Políticas públicas de educação superior e desenvolvimento ...
Curso de Políticas Públicas e Desenvolvimento Econômico 6...Aula 6 – Política Industrial e...
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Escola Nacional de Administração Pública - ENAP Curso: Políticas Públicas e Desenvolvimento Econômico Professor Coordenador: José Luiz Pagnussat Professor da Aula 6: Alexandre Comin Período: 11 a 13 de novembro de 2013
Alexandre Comin
Brasília, 12 de novembro de 2013
Curso de Políticas Públicas e Desenvolvimento Econômico
Aula 6 – Política Industrial e Desenvolvimento
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Política Industrial e Desenvolvimento
Curso de Políticas Públicas e Desenvolvimento Econômico
Prof. Alexandre Comin, 12/11/2013
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O desenvolvimento econômico é
um processo de elevação do produto que,
devido a sua velocidade e persistência, é
capaz de reduzir de forma significativa tanto a
distância da renda por habitante de um país
com relação aos países já desenvolvidos
quanto o volume e a proporção da
população considerada pobre.
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A definição de DEC deve incluir
A produção interna diversificada de bens e
serviços (IMBS & WACZIARG) que, além de
abastecer uma parte das necessidades
internas, são trocados no mercado mundial.
Exclui a situação na qual uma base produtiva
muito especializada gera uma dependência
extrema da exportação de uma pequena
família de produtos.
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Diferenças inerentes
às atividades econômicas
O conteúdo específico daquilo que é produzido
não é indiferente para o DEC numa
perspectiva de longo prazo.
“o ponto de partida para explicar a atual
riqueza e pobreza das nações.” REINERT
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Atividades com retornos crescentes:
• Economias de escala
• Economias de escopo
• Economias de aglomeração
• Progresso técnico: na prática, a inovação
está na origem de quase todos os processos
de diversificação com retornos crescentes
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A industrialização é essência do DEC
Historicamente o DEC sempre apareceu
associado à industrialização.
Kaldor parte da ampla evidência histórica de
que “...existe uma correlação muita elevada
entre a taxa de crescimento do Produto Interno
Bruto e a taxa de crescimento da produção
manufatureira.”
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Indústria e crescimento econômico
Elaboração: IEDI 2011.
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Por que a indústria tem esse papel?
Basicamente é ela quem abarca as atividades
que apresentam as características dinâmicas
de escala, escopo e aglomeração.
E a indústria possui um perfil de
oportunidade tecnológica inigualável. Cria e
recria novos bens de consumo, matérias-
primas, máquinas e instalações e processos
de trabalho que tornam possível os ganhos de
produtividade no restante da economia.
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Restrições externas ao crescimento
Por que razão um país precisa de uma
significativa e contínua diversificação produtiva
para sustentar o DEC ao invés de se apropriar
das diversas economias por meio da
importação de bens industriais?
(modernização)
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Kaldor: abordagem keynesiana
As diferenças nas taxas de crescimento devem
ser explicadas pelo ritmo do crescimento da
demanda.
Numa economia aberta, as restrições do
balanço de pagamentos são as mais
importantes na definição do ritmo máximo
de crescimento.
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Três atributos críticos da IT:
•Proporciona retornos crescentes, não só para si,
mas para o conjunto da economia.
•Seus produtos são quase todos comercializáveis,
o que lhe permite continuar no crescimento
produto/produtividade para além dos limites do
mercado nacional.
•É o setor que mais rapidamente renova seu
portfólio de produtos em direção àqueles que
apresentam (mesmo que apenas temporariamente)
as maiores elasticidades renda da demanda.
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Os países que atingiram o DEC
são economias industrializadas e que
exportam predominantemente bens
industriais, mesmo que alguns deles também
sejam grandes exportadores de serviços e/ou
de bens não-industriais.
Como chegaram à industrialização?
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A lógica da especialização produtiva
Papel insubstituível do Estado na arrancada
em direção à redução continuada da diferença
com relação aos países mais ricos.
Agenda da política de desenvolvimento se
altera drasticamente quando um país
amadurece, particularmente nos regimes de
comércio exterior, que passam do
protecionismo à defesa do multilateralismo.
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Amsdem
Nega a hipótese de perfeita circulação de
conhecimento que é específico às firmas.
O denominador comum de todas as
experiências bem sucedidas é a
implementação de políticas de
desenvolvimento de caráter vertical, a
diversificação industrial pela incorporação
progressiva dos setores de mais elevada
intensidade tecnológica.
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Definição de PI
Chang (1994) describes industrial policies as
governmental actions supporting the
generation of production and
technological capacity in industries
considered strategic for national
development. This implies that the
discrimination among activities, sectors and
agents is based on their potential to boost
the overall economy.
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Papéis do Estado na PI
(i) As regulator, e.g., by setting tariffs and production levels
for certain activities, or by creating fiscal incentives or
subsidies to support industrial sectors.
(ii) As producer, participating directly in economic activity, as
in the case of State-owned enterprises.
(iii) As consumer, ensuring a market for strategic industries
and economic activities through public procurement
programs.
(iv) Finally, as a financial agent and investor, influencing the
credit market and promoting the allocation of public and
private financial resources to industrial projects considered
strategic.
Wilson & Primi, p. 14.
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Proporção da renda per capita, 1900/2006
(países desenvolvidos =100)
0
10
20
30
40
50
60
19
00
19
13
19
40
19
50
19
55
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19
65
19
70
19
75
19
80
19
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19
90
19
95
20
00
20
06
PD
s =
10
0
AL (sem Brasil)
África
Brasil
Fonte: elaboração própria com base em Historical Statistics of the World Economy: 1-2006 AD de Angus Maddison (disponível em
http://www.ggdc.net/maddison/Historical_Statistics/horizontal-file_03-2009.xls, acesso em 4/4/2009).
Notas: A fonte apresenta os dados de PIB em dólares Geary-Khamis de 1990. PDs incluem 30 países da Europa Ocidental, Austrália, Nova
Zelândia, Canadá, EUA e Japão.
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Proporção da renda per capita, 1900/2006
(países desenvolvidos =100)
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19
13
19
40
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55
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19
65
19
70
19
75
19
80
19
85
19
90
19
95
20
00
20
06
PD
s =
100
Tigres 1a. ger.
Tigres 2a. ger.
China
Índia
Fonte: elaboração própria com base em Historical Statistics of the World Economy: 1-2006 AD de Angus Maddison (disponível em
http://www.ggdc.net/maddison/Historical_Statistics/horizontal-file_03-2009.xls, acesso em 4/4/2009).
Notas: A fonte apresenta os dados de PIB em dólares Geary-Khamis de 1990. PDs incluem 30 países da Europa Ocidental, Austrália, Nova
Zelândia, Canadá, EUA e Japão.
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Composição do PIBcf
(% atividades que geram VA)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
%
Agrop. 16 16 15 14 14 14 16 13 13 13 13 11 14 16 14 14 13 13 12 11 11 10 10 13 13 12 12 12 12 11 12 12 14 14 12
Extrat. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 4 4 3 3 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 2 4 4 5 5 6 7
Transf. 36 37 39 39 40 39 38 39 39 40 39 40 38 38 41 40 40 39 38 36 35 36 38 35 33 31 32 31 31 32 32 33 33 33 34
Constr. 7 8 7 8 8 8 8 8 9 9 9 9 8 7 7 8 10 10 11 10 10 10 11 12 13 14 15 15 14 13 12 11 10 10 10
Demais* 39 39 38 38 38 38 38 38 38 37 37 38 37 35 34 34 35 36 37 41 42 41 40 38 40 41 41 41 40 40 40 39 37 37 38
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05
Fonte: Elaboração própria com base em IBGE e compilação do IPEA/Dimac (apud Boletim de conjuntura (74), setembro de 2006). Para 2004 e
2005 os resultados são preliminares, estimados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) a partir das Contas Nacionais Trimestrais.
* Inclui o Comércio, os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP), o Transporte, as Comunicações e Demais atividades de serviços.
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Obrigado.
A tese A Desindustrialização Truncada pode ser encontrada aqui:
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?down=000477166
IEDI 2011. Indústria e Política Industrial no Brasil e em Outros Países. Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, São Paulo, 93 pp.
Chang, H-J, 1994, The Political Economy of Industrial Policy, Macmillan Press.
Wilson Peres & Annalisa Primi, CEPAL - Serie Desarrollo productivo N. 187 “Theory and practice of industrial policy. Evidence from the Latin American experience”.