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CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA João Bolognesi Conjunção 1 CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA MATERIAL 9 - CONJUNÇÃO PROF. JOÃO BOLOGNESI 2º SEMESTRE DE 2011

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CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA

MATERIAL 9 - CONJUNÇÃO

PROF. JOÃO BOLOGNESI

2º SEMESTRE DE 2011

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CONJUNÇÃO

As orações, quando postas lado a lado, necessitam de um “intermediador” que explicite os valores semânticos dessa justaposição. A conjunção, portanto, é uma palavra que liga as orações e carrega em si um significado, como o de conclusão, tempo, condição, causa, finalidade, oposição, etc. As conjunções são classificadas em coordenativas e subordinativas:

– conjunções coordenativas

. aditiva: e, nem, mas também, como também, bem como

. alternativa: ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, já...já, nem...nem

. adversativa: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto

. explicativa: pois, que, porque, porquanto

. conclusiva: portanto, logo, pois (deslocada), então, assim

– conjunções subordinativas:

. causal - porque, porquanto, como (= porque), já que, uma vez que, visto que, dado que, tanto mais que, na medida em que

. comparativa - que e do que (antecedidos por mais, menos, maior, menor, melhor, pior), qual (depois de tal), como

. concessiva - embora, conquanto, posto que, ainda que, apesar de que, mesmo que, nem que, se bem que, por mais que, por muito que, por menos que, não obstante

. condicional - se, caso, contanto que, a não ser que, sem que, salvo se, exceto se, a menos que, desde que

. conformativa - conforme, como (= conforme), segundo, consoante

. consecutiva - que (antecedido por tal, tanto, tão, tamanho), de modo que, de sorte que, de maneira que, a tal ponto que

. final - a fim de que, para que

. proporcional - à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais.(tanto mais)

. temporal - quando, sempre que, logo que, antes que, depois que, assim que, enquanto, mal, todas as vezes que, cada vez que, até que, desde que

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OBSERVAÇÕES

a) Muitas vezes, troca-se o uso simples da conjunção “e” pela correlação “não só...como também” ou “não só... mas também”, o que torna a frase mais enfática. Observe e compare:

Ele falou e agiu. Ele não só falou, como também agiu. Ele não só falou, mas também agiu.

b) A maioria das conjunções coordenativas (porém, contudo, entretanto, todavia, pois, portanto) foi no passado usada com valor adverbial, mas hoje é pacífico classificá-las de conjunção. Apesar disso, carregam consigo uma característica bem adverbial: a de deslocar-se na oração:

Ele saiu, porém voltará logo. Ele saiu, voltará, porém, logo. Ele saiu, voltará logo, porém.

Tal fato não acontece com as conjunções coordenativas e, nem, ou, mas, já que elas sempre atuam abrindo a frase (no lugar natural das conjunções) e não permitem deslocamentos.

Com essa noção, pode-se perceber que palavras como então, assim, por conseguinte, não obstante, por isso, entre outras, têm valor adverbial, mas, na prática, também funcionam como conectivos, fato que leva muitos estudiosos a uma classificação vacilante.

c) A conjunção “pois” pode ter valor explicativo ou conclusivo, dependendo do lugar em que é usada. São duas possibilidades:

. abrindo a oração, o valor é explicativo: Resolveu-se a falha, pois (= porque) eles agiram com rapidez.

. deslocada na oração, o valor é conclusivo: O rapaz tinha vivido lá, ele, pois, (= portanto) sabia do risco.

d) A expressão “uma vez que” tem valor causal ou condicional:

. causal: Ele pagará todas as dívidas, uma vez que (= porque) conseguiu um empréstimo.

. condicional: Não haverá prejuízo ao cliente, uma vez que (= desde que) não se alterem os juros.

e) A locução conjuntiva “desde que” tem valor temporal ou condicional:

. temporal: Ele sentiu fortes dores lombares, desde que resolveu começar a trabalhar.

. condicional: Todos sairão satisfeitos, desde que conservem a mesma posição de hoje.

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f) Cuidado com os vários sentidos da palavra “como”:

. causal: Como (= porque) conhecia o local, ele foi à frente de todos.

. conformativo: A beleza da vida existe como (= conforme) cada um a olha.

. comparativo: Ele agia como (= tal qual) um estrangeiro.

Note que, quando a conjunção “como” é causal, a oração que ela introduz sempre virá antes da oração principal. Além disso, a palavra como é classificada preposição acidental e recebe o sentido de “na qualidade de” (Lula, como presidente do Brasil, tem feito...) e “a exemplo de” (Os grandes animais, como o elefante, foram atacados).

g) A conjunção “embora” sempre introduz uma oração desenvolvida, ou seja, deve o verbo estar conjugado; jamais, portanto, na forma de oração reduzida de gerúndio:

. errado: Embora gostando das soluções citadas, decidiu-se que o projeto deve ser ampliado.

. correto: Embora se goste das soluções citadas, decidiu-se que o projeto deve ser ampliado.

h) Atente-se às possibilidades de uso:

. à medida que: indica proporcionalidade e equivale-se a à proporção que, ao mesmo tempo que;

Ele nos pagou à medida que novas vendas foras feitas.

. na medida em que: expressa causa e equivale-se a tendo em vista que, pelo fato de que.

Ele pagará a dívida na medida em que assumiu isso.

Não existe a locução à medida em que nem na medida que. Em prova, tais expressões são muito comuns.

i) Observe as diferenças:

. conquanto: expressa concessão e equivale-se a ainda que, embora, não obstante;

Lutaremos juntos até o fim conquanto (= ainda que) haja alguns poucos adversários.

. porquanto: expressa causa e tem valor semântico idêntico a porque, uma vez que, visto que;

Ele não se preocupa com a praga porquanto (= porque) ela ainda não ataca a plantação.

. contanto que: expressa condição e tem valor semântico idêntico a desde que, se, caso.

Eles têm grande chance de vencer contanto que (= desde que) saibam ser pacientes.

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ERROS E PROIBIÇÕES

a) As expressões vez que e de vez que são condenadas pelos gramáticos. Evite-as, substituindo por outra expressão com ideia de causa (uma vez que, porque, já que, visto que, porquanto).

b) Na introdução de causas, a expressão eis que não é abonada pelos gramáticos. Ela só é válida para indicar algo que ocorre subitamente, de forma imprevista: Eis que eles entraram a correr. Eis que apareceu a solução.

c) A expressão posto que é usada indevidamente como causal. O uso adequado de “posto que” está relacionado à ideia de concessão e se equivale a “embora, ainda que, apesar de que” (A prova, posto que fosse difícil, foi feita por todos.). Para introduzir uma causa, mantenha o uso das expressões que não geram protestos: uma vez que, porque, já que, visto que, etc.

d) A conjunção nem (quando se equivale a e não) possui valor de adição e traz a ideia de negação. Nesse contexto, não use e nem. Use: “Ele não veio nem nos avisou a razão da falta”.

inadequado: “O costume não cria e nem revoga norma penal.”

adequado: “O costume não cria nem revoga norma penal.”

e) Não se deve usar enquanto que. A conjunção temporal, que indica simultaneidade, é simplesmente enquanto.

f) Não use a forma no entretanto. Temos duas opções: no entanto ou entretanto. Misturá-las é o que gera a falha. Também não se devem usar na mesma oração duas conjunções adversativas, em frases como: “Saíram, mas voltarão, no entanto, em breve”. Ou use uma –Saíram, mas voltarão em breve– ou a outra –Saíram, no entanto voltarão em breve.

g) Em frases como “Se caso ele viesse”, houve aí acúmulo de conjunções condicionais. Basta uma delas. Dessa forma, se caso introduzindo a mesma oração é redundância, é excesso. Use uma –Se ele viesse– ou a outra –Caso ele viesse.

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EXERCÍCIOS CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

01. (FCC) “Em princípio, o complô supõe uma conjuração e é ilegal porque secreto; sua ameaça implícita não deve ser atribuída à simples periculosidade de seus métodos, mas ao caráter clandestino de sua organização.”

A alteração “mas” por “e sim” mantém o trecho correto.

02. (ESAF) “Eles tentaram se libertar do pesadelo derivado de um dado histórico inequívoco: a voragem exterminista e genocida do capital e do capital financeiro em primeiríssimo lugar. E fracassaram.”

A conjunção “E” pode ser substituída, sem prejuízo para a correção gramatical do período e para o sentido do texto, por “Mas”.

03. (VUNESP) Assinale a alternativa em que a substituição das palavras destacadas no trecho mostra-se adequada ao sentido do original.

Uma simples arqueologia dos fatos pode dar a impressão de que esta é uma geração falida, pois ambicionou uma revolução total e não conseguiu mais do que uma revolução cultural.

a) portanto; também. c) porém; no entanto. e) já que; contanto que.

b) por que; nem. d) porque; mas.

04. (VUNESP) “Destes últimos, porém, mais da metade acabou financiando a repressão...”

Sem que haja alteração de sentido e de posição na frase, a conjunção “porém” pode ser substituída por:

a) contudo ou pois. c) portanto ou contudo. e) logo ou contudo.

b) mas ou todavia. d) contudo ou entretanto.

05. (CESPE) “Você pode até ter a certidão de nascimento de outra pessoa, mas, quando tentar tirar a carteira por ela, a comparação das impressões digitais vai revelar quem é você.”

A palavra “mas”, no texto, tem sentido semelhante ao expresso pelo conectivo “e” no seguinte período: Assinou o documento, e se esqueceu de levá-lo.

06. (CESPE) “Qualquer decisão nesse sentido, porém, deve levar em conta um fato da natureza: ninguém pode evitar completamente situações estressantes.”

Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical ao substituir “porém” por “mas”.

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07. (CESPE) “Por ironia, as notícias mais freqüentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante escalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação humana.”

O termo “mas” corresponde a qualquer um dos seguintes: “todavia”, “entretanto”, “no entanto”, “conquanto”.

08. (ESAF) “Mas o conceito de responsabilidade social das empresas, enquanto relacionamento das organizações com a comunidade e com a sociedade, é muito mais amplo”

Haverá prejuízo para a correção gramatical e alteração no sentido do período, caso a conjunção “Mas” seja substituída por qualquer uma das seguintes: Contudo, No entanto, Todavia.

09. (CESPE) “Este precisa, pois, adotar uma postura crítica como intérprete do direito, de forma a aproximar lei e direito, segurança jurídica e justiça, pugnando pela redução das desigualdades sociais”

Mantêm-se as relações sintático-semânticas ao se substituir o vocábulo “pois” por “logo”.

10. (FCC) “Portanto, era necessário criar regras específicas”. O sentido que a conjunção grifada acima introduz no contexto é o de a) temporalidade, que caracteriza as ações humanas na época abordada. b) restrição, acerca da época em que tais fatos ocorreram. c) condição, que vai justificar determinadas ações dos homens nessa época. d) causa, que determina certo tipo de comportamento da humanidade. e) conclusão, adequada e coerente, diante da situação exposta.

11. (FCC) O conetivo portanto, em “Assim como em qualquer outra manifestação artística, portanto, o livro que esteve sob ameaça de censura precisa ter seu conteúdo contextualizado”, pode ser substituído, sem alteração de sentido, por

a) porquanto b) entretanto c) no entanto d) então e) conquanto

12. (FCC) Não foi, assim, uma integração por imposição hegemônica... A palavra grifada acima estabelece a noção de ......, com o sentido de ...... . As lacunas estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por:

a) conclusão – portanto c) finalidade - para que e) restrição - porém

b) tempo - desde que d) comparação - desse modo

13. (CESPE) Com o deslocamento da conjunção “pois” para o início da oração “Escrevi, pois, toda a minha vida poemas, narrativas, contos, tratados, ensaios”, com os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas, preserva-se o sentido original do período.

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CONJUNÇÃO CONCESSIVA

14. (ESAF) “Para esses pensadores, o Estado seria o apogeu do desenvolvimento moral, substituiria a família, e com o direito produzido, racional, imparcial e justo, substituiria a consciência ética dos indivíduos, que, embora retificadora da ação humana, se revelaria, na prática, inviável, por ser incoercível.”(Oscar d’Alva e Souza Filho)

O termo “embora” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser substituído por conquanto.

15. (ESAF) “Embora não tenha o CPF cancelado agora, sua situação será considerada irregular.”

Mantêm-se as relações semânticas e a correção gramatical ao substituir “Embora” por “Apesar de”.

16. (CESPE) “Apesar de ter sido um procedimento desconfortante, me senti acolhida por este profissional.”

O elemento de coesão “Apesar de” pode ser substituído pelo equivalente “Embora”, desde que sejam feitos os ajustes necessários na forma verbal.

17. (CESPE) Em “já que eles são digeridos mais lentamente”, o trecho tem o mesmo sentido de “embora eles sejam”.

18. (CESPE) “A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo.”

No texto, o conector “conquanto” estabelece entre as orações que liga uma relação lógica de:

a) oposição b) explicação c) causa/conseqüência d) condição e) finalidade

19. (FCC) “–mesmo que alguns tenham se recusado a acreditar–“

A frase isolada pelos travessões denota, considerando-se o contexto,

a) condição. b) conclusão. c) finalidade. d) proporcionalidade. e) ressalva.

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20. (CESPE) “Embora acometa indivíduos vulneráveis em todas as classes sociais, é nos bairros pobres que ela se torna epidêmica.”

Pelos sentidos do texto, ao se substituir “Embora” por “Conquanto”, mantém-se a mesma relação sintático/semântica e a correção gramatical do período.

21. (CESPE) O trecho “mas muita gente reclama das carroças que atrapalham o trânsito” poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: “embora muita gente reclama das carroças que atrapalham o trânsito”.

22. (CESPE) “Embora nem todas as manifestações psicológicas sejam evidentes, são constantes e afetam nossa conduta.”

A relação que a oração subordinada iniciada por “Embora” mantém com a oração principal do mesmo período sintático permite substituir-se essa conjunção por uma locução de valor semântico correspondente: Apesar de.

23. (FCC) Mal sugeria imagem de vida

(Embora a figura chorasse).

É correto afirmar que a frase entre parênteses tem sentido

a) adversativo. b) concessivo. c) conclusivo. d) condicional. e) temporal.

24. (CESPE) “Apesar de a questão nacional ter voltado, pelo menos desde os anos 80, a estar presente no centro dos debates nas ciências sociais, para a maioria dos historiadores do nosso século, a nação se constitui mais em um dado do que em um problema, quase como uma base natural da história a ser estudada.”

Preservam-se a coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao se substituir “Apesar de” por “Embora”.

25. (CESPE) “Embora os experimentos mostrem a importância do pensamento racional, será um equívoco concluir que a mente do investidor é pura objetividade.”

Preserva-se a coerência textual e respeitam-se as normas gramaticais, ao se substituir “Embora” por “Apesar de”.

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CONJUNÇÃO CAUSAL

26. (FCC) Na frase “Entre outras razões, porque se sabe as novas instruções produzidas por essa área de pesquisa podem provocar radicais transformações”, altera-se o sentido original, substituindo-se o termo grifado por: a) visto que b) porquanto c) conquanto d) dado que e) uma vez que.

27. (ESAF) Assinale a opção que não preenche corretamente a lacuna do texto.

Outra medida que promove a pequena e média empresa brasileira é a instalação pela Agência de Promoção de Exportações do Brasil – APEX de um centro de distribuição de produtos nacionais, em Miami, Estados Unidos. O centro tem espaço para armazenagem de produtos, um showroom e um escritório comercial e administrativo. As empresas podem ficar instaladas por um período de 12 a 18 meses para a consolidação de seus produtos no mercado, ____________a ideia é reduzir a distância entre as empresas e seus clientes estrangeiros. O próximo centro será instalado na Alemanha no segundo semestre deste ano.

a) uma vez que b) porquanto c) pois d) conquanto e) já que

28. (CESPE) “O decreto pune os bons contribuintes, deles retirando qualquer garantia, visto que sempre dependerão de humores da fiscalização.”

A expressão “visto que” pode ser corretamente substituída por “porquanto”, mantendo-se a correção sintática e semântica do período.

29. (ESAF) “A ciência moderna desestruturou saberes tradicionais, e seu paradigma mecanicista...levou a razão humana aos limites da perplexidade, porquanto a fragmentação do conhecimento em pequenos redutos fechados se afasta progressivamente da visão do conjunto.”

Ao se substituir a conjunção “porquanto” pela conjunção “porque”, as relações sintáticas e semânticas do período são mantidas.

30. (ESAF) “Vale ressaltar que a água de qualidade também é um fator de exclusão social, uma vez que a população de baixa renda dificilmente tem condições de comprar água de qualidade para beber;”

Estaria gramaticalmente correta a substituição de “uma vez que” por “porquanto”.

31. (CESPE) “Embora todos os parentes estivessem dispersos, ali nasceu o tronco da família.”

A conjunção “Embora” pode ser substituída por “Porquanto”, sem que seja alterado o sentido do texto ou prejudicada a sua correção gramatical.

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32. (CESPE) “Os dados de escolaridade do TSE são uma estimativa, já que foram fornecidos pelos eleitores no momento em que eles tiraram o título e só serão atualizados caso ocorra uma revisão do cadastro.”

A substituição da locução “já que” por “se bem que” ou por “ainda que” não alteraria o sentido do texto nem prejudicaria a sua correção gramatical.

33. (CESPE) “O início das operações do primeiro Banco do Brasil, em 1809, pode ser considerado um marco fundamental na história monetária do Brasil e de Portugal, não só por ter sido a primeira instituição bancária portuguesa, mas também por representar uma mudança significativa no meio circulante do Brasil, já que houve emissão de notas bancárias.”

Mantêm-se a correção gramatical e o sentido do texto ao se substituir a conjunção “já que” por uma das seguintes: pois, porquanto, visto que, uma vez que.

34. (CESPE) “O carro elétrico não faz barulho nem polui a atmosfera, já que não emite gás carbônico ou qualquer outra substância química.”

A expressão “já que” pode ser corretamente substituída por “porque”.

35. (CESPE) “Quanto a mercado interno, as expectativas das indústrias não se modificaram. Mas isso não é um mau sinal, pois elas já eram francamente otimistas.”

O termo “pois” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser substituído por qualquer um dos seguintes termos ou expressões: porque, visto que, porquanto.

36. (FCC) Pode-se substituir o elemento sublinhado pelo que está entre parênteses, sem prejuízo para a correção e o sentido da frase, na seguinte caso:

O fim justificaria todos os meios extremos, já que o fim é uma humanidade "melhor". (porquanto)

37. (CESPE) “Por princípio, todo o sistema de comunicação deveria ser público, uma vez que a sua missão é prestar um serviço público.”

Seria mantida a relação sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período do texto ao se substituir “uma vez que” por qualquer um dos termos a seguir: porque,porquanto, já que, visto que, conquanto.

38. (CESPE) “Os governos não avançam em políticas públicas de reinserção porque a sociedade ainda vê com preconceito essa alternativa.”

O vocábulo “porque” pode ser substituído pela expressão “já que”, sem prejuízo para a relação de causa e consequência existente entre as orações nem para a correção gramatical do período.

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CONJUNÇÃO CONDICIONAL

39. (CESPE) Se nada for feito para conter o processo, a vulnerabilidade da caatinga ameaça prejudicar a recuperação da economia nordestina verificada nos últimos anos.

A coerência, a correção gramatical e o sentido original do texto acima serão mantidos caso se substitua o trecho “Se nada” por “Caso nada”.

40. (CESPE) “Caso a população, porém, se sinta apenas punida ou obrigada a uma atitude, e não parte da comunidade, os benefícios não se tornarão duradouros”

A substituição de “Caso” pela conjunção “Se” preservaria a correção gramatical da oração em que se insere, não demandaria outras modificações no trecho e respeitaria a função condicional dessa oração.

41. (CESPE) “Caso uma indústria lance uma grande concentração de poluentes na parte alta do rio, por exemplo, a coleta de uma amostra na parte baixa não será capaz de detectar o impacto.”

A substituição de “Caso” por “Se” mantém as ideias da frase e a correção gramatical.

42. (ESAF) “Acaso a sociedade contraia dívidas, os sócios só terão responsabilidade pela integralização de suas próprias quotas.”

Mantém-se a correção substituir “Acaso” por “Se caso”.

43. (ESAF) “Se houver comprovação do delito, a pena poderá variar.”

Mantém-se a correção gramatical e o significado da informação do período ao se substituir “Se houver” por “Caso haja”.

44. (ESAF) “No atual estágio da sociedade brasileira, se se deseja um regime democrático, não basta abolir a necessidade de bens básicos.”

É correto substituir o conectivo de valor condicional “se” por “caso”, resultando em: “caso se”.

45. (CESPE) “A bandeira não pode ficar exposta à noite, a não ser que esteja bem iluminada”.

A expressão “a não ser que” poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por “ainda que”.

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46. (CESPE) “Se os fumantes querem mesmo diminuir o risco de câncer e doenças, precisam é parar de fumar.”

Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso a palavra “Se” fosse substituída por “Caso”.

47. (CESPE) “Se nos apressarmos a dizer que o sujeito da memória é o eu, na primeira pessoa do singular, a noção de memória coletiva poderá apenas desempenhar o papel analógico, ou até mesmo de corpo estranho na fenomenologia da memória.”

Se a conjunção “Se” fosse substituída por “Caso”, deveria ser alterado o tempo e mantido o modo verbal empregado na oração condicional.

48. (CESPE) “...se observamos, em particular, o conjunto dos países periféricos, constatamos que aí a tendência é no sentido de excluir dezenove pessoas em vinte.”

É correta a substituição da conjunção condicional “se” pelas correlatas “caso” ou “desde que”.

49. (CESPE) “Ninguém compra ou vende um imóvel sem que essa transação seja imediatamente informada à Receita Federal”

A oração iniciada pelo termo “sem que” tem sentido condicional.

CONJUNÇÃO FINAL

50. (CESPE) “Toda nação comprometida com a democracia, no plano interno, deve zelar para que, também no plano externo, os processos decisórios sejam transparentes, legítimos, representativos.”

Preservam-se as relações semânticas, a coerência de argumentação e a correção gramatical do texto ao substituir “para que” por “a fim de”.

51. (CESPE) A oração “Para marcar o período de uma semana” inicia-se por uma preposição e indica a finalidade da realização da ação expressa pela oração seguinte.

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52. (CESPE) No trecho “Na Tailândia, tropas foram mobilizadas para conter a invasão aos campos de arroz”, o conector “para” estabelece uma relação de conseqüência entre as ações verbais das orações.

53. (CESPE) No período “Para preservar a instituição romana e a si próprio, Nero transferiu sua loucura para o suposto ato dos cristãos”, as palavras sublinhadas expressam circunstâncias adverbiais de finalidade.

CONJUNÇÃO COMPARATIVA

54. (ESAF) “Nenhuma instituição é mais relevante, para o movimento regular do mecanismo administrativo e político de um povo, do que a lei orçamentária.”

Se o “do” for eliminado, o texto permanece correto.

55. (ESAF) “Ninguém melhor do que Voltaire definiu a real essência da democracia.”

A eliminação do termo “do“ depois de “melhor” mantém a correção gramatical do período.

56. (CESPE) “Por outro lado, sua eficiência macroeconômica deixa muito a desejar, menos pela incapacidade das instituições do que pela persistência de incentivos adversos ao crescimento.”

Em “do que pela”, a eliminação de “do” prejudica a correção sintática do período.

57. (ESAF) “A defesa do contribuinte no Brasil é mais ampla do que em muitos países mais desenvolvidos.”

Pode-se eliminar o “do” da expressão “mais ampla do que” sem prejuízo gramatical para o período.

58. (CESPE) “O IBGE prevê para 2010 a segunda maior safra agrícola da história: 145,1 milhões de toneladas de grãos, volume 8,5% maior do que a de 2009.”

Prejudica-se a correção gramatical do período eliminando-se o “do” em “maior do que”.

59. (CESPE) “Para um país sem crítica, aquele texto chegava a ser uma boa surpresa, ainda que deixasse entrever mais o prazer do ataque que o lamento sincero de um estudioso honesto”

No trecho “mais o prazer do ataque que o lamento sincero de um estudioso honesto”, a substituição da conjunção “que” por “do que” manteria a correção gramatical da relação comparativa.

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CONJUNÇÃO CONSECUTIVA

60. (FGV) A oração cuja conjunção expressa valor de consequência é a:

a) Como chovesse, ele não pôde sair. c) Saí, embora chovesse. b) Choveu tanto, que fiquei em casa. d) Chove, desde que saí.

61. (VUNESP) Hoje o doente fica tão perdido que tem gente que vai a três médicos e toma os remédios que os três receitaram.

As conjunções grifadas estabelecem entre as orações, respectivamente, as idéias de

a) conseqüência e adição. c) conseqüência e restrição. e) modo e adição. b) causa e restrição. d) modo e causa.

62. (ESAF) “...estas palavras tanto se desgastaram pelo uso que, para torná-las novamente úteis, é preciso explicar o seu sentido em termos atualizados.”

A oração ‘que é preciso explicar o seu sentido em termos atualizados’ expressa consequência, sendo correto, portanto, substituir ‘que’ pelo conector ‘porquanto’.

63. (CESPE) “O número de trabalhadores na área científica vem aumentando com tal rapidez que estão, atualmente, em atividade 90% de todos os que, até hoje, se dedicaram à ciência.”

O trecho “O número de trabalhadores na área científica vem aumentando com tal rapidez que estão atualmente em atividade” expressa uma relação de causa e consequência.

64. (CESPE) ”Eles colocaram ratos em estado de animação suspensa, um tipo de hibernação no qual o organismo passa a funcionar de forma tão lenta que a necessidade de oxigênio das células se reduz drasticamente.“

A oração “que a necessidade de oxigênio das células se reduz drasticamente” expressa uma consequência em relação à oração anterior.

65. (FCC) Esse fenômeno é tão poderoso que se reconhece que vivemos uma revolução de software...

No segmento grafado acima identifica-se

a) uma restrição e sua conclusão imediata. d) uma hipótese provável, seguida de explicação. b) uma condição e o fato dela consequente. e) a causa evidente de um fato e sua consequência. c) uma explicação lógica, decorrente de uma causa.

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À MEDIDA QUE

66. (ESAF) Avalie a correção da frase.

O Estado que ganha impõe, na maioria dos casos, uma perda a algum ou alguns dos demais, à medida em que não se trata de um jogo de soma positiva.

67. (CESPE) “...esses dois conceitos perdem o contorno exato do seu significado, à medida que o trabalho de contaminação dos latino-americanos se afirma, se mostra mais e mais eficaz.”

A substituição da expressão “à medida que” por “na medida que” não implicaria prejuízo para o conteúdo semântico ou a correção gramatical do texto.

68. (CESPE) “Sua linguagem, sobre ser técnica, é científica, na medida em que as proposições descritivas que emite vêm carregadas da harmonia dos sistemas presididos pela lógica clássica”

As expressões “na medida em que” e “à medida em que” equivalem-se semanticamente e estão ambas corretas.

69. (ESAF) “À medida que a modernidade —ou a pós-modernidade— avança, novas facetas surgem.”

Ao se substituir “À medida que” por “À medida em que”, preservam-se as relações semânticas originais do período.

70. (ESAF) Avalie a correção da frase.

Isto significa que, à medida em que a educação e os padrões comportamentais de homens e de mulheres se alteram, a divisão sexual do trabalho e as relações entre os gêneros podem mudar.

71. (CESPE) “À medida que o réu se familiariza com o jargão jurídico, passa a usá-lo também, seja para causar boa impressão pessoal, seja para alegar conhecimento das leis.”

A expressão “À medida que” tem valor equivalente e por isso pode ser substituída, sem que se altere a correção gramatical do período, por qualquer uma das seguintes expressões: “À proporção que”, “Na proporção em que”, “Na medida em que”, “À medida em que”.

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72. (FCC) Avalie se a substituição conserva o sentido e a correção.

Apareciam as detestáveis hienas, “rindo” enquanto comiam os restos de algum pobre animal. (à medida em que devoravam os detritos)

73. (FCC) Avalie a correção da frase.

Na medida que se infantilizam os eleitores, e se trata uma realidade em preto e branco para ser mais inteligível, promovemos uma simplificação sem qualquer dúvida.

74. (FCC) Avalie a correção da frase.

Se não ocorresse tamanha abstenção dos valores da velhice, certamente os dotes da juventude seriam valorizados à medida em que fossem oportunos.

75. (CESPE) “Partilharia igualmente com ele a reflexão sobre a especificidade das condições históricas do país, na medida em que, já em “Os Sertões”, Euclides realizara um mapeamento de temas que se tornariam centrais na produção intelectual e artística do século XX.”

A substituição da expressão “na medida em que” por “à medida que” não traria prejuízo para o sentido do período em questão.

76. (CESPE) “No ano passado, a produção industrial cresceu 6%, enquanto o emprego aumentou 2,2% e o total de horas pagas pela indústria aumentou 1,8%.”

O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção gramatical e para as informações originais do período, ser substituído por qualquer um dos seguintes: “ao passo que”, “na medida que”, “conquanto”.

77. (FCC) Avalie a correção da frase.

Remontando ao dia da criação do cavalo, o autor o humaniza, à medida em que essa frase do texto parece sair da Bíblia.

78. (FGV) “Isso tem sua lógica, na medida em que essas sociedades se preocupam também com os custos, mas se acostumaram a lidar com dados sobre os quais quase nada é debatido por parte de nossos mandatários da esfera política.”

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Assinale a alternativa que poderia substituir a estrutura grifada, sem incorrer em alteração semântica.

a) à proporção que b) já que c) à medida que d) conforme e) ao ponto em que

COMO

79. (VUNESP) Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou.

A relação estabelecida pelo termo como é de

a) comparatividade b) adição c) conformidade d) explicação e) consequência

80. (VUNESP) “Como bem observou o filósofo Marcuse, o primeiro passo para um escravo conquistar sua liberdade é ele tomar consciência de que é escravo.”

A palavra “Como” pode ser substituída, sem alterações de sentido por:

a) conforme. b) tão. c) pois. d) entretanto. e) ainda

81. (CESPE) “Entregue para sua alma, ela resolve para você”. Como ele disse, aconteceu.

No trecho “Como ele disse, aconteceu”, a conjunção “como” estabelece uma comparação entre o que foi dito e o que aconteceu.

82. (ESAF) “Como o Estado tem o privilégio de impor ônus ao particular, e em prazos determinados, tanto mais deve agir com obediência a normas permanentes e conhecidas.”

O emprego da conjunção “Como”, de valor comparativo, no início da oração faz realçar o sujeito sintático, “o Estado”.

83. (FCC) Como metade da chuva na Amazônia é criada pela própria floresta, a destruição será rápida e irreversível.”

O segmento grifado aponta no texto a noção de

a) causa. b) condição. c) modo. d) temporalidade. e) proporcionalidade.

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84. (FCC) “Como é passível de comprovação, em toda a sociedade o ideário e as estruturas de poder desenvolvem-se dentro dos limites postos por determinados fatores básicos.”

Em “Como é passível de comprovação”, a conjunção introduz um dos termos de uma relação comparativa.

85. (CESPE) “Como a legislação no Brasil está atrasada, não existem leis específicas para crimes cometidos pela Internet.”

A palavra “como” pode ser corretamente substituída por “Conforme”.

86. (ESAF) “Observa-se, no dia-a-dia, que o contrabando já faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no suprimento da rede formal de comércio”

A substituição de “tanto...quanto” por “tanto...como” preserva a correção gramatical do período.

87. (CESPE) “linguagem. S.f. 1. o uso da palavra articulada ou escrita como meio de expressão e de comunicação entre as pessoas.”

No texto do verbete de dicionário, o valor de comparação da palavra “como” deixa subentender uma expressão mais complexa: assim como.

88. (CESPE) “Movemo-nos como peças de um relógio cansado.”

Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto, caso o vocábulo ‘como’ fosse substituído por “conforme”.

89. (FCC) “Como a economia dependia da agroexportação, o problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras aos portos marítimos.”

As duas afirmativas do período acima transcrito denotam relação de

a) conclusão e ressalva. c) causa e conseqüência. e) conseqüência e condição.

b) condição e finalidade. d) finalidade e conclusão.

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90. (VUNESP) Assinale a alternativa em que as expressões substituem, correta e respectivamente, no contexto, as palavras em destaque nas frases:

Um dos países onde a taxação parece perto de ocorrer é a Nova Zelândia... Como já se mencionou neste espaço, o País tem hoje um rebanho de mais de 200 milhões de cabeças, que cresce principalmente em áreas desmatadas da Amazônia.(...)

a) ...em que.../ Conforme... c) ...que.../ Porque... e) ...por onde.../ Mas...

b) ...no qual.../ Já que... d) ...o qual.../ Visto que...

91. (FCC) “Também entre os Gregos foi assim. Reveste, em parte, a forma de mandamentos, como honrar os deuses, honrar pai e mãe, respeitar os estrangeiros.”

O como foi empregado com o mesmo valor que adquire em “Explicou detalhadamente o modo como tratar os animais recém-nascidos”.

92. (FCC) “Como é passível de comprovação, em toda a sociedade o ideário e as estruturas de poder desenvolvem-se dentro dos limites postos por determinados fatores básicos, como o patrimônio genético, o meio geográfico ou o estado da técnica.”

Em “como o patrimônio genético”, o termo destacado equivale a “a exemplo de”.

93. (FGV) ““Como sempre tive muito interesse em estudar a América Latina, fui ficando.”

O vocábulo Como introduz ideia de:

a) causa. b) comparação. c) concessão. d) consequência. e) explicação.

94. (CESPE) A migração seria apoiada por um projeto de colonização, assegurando-se, a cada migrante, terra, assistência técnica para modificar o padrão da agricultura secularmente praticada, crédito rural orientado e infraestrutura social representada por equipamentos indispensáveis como escolas, postos de saúde, centros de lazer e clubes vicinais.

O termo “como” estabelece, no trecho, uma comparação.

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95. (FCC) As margens da agricultura são mínimas, então o produtor só consegue competir se tiver escala e tecnologia de ponta. Como faltam mecanismos para financiar a modernização, ele opta pela expansão da área, que é muito mais barata", explica. O segmento grifado acima a) estabelece relação de causa e consequência entre as duas afirmativas que o compõem. b) indica a finalidade que justifica a afirmativa anterior, acrescentando uma razão lógica para ela. c) se apóia em condição anterior necessária para a comprovação do sentido de todo o contexto. d) assinala proporcionalidade entre as duas afirmativas, pois a segunda somente se concretiza a partir do que foi dito na primeira. e) aponta para uma relação de tempo e espaço, necessária para a clareza e a compreensão do assunto desenvolvido.

QUESTÕES GERAIS

96. (FCC) Ainda assim, provavelmente não foi a captura para o consumo pelo homem o que selou o destino do dodô, pois sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos da perturbação humana.

Os elementos grifados na frase acima podem ser substituídos, sem prejuízo para o sentido e a correção, respectivamente, por: a) Contudo / não obstante. c) Em que pese isso / embora. e) Por isso / porquanto. b) Conquanto / por que. d) Apesar disso / visto que.

97. (CESPE) “A cunhagem de moedas na Colônia desenvolveu-se por meio da instalação, em Salvador, na Bahia, da Casa da Moeda, em fins do século XVII. No entanto, a prática de cunhagem no interior da Colônia não eliminou, no Brasil, as trocas realizadas por intermédio de moedas estrangeiras.”

Preservam-se a correção gramatical e o sentido do texto ao se substituir o termo “No entanto” por qualquer um dos seguintes: Porém, Contudo, Conquanto, Todavia, Entretanto.

98. (CESPE) “O ritmo é semelhante ao do desmatamento da Amazônia, com consequências graves, já que, nesse passo, a caatinga, cinco vezes menor, será consumida muito mais rapidamente.”

A coerência, a correção gramatical e o sentido original do texto acima serão mantidos caso se substitua o trecho “já que, nesse passo,” por “conquanto nessa velocidade”.

99. (CESPE) “Portanto certas ofertas, partindo de multinacionais capazes de concentrar capital suficiente para efetuá-las, selam o destino da vítima, assim como os desígnios de Deus determinaram o sacrifício do filho de Abraão.”

Dado o seu sentido explicativo, a conjunção “Portanto” poderia ser substituída pelo conector “Porquanto”, sem prejuízo da coerência do texto.

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CONJUNÇÃO INTEGRANTE

A classificação da conjunção integrante leva-nos a uma parte teórica (classificação das orações substantivas) e a outra prática (por exemplo, uso da vírgula e da preposição).

I – ORAÇÃO S. SUBSTANTIVA: COMO CLASSIFICÁ-LA

A oração exercerá uma função sintática que pode ser substituída por um substantivo. Inicia-se pelas conjunções integrantes “que” (quando há uma ideia de certeza) ou “se” (quando há uma ideia de dúvida, incerteza): Sabemos que ele virá. Não sabemos se ele virá.

Ao se trocar a oração substantiva pelo pronome “isto”, identifica-se a função sintática da oração.

O presidente percebeu que havia falhas.

O presidente percebeu isto. (percebeu isto = objeto direto, portanto a oração “que havia falhas” será uma objetiva direta)

Não sabíamos se ele viria.

Não sabíamos isto. (isto = objeto direto, portanto a oração “se ele viria” será uma objetiva direta)

Analisou-se que ele pode vir. Analisou-se isto. (isto = sujeito, portanto a oração “que ele pode vir” será uma subjetiva)

Fomos informado de que ele virá.

Fomos informado disto. (disto = objeto indireto, portanto a oração “que ele virá” será uma objetiva indireta)

Eis as características e alguns exemplos dos seis tipos:

a) oração subordinada substantiva subjetiva – no espaço da oração principal jamais se identificará um sujeito, pois esta função será cumprida pela oração seguinte; o verbo da oração principal sempre ficará no singular; na oração principal, há quatro estruturas:

– voz passiva analítica (ser + particípio: foi analisado, foi visto, será avisado, é sabido, é acertado, é permitido...)

Foi analisado que o Brasil cresceria este ano. Será avisado que todos devem estar identificados. or. principal or. sub. substantiva subjetiva or. principal or. sub. substantiva subjetiva

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– voz passiva sintética (VTD + SE: viu-se, não se observa, constata-se, analisou-se...)

Constata-se que ele tem condições para o trabalho. Viu-se que tudo foi só um mal-entendido. or. principal or. sub. substantiva subjetiva or. principal or. sub. substantiva subjetiva

– verbo de ligação + predicativo do sujeito (é bom, é certo, é necessário, é preciso, é verdade, é certeza)

É preciso que ele esteja aqui hoje. Será necessário que o governo assuma seus atos ilícitos. or. principal or. sub. substantiva subjetiva or. principal or. sub. substantiva subjetiva

– verbos unipessoais (parecer, constar, convir, ocorrer, urgir...)

Convém que ele entregue isso pessoalmente. Consta no documento que ela é solteira. or. principal or. sub. substantiva subjetiva or. principal or. sub. substantiva subjetiva

b) oração subordinada substantiva objetiva direta – na oração principal há o sujeito e o verbo transitivo é direto, portanto a oração subsequente faz o papel do objeto direto exigido pelo verbo da oração principal; uma das classificações mais recorrentes nas provas, pois como se nota, não deve vir preposicionada.

O músico afirmou que a inspiração vinha do cotidiano. Ele perguntou se você poderá vir até aqui. or. principal or. sub. substantiva objetiva direta or. Principal or. sub. substantiva objetiva direta

c) oração subordinada substantiva objetiva indireta – na oração principal, o verbo transitivo é indireto e a oração subsequente faz o papel do objeto indireto exigido pelo verbo da oração principal.

Ela não se esqueceu de que eu falara. Informamos o aluno de que a prova foi alterada. or. principal or. sub. substantiva objetiva indireta or. principal or. sub. substantiva objetiva indireta

* Nas orações objetivas indiretas, a preposição é sempre correta, mas no uso formal é muito comum a ausência dessa preposição:

Cremos que ele virá. Gostaria que você me ligasse. Concordo que isso não dará certo.

d) oração subordinada substantiva predicativa – na oração principal encontram-se o sujeito e o verbo ser, ou seja, falta o predicativo, função que a oração subsequente cumprirá.

A verdade é que o Brasil está melhorando. Nossa vontade era que você não viajasse sozinho. or. principal or. sub. substantiva predicativa or. principal or. sub. substantiva predicativa

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e) oração subordinada substantiva completiva nominal – na oração principal encontram-se um substantivo (ou, mais raramente, um adjetivo) e a oração subsequente faz o papel de complementá-lo; classificação extremamente recorrente em algumas provas devido ao uso da preposição.

Ele tinha certeza de que você seria o escolhido. Há a crença de que ele virá. or. principal or. sub. substantiva completiva nominal or. principal or. sub. substantiva completiva nominal

f) oração subordinada substantiva apositiva – é uma oração que funciona como aposto de algum termo da oração principal; sempre virá separada por vírgulas ou dois-pontos.

Saiba uma coisa boa: que você será promovido. Nunca fale isto: que ele não conseguirá vencer.

or. principal or. sub. substantiva completiva apositiva or. principal or. sub. substantiva completiva apositiva

* Nas orações apositivas, a conjunção integrante é geralmente omitida: Ele falou uma coisa: eu seria o escolhido.

EXERCÍCIOS

100. (FAPEU) Nas sentenças abaixo, marque com (1) o “que” relativo e com (2) o “que” integrante. A seguir, assinale a alternativa em que a sequência seja CORRETA.

( ) “Perto de dezoito meses passaram desde o dia em que cometeu o crime.”

( ) “... ainda menos compreendiam que não só não lembrasse de todos os objetos roubados, mas que até se enganasse no número.”

( ) “Como não se serviu do roubo, supôs-se, ou que o remorso o impedira disso, ou que as suas faculdades mentais não eram regulares quando praticou o crime.”

( ) “um homem pratica dois assassínios e esquece-se de que a porta está aberta!.”

( ) “O estado de doença e de pobreza em que se encontrava o réu antes do crime não podia oferecer dúvida nenhuma.”

a) 1 – 2 – 2 – 1 – 1 b) 1 – 2 – 2 – 2 – 1 c) 2 – 1 – 1 – 1 – 2 d) 2 – 1 – 1 – 2 – 2

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101. Avalie a correção dos trechos destacados.

a) (ESAF) Essa expressão pode induzir à suposição de que, confrontando-se povos com línguas diferentes (oriundas ou não da mesma genealogia), ocorra a fusão de duas línguas numa só.

b) (ESAF) De outra perspectiva, devemos considerar de que o resultado desse processo repercute mais diretamente na sociedade.

c) (ESAF) Somos levados a desconsiderar o fato de que o processo de educação se realiza tanto na escola quanto na sociedade.

d) (FCC) Todos podemos testemunhar de que é inútil tentar animar uma sociedade através de uma lengalenga de leis.

e) (ESAF) As teorias dos tratadistas da Escola Clássica fundamentavam-se em argumentos mais objetivos que os de Malthus, como a tese de que crescimento da população tende a diminuir os salários e a criar a pobreza.

f) (ESAF) A partir da segunda metade do século XVIII, foi cada vez maior o número de autores de estudos econômicos e sociais que se opunham à teoria de que o crescimento da população era vantajoso e de que o estado deveria fomentá-lo.

g) (ESAF) Os principais estudos e opiniões de que a população dependia dos meios de subsistência partiram principalmente da Inglaterra, França e Itália.

h) (ESAF) A primeira informação que recebemos é a de que o filme talvez não se refira ao sistema judiciário, comumente grafado como Justiça, mas a uma acepção mais genérica da palavra.

i) (FCC) Há necessidade de que todos os países obedeçam à moratória à caça comercial das baleias.

j) (FCC) É imprescindível esclarecer a população de que deve evitar exageros e acúmulo de atividades, em seu benefício.

k) (ESAF) Visando ao desenvolvimento de uma autonomia social e cultural, vários autores retomam uma tradição de pensamento que diz de que o moderno se forma nas cinzas do antigo e na luz que trouxe pelo novo.

l) (ESAF) Daí a conclusão que a Constituição deve refletir os fatores reais do poder.

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m) (ESAF) Existe a crença que a Lei Fundamental não é e não deve ser encarada como um subproduto mecanicamente derivado das relações de poder.

n) (ESAF) Torna-se evidente de que nossas reflexões estão situadas no contexto desta disputa.

o) (ESAF) Isso não tem nada a ver com aquela antiga e errada ideia que a Amazônia é o pulmão do mundo.

p) (ESAF) Cláudio Manuel da Costa asseverou de que o alferes era homem de tão fraco talento, que nunca serviria para tentar-se com ele um levante.

q) (ESAF) A estimativa é de que metade das empresas não declarou.

r) (ESAF) Pode-se argumentar de que a desvalorização do câmbio é um instrumento clássico da política econômica.

s) (ESAF) O convênio com empresas é de grande valia, inclusive durante a greve de Rodoviários, pois permite a que os usuários cheguem normalmente ao local de trabalho.

t) (FCC) São várias as opiniões de especialistas que deve haver maior qualificação da mão-de-obra para as exigências atuais do mercado.

u) (ESAF) A principal explicação para esse descompasso dentre o “micro” e o “macro” está no fato que a entrada de capital estrangeiro significou principalmente mudança de propriedade, mas nem sempre criação de nova capacidade produtiva.

v) (ESAF) Nessas condições surge a grande possibilidade que os estrategistas que buscam um caminho para o Brasil pensem pela primeira vez na nossa história, em um caminho brasileiro para o Brasil.

w) (ESAF) Um dos fatores mais importantes para assegurar o desenvolvimento do turismo é a garantia que o visitante estará em plena segurança.”

x) (ESAF) O argumento ético para a participação do estado é o que são atividades que envolvem direitos humanos fundamentais que qualquer sociedade deve garantir a seus cidadãos.

y) A pretensão do subchefe era a de que a expansão da microinformática se concretizasse.

z) (FCC) Um diploma universitário ou o ingresso no ensino superior não são garantias que os salários não se deteriorem de modo mais intenso nos períodos de crise.

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102. (ESAF) Uma das grandes ilusões da década dos 90 é que houve tal mudança na economia americana que precisamos de uma “nova teoria econômica” para explicá-la. Estaria também correto iniciar-se o texto assim: Uma das grandes ilusões da década dos 90 é a de que houve tal mudança...

103. (CESPE) “Dele é a constatação de que o homem é apenas o sonho de uma sombra.” Em “de que o homem” a preposição sublinhada é exigida pelas regras de regência do substantivo “constatação”.

104. (CESPE) “A hipótese de que as pessoas atingidas por qualquer dificuldade da vida tenham alguma responsabilidade, por menor que seja, por sua situação não é sequer considerada.” Mantém-se o respeito às regras da norma culta, ao se retirar do texto a preposição que antecede a conjunção em “de que”.

105. (CESPE) No trecho “A diferença é que aqui o tráfico controla territórios com armamento de guerra”, a oração introduzida por “que” complementa o sentido do nome “diferença”.

106. (FGV) “Mas o fato é que transparência deixou de ser um processo de observação cristalina para assumir um discurso de políticas de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase nada retratam as necessidades de populações distintas.” A oração grifada no trecho acima classifica-se como: a) subordinada substantiva predicativa. d) subordinada substantiva objetiva direta. b) subordinada adjetiva restritiva. e) subordinada adjetiva explicativa. c) subordinada substantiva subjetiva.

107. (CESPE) “Dondonim considera que o assistencialismo oficial prejudicou os índios.” O complemento da forma verbal “considera” consiste em uma oração.

108. (CESPE) “Sucede que o funcionário se defende apontando outro amigo.” A oração “que o funcionário se defende apontando outro amigo” exerce, no período, a função de complemento da forma verbal “sucede”.

109. (CESPE) “Um peixe, se tivesse consciência, provavelmente não se daria conta de que vive permanentemente na água. Nós raramente tomamos consciência de que vivemos imersos em uma grande camada de oxigênio.”

Nos segmentos “de que vive” e “de que vivemos”, o uso da preposição “de” é requerido pela regência do verbo “viver”.

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PALAVRA QUE CLASSIFICAÇÕES RELAVANTES

A palavra “que” traz variada classificação, porém observaremos alguns usos mais importantes.

Como conectivo, ocupa basicamente o papel de conjunção ou de pronome relativo e, ao seu redor, surgem muitas questões de concursos acerca do uso da preposição e da vírgula. Observe a descrição das possibilidades:

. pronome relativo QUE: substitui o antecedente, introduz as orações adjetivas e exerce função sintática na oração na qual ele introduz; é o mais importante:

Era novo o livro que li.

Leremos o livro de que todos gostam.

. conjunção integrante QUE: não tem significado e introduz as orações substantivas; nas provas, as questões tratam do preposicionamento:

Sei que você virá.

Confirmou-se que todos participarão.

. conjunção consecutiva QUE: a oração antecedente traz palavras como: tão, tanto, tamanho; nas provas, a principal exigência é saber classificar:

A construção estava tão bonita que todos a elogiaram.

Havia tanta gritaria que não o pudemos ouvir.

. conjunção comparativa QUE: a oração antecedente traz palavras como: mais, menos, maior, menor; nas provas, pergunta muito constante é sobre a possibilidade de inserir ou omitir o “do” antes de “que”, o que nas comparativas é completamente correto:

A ideia deu mais certa do que errada.

A ideia deu mais certa que errada.

. expressão de realce QUE: sua retirada em nada influi na frase; forma-se geralmente na expressão “é que”:

Um de vocês é que não fez a parte que lhe cabia

Nós é que faremos o serviço.

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EXERCÍCIOS 110. (CESPE) “A moralidade pública consiste em uma esfera de que todos os seres humanos participam, na medida em que cada sistema moral, a fim de revelar sua unilateralidade, precisa ser confrontado com outros. Segue-se a necessidade de que todos os seres humanos sejam incluídos no seu âmbito.”

Pelas relações gramaticais e semânticas do texto, é correto afirmar que a presença da preposição “de” nas duas ocorrências do termo “de que” é exigida, respectivamente, pela regência das palavras “esfera” e “necessidade”.

111. (FCC) Considere as afirmativas a seguir e assinale a resposta correta.

“Slaughter, que tem uma longa ficha criminal, já está preso por outro assassinato também ocorrido em 1986.” a) A função da conjunção “que” é ligar “Slaughter” a “tem uma longa...em 1986”.

“Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua pela morte de Quentzel, que era casado e pai de três filhos.” b) A conjunção “que” se refere a “era casado e pai de três filhos”.

“Mas Goodwin insistiu que fossem guardadas quatro pontas de cigarro encontradas durante a investigação do crime...” c) A função da conjunção “que” é ligar o verbo “insistiu” ao complemento verbal “fossem guardadas...do crime”.

“A retomada do caso resultou de uma iniciativa da viúva e um filho de Quentzel, que, em maio de 2007, contataram a promotoria pública” d) A função do pronome “que” é fazer referência somente a “um filho Quentzel”.

“A resolução do crime só foi possível graças à ampliação do banco de dados de DNA, que passou a exigir amostras de todos os condenados por crimes após 2006.” e) O pronome “que” refere-se à expressão “DNA”.

112. (CESPE) “A instituição que necessitar de prazo suplementar para a entrega da sua proposta deve enviar sua justificativa para o endereço acima indicado.”

“Ressaltamos que as instituições devem prosseguir, normalmente, sua programação de auto-avaliação”

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Nos trechos “que necessitar de prazo suplementar para a entrega da sua proposta” e “que as instituições devem prosseguir, normalmente, sua programação de auto-avaliação”, o termo que exerce a mesma função sintática.

113. (CESPE) “Foi na biblioteca do monastério, durante os estudos, que aprendeu e desenvolveu o domínio do latim — língua que o faria conhecido em toda a Europa.”

Caso a expressão “Foi... que” fosse retirada do período em que se insere, não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto, desde que feitas as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas, pois, de acordo com as normas da língua portuguesa, tal expressão não exerce função gramatical.

114. (FGV) É bom lembrar que a ciência cria modelos que descrevem a realidade; esses modelos não são a realidade, só nossas representações dela. As "verdades" que tanto admiramos são aproximações do que de fato ocorre.

As ocorrências do QUE no período acima classificam-se corretamente como

a) conjunção pronome relativo pronome relativo pronome relativo

b) conjunção pronome relativo conjunção conjunção

c) conjunção pronome relativo pronome relativo conjunção

d) pronome relativo conjunção pronome relativo conjunção

e) pronome relativo conjunção pronome relativo pronome relativo

115. (CESPE) “A sentença determina, entre outras medidas, que as penitenciárias somente acolham presos que residam em um raio de 200 km.”

“Segundo o juiz, as medidas que tomou são previstas pela Lei de Execução Penal.”

“Contudo, o governo estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça, sob a alegação de que, se os estabelecimentos penais não puderem receber mais presos, os juízes das varas de execuções não poderão julgar réus acusados de crimes violentos.”

As orações subordinadas “que as penitenciárias somente acolham presos”, “que tomou” e “que irá recorrer ao Tribunal de Justiça” desempenham a função de complemento do verbo.

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GABARITO

01. Correto

02. Correto

03. D

04. D

05. Correto

06. Errado

07. Errado

08. Correto

09. Correto

10. E

11. D

12. A

13. Errado

14. Correto

15. Errado

16. Correto

17. Errado

18. A

19. E

20. Correto

21. Errado

22. Errado

23. B

24. Errado

25. Errado

26. C

27. D

28. Correto

29. Correto

30. Correto

31. Errado

32. Errado

33. Correto

34. Correto

35. Correto

36. Correto

37. Errado

38. Correto

39. Errado

40. Errado

41. Errado

42. Errado

43. Correto

44. Errado

45. Errado

46. Errado

47. Correto

48. Errado

49. Correto

50. Errado

51. Correto

52. Errado

53. Errado

54. Correto

55. Correto

56. Errado

57. Correto

58. Errado

59. Correto

60. B

61. A

62. Errado

63. Correto

64. Correto

65. E

66. Errado

67. Errado

68. Errado

69. Errado

70. Errado

71. Errado

72. Errado

73. Errado

74. Errado

75. Errado

76. Errado

77. Errado

78. B

79. C

80. A

81. Errado

82. Errado

83. A

84. Errado

85. Errado

86. Correto

87. Errado

88. Errado

89. C

90. A

91. Errado

92. Correto

93. A

94. Errado

95. A

96. D

97. Errado

98. Errado

99. Errado

100. B

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101. a) correto b) errado (“considerar que”) c) correto

d) errado (“testemunhar que”) e) correto f) correto

g) correto h) correto i) correto

j) correto k) errado (“diz que”) l) errado (“conclusão de que”)

m) errado (“crença de que”) n) errado (“torna-se evidente que”) o) errado (“ideia de que”)

p) errado (“asseverou que”) q) errado (“é que”) r) errado (“argumentar que”)

s) errado (“permite que”) t) errado (“opiniões...de que”) u) errado (“fato de que”)

v) errado (“possibilidade de que”) w) errado (“garantia de que”) x) errado (“é o de que”)

y) correto z) errado (“garantias de que”)

102. Correto

103. Correto

104. Errado

105. Errado

106. A

107. Correto

108. Errado (funciona como

sujeito de sucede)

109. Errado

110. Errado

111. C

112. Errado

113. Correto

114. A

115. Errado