Curso elementar de harmonia e improvisação
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Curso elementar de harmonia e improvisação
Lição Nome 1 Montagem de acordes
2 Representação gráfica do braço da guitarra(ou violão)
3 Padrões de digitação para a escala maior
4 Cifra analítica
5 Campo harmônico maior
6 Improvisação sobre campos harmônicos maiores
7 Padrões de digitação para a escala menor melódica
8 Padrões de digitação para a escala menor harmônica
9 Campos harmônicos menores
10 Resumo dos acordes de todas as espécies
11 Improvisação sobre campos harmônicos menores
12 Improvisação sobre dois ou mais campos harmônicos
13 Improvisação sobre acordes não diatônicos
Sergio Solimando
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INTERVALO É o espaço que separa um som do outro: seja em combinações melódicas - sons que se sucedem - ou harmônicas - sons simultâneos O intervalo é chamado ascendente quando tomado em uma sucessão ascendente; descendente quando tomado em uma sucessão descendente. Distinguem-se os intervalos com duas denominações: a) Pela quantidade de graus que abrangem b) Pela quantidade de tonos e semitons que abrangem Pela quantidade de graus que abrangem, chamamos: Uníssono: a germinação de dois graus idênticos: C e C Segunda: quando abrange dois graus diferentes: C a D Terceira: quando abrange três graus diferentes: C a E Quarta: quando abrange quatro graus diferentes:C a F Quinta: quando abrange cinco graus diferentes: C a G Sexta: quando abrange seis graus diferentes: C a A Sétima: quando abrange sete graus diferentes: C a B Oitava: quando abrange oito graus diferentes: C a C Nona: quando abrange nove graus diferentes: C a D Décima: quando abrange dez graus diferentes: C a E Décima primeira: quando abrange onze graus diferentes: C a F Décima segunda: quando abrange doze graus diferentes: C a G Décima terceira: quando abrange treze graus diferentes: C a A Observar que: T=8 / 2 = 9 3 = 10 4 = 11 5 = 12 6 = 13
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Pela quantidade de tonos e semitons que abrangem, são chamados de: Maiores, menores, justos, aumentados e diminutos. Antes de prosseguir, lembre-se de que : O dobrado sustenido (##) tem a função de alterar a nota (ou notas) um tom acima. O dobrado bemol (bb) tem a função de alterar a nota (ou notas) um tom abaixo.
TABELA PARA CÁLCULO DE INTERVALOS
Distância de tons e semitons
0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
Represen-tação
T
b9
9
#9 ou 3m
3
4 ou 11
#4 ou b5 ou #11
5
#5 ou b6 ou b13
6 ou 13 ou 7dim
7
7M
T = Tônica
b2 = segunda menor, 2 = segunda maior, #2 = segunda
aumentada
3m = terça menor, 3 = terça maior
4 = quarta justa, #4 = quarta aumentada
b5 = quinta diminuta, 5 = quinta justa, #5 = quinta
aumentada
b6 = sexta menor, 6 = sexta maior
7º = sétima diminuta, 7 = sétima menor, 7M = sétima maior
8 = oitava justa (=Tônica)
b9 = nona menor, 9 = nona maior, #9 = nona aumentada
11 = décima primeira justa, #11 = décima primeira aumentada
b13 = décima terceira menor, 13 = décima terceira maior
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QUADRO GERAL DE INTERVALOS Intervalos em:
T b9 9 #9 ou 3m
3 4 #4 ou b5
5 #5 ou b6
6 ou 7dim
7 7M
Dó C Db D D# ou Eb
E F F# ou Gb
G G# ou Ab
A ou Bbb
Bb B
Fá F Gb G G# ou Ab
A Bb B ou Cb
C C# ou Db
D ou Ebb
Eb E
Si bemol
Bb Cb C C# ou Db
D Eb E ou Fb
F F# ou Gb
G ou Abb
Ab A
Mi bemol
Eb Fb F F# ou Gb
G Ab A ou Bbb
Bb B ou Cb
C ou Dbb
Db D
Lá bemol
Ab Bbb Bb B ou Cb
C Db D ou Ebb
Eb E ou Fb
F ou Gbb
Gb G
Ré bemol
Db Ebb Eb E ou Fb
F Gb G ou Abb
Ab A ou Bbb
Bb ou Cbb
Cb C
Sol bemol
Gb Abb Ab A ou Bbb
Bb Cb C ou Dbb
Db D ou Ebb
Eb ou Fbb
Fb F
Si B C C# C## ou D
D# E E# ou F
F# F## ou G
G# ou Ab
A B
Mi E F F# F## ou G
G# A A# ou Bb
B B# ou C
C# ou Db
D D#
Lá A Bb B B# ou C
C# D D# ou Eb
E E# ou F
F# ou Gb
G G#
Ré D Eb E E# ou F
F# G G# ou Ab
A A# ou Bb
B ou Cb
C C#
Sol G Ab A A# ou Bb
B C C# ou Db
D D# ou Eb
E ou Fb
F F#
Dó sustenido
C# D D# D## ou E
E# F# F## ou G
G# G## ou A
A# ou Bb
B B#
Fá sustenido
F# G G# G## ou A
A# B B# ou C
C# C## ou D
D# ou Eb
E E#
Obs. Lembrar que: #4=#11, b6=b13, 6=13, 4=11.
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TRÍADES Tríade é o agrupamento de três sons. A tríade pode ser perfeita maior ou menor, diminuta ou aumentada. A tríade perfeita maior se caracteriza pela terça maior e quinta justa; a menor pela terça menor e quinta justa; a diminuta pela terça menor e quinta diminuta; a aumentada pela terça maior e quinta aumentada. Ex. em dó:
Tríade maior: C (=T) E (=3) G (=5) cuja cifragem é simplesmente: C
Tríade menor: C (=T) Eb (=3m) G (=5) cuja cifragem é: Cm
Tríade diminuta: C (=T) Eb (=3m) Gb (=b5) cuja cifragem é: Cm(b5)
Tríade aumentada: C (=T) E (=3) G# (#5) cuja cifragem é: C(#5)
Acordes invertidos
Dizemos que um acorde está invertido, quando na nota mais grave do mesmo (baixo), encontra-se a terça a quinta ou outro intervalo qualquer. A cifra do acorde invertido é representada em forma de fração; o numerador indica o acorde e o denominador a nota do baixo. Ex. em dó: C/E- dó maior em 1a. inversão ( a terça é a nota mais grave ) C/G- dó maior em 2a. inversão ( a quinta é a nota mais grave ) Cm/Eb- dó menor em 1a. inversão ( a terça menor é a nota mais grave ) Cm/G- dó menor em segunda inversão ( a quinta é a nota mais grave)
Dobramento, triplicação e supressão de notas no acorde
Em qualquer inversão e posição de todos os acordes, pode-se dobrar, triplicar ou suprimir a nota fundamental e a quinta justa do acorde. ( A supressão da fundamental só é indicada se um outro instrumento tocar o baixo). O dobramento da terça deve ser usado com extremo cuidado, pois raramente resulta num bom efeito.
Tétrade É o agrupamento de quatro sons. Ex. C7- dó maior com sétima menor – C (=T) E (=3) G (=5) Bb (=7)
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TABELAS PRÁTICAS PARA A MONTAGEM DE ACORDES
a) O “X” da coluna acorde deve ser substituído pela cifra correspondente a tonalidade do acorde que desejamos montar ( C, E, G, etc.). b) O “x” das colunas correspondentes aos intervalos deve ser substituído pelas devidas notas tomando como tônica a cifra indicada na coluna acorde. Para saber que notas utilizar, consulte a tabela de intervalos. Ex. X7M em D a) Substituímos X por D, ficando D7M b) Verificando as colunas de intervalos notaremos o “x” na T, 3, 5 e 7M c) Substituindo os intervalos descriminados no “item b” pelas respectivas notas em D, verificando quais são estas na tabela de intervalos, teremos a formação do D7M (T=D, 3=F#, 5=A e 7M=C#).
Tabela 1 (Acordes com 3ª maior e 7M ou 6) Categoria maior (veja lição 10)
Acorde T 9 3 4 #4/b5 5 #5/b6 6/7dim 7M X x x x X7M x x x x X7M(9) x x x x x X7M(#11) x x x x x X7M(6) x x x x x X6 x x x x X6/9 x x x x x X(add9) x x x x X(#5) x x x X7M(#5) x x x x X7M(9/#5) x x x x x X7M(#11/#5) x x x x x X7M(#5/6) x x x x x X6(#5) x x x x X6/9(#5) x x x x x X(add9/#5) x x x x
Tabela 2 (acordes com 3ªmenor, 7ª dim. ou maior, 5ªdim.) Categoria 7ª dim. (Veja lição 10)
Acorde T 9 #9/3m 4 #4/b5 #5/b6 6/7dim 7M Xdim x x x x Xdim(7M) x x x x Xdim(9) x x x x x Xdim(11) x x x x x Xdim(b13) x x x x x
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Tabela 3 (acordes com 3ªmenor, 7ª maior ou menor, ou
6ª maior) Categoria menor (Veja lição 10)
Acordes T 9 #9/3m 4 #4/b5 5 #5/b6 6/7dim 7 7M Xm x x x Xm7 x x x x Xm7(9) x x x x x Xm7(11) x x x x x Xm6 x x x x Xm6/9 x x x x x Xm(add9) x x x x Xm(b5) x x x Xm7(b5) x x x x Xm7(b5/9) x x x x x Xm7(b5/11) x x x x x Xm7(b6/b5) x x x x x Xm(7M) x x x x Xm(7M/9) x x x x x Xm(7M/11) x x x x x Xm(7M/6) x x x x x
Tabela 4 (acordes com 3ªmaior ou 4ª justa e 7ª menor)
Categoria 7ª da dominante (Veja lição 10)
Acordes T b9 9 #9/3m 3 4 #4/b5 5 #5/b6 6/7dim 7 X7 x x x x X7/4 x x x x X7(9) x x x x x X7/4(9) x x x x x X7(#11) x x x x X7(9/#11) x x x x x X7(13) x x x x x X7(9/13) x x x x x x X7(b9) x x x x x X7/4(b9) x x x x x X7(b13) x x x x X7(#9) x x x x x X7(9/b13) x x x x x X7(b5/b9) x x x x x X7(b5/#9) x x x x x X7(#5/#9) x x x x x X7(b9/13) x x x x x x X7(#5/b9) x x x x x X7(b5/#5) x x x x x
Você poderá fazer o download dos acordes correspondentes às 4 tabelas, acessando: www.solimando.com (Lições e vídeo aulas) – Lição 1.
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REPRESENTAÇÃO DO BRAÇO DA GUITARRA (OU VIOLÃO)
Os seis espaços, horizontalmente dispostos, contados de baixo para cima, representam,
respectivamente, as cordas 6, 5, 4, 3, 2 e 1 do violão ou guitarra
Corda 1 Corda 2 Corda 3 Corda 4 Corda 5 Corda 6
Os espaços, verticalmente dispostos, contados da esquerda para a direita, representam,
respectivamente, as casas 1, 2, 3, etc. do violão ou guitarra
I II etc. Os números romanos indicam o número da casa, ou seja, I = casa 1, II = casa 2, etc. Os números dentro da tabela formada pelos espaços horizontais e verticais, indicam os dedos da mão que atua no braço do instrumento. 1 : representa o dedo indicador 2 : representa o dedo médio 3 : representa o dedo anular 4 : representa o dedo mínimo 4 2 3 1 III No exemplo acima, utilizamos: Dedo 1 sobre a nota dó da 5ª corda na 3ª casa Dedo 2 sobre a nota si da 3ª corda na 4ª casa Dedo 3 sobre a nota sol da 4ª corda na 5ª casa Dedo 4 sobre a nota mi da 2ª corda na 5ª casa
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PADRÕES DE DIGITAÇÃO PARA A ESCALA MAIOR (EXEMPLO EM DÓ MAIOR)
Padrão 1
1 3 1 3 4 1 3 4 1 2 4 2 4
Padrão 2
1 3 4 1 2 4 1 2 4 1 3 1 3 4 4
Padrão 3
1 2 4 2 4 1 3 4 1 3 4 1 2 4 2 4
Padrão 4
1 3 4 1 3 4 1 2 4 2 4
Padrão 5
1 2 4 1 2 4 1 3 1 3 4 4
XII
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CIFRA ANALÍTICA Sistema baseado em números romanos, utilizado no estudo da harmonia, para medir a distância existente entre a fundamental do acorde principal ( acorde equivalente ao tom) e a fundamental dos demais acordes da seqüência. Nada mais é do que o ato de substituir o número arábico pelo romano. A este segundo (número romano), somamos as características próprias do acorde que representa [m, m7, 7M, m7(b5), 7(b9), (#5), etc.] Ex. Cifra analítica VIm IIm7 V7(9) I7M Cifra popular Em Am7 D7(9) G7M
Quadro demonstrativo:
Int. T b9 9 #9 ou 3m
3 4
#4 ou b5
5 #5 ou b6
6 7 7M
Cifra I bII II #II ou bIII
III IV #IV ou bV
V #V ou bVI
VI bVII VII
No caso das inversões utilizamos, para cifrar o baixo, o número arábico correspondente ao intervalo. Ex.
Cifra analítica Im Im/7 IVm7 Cifra popular Em Em/D Am7
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CAMPOS HARMÔNICOS OU CENTROS TONAIS
Consistem, basicamente, em formar acordes sobre cada grau, utilizando somente notas da própria escala. Ou seja, buscamos dentro dela mesma a terça, a quinta, a sétima, etc. de cada nota (grau) e analisamos que tipo de acorde foi gerado. Aberturas: são tensões disponíveis que poderemos adicionar ou suprimir livremente no acorde em questão.
Escala Maior TOM I7M IIm7 IIIm7 IV7M V7 VIm7 VIIm7(b5) Aberturas 6, 9 9, 11 11 6, 9, #11 9, 11, 13 9, 11 11, b13 Dó maior C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5) Fá maior F7M Gm7 Am7 Bb7M C7 Dm7 Em(b5) Si b maior Bb7M Cm7 Dm7 Eb7M F7 Gm7 Am7(b5) Mi b maior Eb7M Fm7 Gm7 Ab7M Bb7 Cm7 Dm(7b5) Lá b maior Ab7M Bbm7 Cm7 Db7M Eb7 Fm7 Gm7(b5) Ré b maior Db7M Ebm7 Fm7 Gb7M Ab7 Bbm7 Cm7(b5) Sol b maior Gb7M Abm7 Bbm7 Cb7M Db7 Ebm7 Fm7(b5) Si maior B7M C#m7 D#m7 E7M F#7 G#m7 A#m7(b5) Mi maior E7M F#m7 G#m7 A7M B7 C#m7 D#m7(b5) Lá maior A7M Bm7 C#m7 D7M E7 F#m7 G#m7(b5) Ré maior D7M Em7 F#m7 G7M A7 Bm7 C#m7(b5) Sol maior G7M Am7 Bm7 C7M D7 Em7 F#m7(b5)
Escala de acordes
I, I7M, I7M(9), I7M(6), I6, I6/9, I(add9)
IIm, IIm7, IIm7(9), IIm7(11), IIm6, IIm6/9, IIm(add9)
IIIm, IIIm7, IIIm7(11)
IV, IV7M, IV7M(#11), IV7M(6), IV6, IV6/9, IV(add9)
V7, V7(9), V7/4, V7/4(9), V7(13), V7(9/13)
VIm, VIm7, VIm7(9), VIm7(11), VIm(add9)
VIIm(b5), VIIm7(b5), VIIm7(b5/11), VIIm7(b5/b6)
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IMPROVISAÇÃO SOBRE CAMPOS HARMÔNICOS MAIORES (Improvisação diatônica)
Para improvisar sobre acordes gerados por determinado campo harmônico, basta tocar livremente, a escala do campo harmônico envolvido, pois, estaremos automaticamente tocando notas que fazem parte do acorde sobre o qual improvisamos, ou então, outras
que poderiam fazer parte dele. Lembre-se de que as tríades, tétrades, pêntades, héxades e héptades formadas sobre dado grau da escala são intercambiáveis, portanto, tocar
livremente a escala que gerou esses acordes, significa, na verdade, produzir intercâmbios.
1- | 4/4 Bm7 | A7M | D7M | E7 | Improvise com a escala maior em A
2- | 4/4 Em7 | A7(13) | D7M | % | Improvise com a escala maior em D
3- |4/4 Am7 | D7 D/C | G/B | Em7 | Improvise com a escala maior em G
4- |4/4 F7M | G7(9) | C7M Am7 | Dm7 G7 | Improvise com a escala maior em C
5- |4/4 Dm7 | Bb7M | C7(9) | F7M | Improvise com a escala maior em F
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PADRÕES DE DIGITAÇÃO PARA A ESCALA MENOR MELÓDICA
(EXEMPLO EM DÓ MENOR MELÓDICA) Padrão 1
1 3 1 2 4 1 3 4 1 3 1 3 4
Padrão 2 1 3 4 2 4 1 1 3 4 1 3 1 2 4 4
Padrão 3 1 2 4 2 4 1 2 4 1 3 4 1 3 1 3 4
Padrão 4 1 2 4 1 3 4 1 3 1 3 4
Padrão 5 1 3 1 1 3 4 1 3 1 2 4 4
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PADRÕES DE DIGITAÇÃO PARA A ESCALA MENOR HARMÔMICA (EXEMPLO EM DÓ MENOR HARMÔNICA)
Padrão 1 1 2 1 2 4 3 4 1 3 4 1 3 4
Padrão 2 2 3 1 3 4 1 1 3 4 1 2 1 2 4 4
Padrão 3 1 2 4 2 3 1 2 4 2 3 1 3 4 1 3 4
Padrão 4 1 2 4 3 4 1 3 4 1 3 4
Padrão 5
1 3 4 1 1 3 4 1 2 1 2 4 4
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CAMPOS HARMÔNICOS OU CENTROS TONAIS
Consistem, basicamente, em formar acordes sobre cada grau, utilizando somente notas da própria escala. Ou seja, buscamos dentro dela mesma a terça, a quinta, a sétima, etc. de cada nota (grau) e analisamos que tipo de acorde foi gerado. Aberturas: são tensões disponíveis que poderemos adicionar ou suprimir livremente no acorde em questão.
Escala Menor harmônica
TOM Im(7M) IIm7(b5) bIII7M (#5) IVm7 V7 bVI7M VIIdim7 Aberturas 9, 11 11 6, 9 9 b9, 11, b6 6, #11 b6 Dó menor Cm(7M) Dm7(b5) Eb7M(#5) Fm7 G7 Ab7M B dim7 Fá menor Fm(7M) Gm7(b5) Ab7M (#5) Bbm7 C7 Db7M Edim7 Si b menor Bbm(7M) Cm7(b5) Db7M (#5) Ebm7 F7 Gb7M Adim7 Mi b menor Ebm(7M) Fm7(b5) Gb7M (#5) Abm7 Bb7 Cb7M Ddim7 Sol # menor G#m(7M) A#m7(b5) B7M (#5) C#m7 D#7 E7M F##dim7 Dó # menor C#m(7M) D#m7(b5) E7M (#5) F#m7 G#7 A7M B#dim7 Fá # menor F#m(7M) G#m7(b5) A7M (#5) Bm7 C#7 D7M E#dim7 Si menor Bm(7M) C#m7(b5) D7M (#5) Em7 F#7 G7M A#dim7 Mi menor Em(7M) F#m7(b5) G7M (#5) Am7 B7 C7M D#dim7 Lá menor Am(7M) Bm7(b5) C7M (#5) Dm7 E7 F7M G#dim7 Ré menor Dm(7M) Em7(b5) F7M (#5) Gm7 A7 Bb7M C#dim7 Sol menor Gm(7M) Am7(b5) Bb7M (#5) Cm7 D7 Eb7M F#dim7
Escala Menor Melódica
TOM Im(7M) IIm7 bIII7M (#5) IV7 V7 VIm7(b5) VII7(b5) Aberturas 6, 9, 11 11 6, 9, #11 9, #11, 6 7, 9, b6 b9, 11, b6 b9, #9, #5 Dó menor Cm(7M) Dm7 Eb7M(#5) F7 G7 Am7(b5) B7(b5) Fá menor Fm(7M) Gm7 Ab7M (#5) Bb7 C7 Dm7(b5) E7(b5) Si b menor Bbm(7M) Cm7 Db7M (#5) Eb7 F7 Gm7(b5) A7(b5) Mi b menor Ebm(7M) Fm7 Gb7M (#5) Ab7 Bb7 Cm7(b5) D7(b5) Sol # menor G#m(7M) A#m7 B7M (#5) C#7 D#7 E#m7(b5) F##7(b5) Dó # menor C#m(7M) D#m7 E7M (#5) F#7 G#7 A#m7(b5) B#7(b5) Fá # menor F#m(7M) G#m7 A7M (#5) B7 C#7 D#m7(b5) E#7(b5) Si menor Bm(7M) C#m7 D7M (#5) E7 F#7 G#m7(b5) A#7(b5) Mi menor Em(7M) F#m7 G7M (#5) A7 B7 C#m7(b5) D#7(b5) Lá menor Am(7M) Bm7 C7M (#5) D7 E7 F#m7(b5) G#7(b5) Ré menor Dm(7M) Em7 F7M (#5) G7 A7 Bm7(b5) C#7(b5) Sol menor Gm(7M) Am7 Bb7M (#5) C7 D7 Em7(b5) F#7(b5)
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RESUMO DE TODAS AS ESPÉCIES DE ACORDE
Organizaremos agora, seguindo alguns fundamentos da harmonia, os acordes estudados em seis espécies. Para organizar os acordes por espécies: Separamos maiores de menores de dominantes de diminutos. Catalogamos a espécie de acordo com características próprias do acorde. Desta forma teremos: Dois grupos de espécies para acordes maiores (veja 4 e 6 a seguir) Três grupos de espécies para acordes menores (veja 2, 3 e 5 a seguir) Um grupo de espécie para acordes dominantes (veja 1, logo abaixo)
1- ACORDES DE PRIMEIRA ESPÉCIE
São todos os acordes dominantes, independente das alterações e das estruturas intervalares, ou seja, aqueles que são definidos pelos sons básicos 3 e 7 ou 4 e 7. Ex. em dó: C7, C7(b5), C7(#5), C7(b5/#5) (Acordes de sétima de primeira espécie) C7(9), C7(b5/9), C7(#5/9), C7(b9), C7(#5/b9), C7(b5/b9), C7(#9), C7(#5/#9),
C7(b5/#9) (Acordes de nona de primeira espécie) C7(4), C7(4/9), C7(4/b9), C7(#11), C7(#11/9) (Acordes de décima primeira de
primeira espécie) C7(13), C7(9/13), C7(b13), C7(9/b13), C7(b9/b13), C7(b9/13) (Acordes de décima
terceira de primeira espécie)
2- ACORDES DE SEGUNDA ESPÉCIE São os acordes menores que possuem quinta justa , cujo som básico é produzido pelos intervalos 3m e 7. Ex. em dó: Cm7 (Acorde de sétima de segunda espécie) Cm7(9) (Acorde de nona de segunda espécie) Cm7(11) (Acorde de décima primeira de segunda espécie) Obs. Não se aplica nesta espécie o acorde de décima terceira
3- ACORDES DE TERCEIRA ESPÉCIE São os acordes menores que possuem quinta diminuta, cujo som básico é produzido pelos intervalos 3m e 7. Observe que a diferença entre a segunda e a terceira espécie consiste na alteração descendente da quinta desta última, sendo o som básico de ambas o mesmo (3m/7). Ex. em dó: Cm7(b5) (Acorde de sétima de terceira espécie) Cm7(9/b5) (Acorde de nona de terceira espécie) Cm7(11/b5) (Acorde de décima primeira de terceira espécie) Cm7(b6/b5) (Acorde de décima terceira de terceira espécie)
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4- ACORDES DE QUARTA ESPÉCIE São os acordes maiores cujo som básico é produzido pelos intervalos 3 e 7M. Ex. em dó: C7M (Acorde de sétima de quarta espécie) C7M(9) (Acorde de nona de quarta espécie) C7M(#11) (Acorde de décima primeira de quarta espécie) C7M(6) (Acorde de décima terceira de quarta espécie)
5- ACORDES DE QUINTA ESPÉCIE São os acordes menores cujo som básico é produzido pelos intervalos 3m e 7M. Ex. em dó: Cm(7M) (Acorde de sétima de quinta espécie) Cm(7M/9) (Acorde de nona de quinta espécie) Cm(7M/11) (Acorde de décima primeira de quinta espécie) Cm(7M/6) (Acorde de décima terceira de quinta espécie)
6- ACORDES DE SEXTA ESPÉCIE São os acordes maiores que possuem quinta aumentada cujo som básico é produzido pelos intervalos 3 e 7M. Observe que a única diferença entre estes acordes e os da quarta espécie é que naqueles a quinta é justa e nestes aumentada. Ex. em dó: C7M(#5) (Acorde de sétima de sexta espécie) C7M(#5/9) (Acorde de nona de sexta espécie) C7M(#5/#11) (Acorde de décima primeira de sexta espécie) C7M(#5/6) (Acorde de décima terceira de sexta espécie)
RESUMO GERAL
ACORDES INTERVALOS ESPÉCIE Dominantes T 3 (b5, 5,#5) 7 (b9,9, #9)
(11, #11) (13, b13) Primeira espécie
Menores T 3m 5 7 9 11 Segunda espécie Menores T 3m b5 7 9 11 b6 Terceira espécie Menores T 3m 5 7M 9 11 6 Quinta espécie Maiores T 3 5 7M 9 #11 6 Quarta espécie Maiores T 3 #5 7M 9 #11 6 Sexta espécie Além dos acordes acima descriminados temos uma classificação separada, os
acordes diminutos. Tríades maiores com sexta, maiores com sexta e nona e maiores com nona
adicionada, são tratadas como acordes de quarta espécie. Tríades aumentadas, com sexta, com sexta e nona e com nona adicionada, são
tratadas como acordes de sexta espécie. Tríades menores com sexta, menores com sexta e nona e menores com nona
adicionada, são tratadas como acordes de quinta espécie, sendo que, a de nona adicionada, poderá também ser tratada como sendo de segunda espécie.
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IMPROVISAÇÃO SOBRE CAMPOS HARMÔNICOS MENORES (Improvisação diatônica)
Para improvisar sobre acordes gerados por determinado campo harmônico, basta tocar livremente, a escala do campo harmônico envolvido, pois, estaremos automaticamente tocando notas que fazem parte do acorde sobre o qual improvisamos, ou então, outras
que poderiam fazer parte dele. Lembre-se de que as tríades, tétrades, pêntades, héxades e héptades formadas sobre dado grau da escala são intercambiáveis, portanto, tocar
livremente a escala que gerou esses acordes, significa, na verdade, produzir intercâmbios. Devemos, porém, prestar atenção especial ao tipo de campo, quer dizer,
se este pertence à escala menor harmônica ou menor melódica.
1- | 4/4 Bm7(b5) | E7(b9) | Am (7M) | % | Improvise com a escala menor harmônica em Am
2- | 4/4 Cm (add9) | Fm7(9) | G7(b13) | Cm(7M/9)| Improvise com a escala menor harmônica em Cm
3- | 4/4 Bb7(#11) | C7(9) | Fm6 | % | Improvise com a escala menor melódica em Fm
4- | 4/4 Am6 | E7(9) | D7(9) | Am6 | Improvise com a escala menor melódica em Am
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IMPROVISAÇÕES ENVOLVENDO DUAS OU MAIS TONALIDADES
Para improvisar sobre progressões envolvendo mais do que um campo harmônico, devemos tocar as escalas correspondentes aos acordes dos campos envolvidos.
Exemplo 1
Acordes Dm7(b5) G7(b13) Cm7 F7(9) Bb7M % Escalas Menor
harmônica em C
% Maior em Bb
% % %
Exemplo 2
Acordes Em7 A7 D7M % Dm7 G7 C7M % Cm7 F7 Bb7M Eb7M
Escalas
Maior D
%
%
%
Maior
C
%
%
%
Maior
Bb
%
%
%
Exemplo 3 Acordes Bm7 E7(b13) Am6 D7(9/#11) Dm7(b5) G7(b13) Cm(add9) %
Escalas
Menor
melódica Am
%
%
%
Menor
harmônica em Cm
%
%
%
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IMPROVISAÇÃO SOBRE ACORDES NÃO DIATÔNICOS
Dada determinada tonalidade, os acordes poderão ser diatônicos ou não diatônicos. Diatônicos: formados unicamente por notas da sua escala Não diatônicos: possuem pelo menos uma nota estranha à tonalidade (escala)
aonde se aplicam. Para improvisar sobre acordes não diatônicos, deveremos analisar a sua estrutura intervalar e aplicar a(s) escala(s) mais conveniente(s). As tabelas a seguir exemplificam as escalas que poderemos aplicar sobre determinado acorde de acordo com a sua espécie, independente da sua função no contexto tonal. Ou seja, se o acorde não diatônico for de quarta espécie, verifique na tabela 1 o que você poderia usar para improvisar sobre o mesmo, se for de segunda espécie, verifique na tabela 2, e assim por diante. Todos os exemplos estão em “C”.
TABELA 1
ACORDES DE QUARTA ESPÉCIE (T 3 5 7M 9 #11 6) “C7M(9/#11/6)” Escala maior em C e Escala maior em G
TABELA 2
ACORDES DE SEGUNDA ESPÉCIE (T 3m 5 7 9 11) “Cm7(9/11)” Escala maior em Bb
TABELA 3
ACORDES DE TERCEIRA ESPÉCIE (T 3m b5 7 9 11 b6) “Cm7(b5/9/11/b6)” Escala menor melódica em Eb
TABELA 4 ACORDES DE QUINTA ESPÉCIE (T 3m 5 7M 9 11 6) “Cm(7M/9/11/6)”
Escala menor melódica em C
TABELA 5 ACORDES DE SEXTA ESPÉCIE (T 3 #5 7M 9 #11 6) “C7M(#5/9/#11/6)”
Escala menor melódica em A
TABELA 6 ACORDES DIMINUTOS (T 3m b5 7º b13) “Cº(b13)”
Escala menor harmônica em Db ou E ou G ou Bb
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TABELAS PARA A IMPROVISAÇÃO SOBRE ACORDES DE PRIMEIRA ESPÉCIE
(Não diatônicos) Devido ao grande número de acordes Dominantes, optamos por dividir em cinco tabelas, as opções para a improvisação sobre os acordes de primeira espécie não diatônicos.
TABELA 1
ACORDES DE PRIMEIRA ESPÉCIE (T 3 5 7 9 13) “C7(9/13)” Escala maior em F
TABELA 2
ACORDES DE PRIMEIRA ESPÉCIE (T 3 5 7 b9 b13) “C7(b9/b13)” Escala menor harmônica em F
TABELA 3
ACORDES DE PRIMEIRA ESPÉCIE (T 3 5 7 9 #11 13) “C7(9/#11/13)” Escala menor melódica em G
TABELA 4
ACORDES DE PRIMEIRA ESPÉCIE (T 3 5 7 9 b13) “C7(9/b13)” Escala menor melódica em F
TABELA 5
ACORDES DE PRIMEIRA ESPÉCIE (T 3 b5 #5 7 b9 #9) “C7(b5/#5/b9/#9)” Escala menor melódica em Db
Exemplo 1
|| 4/4 C7M | A7(b9) | Dm7(9) | G7(#5) ||
ESCALAS Maior em C MH em D Maior em C MM em Ab
Padrão 1 5 1 3
Padrão 2 1 2 4
Padrão 3 2 3 5
Padrão 4 3 4 1
Padrão 5 4 5 2
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Exemplo 2
|| 4/4 Dm7(9) | Db7(9) | C7M | Am7 ||
ESCALAS Maior em C MM em Ab Maior em C %
Padrão 1 3 1 1
Padrão 2 4 2 2
Padrão 3 5 3 3
Padrão 4 1 4 4
Padrão 5 2 5 5
Exemplo 3
|| 4/4 C7M | C#º | Dm7 | Dº ||
ESCALAS Maior em C MH em D Maior em C MH em C
Padrão 1 5 1 1
Padrão 2 1 2 2
Padrão 3 2 3 3
Padrão 4 3 4 4
Padrão 5 4 5 5
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Curso elementar de harmonia e improvisação Lição 1 – total 7 horas
Aula Matéria Duração
1ª intervalo, tabela para cálculo de
intervalos
1:00 h
2ª quadro geral de intervalos
1:00 h
3ª tríades 1:00 h 4ª acordes invertidos 1:00 h 5ª dobramento,
triplicação e supressão de notas
no acorde
1:00 h
6ª tétrade
1:00 h
7ª tabelas práticas para a montagem de
acordes
1:00 h
Lições 2 e 3 – total 1 hora
Aula Matéria Duração
8ª (2)Representação do braço e (3)padrões
de digitação da escala maior
1:00 h
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Lições 4 e 5 – total 1 hora
Aula Matéria Duração 9ª (4)Cifra analítica e
(5)campo harmônico maior
1:00 h
Lição 6 – total 1 hora
Aula Matéria Duração 10ª Improvisação sobre
campos harmônicos maiores
1:00 h
Lições 7 e 8 – total 1 hora
Aula Matéria Duração 11ª (7) padrões de
digitação da escala menor melódica e
(8) padrões de digitação da escala menor harmônica
1:00 h
Lição 9 – total 1 hora
Aula Matéria Duração 12ª campos harmônicos
menores 1:00 h
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Lições 10 e 11 – total 1 hora
Aula Matéria Duração 13ª (10) resumo de
todas as espécies de acorde e (11)
Improvisação sobre campos harmônicos
menores
1:00 h
Lição 12 – total 1 hora
Aula Matéria Duração 14ª Improvisações
envolvendo duas ou mais tonalidades
1:00 h
Lição 13 – total 1 hora
Aula Matéria Duração 15ª Improvisação sobre
acordes não diatônicos
1:00 h
Total : curso de 15 horas de duração.
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