Curso Pintor - Parte 2
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Seja Bem Vindo!
Curso
Pintor
Parte 2 Carga horria: 30hs
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Dicas importantes
Nunca se esquea de que o objetivo central aprender o contedo, e no apenas terminar o curso. Qualquer um termina, s os determinados
aprendem!
Leia cada trecho do contedo com ateno redobrada, no se deixando dominar pela pressa.
Explore profundamente as ilustraes explicativas disponveis, pois saiba que elas tm uma funo bem mais importante que embelezar o texto,
so fundamentais para exemplificar e melhorar o entendimento sobre o
contedo.
Saiba que quanto mais aprofundaste seus conhecimentos mais se diferenciar dos demais alunos dos cursos.
Todos tm acesso aos mesmos cursos, mas o aproveitamento que
cada aluno faz do seu momento de aprendizagem diferencia os alunos
certificados dos alunos capacitados.
Busque complementar sua formao fora do ambiente virtual onde faz o curso, buscando novas informaes e leituras extras, e quando necessrio procurando executar atividades prticas que no so possveis
de serem feitas durante o curso.
Entenda que a aprendizagem no se faz apenas no momento em que est realizando o curso, mas sim durante todo o dia-a-dia. Ficar atento s coisas que esto sua volta permite encontrar elementos para reforar
aquilo que foi aprendido.
Critique o que est aprendendo, verificando sempre a aplicao do contedo no dia-a-dia. O aprendizado s tem sentido quando pode
efetivamente ser colocado em prtica.
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Unidade 11
61
Unidade 10
53
Unidade 9
49
Unidade 8
37
Unidade 7
27
Unidade 6
9
Contedo
P r eP ar e o l o ca l e m o s o b ra
o t r a b a l h o c o m t e x t u r a s
P i n t u r a d e j a ne la s , P o r t a s , a r m r i o s
a t i t u d e s e r e l a e s n o s l o c a i s d e t r a b a l h o
Po s s i b i l i d a d e s d e t r a b a l ho e v nc u lo s
se u s no vo s c o n he c im e nt o s e se u c ur r c u lo
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Pi n t or 2
u n i d a d e 6
Prepare o local e mos obra
A primeira etapa do trabalho de um pintor de obras detectar
possveis problemas na superfcie, como calcinao, empola-
mento ou bolhas, umidade, mofo, descascamento, trincas, en-
tre outros. Havendo problemas, o profissional dever decidir
como eles sero resolvidos. Depois disso se inicia o preparo do
cmodo para a pintura.
Dividimos essa etapa em quatro grandes blocos de atividade.
1. Corrigir imperfeies e lixar as superfcies que sero pintadas
O primeiro passo antes de lixar uma parede ou outra superfcie
de alvenaria verificar se ela j foi pintada.
Primeira pintura
Se o local acabou de ser construdo e o pedreiro j aplicou o
chapisco e a argamassa de revestimento (reboco), preciso
esperar cerca de 30 dias, tempo de secagem completa do re-
boco, antes de iniciar qualquer trabalho de pintura.
Comear a pintura antes da secagem do reboco poder
causar descascamento da tinta.
Voc sabia? Calcinao se caracteri- za pela formao de p na superfcie j pintada.
Ela resultado da ao do tempo.
Depois disso, seu trabalho ser simples: verificar se h
alguma imperfeio e corrigi-la com um tipo de lixa
recomendado para paredes que vo receber a primeira
pintura. A superfcie dever ser lixada com uma lixa
adequada para alvenaria nmero 80 ou 100 de modo
que sejam retiradas as partculas soltas de areia e ci-
mento e eventuais marcas de desempenadeiras.
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Feito isso, a parede dever receber uma limpeza. A su-
perfcie pode ser lavada apenas com gua e, aps duas
horas, estar seca e pronta para a aplicao do selador
acrlico para alvenaria base de gua e das tintas.
Proceda da seguinte forma:
1. Aplique uma demo de selador acrlico.
2. Depois da secagem, aplique massa PVA (se a rea for
interna) ou acrlica (para reas externas). Se preferir,
aplique tinta ltex ou acrlica e considere o reboco
como um acabamento texturizado.
Pintura sobre pintura
Se no for possvel remover os mveis, arrume-os no centro do ambiente e cubra-os com lona ou plsticos especficos para esse fim. Isto os proteger de poeira e manchas de tinta, que podem danific-los.
Seu primeiro passo ser procurar por imperfeies: pin-
turas descascadas, lascas em cantos, partes que precisam
ser alisadas, bolhas, umidade, mofo e bolor, trincas etc.
Em ambientes internos (salas ou quartos, por exemplo),
o ideal que todos os mveis, assim como lustres, espe-
lhos de interruptores, trilhos de cortina etc., sejam reti-
rados do local. Dessa forma, voc ter uma viso geral
do ambiente, conseguindo observar melhor quaisquer
imperfeies.
O tipo de servio a fazer, nesse caso, depende do estado
das paredes e dos tipos de imperfeio encontrados. Las-
cas nos cantos ou pedaos de parede com furos ou que-
brados, por exemplo, devem ser consertados com a apli-
cao de massa corrida, em reas internas, ou de massa
acrlica, em reas externas. Para isso, voc dever usar
uma esptula e uma desempenadeira lisa.
Veja a seguir o passo a passo do procedimento.
1. Coloque uma pequena quantidade de massa corrida
na esptula e aplique-a no local que precisa ser corri-
gido, at cobrir o defeito.
Pintor 2 10
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Pi n t or 2
2. Com a desempenadeira fazendo um ngulo de 45
com a superfcie, procure espalhar bem a massa como
se estivesse passando margarina no po.
Entendendo o que ngulo
ngulo a figura formada pelo encontro de duas retas (ou segmen- tos/pedaos de reta). Os ngulos so medidos em graus (X). Por exemplo: um ngulo de 45 (graus) entre duas retas significa que elas se encontram da seguinte forma:
Em uma construo, as paredes e o piso tm de se encontrar em ngulo exato de 90 (graus), tambm chamado ngulo reto.
Para medir ngulos em desenhos, utiliza-se um instrumento chama- do transferidor. Nas construes, para conferir se os ngulos so de 90 (graus), so usados esquadros.
3. Repasse a desempenadeira sobre a massa aplicada,
sempre procurando manter a desempenadeira em um
ngulo de 45 com a superfcie. Retire o excesso de
massa e, ao mesmo tempo, a estique/espalhe, de modo
a ampliar a rea em que a massa aplicada.
4. Repita esse processo at que toda a superfcie esteja
coberta.
5. Espere o tempo de secagem da massa corrida cerca
de 1 a 2 horas entre cada demo.
Procure no trabalhar com excesso de massa na superfcie, pois isso vai dificultar o lixamento mais tarde. O acabamento deve ficar o mais nivelado e uniforme possvel.
No tente apressar o trabalho nessa hora. Esse o
tempo mdio que uma massa de qualidade demora a
secar entre cada demo.
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45
90
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Qualquer que seja a situao, as superfcies, depois de lixadas, devem ser limpas de forma que no reste nenhuma impureza. A superfcie a ser
6. Passe lixa (nmero 180 a 220) sobre a massa aplicada,
de forma que a superfcie retocada se iguale com as
demais partes.
7. Retire a poeira deixada pela lixa com uma escova ou
um pano mido, aplicado levemente.
Se a superfcie tiver algum acabamento brilhante, dificilmente aceitar outra tinta. Nesse caso, lixe-a integralmente e/ou use produtos especficos para retirar o brilho antes de iniciar a pintura.
Se as imperfeies forem grandes e houver reas em que
a pintura esteja descascada ou rachada o que mais
comum em casas e pinturas mais antigas , pode ser
necessrio raspar a superfcie antes de lix-la. Para isso,
use a esptula e, em seguida, lixe o local para igualar a
parede.
Pequenas fissuras na parede tambm podem ser conser-
tadas raspando com esptula e aplicando massa corrida
(em reas internas) ou massa acrlica (em reas externas).
importante observar toda a superfcie e fazer uso de
uma lixa fina para evitar defeitos depois de iniciada a
pintura.
Vamos ver a seguir alguns problemas comumente encon-
trados e como solucion-los.
pintada deve estar seca, sem poeira, gorduras, graxas, sabo, mofo etc. Essa limpeza pode ser feita com uma escova limpa. Mas se houver excesso de poeira, o ideal utilizar uma esponja umedecida com gua, se possvel quente, e sabo. Use um balde com gua para lavar a esponja e pass-la novamente na parede at a limpeza completa. Tenha cuidado para no deixar resduos de sabo. Para retirar manchas de gordura, utilize gua morna e detergente. J manchas de mofo podem ser retiradas com uma soluo de gua e gua sanitria.
Pintor 2 12
Problema Reparo
Manchas de umidade, mofo e bolor
Eliminao da umidade.
Lavagem com soluo de hipoclorito/gua sanitria.
Reparo do revestimento.
Empolamento da pintura
Raspagem da superfcie.
Renovao do reboco.
Eliminao da infiltrao se a causa do empolamento estiver relacionada a esse problema.
Fissuras
Raspagem da superfcie.
Renovao do reboco.
Renovao da pintura.
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Pi n t or 2
Atividade 1 ExE rc i tE a ap l i c a o d E m a ssa co r r i da
Aplicar massa corrida parece uma atividade simples. De
fato, ela no complexa, mas finalizar sua aplicao de
modo que a superfcie fique totalmente lisa pode reque-
rer algum tempo e treino.
No laboratrio, voc encontrar as ferramentas, os ma-
teriais e as condies necessrias para exercitar esse co-
nhecimento e ganhar familiaridade e confiana para
fazer o trabalho na casa de um cliente.
Faa o mesmo trabalho algumas vezes, orientado pelo
monitor e trocando dicas com os colegas.
Perceba as principais dificuldades e cuidados e registre--
-os no caderno para poder aproveitar essa informao no
futuro.
O uso de massa de melhor qualidade possibilita um melhor trabalho de
preenchimento e correo de imperfeies. As massas de qualidade inferior costumam ser muito aguadas, dificultando o trabalho, alm de desperdiar material.
Quando considerar seu trabalho adequado, mostre-o
para os colegas e converse com eles sobre como foi esse
aprendizado.
2. Aplicar selador ou fundo preparador
A aplicao de selador ou fundo preparador precede a pin-
tura em situaes especficas. Ambos os produtos tm a
funo de tornar as superfcies mais adequadas pintura.
O fundo preparador deve ser utilizado quando se faz
uma repintura sobre paredes com cal e para selar reboco
antigo, fraco e pulverulento. Sua funo selar a poro-
sidade de massas como PVA, massa acrlica e gesso. Por
esse motivo, tem uma consistncia aguada.
O selador acrlico, quando aplicado sobre o reboco, sela
a acidez do cimento, evitando sua calcinao e tornando
a superfcie menos absorvente. Ele tambm pode ser uti-
lizado em outras superfcies de cimento, como cimento
amianto, concreto e aparente. Sua consistncia parece
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com a de uma tinta. A cor branca tende a cobrir a cor cinza do cimento, facilitando,
assim, a cobertura posterior com a tinta escolhida.
Em ambos os casos, quando as superfcies so excessivamente porosas, o fechamen-
to desses poros com selador ou fundo preparador vai diminuir o consumo de tinta.
Sua aplicao efetuada com rolo, em movimentos verticais, at a cobertura com-
pleta das superfcies: paredes e teto. No caso de superfcies com massa e repintura,
deve ser utilizado um rolo de l baixa. Para superfcies com reboco ou outras super-
fcies porosas, deve-se utilizar rolos de l alta.
3. Proteger mveis, janelas e portas
Outro momento importante no preparo dos cmodos para a pintura a proteo
de mveis, objetos, portas, janelas e piso. Mesmo os pintores mais experientes difi -
cilmente conseguem evitar respingos de tinta durante a pintura.
Com relao ao mobilirio e a outros objetos (incluindo tomadas e interruptores),
o ideal, como j foi dito, retir-los do local que ser pintado, deslocando-os para
outros lugares da casa. Mas nem sempre possvel. Alm disso, sempre haver o
piso, as portas, as janelas, os lustres... enfim, vrias coisas a proteger.
O primeiro passo forrar o piso. O ideal usar um pedao de lona, que mais
resistente e voc pode reaproveitar. Mas pedaos de plstico e papelo tambm
podem ser utilizados. Nesse caso, use fita adesiva para fix-los, assim, voc no
correr o risco de que saiam do lugar, deixando reas desprotegidas.
Depois do piso, forre as portas de armrios e de entrada, as janelas e tudo que
ainda estiver no cmodo. Em relao aos lustres, solte-os do teto com cuidado ou
cubra-os inteiramente com plstico.
4. Uso das fitas adesivas
Finalmente, faz ainda parte dessa etapa de preparo a colocao de fitas adesivas
em todos os locais onde houver um encontro/juno da superfcie a ser pintada
com outra que no receber pintura. Isso inclui, por exemplo, as junes das
paredes com o piso ou rodap, ou das paredes com portas de armrios e esquadrias
de janelas.
Pintor 2 14
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Pi n t or 2
No encontro entre duas paredes ou das paredes com o
teto, esse procedimento tambm importante, sobretu-
do quando for utilizar cores diferentes.
Independentemente de voc usar rolo ou pincel, no
simples manter uma linha reta em cantos e no esbarrar
nas paredes vizinhas. Por isso, no deixe de fazer uso das
fitas adesivas.
Para aplicar, coloque uma das pontas da fita adesiva em
uma das extremidades do local desejado e desenrole-a
aos poucos, mantendo-a em linha reta com a ajuda de
um esquadro ou rgua de alumnio. Antes de coloc-la,
certifique-se de que a superfcie no esteja com poeira,
para que a fita tenha boa adeso.
Existem no mercado fitas adesivas especiais para o uso
em pintura (fitas para mascaramento). Sua espessura
varia de 18 mm a 50 mm, dimenses suficientes para as
necessidades de um pintor de obras.
Pintores mais experientes podem usar rgua em vez de fita adesiva para evitar que a pintura ultrapasse os cantos. Depois de um tempo de prtica, voc poder ver se esse procedimento o deixa mais confortvel, sem que seu trabalho perca qualidade.
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RF
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Use o mesmo sistema de colocao de fitas adesivas para fazer acabamentos com efeitos decorativos; por exemplo: paredes listradas ou com desenhos com linhas retas, como os mostrados a seguir.
As fitas comuns (de cor amarelada) devem ser retiradas no perodo mximo de
24 horas, para que a cola no tenha adeso superfcie e danifique a pintura no mo-
mento de sua retirada. As fitas azuis especiais podem permanecer no local por at
sete dias, sem o risco de deixar resduos.
Uma vez preparado o local, chegou a hora de comear a pintura.
Vamos iniciar essa aprendizagem mostrando, primeiro, como fazer uso de rolos e
pincis.
Os pincis como j vimos anteriormente so peas obrigatrias no trabalho do
pintor de obras. Em geral, com eles que se pintam os cantos, os encontros entre
teto e paredes e as pequenas superfcies, alm de serem necessrios para dar acaba-
mento pintura.
Pintor 2 16
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Pi n t or 2
Os rolos, por sua vez, so sempre usados para fazer a
pintura de grandes extenses.
Em geral, o pintor inicia o trabalho com a pintura dos
cantos e dos encontros entre paredes e teto/piso, que
feita com trinchas de 3 ou 4 polegadas. Feita essa par-
te, utilize rolos para as superfcies mais amplas. Depois,
volte aos pincis, se necessrio, para dar acabamento ao
trabalho.
Como usar rolos
Sua utilizao tende a ser mais simples e mais fcil do que
a dos pincis, garantindo uma pintura mais rpida e pou-
co sujeita a imperfeies. Por isso, as maiores superfcies
so sempre preenchidas com rolos.
Veja o passo a passo de como us-los.
1. Coloque a tinta a ser usada na bandeja.
2. De posse de um rolo grande, mergulhe-o na parte
mais funda da bandeja, movimentando-o para frente
e para trs at que fique com bastante tinta.
3. Defina uma rea a ser pintada, com dimenses no
muito extensas.
4. Quando o rolo estiver encharcado, posicione-o no
local que ser pintado e faa-o deslizar sem colocar
presso. Se a presso ou a quantidade de tinta forem
excessivas, a tinta escorrer pela parede. Se estiver com
tinta suficiente, o rolo vai deslizar com facilidade,
alastrando e nivelando a tinta sem que haja necessi-
dade de esforo.
5. Passe o rolo fazendo movimentos para cima e para
baixo, como se estivesse desenhando uma grande letra
M ou W, sem retirar o rolo do espao que estiver
pintando.
Se o lugar for apertado, passe o rolo apenas no sentido horizontal, sem fazer o movimento das letras M ou W. Nesse caso, use um rolo pequeno (de 10 cm) ou um pincel (do qual falaremos mais adiante). O rolo grande pode dificultar o trabalho.
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6. Em seguida, preencha os espaos que ficaram sem
tinta, passando o rolo no mesmo sentido vertical-
mente. Passar o rolo em sentidos diferentes (ora ver-
tical, ora horizontalmente) pode provocar manchas.
Procure fazer tudo isso ainda sem retirar o rolo.
7. Ao final, retire o rolo devagar e por inteiro, evitando
deixar respingos no local.
Na pintura, tanto de paredes como de tetos, pinte-os por inteiro e de uma nica vez. Caso sobre algum espao no pintado, faa o retoque imediatamente. Interromper a pintura
para intervalos, ainda que no muito longos, pode provocar defeitos na aplicao, principalmente se estiver usando tintas de secagem rpida.
8. Para dar continuidade pintura, passe o rolo nova-
mente na bandeja, retirando o excesso de tinta, e
inicie os mesmos movimentos em outra rea, prxima
primeira. Escolha a rea de modo que as pinturas se
tangenciem, ou seja, sem que fiquem espaos vazios
entre elas.
Por qual lado iniciar a pin-
tura depende apenas de
voc. indiferente comear
a pintura pelo lado esquerdo
ou direito.
Alm de ajudar na pintura de reas altas, o cabo extensor de rolos muito til para a pintura de tetos. Voc tambm pode usar uma escada, mas o cabo extensor evita o sobe e desce para mudar a escada de lugar e pintar outras partes do teto.
Porm, sempre inicie pela
parte inferior da superfcie
que ser pintada, levando o
rolo de baixo para cima.
Assim, caso a tinta do rolo
se alastre e espalhe, ela no
cair no cho.
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Fo
tos:
I
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Mo
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bra
fati
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Pi n t or 2
Atividade 2 Usan d o d i fE rE ntEs t i pos d E ro lo
Vamos, mais uma vez, ao laboratrio da escola. Agora, para experimentar o uso dos
diferentes tamanhos de rolo, com ou sem extensores.
1. Escolha os materiais que vai usar e, com indicao do monitor, uma rea apro-
priada para poder exercitar o que aprendeu.
2. Inicie pela aplicao do solvente apropriado no rolo. Depois, mergulhe-o na
tinta e v em frente. Faa isso mais de uma vez e, se possvel, pratique tambm
em casa.
3. Troque informaes e dicas com os colegas. Aproveite para aprender com eles e
procure tambm mostrar-lhes algo que aprendeu e que possa ajud-los.
4. Por fim, registre o que considerar til para seu trabalho futuro. Leia para os
colegas e oua tambm o que escreveram. Se for o caso, complete suas anotaes.
Como usar pincis
Se pintar com rolos algo que se consegue aprender de forma relativamente rpida,
o uso de pincis costuma exigir um pouco mais de experincia e prtica, de modo
que as pinceladas no fiquem marcadas e que o trabalho fique bem-feito. No incio,
deixe para utiliz-los em situaes mais especficas, que exijam cuidados especiais,
ou quando o uso dos rolos no for indicado: cantos, batentes de porta, rodaps etc.
Um dos primeiros aprendizados para fazer bom uso dos pincis saber escolher a
trincha certa para cada tipo de tinta e saber como segur-los. Conforme o jeito de
peg-los, voc conseguir maior firmeza e controle sobre eles, o que facilitar a
aplicao. Esse jeito, entretanto, depende do tipo de pincel.
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-
Os pincis com cabos mais finos (usados principal-
mente para acabamentos) podem ser segurados com
a ponta dos dedos, como se voc estivesse pegando
um lpis ou uma caneta para desenhar/escrever. A
grande diferena a ser observada que, no uso de
lpis ou caneta, a ponta fica virada para baixo. J no
caso do pincel, as cerdas devem ser posicionadas de
frente para a superfcie que ser pintada.
Quando voc for utilizar um pincel de cabo mais grosso,
o ideal segur-lo com a mo inteira, abraando-o,
como se faz ao segurar uma vassoura ou um martelo.
Dessa forma, sua mo ficar firme.
Talvez voc demore um pouco para acertar a quantidade ideal de tinta no pincel um volume que seja suficiente para cobrir a superfcie desejada, mas no excessiva a ponto de escorrer e sujar o ambiente. Mas no se preocupe com isso de imediato. Com o tempo e a experincia, essa atividade se tornar automtica.
Agora que voc j sabe como segur-lo, vamos ao passo
a passo do uso dos pincis.
1. Mergulhe o pincel diretamente na lata de tinta no
h necessidade de utilizar bandeja. Voc deve cobrir
com tinta at cerca de das cerdas e movimentar o
pincel na lata para que a tinta penetre nas cerdas.
Pintor 2 20
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Pi n t or 2
2. Para que a tinta no escorra no piso ou na parede,
deixe o pincel pendurado sobre a lata por alguns se-
gundos. Se o pincel permanecer com muita tinta,
passe-o levemente na lateral interna da lata.
Os pincis, como j foi dito, so usados principalmente
para pintar o encontro entre paredes ou destas com o teto
ou rodap e tambm para fazer retoques/acabamentos.
Para pintar cantos, use o chamado pincel de remate que,
conforme indicamos na Unidade 3, um pincel peque-
no. Voc tambm usar esse tipo de pincel para pintar
batentes de janelas e portas e rodaps.
Quando for pintar paredes prximas com cores diferentes, no coloque muita tinta no pincel. melhor fazer o trabalho de forma mais lenta do que ter de refaz-lo. No se esquea, alm disso, de fazer uso de fita adesiva para proteger superfcies que se tangenciem.
Para esses tipos de pintura, siga as seguintes etapas.
1. Aplique tinta no pincel da forma vista anteriormente.
2. Passe o pincel fazendo pequenas faixas horizontais de
cerca de 10 cm na superfcie a ser pintada, sempre
no mesmo sentido: do canto para o centro. D de trs
a cinco pinceladas por vez.
3. Em seguida, sem deixar que a tinta seque, passe o
pincel verticalmente sobre as faixas horizontais. Esse
procedimento vai deixar as pinceladas menos marcadas.
Para ter um melhor entendimento de como fazer, obser-
ve as figuras a seguir:
PNT_C2_012
PNT_C2_013
21
Fo
tos:
I
ara
Mo
rse
lli/A
bra
fati
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4. Se a pintura for feita em rodaps, use a mesma tcni-
ca. Porm, inverta o sentido das pinceladas. Escolha
uma pequena rea e passe o pincel em sentido vertical,
de baixo para cima. Em seguida, d uma pincelada
maior em sentido horizontal. Se ficar uma parte sem
pintar entre o rodap e a parede, complete a pintura
usando o pincel em sentido horizontal.
Sempre que estiver pintando e ocorrerem pequenos acidentes de percurso respingos em paredes, pequenas manchas, pingos de tinta no piso etc. , limpe-os na mesma hora. Depois que a tinta seca, sempre mais difcil remov-la.
Caso a pintura das superfcies (paredes, tetos, rodaps,
batentes) seja feita com cores diferentes, essa forma de
pintar e o uso de fitas adesivas tender a deixar o
trabalho mais limpo e evitar que ocorram manchas
entre as reas que ficam lado a lado.
Mesmo que for utilizar as mesmas tintas e cores em
todas as reas de um cmodo, siga esse procedimento
para deixar seu trabalho mais caprichado e bonito.
Atividade 3 t r abalhan d o co m pi n c is
Voc j fez alguns testes com rolos. Agora, far uso de
diferentes tipos de pincel para aprender, na prtica, a
segur-los, a embeb-los com a quantidade adequada de
tinta e a aplic-los em cantos.
1. Separe trs tipos de pincel e tinta e escolha um
local apropriado para seu trabalho. Caso a superf-
cie definida j esteja pintada, inicie a atividade pelo
uso de uma lixa que a deixe pronta para a nova
pintura.
2. Agora, colocar tinta nos pincis e mos obra!
3. Mais uma vez, observe o modo de agir dos colegas e
troquem ideias sobre como fazer o trabalho.
Pintor 2 22
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Pi n t or 2
4. Registre o que aprendeu de mais importante.
5. Leia suas anotaes e escute as dos demais alunos.
Pode ser que algo importante tenha passado desper-
cebido. No deixe de aproveitar essa oportunidade
para aprender mais.
Pintura de pisos
A pintura de pisos no difere da que se faz em outras su-
perfcies. O que dar a especificidade, nesse caso, o tipo
de piso a ser pintado e o tipo de tinta a ser aplicada.
importante saber que nem toda tinta pode ser usada em
pisos. Ltex e esmalte, por exemplo, no so indicados para
pisos. Existem, para esse fim, tinta acrlica, para piso tipo
cimento, e tinta epxi base de gua ou solvente.
Como no caso das paredes, a etapa inicial ser preparar
o piso para receber a tinta. Isso significa deix-lo total-
mente limpo: sem restos de poeira e outros materiais de
obra, sem terra, verniz ou cera, se j tiver recebido aca-
bamento anterior.
Lembre-se: no caso especfico do verniz, sua remoo
deve ser feita com lixas apropriadas. Use, primeiramen-
te, uma lixa grossa, de granulao 80 ou 100. Em segui-
da, utilize uma mais fina (200 a 600) para a remoo de
marcas da madeira.
Feito isso, o passo seguinte fazer a escolha correta do
material a ser empregado.
Veja a seguir algumas possibilidades de uso de materiais.
Outras opes podem ser dadas pelos fabricantes. Este-
ja sempre disposto a pesquisar e perguntar.
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Para reas externas revestidas com madeira, deve ser aplicado, primeiramente, o stain. Depois do stain, deve-se aplicar verniz para madeira, base de gua.
Exceto se houver alguma restrio especfica do fabri-
cante para a tinta escolhida, o uso de rolos tende a ser
mais adequado para esse tipo de pintura, por se tratar de
uma grande superfcie.
Atividade 4 rE f l i ta so b rE sE Us aprE n d iz ad os at ag o r a
Vimos na Unidade 2 que h diferentes formas de apren-
der: compreendendo, memorizando, ref letindo, exerci-
tando, vivenciando situaes novas etc.
Em dupla, pensem em alguns dos conhecimentos que
foram comentados at este momento do curso e indiquem
as formas de aprendizagem envolvidas.
Pintor 2 24
Tipo de piso Pintura
reas externas, exceto as revestidas com madeira
Esmalte base de leo + poliuretano (para proteo)
reas externas com necessidade de proteger da umidade
Tintas epxi
Alvenaria Tintas para piso com resina acrlica
Conhecimento Como aprendemos
Escolher pincis
Definir que tipo de tinta utilizar em cada situao
Orientar o cliente sobre cores
Calcular reas de superfcies
-
Pi n t or 2
Carlos Drummond de An- drade nasceu em Itabira (MG) em 31 de outubro de 1902, e morreu no Rio de Janeiro (RJ), em 17 de agosto
de 1987. Comeou sua car-
reira de escritor no jornal
Dirio de Minas, em Belo Horizonte. Mais tarde j no Rio de Janeiro, onde fixou
residncia , escreveu crni- cas para jornal e publicou
vrias obras: Alguma poesia (1930), Brejo das almas (1934), Sentimento do mun- do (1940), Jos (1942) e A rosa do povo (1945).
Ao preencher o quadro, voc deve ter percebido que al-
guns dos principais conhecimentos envolvidos na ocu-
pao de pintor de obras dependem da experincia e do
exerccio frequente de certa atividade.
Para conhecer alguns de seus
poemas, voc pode consultar
o site Releituras. Disponvel em: .
Acesso em: 14 maio 2012.
Assim, por exemplo, ser preciso usar o rolo muitas vezes,
em vrias situaes, at voc ter certeza da quantidade
de tinta que dever colocar e de como manuse-lo com
segurana.
No desanime caso demore um pouco at voc adquirir
essa segurana.
O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade (19 0 2 -
-1987) dizia que amar se aprende amando. Podemos
falar algo parecido em relao pintura de paredes, pois
voc s aprender a pintar pintando.
hora de limpar a casa!
Mesmo que voc tenha todo o cuidado do mundo,
normal, conforme comentamos anteriormente, haver
respingos, gotas e manchas de tinta enquanto se faz a
pintura. O melhor fazer as pequenas limpezas du-
rante o prprio trabalho, sem deixar tudo para o final.
Carlos Drummond de Andrade. Autorretrato em caricatura.
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Conhecimento Como aprendemos
Elaborar um oramento
Lixar paredes
Aplicar massa corrida
Usar rolos e pincis
Pintar cantos
Fazer pintura de pisos
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limpeza. medida
As tintas so sempre mais fceis de limpar enquanto es-
to molhadas. Fazer esse tipo de limpeza no toma um
grande tempo e auxilia muito no resultado.
Vamos ver agora como faz-la.
Tintas ltex passe um pano umedecido com gua
morna e detergente sobre o local onde h respingos de
Seus materiais pincis, rolos, bandeja, panos etc. tambm devem ser limpos com rapidez. muito mais fcil limp-los enquanto as tintas esto frescas. Para retirar tinta ltex de pincis e rolos, enxgue-os em gua morna e lave com detergente. Voc tambm poder usar uma escova para retirar os resduos de tinta das cerdas. Para tintas base de solventes, voc dever utilizar solventes de limpeza (tner). Alm da lavagem com gua ou solvente, voc deve secar o material antes de guard-lo, para sua melhor conservao. Para tirar o excesso de gua de pincis e rolos, esprema-os suavemente. Depois, retire o restante da umidade com papel-toalha.
suficiente
Tintas base de solventes:
tinta fresca passe um pedao de pano umedecido
com solvente;
tinta seca passe um pedao de pano umedecido com
um solvente para limpeza (tner). Em seguida, passe
gua com detergente.
Tinta esmalte passe um pedao de pano umedecido
com solvente.
Tinta acrlica passe um pano umedecido com gua
morna.
Respingos de tinta em vidros passe um pedao de
pano umedecido com um solvente para limpeza (tner).
Em seguida, limpe com um pedao de l de ao n-
mero 0 (zero).
Respingos de tinta em madeira ou cermica raspe os
respingos de forma bem suave com a ponta de um
estilete. Faa isso com muito cuidado para no riscar
a madeira ou a cermica. Em seguida, passe gua e
sabo. Nunca use solvente sobre esses materiais, para
no manch-los.
Pintor 2 26
tinta. Essa dever ser para a
-
Pi n t or 2
u n i d a d e 7
O trabalho com texturas
De um tempo para c sobretudo a partir dos anos 1990 ,
comeamos a ver cada vez mais, em residncias, as chamadas
pinturas texturizadas.
Enquanto a pintura comum deixa as superfcies lisas, sem sa-
lincias, com aparncia uniforme, a texturizao as deixa spe-
ras, com rugosidades, bem diferentes do que se observa com a
aplicao de argamassa.
Assim, uma parede texturizada ganha o aspecto de outros ma-
teriais utilizados em construes, podendo parecer mais ou
menos rstica, ter desenhos mais ou menos uniformes ou simu-
lar/aparentar revestimentos de mrmore, madeira, metal ou
jeans, entre outras texturas.
Quando se trata da pintura de reas inter-
nas da casa ou do escritrio, a texturizao
pode ser aplicada em uma nica parede
ou em cmodos inteiros. Porm, preciso
ter cuidado com a harmonia das cores e
texturas. Exageros na texturizao e/ou
pinturas decorativas, no geral, podem dei-
xar o ambiente muito carregado.
27
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A opo por texturas mais ou menos rsticas envolve o
gosto individual. Mas sempre bom tomar cuidado para
que a superfcie texturizada no destoe muito das demais.
Ou seja, preciso considerar o estilo dos outros ambientes,
do mobilirio e dos moradores da casa.
J quando a texturizao envolve reas externas como
muros ou fachadas , a escolha pode recair em texturas
mais rsticas e com granulao maior. Como se trata de
ambientes abertos, o risco de a fachada ficar carregada
ou pesada demais menor.
Voc sabia? A palavra portflio, adap-
tada do ingls, bastante
usada por diferentes em-
presas e profissionais.
Seu significado varia con-
forme o contexto em que
empregada. Mas, na
rea que nos interessa,
portflio uma espcie
de livro ou pasta em que
os profissionais armaze-
nam fotos, recortes e ou-
tros tipos de registro de
seus trabalhos para po-
derem mostrar aos clien-
tes o que so capazes de
fazer. Essa forma de apresentao utilizada
por arquitetos, designers (desenhistas profissio- nais que criam projetos
de mveis, objetos, deco-
rao de interiores etc.), modelos, entre outros. Ento, por que no ser usado tambm pelos pin- tores de obras?
De qualquer forma, esteja preparado para orientar seus
clientes, caso eles tenham dvidas sobre quando optar
por esse recurso e em quais locais aplic-lo. Para isso,
nada melhor do que saber as novidades do mercado e ter
um portflio para apresentar a eles.
Comece a montar esse portflio reunindo uma amostra
com trabalhos interessantes, feitos por outros pintores de
obras podem ser recortes de revistas ou fotos de obras que
voc viu e gostou. Mas no deixe de considerar tambm
uma amostra dos servios j realizados por voc.
Pintor 2 28
P
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Pi n t or 2
Procure sempre registrar seus trabalhos. Uma cmera fotogrfica simples de ce-
lular suficiente para isso. Aos poucos, conforme voc for acumulando mais
trabalhos para mostrar, substitua as fotos e recortes de revistas por registros seus.
Atividade 1 co m EcE j sE U po r tf l i o
1. Em casa, providencie uma pasta que sirva de base para voc iniciar o portflio.
Se voc tiver recortes ou fotos demonstrativas de trabalhos que considera inte-
ressantes, j os coloque nessa pasta.
2. No laboratrio, veja se h algum ensaio de pintura que voc ou seus colegas te-
nham feito e gostado, e fotografe-o. Vocs podem fazer juntos essa seleo e tirar
uma nica foto; depois, s imprimir cpias para todos os que quiserem guard--
-la. Esses sero seus registros iniciais.
3. Guarde a pasta com voc e continue essa atividade ao longo de sua carreira. No
deixe de lev-la sempre que for encontrar um novo cliente.
Para fazer texturas: ferramentas e materiais
Entendido o que so texturas, vamos aos procedimentos bsicos para faz-las.
As ferramentas necessrias no diferem daquelas que j vimos: rolos, esptulas,
pincis, desempenadeiras... Mas a escolha do que utilizar depender do tipo de
textura que vai fazer e do efeito que voc quer dar superfcie tratada.
J em relao aos materiais, h produtos especficos disponveis no mercado, de
diversos fabricantes. So genericamente conhecidos como texturas acrlicas e sua
consistncia espessa/grossa, de massa.
A diferenciao entre os produtos disponveis no mercado pode se dar, entre outras
razes, pela composio do material (alguns so arenosos, outros no), pelo efeito
que se quer dar (deixar a aparncia mais ou menos rstica) etc. A melhor forma de
conhecer os produtos e ter uma ideia mais clara sobre suas peculiaridades por meio
de catlogos de materiais ou diretamente, visitando e pesquisando em estabeleci-
mentos que comercializam materiais para construo.
Basicamente, os produtos so compostos de uma massa acrlica acrescida, entre
outros materiais, de gros de quartzo (mais ou menos finos) e resinas ou polmeros
acrlicos e hidrorrepelentes.
29
-
Passo a passo da texturizao
Uma das primeiras coisas a saber que a parede que vai
receber a textura deve ser a ltima a ser trabalhada. Ou
seja, pinte todas as paredes, o teto, os batentes, as portas...
S depois de tudo pronto, pense na textura.
A superfcie que ser texturizada deve receber, alm dis-
so, o mesmo tratamento que foi dado s demais. Assim
como acontece com a pintura comum, comece com um
bom olhar para a superfcie que ser texturizada. Pin-
turas rachadas ou com bolhas; paredes mofadas, sujas
ou engorduradas; tintas brilhantes: todos esses detalhes
devem ser observados e corrigidos.
Vamos retomar o que fazer em cada caso?
Paredes com mofo limpe com gua sanitria diluda
em gua.
Paredes engorduradas limpe com gua e detergente
e enxgue bem para no sobrarem restos de detergente.
Paredes com tintas brilhantes lixe e limpe em segui-
da, para retirar o p deixado pela ao das lixas.
Fundo preparador: Produ- to que se aplica nas paredes antes das tintas e que as pro-
tege contra o aparecimento de manchas de mofo, des-
cascamento das tintas etc.
Paredes com pinturas que precisam ser retocadas
(rachadas, com bolhas etc.) lixe e limpe como se
fossem receber tintas comuns. Se voc tem dvidas,
retorne ao incio da Unidade 6, onde esse assunto
foi tratado.
Feito isso, aplique um fundo preparador, do qual tam-
bm j falamos antes (na p. 13), lembra-se?
Depois de preparada a superfcie, coloque as fitas adesi-
vas nos cantos.
Est na hora de partir para a aplicao da textura.
A essa altura, o tipo de textura deve estar definido. E, portanto, as ferramentas que voc vai utilizar para texturizar tambm j tm de estar preparadas.
Quaisquer que sejam as caractersticas da textura a ser
feita, a forma de aplicao praticamente no difere.
Delimite uma rea de cerca de 1 m para comear o
trabalho.
Pintor 2 30
2
-
Pi n t or 2
Aplique uma fina camada de textura acrlica. O ideal
que essa camada tenha por volta de 3 mm.
Se a granulao da textura for grossa, use uma desem-
penadeira para fazer essa aplicao, como se estivesse
colocando argamassa na parede. Caso a textura tenha
gros finos ou no seja granulada, a aplicao tambm
deve ser feita com desempenadeiras ou esptulas. A tc-
nica ou efeito so dados depois, com o uso de pincis ou
rolos especiais.
Na aplicao de textura acrlica, necessria uma nica
demo. Em seguida, comece o trabalho com a ferramenta
escolhida.
A secagem da superfcie texturizada relativamente rpida e pode variar de 2 a 6 horas, dependendo do tipo de produto e da textura.
Vamos ver, a seguir, algumas das ferramentas mais apro-
priadas para cada tipo de textura.
As esptulas, por exemplo, permitem fazer desenhos
mais uniformes.
Se voc passar a esptula de forma reta, poder fazer
riscos paralelos, com maior ou menor uniformidade,
alternando os lados. Voc tambm pode usar a esptula
para fazer movimentos circulares, conseguindo um efei-
to diferente. Veja os exemplos.
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As desempenadeiras (lisas, dentadas, com forro de l) permitem vrias texturizaes,
a depender do tipo escolhido e do movimento que voc faa com as mos.
Se usar uma desempenadeira dentada, o efeito ser um; se apenas pressionar a
ferramenta lisa contra a parede, ser outro. H ainda a possibilidade de fazer
desenhos (texturas) mais ou menos uniformes. E se a desempenadeira possuir
revestimento de l? Veja o efeito na imagem a seguir.
Texturas bastante diferenciadas e criativas tambm podem ser obtidas com os
chamados rolos de efeito.
Na aparncia, so rolos de pintura como quaisquer outros. Mas suas superfcies no
so necessariamente de l ou espuma. Esse tipo de rolo pode ser de diversos materiais
e comporta diferentes desenhos.
Pintor 2 32
Fo
tos:
I
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Mo
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lli/A
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-
Pi n t or 2
Alm de desenhos, tambm com esse tipo de rolo que voc poder conseguir
certos efeitos na pintura uma parede com aparncia de jeans ou de mrmore, por
exemplo.
A forma de usar esse tipo de rolo diferente do procedimento indicado para a
aplicao de tintas com os rolos comuns, como visto na Unidade 6. Nesse caso,
passe-o na parede com movimentos contnuos, de baixo para cima, sem deixar es-
paos. O rolo deve estar um pouco mido e voc no deve apert-lo com fora
sobre a superfcie. Fazer presso no torna o trabalho melhor. O resultado desse tipo
de trabalho uma parede com acabamento rstico, com pontas que podem machu-
car a pele das pessoas quando em contato. Alerte o seu cliente quanto a esse proble-
ma e se certifique da escolha desse tipo de textura.
Voc poder observar seu trabalho, medida que for passando o rolo, e fazer acer-
tos, deixando-o como planejou/desejou.
33
Fo
tos:
CM
C
-
Alguns exemplos de trabalhos desse tipo podem ser observados a seguir.
Existe ainda a possibilidade de texturizar paredes utilizando pincis comuns ou de
espuma. No primeiro caso, a textura obtida pelas prprias pinceladas, que criam
pequenas salincias na superfcie, como se fosse a pintura de um quadro. Esse tipo
de textura exige um pouco mais de tcnica do que os demais. Caso contrrio, po-
der parecer uma pintura malfeita.
Vincent van Gogh. Quarto de Van Gogh, 1888. leo sobre tela, 72 cm x 90 cm. Museu Van Gogh, Amsterd, Holanda.
Pintor 2 34
Fo
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ix
-
Pi n t or 2
Se optar pelo uso dos pincis de espuma, proceda da seguinte maneira: efetuada a
pintura comum e antes que ela comece a secar, bata o pincel seguidamente e de
forma leve sobre a superfcie. O resultado, nesse caso, ser uma textura mais tnue/
sutil, que no chama muito a ateno, mas d certo destaque s superfcies.
importante frisar que o uso do pincel de espuma para textura s se aplica para
pequenas reas. Como o pincel pequeno, o trabalho com ele leva muito tempo.
Para superfcies extensas, o mesmo tipo de efeito pode ser obtido com rolos.
Mas e a colorao? Vem antes ou depois da aplicao da textura?
Depende do produto e do tipo de textura que vai fazer.
No caso das texturas acrlicas aplicadas com desempenadeira e com granulao
maior, voc pode colorir aps a aplicao, com um rolo de l e com a tcnica j
indicada na Unidade 6. No caso das texturas com rolos e pincis, a colorao e a
texturizao podem ocorrer de forma simultnea.
Para concluir, tenha em mente que aplicar texturas requer mais tcnica, trabalho e
tempo do que aplicar tintas, alm de materiais e instrumentos diferenciados.
No deixe de considerar esses aspectos quando for fazer o oramento de um traba-
lho que envolva texturizao.
Quando se sentir confiante para isso, no se esquea tambm de informar seus
clientes de que voc sabe fazer determinados tipos de textura, e indique quais.
Lembre-se de que esse saber que pode diferenciar seu trabalho no mercado.
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P
au
lo S
avala
-
Atividade 2 tE x tU r izE a s parE d Es d o l abo r at r i o
Provavelmente no precisamos falar mais que o melhor jeito de aprender a pintar
pintando. Por que texturizar uma parede seria diferente? Ento, vamos l?
1. Escolha diferentes materiais e ferramentas. Pea tambm indicao para o mo-
nitor sobre onde voc poder trabalhar.
2. Veja o que preciso para comear e mos obra!
3. Faa e refaa seu trabalho quantas vezes achar necessrio. Converse com os co-
legas, pea dicas ao monitor.
4. Quando se sentir mais vontade com o material, registre seus aprendizados.
Assim, voc poder consult-los mais adiante, quando for fazer seus primeiros
trabalhos de texturizao na casa dos clientes.
Pintor 2 36
-
Pi n t or 2
u n i d a d e 8
Pintura de janelas, portas, armrios
Embora as tcnicas possam ser parecidas, h trabalhos de pin-
tura que merecem um olhar mais cuidadoso: seja pelo formato,
pelo tipo de material de que so feitos, pelo destaque que acabam
tendo nos cmodos de uma casa.
Por essa razo, nesta Unidade vamos tratar da pintura de
rodaps, portas, janelas e armrios.
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J abordamos rapidamente a pintura de rodaps e frisos que ficam rentes ao cho
na Unidade 6, mas vale a pena retomar alguns aspectos.
H, em particular, duas dificuldades especficas que voc precisar enfrentar nesse
trabalho. A primeira o formato no uniforme das superfcies, com partes arredon-
dadas e que podem conter detalhes que dificultam a pintura. A segunda a proxi-
midade com o cho, o que implica voc ficar em posies desconfortveis e risco
de respingos de tinta atingirem regies que no sero pintadas e cujo material pode
ser complicado de limpar, como madeira, carpete etc.
Antes de comear a pintar, necessrio, como no caso de outras superfcies, prepa-
rar o rodap para a pintura.
Em primeiro lugar, verifique se o rodap precisa ser reparado. Se for o caso, uti-
lize massa especfica para madeira. O rodap deve ser lixado para criar uma
melhor aderncia e, em seguida, limpo.
Lembre-se de que importante remover toda a sujeira das superfcies (poeira,
gordura e outros resduos) antes de proceder a pintura.
Aps a limpeza, comece a proteger a rea de trabalho. Alm de lona ou plstico,
que evita respingos indesejveis, coloque fita adesiva na parede e nas superfcies mais
prximas do rodap.
Em seguida, escolha um pincel pequeno ou rolo de remate adequado para o uso em
reas pequenas, pois ele lhe dar maior controle sobre a superfcie que vai pintar.
Por fim, aplique a tinta escolhida. Como a rea linear, a tinta pode ser aplicada
sempre no sentido horizontal, tanto a primeira como a segunda demo. Isso dar
um bom nivelamento pintura.
Divida a rea do rodap e faa o trabalho por pequenas partes, sem pressa. Dessa
forma, voc garantir uma pintura com acabamento melhor.
Se acontecer de respingar ou se a tinta ficar grossa demais em algum ponto, procu-
re corrigir na hora, antes que a tinta seque.
Depois da primeira demo, espere a tinta secar completamente e observe os even-
tuais defeitos para aplicar a segunda demo.
Pintor 2 38
-
Pi n t or 2
Cuidado com a postura
A postura do pintor de obras no momento do trabalho
merece uma considerao especial, principalmente para
fazer a pintura de rodaps, que bastante desconfortvel.
O fato de voc ter de permanecer agachado pode ser
particularmente prejudicial para suas costas, sobretudo
na regio lombar.
Vale lembrar, porm, que todo o seu trabalho requer
cuidados especiais com a postura, pois voc ficar de p
ou em posio incmoda vrias horas no dia.
Para prevenir dores e inf lamaes musculares relaciona-
das postura inadequada e a grandes esforos, que so-
brecarregam uma ou outra regio do corpo, tome os
seguintes cuidados:
a) antes de iniciar o trabalho, procure fazer alguns exer-
ccios de alongamento, principalmente envolvendo
braos, mos, pernas e msculos das costas. Voc no
gastar mais de dez minutos com isso, e os benefcios
para seu corpo sero enormes.
Voc sabia? Entre as principais situa-
es que podem afetar a
sade do trabalhador es-
to os riscos ergonmi-
cos, fatores que causam desconforto e acabam por provocar doenas, como inflamaes nos tendes, nas juntas dos
ossos (ou articulaes) e
nos msculos. Trabalhar
com posturas inadequa-
das e fazer esforos fsi-
cos intensos e repetitivos
podem causar esses tipos
de doena.
Veja a seguir alguns exemplos:
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H
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-
b) preste ateno postura durante o trabalho. De tempos em tempos, procure
perceber se est em posio correta e, se no estiver, corrija-se;
c) para cada duas horas de trabalho, faa pausas de pelo menos dez minutos. Essas
pausas esto previstas na legislao trabalhista e so um direito seu. Voc no
estar agindo de forma incorreta, nem matando trabalho ao fazer isso.
Atividade 1 g i n sti c a l abo r al: aprE n da E pr ati q U E
Hoje em dia h empresas que incorporaram a prtica de reservar um tempo para a
chamada ginstica laboral, ou seja, exerccios realizados no ambiente de trabalho.
1. Orientados pelo monitor, vocs vo aprender a fazer alguns desses exerccios e
pratic-los durante uma parte dessa aula. Ser dada nfase aos exerccios que tm
relao direta com a posio de trabalho dos pintores que atuam em obras da
construo civil.
2. Em grupo, faam uma pesquisa, procurando identificar, entre as empresas que
contratam pintores construtoras/empresas da rea da construo civil, escrit-
rios de arquitetura e decorao etc. , aquelas que j incorporaram essa prtica,
tendo em vista a melhoria da qualidade de vida de seus trabalhadores.
Pintor 2 40
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-
Pi n t or 2
3. Depois que cada grupo apresentar os resultados de suas pesquisas, discutam em
classe:
a) A maioria das empresas pesquisadas adota essa prtica?
b) Quais as caractersticas das empresas onde os trabalhadores fazem ginstica laboral?
c) Por que h empresas preocupadas com essa prtica e outras no?
d) O que se pode fazer para que essa prtica seja adotada por mais empresas ou por
todas elas?
Pintar portas
A pintura de portas, como nos demais casos, deve ser iniciada com a preparao de
sua superfcie.
1. Verifique se h imperfeies na madeira e corrija-as com massa especfica para
madeiras.
2. Lixe a porta e/ou utilize removedor para retirar camadas de tintas anteriores, no
caso de repintura. Lembre-se: ao manusear removedor extraforte, no deixe de
utilizar os EPI necessrios, como luvas, culos e mscaras.
3. Remova a sujeira da superfcie.
Considere, ainda, que, alm da massa para madeira, existem produtos especialmen-
te desenvolvidos para trabalho em madeira:
seladoras e fundo preparador base de gua para madeira;
stain base de gua;
vernizes base de gua;
tinta esmalte para madeira.
Independentemente do tipo de porta seja ela simples ou com detalhes/decora-
es especiais , uma vez preparada a superfcie, continue o trabalho da seguin-
te forma:
1. escolha o material que vai usar, que poder ser rolo ou pincel;
2. forre o cho e coloque fita adesiva nos encontros dos batentes com as paredes;
3. retire as fechaduras e espelhos dos trincos;
41
-
4. inicie sempre a pintura pela parte superior da porta,
fazendo um movimento vertical de ida e volta com
pincel ou rolo. Faa esse movimento sempre na mesma
direo.
Se houver manchas na madeira, aplique, antes da pin-
tura, um fundo preparador base de gua.
A pintura de uma porta, quaisquer que sejam suas carac-
tersticas e detalhes, deve sempre ser feita de uma nica
vez, para no haver o risco de ficarem marcas.
Quando as portas tiverem detalhes, inicie a pintura por
eles. Pinte primeiro a parte interna os painis centrais (1).
Depois pinte os contornos dos detalhes, chamados de
umbrais (2). Somente ento faa a pintura da parte ex-
terna as vergas (3).
A ltima etapa ser a pintura das bordas e dos batentes
(4 e 5).
5. Batentes
No faa uma camada grossa de tinta nas bordas, pois poder dificultar a abertura e o fechamento da porta. Caso a pintura fique grossa depois de seca, retire o excesso com uma lixa fina e retoque com pincel.
1. Painis centrais
Esses procedimentos valem tanto para a aplicao de tintas como de vernizes. Os vernizes so aplicados quando se pretende um acabamento transparente, ou seja, em que aparecem os veios da madeira. J os acabamentos com tinta criam uma camada que cobre os veios da madeira.
Feito isso, repita todos os passos do outro lado da porta.
Somente depois da secagem, aplique a segunda demo.
Espere secar novamente e recoloque as fechaduras e os
espelhos dos trincos.
Pintor 2 42
3. Vergas
4. Bordas
2. Umbrais
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Pi n t or 2
Pintar janelas
A pintura das janelas tende a ser um pouco mais traba-
lhosa do que a das portas, quando feita com a obra ter-
minada. Isso acontece em funo dos caixilhos.
Para tornar o trabalho mais fcil, utilize uma trincha
com cerca de 5 cm.
Faa a preparao da superfcie antes de iniciar o traba-
lho de pintura ou envernizamento. Ou seja, verifique se
h imperfeies na madeira e as corrija com massa espe-
cfica para madeira. Em seguida, lixe toda a superfcie
da janela.
Depois de lixar e cobrir os cantos com fita adesiva, voc
pode comear a pintura ou o envernizamento.
Existem trinchas fabricadas fora do Brasil que possuem cerdas cortadas em diagonal. Esse tipo de corte torna mais simples o alcance de cantos e espaos apertados. Se voc for trabalhar para uma construtora, em obras de grande porte, poder ter contato com esse tipo de trincha.
Vamos, em primeiro lugar, conhecer cada uma das par-
tes de uma janela:
Venezianas: partes
mveis de madeira, que abrem e fecham
Ombreiras: locais/canaletas por onde os caixilhos correm, possibilitando a abertura ou o fechamento dos vidros
Peitoril: local onde a janela encaixada (moldura)
Caixilhos: partes mveis da janela (que sobem e descem), compostas de vidros e madeiras que lhes do sustentao
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H
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sa
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Voc poder comear a pintura pelas venezianas, abrindo--
-as totalmente, para ter mais espao e f lexibilidade.
Assim como no caso de portas e rodaps, os mesmos procedimentos citados para a aplicao de tintas
Em seguida, voc pintar os caixilhos. Para isso, desa
um pouco o caixilho superior e suba o inferior. Voc
poder pintar um deles integralmente e o outro pela
metade. Quando a tinta secar, inverta as posies e com-
plete a pintura.
Terminada a pintura dos caixilhos, voc poder pintar
o peitoril.
Pintor 2
vlido para a aplicao de vernizes.
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Pi n t or 2
Encerre o trabalho com a pintura das ombreiras. Mas, para fazer isso, espere at que
os caixilhos estejam bem secos. Pinte em primeiro lugar a parte superior das ombreiras,
descendo totalmente os caixilhos. Depois, faa o mesmo com a parte inferior, colocan-
do os caixilhos para cima.
Pintar armrios
O ltimo item de que trataremos nesta Unidade a pintura de armrios.
Primeiro, escolha o tipo de tinta adequado ao material do armrio. Para armrios
de madeira, utilize tinta esmalte base de gua.
Antes de iniciar, vale lembrar, mais uma vez, que os procedimentos apresentados a
seguir so os mesmos para aplicao de tintas e de vernizes.
Para comear a pintura, tenha em mente que, como nos demais casos que j vimos
(portas, rodaps e janelas), a maior dificuldade lidar com os detalhes que nor-
malmente fazem parte desse tipo de mobilirio e com os espaos nem sempre fceis
de alcanar.
Por isso, sua primeira etapa deve ser desmontar o armrio, desmembrando tudo
o que for possvel, a comear pela retirada de gavetas e prateleiras. Se for vivel,
remova tambm as portas. Junto com elas, retire, se houver, fechaduras, puxadores,
dobradias e o que mais tiver.
Feito isso, separe um pincel pequeno o suficiente, que caiba com a sua mo dentro
do armrio, e comece a pintura pela base, que nesse momento dever estar comple-
tamente vazia.
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H
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Faa em primeiro lugar a pintura do local mais difcil, a parte interna: fundo, pa-
redes laterais, piso e teto.
Depois, pinte o exterior, com pinceladas firmes e constantes. Faa a pintura toda
de uma nica vez.
Se voc no retirou as portas do armrio, pinte-as tambm nesse momento. Abra-as
bem para facilitar a pintura da parte interna e, em seguida, feche-as um pouco para
pintar a parte de fora.
Por ltimo, pinte as partes das gavetas e prateleiras que ficaro aparentes enquanto
elas ainda estiverem fora do armrio. Laterais e fundos no precisam ser pintados,
desde que no apaream. Coloque essas partes de volta apenas quando estiverem
bem secas.
Atividade 2 a prE n da, mais U ma vEz, fa zE n d o
1. Renam-se em grupo de oito pessoas. Escolham um pedao de rodap, uma
porta, uma janela e uma parte de um armrio de madeira. Agora o grupo
vai se dividir em duplas e cada uma ficar encarregada de trabalhar em um
desses materiais.
2. O monitor dar um tempo para os grupos trabalharem nas pinturas.
3. Converse com a pessoa que faz dupla com voc, lembrando os aprendizados das
aulas. Aprimorem seus conhecimentos, mostrando uns para os outros o que sabem
fazer melhor.
4. Terminada a atividade, mostrem o trabalho aos colegas. Troquem mais informa-
es e dicas. O trabalho compartilhado e solidrio s faz o resultado melhorar.
5. Registre, no seu caderno, o que aprendeu para usar em sua futura ocupao.
Pintor 2 46
-
Existe no mercado um produto especfico para impedir o aparecimento de ferrugem. conhecido como neutralizador
Pi n t or 2
Pintura sobre superfcies metlicas
Tratamos, at aqui, da pintura de portas, janelas e arm-
rios fabricados em madeira. Mas no podemos esquecer
que eles podem ser metlicos.
Da mesma forma, possvel que voc seja chamado para
pintar esquadrias de metal, portes, grades, entre outras
superfcies metlicas.
As superfcies metlicas, como as demais, tambm pre-
cisam ser preparadas antes de receber a pintura.
de ferrugem, e pode ser aplicado antes do fundo apropriado com pigmentos anticorrosivos.
Esteja atento, em particular, para a presena de ferrugem.
Para remov-la, use uma lixa de granulao apropriada
ou uma escova de ao.
Tambm podem ser utilizados produtos especficos para
a remoo de ferrugem em ferros corrodos e usar massa
plstica para corrigir eventuais imperfeies.
Uma vez preparada a superfcie ou seja, quando ela
estiver sem ferrugem e sem carepas de laminao ,
aplique um fundo com pigmentos anticorrosivos (primer).
O tempo entre a preparao da superfcie e a aplicao
do primer deve ser o menor possvel.
Em seguida, proceda a limpeza e aplique a tinta.
A escolha da tinta, para pintura sobre superfcies metli-
cas, deve considerar o grau de agressividade do meio em
que se encontra.
Em ambientes mais agressivos, como locais com muita
umidade, beira-mar, ambientes martimos etc., a corroso
maior. Nesse caso, prefira a tinta esmalte sinttico bri-
lhante. J em lugares com menor grau de agressividade,
voc poder usar esmalte sinttico fosco, acetinado ou
brilhante, ou, ainda, tinta a leo.
Carepa: Aspereza; produto oriundo da oxidao da su- perfcie do ao quando sub- metido ao gradiente trmico. Fonte: Associao Brasileira
de Metalurgia e Minerao.
Disponvel em: .
Acesso em: 29 maio 2012.
O tempo entre a aplicao do fundo e a pintura tambm
deve ser o menor possvel. Sero necessrias pelo menos
duas demos de tinta, sendo recomendvel lixar leve-
mente a superfcie entre as demos.
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Pintor 2 48
-
Pi n t or 2
u n i d a d e 9
Atitudes e relaes nos locais de trabalho
Alm dos conhecimentos tcnicos mais especficos da ocupa-
o , tratados na Unidade 2, voc ver que h um conjunto de
conhecimentos listados como necessrios na Classificao Bra-
sileira de Ocupaes (CBO), que dizem respeito ao modo de
ser e de agir das pessoas em seus locais de trabalho.
Nossa proposta analisar, neste momento, essas atitudes e esses
conhecimentos.
Algumas atitudes j foram comentadas ao longo do texto:
a importncia de manter o ambiente de trabalho limpo e de
zelar por suas ferramentas, seus equipamentos e seus acessrios;
a necessidade de seguir normas de segurana que voc po-
der consultar, sempre que necessrio, no site do Ministrio
do Trabalho e Emprego, em Normas Regulamentadoras.
Dos demais aspectos, vamos falar agora.
Saber planejar bem um trabalho condio essencial no coti-
diano de qualquer trabalhador. Isso significa que, alm de fazer
um oramento bem elaborado, do qual falamos na Unidade 5,
voc deve se programar para cumprir os prazos combinados,
seja com empregadores, seja com clientes, no caso de trabalhar
como autnomo.
Ningum gosta de saber que um trabalho vai atrasar, ainda mais
quando envolve o local de moradia.
Contratempos so normais: a dificuldade de achar um pro-
duto no mercado; uma semana de muita umidade que impe-
de a secagem da parede, impossibilitando a aplicao da se-
gunda demo em determinado dia; ou mesmo algum na
famlia que precisa de sua ajuda e faz voc se ausentar por
algum tempo...
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segunda Com relao possibilidades
Mas importante que voc procure comunicar a pos-
sibilidade de atraso com antecedncia. E que explique
os motivos pelos quais voc poder atrasar a entrega
prevista.
Essa explicao no resolver o problema, mas, certa-
mente, mostrar sua disposio de resolv-lo da melhor
forma possvel e seu profissionalismo e comprometimen-
to com o trabalho.
Ser um trabalhador com esse perfil gera confiana, tan-
to nos empregadores como nos clientes, de que podem
contar com voc. E esse um caminho que pode abrir-lhe
muitas portas no mundo do trabalho.
Outras atitudes que geram confiana esto relacionadas
postura tica no trabalho e busca de aprimoramento
e eficincia.
Procure dar esse tipo de informao (sobre atrasos e faltas) sempre pessoalmente, pois esse contato gera maior credibilidade. Pode haver ocasies em que ser necessrio dar esses avisos por telefone ou bilhete, mas deixe para fazer isso apenas se for inevitvel.
atitude,
de interveno: desde a procura por novos cursos e a
leitura de revistas especializadas, at a simples observao
de um colega que tenha mais experincia que voc.
Tudo isso o ajudar a conhecer mais sobre o trabalho e
a manter-se atualizado sobre novas tcnicas e materiais,
o que demonstrar sua iniciativa e vontade de saber mais.
Mas e com relao a ter uma postura tica? O que ,
afinal, ser tico?
Atividade 1 rE f l i t a s o b r E t i c a n o t r ab a l h o
1. Olhando o quadro a seguir, marque sim para as ati-
tudes que voc considera ticas e no para as que no
considera.
Pintor 2 50
h vrias
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Pi n t or 2
2. Discutam as respostas em classe e tentem chegar a um consenso sobre as atitudes
que todos devem ter no cotidiano (no apenas no ambiente de trabalho).
Nessa conversa, vocs devem ter percebido como a cooperao fundamental,
principalmente em uma obra de porte mdio ou grande, na qual vrias pessoas
trabalham juntas e, em geral, a tarefa de um colega depende e interfere no tra-
balho do outro.
Referir-se a colegas, clientes e empregadores de forma respeitosa ajuda a preservar
o clima de cooperao, alm de tornar o ambiente de trabalho mais prazeroso para
todos.
Quantas vezes voc j ouviu falar de pessoas grosseiras, que se sentem superiores s
demais ou teve de conviver com elas? horrvel, no mesmo?
Pois . Assim como no agradvel conviver com algum que no nos reconhece e
respeita, tambm no agradvel agir desse modo com os demais.
Todos somos diferentes de um modo ou de outro: so diferenas fsicas, no modo
de pensar, no modo de agir, de idade, de orientao sexual, entre tantas outras.
Alm de as pequenas regras de civilidade ajudarem a manter o ambiente de traba-
lho equilibrado, respeitar as diferenas e reconhecer todos como iguais uma
questo de cidadania.
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Atitude Sim ou no
Fazer um oramento mais alto do que o normal porque naquele ms voc teve despesas extras para cobrir.
Ajudar um companheiro de trabalho que est atrasado com o servio, mas isso no faz parte do que o seu empregador espera que voc faa.
Levar para a sua casa sobras de tinta e verniz.
Comentar com o empregador ou com os encarregados de uma obra que um colega de trabalho faz o servio muito devagar.
Organizar um grupo de colegas para reivindicar melhores condies de trabalho.
Procurar o sindicato caso se sinta prejudicado no ambiente de trabalho, independentemente das relaes pessoais.
-
Um ltimo aspecto que vale a pena ressaltar diz respeito necessidade de um pintor
sobretudo se trabalhar em edifcios e em algumas obras de infraestrutura (como
viadutos, pontes, metrs, usinas etc.) sentir-se confortvel de estar em grandes alturas.
H pessoas que no conseguem permanecer em locais muito altos, mesmo usando
equipamentos de proteo adequados.
Quando um pintor vai trabalhar em obras de grande porte, e fazer pinturas que
exijam ficar sobre edifcios ou viadutos, as empresas contratadas para o trabalho
oferecem um curso sobre normas de segurana.
Participando desses cursos, os profissionais ficam cientes da importncia da segu-
rana e do uso de equipamentos de proteo individuais e coletivos para prevenir
acidentes. Se ainda assim voc no conseguir exercer trabalhos em grandes alturas,
no se sinta envergonhado. Ref lita sobre suas caractersticas e procure locais para
trabalhar que no exijam isso de voc. Voc pode, por exemplo, trabalhar somente
na pintura de residncias e, dessa forma, no conviver com esse problema.
Pintor 2 52
-
Pi n t or 2
u n i d a d e 10
Possibilidades de trabalho e vnculos
Saber como exercer uma ocupao nem sempre suficiente para
ter sucesso na vida profissional.
Estudar, ampliar nossos saberes , sem dvida, o primeiro pas-
so para comearmos nossa carreira. Mas, mesmo adotando
essas atitudes, s vezes esbarramos em problemas que no conse-
guimos contornar e, com isso, no seguimos adiante na ocupao
que escolhemos.
Voc j deve ter ouvido falar de algum que montou um neg-
cio prprio, por exemplo, mas esse empreendimento no foi
para frente; ou de uma pessoa que sabia fazer muito bem algu-
ma coisa, mas no conseguia um emprego naquela rea.
Isso pode acontecer por vrias razes: uma crise econ-
mica nacional ou mundial, uma mudana no processo de
produo na rea em que estamos procurando trabalho e
que ainda no conhecemos, uma alterao na forma de
organizar um servio etc.
Como j dissemos, o mercado de trabalho dinmico, ou seja, muda conforme a economia, a localidade, a
ocupao. Portanto, voc tem de se atualizar sempre. E isso vale para tudo o que fazemos.
Conhecer o mercado de trabalho pode ser um caminho
para evitar que voc seja pego de surpresa na hora de pro-
curar um local para trabalhar, ajudando-o a saber quais so
as oportunidades que seus novos saberes podem trazer.
por isso que nesta Unidade falaremos sobre o mercado de
trabalho que est aberto para pintores de obras de nvel bsico.
Um mercado em expanso
Atualmente, a construo civil um mercado em expanso no
Brasil. A economia do Pas est crescendo e, com isso, pessoas
esto conseguindo comprar moradias, construtoras esto fazen-
do mais prdios e os governos esto investindo mais em obras
para a melhoria das cidades.
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-
Isso quer dizer que est mais fcil conseguir trabalhos nessa rea como pedreiro,
pintor, azulejista, entre outros.
Mas no podemos nos esquecer de que tambm h pessoas de outros setores bus-
cando empregos na construo civil. Incluindo mulheres que, at poucos anos atrs,
estavam totalmente ausentes das obras e desse tipo de trabalho.
Se voc mulher, certamente seu desafio para entrar nessa rea maior. Mas as
mulheres j enfrentaram tantas vezes a dificuldade de serem aceitas em uma nova
ocupao que no ser agora que vo desistir, no mesmo?
Atividade 1 s i n d i c ato d os tr abalhad o rEs da rE a d E pi ntU r a
Embora a ocupao de pintor seja bastante antiga e o mercado de trabalho dessa
rea esteja em expanso, os pintores de obras no contam com um sindicato espe-
cfico que defenda os direitos desses trabalhadores.
Ref lita sobre o papel dos sindicatos e responda:
1. Por que voc acha que os pintores no tm um sindicato que os represente?
2. Por que ter um sindicato representativo da categoria importante?
3. Compartilhe suas concluses com a classe.
Pintor 2 54
-
Pi n t or 2
Onde trabalhar como pintor de obras
Nessa ocupao, voc tem as seguintes opes:
trabalhar como empregado assalariado para construtoras particulares (empresas
privadas), que constroem prdios ou grandes obras pblicas;
trabalhar como empregado assalariado para pequenas construtoras e/ou escritrios
de engenharia ou arquitetura;
trabalhar por conta prpria de forma autnoma , fazendo pinturas em residn-
cias, comrcios etc. e atuando sozinho ou em parceria com algum amigo ou colega.
Lembre-se de que, nesse ltimo caso, o incio da ocupao pode ser mais difcil,
pois voc precisar arrumar clientes, comprar todo o material necessrio para co-
mear e contribuir como autnomo para o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), para garantir a aposentadoria no futuro.
Empregado assalariado
O empregado assalariado aquele que atua em construtoras ou escritrios, contra-
tado por outra pessoa.
Em geral, quando pensamos em trabalho assalariado, o que nos vem mente a
carteira de trabalho registrada, alm de direitos garantidos e benefcios, como vale--
-transporte e vale-refeio.
Voc possivelmente j passou por uma experincia de trabalho assalariado. Por isso,
j pode ter uma opinio em relao s vantagens e, tambm, a algumas dificuldades
que temos de enfrentar quando trabalhamos para os outros.
As principais vantagens desse tipo de trabalho (independentemente do lugar) so o
salrio garantido e o vnculo empregatcio assegurado pelo Estado. Se o profissional
tiver registro em sua Carteira de Trabalho, ele goza de direitos sociais como frias,
13 salrio, descanso semanal remunerado e licena-maternidade ou paternidade,
entre outros benefcios garantidos pela Constituio Federal e pela Consolidao
das Leis do Trabalho (CLT).
O empregador e o empregado, nesse caso, devem recolher a contribuio previden-
ciria que destinada ao INSS. Ela garante ao empregado o direito a receber um
auxlio em caso de doena ou de acidente de trabalho entre outros problemas ,
alm de lhe assegurar a aposentadoria, que de fato a devoluo do imposto re-
colhido durante o tempo trabalhado.
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o
-
Em geral, a pessoa tem um salrio fixo que consta da Carteira de Trabalho.
Outro aspecto positivo do trabalho assalariado em construtoras e escritrios poder
atuar com outros profissionais de sua rea. E essa convivncia possibilita uma troca
de experincias muito rica para todos. Ou seja, novas possibilidades de qualificao
so abertas.
Os profissionais que atuam no mesmo local podem e devem se ajudar. A solida-
riedade e o esforo em equipe tornam o trabalho mais prazeroso e os resultados
melhores.
Atividade 2 pE n san d o so b rE o t r ab al h o a ssal a r i ad o
1. Com base no que voc viu at agora, ref lita alguns minutos sobre as caracte-
rsticas do trabalho assalariado e como ter um emprego em uma grande e
em uma pequena construtora. Veja o que lhe parece mais interessante e ano-
te suas ref lexes.
2. Troque impresses com os colegas, de modo que percebam outros aspectos de
trabalhar nesses lugares que ainda no lhes havia ocorrido.
Antes de seguir adiante, lembre-se: a forma ideal de trabalho sempre aquela que
garante os direitos do profissional. Entretanto, essa possibilidade no est sempre
disponvel para todos.
Pintor 2 56
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Pi n t or 2
Por outro lado, h pessoas que preferem trabalhar sozinhas, de forma mais autnoma e
com maior liberdade para organizar a vida pessoal. Pense no que ser melhor no seu caso.
Trabalho por conta prpria ou autnomo
Se voc considerar que tem mais vontade de trabalhar por conta prpria, fazendo
pinturas em residncias, do que como empregado assalariado, lembre-se: esse cami-
nho exige maior organizao e planejamento.
Para isso, voc precisa planejar como comear, ou seja, identificar como e onde
obter financiamento para comprar seus materiais de pintor e como divulgar seu
trabalho e conquistar os primeiros clientes.
Lembre-se tambm de ref letir sobre suas caractersticas pessoais e tentar responder
seguinte pergunta: eu tenho disposio para comprar materiais, planejar meu
trabalho, controlar meus ganhos e minhas despesas? Essas so questes fundamen-
tais para voc decidir trabalhar como autnomo.
Atividade 3 o t r ab a l h o aU t n o m o
1. Imagine-se trabalhando como autnomo e complete o quadro.
2. Apresente suas ref lexes para a turma.
Como fazer uma planilha de custos
Saber se voc tem ou no o perfil para trabalhar como autnomo provavelmente
no basta para decidir o que far adiante.
Fazer uma planilha de custos servir para voc prever tudo o que vai gastar para se
iniciar na ocupao e ver se isso possvel nesse momento de sua vida.
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Pode ajudar Pode atrapalhar
Exemplo: Sou muito organizado e cumpro os prazos com que me comprometo.
Exemplo: No sei como cobrar adequadamente pelo meu trabalho.
-
No laboratrio de informtica, faa uma planilha para calcular esses gastos. Se voc
no tiver muita familiaridade com o computador, forme dupla com algum um
pouco mais experiente. O monitor tambm poder ajud-lo.
Nessa planilha, voc vai anotar todos os materiais listados que precisar comprar e
que esto indicados na Unidade 3.
A seguir, escreva ao lado de cada item quanto vai gastar para compr-lo pela pri-
meira vez.
Voc usar a planilha para saber se precisa ou no pedir financiamento para abrir
seu negcio.
Alm do material que voc j tem descrito, importante incluir nessa planilha os
custos de se tornar um Microempreendedor Individual (MEI), que uma forma
de voc garantir alguns direitos, como o de aposentadoria, mesmo sem ser empregado.
Finalmente, inclua tambm na planilha os custos que voc ter para divulgar seu
trabalho e os custos de transporte para locomover-se at os locais das obras que vai
levar adiante.
Pintor 2 58
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Pi n t or 2
Microempreendedor Individual (MEI)
Atualmente existe uma legislao que facilita a abertura de empresas para quem tem pequenos negcios, cujo faturamento seja menor do que 60 mil reais por ano.
Ser um Microempreendedor Individual pode ajud-lo na hora de conseguir acesso a um emprstimo bancrio. Voc tambm ficar habilitado a se inscrever no INSS como contribuinte individual. Isso ga-
rantir no s a possibilidade de voc obter futuramente sua aposentadoria, como lhe dar direito a
outros benefcios, como o auxlio-doena.
Para se tornar um Microempreendedor Individual, preciso ir a uma junta comercial e abrir uma empre- sa. No nada complicado.
Voc pode ter mais informaes no Portal do Empreendedor. Disponvel em: . Acesso em: 14 maio 2012.
1. Existe um rgo do governo do Estado de So Paulo que concede financiamento a juros baixos para pessoas que estejam se iniciando em uma ocupao. Trata-se do Banco do Povo Paulista (. Acesso em: 14 maio 2012) da Secretaria do Emprego e Relaes do Trabalho.
Consulte o site para saber as condies de financiamento e os documentos necessrios para obter o emprstimo.
2. Seus amigos, vizinhos ou parentes tambm podem ajud-lo a divulgar seu trabalho. Veja se vale a pena pedir auxlio da associao de seu bairro ou colocar um anncio num site.
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Dicas:
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Pintor 2 60
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Pi n t or 2
u n i d a d e 11
Seus novos conhecimentos e seu currculo
Com esta Unidade, chegamos ao fim deste curso.
importante, neste momento, que voc esteja bem certo do
que aprendeu e de quais so seus saberes agora.
Voc tambm tem de se preparar para se colocar no mercado
de trabalho: seja como empregado assalariado ou profissional
autnomo.
Vamos comear retomando seus conhecimentos.
Atividade 1 o lh E d E n ovo o q U E d iz a cbo
1. Nossa primeira atividade ser retomar os quadros que voc
preparou na Unidade 2, onde esto os conhecimentos neces-
srios para ser um pintor de obras, de acordo com a CBO.
Voc vai preencher os quadros novamente, compar-los depois
com aqueles que voc preencheu no incio do curso e ver se
alguma coisa mudou.
61
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Antes de montar esses equipamentos consulte a Norma Regulamentadora n 18 (NR 18) do Ministrio do Trabalho. Disponvel em: . Acesso em: 17 maio 2012.
Pintor 2 62
Elaborar oramento de pinturas
O que sei fazer
O que sei fazer mais ou menos
O que no sei fazer
Tirar medidas em uma obra
Calcular as reas a serem trabalhadas
Discriminar servios
Definir material (qualidade e tipo) a ser utilizado
Calcular a quantidade de materiais a serem utilizados
Estimar custos de material e de mo de obra
Definir cronograma de execuo
Apresentar o oramento
Organizar ferramentas, acessrios e equipamentos
O que sei fazer
O que sei fazer mais ou menos
O que no sei fazer
Relacionar e providenciar ferramentas, acessrios e equipamentos de proteo individual (EPI) conforme o servio discriminado
Verificar equipamentos de segurana e EPI
Montar equipamentos (andaimes, cavaletes, escadas etc.)
o
-
Corrigir e preparar superfcies para o acabamento, especificamente no que se refere pintura
O que sei fazer
O que sei fazer mais ou menos
O que no sei fazer
Verificar as condies de superfcies a serem trabalhadas
Corrigir superfcies utilizando massa de cimento
Aplicar selador para isolar a superfcie, de forma que a porosidade no absorva muita tinta e/ou massa e que se crie um campo melhor de adeso
Aplicar fundo preparador para corrigir manchas, depois de eliminar o mofo
Aplicar massa corrida (PVA) para corrigir imperfeies de reas internas, e massa acrlica para corrigir imperfeies de reas externas
Proteger superfcies que no vo ser trabalhadas
Remover pinturas ou revestimentos antigos ou danificados
Lixar tetos e paredes com reboco e massa ( mo)
Lixar pisos de madeira (com mquina)
Limpar superfcies a serem trabalhadas
Pi n t or 2
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Preparar o material para acabamento da obra, especificamente no que se refere pintura
O que sei fazer
O que sei fazer mais ou menos
O que no sei fazer
Misturar e diluir as tintas
Pintor 2 64
Aplicar tintas O que sei fazer
O que sei fazer mais ou menos
O que no sei fazer
Aplicar esmalte base de gua com rolo
Aplicar verniz base de gua em parede, madeira ou concreto
Aplicar tintas
Produzir efeitos de decorao em pinturas (texturizao e outros)
Aspectos relacionados s atitudes no mbito pessoal e no ambiente de trabalho
O que sei fazer
O que sei fazer mais ou menos
O que no sei fazer
Manter limpo o ambiente de trabalho
Respeitar normas de segurana
Agir com tica profissional
Demonstrar criatividade e iniciativa
Manter-se atualizado sobre novos materiais e tcnicas
Demonstrar habilidade para trabalhar em grandes alturas
Zelar pelos equipamentos, mquinas e acessrios
Planejar trabalhos
Demonstrar eficincia e comprometimento com o trabalho
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Pi n t or 2
2.