Curso Sistema Financeiro Nacional p/ Concurso BRDE

141
Aula 00 Sistema Financeiro Nacional p/ BRDE (Analista de Projetos - Área Econômico-Financeira) C/ videoaulas Professor: Vicente Camillo 00000000000 - DEMO

Transcript of Curso Sistema Financeiro Nacional p/ Concurso BRDE

  • Aula 00

    Sistema Financeiro Nacional p/ BRDE (Analista de Projetos - reaEconmico-Financeira) C/ videoaulas

    Professor: Vicente Camillo

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 1 de 139

    Contedo

    1. APRESENTAAO ................................................................................................... 2

    2. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ........................................................... 5

    3. INSTITUIES NORMATIVAS .................................................................... 15

    3.1. CONSELHO MONETRIO NACIONAL ........................................................... 15

    3.2. CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (CNSP) ................... 28

    3.3. CONSELHO NACIONAL DE PREVIDNCIA COMPLEMENTAR (CNPC) .. 29

    4. INSTITUIES SUPERVISORAS ............................................................... 31

    4.1. BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN) ..................................................... 31

    4.2. COPOM ............................................................................................................... 47

    4.3. COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS (CVM) ..................................... 54

    4.4. CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (CRSFN) ............................................................................................................................ 68

    4.5. SUPERINTENDNCIA DE SEGUROS PRIVADOS (SUSEP) ...................... 75

    4.6. SUPERINTENDNCIA NACIONAL DE PREVIDNCIA COMPLEMENTAR (PREVIC) .......................................................................................................................... 76

    5. LISTA DE QUESTES APRESENTADAS .................................................. 83

    6. ANEXO: LEI 4.595/64 COMENTADA ..................................................... 111

    AULA 00: ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL I

    - CONSELHO MONETRIO NACIONAL. BANCO CENTRAL DO

    BRASIL. COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS. CONSELHO

    DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL.

    CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS.

    SUPERINTENDNCIA DE SEGUROS PRIVADOS. CONSELHO

    NACIONAL DE PREVIDNCIA COMPLEMENTAR.

    SUPERINTENDNCIA NACIONAL DE PREVIDNCIA

    COMPLEMENTAR.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 2 de 139

    1. APRESENTAAO

    Estimado aluno (a), tudo bem?

    Fico muito satisfeito em ministrar este curso de SISTEMA

    FINANCEIRO NACIONAL P/ BRDE (ANALISTA DE PROJETOS -

    REA ECONMICO-FINANCEIRA) C/ VIDEOAULAS e poder te

    auxiliar na aprovao deste certame e rgo to estimados!

    O curso est sendo lanado com base no edital publicado pela

    FUNDATEC 1 . ( importante citar que o presente curso

    contempla 100% do contedo exigido pelo edital).

    Bom, meu nome Vicente Camillo, sou economista formado pela

    Universidade Estadual Paulista (UNESP) e atualmente trabalho na

    Comisso de Valores Mobilirios, cuja sede (meu local de trabalho)

    no Rio de Janeiro/RJ. L trabalho com a regulao das

    companhias abertas, alm de representar a autarquia em fruns

    nacionais e internacionais sobre governana corporativa e

    desenvolvimento.

    Ministro aulas de Economia e Sistema Financeiro aqui no

    Estratgia Concursos, alm de tambm colaborar em outros

    cursos virtuais e presenciais nas disciplinas de Economia, Sistema

    Financeiro e Finanas Pblicas.

    Alm do meu e-mail [email protected] e do Frum de

    Dvidas disponvel na rea restrita aos alunos matriculados no

    curso, voc pode me encontrar em minha pgina pessoal do

    Facebook, onde posto, rotineiramente, materiais, dicas, exerccios

    resolvidos e assuntos relacionados. s acessar em:

    https://www.facebook.com/profvicentecamillo.

    Nosso curso ser dividido em 07 aulas. Em todas adotaremos a

    mesma metodologia: apresentao terica e resoluo de

    1 http://publicacoes.fundatec.com.br/portal/concursos/editais/edital_3594247f67.pdf

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 3 de 139

    (muitos!) exerccios. Como a banca no possui tradio na

    matria, esto inclusos exerccios das bancas mais tradicionais

    (CESPE, ESAF, CESGRANRIO, FGV e FCC), cobrados at 2016,

    destacando que o presente curso privilegia questes de mltipla

    escolha.

    O curso tambm ir tambm contemplar videoaulas para todos os

    tpicos.

    O aluno interessado na aprovao neste certame necessita cumprir

    com dois objetivos: compreender a matria e saber resolver as

    questes. Nada adianta saber tudo sobre mercado de valores

    mobilirios, mas no ter a prtica (a manha) na resoluo de

    questes. Afinal, o que importa pontuar o mximo possvel na

    prova!

    Por isto que me comprometo na oferta destes dois pressupostos

    necessrios para sua aprovao. A apresentao da teoria ser feita

    de modo a facilitar a compreenso e memorizao da mesma. A

    resoluo de questes permite colocar em prtica o esforo da

    compreenso.

    E, como no poderia ser diferente, me comprometo na oferta do

    melhor curso sobre o assunto. Afinal, os temas aqui apresentados

    fazem parte do meu dia-a-dia de trabalho, alm de serem um dos

    meus temas preferidos na vida pessoal e profissional.

    Espero que esteja pronto para iniciar esta caminhada.

    Antes de iniciar, segue um aviso e o cronograma de aulas para sua

    organizao e conhecimento.

    Este curso protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei

    9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos

    autorais e d outras providncias. Grupos de rateio e pirataria so

    clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os

    cursos.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 4 de 139

    Espero que aprecie a experincia e apresente o resultado to

    esperado: a aprovao!

    Sucesso e bons estudos!

    AULA CONTEDO DATA

    Aula 0 Organizao, estrutura e composio

    do Sistema Financeiro Nacional I Subsistema normativo

    01/12

    Aula 1

    Organizao, estrutura e composio

    do Sistema Financeiro Nacional II Subsistema operativo, Bancos de

    Desenvolvimento e Sistema Nacional

    de Crdito Cooperativo

    05/12

    Aula 2 Regulamentao prudencial: Acordo

    de Basilia 10/12

    Aula 3

    Resolues do Banco Central do Brasil

    referente a Gesto de Controles

    Internos (2.554), Gesto de Riscos de

    crdito, liquidez, operacional,

    sustentabilidade, imagem, de capital.

    20/12

    Aula 4 Governana corporativa Conceitos, pilares, principais prticas segundo

    IBGC e Compliance

    31/12

    Aula 5

    Anlise de Crdito e Risco: conceitos,

    polticas de crdito, a anlise de

    crdito, o processo de crdito, a

    lgica da anlise, padronizao do

    processo de anlise credit scoring, a

    definio dos limites de crdito,

    garantias, gesto do risco e da

    carteira, reviso de crdito

    10/01

    Aula 6 Lei dos crimes de "lavagem de

    dinheiro" (Lei n 9.613/1998)

    20/01 00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 5 de 139

    2. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

    O Sistema Financeiro Nacional (SFN) nosso ponto de partida,

    pois rene instituies, pblicas e privadas, que permitem a

    realizao dos fluxos de renda entre os agentes superavitrios e os

    agentes deficitrios da economia.

    Como assim?

    Na economia h dois tipos de pessoas: aquelas que poupam,

    consumindo menos do que ganham e aquelas que no poupam, ou

    seja, gastam mais do que seus rendimentos.

    Imagine quo difcil (e desorganizado) seria o encontro entre

    estas pessoas. As que gastam mais do que a renda, seja para

    consumir ou investir, necessitam de recursos extras para cumprir

    com suas obrigaes.

    Os indivduos que poupam gostariam de aplicar seus recursos,

    obtendo remunerao extra em alguma aplicao financeira.

    Para resolver este problema foi criado o SFN: reunir as

    instituies que realizam a intermediao entre agentes

    credores (superavitrios) e agentes devedores (deficitrios).

    Como veremos adiante, estas instituies, alm de intermediar o

    fluxo de recursos entre poupadores e devedores, realizam diversas

    outras funes, como a regulao do prprio sistema, e o auxlio

    para que a intermediao ocorra da forma mais eficiente possvel.

    Esta a funo principal.

    Mas, como tudo na vida, h outras funes pelas quais o SFN

    existe.

    H, inclusive, uma funo estabelecida pela prpria Constituio

    Federal de 1988 (CF/88).

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 6 de 139

    No artigo 192, a CF/88 dispe que o SFN estruturado de forma

    a promover o desenvolvimento equilibrado do Pas e servir

    aos interesses da coletividade.

    Nada mais natural. Afinal, o desenvolvimento equilibrado do Pas

    depende de eficiente intermediao financeira, efetuada pelas

    instituies que compem o SFN.

    s pensar no seguinte: as empresas interessadas em investir no

    Pas, promovendo emprego e crescimento econmico, no dispem

    de todo o capital necessrio para tanto. Desta maneira, necessitam

    recorrer s instituies financeiras para captar recursos para seus

    investimentos. Quanto mais eficiente esse processo (intermediao

    financeira), mais barato pode custar estes recursos, incentivando

    mais investimentos, mais gerao de empregos e assim por diante.

    Desta forma, o SFN tambm atende funo de promover

    desenvolvimento equilibrado.

    Outra funo importante a fiscalizao do funcionamento do

    prprio sistema. Afinal, nada adianta promover a interao entre

    poupadores e devedores e no fiscalizar.

    Desta maneira, o SFN serve tambm para fiscalizar o Sistema

    Financeiro Nacional, atravs de instituies (que veremos

    adiante) que servem para isto.

    Por fim, a ltima funo a diversificao de riscos.

    No se assuste com o nome!

    Diversificar riscos serve para reduzir riscos de calote no sistema

    financeiro.

    Vamos citar um exemplo.

    O professor precisa de recursos para adquirir uma empresa. O

    aluno, poupador e prudente, possui este recurso, mas considera o

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 7 de 139

    professor caloteiro e, desta maneira, no ir emprestar recursos

    ao professor.

    Estaramos em uma situao complicada, pois os investimentos

    pretendidos pelo professor podem apresentar bons resultados no

    futuro, contribuindo no desenvolvimento. Mas, como no possui

    recursos para tanto, no os realiza.

    Mas, se o aluno (assim como outras pessoas) decide depositar seus

    recursos em entidades do SFN (como um banco comercial, por

    exemplo), esta pode intermediar a captao de recursos e a

    concesso de financiamento para os investimentos do professor.

    Naturalmente, caso o professor no pague as parcelas do

    emprstimo (cumprindo a profecia de caloteiro), o banco no iria

    se ver em situao difcil, pois uma grande instituio.

    Desta forma, houve diversificao de risco atravs do SFN. O aluno

    no ir ficar prejudicado, pois suas economias continuaro l

    mesmo com o calote do professor. Os demais poupadores, assim

    como a instituio financeira, tambm se sentiro na mesma

    situao confortvel, visto a diversificao de risco realizada.

    Portanto, podemos resumir as funes do SFN antes de continuar

    com a aula:

    Intermediao de recursos entre poupadores e

    devedores

    Promover o desenvolvimento equilibrado

    Fiscalizao das instituies participantes

    Diversificao de riscos.

    O que acham de analisarmos uma questo sobre o assunto?

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 8 de 139

    1. (CESPE Banco do Brasil 2009) O SFN atua na

    intermediao financeira, ou seja, no processo pelo qual os

    agentes que esto superavitrios, com sobra de dinheiro,

    transferem esses recursos para aqueles que estejam

    deficitrios, com falta de dinheiro.

    Tente

    Resolver

    a Questo

    Sozinho

    Na prxima pgina, a soluo.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 9 de 139

    exatamente a funo de intermediao. Ou seja, o SFN promove

    de maneira mais eficiente a intermediao de recursos entre os

    agentes superavitrios aos deficitrios.

    GABARITO: CORRETO

    Bom, j conhecemos as funes do SFN.

    Mas, quais as instituies que dele fazem parte?

    Esta a diviso do SFN proposta pelo Banco Central e apresentada

    no stio eletrnico da prpria entidade. Resumidamente, as

    entidades pertencentes ao SFN esto divididas entre rgos

    normativos, entidades supervisoras e operadores:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 10 de 139

    rgos Normativos Constitudos por instituies que

    estabelecem as diretrizes e normativas gerais do SFN. A

    principal entidade o Conselho Monetrio Nacional.

    Entidades Supervisoras Enquanto os rgos normativos

    estabelecem as diretrizes, as entidades supervisoras regulam e

    fiscalizam as atividades das entidades que pretende regular.

    Podem, inclusive, aplicar multas e demais sanes s entidades que

    no atendem aos determinantes regulamentares.

    importante frisar que mesmo que chamadas de supervisoras,

    estas entidades tambm elaboram normas (regulamentam) nos

    mercados que supervisionam. Por exemplo: a CVM entidade

    supervisora do ponto de vista do SFN, mas, por regulamentar o

    mercado de capitais, tambm pode ser entendida como entidade

    normativa em relao ao mercado de capitais.

    O modo como so classificadas depende do referencial (se do ponto

    de vista do SFN, ou do ponto de vista do mercado em que atuam),

    ou da viso do autor.

    Operadores Todas as demais entidades que fazem parte

    do SFN e participam da intermediao financeira. Nesta aula, elas

    esto divididas em Instituies Financeiras Bancrias, Instituies

    Financeiras No Bancrias e Instituies Financeiras Auxiliares.

    Esta a definio estabelecida pelo prprio Banco Central. No

    entanto, alguns autores ensinam outras formas de se classificar as

    instituies pertencentes ao sistema financeiro.

    Abaixo segue a forma mais conhecida. No entanto, ateno: o

    quadro abaixo difere da classificao apresentada pelo Banco

    Central, que a qual iremos focar nestas aulas.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 11 de 139

    Nota-se, por exemplo, que na classificao anterior o Banco do

    Brasil apresentado como uma instituio normativa. No entanto,

    na classificao proposta pelo Banco Central, o Banco do Brasil

    uma instituio financeira operadora.

    Por isso que, mais uma vez, fao esta ressalva: utilizaremos a

    classificao do Banco Central. A outra est contida nesta aula a

    ttulo de curiosidade e cautela.

    Ainda, segue outra forma amigvel de visualizarmos as mesmas

    instituies, adicionando mais categorizaes. Segue abaixo2:

    2 Segundo Faccini, Leonardo Mercado de Valores Mobilirios: teoria e questes Rio de Janeiro:

    Eduitora GEN, 2015

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 12 de 139

    evidente que todas as representaes acima citadas significam o

    mesmo conceito. Diferem, apenas, na classificao das instituies.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 13 de 139

    Desta forma, importante a apresentao de todas elas, para

    evitar alguma surpresa em sua prova.

    Todas as instituies solicitadas pelo Edital sero contempladas a

    partir de agora. Iniciamos com o Conselho Monetrio Nacional.

    Antes, duas questes:

    2. (FCC Banco do Brasil - 2011) O Sistema Financeiro

    Nacional integrado por:

    (A) Ministrios da Fazenda e do Planejamento, Oramento e Gesto.

    (B) Secretaria do Tesouro Nacional e Conselho Monetrio Nacional.

    (C) rgos normativos, Entidades supervisoras e Operadores.

    (D) Receita Federal do Brasil e Comisso de Valores Mobilirios.

    (E) Secretarias estaduais da Fazenda e Ministrio da Fazenda.

    03. (CESPE - Banco do Brasil - 2009) O Banco Nacional de

    Desenvolvimento Econmico e Social uma das principais

    entidades supervisoras do SFN.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 14 de 139

    02. Como vimos, o SFN composto de rgos normativos,

    Entidades supervisoras e Operadores.

    GABARITO: LETRA C

    03. Claro que no! Citamos acima que as entidades supervisoras

    so o BACEN, a CVM, a SUSEP e a PREVIC. Portanto, no h o

    BNDES neste rol.

    GABARITO: ERRADO

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 15 de 139

    3. INSTITUIES NORMATIVAS

    Como o prprio nome sugere, as instituies normativas so as

    responsveis por estabelecer as normas gerais do SFN e de seus

    mercados. A instituio normativa por excelncia o CMN

    (normatiza os mercados de cmbio, capitais, crdito e

    monetrio). Ele o cobrado pelo nosso edital; no entanto, o CNSP

    tambm apresentado.

    Antes de iniciarmos o estudo das instituies, fao uma importante

    ressalva: todo o contedo apresentado est baseado nas Leis

    4.595/64 (Lei do Sistema Financeiro Nacional) e 9.069/95 (Lei do

    Plano Real). Ocorre que a Lei 4.595/64 foi atualizada desde que

    publicada, mas muitas das suas atualizaes no esto refletidas

    em seu texto legal.

    Isto significa que as bancas, ao cobrarem a letra da lei, solicitam

    dispositivos que no esto mais em vigor. Para lidar com este

    problema resolvi apresentar o contedo legal no decorrer da aula,

    exatamente como as Leis apresentam em seus textos legais. Ao

    final da aula est apresentada a LEI 4.595 COMENTADA, anexo

    em que so discutidas estas alteraes normativas supervenientes e

    como funciona atualmente nosso Sistema Financeiro Nacional. Peo

    que no perca isto de vista e estude das duas formas: pela aula (lei

    seca) e pelo anexo (SFN na prtica).

    Bom, vamos iniciar.

    3.1. CONSELHO MONETRIO NACIONAL

    O Conselho Monetrio Nacional (CMN) foi criado pela Lei 4.595

    de 1964.

    composto pelo Ministro da Fazenda (que o Presidente do CMN),

    pelo Ministro do Planejamento, Oramento e Gesto (MPOG) e pelo

    Presidente do Banco Central do Brasil.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 16 de 139

    Portanto, que fique memorizada a composio do CMN:

    Ministro da Fazenda o Presidente do CMN

    Ministro do MPOG

    Presidente do BACEN

    As reunies do CMN so realizadas, ordinariamente, 1 vez por

    ms. O Presidente do CMN pode convocar reunies extraordinrias

    quando lhe for conveniente.

    As deliberaes do CMN so realizadas mediante resolues, por

    maioria de votos, cabendo ao Presidente a prerrogativa de

    deliberar, nos casos de urgncia e relevante interesse, ad

    referendum dos demais membros.

    Mas o que seria esse tal de ad referendum?

    Quando a matria urgente e de interesse relevante (guarde

    esta hiptese, pois apenas nela pode haver este tipo de

    deliberao), o Presidente decide a matria e depois submete o

    assunto, na reunio seguinte do Conselho, ao referendo dos demais

    membros (Ministro do MPOG e Presidente do BACEN). Ou seja,

    necessrio que os demais membros ratifiquem a deciso tomada

    pelo Presidente do CMN.

    O Conselho possui funo exclusivamente normativa, ou seja, atua

    na fixao e estabelecimento de diretrizes, regulamentao,

    regulao e disciplina do SFN.

    interessante recordar estas expresses grafadas acima, pois elas

    podem fazer diferena no momento da prova. Afinal, como o CMN

    no possui atividade executiva, qualquer questo que apresente,

    entre suas funes, termos como executar, fiscalizar,

    supervisionar, efetuar, receber, fazer, entre outras afins,

    suspeita.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 17 de 139

    Um timo exemplo foi dado no concurso de Escriturrio do Banco do

    Brasil realizado em 2012. Vejamos:

    4. (CESGRANRIO BANCO DO BRASIL 2012) O Sistema

    Financeiro Nacional formado por um conjunto de

    instituies voltadas para a gesto da poltica monetria do

    Governo Federal, cujo rgo deliberativo mximo o

    Conselho Monetrio Nacional.

    As funes do Conselho Monetrio Nacional so

    (A) assessorar o Ministrio da Fazenda na criao de polticas

    oramentrias de longo prazo e verificar os nveis de moedas

    estrangeiras em circulao no pas.

    (B) definir a estratgia da Casa da Moeda, estabelecer o equilbrio

    das contas pblicas e fiscalizar as entidades polticas.

    (C) estabelecer as diretrizes gerais das polticas monetria, cambial

    e creditcia; regular as condies de constituio, funcionamento e

    fiscalizao das instituies financeiras e disciplinar os instrumentos

    das polticas monetria e cambial.

    (D) fornecer crdito a pequenas, mdias e grandes empresas do

    pas, e fomentar o crescimento da economia interna a fim de gerar

    um equilbrio nas contas pblicas, na balana comercial e,

    consequentemente, na poltica cambial.

    (E) secretariar e assessorar o Sistema Financeiro Nacional,

    organizando as sesses deliberativas de crdito e mantendo seu

    arquivo histrico.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 18 de 139

    Mesmo no tendo sido apresentadas as funes do CMN (o que ser

    feito a seguir), podemos ver que as alternativas a, b, d e e

    apresentam funes distintas das diretrizes gerais do SFN. A letra

    d chega a citar, inclusive, que cabe ao CMN conceder

    emprstimos, o que , evidentemente, um absurdo.

    J a alternativa c contm os termos condizentes com a funo

    normativa exercida pelo CMN. Ou seja, regular estabelecer

    diretrizes e disciplinar totalmente compatvel com as funes

    normativas que o CMN exerce.

    GABARITO: LETRA C

    Continuando, devemos compreender que a funo primeira do CMN

    formular a poltica da moeda e do crdito. Moeda e crdito

    so as formas principais em que os recursos so transferidos entre

    os agentes superavitrios e deficitrios na economia.

    Ou seja, esta funo primria deve permitir que a poltica de moeda

    e crdito atenda ao progresso econmico e social do Pas, assim

    como seja administrada de maneira eficiente, a fim de manter a

    estabilidade do SFN e, em ltima anlise, do prprio Pas.

    No entanto, formular a poltica de moeda e crdito algo muito

    amplo e abstrato. O CMN tambm atua de forma mais prtica,

    atendendo a diversas funes que objetivam a formulao da

    poltica de moeda e crdito.

    Vejamos as principais com os devidos comentrios. Ressalta-se que

    as funes aqui citadas da mesma maneira que na Lei, pois como

    geralmente a banca solicita na prova

    Regular o valor interno da moeda - Serve tanto para

    prevenir, como corrigir os surtos inflacionrios ou deflacionrios de

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 19 de 139

    origem interna ou externa, as depresses econmicas e outros

    desequilbrios oriundos de fenmenos conjunturais. Ligada a esta

    funo, esto tambm as medidas adotadas pelo CMN para

    adaptar o volume dos meios de pagamento s reais

    necessidades da economia nacional e seu processo de

    desenvolvimento. Neste sentido, a Lei que instituiu o Plano Real

    estabelece que cabe ao CMN estabelecer o conceito ampliado de

    moeda, alm de autorizar o Banco Central a exceder em at 20%

    (vinte por cento) as emisses de reais autorizadas, em situaes

    extraordinrias.

    Regular o valor externo da moeda e o equilbrio no

    balano de pagamento do Pas, tendo em vista a melhor

    utilizao dos recursos em moeda estrangeira O CMN pode

    editar diretrizes com o objetivo de regular o valor da moeda

    nacional em relao ao valor das moedas internacionais,

    principalmente o dlar. Nas transaes que o Brasil estabelece

    como os demais pases h troca de moedas. Ou seja, quando o Pas

    efetua vendas ao exterior, ele recebe l fora provavelmente em

    dlares e necessita converter estes dlares em reais. Neste tipo de

    transao se estabelece o valor externo da moeda. Se o Brasil

    apresenta saldo positivo, h aumento das reservas internacionais e

    tendncia de valorizao cambial; se negativo, reduo com

    tendncia de valorizao d amoeda. Na prtica, o CMN normatiza

    os instrumentos e formas de administrao das divisas externas,

    com o objetivo de manter o equilbrio no balano de pagamentos.

    Tambm cabe ao CMN definir a forma como o Banco Central do

    Brasil administrar as reservas internacionais.

    Estabelecer as metas de inflao As metas de inflao e

    os respectivos intervalos de tolerncia so estabelecidos

    anualmente pelo CMN e consistem na variao anual de ndice de

    preos de ampla divulgao. Atualmente o ndice utilizado o IPCA.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 20 de 139

    Considera-se que a meta foi cumprida quando a variao

    acumulada da inflao - medida pelo IPCA, relativa ao perodo de

    janeiro a dezembro de cada ano calendrio - situar-se na faixa do

    seu respectivo intervalo de tolerncia.

    Orientar a aplicao dos recursos das instituies

    financeiras, quer pblicas, quer privadas Esta disposio

    significa que compete ao CMN estabelecer quais instituies

    financeiras podem exercer atividades nos segmentos dos mercados

    financeiros. Por exemplo, os bancos comerciais operam no mercado

    de crdito pois foram orientados pelo CMN a aplicar dos seus

    recursos neste sentido.

    Propiciar o aperfeioamento das instituies e dos

    instrumentos financeiros, com vistas maior eficincia do

    sistema de pagamentos e de mobilizao de recursos Trata-

    se de uma importante funo com vistas a melhorar a atividade

    principal do SFN: a intermediao financeira. Desta maneira, o CMN

    pode estabelecer diretrizes com o objetivo de trazer eficincia

    intermediao de recursos entre poupadores e devedores.

    Zelar pela liquidez e solvncia das instituies

    financeiras As instituies financeiras, participantes do SFN,

    possuem importantes funes na economia. Imagine que os

    depsitos de todos os brasileiros sejam efetuados no Banco do

    Brasil. O que acontece com a economia brasileira se o BB quebrar?

    Provavelmente algo muito trgico. Desta maneira, o CMN tem como

    funo criar diretrizes para zelar pela liquidez (necessidade de

    recursos para cumprimento de obrigaes a curto prazo) e solvncia

    (garantia de cumprimento de todas as obrigaes) das instituies

    financeiras participantes do SFN.

    Coordenar as polticas monetria, creditcia,

    oramentria, fiscal e da dvida pblica, interna e externa

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 21 de 139

    O Governo tem diversas funes a cumprir. Dentre elas est a

    poltica monetria e creditcia (oferta de moeda, liquidez e recursos

    para investimentos na economia) e a poltica fiscal (compreende os

    gastos do governo com consumo investimento, que so

    evidenciados no oramento pblico). A fim de prevenir abusos e

    irregularidades no gerenciamento destas polticas, sobretudo em

    relao ao crescimento da dvida pblica, interna e externa, o CMN

    coordena as diretrizes destas atividades. Do ponto de vista prtico,

    talvez o melhor exemplo de cumprimento desta funo est na

    definio dos membros do CMN: Ministro da Fazenda (responsvel

    pela poltica fiscal e dvida pblica), Presidente do Bacen

    (responsvel pela poltica monetria) e Ministro do Planejamento

    (responsvel pelo oramento).

    Autorizar as emisses de papel-moeda Veremos

    adiante que as emisses de papel-moeda esto a cargo do Banco

    Central. No entanto, o CMN autoriza as emisses. A prpria Lei

    fornece um exemplo desta funo. Quando necessrio atender as

    exigncias das atividades produtivas e da circulao da riqueza do

    Pas, o CMN pode autorizar o Banco Central emitir, anualmente, at

    o limite de 10% dos meios de pagamento existentes at 31 de

    dezembro do ano anterior, desde que autorizado pelo Poder

    Legislativo para tanto.

    Desta funo do CMN derivam outras, como:

    (i) Estabelecer condies para que o Banco Central da

    Repblica do Brasil emita moeda-papel;

    (ii) Aprovar os oramentos monetrios, preparados pelo

    Banco Central da Repblica do Brasil, por meio dos quais se

    estimaro as necessidades globais de moeda e crdito; e

    (iii) Determinar as caractersticas gerais das cdulas e das

    moedas

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 22 de 139

    Todas elas so referentes autorizao concedida ao Banco Central

    para a emisso de papel-moeda.

    Fixar as diretrizes e normas da poltica cambial Como

    j mencionado, cabe ao CMN regular o valor da moeda. Uma das

    maneiras de se fazer isto atravs da fixao de diretrizes e

    normas que a poltica cambial deve seguir.

    Disciplinar o crdito em todas as suas modalidades e as

    operaes creditcias em todas as suas formas, inclusive

    aceites, avais e prestaes de quaisquer garantias por parte

    das instituies financeiras Certas instituies financeiras

    realizam operaes de crdito, ou seja, emprestam recursos aos

    indivduos que solicitarem. Ao CMN cabe regular e disciplinar as

    maneiras que estas atividades sero feitas.

    Regular a constituio, funcionamento e fiscalizao

    dos que exercerem atividades subordinadas ao SFN, bem

    como a aplicao das penalidades previstas Basicamente,

    cabe ao CMN regular e disciplinar a atuao de todas as instituies

    pertencentes ao SFN.

    Limitar, sempre que necessrio, as taxas de juros,

    descontos comisses e qualquer outra forma de

    remunerao de operaes e servios bancrios ou

    financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da

    Repblica do Brasil O CMN, sempre que entender necessrio,

    pode limitar as taxas de juros, bem como outras remuneraes

    usufrudas pela prestao de servios bancrios e financeiros. Esta

    funo j foi utilizada em demasia no perodo que o Brasil

    apresentou alta inflao.

    Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos

    corretores de fundos pblicos (atualmente chamadas de

    sociedades corretoras de ttulos e valores mobilirios) As

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 23 de 139

    Bolsas de Valores e as Sociedades Corretores de Ttulos e Valores

    Mobilirios so entidades participantes do SFN (veremos adiante

    suas caractersticas), que seguem diretrizes gerais estabelecidas

    pelo CMN.

    Expedir normas gerais de contabilidade e estatstica a

    serem observadas pelas instituies financeiras Normas

    contbeis e de estatstica so fundamentais para o exerccio das

    atividades do SFN. Desta maneira, cabe ao CMN expedi-las.

    Acredito que temos funes suficientes para resolver qualquer

    questo da prova sobre o assunto. A Lei apresenta outras, mas so

    menos importantes, ou muito especficas e pouco utilizadas.

    5. (CESGRANRIO Banco do Brasil - 2010) O Sistema

    Financeiro Nacional (SFN) constitudo por todas as

    instituies financeiras pblicas ou privadas existentes no

    pas e seu rgo normativo mximo o(a):

    (A) Banco Central do Brasil.

    (B) Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social.

    (C) Conselho Monetrio Nacional.

    (D) Ministrio da Fazenda.

    (E) Caixa Econmica Federal.

    6. (CESGRANRIO BACEN - 2009) - O Conselho Monetrio

    Nacional a entidade superior do sistema financeiro

    nacional, NO sendo de sua competncia:

    (A) estabelecer a meta de inflao.

    (B) zelar pela liquidez e pela solvncia das instituies financeiras.

    (C) regular o valor externo da moeda e o equilbrio do balano de

    pagamentos.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 24 de 139

    (D) regular o valor interno da moeda, prevenindo e corrigindo

    surtos inflacionrios ou deflacionrios.

    (E) fixar o valor do supervit primrio do oramento pblico.

    5. Esta fcil! O rgo mximo do SFN, responsvel pelas diretrizes

    e normas gerais, o Conselho Monetrio Nacional.

    GABARITO: LETRA C

    6. Questo interessante!

    A fixao do valor do supervit primrio, ou seja, da economia que

    o governo deve fazer para pagar as despesas com juros no

    funo do CMN. Mesmo que este esteja responsvel coordenar as

    polticas monetria e fiscal, estabelecer o valor do supervit

    primrio funo do executivo.

    Ateno! pois coordenar polticas algo normativo, enquanto fixar o

    valor do supervit primrio algo executivo e, portanto, no

    relacionado ao CMN.

    GABARITO: LETRA E

    7. (CESPE Banco do Brasil - 2009) A rea normativa do SFN

    tem como rgo mximo o Banco Central do Brasil (BACEN).

    8. (CESPE - Banco do Brasil - 2009) As funes do CMN

    incluem: adaptar o volume dos meios de pagamento s reais

    necessidades da economia e regular o valor interno e

    externo da moeda e o equilbrio do balano de pagamentos.

    9. (CESPE Procurador do Bacen 2013) O Conselho

    Monetrio Nacional

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 25 de 139

    a) tem competncia para emitir papel-moeda.

    b) tem capacidade normativa de conjuntura, sendo suas resolues

    normas que vinculam as instituies financeiras.

    c) tem por funo a fiscalizao do mercado de aes.

    d) funciona como ltima instncia recursal das decises emitidas

    pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

    e) rgo do BACEN, formulador da poltica econmica, monetria,

    bancria e creditcia.

    10. CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/rea 1 -

    Anlise e Desenvolvimento de Sistemas/2013/

    Acerca do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de

    Pagamentos Brasileiro (SPB), julgue o item subsecutivo.

    Em conformidade com a lei que o instituiu, o Conselho Monetrio

    Nacional ser presidido pelo ministro da Fazenda, e as suas

    deliberaes tero de ocorrer por maioria de votos, com a presena

    de, no mnimo, seis membros, cabendo ao presidente o voto de

    qualidade.

    11. CESPE - Procurador do Banco Central do Brasil/2013/

    O Conselho Monetrio Nacional

    a) tem competncia para emitir papel-moeda.

    b) tem capacidade normativa de conjuntura, sendo suas resolues

    normas que vinculam as instituies financeiras.

    c) tem por funo a fiscalizao do mercado de aes.

    d) funciona como ltima instncia recursal das decises emitidas

    pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 26 de 139

    e) rgo do BACEN, formulador da poltica econmica, monetria,

    bancria e creditcia.

    7. O rgo mximo do SFN o CMN. Como este rgo normativo,

    evidentemente, tambm o rgo mximo da rea normativa.

    GABARITO: ERRADO

    8. Exato. Vimos especificamente esta funo acima.

    GABARITO: CERTO

    9. Questo recentssima do to cobiado cargo de Procurador do

    Banco Central.

    Como vimos exaustivamente, o CMN possui funo normativa e,

    como rgo superior do SFN, suas normas recaem sobre todos as

    demais entidades do Sistema.

    Portanto, o CMN tem capacidade normativa de conjuntura, sendo

    suas resolues normas que vinculam as instituies financeiras.

    GABARITO: LETRA B

    10. A questo contm uma gigante impropriedade, que motivou sua

    anulao.

    Segundo a Lei que o instituiu (Lei 4.595/64), o Conselho Monetrio

    Nacional ser presidido pelo ministro da Fazenda, e as suas

    deliberaes tero de ocorrer por maioria de votos, com a presena

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 27 de 139

    de, no mnimo, seis membros, cabendo ao presidente tambm o

    voto de qualidade.

    A presena do termo "tambm" modifica o sentido da questo, pois

    permite ao Presidente deliberar de maneira comum, e tambm

    deliberar com qualidade, ou seja, desempatar votaes. Neste

    sentido, a questo estaria incorreta.

    No entanto, este dispositivo da Lei foi revogado por outro da Lei

    9.069/95, que modificou a composio do CMN.

    Desta forma, o Cespe optou pela anulao. Afinal, seria uma

    impropriedade solicitar um conceito de um dispositivo j revogado,

    em desuso.

    A saber, atualmente o CMN composto pelo (i) Ministro da

    Fazenda, como Presidente do Conselho, (ii) Ministro do

    Planejamento, Oramento e Gesto e (iii) Presidente do Banco

    Central do Brasil, ou seja, apenas 3 membros.

    GABARITO: ANULADO

    11. Conselho Monetrio Nacional (CMN) possui funo

    exclusivamente normativa, ou seja, atua na fixao e

    estabelecimento de diretrizes, regulamentao, regulao e

    disciplina do Sistema Financeiro Nacional.

    Com base neste conceito, vejamos as alternativas:

    a) Evidente que no, pois o CMN tem competncia normativa, e

    no de executar aes, tais como a emisso de moeda.

    b) Item correto, como afirmado.

    c) A funo de superviso do mercado de aes da CVM

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 28 de 139

    d) O Conselho de recursos do Sistema Financeiro Nacional o

    prprio rgo recursal das decises emanadas da CVM e do Bacen.

    e) O CMN rgo independente e no faz parte da da estrutura do

    Bacen.

    GABARITO: LETRA B

    3.2. CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (CNSP)

    O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) formula as

    diretrizes e normas para o setor do Sistema Financeiro Nacional

    responsvel pelos seguros privados.

    Mas, o que so seguros privados?

    So contratos firmados entre uma sociedade seguradora e

    um interessado em se proteger contra eventuais riscos e

    contingncias predeterminados.

    So seguros privados os seguros de coisas, pessoas, bens,

    responsabilidades, obrigaes, direitos e garantias, ou seja, no

    s o seguro de coisas (carro, por ex.), mas tambm seguro de vida

    etc.

    As principais funes do CNSP so as seguintes:

    Fixar as diretrizes e normas da poltica de seguros privados;

    Regular a constituio, organizao, funcionamento e

    fiscalizao dos que exercerem atividades de seguros privados, bem

    como a aplicao das penalidades previstas;

    Estipular ndices e demais condies tcnicas sobre tarifas,

    investimentos e outras relaes patrimoniais a serem observadas

    pelas Sociedades Seguradoras;

    Fixar as caractersticas gerais dos contratos de seguros;

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 29 de 139

    Fixar normas gerais de contabilidade e estatstica a serem

    observadas pelas Sociedades Seguradoras;

    Estabelecer as diretrizes gerais das operaes de resseguro

    (as quais veremos adiante);

    Disciplinar as operaes de cosseguro (quando o valor

    assegurado muito grande imagine o valor que uma seguradora

    deveria pagar para um shopping que pegasse fogo por completo

    comum duas seguradoras prestarem juntas o servio de seguro);

    Disciplinar a corretagem de seguros e a profisso de corretor;

    Regular o exerccio do poder disciplinar das entidades

    autorreguladoras do mercado de corretagem sobre seus membros,

    inclusive do poder de impor penalidades e de excluir membros;

    Disciplinar a administrao das entidades autorreguladoras do

    mercado de corretagem e a fixao de emolumentos, comisses e

    quaisquer outras despesas cobradas por tais entidades, quando for

    o caso.

    interessante fazer uma comparao entre o CNSP e o CMN.

    Vimos que este fixa as diretrizes e normas para as instituies

    financeiras, bolsas, bancos de cmbio, outros intermedirios

    financeiros e administradores de recursos de terceiros.

    O CNSP faz algo parecido, s que aplicado ao mercado de seguros

    privados.

    3.3. CONSELHO NACIONAL DE PREVIDNCIA COMPLEMENTAR (CNPC)

    O Conselho Nacional de Previdncia Complementar exerce a

    funo de rgo regulador do regime de previdncia

    complementar operado pelas entidades fechadas de

    previdncia complementar.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 30 de 139

    Ele o CMN deste importante setor, cujas entidades operadoras so

    os fundos de penso (entidades fechadas de previdncia

    complementar).

    Atualmente o CNPC um rgo dentro da estrutura do Ministrio da

    Fazenda, pois este incorporou o Ministrio da Previdncia Social, ao

    qual o rgo estava ligado anteriormente. E, deste modo, o Ministro

    da Fazenda atualmente o Presidente do CNPC.

    O Conselho Nacional de Previdncia Complementar contar com 8

    (oito) integrantes, com direito a voto e mandato de 2 (dois) anos,

    permitida uma reconduo, sendo:

    I. 5 (cinco) representantes do poder pblico; e

    II. 3 (trs) indicados, respectivamente:

    a) pelas entidades fechadas de previdncia complementar;

    b) pelos patrocinadores e instituidores; e

    c) pelos participantes e assistidos.

    Em funo das modificaes que esto sendo realizadas neste

    rgo, consideraes adicionais sero atualizadas neste tpico

    quando oficialmente publicadas.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 31 de 139

    4. INSTITUIES SUPERVISORAS

    A seguir, seguem as instituies supervisoras e correlatas mais

    importantes: BACEN, COPOM, CVM, CRSFN, COAF e SUSEP.

    4.1. BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN)

    Na tabela com as instituies pertencentes ao SFN, o Banco

    Central do Brasil (Bacen) figura como entidade supervisora,

    segue as diretrizes do Conselho Monetrio Nacional e supervisiona

    as entidades financeiras captadoras (ou no) de depsitos vista,

    bancos de cmbio e demais instituies financeiras intermedirias.

    Evidentemente, bastante coisa!

    Antes de detalhar suas funes, podemos resumi-las para facilitar a

    memorizao:

    i. Emisso de Moeda e execuo dos servios de meio

    circulante.

    ii. Formulao, execuo, e acompanhamento das polticas

    cambial, monetria e creditcia.

    iii. Formulao, execuo e acompanhamento da poltica de

    relaes financeiras com o exterior.

    iv. Recebimento de depsitos compulsrios e voluntrios dos

    bancos comerciais e concesso de crdito a eles.

    v. Depositrio das reservas internacionais do Pas.

    EMISSOR DE MOEDA

    Esta a primeira e, talvez, mais conhecida funo do Bacen.

    O Banco Central detm o monoplio das emisses de papel-moeda

    e moeda metlica. O CMN estabelece os limite e diretrizes para a

    emisso, mas quem emite os Reais o Banco Central.

    A moeda algo necessrio e sua importncia, intuitiva. Todas as

    transaes econmicas realizadas no Pas so liquidadas em moeda.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 32 de 139

    Quando compramos ou vendemos bens e servios, utilizamos

    moeda para pagar/receber estes bens.

    Seria muito estranho se fosse de outra maneira. Imagine que este

    curso fosse vendido mediante a entrega de alimentos ao

    Estratgia Concursos. Os alunos interessados a aprovao do

    Concurso trariam alimentos at a sede do Estratgia, que

    forneceria as aulas. Seria algo extremamente custoso e ineficiente.

    No entanto, o excesso de moeda tambm algo prejudicial.

    Quantidade de moeda superior necessidade dos indivduos

    geralmente provoca inflao.

    Vamos a um exemplo.

    No Brasil existe apenas 1 produto a venda (pipoca), vendido pelo

    prprio governo. Os habitantes do Pas, tendo ao todo R$ 1.000,00,

    compram 1 mil unidades de pipoca ao preo de R$ 1,00.

    Portanto, 1mil unidades de pipoca so vendidas por ms.

    Agora, o Brasil eleva a quantidade de moeda em 100%, ou seja, h

    disponveis R$ 2 mil em circulao.

    Mas, a quantidade de pipoca produzida permanece a mesma. Afinal,

    demora certo tempo para mais milho ser produzido, mais panelas

    fabricadas e assim por diante.

    O que acontece com o preo da pipoca?

    Bom, as mesmas 1 mil unidades de pipoca passam a ser vendidas

    por R$ 2,00. Toda a moeda na economia s pode comprar pipoca,

    pois este o nico produto vendido. Evidentemente ningum ir

    rasgar dinheiro.

    Portanto, mais moeda na economia provocou aumento no preo da

    pipoca.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 33 de 139

    O exemplo simples, mas serve para demonstrar o efeito do

    aumento da quantidade de moeda em circulao na economia.

    Mais moeda = preos mais altos = mais inflao.

    Alm da emisso de moeda propriamente dita, o Bacen pode

    controlar a quantidade de moeda em circulao na economia de

    outras formas, efetuando, assim, a poltica monetria.

    Abaixo, seguem as maneiras possveis:

    i. Emisso de moeda Exemplo j citado, mas que est

    repetido devido a sua importncia. De acordo com os limites

    autorizados pelo CMN, o Bacen emite papel-moeda e moeda

    metlica.

    ii. Executar os Servios de Meio Circulante Substituir as

    moedas com defeito, ou rasgadas, ou at mesmo que desaparecem

    de circulao. Desta maneira, o Bacen atende demanda por

    moeda.

    iii. Exercer o controle do crdito sob todas as suas formas

    Ao controlar o crdito em circulao na economia, o Bacen

    controla a quantidade de moeda.

    iv. Receber os recolhimentos compulsrios e os depsitos

    voluntrios vista das instituies financeiras Os Bancos

    Comercias que recebem depsitos vista podem criar dinheiro.

    Quando depositamos certa quantia em nossa conta corrente

    permanecemos com o saldo pronto para ser sacado.

    No entanto, o Banco utiliza estes valores para realizar suas

    operaes financeiras. Ele pode emprestar a outros correntistas ou

    aplicar o dinheiro de diversas outras formas. Deste modo, o saldo

    que aparece em nossa conta corrente apenas virtual. Ele no est

    l fisicamente, pois foi alocado em outras aplicaes.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 34 de 139

    Estas operaes, ao elevar a quantidade de moeda em circulao,

    promovem tambm aumento de preos e da inflao. Nesta

    perspectiva, o Banco Central recolhe compulsoriamente certo

    percentual dos depsitos vista e a prazo alocado nos Bancos

    Comerciais. Esta operao, conhecida popularmente como

    compulsrio permite ao Bacen controlar a quantidade de moeda

    em circulao na economia

    Da mesma maneira, o Bacen pode recolher os depsitos voluntrios

    dos Bancos Comerciais, ou seja, servir de Banco dos Bancos.

    v. Efetuar, como instrumento de poltica monetria,

    operaes de compra e venda de ttulos pblicos federais O

    Governo Federal pode apresentar dficit em suas operaes

    financeiras. Simplesmente, se tiver mais despesas que receitas em

    determinado perodo, o Governo est com a conta no negativo.

    Mas, existem algumas formas de financiar este dficit. Umas delas

    a emisso de ttulos pblicos. O Governo, atravs da Secretaria do

    Tesouro Nacional, vende estes ttulos ao setor privado, que compra

    os papeis na expectativa de auferir rendimentos.

    O Banco Central pode realizar operaes de compra e venda destes

    ttulos junto ao setor privado.

    Ateno! O Banco Central no pode comprar ttulos

    diretamente do Governo Federal. Isto proibido pela CF/88.

    O que ele faz comprar os ttulos que esto em posse do

    setor privado, a fim de realizar poltica monetria.

    simples. Comprando os ttulos do setor privado, o BACEN paga

    em dinheiro e eleva a quantidade de moeda em circulao na

    economia. Do mesmo modo, caso queira vender ttulos ao setor

    privado, este paga com dinheiro. Como resultado, menos dinheiro

    permanece em circulao na economia.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 35 de 139

    Resumindo:

    VENDA DE TTULO AO SETOR PRIVADO DIMINUI A

    CIRCULAO DE MOEDA

    COMPRA DE TTULOS DO SETOR PROVADO AUMENTA A

    CIRCULAO DE MOEDA.

    Desta maneira, caso o Banco Central pretenda realizar uma poltica

    monetria expansionista (aumentar a quantidade de moeda na

    economia) ele compra ttulos do setor privado. Do contrrio, caso

    queira praticar poltica monetria contracionista, vende ttulos ao

    setor privado.

    Este tipo de operao chamado de operao de mercado aberto

    (open market) e ser vista com maiores detalhes na Aula que

    tratar do tema mercado monetrio.

    BANCO DOS BANCOS

    J foi mencionada umas das operaes em que o BACEN serve

    como banco dos bancos. Ao receber depsitos voluntrios das

    instituies financeiras, cumpre esta funo.

    Mas, h algumas outras que se enquadram neste quesito.

    Basicamente, o BACEN funciona como banco dos bancos quando

    presta servios eminentemente financeiros aos Bancos Comerciais.

    Quando um banco comercial precisa de financiamento e o BACEN

    concede, ele age como banco dos bancos. Do mesmo modo, como

    j citado, quando os bancos comerciais procuram um repouso

    para seus recursos, o Banco Central atende e os deposita em seus

    cofres.

    Esta funo j foi detalhada. Vamos compreender como o Banco

    Central concede emprstimos aos Bancos Comerciais.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 36 de 139

    O Banco Central realiza operaes de redesconto e emprstimos

    s instituies financeiras bancrias. Bom, vamos por partes.

    Primeiramente, cabe definir o que so instituies financeiras

    bancarias. So aquelas que exercem as atividades de Bancos

    Comerciais, ou seja, que recebem depsitos vista. Desta maneira,

    um Banco de Investimentos, mesmo que faa parte do SFN, no

    pode receber do Banco Central emprstimos e redescontos, tendo

    em vista que no recebem depsitos vista (mais adiante este

    tema ser tratado com mais detalhes).

    Os redescontos so crditos concedidos pelo Banco Central s

    instituies financeiras bancrias que sofram de problemas de

    liquidez no curto prazo, ou seja, que apresentam dbitos mais

    elevados que crditos e no tenham como cumprir com suas

    obrigaes no curto prazo. Um bom exemplo o Banco Comercial

    que no consegue cumprir com os saques dirios de seus

    correntistas.

    Nesta hiptese, o Banco Central concede recursos a estas

    instituies, que garantem a operao depositando ttulos pblicos

    federais nos cofres do Bacen. A operao chamada de redesconto

    pois este o nome da taxa de juros cobrada, o redesconto.

    Nestes casos o BACEN funciona como emprestador de ltima

    instncia. Isto , como os bancos no conseguem tomar

    emprstimos no mercado com outras instituies financeiras, pois

    esto geralmente em situao de dificuldade, eles recorrem ao

    BACEN.

    Bom, estes conceitos so mais do que suficientes para a

    compreenso da funo de Banco dos Bancos exercida pelo BACEN,

    e so resumidos como:

    i. Receber depsitos voluntrios

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 37 de 139

    ii. Conceder emprstimos e redescontos

    BANCO DO GOVERNO

    O Banco Central o responsvel pelo depsito das reservas

    internacionais que o Pas possui.

    Nas transaes econmicas que o Brasil efetua com outras naes,

    o Pas pode apresentar saldos positivos, ou negativos.

    Por exemplo, nas transaes feitas com a Argentina, o Brasil pode

    exportar R$ 1 mil e importar R$ 10 mil. Neste cenrio apresenta um

    dficit de R$ 9 mil.

    Mas, pode tambm apresentar supervits. Neste caso, o Brasil

    recebe mais recursos do que precisa para pagar suas operaes

    com o resto do mundo e, portanto, acumula reservas

    internacionais.

    O que fazer com estas reservas? Ora, depositar no Bacen!

    A Lei 4.595/64 define que o Bacen deve ser o depositrio das

    reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos

    Especiais de Saque (DES).

    exatamente o que acabamos de explicar. As reservas se dividem

    em 3 maneiras: moeda estrangeira (comumente em dlar dos

    Estados Unidos) ouro e DES.

    Os Direitos Especiais de Saque nada mais so que uma moeda

    criada pelo Fundo Monetrio Internacional (FMI), que serve para ser

    trocada entre os Bancos Centrais dos pases.

    Neste tpico, ainda necessrio fazer um alerta.

    As transaes entre o Banco Central e o Governo Federal so

    limitadas e devem seguir diversos regulamentos.

    Em suma, precisamos saber que:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 38 de 139

    i. O Banco Central no pode conceder emprstimos e

    financiamentos ao Governo Central. Isto j foi explicado quando

    citamos a proibio do Banco Central em comprar ttulos emitidos

    pelo Tesouro Nacional.

    ii. As disponibilidades de caixa do Governo Federal sero

    depositadas no Banco Central. Ou seja, os valores em caixa que

    pertencem Unio, reservados para cumprir com suas obrigaes

    ou para simples reserva, devem ser depositados no BACEN.

    SUPERVISO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

    Vimos que o BACEN parte das Instituies Supervisoras do

    SFN.

    Evidentemente, deve supervisionar algum, ou algo. As instituies

    sob superviso do BACEN so:

    i. Instituies que captam depsitos vista. Os Bancos

    Comerciais so o melhor exemplo.

    ii. Instituies financeiras que no captam depsitos vista. Os

    Bancos de Investimento servem de exemplo: eles atuam captando

    depsitos a prazo e aplicando-os em ttulos das mais diversas

    espcies.

    iii. Bancos de Cmbio

    iv. Outras entidades financeiras que intermediam recursos.

    O Bacen exerce a atividade de superviso de diversas maneiras.

    necessrio compreender as seguintes:

    Exercer a fiscalizao das instituies financeiras e

    aplicar as penalidades previstas

    Conceder autorizao s instituies financeiras, a fim

    de que possam:

    a) funcionar no Pas;

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 39 de 139

    b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependncias, inclusive no

    exterior;

    c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;

    d) praticar operaes de cmbio, crdito real e venda habitual de

    ttulos da dvida pblica federal, estadual ou municipal, aes,

    debntures, letras hipotecrias e outros ttulos de crdito ou

    mobilirios;

    e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;

    f) alterar seus estatutos;

    g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle

    acionrio.

    Determinar que as matrizes das instituies

    financeiras registrem os cadastros das firmas que operam

    com suas agncias h mais de um ano

    Autorizar instituies financeiras estrangeiras a operar

    no Brasil. Esta autorizao valida apenas mediante Decreto

    do Poder Executivo. Desta forma, conclui-se que, para uma

    instituio financeira estrangeira funcionar, faz-se

    necessria AUTORIZAAO DO BACEN E DECRETO DO PODER

    EXECUTIVO.

    Estabelecer condies para a posse e para o exerccio

    de quaisquer cargos de administrao de instituies

    financeiras privadas, assim como para o exerccio de

    quaisquer funes em rgos consultivos, fiscais e

    semelhantes.

    Regular a execuo dos servios de compensao de

    cheques e outros papis

    Exercer permanente vigilncia nos mercados

    financeiros e de capitais sobre empresas que, direta ou

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 40 de 139

    indiretamente, interfiram nesses mercados e em relao s

    modalidades ou processos operacionais que utilizem

    Todas as funes acima so autoexplicativas e, como j sabemos,

    cabem ao Bacen.

    Bom, finalizamos as funes exercidas pelo BACEN.

    Para auxiliar, que tal um esquema para memorizar o tpico?

    Agora, alguns exerccios:

    12. (FCC Banco do Brasil 2006) NO se refere a uma

    competncia do Banco Central do Brasil:

    a) exercer a fiscalizao das instituies financeiras.

    b) executar os servios do meio circulante.

    c) emitir moeda-papel e moeda metlica.

    d) receber os recolhimentos compulsrios.

    e) fixar as diretrizes e normas da poltica cambial.

    Emisso de Moeda Execuo dos servios de meio circulante Emissor de Moeda Redesconto Cofre dos bancos comerciais Banco dos Bancos

    Depositrio das reservas internacionais Depositrio do caixa do Governo Federal Banco do Governo Autorizao e fiscalizao das instituies financeiras, que

    recebem depsitos a vista ou nao, assim como bancos de cmbio e demais instituies intermedirias

    Superviso

    Formulao, execuo, e acompanhamento das polticas cambial, monetria e creditcia Outras

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 41 de 139

    13. (CESPE Banco do Brasil 2009) Realizar operaes de

    redesconto e emprstimo s instituies financeiras e

    regular a execuo dos servios de compensao de cheques

    e outros papis so as atribuies do BACEN.

    14. (CESPE Banco do Brasil 2009) Alm de autorizar o

    funcionamento e exercer a fiscalizao das instituies

    financeiras, emitir moeda e executar os servios do meio

    circulante, compete tambm ao BACEN traar as polticas

    econmicas, das quais o CMN o principal rgo executor.

    15. (FCC Banco do Brasil 2011) O Banco Central do Brasil

    tem como atribuio

    (A) receber os recolhimentos compulsrios dos bancos.

    (B) garantir a liquidez dos ttulos de emisso do Tesouro Nacional.

    (C) acompanhar as transaes em bolsas de valores.

    (D) assegurar o resgate dos contratos de previdncia privada.

    (E) fiscalizar os repasses de recursos pelo BNDES.

    16. (CESPE Caixa Econmica Federal 2010) Ao exercer as

    suas atribuies, o BACEN cumpre funes de competncia

    privativa. A respeito dessas funes, julgue os itens

    subsequentes.

    I Ao realizar as operaes de redesconto s instituies

    financeiras, o BACEN cumpre a funo de banco dos bancos.

    II Ao emitir meio circulante, o BACEN cumpre a funo de

    banco emissor.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 42 de 139

    III Ao ser o depositrio das reservas oficiais e ouro, o BACEN

    cumpre a funo de banqueiro do governo.

    IV Ao autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinmica

    operacional, de todas as instituies financeiras, o BACEN

    cumpre a funo de gestor do Sistema Financeiro Nacional.

    V Ao determinar, por meio do Comit de Poltica Monetria

    (COPOM), a taxa de juros de referncia para as operaes de

    um dia (taxa SELIC), o BACEN cumpre a funo de executor

    da poltica fiscal.

    Esto certos apenas os itens

    A I, II, III e IV.

    B I, II, III e V.

    C I, II, IV e V.

    D I, III, IV e V.

    E II, III, IV e V.

    17. (CESGRANRIO Banco Central 2009) O Banco Central

    do Brasil o rgo executivo central do sistema financeiro e

    suas competncias incluem

    (A) aprovar o oramento do setor pblico brasileiro.

    (B) aprovar e garantir todos os emprstimos do sistema bancrio.

    (C) administrar o servio de compensao de cheques e de outros

    papis.

    (D) organizar o funcionamento das Bolsas de Valores do pas.

    (E) autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinmica

    operacional de todas as instituies financeiras do pas.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 43 de 139

    18. CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/rea 3 -

    Poltica Econmica e Monetria/2013/

    Julgue o item a seguir, relativo s finanas pblicas e

    ordem econmica e financeira.

    Ao BACEN, integrante da administrao pblica centralizada,

    vedado comprar e vender ttulos de emisso do Tesouro Nacional.

    19. CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/rea 1 -

    Anlise e Desenvolvimento de Sistemas/2013/

    Acerca do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de

    Pagamentos Brasileiro (SPB), julgue o item subsecutivo.

    Entre as funes do BACEN, o monoplio de emisso envolve o

    meio circulante e destina-se a satisfazer a demanda de dinheiro

    necessria para atender atividade econmica. Nesse sentido, a

    emisso de moeda ocorre quando a Casa da Moeda do Brasil

    entrega papel-moeda para o BACEN.

    20. CESGRANRIO - Profissional Bsico

    (BNDES)/Biblioteconomia/2013/

    O rgo brasileiro responsvel pelo controle da oferta

    monetria do pas, ou seja, pelo montante total de dinheiro

    disponvel para a populao o(a)

    a) Ministrio da Fazenda

    b) Banco Central do Brasil

    c) Conselho de Valores Mobilirios (CVM)

    d) Conselho Administrativo de Defesa Econmica (CADE)

    e) Federao Brasileira de Bancos (FEBRABAN)

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 44 de 139

    12. As diretrizes e normas da poltica cambial so estabelecidas

    pelo CMN. Ao Bacen cabe a formulao, execuo, e

    acompanhamento da poltica cambial

    GABARITO: LETRA E

    13. Perfeito! Citamos estas funes do Bacen, a saber: redesconto e

    regular a execuo dos servios de compensao de cheques, entre

    outros papeis.

    GABARITO: CERTO

    14. As funes do Bacen esto citadas corretamente. Mas, como foi

    enfatizado, o CMN no exerce funes executivas, mas, to

    somente, normativas.

    GABARITO: ERRADO

    15. A funo do Bacen receber os recolhimentos compulsrios dos

    bancos. Todas as demais so funes de outras entidades.

    Por exemplo, o acompanhamento de transaes na Bolsa de Valores

    executado pela prpria Bolsa e pela CVM.

    GABARITO: LETRA A

    16. Vejamos os itens:

    I O redesconto cumpre com a funo de Banco dos Bancos do

    Bacen. Correto.

    II O monoplio das emisses que o Bacen possui cumpre com sua

    funo de Banco Emissor. Correto

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 45 de 139

    III Ao depositar as reservas internacionais do Governo, o Bacen

    assume a forma de Banco do Governo. Correto.

    IV Ao fiscalizar as instituies financeiras, o Bacen cumpre sua

    funo de Supervisor do SFN. Correto

    V Cumprindo esta funo o Bacen est fazendo poltica monetria.

    Errado

    GABARITO: LETRA A

    17. O Banco Central no tem qualquer funo referente ao

    oramento pblico. Tambm no garante todos os emprstimos do

    sistema bancrio, no organiza o funcionamento de Bolsas de

    Valores (funo da CVM) e a administrao dos servios de

    compensao de cheques e outros papeis funo do Banco do

    Brasil (salientando que o Bacen exerce a superviso desta funo

    do BB)

    GABARITO: LETRA E

    18. A questo comete duas impropriedades.

    Primeiro, o Bacen integrante da administrao pblica indireta

    (descentralizada), pois foi criado por lei especfica, possui

    personalidade jurdica prpria e exerce atividade tpica de Estado de

    maneira descentralizada.

    Segundo, permitido ao Bacen comprar e vender ttulos de

    emisso Tesouro Nacional, para fins de realizao de poltica

    monetria. O que vedado a concesso de emprstimos ao

    Tesouro Nacional.

    Esta vedao estabelecida pela Constituio Federal, nos

    seguintes termos:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 46 de 139

    Art. 164. A competncia da Unio para emitir moeda ser exercida

    exclusivamente pelo banco central.

    1 - vedado ao banco central conceder, direta ou

    indiretamente, emprstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer

    rgo ou entidade que no seja instituio financeira.

    2 - O banco central poder comprar e vender ttulos de emisso

    do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda

    ou a taxa de juros.

    GABARITO: ERRADO

    19. O Banco Central detm o monoplio das emisses de papel-

    moeda e moeda metlica. O CMN estabelece os limite e diretrizes

    para a emisso, mas quem emite os Reais o Banco Central.

    A moeda algo necessrio e sua importncia, intuitiva. Todas as

    transaes econmicas realizadas no Pas so liquidadas em moeda.

    Quando compramos ou vendemos bens e servios utilizamos moeda

    para pagar/receber estes bens.

    No entanto, a emisso de moeda no ocorre quando a Casa da

    Moeda do Brasil entrega papel-moeda para o BACEN.

    Estes valores entregues ao Bacen passam a constar em seu

    balano. Todavia, a emisso de moeda ocorre quando estes valores

    so colocados para utilizao junto ao pblico (setor privado + setor

    pblico).

    Por exemplo, quando o Bacen compra ttulos pblicos em posse do

    setor privado, pagando com moeda, ele est colocando a moeda em

    circulao, o que resulta no aumento da oferta monetria.

    GABARITO: ERRADO

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 47 de 139

    20. Questo bem direta.

    O Banco Central foi institudo pela Lei n 4.595/64.

    A Lei prev que compete ao Banco Central a emisso de papel

    moeda e moeda metlica, ou seja, compete referida instituio o

    controle da oferta monetria do Pas.

    GABARITO: LETRA B

    4.2. COPOM

    O Conselho de Poltica Monetria (COPOM) foi institudo em 20 de

    junho de 1996, com o objetivo de implementar a poltica

    monetria, definir a meta da Taxa Selic e analisar o Relatrio

    de Inflao.

    As funes do COPOM esto quase que diariamente na mdia

    comum e especializada.

    Afinal, todos j nos deparamos com a legenda Selic. Mas, afinal,

    qual o seu significado.

    A SELIC a taxa de juros mdia apurada diariamente pelo Sistema

    Especial de Liquidao e Custdia (Selic). Portanto, antes de saber

    seu significado, j sabemos que a taxa tem este nome devido ao

    sistema em que apurado. Ok?

    A taxa SELIC determinada nas operaes de financiamento,

    lastreadas por ttulos pblicos federais, realizadas diariamente no

    mercado.

    Vamos entender por meio de um exemplo.

    Os Bancos Comerciais emprestam recursos a outros Bancos

    Comerciais diariamente, pois todos eles devem fechar o dia com

    entradas e sadas de recursos equilibradas. Isto , caso, por

    exemplo, o Banco do Brasil (BB) encerre o dia com retiradas

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 48 de 139

    maiores que depsitos, ele precisa captar recursos no mercado para

    equilibrar o saldo destas operaes.

    Ento, o BB recorre a outros Bancos Comerciais, que emprestam

    estes recursos, cobrando, evidentemente, uma taxa de juros para

    realizar esta operao.

    Digamos que a taxa de juros mdia cobrada neste tipo de operao

    igual a 20% a.a. Ou seja, a Taxa Selic de 20% a.a.

    O COPOM entende que esta taxa muito alta e, em suas reunies,

    estabelece que o objetivo da Taxa Selic de 10% a.a.

    O Banco Central, cumprindo sua funo de responsvel pela poltica

    monetria, comea a conceder crdito aos bancos no mercado com

    esta taxa de juros (10% a.a.). Pela lei da oferta e da procura, esta

    taxa inferior ocasiona maior demanda por recursos conferidos pelo

    BACEN, ao invs dos recursos concedidos pelos Bancos Comerciais.

    O que acontece com a Taxa Selic?

    Os Bancos Comerciais, interessados nestes financiamentos, passam

    a reduzir a taxa de juros cobrada em suas operaes. Como a Taxa

    SELIC uma mdia estabelecida nas operaes de mercado, ela

    passa a ter o valor reduzido, at a meta definida pelo COPOM.

    Portanto, a definio da Taxa Selic pelo COPOM influncia em seu

    valor real, que determinado pelo mercado.

    Desta forma que fique gravado: o COPOM estabelece a meta da

    Taxa Selic; o valor real determinado nas operaes de

    mercado, nas quais o Bacen intervm.

    Bom, agora que j sabemos o que a Taxa Selic, podemos

    prosseguir com o que nos interessa: composio e funes do

    COPOM.

    O COPOM composto pelo Presidente mais os Diretores do

    Banco Central do Brasil.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 49 de 139

    As reunies ordinrias do COPOM so realizadas a cada 45 dias,

    somando, portanto, 8 reunies ordinrias por ano. O Presidente

    do Banco Central pode convocar reunies extraordinrias, desde

    que, presentes, no mnimo, o Presidente (ou seu substituto) e

    metade do nmero de Diretores.

    As deliberaes so feitas por maioria simples dos votos, cabendo

    ao Presidente o voto de qualidade. Ou seja, caso acontea empate,

    o Presidente pode desempatar a votao.

    A definio da Taxa Selic, e seu eventual vis, so feitas nas

    reunies do COPOM, mediante votao.

    J explicamos a Taxa Selic. Mas, o que seria seu vis?

    O vis a tendncia da Taxa Selic. Ou seja, qual provavelmente

    ser a definio da Taxa Selic na prxima reunio. Esta sinalizao

    importante, pois passa economia qual o objetivo de poltica

    monetria pretendido pelo Banco Central.

    Um vis de alta para a Taxa Selic significa que o COPOM entende

    que a meta da Taxa Selic deve aumentar no futuro prximo, assim

    como as demais taxas de juros cobradas nas operaes

    financiamento. Provavelmente o Banco Central entende necessria

    a prtica de poltica monetria mais rgida, que encarea o custo do

    dinheiro (atravs da elevao da taxa de juros), reduzindo o valor

    das operaes de financiamento.

    A lgica simples. A taxa de juros representa o custo dos

    emprstimos. A captao de financiamentos deve ser amortizada

    com o acrscimo de juros. Quanto mais alta esta taxa, mais caro o

    financiamento e, consequentemente, menos atrativo aos

    tomadores.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 50 de 139

    E a reduo de financiamentos resulta em efeitos recessivos na

    economia. E estes efeitos recessivos geram variaes no

    comportamento da inflao.

    Como foi citado acima, cabe ao COPOM analisar o Relatrio de

    Inflao. Caso entenda que a inflao segue acima da meta, ou do

    intervalo da meta, pode apertar ainda mais a poltica monetria

    atravs do aumento da meta (ou elevao do vis) da Taxa Selic.

    Novamente, taxa Selic mais elevada resulta em retrao de

    emprstimos e efeitos recessivos na economia, conduzindo a

    inflao ao centro da meta, ou dentro do intervalo permitido.

    E qual seria, atualmente, a meta de inflao?

    Resposta: 4,5% a.a., podendo variar em 2% para cima e 2%

    para baixo. Portanto a inflao pode se situar no intervalor

    2,5% - 6,5% a.a.

    Destaca-se que, a partir de 201, o intervalo da meta de

    inflao ser de 1,5%. Ou seja, a partir do exerccio de 2017

    a inflao poder se situar no intervalor 3% - 6% a.a.

    Como vimos no tpico destinado ao CMN, a meta de inflao

    definida pelo Conselho Monetrio Nacional. Cumpre ao Banco

    Central, atravs do COPOM, executar as polticas necessrias para

    cumprimento da meta fixada.

    Caso a meta no seja cumprida, o Presidente do Banco Central

    do Brasil divulgar publicamente as razes do descumprimento, por

    meio de carta aberta ao Ministro de Estado da Fazenda, contendo:

    i. Descrio detalhada das causas do descumprimento;

    ii. Providncias para assegurar o retorno da inflao aos

    limites estabelecidos; e

    iii. O prazo no qual se espera que as providncias

    produzam efeito.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 51 de 139

    Pelo visto, descumprir a meta de inflao coisa sria.

    Desta maneira, possvel compreender a relevncia na

    determinao da Taxa Selic e na atuao do COPOM.

    Portanto, vamos resumir as funes e composio do COPOM:

    Composto pelo Presidente e demais Diretores do Banco

    Central do Brasil

    8 reunies ordinrias por ano (Reunio a cada 45 dias)

    Implementar a poltica monetria, definir a meta da

    Taxa Selic e analisar o Relatrio de Inflao.

    Apenas lembrando que todas estes conceitos sero mais detalhados

    no momento que estudarmos o tpico mercado monetrio. Afinal,

    estas transaes so l realizadas. Que tal algumas questes sobre

    o assunto?

    21. (CESPE Banco do Brasil 2009) O Comit de Poltica

    Monetria (COPOM) do BACEN foi institudo em 1996, com os

    objetivos de estabelecer as diretrizes da poltica monetria e

    de definir a taxa de juros. A criao desse comit buscou

    proporcionar maior transparncia e ritual adequado ao

    processo decisrio do BACEN. Acerca do COPOM e da taxa

    bsica de juros, julgue os prximos itens.

    I O COPOM, constitudo no mbito do BACEN, tem como objetivo

    implementar as polticas econmica e tributria do governo federal..

    II Desde a adoo da sistemtica de metas para a inflao como

    diretriz de poltica monetria, as decises do COPOM visam cumprir

    as metas para a inflao definidas pelo CMN. Se as metas no

    forem atingidas, cabe ao presidente do BACEN divulgar, em carta

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 52 de 139

    aberta ao ministro da Fazenda, os motivos do descumprimento, as

    providncias e o prazo para o retorno da taxa de inflao aos limites

    estabelecidos.

    22. (FCC Banco do Brasil 2013) O Comit de Poltica

    Monetria (COPOM), institudo pelo Banco Central do Brasil

    em 1996 e composto por membros daquela instituio, toma

    decises

    (A) sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

    (B) a respeito dos depsitos compulsrios dos bancos comerciais.

    (C) de acordo com a maioria dos participantes nas reunies

    peridicas de dois dias.

    (D) a serem ratificadas pelo Ministro da Fazenda.

    (E) conforme os votos da Diretoria Colegiada.

    23. (FCC Banco do Brasil 2010) O Comit de Poltica

    Monetria COPOM tem como objetivo:

    a) Reunir periodicamente os ministros da Fazenda e do

    Planejamento, Oramento e Gesto e o presidente do Banco Central

    do Brasil.

    b) Coletar as projees das instituies financeiras para a taxa de

    inflao.

    c) Divulgar mensalmente as taxas de juros de curto e longo prazos

    praticadas no mercado financeiro.

    d) Promover debates acerca da poltica monetria at que se

    alcance consenso sobre a taxa de juros de curto prazo a ser

    divulgada em ata.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 53 de 139

    e) Implementar a poltica monetria e definir a meta da Taxa SELIC

    e seu eventual vis.

    21. I O item est incorreto. A poltica tributria do governo

    federal no tem relao com o COPOM.

    GABARITO: INCORRETO

    II Como vimos acima, ao Banco Central, atravs do COPOM, cabe

    adotar as medidas necessrias para o cumprimento das metas de

    inflao (definidas pelo CMN). O descumprimento das metas obriga

    o Presidente do BACEN divulgar, em carta aberta ao ministro da

    Fazenda, os motivos do descumprimento, as providncias e o prazo

    para o retorno da taxa de inflao aos limites estabelecidos.

    GABARITO: CORRETO

    22. O COPOM delibera conforme maioria de votos de seus

    membros. Ou seja, conforme os votos da Diretoria Colegiada do

    Banco Central (Presidente do Bacen + Diretores).

    Cabe ressaltar que o Copom toma decises sobre a Taxa Selic.

    Adicionalmente, h mais participantes nas reunies do Conselho,

    como outros membros do Banco Central. No entanto, as decises

    so tomadas to somente pela maioria dos Diretores do Bacen.

    GABARITO: LETRA E

    23. A funo do COPOM praticamente nica: implementar a

    poltica monetria e definir a meta da Taxa SELIC e seu eventual

    vis.

    Alm desta funo, cabe ao COPOM analisar o Relatrio de Inflao.

    GABARITO: LETRA E

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ANALISTA DE PROJETOS - REA

    ECONMICO FINANCEIRA - BRDE Prof. Vicente Camillo Aula 00

    Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 54 de 139

    4.3. COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS (CVM)

    A Comisso de Valores Mobilirios a entidade supervisora do

    mercado de capitais.

    Muito bem! Mas, o que seria esse tal de mercado de capitais?

    O mercado financeiro dividido em 4 subsistemas: mercado

    monetrio, mercado cambial, mercado de crdito e mercado de

    capitais.

    Quando estudamos as funes do BACEN, vimos que ele

    responsvel pela formulao, execuo, e acompanhamento das

    polticas cambial, monetria e creditcia.

    perceptvel que falta nestas atribuies a formulao, execuo e

    acompanhamento do mercado de capitais. Pois bem, no falta mais.

    Isto feito pela CVM.

    Antes de adentrarmos na composio e competncias da CVM, cabe

    apresentar a caracterstica de cada um destes mercados.

    O mercado monetrio engloba as operaes realizadas com

    ttulos pblicos, as quais proporcionam o controle da quantidade de

    moeda e da taxa de juros da economia.

    Vimos que, dentre as funes do Banco