Curso de Medicina Veterinária · Agatha Ester Guedes de Melo 1, Priscila de Sá Gomes Paes Landim...

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Curso de Medicina Veterinária HEMANGIOSSARCOMA EM MEMBRANA NICTITANTE DE CÃO HEMANGIOSARCOMA IN MEMBRANE NICTITATING IN DOG Agatha Ester Guedes de Melo 1 , Priscila de Sá Gomes Paes Landim 1 , Caroline Lavocat Nunes Pollini² 1 Alunas do Curso de Medicina Veterinária 2 Professora do Curso de Medicina Veterinária RESUMO O objetivo deste trabalho é arrolar a problemática envolvida em um animal diagnosticado com hemangiossarcoma primário na membrana nictitante, incluindo o tratamento adotado e as terapêuticas adequadas para tal afecção. O hemangiossarcoma é uma neoplasia que rotineiramente acomete mais aos cães que outras espécies, porém, o hemangiossarcoma da membrana nictitante é raro em cães e de etiologia desconhecida, que merece atenção. Ressaltando a importância dos tipos diagnósticos, bem como os tratamentos mais eficientes para busca da cura total, visando a não recidiva do tumor, a qual também ocorre com frequência. Cães de qualquer raça e idade são suscetíveis a esta doença, porém a incidência é maior em cães de meia idade. No dia 10 de agosto de 2015 foi atendido na Clínica Veterinária Reino Animal de Valparaíso de Goiás, um cão, macho, sem raça definida, 13 anos de idade, apresentando uma massa ulcerada no canto medial do olho esquerdo que devido ao tamanho revestia todo o globo ocular, para qual foi sugerida a realização de procedimento de excisão cirúrgica. O nódulo retirado foi enviado para exame histopatológico, cujo resultado foi conclusivo para hemangiossarcoma. Houve remoção parcial da membrana nictitante, sendo preservadas a cartilagem e a glândula lacrimal. Observou-se que a retirada cirúrgica do tumor cutâneo presente na membrana nictitante foi eficaz, levando em consideração a não recorrência do tumor no local. Porém, notou-se que o tratamento isolado de excisão cirúrgica realizado no animal relatado, não foi suficiente para cura do hemangiossarcoma, tendo em vista a recidiva metastática do tumor. Palavras-Chave: hemangiossarcoma; neoplasias; membrana nictitante. ABSTRACT The objective of this work is to enlist the issues involved in an animal diagnosed with primary hemangiosarcoma the nictitating membrane, including the treatment used and the appropriate therapies for this condition. The hemangiosarcoma is a neoplasm that routinely affects more to dogs than other species, however, the hemangiosarcoma the nictitating membrane is rare in dogs of unknown etiology that deserves attention. Stressing the importance of diagnostic types, as well as the most effective treatments to search for total healing, aimed at not tumor recurrence, which also occurs frequently. Dogs of any breed and age are susceptible to this disease, but the incidence is higher in middle-aged dogs. On August 10, 2015 was served on the Veterinary Clinic United Valparaiso Animal Goiás, a dog, male, mixed breed, 13 years old, with an ulcerated mass in the medial corner of the left eye due to the size clothed all eyeball, which has been suggested for the performance of surgical excision procedure. The removed node was sent for histopathological examination, the result was conclusive for hemangiosarcoma. There was a partial removal of the nictitating membrane, being preserved cartilage and the lacrimal gland. It was observed that surgical removal of the tumor present in the skin nictitating membrane was effective, taking into account the no recurrence of the tumor at the site. However, it is noted that the isolated surgical excision treatment performed in the reported animal was not sufficient to cure hemangiosarcoma, in view of the metastatic tumor recurrence. Keywords: hemangiosarcoma; neoplasms; nictitating membrane. Contato: [email protected] ; [email protected]

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Curso de Medicina Veterinária

HEMANGIOSSARCOMA EM MEMBRANA NICTITANTE DE CÃO

HEMANGIOSARCOMA IN MEMBRANE NICTITATING IN DOG

Agatha Ester Guedes de Melo1, Priscila de Sá Gomes Paes Landim1, Caroline Lavocat Nunes Pollini²

1 Alunas do Curso de Medicina Veterinária 2 Professora do Curso de Medicina Veterinária RESUMO

O objetivo deste trabalho é arrolar a problemática envolvida em um animal diagnosticado com hemangiossarcoma primário na membrana nictitante, incluindo o tratamento adotado e as terapêuticas adequadas para tal afecção. O hemangiossarcoma é uma neoplasia que rotineiramente acomete mais aos cães que outras espécies, porém, o hemangiossarcoma da membrana nictitante é raro em cães e de etiologia desconhecida, que merece atenção. Ressaltando a importância dos tipos diagnósticos, bem como os tratamentos mais eficientes para busca da cura total, visando a não recidiva do tumor, a qual também ocorre com frequência. Cães de qualquer raça e idade são suscetíveis a esta doença, porém a incidência é maior em cães de meia idade. No dia 10 de agosto de 2015 foi atendido na Clínica Veterinária Reino Animal de Valparaíso de Goiás, um cão, macho, sem raça definida, 13 anos de idade, apresentando uma massa ulcerada no canto medial do olho esquerdo que devido ao tamanho revestia todo o globo ocular, para qual foi sugerida a realização de procedimento de excisão cirúrgica. O nódulo retirado foi enviado para exame histopatológico, cujo resultado foi conclusivo para hemangiossarcoma. Houve remoção parcial da membrana nictitante, sendo preservadas a cartilagem e a glândula lacrimal. Observou-se que a retirada cirúrgica do tumor cutâneo presente na membrana nictitante foi eficaz, levando em consideração a não recorrência do tumor no local. Porém, notou-se que o tratamento isolado de excisão cirúrgica realizado no animal relatado, não foi suficiente para cura do hemangiossarcoma, tendo em vista a recidiva metastática do tumor. Palavras-Chave: hemangiossarcoma; neoplasias; membrana nictitante. ABSTRACT The objective of this work is to enlist the issues involved in an animal diagnosed with primary hemangiosarcoma the nictitating membrane, including the treatment used and the appropriate therapies for this condition. The hemangiosarcoma is a neoplasm that routinely affects more to dogs than other species, however, the hemangiosarcoma the nictitating membrane is rare in dogs of unknown etiology that deserves attention. Stressing the importance of diagnostic types, as well as the most effective treatments to search for total healing, aimed at not tumor recurrence, which also occurs frequently. Dogs of any breed and age are susceptible to this disease, but the incidence is higher in middle-aged dogs. On August 10, 2015 was served on the Veterinary Clinic United Valparaiso Animal Goiás, a dog, male, mixed breed, 13 years old, with an ulcerated mass in the medial corner of the left eye due to the size clothed all eyeball, which has been suggested for the performance of surgical excision procedure. The removed node was sent for histopathological examination, the result was conclusive for hemangiosarcoma. There was a partial removal of the nictitating membrane, being preserved cartilage and the lacrimal gland. It was observed that surgical removal of the tumor present in the skin nictitating membrane was effective, taking into account the no recurrence of the tumor at the site. However, it is noted that the isolated surgical excision treatment performed in the reported animal was not sufficient to cure hemangiosarcoma, in view of the metastatic tumor recurrence. Keywords: hemangiosarcoma; neoplasms; nictitating membrane. Contato: [email protected]; [email protected]

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INTRODUÇÃO

O hemangiossarcoma é um tumor maligno de células endoteliais, caracterizado pela formação de massas sólidas com presença de células inflamatórias e espaços vasculares com conteúdo sanguíneo (ÁVILA, 2011 apud JUBB; KENNEDY, 1963; PULLEY; STANNARD, 1990). Costuma apresentar metástase precoce e agressiva (LIPTAK; FORREST, 2007 apud SILVEIRA, 2009). Por conta de sua natureza maligna é considerado um dos sarcomas de tecidos moles de pior prognóstico (BERSELLI, 2011).

É um tumor de crescimento rápido e possui capilares extremamente frágeis, desta forma pode provocar hemorragias, que é uma das principais causas de óbito nos animais, além de apresentar comportamento invasivo com intensa infiltração local, metástases e formação de cavitações tumorais capazes de alterar a cascata de coagulação e iniciar coagulação intravascular disseminada (CID) (MOROZ; SCHWEIGERT, 2007).

O hemangiossarcoma pode ocorrer em qualquer região vascularizada do corpo, pelo fato de se originar do endotélio de vasos sanguíneos (FERRAZ et al., 2008); no entanto, as maiores incidências primárias são em: baço, átrio direito, tecido subcutâneo e fígado, sendo a forma cutânea mais rara (BROWN, 1985; SIMON, 2006; MACEWEN, 2007). Porém, outras localizações primárias podem ser observadas, como: músculos, ossos, cavidade oral, língua, intestinos, peritônio, aorta, pulmão, rim, bexiga, próstata, vulva, vagina e conjuntiva, neste caso, ocorrem em menos de 1% dos casos (FERRAZ et al., 2008; WITHROW e MACEWEN, 2001).

As neoplasias na pele e tecido subcutâneo, geralmente apresentam-se por placas ou nódulos com alopecia, espessamento e ulcerações (SILVEIRA, 2009).

O hemangiossarcoma cutâneo em cães pode ser classificado clinicamente de acordo com a profunidade, sendo divido em: estadiamento I, o qual envolve apenas a derme; estadiamento II que envolve também o tecido subcutâneo e no estadiamento III, o qual já envolve a musculatura subjacente (SOARES, 2010). O tratamento de excisão cirúrgica é recomendado para os hemangiossarcomas cutâneos no estadiamento II e III, os quais devem ser acompanhados de quimioterapia adjuvante (doxorrubicina, vincristina, ciclofosfamida), ressaltando que o estadiamento clínico fornece informações sobre o prognóstico, sucesso do tratamento local, potenciais metástases e o tempo de sobrevivência, o qual é favorável quando a excisão é completa e varia de reservado a pouco favorável quando a neoplasia é invasiva

e metastática (LEMARIES, 2007). O cão é a espécie mais frequentemente

afetada por hemangiossarcoma (HSA), e esta neoplasia representa cerca de 0,3 a 2,0% de todas as necropsias nesta espécie, e possui incidência de 5,0% dentre os tumores malignos (PASTOR, 2002).

Animais com hemangiossarcoma podem apresentar uma variedade de sinais clínicos conforme a localização do tumor primário, presença de metástases, ruptura do tumor e anormalidades de coagulação, como a CID - Coagulação Intravascular Disseminada (PULLEY; STANNARD, 1990; MORRISON, 2002). Quando o tumor está localizado na pele pode ocorrer alopecia, hemorragia e ulceração (RANDALL; LESLIE, 2002).

O fato do hemangiossarcoma se originar em células de vasos sanguíneos, faz com que haja um elevado índice de metástase, ocasionado pela rápida disseminação de células tumorais por via hematógena e por implantação transabdominal (PAGE; THRALL, 2004). Essas metástases podem ocorrer em qualquer parte do corpo, no entanto, ocorrem frequentemente nos pulmões e fígado (MORRISON, 2002).

As neoplasias no bulbo ocular, órbita, ou anexos podem ter consequências devastadoras para a visão, comprometendo a aparência e a qualidade de vida do animal, pois estas, também podem ser um sinalizador de doença potencialmente fatal em outras partes do corpo (MILLERS e DUBIELZIG, 2007).

A terceira pálpebra, também conhecida como membrana nictitante, trata-se de uma dobra da conjuntiva aproximadamente triangular, localizada no canto medial, onde a base de triângulo é a sua margem livre ou principal (FOSSUM, 2008). A superfície bulbar (posterior) e a superfície palpebral (anterior) são confluentes com a mucosa conjuntival (FOSSUM, 2008). É formada por cartilagem hialina em forma de “T”, suas superfícies são recobertas por tecido conjuntivo e sua porção ventral é circundada pela glândula da terceira pálpebra (GELATT, 2003). Esta cartilagem sustenta a membrana e ajuda a dar suporte ao contorno da córnea e a protegê-la (FOSSUM, 2008). Ela está localizada na porção medial do saco conjuntival inferior, entre a córnea e a pálpebra (SLATTER, 2005), como demonstrada na figura abaixo (FIGURA 01):

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Figura 01: Localização anatômica da membrana nictitante. Fonte: FOSSUM (2008).

A glândula superficial da membrana nictitante, também conhecida como glândula nictitante ou glândula da terceira pálpebra produz lágrimas seromucosas, a qual possui função de proteção imunológica e também proteção mecânica da superfície ocular (FOSSUM, 2008; WARD, 1999). Portanto, essa glândula não deve ser excisada, fato que pode levar ao desenvolvimento de ceratoconjuntivite seca (MENEZES, 2007).

O suprimento sanguíneo da membrana nictitante provém de troncos da artéria maxilar interna, sendo importante na proteção da córnea, difundindo o filme lacrimal e contribuindo com a mucina essencial para sua viscosidade (FOSSUM, 2008).

As neoplasias localizadas na membrana nictitante podem causar alterações no posicionamento, podendo levar o animal à perda de visão (LIAPIS E GENOVESE, 2004 e CONCEIÇÃO et al, 2010). As neoplasias são a causa mais frequente de morte em cães e gatos, no entanto, apenas 0,87% das neoplasias caninas e 0,34 % das neoplasias felinas afetam a região ocular (BENTUBO; MILLERS e DUBIELZIG, 2007).

Os principais tipos histológicos de neoplasias em terceira pálpebra incluem melanomas, adenocarcinomas, carcinomas de células escamosas, mastocitomas, papilomas, hemangiomas, angioceratomas e linfossarcomas (WARD, 1999). A primeira referência mundial de hemangiossarcoma da terceira pálpebra foi descrita em cães por Liapis e Genovese em 2004.

Os exames laboratoriais de animais com hemangiossarcoma podem revelar diversas anormalidades hematológicas dentre elas: anemia, leucocitose neutrofílica, trombocitopenia e coagulação intravascular (ÁVILA, 2011 apud NG; MILLS, 1985).

A radiografia do tórax pode evidenciar metástase pulmonar, efusão no pericárdio e efusão pleural, já a radiografia ou ultrassonografia do abdômen pode evidenciar esplenomegalia e hepatomegalia (ÁVILA, 2011 apud MORRISON, 2002b).

O objetivo deste trabalho é descrever o atendimento de um cão diagnosticado com hemangiossarcoma na membrana nictitante, atendido na Clínica Veterinária Reino Animal de Valparaiso de Goiás/GO, a fim de fornecer elementos de auxílio ao clínico de pequenos animais e colaborar com as pesquisas e bibliografias já existentes.

Materiais e Métodos

No dia 10 de agosto de 2015 foi atendido na Clínica Veterinária Reino Animal de Valparaíso de Goiás/GO, um cão, macho, sem raça definida, de porte médio, pesando 18,5kg e 13 anos de idade. O animal apresentava uma massa ulcerada no canto medial do olho esquerdo que devido ao tamanho revestia todo o globo ocular (FIGURA 02). Ao exame clínico o animal apresentava-se saudável, sem qualquer suspeita de outra patologia. Após avaliação, foi sugerida a excisão cirúrgica do nódulo.

Figura 02 – Massa ulcerada no canto medial do olho esquerdo do paciente encaminhado para excisão cirúrgica. Fonte: arquivo pessoal

Realizou-se hemograma completo e o animal foi encaminhado para o procedimento cirúrgico 24 horas após o procedimento clínico, sendo preconizado jejum alimentar e hídrico de 12 horas. Utilizou-se como medicação pré-anestésica (MPA) o cloridrato de tramadol 50 mg/ml (2mg/kg/EV - Via Endovenosa), para a indução anestésica administrou-se propofol 10 mg/ml (4mg/kg/EV – Via Endovenosa) e a manutenção foi realizada com isoflurano em concentração alveolar mínima de 2,5%, em circuito anestésico aberto.

A excisão do nódulo foi realizada com pinça anatômica para delimitação da área, tesoura cirúrgica para divulsionamento dos tecidos e lâmina de bisturi 15 para exérese total do nódulo. Houve a retirada parcial da membrana nictitante, sendo removido todo o tumor com bordas limpas, mantendo a cartilagem e a glândula lacrimal preservadas (FIGURA 03). A incisão foi suturada com fio absorvível (poligalactina 910) nº 5/0. A massa retirada foi armazenada em solução de formalina 10% e encaminhada para exame histopatológico.

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Como medicação pós-operatória, foram utilizados cetoprofeno (1mg/kg/SC – Via Subcutânea) e amoxicilina (20mg/kg/SC – Via Subcutânea). A medicação tópica prescrita foi o colírio antibiótico composto de sulfato de Condroitina A a 20% e Ciprofloxacino, para aplicação a cada oito horas, durante quatorze dias, além do uso contínuo de colar elizabetano e para uso sistêmico doxiciclina (5 mg/kg/Bid/Via Oral/14 dias) e cetoprofeno (1 mg/kg/Sid/Via Oral/3 dias).

Figura 03 - Paciente após realização de retirada do nódulo na membrana nictitante. Fonte: arquivo pessoal

Com o intuito de se estudar o caso, nove meses após o procedimento de excisão do nódulo presente na membrana nictitante, foi realizada uma nova avaliação do animal, desta forma, foi observado que o paciente apresentava um pequeno nódulo cutâneo na região das costas e outros pequenos nódulos cutâneos na região abdominal, ambos de consistência firme, coloração escura e não aderidos (FIGURA 04). Foi realizada então excisão de um dos nódulos da região abdominal para realização de biopsia. (FIGURA 05).

Figura 04: Nódulos presentes na região abdominal do animal. Fonte: arquivo pessoal

Figura 05: Incisão realizada para retirada de um dos nódulos presentes na região abdominal do animal. Fonte: arquivo pessoal

Foram realizados também exames de hemograma completo e bioquímicos (ALT e creatinina), ultrassonografia abdominal e radiografia com raios-X digital em três projeções, a fim de averiguar a saúde do animal, bem como possíveis metástases. Resultados

O exame de hemograma completo realizado no pré-operatório do animal evidenciou apenas trombocitopenia.

A avaliação histopatológica realizada com o tecido retirado da membrana nictitante e encaminhado ao laboratório evidenciou a proliferação de células endoteliais anaplásicas apresentando nucléolo evidente, relação núcleo/citoplasma elevada, com laudo conclusivo para hemangiossarcoma (FIGURA 06).

Figura 06: Laudo da biópsia realizada com material retirado da membrana nictitante, conclusivo de hemangiossarcoma. Fonte: arquivo pessoal.

Ao 15º dia após a excisão da massa, o paciente apresentava-se bem e com cicatrização total.

Seis meses após a retirada do hemangiossarcoma da membrana nictitante o animal apresentava-se aparentemente saudável, sem suspeitas de metástase e sem recidiva do nódulo no local da cirurgia (FIGURA 07).

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Figura 07: Paciente seis meses após retirada do hemangiossarcoma da membrana nictitante, apresentando olho normal e sem recidivas do nódulo. Fonte: arquivo pessoal.

O segundo hemograma completo e exames bioquímicos realizados no animal apresentaram-se dentro das referências normais.

A segunda avaliação histopatológica realizada com o tecido retirado da região abdominal e encaminhado ao laboratório apresentou resultado semelhante ao da biopsia anterior, com proliferação de células endoteliais anaplásicas, nucléolo evidente e relação núcleo/citoplasma elevada, com laudo conclusivo também para hemangiossarcoma (FIGURA 08).

Figura

08: Laudo da

biópsia realizada

com material retirado

da região abdomina

l, conclusivo de hemangiossarcoma. Fonte: arquivo pessoal.

Com relação aos exames de imagem foi

possível observar em exame ultrassonográfico que o baço, o fígado e demais órgãos da cavidade abdominal apresentavam-se também dentro da normalidade, sem nenhum tipo de alterações e ausência de massas tumorais, conforme é possível observar nas figuras 09 A e 09 B.

Figura 09: A) Baço em topografia habitual. Fonte: arquivo pessoal.

Figura 09: B) Fígado com dimensões normais e contornos regulares. Fonte: arquivo pessoal

As áreas cardíacas e pulmonares apresentaram-se normalizadas, sem evidências de metástases ou efusão pleural e pericárdica, conforme é possível observar nas imagens 10 A, 10 B e 10 C.

Figura 10: A) Radiografia torácica em projeção latero lateral direita. Fonte: arquivo pessoal

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Figura 10: B) Radiografia torácica em projeção látero-lateral esquerda. Fonte: arquivo pessoal

Figura 10: C) Radiografia de tórax em projeção ventro-dorsal. Fonte: arquivo pessoal.

Discussão:

De acordo com Schultheiss (2004), a etiologia do hemangiossarcoma ainda é desconhecida, no entanto relata-se a associação com a exposição solar e predisposição genética, raças de grande porte apresentam maior ocorrência dos casos, sendo o Pastor Alemão significativamente a mais acometida, porém, o animal relatado tratava-se de um cão sem raça definida e de porte médio.

Estão suscetíveis a esta doença cães de qualquer idade, porém a incidência é maior em cães de meia idade, entre oito a treze anos. Já a idade relatada do aparecimento dos tumores viscerais varia entre cinco a dezessete anos e os tumores não viscerais aparecem dos três aos dezessete anos (COUTO, 2001; FERRAZ et al, 2008; GABOR; VANDERSTICHEL, 2006; MOROZ; SCHWEIGERT, 2007). O animal citado no presente artigo encontrava-se com treze anos de idade, condizente com idade de incidência contida na literatura.

Os sinais clínicos do hemangiossarcoma

são inespecíficos e podem variar de acordo com a localização da neoplasia (FERRAZ et al., 2008), sendo assim, o tumor cutâneo localizado na membrana nictitante do cão relatado apresentava nóduos de consistência mole e cor avermelhada, o que condiz com Freire (2009).

Foi possível observar que o nódulo de hemangiossarcoma presente na membrana nictitante do olho esquerdo do paciente tinha aspecto ulcerado, no entanto Schulteiss (2004) relata que usualmente não ocorrem ulcerações nos nódulos de hemangiossarcoma.

De acordo com Faganello (2013), os tumores de terceira pálpebra em cães são raros e pouco relatados, em consonância com o caso citado, o qual apresentou tumor na região da terceira pálpebra.

Segundo Freire (2009), o diagnóstico do hemangiossarcoma se baseia nas suspeitas com base em raça, idade, sinais clínicos, história e exame físico do animal, exames complementares podem fornecer um apoio adicional, os quais incluem hemograma completo, perfil bioquímico sérico, abdominocentese, urinálise, coagulograma, radiografias torácicas e abdominais, ultra-sonografia abdominal e citologia, portanto, foram observados os sinais clínicos e exame físico do animal, além de exames complementares, como hemograma completo, perfil bioquímico e exame histopatológico.

De acordo com Ferraz et al (2008), o diagnóstico definitivo é obtido a partir de exame histopatológico, portanto, faz-se necessária a realização de biópsia ou excisão do tumor primário ou metastático, contudo se a avaliação histopatológica não se mostrar suficiente, deve-se recorrer ao exame imunohistoquímico. No caso descrito, o exame histopatológico foi conclusivo.

A avaliação histopatológica realizada com o tecido encaminhado ao laboratório evidenciou a proliferação de células endoteliais anaplásicas apresentando nucléolo evidente, relação núcleo/citoplasma elevada. O que condiz com Popp (1990), o qual cita que as células neoplásicas possuem uma alta relação núcleo citoplasma e parecem células poligonais ou células estrelares.

De acordo com Couto (2001), anemia, trombocitopenia, leucocitose com neutrofilia e monocitose são algumas das anormalidades hematológicas encontradas em cães com hemangiossarcoma. Com relação aos exames laboratoriais, o hemograma completo do paciente relatado com hemangiossarcoma na membrana nicitante apresentou trombocitopenia condizendo com o descrito.

Withrow (2001) relata que além de exames laboratoriais pré-cirúrgicos rotineiros, como hemograma completo, avaliação bioquímica

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hepática e renal, é importante a realização de um coagulograma devido à possível ocorrência de CID (Coagulação Intravascular Disseminada). O exame de coagulograma, no entanto não foi realizado.

Durante o procedimento cirúrgico, foi realizada a remoção parcial da membrana nictitante, no entanto, a cartilagem e a glândula lacrimal foram preservadas, conforme descrito por Slatter (2005), que afirma que essas estruturas quando preservadas aumentam a chance de cura estética e funcional da membrana.

De acordo com Macewen (2001), o tratamento para hemangiossarcoma é a remoção cirúrgica do tumor, no procedimento cirúrgico deve ser respeitada uma margem de segurança de dois a três centímetros em todos os sentidos ao redor do tumor para que haja remoção total da neoplasia nos tecidos envolvidos, porém, a remoção cirúrgica em questão, teve uma margem de segurança menor, devido ao tamanho da membrana nictitante e a necessidade de preservar a cartilagem e a glândula. No entanto, de acordo com o resultado do exame histopatológico as margens cirúrgicas apresentaram-se livres de células neoplásicas.

De acordo com Aquino (2007), os princípios básicos da cirurgia oncológica devem ser levados em consideração, incluindo ressecção completa do tecido afetado, com uma manipulação mínima de tecido saudável adjacente, o que foi feito no procedimento relatado.

Segundo Bulakowski et al. (2008), o tratamento de excisão cirúrgica pode ser associado à quimioterapia com doxorrubicina. Em casos de neoplasias presentes apenas na derme, pode-se realizar apenas a excisão cirúrgica com prognóstico bom, mas em neoplasias subcutâneas com envolvimento de musculatura, onde muitas vezes não é possível realizar completa excisão, há a necessidade de associação com quimioterapia. No caso do presente relato, houve retirada total do tumor, no entanto, a quimioterapia também foi indicada por segurança, uma vez que de acordo com Ferraz (2008) pelo hemangiossarcoma se tratar de um câncer altamente agressivo e com alto índice de metástases, a quimioterapia é sempre indicada em complementação ao procedimento cirúrgico.

Protocolos baseados no uso de doxorrubicina sozinha ou em associação a outros medicamentos quimioterápicos, como a vincristina, ciclofosfamida e metotrexato, são os mais utilizados, a associação de doxorrubicina com vincristina e ciclofosfamida é denominada como protocolo VAC (RODARSKI, 2004). Ferraz, et al (2008), recomenda neste protocolo as dosagens de 25 mg/m2 de doxorrubicina EV (via endovenosa), 0,7 mg/m2 de vincristina por via endovenosa (EV) e 50 mg/m2 de ciclofosfamida por via oral (VO).

Segundo Lawall (2008) para as neoplasias cutâneas, o tratamento cirúrgico com excisão completa é considerado curativo, o que não condiz com o caso relatado, onde após determinado tempo o animal apresentou recidiva metastática.

Os tumores viscerais apresentam prognóstico de reservado à ruim, devido ao seu diagnóstico muitas vezes tardio, a grande incidência de metástases, invasão tecidual e alterações bioquímicas no período do diagnóstico. Para os tumores cutâneos o prognóstico é bom dependendo do diagnóstico precoce e o não envolvimento de tecidos adjacentes (COUTO, 2001; FANKHAUSER et al., 2004; FERRAZ et al., 2008; WILLARD, 2001), o que pôde ser observado no animal relatado, que devido ao não envolvimento dos tecidos adjacentes, o animal segue apresentando prognóstico favorável. Conclusão:

Observou-se que a retirada cirúrgica do tumor cutâneo presente na membrana nictitante foi eficaz, levando em consideração que não ocorreu recidiva local.

Porém, notou-se que o tratamento de excisão cirúrgica realizado no animal relatado, não foi suficiente para cura do hemangiossarcoma, tendo em vista a confirmação da recidiva metastática do tumor meses após sua retirada, apresentando nódulos pela superfície cutânea.

Portanto, ressaltamos a importância de associar o diagnóstico precoce à excisão cirúrgica e à quimioterapia para o tratamento eficaz do hemangiossarcoma cutâneo canino, pois como podemos observar, o problema pode não ser completamente resolvido apenas através da retirada cirúrgica. Agradecimento 1:

Agradeço a Deus, pela oportunidade, pela força e pela confiança a mim depositadas, por ter sido meu sustento e meu refúgio, por estar à frente de tudo em minha vida e preparar os meus caminhos.

À minha família, em especial a minha mãe Ester, e ao meu pai Gérson, pelo esforço em me ajudarem ao alcançar esse objetivo, por sempre priorizarem os meus estudos, pelo amor incondicional e por estarem sempre ao meu lado. Ao meu irmão Thales, por todo o carinho e preocupação.

Ao meu filho Davi, amor da minha vida, presente que me foi dado durante esta graduação e que é o motivo de todo meu esforço e dedicação, que me entende, me acompanha e é o meu melhor amigo.

Ao meu companheiro Arão, por sua paciência, por me entender, me escutar e estar sempre disposto a me ajudar, por toda sua preocupação e por seu esforço contínuo em me fazer feliz.

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A minha parceira de TCC Priscila, por ter dividido comigo as emoções, medo, insegurança e mil sentimentos que passamos juntas durante este período, por ter me ajudado e ensinado tanto, agradeço a Deus pela sua amizade!

Aos meus colegas de turma, que foram motivos de tantas risadas e companheirismo durante esses anos, em especial à Soraia, que além de amiga foi uma irmã, cuidou de mim, me escutou, sempre esteve presente e passou por boas situações ao meu lado. À Alessandra por dividir confidencias comigo, por estar todos os dias ao meu lado, e por me fazer dar boas risadas.

Ao Unidesc, professores e colaboradores que durante o curso me ensinaram e me motivaram, em especial a professora Edilaine pela sua competência, iniciativa e dedicação com os alunos, a professora Roseni pela sua compreensão e carinho em um momento tão difícil, e à professora Carol Lavocat pela ajuda, confiança e por acreditar no nosso trabalho.

A todos aqueles que direta ou indiretamente colaboraram com a minha formação, gratidão!

Agatha Ester Guedes de Melo

Agradecimento 2: Agradeço a Deus que com sua infinita

bondade me presenteou com este curso que me leva a uma profissão tão prodigiosa e afável e que esteve sempre ao meu lado durante toda esta caminhada, sendo lâmpada para os meus pés e luz para os meus caminhos.

Reconheço e congratulo o UNIDESC, juntamente com seu corpo diretor e docente sempre empenhado em nos transmitir com toda sua mestria as melhores instruções para nossa vida, salientando a oportunidade dispensada a nós alunos, em participarmos da reativação do HOVET (Hospital Veterinário), relevando os desafios sugeridos pela professora Edilaine. Levanto um agradecimento especial também, à professora Roseni que com todo seu cuidado, respeito e competência exerceu sua atribuição nos momentos mais difíceis dessa jornada, o qual se fez necessária a resolução de problemas quase insolúveis.

Quero expressar minha gratidão aos meus pais César e Cleonice, que sempre me apoiaram nas minhas decisões e escolhas, particularmente à minha mãe que sempre me mostrou que eu era capaz de lutar e alcançar aquilo que almejava. Aos meus familiares, irmãos е sobrinhos, que nоs momentos dе minha ausência dedicados ао estudo superior, sеmprе fizeram entender qυе о futuro é feito а partir dа constante dedicação nо presente! Em especial ao meu marido Carlos Jalan, que esteve ao meu lado durante todo esse processo me apoiando e instigando a alçar altos vôos.

Externo também minha gratidão e reconhecimento aos amigos Celina, Rafael e Elizângela, veterinários da Reino Animal, os quais

me ensinaram e me deram oportunidades de agregar conhecimentos à minha vida profissional. Além dos amigos de caminhada, onde cada um tem seu lugar especial em minha vida, mas saliento a importância da minha amiga e companheira de TCC, Agatha Ester que esteve ao meu lado, driblando as dificuldades e fortalecendo minha confiança para continuar em frente. À amiga Soraia Vieira, com a qual construí uma história de amizade e confiança que veio a somar em minha vida, enfim, agradeço a esses companheiros dе trabalhos е irmãos nа amizade qυе fizeram parte dа minha formação е qυе vão continuar presentes еm minha vida cоm certeza.

A nossa orientadora Carol Lavocat, pelo suporte nо pouco tempo qυе lhe coube, pelas suas correções е incentivos e a todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа minha formação, о mеυ muito obrigado!

Priscila de Sá Gomes Paes Landim

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