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

(*) O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º.

chai os ouvidos a essas bajulações e lembrai-vos de que a posterida-de vos apreciará no vosso justo valor! Deixareis um nome obscuro ou ilustre, manchado de vergonha ou coberto de glória, conforme o mundo; mas,quando a peça esti-ver terminada e a cortina, caída sobre a última cena, vos puser em presença do regente universal, do diretor infinitamente poderoso do teatro onde se passa a comédia humana, não haverá bajuladores, nem cortesãos, nem invejosos, nem ciumentos: estareis sós com o juiz supremo, imparcial, equitati-vo e justo.

Que a vossa obra seja séria e moralizadora, porque é a única que tem algum peso na balança do To-do-Poderoso.

É preciso que cada um dê à sociedade ao menos o que dela recebe. Aquele que, tendo recebido a assistência corporal e espiritual, que lhe permite viver,se vai sem ao menos restituir o que gastou, é um ladrão, porque desperdiçou uma parte do capital inteligente e nada produziu.

Nem todo o mundo pode ser

homem de gênio, mas todos po-dem e devem ser honestos, bons cidadãos, e devolver à sociedade o que a sociedade lhes empres-tou.

Para que o mundo esteja em progresso, é preciso que cada um deixe uma lembrança útil de sua personalidade, uma cena a mais nesse número infinito de cenas úteis que os membros da Humani-dade deixaram, desde que a vossa Terra serve de lugar de habitação dos Espíritos.

Fazei, pois, que leiam com in-teresse cada uma das folhas de vosso romance, e que não o per-corram apenas com o olhar, para fechá-lo com enfado, depois de tê--lo lido pela metade.

Eugène Sue

(Paris, Grupo Desliens, 29 de no-vembro de 1866 – Médium: Sr. Desliens).

Fonte: Revista Espírita, março de 1867, Editora FEB.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"”Para a tarefa da maternidade são escolhidos aqueles espíritos que já guardam no coração algum tipo de sentimento superior, aqueles que já sabem amar, doar-se ou os que já são capazes de renunciar ou de envolver-se em vibrações de extremo apoio a um filho ou a alguém."

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 7

A Família na Visão Espírita

Perante a CriançaVer no coração infantil o es-boço da geração próxima, pro-curando ampará-lo em todas as direções.

Orientação da infância, pro-filaxia do futuro.

Solidarizar-se com os movi-mentos que digam respeito à as-sistência à criança, melhorando métodos e ampliando tarefas.

Educar os pequeninos é su-blimar a Humanidade.

Colaborar decididamente na recuperação das crianças desa-justadas e enfermas, pugnando pela diminuição da mortalida-de infantil.

Na meninice corpórea, o Es-pírito encontra ensejo de reno-var as bases da própria vida.

Os pais espíritas podem e devem matricular os filhos nas escolas de moral espírita cris-tã, para que os companheiros recém-encarnados possam ini-ciar com segurança a nova ex-periência terrena.

Os pais respondem espiri-tualmente como cicerones dos que ressurgem no educandário da carne.

Distribuir incessantemente as obras infantis da literatura espírita, de autores encarnados

Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”.

Paulo (I Timóteo, 5:6)

e desencarnados, colaborando de modo efetivo na implanta-ção essencial da Verdade Eter-na.

O livro edificante vacina a mente infantil contra o mal.

Observar quando se deve ou não conduzir as crianças a reu-niões doutrinárias.

A ordem significa artigo de lei para toda idade.

Eximir-se de prometer, às crianças que estudam, quais-quer prêmios ou dádivas como-recompensa ou (falso) estímulo pelo êxito que venham a atin-gir no aproveitamento escolar, para não viciar-lhes a mente.

A noção de responsabilidade nos deveres mínimos é o ponto de partida para o cumprimento das grandes obrigações.

Não permitir que as crianças participem de reuniões ou fes-tas que lhes conspurquem os

sentimentos, e, em nenhu-ma oportunidade, oferecer-lhes presentes suscetíveis de in-centivar-lhes qualquer atitude agressiva ou belicosa, tanto em brinquedos quanto em publica-ções.

A criança sofre de maneira profunda a influência do meio.

Furtar-se de incrementar o desenvolvimento de faculdades mediúnicas em crianças, nem lhes permitir a presença em ati-vidades de assistência a desen-carnados, ainda mesmo quando elas apresentem perturbações de origem mediúnica, circuns-tância esta em que devem rece-ber auxílio através da oração e do passe magnético.

Somente pouco a pouco o Espírito se vai inteirando das realidades da encarnação.

Em toda a divulgação, certa-me ou empreendimento doutri-nário, não esquecer a posição

singular da educação da in-fância na Seara do Espiritismo, criando seções e programas de-dicados à criança em particular.

Sem boa semente, não há boa colheita.

“Deixai vir a mim os meni-nos, e não os impeçais, porque deles é o reino de Deus.” — Je-sus. (Lucas, 18:16.).

André Luiz

Fonte: Conduta Espírita, psico-grafia de Waldo Vieira, Editora FEB.

Aviso Importante Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das

Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 8

Clareando as Ideias com Kardec

loCal: Centro espírita irmão ClarênCio

Encontros E Seminários

270 enContro espírIta

soBre eurípedes Barsanulfo

data: 28/05/2017

Em Maio

240 enContro espírIta soBre medIunIdade

data: 25/06/2017

Em Junho

Esquecimento do Passado

Eventos Em Maiopalestra soBre

eduCação fInanCeIra Com o Consultor

fInanCeIro Gerson reIs

data: 21/05/2017às 16h

Como pode o homem ser respon-sável por atos e resgatar faltas de que se não lembra? Como pode aprovei-tar da experiência de vidas de que se esqueceu? Concebe-se que as tri-bulações da existência lhe servissem de lição, se se recordasse do que as tenha podido ocasionar. Desde que, porém, disso não se recorda, cada existência é, para ele, como se fosse a primeira e eis que então está sem-pre a recomeçar. Como conciliar isto com justiça de Deus?

– “Em cada nova existência, o homem dispõe de mais inteligência e melhor pode distinguir o bem do mal. Onde o seu mérito se se lem-brasse de todo o passado? Quando

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

o Espírito volta à vida anterior (a vida espírita), diante dos olhos se lhe es-tende toda a sua vida pretérita. Vê as faltas que cometeu e que deram causa ao seu sofrer, assim como de que modo as teria evitado. Reconhe-ce justa a situação em que se acha e busca, então, uma existência ca-paz de reparar a que vem de trans-correr. Escolhe provas análogas às de que não soube aproveitar, ou as lutas que considere apropriadas ao seu adiantamento e pede a Espíritos que lhe são superiores que o ajudem na nova empresa que sobre si toma, ciente de que o Espírito, que lhe for dado por guia nessa outra existência, se esforçará pelo levar a reparar suas

faltas, dando-lhe uma espécie de in-tuição das em que incorreu. Tendes essa intuição no pensamento, no de-sejo criminoso que frequentemente vos assalta e a que instintivamente resistis, atribuindo, as mais das ve-zes, essa resistência aos princípios que recebestes de vossos pais, quan-do é a voz da consciência que vos fala. Essa voz, que é a lembrança do passado, vos adverte para não recair-des nas faltas de que já vos fizestes culpados. Em a nova existência, se sofre com coragem aquelas provas e resiste, o Espírito se eleva e ascende na hierarquia dos Espíritos, ao voltar para o meio deles.”

Nota de Kardec: Não temos, é certo, durante a vida corpórea, lem-brança exata do que fomos e do que fizemos em anteriores existências; mas temos de tudo isso a intuição, sendo as nossas tendências instinti-vas uma reminiscência do passado. E a nossa consciência, que é o desejo que experimentamos de não reinci-dir nas faltas já cometidas, nos con-cita à resistência àqueles pendores.

Fonte: O Livro dos Espíritos, questão 393, Editora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 9

Santo Afonso de LiguoriA história geral da Igreja, pelo ba-rão Henrion (Paris, 1851, tomo II, pág. 272), narra do modo seguinte o fato miraculoso que se deu com Afonso de Liguori:

“Na manhã de 21 de setembro de 1774, Afonso, depois de haver dito missa, atirou-se num sofá. Es-tava abatido e taciturno. Ficou sem fazer o menor movimento, sem ar-ticular uma só palavra de qualquer oração e sem se dirigir a pessoa al-guma e assim passou o dia todo e a noite que se lhe seguiu. Nenhum alimento ingeriu durante todo esse tempo e ninguém notou que ma-nifestasse o desejo de que lhe dis-pensassem qualquer cuidado. Logo que se aperceberam da situação em que ele se encontrava, os criados se colocaram próximos do seu quarto, mas não ousaram entrar.

“A 22, pela manhã, verificaram que Afonso não mudara de posição e não sabiam o que pensar disso. Temiam fosse mais do que um êx-tase prolongado. Entretanto, quan-do o dia já ia alto, Liguori tocou a campainha, para anunciar que queria celebrar missa. “Ouvindo aquele sinal, não só o irmão leigo que lhe ajudava a missa, como to-das as pessoas da casa e outras de fora acorreram pressurosas. Com ar

“A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se”.

(ESE, capítulo I, item 8).

de surpresa, pergunta o prelado por que tanta gente. Respondem-lhe que havia dois dias ele não falava, nem dava sinal de vida. “É verda-de, replicou; mas, não sabíeis que eu fora assistir o papa que acaba de morrer?”

“Uma pessoa que ouviu essa res-posta, no mesmo dia, a foi levar a Santa Ágata e a notícia ali se espa-lhou logo, como em Arienzo, onde

Afonso residia. Julgaram que aquilo fora apenas um sonho; não tardou, porém, chegasse a notícia da morte de Clemente XIV, que a 22 de setem-bro passara a outra vida, precisamen-te às 7 horas da manhã, no momento mesmo em que Liguori recuperara os sentidos.”

O historiador dos papas, Novaes, faz menção desse milagre, ao narrar a morte de Clemente XIV. Diz que o soberano pontífice deixou de viver a 22 de setembro, às 7 horas da manhã (a décima terceira hora para os italia-nos), assistido pelos gerais dos Agos-tinhos, dos Dominicanos, dos Obser-vantinos e dos Conventuais e, o que mais interessa, assistido miraculosa-mente, pelo bem-aventurado Afonso de Liguori, se bem que desprendido de seu corpo, conforme resultou do processo jurídico do mesmo bem--aventurado; processo que a Sagrada Congregação dos Ritos aprovou. Po-dem citar-se casos análogos ocorri-dos com Santo Antônio de Pádua, S. Francisco Xavier e, sobretudo, com Maria de Agreda, cujos desdobra-mentos se produziram durante mui-tos anos.

Fonte: A Alma é Imortal, Gabriel Dellane, capítulo IV, Editora FEB.

Espiritismo e Ciência

CURSOS E PATRONOS ESPIRITUAIS “O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”.

(O Livro dos Espíritos,Allan Kardec, Introdução VIII, 2º §)Nossa gratidão aos Patronos Espirituais dos Cursos pelo amparo e incentivo aos estudos.

• Patrono: Anália Franco (01/02/1853 – 20/01/1919)Curso: A Família na Visão Espírita

• Patrono : Gabriel Dellane (23/03/1857 – 15/02/1926)Curso: A Gênese

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 10

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Gotas de Luz

“Com Jesus representante máximo de Deus na Terra, as coisas se passaram de modo diferente. Seu estado de espírito era outro, sua evolução também era outra. Ele nos ensinou o sublime da caridade, ou seja, a caridade anônima, que ajuda sempre que pode e faz mais, vê onde existe necessidade para socorrer. E não poderia ser de outro modo. Jesus, o Mestre do Amor!."

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : BalthazarPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Emmanuel e o Evangelho dos Apóstolos

Solidão

À medida que te elevas monte acima, no desempenho do pró-prio dever, experimentas a soli-dão dos cimos e incomensurá-vel tristeza te constringe a alma sensível. Onde se encontram os que sorriram contigo no parque primaveril da primeira mocida-de? Onde pousam os corações que te buscavam o aconchego nas horas de fantasia? Onde se acolhem quantos te partilhavam o pão e o sonho, nas aventuras ridentes do início?

Certo, ficaram...Ficaram no vale, voejando

em círculo estreito, maneira das borboletas douradas, que se es-facelam ao primeiro contacto da menor chama de luz que se lhes descortine à frente.

Em torno de ti, a claridade, mas também o silêncio...

Dentro de ti, a felicidade de saber, mas igualmente a dor de não seres compreendido...

Tua voz grita sem eco e o teu anseio se alonga em vão.

Entretanto, se realmente so-bes, que ouvidos te poderiam escutar a grande distância e que coração faminto de calor do vale se abalançaria a entender, de pronto, os teus ideais de al-tura?

“O presidente, porém, disse: - mas, que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: - seja crucificado.” (Mateus, 27:23.).

Choras, indagas e sofres...Contudo, que espécie de re-

nascimento não será doloroso? A ave, para libertar-se, destrói

o berço da casca em que se for-mou, e a semente, para produ-zir, sofre a dilaceração na cova desconhecida.

A solidão com o serviço aos semelhantes gera a grandeza.

A rocha que sustenta a planí-cie costuma viver isolada e o Sol que alimenta o mundo inteiro brilha sozinho.

Não te canses de aprender a ciência da elevação.

Lembra-te do Senhor, que escalou o Calvário, de cruz aos ombros feridos. Ninguém o seguiu na morte afrontosa, à exceção de dois malfeitores,

constrangidos à punição, em obediência à justiça.

Recorda-te dele e segue... Não relaciones os bens que já

espalhaste.Confia no Infinito Bem que te

aguarda.Não esperes pelos outros, na

marcha de sacrifício e engran-decimento. E não olvides que, pelo ministério da redenção que exerceu para todas as criaturas, o Divino Amigo dos Homens não somente viveu, lutou e so-freu sozinho, mas também foi perseguido e crucificado.

Fonte: Fonte Viva, psicografia de Francisco Cândido Xavier, li-ção 70, Editora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 11

Estudando a Gênese

O Espiritismo não faz MilagresO Espiritismo, pois, vem, a seu turno, fazer o que cada ciên-cia fez no seu advento: revelar novas leis e explicar, conseguin-temente, os fenômenos com-preendidos na alçada dessas leis. Esses fenômenos, é certo, se prendem à existência dos Es-píritos e à intervenção deles no mundo material e isso é, dizem, o em que consiste o sobrenatu-ral. Mas, então, fora mister se provasse que os Espíritos e suas manifestações são contrárias às leis da Natureza; que aí não há, nem pode haver, a ação de uma dessas leis. O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à des-truição. Sua existência, portan-to, é tão natural depois, Como durante a encarnação; está sub-metido às leis que regem o prin-cípio espiritual, como o corpo o está às que regem o princípio material; mas, como estes dois princípios têm necessária afini-dade, como reagem incessante-mente um sobre o outro, como da ação simultânea deles resul-

Esta obra “tem por objetivo o estudo dos três pontos até agora diversamente interpretados e co-mentados: a Gênese, os milagres e as predições, em suas relações com as novas leis que decor-rem da observação dos fenômenos espíritas”.

(A Gênese, Introdução).

tam o movimento e a harmonia do conjunto, segue-se que a es-piritualidade e a materialidade são duas partes de um mesmo todo, tão natural uma quanto a outra, não sendo, pois, a primei-ra uma exceção, uma anomalia na ordem das coisas.

Durante a sua encarnação, o Espírito atua sobre a matéria por intermédio do seu corpo fluídico ou perispírito, dando-se o mesmo quando ele não está encarnado. Como Espírito e na medida de suas capacidades, faz o que fazia como homem; ape-nas, por já não ter o corpo car-nal para instrumento, serve-se, quando necessário, dos órgãos materiais de um encarnado, que vem a ser o a que se chama mé-dium. Procede então como um que, não podendo escrever por si mesmo, se vale de um secre-tário, ou que, não sabendo uma língua, recorre a um intérprete. O secretário e o intérprete são os médiuns de um encarnado, do mesmo modo que o médium é o secretário ou o intérprete de um Espírito.

Já não sendo o mesmo que

no estado de encarnação o meio em que atuam os Espíritos e os modos por que atuam, diferentes são os efeitos, que parecem so-brenaturais unicamente porque se produzem com o auxílio de agentes que não são os de que nos servimos. Desde, porém, que esses agentes estão na Na-tureza e as manifestações se dão em virtude de certas leis, nada há de sobrenatural, ou de mara-vilhoso. Antes de se conhecerem as propriedades da eletricidade, os fenômenos elétricos passa-vam por prodígios para certa gente; desde que se tornou co-nhecida a causa, desapareceu o maravilhoso. O mesmo ocorre com os fenômenos espíritas, que não são mais aberrantes das leis naturais do que os fenômenos elétricos, acústicos, luminosos e outros, que serviram de fun-damento a uma imensidade de crenças supersticiosas.

Fonte: A Gênese, Allan Kardec, capítulo XIII, itens 4, 5 e 6, Edi-tora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 12

A Teoria da Beleza

Obras Póstumas – Derradeiros Escritos

Dissertação sobre a beleza

A beleza, do ponto de vista pura-mente humano, é uma questão muito discutível e muito discutida. Para a apreciarmos bem, precisamos estu-dá-la como amador desinteressado. Aquele que estiver sob o encanta-mento não pode ter voz no capítulo. Também entra em linha de conta o gosto de cada um, nas apreciações que se fazem.

Belo, realmente belo só é o que o é sempre e para todos; e essa beleza eterna, infinita, é a manifestação divi-na em seus aspectos incessantemente variados; é Deus em suas obras e nas suas leis! Eis aí a única beleza absolu-ta. É a harmonia das harmonias e tem direito ao título de absoluta, porque nada de mais belo se pode conceber.

Quanto ao que se convencionou chamar belo e que é verdadeiramen-te digno desse título, não deve ser considerado senão como coisa essen-cialmente relativa, porquanto sempre se pode conceber alguma coisa mais bela, mais perfeita. Somente uma be-leza existe e uma única perfeição: Deus. Fora dele, tudo o que adornar-mos com esses atributos não passa de pálido reflexo do belo único, de um aspecto harmonioso das mil e uma harmonias da Criação.

Há tantas harmonias, quantos ob-jetos criados, quantas belezas típi-cas, por conseguinte, determinando o ponto culminante da perfeição que qualquer das subdivisões do elemen-to animado pode alcançar. — A pe-

O livro Obras Póstumas “representa o testamento doutrinário de Allan Kardec. Reúne os seus derradeiros escritos e anotações íntimas, destinados a servir, mais tarde, para a elaboração da História do Espiritismo que ele não pôde realizar. (...) Essa obra nos desvenda os segredos de uma vida missionária. Quanto à grandeza, basta vermos o que os Espíritos Superiores dizem em suas comunicações aqui (neste livro) reproduzidas”.

(J. Herculano Pires, Introdução do livro Obras Póstumas, 8ª edição, 1987, Editora LAKE).

Será a beleza coisa convencional e relativa a cada tipo? O que, para certos povos, constitui a beleza, não será, para outros, horrenda fealdade? Os negros se consideram mais belos que os brancos e vice-versa. Nesse conflito de gostos, haverá uma beleza absoluta? Em que consiste ela? Somos, realmente, mais belos do que os hotentotes e os cafres? Por quê? (...). Allan Kardec.

dra é bela e bela de modos diversos. — Cada espécie mineral tem suas harmonias e o elemento que reúne todas as harmonias da espécie pos-sui a maior soma de beleza que a espécie possa alcançar.

A flor tem suas harmonias; tam-bém ela pode possuí-las todas ou insulanamente e ser diferentemente

bela, mas somente será bela quando as harmonias que concorrem para a sua criação se acharem harmonica-mente fusionadas. — Dois tipos de beleza podem produzir, por fusão, um ser híbrido, informe, de aspecto repulsivo. — Há então cacofonia! Todas as vibrações, insuladamente, eram harmônicas, mas a diferença de tonalidade entre elas produziu um desacordo, ao encontrarem-se as ondas vibrantes; daí o monstro!

Descendo a escala criada, cada tipo animal dá lugar às mesmas ob-servações e a ferocidade, a manha, até a inveja poderão dar origem a belezas especiais, se estiver sem mistura o princípio que determina a forma. A harmonia, mesmo no mal,

produz o belo. Há o belo satânico e o belo angélico; a beleza enérgica e a beleza resignada.

Cada sentimento, cada feixe de sentimentos, contanto que seja har-mônico, produz um particular tipo de beleza, cujos aspectos humanos são todos, não degenerescências, mas esboços. É, pois, certo dizer-

mos, não que somos mais belos, po-rém que nos aproximamos cada vez mais da beleza real, à medida que nos elevamos para a perfeição.

Todos os tipos se unem harmoni-camente no perfeito. Daí o ser este o belo absoluto. — Nós que progredi-mos possuímos apenas uma beleza relativa, debilitada e combatida pe-los elementos desarmônicos da nos-sa natureza.

Lavater(Paris, 4 de fevereiro de 1869).

Fonte: Obras Póstumas, Allan Kar-dec, capítulo Teoria da Beleza, Editora FEB.

“Belo, realmente belo só é o que o é sempre e para todos; e essa beleza eterna, infinita, é a manifestação divina em seus

aspectos incessantemente variados; é Deus em suas obras e nas suas leis! Eis aí a única

beleza absoluta.”

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 13

Venha estudar conosco

a vida e as oBras de

Yvonne A. Pereira

Convite

Procure aSecretaria de Cursos

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Venha estudar conosco as obras de

André Luiz

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Venha estudar conosco as obras de

Léon Denis

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Deus – Causa Primeira

TeofaniaSanto Agostinho, o excelente cris-tão de Hipona, informava com ad-mirável propriedade: “Se ninguém me pergunta que é Deus, eu sei; se me pergunta, eu já não sei”, para depois esclarecer concludente: “Eu te procurava lá fora --- e eis que tu estavas dentro de mim!”.

As oportunas lições do eminente filósofo nos convidam a examinar o Criador na criação e senti-lO no imo da própria vida que vige em to-

“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. (O Livro dos Espíritos, questão 1).

A prova da existência de Deus se encontra “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”.

(O Livro dos Espíritos, questão 4).

das as coisas.Não poucas vezes, no entanto,

a precipitação de teólogos e exe-getas há procurado definir Deus, limitando-O na singeleza de al-guns verbetes, como se possível fora determinar o Ilimitado e limitar o Indefinível, que são atributos das suas perfeições.

Desejando elucidar as causas, perde-se o inquiridor na incógnita das origens e no incompreensível

dos fenômenos.Todavia, logicamente quanto

à realidade dos efeitos que pode constatar, de imediato lhe ocorrem as causas que os produzem, veri-ficando que estas por sua vez são efeitos de outras mais remotas, a se perderem além da dimensão atual do entendimento humano.

Em a natureza encontramos a obra de Deus e a imanência d’Ele manifestada em todas as coisas.

Imanência e transcendência do Criador próximo e remoto.

Assim, portanto, com muita sa-bedoria informaram as “Vozes dos Céus” ao Codificador do Espiritis-mo: “Deus está em toda parte na Natureza, como o espírito está em toda a parte no corpo”.

Joanna de Ângelis

Fonte: Lampadário Espírita, psico-grafia de Divaldo Pereira Franco, capítulo 2, Editora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 14

Vida – Dádiva de Deus

Suicídio – Solução IneficazVaidade e Suicídio

A vaidade consiste em uma estima exagerada por si mesmo. Foi considerada pela Igreja, duran-te muito tempo, como um dos sete pecados capitais; posteriormente, foi unida à soberba por ser interpre-tado que em ambas havia o mesmo componente: a vanglória.

Seja qual for a área de atuação (pessoal, profissional ou religiosa), a vaidade será sempre um fator de risco, impedindo que se atinja um bom resultado, quan-do não conduz ao fracasso total.

Jesus nos presenteou com uma das mais belas lições: a Parábola do Semeador, através da qual deu ênfase à boa terra, que reproduz a boa semente de forma abundante. Com base neste ensinamento, com-preendemos que também existe a terra apropriada para reproduzir a má semente.

No mundo não faltam os semea-dores da má semente da vaidade e es-píritos vaidosos, como boa terra para sua abundante reprodução. Destes, os Espíritos inferiores se servem dire-ta e indiretamente (através de outros encarnados) para abrir caminhos às ações perturbadoras de fascinação que, normalmente, culminam com o fracasso de qualquer empreendi-mento, inclusive, a própria vida.

Almerindo Martins de Castro, no livro “O martírio dos suicidas” (FEB) relata um exemplo, que trans-creveremos por considerá-lo opor-tuno:

Com grande tristeza, comoven-te e resignada, veio a um idôneo cenáculo espírita o depoimento de uma jovem, que fora na Terra

“A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no fu-turo dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio.”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item 14).“Os motivos de suicídio são de ordem passageira e humana; as razões de viver são de ordem eterna e sobre-humana.”

(Léon Denis, O Problema do Ser e do Destino, cap. X, Editora FEB).

boníssima criatura, filha dedicada, extremamente religiosa, católica praticante, pertencente ao grêmio das filhas de Maria da igreja que frequentava.

Trabalhando num emprego rela-tivamente bem remunerado, consa-grava-se a cuidar de sua velha mãe, da qual se tornara arrimo, pois não tinha outros parentes vivos. Mas, porque fosse de ótimos sentimentos e irrepreensível proceder, era alvo de muitos elogios pelo Beatério da Sacristia e isso bastante a impres-sionava agradavelmente, gerando--lhe quiçá um fundo de desculpá-vel vaidade.

Certa vez, ao passar por um gru-po de Beatas ouviu dizer:

- Esta menina se morresse, hoje, ia diretinho para o Céu!

E percebeu que a frase era apoiada e repetida por todas, que se voltaram para olhá-la.

Tais palavras penetraram no mais recôndito do seu Espírito e foram aprofundando a sua influên-cia, criando na sua imaginação, de crente acostumada às promessas de bem aventuranças e perdões a granel, um quadro mirífico de ven-turas celestiais.

- Ir para o Céu! – foi a moça re-petindo, caminho de casa, deslum-brada com a visão que sua fantasia forjou no pensamento.

E cada vez mais empolgada, pela ideia de ir para junto da Vir-gem Maria, chegou ao lar, foi para um aposento e suicidou-se.

São raros, entre nós, humanos, os que não trazem em si de forma latente ou em plena evidência, esse inimigo sutil e destruidor.

Permanente vigilância e redo-brado esforço são necessários para impedir a sua manifestação.

Os fatores externos, como elo-gios de amigos e familiares, apesar de não serem geradores da vaida-de (esta é intrínseca ao Espírito), poderão despertá-la. Isso se dá, naturalmente, em função da nossa imperfeição. Na fase de desenvol-vimento em que nos encontramos, primamos por uma boa imagem, refletida na expectativa positiva, sobre o que os outros pensam a nosso repeito. O perigo, no entan-to, inicia-se quando, iludidos pelas aparências, nos excedemos e trans-formamos o que poderia ser um no-bre ideal, em promoção pessoal.

O depoimento sobre a jovem, aqui transcrito, retrata muito bem a ação devastadora da vaidade, associada ao egoísmo. Percebe-se que o ideal religioso e o dever filial foram tragados pela tola ilusão de fugir da vida para conquistar o Céu. Ela pensou exclusivamente em si, es-quecendo-se da condição de arrimo de sua mãe já idosa.

Influenciada por Espíritos ar-dilosos, esqueceu que é na Terra, através do cumprimento do dever, da caridade e da humildade, que se dá a verdadeira conquista do céu (estado venturoso, paz de cons-ciência).

Fascinada pela vaidade de con-quistar o céu, projetou-se para a dolorosa experiência do suicídio.

Fonte: Um Trágico Equívoco, Alta-mir da Cunha, Editora O Clarim.

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 15

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Gotas de Luz

"Ouvimos falar da educação como forma adequada para se conduzirem as almas que precisam aprender a estimular-se para o progresso infinito. Os que participam do processo de envolvimento das criaturas no aprendizado são portadores de um mandato divino, embora as grandes dificuldades encontradas no homem de hoje."

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Yvonne Pereira – Uma Seareira de Jesus

Entrevista

“Esta mulher, extremamente corajosa, enfrentou, sem revoltas, uma encarnação de renúncias, de sofrimentos e de carências inomináveis e teve como prova mais dura, a meu ver, o conhecimento de várias encarnações passadas em que faliu sistematicamente”.

(Vera Leal Coutinho – Revista “O Médium”) - Fonte: O Voo de Uma Alma.

Pergunta: Como avalia a práti-ca mediúnica da atualidade?

Resposta: De modo geral precisamos estudar com mais veemência as obras da codi-ficação. Nem todos os que se apresentam como médiuns o são na realidade.

É mister, primeiro, o estudo doutrinário e o bom senso na orientação mediúnica. Se os cursos doutrinários são reco-mendados e comemorados em nossas Casas, a “indústria” de médiuns nos preocupa.

A mediunidade é uma fa-culdade natural e não deve ser “forçada”. Nossos núcleos de-vem apenas oferecer o ambiente propício de estudo doutrinário, fé raciocinada, verdade e frater-nidade para que se ela, a mediu-nidade, existir, o médium receba a educação necessária ao seu amadurecimento e à sua condu-ção.

A valorização de tudo quan-to se sente na reunião mediúni-ca, sem o crivo da razão, tem produzido muitos falsos mé-diuns que, embora não sendo maus, nem desonestos, mer-gulham nos seus sonhos e an-seios, produzindo uma encena-ção fruto da falta de orientação

doutrinária segura.Com isso, oferecemos vas-

to material aos opositores que, frequentemente, apon-tam os médiuns como por-tadores de desequilíbrios ou excentricidade mental.

Necessário mais rigor dou-trinário e madura reflexão acerca das técnicas utilizadas na educação do médium.

Se não oferecermos valo-rização demasiada aos fenô-menos espíritas, estudando--os e dignificando-os com a verdade, teremos a esponta-neidade da faculdade mediú-nica, em favor da realidade

que não coaduna com a ilusão.

Yvonne Pereira

Fonte: O Zelo da Tua Casa, Diversos Espíritos, psicografia de Emanuel Cristiano, Editora Allan Kardec.

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 16

Homenagem Especial

Santuário MaternoNo nosso tempo, mamãe!...Eu era pequenina e louçã. Você es-tuante de vigor, tomava-me pelas mãos, que mil vezes as suas uniram para o poema da oração, e me con-duzia pelo bosque festivo da vida, cantando aos meus ouvidos musi-cados pela sinfonia da Natureza as gloriosas mensagens do existir.

As primaveras se sucediam e quase não percebíamos o passar das festas das Estações...

Ainda me recordo das suas nar-rativas comoventes a respeito de um Nascimento sublime, quando nos sentávamos entusiasmadas no chão da sala de nossa casa, arman-do o presépio evocativo...

Sua palavra delicada recordava a mais linda história e a mais fas-cinante Vida, fazendo-me estreme-cer cada vez, porque sempre nova e sempre bela a evocação do Na-tal nos seus lábios emoldurados de bondade e nos seus olhos orvalha-dos de lágrimas.

Quantas vezes, ao anoitecer, no seu colo quase a dormir, você me ensinava contar as estrelas que sur-giam, falando-me desses ninhos de vidas e de luzes que minhas peque-nas mãos, não em poucas tentati-vas, buscavam alcançar?!...

Noutras oportunidades, quando comecei a compreender os sofri-mentos humanos e lhe percebi na face os primeiros sulcos das agonias suportadas heroicamente, você sor-rindo, me convidava a confiar nEle, o Menino Divino, não me permitin-do sofrer com a sua aflição.

O tempo mostrou-me a sua grandeza, através das incontáveis renúncias que você soube impor, e da resignação que lhe aureolou a fronte até à velhice consagrada ao bem.

Recordo-me de você, mamãe, e toda vibro de sadia emotividade. Pelas telas das recordações repas-sam todas as horas da nossa con-vivência, e eu me ergo em oração para agradecer a Deus a mãe que

você foi para mim.Evocando-a em toda a sua gran-

diosidade de quase santa que você foi, compadeço-me da maternida-de ultrajada e negaceada destes dias de inquietação e tormento, deixando-me vencer por justa pre-ocupação.

Quando ser mãe se transforma em lamentável questão de laborató-rio ou se converte em problema de programação racional, em face de imposições financeiras, e quando os anovulatórios obstruem a porta estelar do berço, sim, compreendo que a escassez de amor, na Terra, é o fermento de dores acerbas que não tardarão.

Eu que recebi a alta concessão de poder voltar ao palco da carne através de mulheres como você, ricas de abnegação, bendigo-a, enquanto choro por aquelas que

enlouquecem na soledade e no abandono, sem a recordação se-quer de duas mãos e dois braços pequeninos, parecidos a asas que um dia lhes rociassem os cora-ções...

Por tudo isso, junto as minhas às suas mãos e num presépio simbóli-co, evocativo, voltamos a orar, no Dia das Mães, pela mulher infortu-nada que esqueceu ou não deseja santificar a própria vida, fazendo--se santuário, transfigurando-se em mãe.

Amélia Rodrigues

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na sessão da noite de 17/3/1970, no Centro Es-pírita “Caminho da Redenção”, em Salvador, Bahia.).

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 17

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Gotas de Luz

"N a progressão dos espíritosnão nos esqueçamos em nenhum momento do nosso livre-arbítrio. O homem pode recalcitrar contra o bem, pode escolher a companhia dos maus ou, ainda pode dirigir seus pensamentos e atos para as áreas de inferioridade. Mas, um dia, ele terá que dar o passo definitivo na direção do bem e corrigir todos os erros cometidos em vidas anteriores."

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Medicina Espiritual - A Cura Real

A mediunidade de cura “é uma mediunidade em que a doação do fluido do médium é apropriada para exercer a cura das doenças de modo rápido. A única diferença do médium comum para o médium cura-dor é que o médium curador exerce uma ação curativa de modo mais ou menos rápi-do. Uma pessoa que não seja médium curador poderá, no curso de muitos passes, pro-vocar a cura de determina-da doença, não de todas. Já o médium curador consegue exercer, com sua ação cura-tiva, uma cura eficaz mais ou menos rápida ou, pelo menos, a interrupção do curso da doença. Esta é a grande diferença do mé-dium curador para o médium comum”. (Aula dada por Altivo Pamphi-

“O corpo reflete o que há no Espírito. Sendo assim, o Espírito precisa ser curado primeiro. A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra, do Espírito”.

(Ignácio Bittencourt -19/04/1862 – 18/02/1943).

ro, em 20/08/1990, no Curso de Orientação Mediúnica e Passes. COMP, CELD).“A identificação de um mé-dium curador pode dar-se em duas circunstâncias:1ª) Pela informação do Plano Espiritual;2ª) Pela própria experiência, ou seja, curou alguém ao to-car a parte doente da pessoa. Outros sinais também podem se fazer sentir, como: formiga-mento nos braços; sensação de peso; sensação de plenitu-de gástrica; bem estar após um trabalho de cura”.

Fonte: Técnica de Passes – Ba-ses e Princípios do Passe, Luiz Dallarosa e colaboradores, ca-pítulo 12, Editora CELD.

Mediunidade de Cura eMediunidade Passista

“A emissora da Fraternidade”

Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400

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Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 18

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O Livro dos Médiuns Allan Kardec

ConviteO Evangelho de Maria

Maria de Nazaré - Mãe de Jesus

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

ConviteVenha estudar conosco

A Família na Visão Espírita

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Com delicadeza extrema, Paulo visitou a Mãe de Jesus na sua casi-nha singela, que dava para o mar. Impressionou-se fortemente com a humildade daquela criatura sim-ples e amorosa, que mais se asse-melhava a um anjo vestido de mu-lher. Paulo de Tarso interessou-se pelas suas narrativas cariciosas, a respeito da noite do nascimento do Mestre, gravou no íntimo suas divinas impressões e prometeu voltar na primeira oportunidade, a fim de recolher os dados indispen-sáveis ao Evangelho que pretendia escrever para os cristãos do futu-ro. Maria colocou-se à sua dispo-sição, com grande alegria.O projeto deste Evangelho conti-nuou a ser alimentado, mas difi-cultado pelas viagens constantes do apóstolo.Estando preso na Cesareia, Paulo resolveu encarregar Lucas da re-dação.A esse tempo, o ex-doutor de Jeru-salém chamou a atenção de Lucas

para o velho projeto de escrever uma biografia de Jesus, valendo--se das informações de Maria; lamentou não poder ir a Éfeso, incumbindo-o desse trabalho, que reputava de capital importância para os adeptos do Cristianismo. O médico amigo satisfez-lhe inte-gralmente o desejo, legando à pos-teridade o precioso relato da vida do Mestre, rico de luzes e esperan-ças divinas.

Emmanuel (¹)

Por isso o Evangelho de Lucas é também conhecido como o Evan-gelho de Maria.

(¹) Paulo e Estêvão, Emmanuel / Francisco Cândido Xavier.

Fonte: Maria, Mãe de Jesus, Fran-cisco Cândido Xavier e Yvonne A. Pereira, coordenador: Edison Car-neiro, Editora Aliança.

Clareando / Ano XV / Edição 164 / Maio . 2017 - Pág . 19

Suplemento Infantojuvenil

A Tábua“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas, quando você evangeliza, salva”.

(Amélia Rodrigues)

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário

infantil e juvenil escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .

Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês:livro infantil:minha amiga Joanna de Ângelis, hu rivas

editora leal.

livro Juvenil:maria de nazaré, roque JaCinto,editora luz no lar.

Quando menino eu era traquinas, rabugento, res-pondia a tudo que me dissessem e não contribuía ab-solutamente para que nossa casa fosse um paraíso. Muito pelo contrário!

Meus pais me aconselhavam com paciência infini-ta e com muito amor sem que eu, entretanto, seguisse os seus conselhos.

Um dia papai me chamou para conversarmos. Eu tinha feito diabruras de toda espécie e pensei que ele tinha perdido a paciência e ia, ou dar-me uma surra, ou um castigo e uma repreensão.

Ele, todavia, não fez nada disso. Não parecia abor-recido e simplesmente me disse:

- Filho, eu percebo que você não tem ideia do que é a sua conduta. Mas pensei em algo que poderá mos-trar-lhe isso muito bem. É uma brincadeira, mas pode-rá ajudá-lo muito. Venha comigo.

Levou-me à sua improvisada oficina de trabalho. Lá dentro falou-me:

- Veja, tenho aqui uma tábua nova, lisa e bonita. Todas as vezes que você desobedecer ou tiver uma ação indevida, espetarei um prego nela.

Pobre tábua! Em breve estava crivada de pregos! Mas, a cada vez que eu ouvia meu pai batendo o mar-telo, sentia um aperto por dentro. Não era só a perda daquela tábua tão bonita, aquilo era, também, uma humilhação que eu mesmo me infringia.

Até que um dia, quando já havia pouco espaço para outros pregos, eu me compadeci da tábua e dese-

jei, de todo coração, vê-la nova, bonita e polida como era. Fui correndo fazer essa confissão ao meu pai e ele, fingindo ter pensado um pouco, me disse:

- Podemos tentar uma coisa. De cada vez que você se portar bem, em qualquer situação, eu arranco um prego. Vamos experimentar.

Os pregos foram desaparecendo até que, ao fim de certo tempo, não havia nenhum. Mas não fiquei con-tente. É que reparei que a tábua, embora não tivesse pregos, guardava as marcas deles.

Discuti isso com meu pai que me respondeu: - É verdade, meu filho, os pregos desapareceram,

porém as marcas nunca poderão ser apagadas. Acon-tece o mesmo com o nosso coração. Cada má ação que praticarmos deixa nele uma feia marca. E mesmo que deixarmos de cometer a falta, a marca fica lá: é a culpa.

Nunca mais me esqueci daqueles pregos e da tábua lisa e polida, cuja beleza foi inapelavelmente destruí-da. E passei a tomar muito cuidado para que a sen-sação da culpa não marcasse daquela forma o meu coração. Essa experiência me fez pensar muito e estou certo de que uma vida digna e bem vivida poderá levar um coração, até o fim, a se manter livre de qualquer prego e das marcas consequentes...

Fonte: E Para o Resto da Vida, Wallace Leal Rodri-gues, Editora O Clarim.