Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

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Higiene do Trabalho Fernando Duque Barros

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Apostila do curso de higiene

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Higiene do Trabalho

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HistóricoHistórico

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HistóricoHistórico

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Histórico• Platão e Lucrécio

– Descrição de doenças associadas à extração mineira.

• Hipócrates e Galeno– Patologia do chumbo ligada à extração mineira.

• Plínio (Século I)

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• Plínio (Século I)– Descreve doenças ligadas ao trabalho com zinco e enxofre.

• Avicena (médico árabe – Século X)– Estudo de pinturas com chumbo.

• Georgius Agricola (1556) – De re metallica– Descreve doenças dos mineiros (silicose) e medidas preventivas;– Sugere ventilação e proteção individual.

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Histórico

• Ramazzini (1690) – De Morbis Artificum Diatriba– Criador da medicina do trabalho

• as doenças devem ser estudadas no local de trabalho e não no hospital

– Usa o termo higiene– Descreve os riscos associados a 54 profissões

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• Ellenberg (1743)– Escreveu sobre as doenças nas minas de ouro e sobre a

toxicidade de vários produtos• Monóxido de carbono• Mercúrio• Chumbo• ácido nítrico

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Histórico

• 1802 (Inglaterra) – Proibido o trabalho em minas a menores de 9 anos

• English factory acts (1833)– Primeira lei efetiva sobre segurança– Estabelece a compensação em vez do controlo das causas

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– Estabelece a compensação em vez do controlo das causas

• 1873 (Espanha) – Proibido a trabalho em minas e fábricas a menores de 10 anos

• 1896– Associação para a prevenção de fogos – aparecem os primeiros

códigos e normas.

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Histórico

• O início do século XX – caracterizou-se pela generalização do conceito da

compensação

• 1913 (NY) – primeiro programa de higiene industrial

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– primeiro programa de higiene industrial

• 1918 – American Standard Association

• 1919 – OIT (Organização Internacional do Trabalho)

• 1970 – OSH (Occupational, Safety and Health Act)

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IntroduçãoIntrodução

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IntroduçãoIntrodução

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Introdução

• Até meados do século 20, as condições de trabalhonunca foram levadas em conta, sendo importante aprodutividade, mesmo que tal implicasse riscos dedoença ou mesmo à morte dos trabalhadores.– Para tal contribuíam dois fatores:

• uma mentalidade em que o valor da vida humana era pouco maisque desprezível e

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que desprezível e• uma total ausência por parte dos Estados de leis que protegessem

o trabalhador.

• Apenas a partir da década de 50 / 60, surgem asprimeiras tentativas sérias de integrar os trabalhadoresem atividades devidamente adequadas às suascapacidades.

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Introdução• O trabalho é essencial para a vida, o

desenvolvimento e a satisfação.

• Infelizmente, atividades indispensáveis como aprodução de alimentos, a extração de matérias

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produção de alimentos, a extração de matériasprimas, o fabrico de bens, a produção deenergia e a prestação de serviços implicamprocessos, operações e materiais que em maiorou menor medida, criam riscos para a saúdedos trabalhadores, as comunidades locais e omeio ambiente em geral.

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Introdução

• Na atualidade, em que certificações deSistemas de Garantia da Qualidade eAmbientais ganham tanta importância, asmedidas relativas à Higiene e Segurança noTrabalho tardam em ser implementados, sendo

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Trabalho tardam em ser implementados, sendoque o despertar de consciências é fundamental.

• É precisamente este o objetivo principal destecurso, o de alertar para as questões da Higienee Segurança no Trabalho.

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Conceitos Conceitos FundamentaisFundamentais

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FundamentaisFundamentais

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• A higiene e a segurança são duas atividadesque estão intimamente relacionadas com oobjetivo de garantir condições de trabalhocapazes de manter um nível de saúde doscolaboradores e trabalhadores de umaEmpresa.

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• Segundo a O.M.S., a verificação de condiçõesde Higiene e Segurança consiste "num estadode bem-estar físico, mental e social e nãosomente a ausência de doença e enfermidade ".

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Segurança do trabalho

• A segurança do trabalho combate, deum ponto de vista não médico, osacidentes de trabalho, quer eliminando as

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acidentes de trabalho, quer eliminando ascondições inseguras do ambiente, quereducando os trabalhadores a utilizaremmedidas preventivas.

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Higiene do trabalho

• A higiene do trabalho combate, de umponto de vista não médico, as doençasprofissionais, identificando os fatores quepodem afetar o ambiente do trabalho e o

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podem afetar o ambiente do trabalho e otrabalhador, visando eliminar ou reduzir osriscos profissionais (condições insegurasde trabalho que podem afetar a saúde,segurança e bem estar do trabalhador).

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Segurança X Higiene

• De modo simplificado:

– A SEGURANÇASEGURANÇA do trabalho lida com a prevenção eo controle dos riscos de operação laboral.

• Palavra chave: acidente

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• Palavra chave: acidente

– A HIGIENEHIGIENE do trabalho lida com os riscos deambiente, que podem originar doenças profissionais.

• Palavra chave: doenças

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Higiene Ocupacional

• Ciência e arte dedicada ao reconhecimento,avaliação e controle daqueles fatores outensões ambientais, que surjam no ou dotrabalho, e que podem causar doenças,

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trabalho, e que podem causar doenças,prejuízos à saúde ou ao bem-estar, oudesconforto significativos entre os cidadãosda comunidade.

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Fundamentos para prevenção de riscos profissionais

• As condições de segurança, higiene esaúde no trabalho constituem ofundamento material de qualquer

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fundamento material de qualquerprograma de prevenção de riscosprofissionais e contribuem para oaumento da competitividade comdiminuição da sinistralidade.

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• Os acidentes, em geral, são o resultado de umacombinação de fatores, entre os quais sedestacam:– falhas humanas– falhas materiais

• Vale a pena lembrar que os acidentes nãoescolhem hora nem lugar.

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escolhem hora nem lugar.– Podem acontecer em casa, no ambiente de trabalho

e nas inúmeras locomoções diárias.

• Quanto aos acidentes do trabalho:– o que se pode dizer é que grande parte deles ocorre

porque os trabalhadores se encontram malpreparados para enfrentar certos riscos.

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Objetivos da Higiene do Trabalho

• A higiene do trabalho tem caráter eminentementepreventivo, pois objetiva a saúde e o conforto dotrabalhador, evitando que adoeça e se ausente provisóriaou definitivamente do trabalho.

• Os principais objetivos são:

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• Os principais objetivos são:– Eliminação das causas das doenças profissionais;– Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em

pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos;– Prevenção de agravamento de doenças e de lesões;– Manutenção da saúde dos trabalhadores; e– Aumento da produtividade por meio de controle do ambiente de

trabalho.

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O que envolve a higiene no trabalho?

• O programa de higiene no trabalho envolve:– Ambiente físico de trabalho:

• a iluminação, ventilação, temperatura e ruídos

– Ambiente psicológico:• os relacionamentos humanos agradáveis, tipos de atividade

agradável e motivadora, estilo de gerência democrático e

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agradável e motivadora, estilo de gerência democrático eparticipativo e eliminação de possíveis fontes de estresse

– Aplicação de princípios de ergonomia:• máquinas e equipamentos adequados às características humanas,

mesas e instalações ajustadas ao tamanho das pessoas eferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano

– Saúde ocupacional:• ausência de doenças por meio da assistência médica preventiva.

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As empresas são obrigadas a investir em higiene e segurança no

trabalho?

• Nas Normas Regulamentadoras (NRs), asegurança, a higiene e a medicina do

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segurança, a higiene e a medicina dotrabalho são de observância obrigatória pelasempresas privadas e públicas.

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Por que se deve investir em higiene do trabalho?

• Algumas pessoas menos esclarecidas sobre o assunto,procuram em determinadas circunstâncias, justificar devárias maneiras a ausência da segurança em algumasindústrias, ou o pouco interesse de outras para aprevenção de acidentes.

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• No entanto, nada justifica tal omissão. Entre pessoas,algumas costumam afirmar: “Sem acidentes ou comacidentes o trabalho é realizado”.

• Não importa quem diz isso ou pensa dessa maneira.Trata-se de uma afirmação ou de um pensamentoinfeliz, embora não possa ser integralmente contestado.

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Por que se deve investir em higiene do trabalho?

• Realmente, o trabalho poderá ser executadomesmo que ocorram acidentes. Porém, nessescasos, jamais a sua realização poderá serconsiderada satisfatória.

• A dor e a infelicidade de quem sofre ferimentos

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• A dor e a infelicidade de quem sofre ferimentossomam-se a muitos outros fatores danosos aotrabalho, tanto sob o aspecto técnico comoeconômico. Isso nem sempre é percebido porquem não entende e não interpreta os acidentesdo trabalho em toda a sua extensão eprofundidade.

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Funções da Higiene Industrial

• Antecipar, identificar e avaliar as condições e aspráticas de trabalho de risco.

• Desenvolver metodologias, procedimentos eprogramas de controle.

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programas de controle.

• Implementar, administrar e informar sobre riscose programas de controle.

• Medir, auditar e avaliar a eficácia das medidastomadas nos programas de controle.

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Análise de campo1. Quais os riscos potenciais?

– Químicos / Físicos / Biológicos / Ergonómicos

2. Qual a prioridade das medidas?– Medidas de engenharia– Substituição ou modificação de processos– Confinamento de operações ou operadores

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– Confinamento de operações ou operadores– Ventilação– Medidas de gestão– Controle da rotina de trabalho– Rotação de funções e/ou tempo por tarefa– Medidas de proteção pessoal - última linha de ação

• Luvas, óculos, capacete, botas, batas, respiradores• Adaptadas à pessoa, devidamente usados, verificados e

substituídos com regularidade

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Visão do sistema

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Riscos ambientaisRiscos ambientais

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Riscos ambientaisRiscos ambientais

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Riscos ambientais

• São considerados riscos ou agentesagressivos químicos, físicos, biológicos,ergonômicos e de acidentes, os quepossam trazer ou ocasionar danos à

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possam trazer ou ocasionar danos àsaúde do trabalhador, nos AMBIENTESDE TRABALHO, em função da suanatureza, concentração, intensidade etempo de exposição ao agente.

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Riscos Físicos

• Ruídos;• Vibrações;• Radiações;• Frio;

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• Frio;• Calor;• Pressões anormais;• Umidade.

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Riscos Químicos

• Poeiras;• Fumos;• Névoas;• Neblinas;

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• Neblinas;• Gases;• Vapores;• Produtos químicos em geral.

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Riscos Biológicos

• Vírus;• Bactérias;• Protozoários;• Fungos;

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• Fungos;• Parasitas;• Bacilos.

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Riscos Ergonômicos

• Esforço físico intenso• Levantamento e transporte manual de peso• Exigência de postura inadequada• Controle rígido de produtividade• Imposição de ritmos excessivos

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• Imposição de ritmos excessivos• Trabalho em turno e noturno• Jornadas de trabalho prolongadas• Monotonia e repetitividade• Outras situações causadoras de “stress” físico

ou psíquico

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Riscos de acidente

• Arranjo físico inadequado• Máquinas e equipamentos sem proteção• Ferramentas inadequadas e defeituosas• Iluminação inadequada• Eletricidade

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• Eletricidade• Probabilidade de incêndio ou explosão• Armazenamento inadequado• Animais peçonhentos• Outras situações de risco que poderão contribuir

para a ocorrência de acidentes

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Etapas do PPRA

• O Programa de Prevenção de RiscosAmbientais deverá incluir as seguintes etapas:– antecipação e reconhecimentos dos riscos;– estabelecimento de prioridades e metas de avaliação

e controle;

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e controle;– avaliação dos riscos e da exposição dos

trabalhadores;– implantação de medidas de controle e avaliação de

sua eficácia;– monitoramento da exposição aos riscos;– registro e divulgação dos dados.

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Reconhecimento dos riscos

• O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conteros seguintes itens, quando aplicáveis:– a sua identificação;– a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;– a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de

propagação dos agentes no ambiente de trabalho;– a identificação das funções e determinação do número de

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– a identificação das funções e determinação do número detrabalhadores expostos;

– a caracterização das atividades e do tipo da exposição;– a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de

possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho;– os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos

identificados, disponíveis na literatura técnica;– a descrição das medidas de controle já existentes.

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Avaliação dos Riscos

• Elaborar relatórios técnicos, para cada agente, contendo, no mínimo, os seguintes itens:– Introdução– Objetivo

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– Antecedentes Legais– Antecedentes Técnicos– Metodologia de Avaliação– Resultados Obtidos– Conclusões– Recomendações Gerais e Específicas

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Controle dos riscos• Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a

eliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientaissempre que forem verificadas uma ou mais das seguintessituações:

– identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;– constatação, na fase de reconhecimento, de risco evidente à saúde;

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– constatação, na fase de reconhecimento, de risco evidente à saúde;– quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos

trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15• ou, na ausência destes, os valores limites de exposição ocupacional

adotados pela ACGIH (American Conference of Governmental IndustrialHigyenists), ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociaçãocoletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos;

– quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado onexo causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e asituação de trabalho a que eles ficam expostos.

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Hierarquia das medidas de controle

• O estudo, desenvolvimento e implantação de medidasde proteção coletiva deverá obedecer à seguintehierarquia:1. eliminar a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à

saúde;2. prevenir a disseminação desses agentes no ambiente de

trabalho;

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trabalho;3. reduzir os níveis ou a concentração desses agentes no

ambiente de trabalho.

• A implantação de medidas de caráter coletivo deveráser acompanhada de treinamento dos trabalhadoresquanto a:– procedimentos que assegurem a sua eficiência, e– limitações de proteção que ofereçam.

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Inviabilidade técnica de medidas de proteção coletiva

• Quando comprovado pelo empregador ou instituição deverão ser adotadasoutras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia:

– medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;– utilização de equipamento de proteção individual - EPI.

• A utilização de EPI no âmbito do programa deverá considerar as NormasLegais e Administrativas em vigor e envolver no mínimo:

– seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está

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– seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador estáexposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para ocontrole da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação dotrabalhador usuário;

– programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização eorientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece;

– estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento, ouso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição doEPI, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas;

– caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectivaidentificação dos EPI’s utilizados para os riscos ambientais.

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Níveis de ação

• Considera-se nível de ação o valor acima do qual devemser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar aprobabilidade de que as exposições a agentesambientais ultrapassem os limites de exposição.

• As ações devem incluir o monitoramento periódico daexposição, a informação aos trabalhadores e o controlemédico.

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exposição, a informação aos trabalhadores e o controlemédico.

• Deverão ser objeto de controle sistemático as situaçõesque apresentem exposição ocupacional acima dosníveis de ação, conforme indicado:– para agentes químicos, a metade dos limites de exposição

ocupacional– para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme

critério estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6.

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Registro de dados

• Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição umregistro de dados, estruturado de forma a constituir umhistórico técnico e administrativo do desenvolvimento doPPRA.

• Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo

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• Os dados deverão ser mantidos por um período mínimode 20 anos.

• O registro de dados deverá estar sempre disponível aostrabalhadores interessados ou seus representantes epara as autoridades competentes.

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GRUPOS HOMOGÊNEOS DE EXPOSIÇÃO

• Um grupo é homogêneo em relação a um dado ambiental,quando o avaliador, sem o recurso de equipamentos demedição, não é capaz de identificar os trabalhadores commaior ou menor exposição ao agente.

• Um grupo homogêneo de exposição é um grupo detrabalhadores com idênticas probabilidades de exposiçãoao um determinado agente.

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ao um determinado agente.• O grupo é homogêneo no sentido em que a distribuição de

probabilidades de exposição é a mesma para todos osseus membros.

• Dada a homogeneidade estatística, um pequeno númerode amostras aleatórias pode ser usado para definir asexposições e tendências dentro do grupo.

• Os grupos homogêneos de exposição são a base daHigiene quantitativa.

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InsalubridadeInsalubridade(NR(NR--15)15)

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(NR(NR--15)15)

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• 15.1 São consideradas atividades ou operaçõesinsalubres as que se desenvolvem:– 15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos

Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12;– 15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6,

13 e 14;– 15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção

do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8,

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do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8,9 e 10.

– 15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para osfins desta Norma, a concentração ou intensidademáxima ou mínima, relacionada com a natureza e otempo de exposição ao agente, que não causarádano à saúde do trabalhador, durante a sua vidalaboral.

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• 15.2 O exercício de trabalho emcondições de insalubridade, de acordocom os subitens do item anterior,assegura ao trabalhador a percepção deadicional, incidente sobre o salário mínimoda região, equivalente a:– 15.2.1 40% (quarenta por cento), para

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– 15.2.1 40% (quarenta por cento), parainsalubridade de grau máximo;

– 15.2.2 20% (vinte por cento), parainsalubridade de grau médio;

– 15.2.3 10% (dez por cento), parainsalubridade de grau mínimo;

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• 15.3 No caso de incidência de mais de umfator de insalubridade, será apenasconsiderado o de grau mais elevado, paraefeito de acréscimo salarial, sendo vedada

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a percepção cumulativa.

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• 15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridadedeterminará a cessação do pagamento do adicionalrespectivo.– 15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá

ocorrer:a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o

ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;b) com a utilização de equipamento de proteção individual.

– 15.4.1.1 Cabe à autoridade regional competente em matéria desegurança e saúde do trabalhador, comprovada a insalubridade

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segurança e saúde do trabalhador, comprovada a insalubridadepor laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho oumédico do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicionaldevido aos empregados expostos à insalubridade quandoimpraticável sua eliminação ou neutralização.

– 15.4.1.2 A eliminação ou neutralização da insalubridade ficarácaracterizada através de avaliação pericial por órgãocompetente, que comprove a inexistência de risco à saúde dotrabalhador.

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• 15.5 É facultado às empresas e aos sindicatos dascategorias profissionais interessadas requererem aoMinistério do Trabalho, através das DRTs, a realizaçãode perícia em estabelecimento ou setor deste, com oobjetivo de caracterizar e classificar ou determinaratividade insalubre.– 15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do

Trabalho, desde que comprovada a insalubridade, o perito doMinistério do Trabalho indicará o adicional devido.

• 15.6 O perito descreverá no laudo a técnica e a

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• 15.6 O perito descreverá no laudo a técnica e aaparelhagem utilizadas.

• 15.7 O disposto no item 15.5. não prejudica a açãofiscalizadora do MTE nem a realização ex-officio daperícia, quando solicitado pela Justiça, nas localidadesonde não houver perito.

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RuídoRuídoRuídoRuído

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Conceitos sobre RuídoConceitos sobre Ruído

• De maneira subjetiva é toda sensaçãoauditiva desagradável,

ou

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ou

• Fisicamente, é todo fenômeno acústiconão periódico, sem componentesharmônicos definidos.

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De um modo geral, os ruídos podem ser classificados em 3

tipos:

• Ruídos contínuos : são aqueles cuja variaçãode nível de intensidade sonora é muito pequenaem função do tempo. São ruídos característicos

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em função do tempo. São ruídos característicosde bombas de líquidos, motores elétricos,engrenagens, etc.– Exemplos : chuva, geladeiras, compressores,

ventiladores.

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• Ruídos flutuantes : são aqueles queapresentam grandes variações de nívelem função do tempo.– São geradores desse tipo de ruído os

trabalhos manuais, afiação de ferramentas,soldagem, o trânsito de veículos, etc.

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– São os ruídos mais comuns nos sons diários.

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• Ruídos impulsivos, ou de impacto :apresentam altos níveis de intensidadesonora, num intervalo de tempo muitopequeno. São os ruídos provenientes deexplosões e impactos.– São ruídos característicos de rebitadeiras,

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– São ruídos característicos de rebitadeiras,impressoras automáticas, britadeiras, prensas,etc..

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Métodos de medição de ruídos

• Os métodos de medição do ruído e a avaliaçãodos seus danos auditivos fixados pela C.L.T.são os únicos no Brasil com força de lei.

• Portanto, se uma empresa for multada poratividades insalubres causadas por excesso de

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atividades insalubres causadas por excesso deruído, a fiscalização estará fundamentada nosmétodos da C.L.T.

• Esses métodos estão na NormaRegulamentadora Nº 15 (NR15) da Portaria3.214.

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Anexo 1 – Ruído Contínuo ou Intermitente• 1. Entende-se por Ruído Contínuo ou

Intermitente, para os fins de aplicaçãode Limites de Tolerância, o ruído quenão seja ruído de impacto.

• 2. Os níveis de ruído contínuo ouintermitente devem ser medidos emdecibéis (dB) com instrumento de nível

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decibéis (dB) com instrumento de nívelde pressão sonora operando no circuitode compensação "A" e circuito deresposta lenta (SLOW). As leiturasdevem ser feitas próximas ao ouvido dotrabalhador.

• 3. Os tempos de exposição aos níveisde ruído não devem exceder os limitesde tolerância fixados no Quadro anexo.

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Anexo 1 – Ruído Contínuo ou Intermitente

• 4. Para os valores encontradosde nível de ruído intermediárioserá considerada a máximaexposição diária permissívelrelativa ao nível imediatamente

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relativa ao nível imediatamentemais elevado.

• 5. Não é permitida exposição aníveis de ruído acima de 115dB(A) para indivíduos que nãoestejam adequadamenteprotegidos.

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Anexo 1 – Ruído Contínuo ou Intermitente

• 6. Se durante a jornada de trabalhoocorrerem dois ou mais períodos deexposição a ruído de diferentes níveis,devem ser considerados os seusefeitos combinados, de forma que, se asoma das seguintes frações:

C1 + C2 + C3 _ + Cn

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C1 + C2 + C3 _ + CnT1 T2 T3 Tn

exceder a unidade, a exposição estaráacima do limite de tolerância. Na equaçãoacima, Cn indica o tempo total que otrabalhador fica exposto a um nível de ruídoespecífico, e Tn indica a máxima exposiçãodiária permissível a este nível, segundo oQuadro Anexo.

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Anexo 1 – Ruído Contínuo ou Intermitente

Exemplo de cálculo de efeito combinado:

dBMEDP(Tn)

Exposição efetiva (Cn)

35 + 10 + 7 =60 15 8

= 0,58 + 0,67 + 0,88

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(Cn)

100 1h 35 min

110 15 min 10 min

114 8 min 7 min

= 0,58 + 0,67 + 0,88 = 2,13 Portanto, acima do LT.

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Anexo 1 – Ruído Contínuo ou Intermitente

• 7. As atividades ouoperações que exponham ostrabalhadores a níveis deruído, contínuo ou

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ruído, contínuo ouintermitente, superiores a115 dB(A), sem proteçãoadequada, oferecerão riscograve e iminente.

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Anexo 1 – Ruído Contínuo ou Intermitente

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Anexo 2 – Ruídos de Impacto 1. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de

energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalossuperiores a 1 (um) segundo.

2. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), commedidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear ecircuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitaspróximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância pararuído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre ospicos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.

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picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.3. Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora

com circuito de resposta para impacto, será válida a leitura feita nocircuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação "C".Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C).

4. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores,sem proteção adequada, a níveis de ruído de impactosuperiores a 140 dB(LINEAR), medidos no circuito de respostapara impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuitode resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente.

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Exercício1. Segundo a NR-9, considera-se atingido o nível de ação,

valor acima do qual devem ser iniciadas açõespreventivas, que incluem monitoramento periódico daexposição, a informação aos trabalhadores, e o controlemédico, para ruído contínuo ou intermitente, quando aintensidade sonora:

a) ultrapassar 85 dB(A) para 8 horas de exposição.

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a) ultrapassar 85 dB(A) para 8 horas de exposição.b) ultrapassar 50 % da dose unitária, o que equivale a 80 dB(A) para 8

horas de exposição.c) ultrapassar a dose unitária.d) ultrapassar 75 % da dose unitária, o que equivale a 63,75 dB(A)

para 8 horas de exposição.e) ultrapassar 50 % da dose unitária, o que equivale a 42,50 dB(A)

para 8 horas de exposição.

Page 63: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Nível equivalente de ruídoLEQ ou NE

• Quando ocorrem variações de níveis de ruídodurante a jornada de trabalho, deve-se utilizar oaudiodosímetro, no sentido de se determinarcom maior exatidão a exposição ao ruído.

Fernando Duque Barros

• Esse instrumento fornece, no período avaliado,a dose ou efeitos combinados ( Σ Cn / Tn ) e onível equivalente de ruído ( LEQ ou NE).

Page 64: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Avaliação do RuídoAmbiente de trabalho

• Para fator de multiplicação: q• Nível crítico: Lcrit

Leq = 10xq x LOG Dx8 + L

Fernando Duque Barros

Leq = 10xq x LOG Dx8 + Lcrit

3 Te

Onde: D = dose em fração decimalTe = tempo de exposição

Page 65: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Avaliação do Ruído Ambiente de trabalho – NR15

• Para fator de multiplicação: q = 5• Nível crítico: Lcrit = 85 dB

Leq = 16,7 x LOG Dx8 + 85

Fernando Duque Barros

Leq = 16,7 x LOG Dx8 + 85Te

Onde: D = dose em fração decimalTe = tempo de exposição

Page 66: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Avaliação do Ruído Ambiente de trabalho – NHO-01

• Para fator de multiplicação: q = 3• Nível crítico: Lcrit = 85 dB

NE = 10 x LOG Dx8 + 85

Fernando Duque Barros

NE = 10 x LOG Dx8 + 85Te

Onde: D = dose em fração decimalTe = tempo de exposição

Page 67: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Avaliação do RuídoNível de exposição normalizado

NEN = (Leq ou NE) + 10 x LOG TeTo

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Onde: To = período de normalização = 8hTe = tempo de exposição

Page 68: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Avaliação do RuídoExposição semanal - NENm

NENm = 10 x LOG 1 x ∑ 10 NEN/10

k

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k

Onde: k = 5 dias da semana.

Page 69: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Avaliação do Ruído de Impacto

Np = 160 - 10 x LOG n

Onde:Np = nível de pico máximo admissível em dB (lin)

Fernando Duque Barros

Np = nível de pico máximo admissível em dB (lin)n = número de impactos ou impulsos ocorridos

durante a jornada diária de trabalho.

Obs.: comparar valores obtidos com a tabela 2 da NHO-01

Page 70: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Ruído para efeito de conforto17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam

solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas decontrole, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análisede projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condiçõesde conforto:a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, normabrasileira registrada no INMETRO;brasileira registrada no INMETRO;

– 17.5.2.1. Para as atividades que possuam as característicasdefinidas no subitem 17.5.2, mas não apresentam equivalência oucorrelação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível deruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e acurva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB.

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Page 71: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

PLANO DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA - PCA

Baseado nas recomendações da OSHA e NIOSH

� Avaliação e monitoramento da exposição a ruído� Medidas de controle ambiental e organizativos

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� Medidas de controle ambiental e organizativos� Avaliação e monitoramento audiológico� Uso de protetores auriculares� Aspectos educativos� Avaliação da eficácia do programa

Page 72: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

O simples fornecimento de EPI exime o empregador do pagamento do adicional de

insalubridade?

As posições divergentes foram dirimidas no incidente de uniformização dejurisprudência em recurso de Revista nº TST-IUJ-RR 4016/86.5 - RevistaLTr, v.53, nº 5, página 582, motivador do enunciado nº 289 do EgrégioTribunal Superior do Trabalho:

– Insalubridade - adicional - fornecimento do aparelho

Fernando Duque Barros

– Insalubridade - adicional - fornecimento do aparelhode proteção - Efeito.

• O simples fornecimento do aparelho de proteção peloempregador não o exime do pagamento de adicional deinsalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas queconduzam à diminuição da nocividade, dentre as quaisas relativas ao uso efetivo do equipamento peloempregado.

– Referências: artigos 8º. 9º, 157, 158, 191 e 192 da CLT, 476 doCódigo de Processo Civil e 179 do Regimento Interno doTribunal Superior do Trabalho ( DJU de 28/03/88).

Page 73: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Ruído de fundoMedidas de Controle

• Controle na fonte– Diferença entre ruído total e fundo < 2

• Ruído de fundo é a fonte nesse caso.– Isolar barulho externo

• Controle no trajeto

Fernando Duque Barros

• Controle no trajeto– Diferença entre ruído total e fundo entre 2 e 10

• Máquina e equipamento colaboram para a insalubridade– Isolar barulho externo e atuar na máquina.

• Controle no Homem– Uso de EPIs quando Diferença maior que 10 e Dose

maior que 1 (LEQ>85 dB)

Page 74: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Fator de atenuação de EPIs

1. Noise Redution Rating – NRR– É obtido por meio de tabelas dos fabricantes

de protetores auriculares ou por meio de CA, expedido pela SST.

Fernando Duque Barros

expedido pela SST.• OSHA

– Utiliza apenas 50% do NRR fornecido pelo laboratório

• NIOSH– Protetor concha: subtrair 25% do NRR– Protetor inserção moldável: subtrair 50% do NRR– Outros de inserção: subtrair 70% do NRR

Page 75: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Cálculo da atenuação (NIOSH)

• NPSc = NPSdb(A) – (NRR*f - 7)

NPSc : nível de pressão sonora com proteção.f pode ser:

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f pode ser:0,75 para protetor concha0,5 para protetor de inserção moldável0,3 para outros protetores de inserção

Page 76: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

2. Nível de Redução de Ruído subject fitNRRsf– Calcula a atenuação por meio de valor único.– Obtido por meio de ensaios em laboratório.– O MTE adota esse critério para certificar os

protetores auditivos (Portaria 48 de 23/03/03)

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– Cálculo:• NPSc = NPSdB(A) – NRRsf

– Exemplo:» NPSc = 96 – 15 = 81 dB(A)

Page 77: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Medidas de Controle1. Controle na fonte

1. Substituir equipamento2. Balancear e equilibrar partes móveis3. Lubrificar rolamentos e mancais4. Reduzir impactos na medida do possível4. Reduzir impactos na medida do possível5. Alterar processos6. Planejar processos para minimizar máquinas7. Aplicar materiais de atenuação8. Regular motores9. Reapertar as estruturas10. Substituir peças metálicas por plásticos

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Page 78: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Medidas de Controle2. Controle no meio

1. Evitar propagação por meio de isolamento2. Obter perdas por absorção3. Isolar a fonte4. Isolar o receptor4. Isolar o receptor

3. Controle no homem1. Limitar tempo de exposição

2. Protetores auriculares3. Exames médicos

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Page 79: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exercícios1. Um operário fica exposto a 5 máquinas em um mesmo ambiente.

Cada máquina emite respectivamente os seguintes NPS: 90 dB, 95dB, 92 dB, 85 dB e 80 dB. Calcule o NPS total a que o operário ficaexposto.

2. Calcule o ruído do equipamento na seguinte situação:# NPS do equipamento funcionando: 100 dB# NPS do equipamento funcionando: 100 dB# NPS do equipamento desligado: 95 dB

3. Numa funilaria pretende-se avaliar o barulho produzido pelosimpactos das marteladas. Encontram-se, com um equipamento quetem circuito de resposta rápida, valores de 115 dB medidos na curvaC. São realizadas 900 batidas por dia. O limite de tolerância foiexcedido?

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Page 80: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

4. Quais são as medidas de controle que devem seradotadas para o agente físico ruído? A partir de que nívelde NPS se devem tomar ações para proteger ostrabalhadores quanto ao ruído contínuo ou intermitente?

5. Um trabalhador foi monitorado durante 4 horas quanto aoagente físico ruído contínuo. Utilizou-se umagente físico ruído contínuo. Utilizou-se umaudiodosímetro que obteve o valor de 0,80 para a dose.Este trabalhador se encontra em insalubridade? Caso aresposta seja sim, qual o nível de insalubridade e qualseria o EPI mais adequado (faça uma recomendaçãotécnica)?

Fernando Duque Barros

Page 81: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

6. Estimar o nível médio de exposição diária semanal(NENm) para as condições abaixo:

# semana de 5 dias# utilizar parâmetros da NR15# dados obtidos:

segunda-feira: D=129%, Te=7,5hsegunda-feira: D=129%, Te=7,5hterça-feira: D=156%, Te=7,5hquarta-feira: D=143%, Te=7,5hquinta-feira: D=138%, Te=7,5hsexta-feira: D=111%, Te=7,0h

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Page 82: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Calor Calor e e e e

FrioFrio

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Page 83: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Conceitos• Transferência de Calor

– Condução

– Convecção

– Irradiação

• Dilatação Fernando Duque Barros

Page 84: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Anexo 3 – Exposição ao Calor 1. A exposição ao calor deve ser avaliada através

do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro deGlobo" - IBUTG definido pelas equações que seseguem:– Ambientes internos ou externos sem carga solar:

• IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

Fernando Duque Barros

• IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

– Ambientes externos com carga solar:• IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

– onde:– tbn = temperatura de bulbo úmido natural– tg = temperatura de globo– tbs = temperatura de bulbo seco.

Page 85: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exposição ao Calor

2. Os aparelhos que devem ser usadosnesta avaliação são: termômetro de bulboúmido natural, termômetro de globo etermômetro de mercúrio comum.

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termômetro de mercúrio comum.

3. As medições devem ser efetuadas nolocal onde permanece o trabalhador, àaltura da região do corpo mais atingida.

Page 86: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exposição ao Calor

• Limites de Tolerância para exposição ao calor,em regime de trabalho intermitente comperíodos de descanso no próprio local deprestação de serviço.

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1. Em função do índice obtido, o regime de trabalhointermitente será definido no Quadro N.º 1.

2. Os períodos de descanso serão considerados tempode serviço para todos os efeitos legais.

3. A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderadaou Pesada) é feita consultando-se o Quadro n.º 3.

Page 87: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

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Page 88: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exposição ao Calor

• Limites de Tolerância para exposição aocalor, em regime de trabalho intermitentecom período de descanso em outro local(local de descanso).

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1. Para os fins deste item, considera-se comolocal de descanso ambiente termicamente maisameno, com o trabalhador em repouso ouexercendo atividade leve.

2. Os limites de tolerância são dados segundo oQuadro n.º 2.

Page 89: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

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Page 90: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exposição ao Calor

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Page 91: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

ANEXO N.º 9 FRIO

1. As atividades ou operações executadasno interior de câmaras frigoríficas, ou emlocais que apresentem condiçõessimilares, que exponham os trabalhadores

Fernando Duque Barros

similares, que exponham os trabalhadoresao frio, sem a proteção adequada, serãoconsideradas insalubres em decorrênciade laudo de inspeção realizada no local detrabalho.

Page 92: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Ação do frio no corpo humano

• Conforme o frio aumenta ou o período de exposição se prolonga, asensação de frio e dor tende a diminuir por causa da perda desensibilidade que o frio causa.

• Em seguida, o trabalhador sente fraqueza muscular eadormecimento.

• Isto é chamado de hipotermia e normalmente ocorre quando atemperatura central do corpo cai abaixo de 33°C.

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temperatura central do corpo cai abaixo de 33°C.• Outros sintomas de hipotermia incluem a percepção reduzida e

pupilas dilatadas. Quando a temperatura do corpo atinge 27°C, otrabalhador entra em coma.

• A atividade do coração pára ao redor de 20°C e, a cerebral, a 17°C.• A vítima de hipotermia deve ser aquecida imediatamente, sendo

removida para ambientes quentes ou por meio de cobertores.• O reaquecimento em água a 40-42°C é recomendado em casos

onde a hipotermia ocorre após o corpo ter sido imerso em água fria.

Page 93: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Ação do frio no corpo humano

• A temperatura do ar é medida com um termômetro de bulbo seco comumem graus celsius com graduação negativa suficiente para a temperaturautilizada (preferencialmente -50°C).

• A velocidade do vento deve ser medida por meio de anemômetros, quedevem medir na escala de quilômetro por hora (km/h). Os exemplos aseguir demonstram uma forma prática de verificar a velocidade do vento,sem muita precisão, quando não contamos com um anemômetro:

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sem muita precisão, quando não contamos com um anemômetro:– 8 km/h: movimenta uma bandeirola;– 16 km/h: a bandeirola fica totalmente estendida;– 24 km/h: levanta uma folha de jornal;– 32 km/h: uma ventania.

• A atividade física não é fácil de ser medida. É medida pelo calor produzidopelo corpo (taxa metabólica). Existem tabelas que mostram as taxas demetabolismo para uma infinidade de atividades. A produção do calor émedida em quilocalorias (kcal) por hora.

Page 94: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Ação do frio no corpo humano• O local de trabalho deve ser monitorado da seguinte forma:

– a) todo local de trabalho com temperatura ambiente inferior a 16°Cdeverá dispor de termômetro adequado para permitir total cumprimentodos limites estabelecidos;

– b) sempre que a temperatura do ar no local de trabalho cair abaixo de-1°C a temperatura deve ser medida e registrada a cada quatro horas;

– c) sempre que a velocidade do vento exceder a 2 m/s em ambientes

Fernando Duque Barros

– c) sempre que a velocidade do vento exceder a 2 m/s em ambientesfechados, deve ser medida e registrada a cada quatro horas;

– d) em situações de trabalho a céu aberto, a velocidade do vento deveser medida e registrada juntamente à temperatura do ar quando estafor inferior a -1°C;

– e) em todas as situações que forem necessárias, a medição demovimentação do ar e a temperatura equivalente de resfriamento (TER)devem ser obtidas por meio da Tabela 1, e registrada com outros dadossempre que a resultante for inferior a -7°C.

Page 95: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

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Page 96: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

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Fonte: CLT, art. 253; ACGIH; Fundacentro.

Page 97: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

SEÇÃO VII da CLTDos Serviços FrigoríficosArt. 253. Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para

os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de uma hora e quarenta minutos de trabalho contínuo será asseguradoum período de vinte minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalhoefetivo.

Parágrafo único. Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o quefor inferior, na primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial doMinistério do Trabalho, a 15 º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e naquinta, sexta e sétima zonas 10º (dez graus).

NOTANOTA1) Empregado que trabalha em câmara frigorífica tem direito ao adicional de insalubridade

de grau médio (20% do salário mínimo regional), “ex vi” do disposto na Portaria n.3.214, do MTE, de 8.6.78.

2) V. Portaria n. 21, de 26.12.94, in DOU 27.12.94, da Secretaria de Segurança e Saúdeno Trabalho, do MTE, estabelecendo que o mapa oficial do MTE, a que se refere oartigo supra a ser considerado, é o mapa “Brasil Climas” da Fundação IBGE,publicado no ano de 1978 e que define as zonas climáticas brasileiras de acordo coma temperatura média anual, a média anual de meses secos e o tipo da vegetaçãonatural.

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Page 98: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Índice de Termômetro de globo úmido – TGU

• É obtido através do Termômetro de Globo Úmido ou Botsball (B).

• Utilizado como parâmetro em câmaras hiperbáricas (NR15, anexo 6).

• Correlação:IBUTG = 0,0212.B2 + 0,192.B + 9,5

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Page 99: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Temperatura efetiva – Te• É aquela que produz a sensação térmica

equivalente a uma temperatura medidacom o ar saturado (100% UR) epraticamente parado (sem vento).

• Combina:– Temperatura do ar (bulbo úmido e seco)– Umidade relativa (UR)– Velocidade do ar

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Page 100: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Escala de temperatura efetiva normal (para pessoas normalmente vestidas).

Fernando Duque BarrosTemperaturas em °F

Page 101: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Escala de temperatura efetiva normal (para pessoas normalmente vestidas).

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Page 102: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Escala de temperatura efetiva básica ( para homens despidos da cintura para cima).

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Page 103: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Carta Psicrométrica

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Page 104: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exemplo :Características: homens despidos da cintura

para cima.

Temperatura de Bulbo Seco (TBS) = 28°CTemperatura de Bulbo Úmido (TBN) = 21°CTemperatura de Bulbo Úmido (TBN) = 21°CVelocidade do Ar = 0,5 m/s

Temperatura Efetiva (TE) = 22 °C

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Page 105: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Escala de temperatura efetiva básica ( para homens despidos da cintura para cima).

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22ºC

Page 106: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Conforto térmico – NR1717.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas

atividades que exijam solicitação intelectual e atençãoconstantes, tais como: salas de controle, laboratórios,escritórios, salas de desenvolvimento ou análise deprojetos, dentre outros, são recomendadas as seguintesprojetos, dentre outros, são recomendadas as seguintescondições de conforto:

b) índice de temperatura efetiva entre 20°C e 23°C;c) velocidade do ar não superior a 0,75 m/s;d) umidade relativa do ar não inferior a 40 %.

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Page 107: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

NR15 X NR17• A NR-15 determina que as medições dos

parâmetros envolvidos no cálculo do IBUTGsejam feitas no local onde permanece otrabalhador, à altura da região do corpo maisatingida.atingida.

• A NR-17 ressalta que os parâmetros que tratamdas condições de conforto devam ser medidosnos postos de trabalho, na altura do tórax dotrabalhador.

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Page 108: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Medidas de Controle

• Calor– Medidas relativas ao ambiente

• Aclimatização• Ventilação• Barreiras• Barreiras

– Medidas relativas ao Homem• Regime de trabalho• Vestimentas de trabalho e EPI• Exames médicos• Educação e treinamento

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Page 109: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Medidas de Controle

• Frio– Aclimatização– Regime de trabalho– Vestimentas de trabalho e EPI– Vestimentas de trabalho e EPI– Exames médicos– Educação e treinamento

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Page 110: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

ExercíciosUm padeiro possui a seguinte rotina de trabalho: carregaos pães no forno durante 6 minutos, em seguidadescansa sentado numa sala com temperatura maisamena por 20 minutos enquanto os pães assam e,então, retorna ao forno para retirar os pães, levandomais 4 minutos.Considere a taxa de metabolismo para a atividade decarregar e retirar os pães do forno como moderada (300Kcal/h) e a taxa de metabolismo para o repouso sentado

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Kcal/h) e a taxa de metabolismo para o repouso sentadode 100 Kcal/h. As medições de temperaturaapresentaram os seguintes valores:

(i) na sala de descanso:temperatura de globo = 28 ºC etemperatura de bulbo úmido natural = 20 ºC;

(ii) no local de trabalho:temperatura de globo = 54 ºC etemperatura de bulbo úmido natural = 22 ºC.

Page 111: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

1.Calcule, em Kcal/h, o valor da taxa demetabolismo média ponderada para uma hora(M) e assinale a opção que corresponde aovalor correto, desprezando-se a partefracionária.

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2. Com referência às normas regulamentadoras,calcule o valor do índice de bulbo úmido –termômetro de globo (IBUTG) médio ponderadopara uma hora e assinale a opção quecorresponde ao valor correto.

Page 112: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

3. Suponha que o descanso do padeiro seja no próprio local detrabalho (ambiente do forno). Nesse caso, considerando o quadro 1,que faz parte do anexo n.º 3 da NR-15, assinale a opçãocorrespondente ao regime de trabalho intermitente.

(A) Trabalho contínuo.

(B) 45 minutos de trabalho por 15 minutos de descanso.

(C) 30 minutos de trabalho por 30 minutos de descanso.

Fernando Duque Barros

(C) 30 minutos de trabalho por 30 minutos de descanso.

(D) 15 minutos de trabalho por 15 minutos de descanso.

(E) Não é permitido o trabalho sem a adoção de medidas adequadasde controle.

Page 113: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

4. Considerando, além do texto, o anexo 3 da NR- 15, quanto àexposição ao calor, é correto afirmar que

(A) a exposição ao calor deve ser avaliada por meio do índice de bulboúmido – termômetro de globo (IBUTG).

(B) as medidas devem ser efetuadas no local onde permanece otrabalhador, à altura do teto.

(C) os aparelhos usados na medição são anemômetro, barômetro,termômetro de mercúrio comum e termômetro de globo.

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termômetro de mercúrio comum e termômetro de globo.

(D) os períodos de descanso não serão considerados tempo deserviço, para efeitos legais.

(E) trabalhar em pé carregando sacos de farinha de 50 kg éconsiderado atividade leve.

Page 114: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

5. Em um ambiente externo de trabalho com carga solarforam realizadas medições de temperatura e foramobtidos os seguintes resultados:– temperatura de bulbo úmido natural: 33,1º C– temperatura de bulbo seco: 42,0º C– temperatura de globo: 33,4º CDiante dos valores anteriores, o valor do IBUTG é de:

(A) 34,05º C;

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(B) 33,19º C;(C) 34,91º C;(D) 35,77º C;(E) 36,01º C.

Page 115: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

6. Um trabalhador realiza suas atividades laboraisfrente a um forno e descansa realizandorelatórios em outra sala. Os dados abaixorepresentam o ciclo de trabalho destecolaborador. O trabalhador se encontra eminsalubridade?

Fernando Duque Barros

Atividade Tg (°C) Tb (°C) Tempo (min) M (kcal/h) Trabalho frente ao forno 30 25 30 440 Trabalho realizando relatórios 25 20 30 125

Page 116: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

7. Um trabalhador realiza suas atividades laboraisfrente a um forno e descansa realizandorelatórios em outra sala. Os dados abaixorepresentam o ciclo de trabalho destecolaborador. O trabalhador se encontra eminsalubridade? Considerando os dados acima,caso o trabalhador descansasse na mesma salaestaria em insalubridade? Neste caso qual seriaestaria em insalubridade? Neste caso qual seriaa recomendação técnica?

Fernando Duque Barros

Atividade Tg (°C) Tb (°C) Tempo (min) M (kcal/h) Trabalho frente ao forno 35 25 20 500 Trabalho realizando relatórios 27 22 40 125

Page 117: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

RadiaçãoRadiaçãoIonizante Ionizante

eeeeNãoNão--ionizanteionizante

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Page 118: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

RadioatividadeÉ a propriedade que os núcleos atômicos instáveispossuem de emitir partículas e radiaçõeseletromagnéticas, para se transformarem emoutros núcleos mais estáveis.

Natureza das radiaçõesNatureza das radiaçõesAs emissões radioativas, quando submetidas a umcampo elétrico ou magnético, apresentam 3comportamentos distintos:

- emissões α- emissões β- emissões γ

Page 119: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Emissões αααα• Partículas formadas por 2 prótons e 2

nêutrons, que são atirados do núcleo comvelocidade de 20.000 km/s

• 2α4• 2α

• Apresentam:– Maior inércia– Menor poder penetrante nos corpos– Maior poder ionizante sobre o ar

Page 120: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Emissões ββββ

• São elétrons atirados em altíssimavelocidade, entre 70.000 e 290.000 km/s.

• -1β0

• As emissões β são mais penetrantes que asemissões α, chegando a atravessar lâminasemissões α, chegando a atravessar lâminasde Alumínio de 1 cm de espessura

nêutron Pe-

neutrinoββββ

Page 121: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Emissões γγγγ

• Não são partículas, mas sim ondaseletromagnéticas semelhantes à luz, comvelocidade próximo a 300.000 km/s.

• Atravessa 20 cm no aço ou 5 cm no• Atravessa 20 cm no aço ou 5 cm nochumbo.

• Não possui nem carga e nem massa• Do ponto de vista fisiológico, estas

emissões representam o perigo máximo.

Page 122: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

ANEXO N.º 5 RADIAÇÕES IONIZANTES

• Nas atividades ou operações ondetrabalhadores possam ser expostos a radiaçõesionizantes, os limites de tolerância, osprincípios, as obrigações e controles básicospara a proteção do homem e do seu meioambiente contra possíveis efeitos indevidos

Fernando Duque Barros

ambiente contra possíveis efeitos indevidoscausados pela radiação ionizante, são osconstantes da Norma CNEN-NE-3.01(1):"Diretrizes Básicas de Radioproteção", de julhode 1988, aprovada, em caráter experimental,pela Resolução CNEN n.º 12/88, ou daquelaque venha a substituí-la.

(1) http://www.cnen.gov.br/seguranca/normas/mostra-norma.asp?op=301#

Page 123: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

• Portaria/MS/SVS nº 453, de 01 de junhode 1998– Aprova o Regulamento Técnico que

estabelece as diretrizes básicas de proteção

ANEXO N.º 5 RADIAÇÕES IONIZANTES

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estabelece as diretrizes básicas de proteçãoradiológica em radiodiagnóstico médico eodontológico, dispõe sobre o uso dos raios-xdiagnósticos em todo território nacional e dáoutras providências.

Page 124: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

• Portaria/MS/SVS nº 453, de 01 de junho de1998– 2.12 Os limites de dose:

• a) Incidem sobre o indivíduo, considerando a totalidade dasexposições decorrentes de todas as práticas a que ele possaestar exposto.

ANEXO N.º 5 RADIAÇÕES IONIZANTES

Fernando Duque Barros

estar exposto.• b) Não se aplicam às exposições médicas.• c) Não devem ser considerados como uma fronteira entre

"seguro" e "perigoso".• d) Não devem ser utilizados como objetivo nos projetos de

blindagem ou para avaliação de conformidade emlevantamentos radiométricos.

• e) Não são relevantes para as exposições potenciais.

Page 125: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

• Portaria/MS/SVS nº 453, de 01 de junho de 1998– 2.13 Exposições ocupacionais

a) As exposições ocupacionais normais de cada indivíduo,decorrentes de todas as práticas, devem ser controladas demodo que os valores dos limites estabelecidos na Resolução-CNEN n.º 12/88 não sejam excedidos. Nas práticas abrangidaspor este Regulamento, o controle deve ser realizado daseguinte forma:

– (i) a dose efetiva média anual não deve exceder 20 mSv em

ANEXO N.º 5 RADIAÇÕES IONIZANTES

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– (i) a dose efetiva média anual não deve exceder 20 mSv emqualquer período de 5 anos consecutivos, não podendo exceder50 mSv em nenhum ano.

– (ii) a dose equivalente anual não deve exceder 500 mSv paraextremidades e 150 mSv para o cristalino.

b) Para mulheres grávidas devem ser observados os seguintesrequisitos adicionais, de modo a proteger o embrião ou feto:

– (i) a gravidez deve ser notificada ao titular do serviço tão logo sejaconstatada;

– (ii) as condições de trabalho devem ser revistas para garantir quea dose na superfície do abdômen não exceda 2 mSv durante todoo período restante da gravidez, tornando pouco provável que adose adicional no embrião ou feto exceda cerca de 1 mSv nesteperíodo.

Page 126: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

• Portaria/MS/SVS nº 453, de 01 de junho de 1998– 2.13 Exposições ocupacionais

c) Menores de 18 anos não podem trabalhar com raios-xdiagnósticos, exceto em treinamentos.

d) Para estudantes com idade entre 16 e 18 anos, em estágio detreinamento profissional, as exposições devem sercontroladas de modo que os seguintes valores não sejam

ANEXO N.º 5 RADIAÇÕES IONIZANTES

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controladas de modo que os seguintes valores não sejamexcedidos:

– (i) dose efetiva anual de 6 mSv ;– (ii) dose equivalente anual de 150 mSv para extremidades e 50

mSv para o cristalino.

e) É proibida a exposição ocupacional de menores de 16 anos.– 2.14 As exposições normais de indivíduos do público

decorrentes de todas as práticas devem ser restringidas demodo que a dose efetiva anual não exceda 1 mSv.

Page 127: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Dose equivalente (H)• É a grandeza que apresenta a relação

entre a dose absorvida (D) e o tipo de radiação ionizante envolvida, que está associado a características das radiações e sua capacidade de ionização da matéria e sua capacidade de ionização da matéria ( fator Q).

• H = D x Q• Expressa o efeito biológico oriundo da

exposição à radiação.Fernando Duque Barros

Page 128: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Dose equivalente (H)

• Equação:

H = D x Q

• Unidade:

J/kg = Sv (Sivert)

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Page 129: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Medidas de controle

• Controle da distância entre fonte e trabalhador;

• Blindagem da fonte;• Limitação do tempo de exposição;• Limitação do tempo de exposição;• Uso de barreiras;• Limpeza adequada do local de trabalho;• Sinalização;• Controle médico.

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Page 130: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

ANEXO N.º 7RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES

1. Para os efeitos desta norma, são radiaçõesnão-ionizantes as microondas, ultravioletas elaser.

2. As operações ou atividades que exponham ostrabalhadores às radiações não-ionizantes, sema proteção adequada, serão consideradas

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trabalhadores às radiações não-ionizantes, sema proteção adequada, serão consideradasinsalubres, em decorrência de laudo deinspeção realizada no local de trabalho.

3. As atividades ou operações que exponham ostrabalhadores às radiações da luz negra(ultravioleta na faixa - 400-320 nanômetros) nãoserão consideradas insalubres.

Page 131: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

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Page 132: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Medidas de controle

• Microondas– Enclausuramento das fontes– Uso de barreiras– Sinalização– Exames médicos

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Page 133: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Medidas de controle

• Radiação ultravioleta– Uso de barreiras– EPI– Sinalização– Exames médicos

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Page 134: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Medidas de controle

• Laser– Uso de barreiras– EPI– Sinalização– Treinamento

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Page 135: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Alguns aspectos legais

• Lei 7.923/89: gratificação de raios X

• Portaria 518/2003: Periculosidade –NR16, anexoNR16, anexo

• Orientações jurisprudenciais da Seção deDissídios Individuais 1 (SDI-1) do tribunalSuperior do Trabalho – nr. 173

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Page 136: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

NR-17 – Iluminamentoantigo anexo 4 / NR15

17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminaçãoadequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada ànatureza da Atividade.

17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuídae difusa.e difusa.

17.5.3.2.A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada einstalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos,sombras e contrastes excessivos.

17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observadosnos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidosna NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.

Page 137: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

LEGISLAÇÃO

17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos nosubítem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde serealiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro comfotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e emfotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e emfunção do ângulo de incidência.

17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalhoprevisto no subitem 17.5.3.4 este será um plano horizontal a0,75 m do piso.

Page 138: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

TÉCNICA DE MEDIÇÃO

• Equipamento calibrado• Evitar temperaturas e umidades elevadas• Expor fotocélula à luz de 5 a 15 min, para estabilizar.• Medição deve ser feita no campo de trabalho (0,75 m

do solo se não definido o plano)• Fotocélula deve ficar paralela à superfície de trabalho• Evitar fazer sombras• Não usar roupas claras• Procurar realizar leituras nos piores casos• Lâmpada de vapor de sódio ou mercúrio - corrigir

leitura de acordo com catálogo do fabricante

Page 139: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

NBR 5413

Tabela 1 - Iluminâncias por classe de tarefas visuais

ClasseIluminância

(lux)Tipo de Atividade

20 - 30 - 50 Áreas públicas com arredores escuros50 - 75 - 100 Orientação simples para permanência curta.

100 - 150 - 200 Recintos não usados para trabalho contínuo;depósitos.

AIluminação geralpara áreas usadasininterruptamente oucom tarefas visuais 200 - 300 - 500 Tarefas com requisitos visuais limitados,com tarefas visuaissimples

200 - 300 - 500 Tarefas com requisitos visuais limitados,trabalho bruto de maquinaria, auditórios.

500 - 750 - 1000 Tarefas com requisitos visuais normais,trabalho médio de maquinaria, escritórios.

BIluminação geralpara área de trabalho

1000 - 1500 - 2000 Tarefas com requisitos especiais, gravaçãomanual, inspeção, indústria de roupas.

2000 - 3000 - 5000 Tarefas visuais exatas e prolongadas,eletrônica de tamanho pequeno.

5000 - 7500 - 10000 Tarefas visuais muito exatas, montagem demicroeletrônica.

CIluminação adicionalpara tarefas visuaisdifíceis

10000 - 15000 - 20000 Tarefas visuais muito especiais, cirurgia

Page 140: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

NBR 5413

Tabela 2 - Fatores determinantes da iluminância adequada

PesoCaracterísticas datarefa e doobservador

-1 0 +1observadorIdade inferior a 40 anos 40 a 55 anos Superior a 55 anosVelocidade eprecisão

Sem importância Importante Crítica

Refletância do fundoda tarefa

Superior a 70% 30 a 70% Inferior a 30%

Page 141: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

NBR 5413NBR 54135.3. Iluminâncias em lux, por tipo de atividade (valores médios em serviço)

5.3.1. Acondicionamento� engradamento, encaixotamento e empacotamento ………………. 100 - 150 - 200

5.3.2. Auditórios e anfiteatros� tribuna ……………………………………………………………. 300 - 500 - 750� platéia ……………………………………………………………. 100 - 150 - 200� platéia ……………………………………………………………. 100 - 150 - 200� sala de espera .……………………………………………………. 100 - 150 - 200� bilheterias…………………………………………………………. 300 - 150 - 750

5.3.3. Bancos� atendimento ao público……………………………………………. 300 - 500 - 750� máquinas de contabilidade..………………………………………. 300 - 500 - 750� estatística e contabilidade …..……………………………………. 100 - 150 - 200� bilheterias…………………………………………………………. 300 - 150 - 750

Page 142: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

NBR 5413Seleção do valor iluminância por classe de tarefa visual - Tabela 1 e 2

• analisar cada característica para determinar o seu peso(-1, 0 ou +1);

• somar os três valores encontrados algebricamente,• somar os três valores encontrados algebricamente,considerando o sinal;

• usar a iluminância inferior do grupo, quando o valor totalfor igual a -2 ou -3; a iluminância superior quando asoma for +2 ou +3; e a iluminância média nos outroscasos.

Page 143: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

NBR 5413 Seleção do Valor Recomendado - Ítem 5.3

• Considerar o valor do meio na maioria dos casos.• Usar o valor mais alto quando:

a) a tarefa se apresenta com refletâncias e contrastes bastantebaixos;

b) erros são de difícil correção;c) o trabalho visual é crítico;d) alta produtividade ou precisão são de grande importância;e) a capacidade visual do observador está abaixo da médica.

• Usar o valor mais baixo quando:a) refletâncias ou contrastes são relativamente altos;b) a velocidade e/ou precisão não são importantes;c) a tarefa é executada ocasionalmente.

Page 144: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Trabalhos Trabalhos em em

ambientesambientesambientesambientespressurizadospressurizados

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Page 145: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS

• TRABALHOS SOB AR COMPRIMIDO– Trabalhos sob ar comprimido são os efetuados em ambientes

onde o trabalhador é obrigado a suportar pressões maiores quea atmosférica e onde se exige cuidadosa descompressão.

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• A atividade é considerada insalubre.

• Limite superior de pressão: 3,4 kgf/cm2

Page 146: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS

Períodos máximos de trabalhos sob pressão:

Pressão de trabalho kgf/cm2 Período máximo em horas

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0 – 1,0 8

1,1 – 2,5 6

2,6 – 3,4 4

Page 147: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS

Compressão:1°minuto: 0,3 atmDepois: seguir uma taxa de 0,7 atm/min

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Descompressão:Seguir as paradas conforme as tabelas do anexo 6/NR15Taxa de descompressão: 0,4 atm/min

Qualidade do ar de adução: anexo 6/NR15

Page 148: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

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Page 149: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

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Page 150: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS

Medidas de controleRelativas ao ambiente:

Ventilação contínua min. 30 ft3/min/homemTGU = 27 ºCSistema de comunicaçãoPressão máxima = 3,4 atm

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Pressão máxima = 3,4 atm

Relativas ao pessoalUma compressão a cada 24hIdade entre 18 e 45 anosExame médicoPlaqueta de identificação

Page 151: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

VibraçãoVibraçãoVibraçãoVibração

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Page 152: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

ANEXO N.º 8 VIBRAÇÕES

• 1. As atividades e operações que exponham ostrabalhadores, sem a proteção adequada, àsvibrações localizadas ou de corpo inteiro, serãocaracterizadas como insalubres, através deperícia realizada no local de trabalho.

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• 2. A perícia, visando à comprovação ou não daexposição, deve tomar por base os limites detolerância definidos pela OrganizaçãoInternacional para a Normalização - ISO, emsuas normas ISO 2631 e ISO/DIS 5349 ou suassubstitutas.

Page 153: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

ANEXO N.º 8 VIBRAÇÕES

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Page 154: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exposição do Corpo Humano à vibração

• O corpo humano é um sistema (física ebiologicamente) extremamente complexo.Quando estudado como um sistemamecânico, contém um grande número de‘elementos’ lineares e não lineares compropriedades mecânicas diferentes de pessoapara pessoa.

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para pessoa.

• Biologicamente a situação é mais complexa,especialmente quando efeitos psicológicossão incluídos. Em consideração à resposta dohomem para vibrações e choques énecessário levar em conta, porém, efeitosmecânicos e psicológicos.

Page 155: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exposição do Corpo Humano à vibração

• Os conhecimentos sobre conforto, fadiga e diminuição daeficiência, são baseados em dados estatísticos coletados naprática e em condições experimentais.

• Em função da dificuldade em realizar ensaios experimentaiscom seres humanos, do tempo consumido e por problemaséticos, muitos conhecimentos sobre efeitos danosos sãoobtidos em experimentos com animais.

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obtidos em experimentos com animais.

• Assim, não é sempre possível obter uma escala deresultados em experimentos com animais correlacionada como homem, mas apenas informações aproximadas.

• Considerando o corpo humano como um sistema mecânico,pode-se (a baixas freqüências e baixos níveis de vibração)obter aproximadamente um sistema de parâmetros.

Page 156: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exposição do Corpo Humano à vibração

• Uma das mais importantes partes desse sistema diz respeito aoefeito da vibração e choque do sistema tórax-abdomen. Isso édevido a um efeito distinto de ressonância que ocorre na faixa entre3 e 6 Hertz que produz uma maior amplitude no movimento parapessoas sentadas ou em pé.

• Outro efeito de ressonância é encontrado entre 20 e 30 Hz, que écabeça-pescoço-ombro

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• Outro efeito de ressonância é encontrado entre 20 e 30 Hz, que écausada pela ressonância do sistema cabeça-pescoço-ombro.

• Também na região de 60 a 90 Hz são sentidos distúrbios pelaressonância do globo ocular.

• O mesmo efeito é sentido no sistema crânio-maxila, que aconteceentre 100 e 200 Hz.

• Acima de 100 Hz as partes do corpo absorvem a vibração, nãoocorrendo ressonâncias.

Page 157: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exposição do Corpo Humano à vibração

SINTOMAS FREQÜÊNCIA Sensação geral de desconforto 4-9 Sintomas na cabeça 13-20 Maxilar 6-8 Influência na linguagem 13-20 Garganta 12-19

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Garganta 12-19 Dor no peito 5-7 Dor abdominal 4-10 Desejo de urinar 10-18 Aumento do tonus muscular 13-20 Influência nos movimentos respiratórios 4-8 Contrações musculares 4-9

Page 158: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

• Há, basicamente, três tipos de exposiçãohumana à vibração:

– Vibrações transmitidas simultaneamenteà superfície total do corpo e/ou a partessubstanciais dele.

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substanciais dele.• Isto acontece quando o corpo está imerso em

um meio vibratório.• Há circunstâncias em que isto é de interesse

prático, por exemplo, quando ruídos de altaintensidade no ar ou na água excitam vibraçõesno corpo.

Page 159: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

– Vibrações transmitidas ao corpo comoum todo através de superfícies desustentação, como os pés de um homemem pé, ou as nádegas de um homemsentado, ou a área de sustentação de um

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sentado, ou a área de sustentação de umhomem recostado.

• Este tipo de vibração é comum em veículos, emconstruções em movimento vibratório e nasproximidades de maquinário de trabalho.

Page 160: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

– Vibrações aplicadas a partes específicasdo corpo, como cabeça e membros.

• Exemplos destas vibrações ocorrem por meio de

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cabos, pedais ou suportes de cabeça, ou porgrande variedade de ferramentas e instrumentosmanuais

Page 161: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

• O equipamento de medida de vibração,geralmente consiste nas seguintes partes:– um transdutor ou “pick-up”,– um dispositivo amplificador (elétrico,

mecânico ou óptico) e– um indicador de nível ou registrador.

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– um indicador de nível ou registrador.

Page 162: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

• Na avaliação prática de qualquer vibração, cujadescrição física pode ser dada em termosdestes fatores, três critérios humanos principaispodem ser distinguidos. São eles:– a) A preservação da eficiência de trabalho (“Nível de

eficiência reduzido (fadiga)”);

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– b) A preservação da saúde ou segurança (“Limite deexposição”) ;

– c) A preservação do conforto (“nível de confortoreduzido”).

Page 163: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Avaliação de vibração para fins de insalubridade

• A perícia deve ser feita com base nasnormas– ISO 2631: vibração de corpo inteiro– ISO 5349: vibração localizada ou mão e braço

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– ISO 5349: vibração localizada ou mão e braço

• A NR9 estabelece que os resultados daavaliação quantitativa devem sercomparados com os limites da ACGIHquando não houver definição por parte daNR15.

Page 164: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Avaliação de vibração para fins de insalubridade

• limites da ACGIH: vibração localizada -mãos

Exposição diária AEQ em m/s2

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Exposição diária AEQ em m/s

4h – 8h 4

2h – 4h 6

1h – 2h 8

Menos de 1h 12

Se um dos eixos de vibração exceder à exposição total diária,então o TLV estará excedido.

Page 165: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Avaliação de vibração para fins de insalubridade

• A CE estabelece os limites:– Vibração de corpo inteiro

• 1,15 m/s2 para 8h– (ISO 2631 / Diretiva 2002-44-EC)

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– Vibração localizada (mão e braço)• 5,00 m/s2 para 8h

– (ISO 5349 / Diretiva 2002-44-EC)

• Nenhuma norma legal autoriza a utilizaçãodesses limites para fins de caracterização deinsalubridade, PPRA ou aposentadoria especial.

Page 166: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Fator W para avaliação de vibraçãoPosição Aplicação Local Medição Eixo Fator K

Sentado

Saúde Assento

XYZ

1,41,41

Assento X, Y, Z 1

X 0,8

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SentadoConforto

Assento-encosto YZ

0,50,4

Piso

XYZ

0,250,250,4

Percepção Assento X, Y, Z 1

Em pé ou deitado

Conforto e Percepção

Abaixo da bacia ou Piso X, Y, Z 1

Page 167: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Procedimento de avaliação

• Aceleração Soma vetorial (At)

At = ((kx x ax)2 + (ky x ay)2 + (kz x az)2)1/2

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a = aceleração em cada eixo em m/s2

k = fator para cada eixo

Fator k:Corpo inteiro: kx = ky = 1,4; kz = 1

Localizado: kx = ky = kz = 1

Page 168: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Procedimento de avaliação• Aceleração equivalente ponderada

(AEQ)AEQ = ((a1

2 x t1 + an2 x tn)/T)1/2

a = aceleração em m/s2

T = tempo total

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T = tempo totalt = tempo parcial de cada aceleração

• Aceleração normalizada para a Jornada de 8h (A8)

A8 = AEQ x (T/8)1/2

Page 169: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Duração total da exposição do grupo em anos, necessária para a ocorrência dos

episódios de branqueamento nos dedos em 10% dos expostos (DY)

DY = 31,8 x (A8)-1,06

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DY = 31,8 x (A8)

– A8 = exposição diária normalizada para um período de 8 horas.

– Dy em anos.

Page 170: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Medidas de controle• Preferencialmente são tomadas na fonte e

em seguida na trajetória.

1. Evitar contato entre o trabalhador e aferramenta.ferramenta.

Ex.: braços articulados

2. Tratamento das máquinas: ação diretacom redução das vibrações.

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Page 171: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Medidas de controle3. Ação sobre a transmissão e propagação:

• Suprimir o meio transmissor;

• Montagens antivibratórias;

• Aumentar inércia de um equipamento.Ex.: Aumentar a massa de um eixo do mancalde um britador

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Page 172: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exercício1. Foram medidas as acelerações ponderadas

em freqüência na exposição de um operadorde moto serra cortando diferentes tipos demadeira, com os tempos e respectivasacelerações:acelerações:

1h: 15 m/s2

3h: 12 m/s2

5h: 10 m/s2

Pede-se, calcular a aceleração equivalente.

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Page 173: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exercício2. Calcular no exercício anterior a Aceleração

normalizada para a Jornada de 8h (A8)

3. Calcular o tempo da exposição do grupo em3. Calcular o tempo da exposição do grupo emanos, necessária para a ocorrência dosepisódios de branqueamento nos dedos em10% dos expostos, para o exercício 1.

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Page 174: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exercício4. Calcular a aceleração vetorial para uma

vibração localizada (mãos), para os dadosabaixo:

ax: 2,4 m/s2

ay: 2,2 m/s2

az: 1,2 m/s2

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Page 175: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

UmidadeUmidadeUmidadeUmidade

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Page 176: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

ANEXO N.º 10 UMIDADE

1. As atividades ou operações executadasem locais alagados ou encharcados, comumidade excessiva, capazes de produzir

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umidade excessiva, capazes de produzirdanos à saúde dos trabalhadores, serãoconsideradas insalubres em decorrênciade laudo de inspeção realizada no local detrabalho.

Page 177: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

AgentesAgentesQuímicosQuímicosQuímicosQuímicos

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Page 178: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

• 1. Nas atividades ou operações nas quais

ANEXO N.º 11AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É

CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE

TRABALHO

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• 1. Nas atividades ou operações nas quaisos trabalhadores ficam expostos aagentes químicos, a caracterização deinsalubridade ocorrerá quando foremultrapassados os limites de tolerânciaconstantes do Quadro n.o 1 deste Anexo.

Page 179: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

• 2. Todos os valores fixados no Quadro nº 1 - Tabela de Limitesde Tolerância são válidos para absorção apenas por viarespiratória.

• 3. Todos os valores fixados no Quadro nº 1 como "AsfixiantesSimples" determinam que nos ambientes de trabalho, empresença destas substâncias, a concentração mínima deoxigênio deverá ser 18 (dezoito) por cento em volume. Assituações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixodeste valor serão consideradas de risco grave e iminente.

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• 4. Na coluna "VALOR TETO" estão assinalados os agentesquímicos cujos limites de tolerância não podem serultrapassados em momento algum da jornada de trabalho.

• 5. Na coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE" estãoassinalados os agentes químicos que podem ser absorvidos, porvia cutânea, e portanto exigindo na sua manipulação o uso daluvas adequadas, além do EPI necessário à proteção de outraspartes do corpo.

Page 180: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

• 6. A avaliação das concentrações dos agentes químicosatravés de métodos de amostragem instantânea, de leituradireta ou não, deverá ser feita pelo menos em 10 (dez)amostragens, para cada ponto - ao nível respiratório dotrabalhador. Entre cada uma das amostragens deveráhaver um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte) minutos.

• 7. Cada uma das concentrações obtidas nas referidasamostragens não deverá ultrapassar os valores obtidos na

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amostragens não deverá ultrapassar os valores obtidos naequação que segue, sob pena de ser considerada situaçãode risco grave e iminente.– Valor máximo = L.T. x F. D.

• Onde:L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.°1.F.D. = fator de desvio, segundo definido no Quadro n.°2.

Page 181: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

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Page 182: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

• 8. O limite de tolerância será considerado excedidoquando a média aritmética das concentraçõesultrapassar os valores fixados no Quadro n.°1.

• 9. Para os agentes químicos que tenham "VALOR

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• 9. Para os agentes químicos que tenham "VALORTETO" assinalado no Quadro n.° 1 (Tabela de Limitesde Tolerância) considerar-se-á excedido o limite detolerância, quando qualquer uma das concentraçõesobtidas nas amostragens ultrapassar os valores fixadosno mesmo quadro.

Page 183: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

• 10. Os limites de tolerância fixados no Quadro n.°1 sãoválidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta eoito) horas por semana, inclusive.– 10.1 Para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e

oito) horas semanais dever-se-á cumprir o disposto no art. 60 daCLT.

• Para adequar dados da ACGIHutilizar a fórmula de Brief & Scala:utilizar a fórmula de Brief & Scala:

FR = 40 x (168 – h)h 128

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Page 184: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Bombas e Tubos Colorimétricos

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Page 185: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

ANEXO N.º 12 LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS

• ASBESTO– 12. O limite de tolerância para fibras respiráveis de asbesto

crisotila é de 2,0 f/cm3.– 12.1. Entende-se por "fibras respiráveis de asbesto" aquelas

com diâmetro inferior a 3 micrômetros, comprimento maior que

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com diâmetro inferior a 3 micrômetros, comprimento maior que5 micrômetros e relação entre comprimento e diâmetrosuperior a 3:1.

– 13. A avaliação ambiental será realizada pelo método do filtrode membrana, utilizando-se aumentos de 400 a 500x, comiluminação de contraste de fase.

– 13.1. Serão contadas as fibras respiráveis conforme subitem12.1 independentemente de estarem ou não ligadas ouagregadas a outras partículas.

Page 186: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

ANEXO N.º 12 LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS

• MANGANÊS E SEUS COMPOSTOS– 1. O limite de tolerância para as operações com manganês e seus

compostos referente à extração, tratamento, moagem, transporte dominério, ou ainda a outras operações com exposição a poeiras domanganês ou de seus compostos é de até 5mg/m3 no ar, para jornadade até 8 (oito) horas por dia.

– 2. O limite de tolerância para as operações com manganês e seuscompostos referente à metalurgia de minerais de manganês, fabricaçãode compostos de manganês, fabricação de baterias e pilhas secas,fabricação de vidros especiais e cerâmicas, fabricação e uso deeletrodos de solda, fabricação de produtos químicos, tintas efertilizantes, ou ainda outras operações com exposição a fumos demanganês ou de seus compostos é de até 1mg/m3 no ar, para jornadade até 8 (oito) horas por dia.

– 3. Sempre que os limites de tolerância forem ultrapassados, asatividades e operações com o manganês e seus compostos serãoconsideradas como insalubres no grau máximo.

Page 187: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

ANEXO N.º 12 LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS

• SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA

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• SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA

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ANEXO N.º 13 AGENTES QUÍMICOS

Relação das atividades e operaçõesenvolvendo agentes químicos,consideradas, insalubres em decorrênciade inspeção realizada no local de trabalho.

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de inspeção realizada no local de trabalho.

Excluam-se desta relação as atividades ouoperações com os agentes químicosconstantes dos Anexos 11 e 12.

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ANEXO N.º 13 AGENTES QUÍMICOS

• Agentes controlados:– Arsênico– Carvão– Chumbo– Cromo

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– Cromo– Fósforo– Hidrocarbonetos– Mercúrio– Silicatos– Substâncias cancerígenas– Benzeno– Outros.

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Classificação, Classificação, estudo e estudo e

exposição dos exposição dos

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exposição dos exposição dos contaminantescontaminantes

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1. Contaminantes

• É sabido que os produtos químicos integrampraticamente a totalidade dos materiais fabricadosatualmente.

• Existem mais de 3 milhões de compostos químicos.

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• Existem mais de 3 milhões de compostos químicos.

• Existem normas referentes à exposição a mais de 500compostos químicos.– National Institute of Occupational Safety and Helth (NIOSH)

• Mais de 5.000 produtos químicos podem ser prejudiciais à saúde.

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Contaminantes

• Na consideração dos riscos provenientes dosprodutos químicos, deve-se analisar osseguintes aspectos:– Os compostos que são considerados perigosos

podem não sê-lo quando se encontram em baixas

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podem não sê-lo quando se encontram em baixasconcentrações.

– Os compostos considerados usualmente como nãoperigosos, podem sê-lo para determinados usos.

– Alguns tipos de compostos podem tornar-seperigosos.

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Ambientes internos e externos

• Ambientes internos:– Existem normas para o manuseio e exposição a

contaminantes em ambientes internos. Levam emconsideração:

• Ventilação, exaustão, temperatura e etc.

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• Ambientes externos:– Existem determinadas leis e regulamentações que

tratam das qualidades que devem ser exigidas daágua e do ar, assim como as referentes àmovimentação e distribuição de materiais perigosos.

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Materiais Perigosos

• No ato emitido no ano de 1972, o FederalInsecticide, Funguicide and Rodenticide Act,estabeleceu o registro de todas os pesticidas,exigindo dos fabricantes documentaçãocomprobatória dos seus ingredientes, bem

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comprobatória dos seus ingredientes, bemcomo as instruções pertinentes ao uso seguro.

• Em 1976, The resource conservation andrecovery Act (RCRA) determinou normas quantoà geração, tratamento, estocagem e distribuiçãode resíduos considerados perigosos à saúde.

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• Divisão dos resíduos industriais– Classe I

• Resíduos perigosos– Pode apresentar riscos à saúde pública e ao meio

ambiente por causa de suas características deinflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade epatogenicidade.

– Classe II

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– Classe II• Resíduos não-inertes

– Resíduos potencialmente biodegradáveis oucombustíveis.

– Classe III• Resíduos inertes

– Resíduos inertes e não combustíveis.

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Resíduos

• Os conceitos de resíduos e lixo sãobastante próximos e muitas vezesentende-se que ambos sejam sinônimos.

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• No dicionário é quase impossíveldiferenciá-los.

• A norma NBR 10.004/97 define resíduosólido

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DEFINIÇÃO NBR10004

“Resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, queresultam de atividades da comunidade, de origem:industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, deserviços e de varrição.

Consideram-se também resíduos sólidos os lodosprovenientes de sistemas de tratamento de água,

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provenientes de sistemas de tratamento de água,aqueles gerados em equipamentos e instalações decontrole de poluição, bem como determinados líquidos,cujas particularidades tornem inviável o seu lançamentona rede pública de esgotos ou corpo d´água, ou exijampara isso soluções técnicas e economicamente inviáveisem face da melhor tecnologia dispónível.”

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RESÍDUO E REJEITO• Rejeito

– algo inservível, cuja única aplicação é a disposição final

• Resíduo– tudo que serve para um processo produtivo próprio ou de terceiros

• Sub-produto

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• Sub-produto– algo que forneça uma remuneração ao negócio menor que a

atividade principal

• Co-produto– algo de valor compatível com o produto da atividade fim do negócio

• Produto– atividade fim de um negócio

Page 200: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Aerossóis

• São partículas em suspensão no ar, em formasólida ou líquida.

• O uso de combustíveis fósseis (carvão, petróleo)e a queima da vegetação são algumas das

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e a queima da vegetação são algumas dascausas de formação dos aerossóis.

• Os aerossóis contribuem para o resfriamento dasuperfície da Terra, por produziremespalhamento e reflexão da luz solar incidente.

Page 201: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Poeiras

• São partículas sólidas produzidas por manipulação,esmagamento, trituração, impacto rápido, explosão edesintegração de substâncias orgânicas ou inorgânicas,tais como rochas, minérios, metais, madeira ou cereais.As poeiras não tendem a flocular, a não ser sob a açãode forças eletrostáticas; não se difundem no ar, porémsedimentam sob a ação da gravidade.

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sedimentam sob a ação da gravidade.

• Exemplo: poeira de sílica, poeira de asbesto, poeira dealgodão.

• Observação: 1 micron ( µm ) equivale a 1/1000 demilímetro ou 1 milionésimo do metro. A menor partículavisível ao olho humano mede, aproximadamente, 1/10 demilímetro.

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Fumos

• São partículas sólidas resultantes da condensação ousublimação de gases, geralmente após volatilização demetais fundidos, que se acompanha amiúde de reaçãoquímica, como oxidação. Os fumos floculam e as vezescoalescem. Partículas <<<< 0,5 µm diâmetro.

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• Exemplos: fumos metálicos em geral (chumbo, alumínio,zinco e etc.) e fumos de cloreto de amônio.

• Fumaça: fumo resultante da combustão incompleta demateriais orgânicos (combustíveis em geral). Se acombustão for completa e o combustível não tiver cinzas,não teremos fumaça. São constituídas por partículas comdiâmetros inferiores a 1 µm.

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Névoas

• São gotículas líquidas em suspensão, produzidaspela condensação de gases e vapores ou pelapassagem de um líquido a estado de dispersão,por respingo, formação de espumas e

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por respingo, formação de espumas eatomização. Partículas <<<< 0,5 µm diâmetro.

• Exemplo: névoas de ácido sulfúrico, névoas detinta e névoas de óleo.

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Vapores

• Forma gasosa de substâncias normalmentesólidas ou líquidas (ou seja, a 25°C e 760mmHg),que podem voltar a estes estados ou por aumentode pressão, ou por diminuição de temperatura.

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– Os vapores são difusíveis.

– Os vapores são substâncias que existem no estadosólido ou líquido nas condições usuais do ambiente.

– O seu tamanho é o molecular.

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Gases• São normalmente fluídos sem forma que ocupam o espaço

que os contém e só podem liquefazer-se ou solidificar-sesob a ação combinada de aumento de pressão e diminuiçãode temperatura.

• Em outras palavras, os gases verdadeiros não estão

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• Em outras palavras, os gases verdadeiros não estãopresentes na forma líquida ou sólida nas condições usuaisdo ambiente em termos de temperatura e pressão.

– O seu tamanho logicamente é o molecular.

– Os gases são difusíveis, não sedimentam nem se aglomeram,chegando a sua divisão ao nível molecular, permanecendo, portanto,intimamente misturados com o ar, sem se separarem por si mesmos.

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2. Generalidades e definições utilizadas em Toxicologia

• Dose• Agente Tóxico

– Veneno– Droga

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– Droga– Antídoto– Ação tóxica– Xenobiótico

• Tempo de exposição

Page 207: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Dose

Paracelsus: O que diferencia um remédio de um veneno é a dose.

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É a quantidade exposta a um agente em um período de tempo.

Dose = ∫ (Concentração do poluente) x d(tempo)

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Agente Tóxico: Veneno

Tóxico causador de graves efeitos, porvezes mortais.

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Todas as substâncias são venenos. Nãoexiste nenhuma que não o seja. É a doseque diferencia o veneno do remédio.Paracelsus

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Agente Tóxico: Droga

É toda a substância química de origem sintética ou naturalque afete o funcionamento do ser vivo com vista aatingir as funções do SNC e, no caso de psicoativoscomo a cocaína, modificar o estado anímico, inibir a dorou alterar a percepção sensorial.

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Os psicoativos podem classificar-se pelo seu grau depureza, dose, acessibilidade e efeitos.

Frequentemente se diferencia um fármaco de uma drogaapenas pelas circunstâncias do seu uso.

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Agente Tóxico: Antídoto

Agente capaz de antagonizar os efeitostóxicos de substâncias.

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Agente Tóxico: Ação tóxicaConcentração

– Quanto maior a concentração, mais rapidamenteseus efeitos nocivos manifestar-se-ão no organismo.

Índice respiratório

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Índice respiratório– Representa a quantidade de ar inalado pelo

trabalhador durante a jornada de trabalho.

Sensibilidade individual– O nível tóxico da substância no organismo.

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Agente Tóxico: Xenobiótico

Substância estranha, capaz de induzir efeitos deletérios sobre os organismos.

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Tempo de exposição

É o período de tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.

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3. Toxicologia Ocupacional• Toxidade é a capacidade relativa de uma substância provocar um dano a

um sistema biológico.

• Já a toxicologia é o estudo dos efeitos nocivos de substâncias estranhassobre os seres vivos.

• A toxidade de uma substância é determinada por meio de exaustivosestudos envolvendo organismos biológicos e não pode ser determinada

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estudos envolvendo organismos biológicos e não pode ser determinadadiretamente utilizando-se os recursos típicos de laboratórios químicos.

• Em geral, os efeitos toxicológicos são estudados mediante aadministração oral ou injeção das substâncias em animais, observando-secomo a saúde deles é afetada.

• Estudos epidemiológicos são diferentes. Eles derivam de pesquisas realizadascom grupos de indivíduos específicos expostos a determinados poluentes, emfunção de seu local de moradia ou seus hábitos de consumo.

Page 215: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Categorias de compostos tóxicos

Asfixiantes: compostos que diminuem a absorção de oxigênio peloorganismo. (nitrogênio, monóxido de carbono, cianetos);

Irritantes: materiais que causam inflamação nas membranasmucosas (ácido sulfúrico, sulfeto de hidrogênio, HCs aromáticos);

Carcinogênicos: provocam câncer (benzeno, aromáticospolicíclicos);

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Neurotóxicos: danos ao sistema nervoso (compostosorganometálicos);

Mutagênicos: causam mutações genéticas;

Teratogênicos: provocam malformações congênitas;

Hepatotóxicos: danos ao fígado (tetracloreto de carbono);

Fitotóxicos: danos a flora.

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4. Monitorização Ambiental

• O toxicologia ambiental estuda os danos provocadosaos organismos pela exposição a xenobióticospresentes no meio ambiente.

• O objetivo principal da toxicologia ambiental é avaliar osimpactos na saúde pública decorrentes da exposição deuma população a um local contaminado.

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uma população a um local contaminado.• É conveniente enfatizar que os efeitos são estudados

sobre os seres humanos, embora eles possam serprovocados também aos microorganismos, plantas,animais, etc.

• Um xenobiótico é qualquer substância que não foiproduzida pelo biota, tal como os produtos industriais,drogas terapêuticas, conservantes alimentícios,produtos inorgânicos, etc.

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5. Limites de Exposição Ambiental (LEO)

• Exposições crônicas- São as que duram entre 10% a 100% do período de vida do ser. Para os seres humanos entre 7 e 70 anos.

• Exposições subcrônicas – São aquelas de

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• Exposições subcrônicas – São aquelas de curta duração, menores do que 10% do período vital.

• Exposições agudas.- São exposições de um dia ou menos e que ocorrem em um único evento.

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5. Limites de Exposição Ambiental (LEO)

• Dose Letal (DL50) para a toxidade oral aguda corresponde à doseda substância que, administrada oralmente, tem a maiorprobabilidade de provocar a morte, num prazo de 14 dias, de 50%dos ratos albinos submetidos ao teste.

• Dose Letal (DL50) para a toxidade dérmica aguda corresponde àdose administrada por contato contínuo com a pele nua de coelhos

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dose administrada por contato contínuo com a pele nua de coelhosalbinos, por 24 horas, que tem a maior probabilidade de provocar amorte de metade dos animais testados, em até 14 dias.

• Concentração Letal (CL50) para a toxidade aguda por inalaçãocorresponde à concentração de vapor, neblina ou pó que,administrada por inalação contínua a ratos albinos por uma hora,tem a maior probabilidade de provocar, num prazo de 14 dias, amorte de 50% dos animais testados.

Page 219: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

5. Limites de Exposição Ambiental (LEO)

Toxidade Crônica e Sub-Crônica

• Para a toxidade sub-crônica, os testes são realizados durante 30 a90 dias e para a crônica, normalmente os estudos levam de 18 a 24meses.

• Os níveis de dose ou concentração obtidos são normalmente,

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• Os níveis de dose ou concentração obtidos são normalmente,menores do que para a toxidade crônica.

• O propósito destes testes é determinar as doses ou asconcentrações em que:– B1) Não se observam quaisquer efeitos ou o NENO - Nível de Efeito

Não Observado, (No Observed Effects Level - NOEL);

– B2) Se observam os menores efeitos, como o NEMBO - Nível maisBaixo de Efeito Observado, (Lowest Observed Level - LOEL).

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6. Toxicocinética

• Inclui todos os processos envolvidos na relação entre adisponibilidade química e a concentração do fármaconos diferente tecidos do organismo.

• Intervêm nesta fase a absorção, a distribuição, oarmazenamento, a biotransformação e a excreção das

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• Intervêm nesta fase a absorção, a distribuição, oarmazenamento, a biotransformação e a excreção dassubstâncias químicas.

• As propriedades físico-químicas dos toxicantesdeterminam o grau de acesso aos órgãos-alvos, assimcomo a velocidade de sua eliminação do organismo.

Page 221: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Glossário de Termos

ACGIH (American Conference of Governmental IndustrialHygienist) – Conferência Norte Americana deHigienistas Industriais Governamentais.

OSHA (Occupational Safety and Health Administration) –Departamento de Segurança e Saúde Ocupacional

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Departamento de Segurança e Saúde OcupacionalNorte Americana.

NIOSH (National Institute for Occupational Safety andHealth) – Instituto Nacional para Segurança e SaúdeOcupacional dos Estados Unidos.

AIHA (American Industrial Hygiene Association) –Associação Americana de Higiene Industrial.

Page 222: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Glossário de TermosTLV (Threshold Limit Values) – Limite de Tolerância ACGIH.

TWA (Time Weighted Average) – Concentração MédiaPonderada Diária.

TLVs – Valores Tetos (Ceiling) – valor máximo daconcentração instantânea.

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TLVs – Valores Tetos (Ceiling) – valor máximo daconcentração instantânea.

Fator de Proteção Requerida (FPR) – é a relação daconcentração de uma substância presente no aratmosférico com o TLV (ou LT).obs.: o respirador selecionado deve possuir um fator deproteção maior ou igual ao FPR

Page 223: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Glossário de TermosPEL (Permissible Exposure Level) – Nível de

Exposição Permitida pela OSHA.

WEEL (Workplace Environmental Exposure Level) –Nível de Exposição Ambiental Permitida – NIOSH.

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STEL (Short – Term Exposure Limit) – Limite deExposição Para Períodos Curtos.

IPVS – Imediatamente Perigoso à Vida e à Saúde(IDHL – Immediately Dangerous to Health andLife).

Page 224: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Nível IPVS

• Refere-se especificamente à exposiçãorespiratória aguda que supõe umaameaça direta de morte ou conseqüênciasadversas irreversíveis à saúde, imediata

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adversas irreversíveis à saúde, imediataou retardada, ou exposições agudas aosolhos, que impeçam a fuga da atmosferaperigosa.

Page 225: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Limiar de Odor• Indica a margem do limite de odor dos

compostos químicos para os quais essainformação encontra-se disponível, tendo-secomo referência principal a publicação da AIHA.

• Os limiares de odor foram estabelecidos para

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• Os limiares de odor foram estabelecidos paracada composto separadamente, sem apresença de contaminantes.

• Essa situação raramente ocorre em umambiente de trabalho e, portanto, cuidadosespeciais são necessários ao utilizar essesvalores.

Page 226: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

TLV

• Os limites de exposição apresentados são os da ACGIH Threshold Limit Values.

• As concentrações são expressas em ppm,

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• As concentrações são expressas em ppm, a menos que especificado como mg/m3 ou alguma outra unidade.

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TWA

• Limites de Exposição referente aConcentração Média Diária por 8 horas detrabalho, 40 horas semanais.

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Page 228: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

TLVs

• Valores tetos referem-se a concentraçõesque não poderão ser excedidas durantequalquer período de exposição dotrabalhador.

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trabalhador.

Page 229: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

STEL

• Limite de Exposição para Períodos Curtosé uma média ponderada para 15 minutos,a qual não deverá ser excedida a qualquertempo, durante o período de trabalho.

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tempo, durante o período de trabalho.

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Meios de Absorção Meios de Absorção dos Agentes Nocivosdos Agentes Nocivos

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dos Agentes Nocivosdos Agentes Nocivos

Page 231: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

As vias de exposição

• Os efeitos tóxicos podem ser provocados pormeios químicos, por radiação ou até por ruído edependem das vias de exposição.

• Elas indicam como as substâncias penetram

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• Elas indicam como as substâncias penetramnos organismos.

• Para o ser humano as principais vias são por:– Cutânea: contato com a pele;– Respiratória: inalação;– Digestiva: ingestão.

Page 232: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Absorção

• É a passagem de substâncias do local de contato para a circulação sanguínea.

• Nessa passagem, os agentes atravessam várias barreiras, como:

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várias barreiras, como:– epitélio estratificado da pele, – pulmões, – trato gastrintestinal e – endotélios capilares.

Page 233: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Absorção

• Os xenobióticos atravessam asmembranas por diferentesmecanismos, dependendo de suas

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mecanismos, dependendo de suaspropriedades físico-químicas.

Page 234: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Absorção pela pele e mucosas• Gases

– Os gases e vapores liberados pelos produtos podemcausar lesões à pele e mucosas da boca, nos olhos eno nariz.

• Sólidos

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• Sólidos– Alguns produtos químicos apresentam maior

facilidade de penetração no organismo pela pele.

• Líquidos– Os líquidos, como os ácidos, álcalis e solventes, ao

atingirem a pele, podem ser absorvidos ouprovocarem graves lesões.

Page 235: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Absorção pela via respiratória

• Gases– Os fumos, fumaças, gases, vapores e névoas

penetram facilmente no organismo, atingindo ospulmões, passando para a corrente sanguínea.

• Sólidos

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• Sólidos– São os mais comuns, sendo que partículas muito

finas podem vencer as barreiras naturais das viasrespiratórias atingindo os pulmões.

• Líquidos– Através da evaporação de líquidos, os vapores

atingem as vias respiratórias.

Page 236: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Absorção pelo trato digestivo

• Gases– Embora em menor proporção, a contaminação por esta via é

possível. O hábito de respirar pela boca facilita a penetração.

• Sólidos– Embora em menor proporção, a contaminação por esta via é

possível. Hábitos inadequados como alimentar-se ou ingerir

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possível. Hábitos inadequados como alimentar-se ou ingerirlíquidos no local de trabalho, umedecer os lábios com a língua,fumar, usar as mãos para beber água e falta de higienecontribuem para a ingestão de substâncias nocivas.

• Líquidos– Embora seja mais difícil de ocorrer, há casos de ingestão

acidental ou proposital. Conforme o tipo de produto ingerido,podem ocorrer lesões. Se não forem ministrados socorros deurgência, o envenenamento pode ser fatal.

Page 237: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Excreção

• Podem ocorrer:

– Fezes

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– Urina

– Suor

Page 238: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

1. Alterações cardiovasculares e respiratórias;

2. Alterações do sistema nervoso;

3. Lesões orgânicas:

4. Lesões carcinogênicas / tumorigênicas;

5. Lesões teratogênicas (malformações do feto);

Principais efeitos deletérios

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5. Lesões teratogênicas (malformações do feto);

6. Alterações genéticas:aneuploidização - ganho ou perda de um cromossomo inteiro.

clastogênese - aberrações cromossômicas com adições, falhas, re-arranjos de partes de cromossomos.

mutagênese - alterações hereditárias produzidas na informação genética armazenada no DNA (ex. radiações ionizantes).

Page 239: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

7. Infertilidade - masculina, feminina ou mista.teratogênese - provocada por agentes infecciosos ou drogas.

aborto - precoce ou tardio

8. Alterações da capacidade reprodutora

9- Alguns exemplos:

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9- Alguns exemplos:

Vitamina A - Atraso mental; cérebro e coração.

Talidomida - Coração e membros.

Fenobarbital - Palato; coração; atraso mental.

Álcool - Defeitos faciais; atraso mental.

Cloranfenicol - Aplasia medular

Page 240: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Comparação de risco da exposição aos carcinogênicos

% HERP1 Agente de Risco

0,0003 Carbaril (inseticida) 2,6 µg/dia

0,002 DDT, 14 µg/dia

0,03 Suco de laranja, 140g/dia (4,3 mg d-limoneno)

0,1 Café, 13,3 g/dia (24mg ácido caféico)

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0,1 Café, 13,3 g/dia (24mg ácido caféico)

0,5 Vinho, 28g/dia

2,1 Cerveja, 260g/dia

6,8 Butadiena, 66mg/dia

14 Fenobarbitol, 60mg/dia (1 pílula para dormir)

1 Exposição humana que gera tumores em roedores. Risco de câncer combase na exposição diária média de uma pessoa normal às substâncias nodecorrer de uma vida.

Page 241: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Interações entre substânciasA exposição simultânea a várias substâncias pode alterar uma série defatores (absorção, ligação protéica, metabolização e excreção) queinfluem na toxicidade de cada uma delas em separado.

Assim, a resposta final a tóxicos combinados pode ser maior ou menorque a soma dos efeitos de cada um deles, podendo-se ter:

Efeito Aditivo - efeito final igual à soma dos efeitos de cada um dosagentes envolvidos;

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agentes envolvidos;

Efeito Sinérgico - efeito maior que a soma dos efeitos de cada agenteem separado;

Potencialização - o efeito de um agente é aumentado quando emcombinação com outro agente;

Antagonismo - o efeito de um agente é diminuído, inativado oueliminado quando se combina com outro agente.

Page 242: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Produtos químicos e seus riscos

inflamável oxidante

Rotulagem

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tóxico

corrosivo

nocivo ouirritante

explosivo

Page 243: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

SIMBOLOGIAS E TERMINOLOGIAS DE RISCO A SEREM UTILIZADAS NOS RÓTULOS

PREVENTIVOS• INSTRUÇÃO NORMATIVA N°16 / 2004

– ROTULAGEM PREVENTIVA DE PRODUTOS QUÍMICOS• 6.1.1. Simbologia internacional (ONU) de risco constando de losangos com

figuras e cores padronizadas, de acordo com a seguinte classificação dos produtos.

– Classe 1 – Explosivos

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– Classe 2 – Gases– Classe 3 – Líquidos Inflamáveis– Classe 4 – Sólidos Inflamáveis– Classe 5 – Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos– Classe 6 – Substâncias Venenosas, Tóxicas ou Infectantes– Classe 7 – Substâncias Radioativas– Classe 8 – Corrosivos– Classe 9 – Substâncias Perigosas Diversas

Page 244: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exercícios

• O NOEL de um produto químico é 0,01mg/kg/dia. Qual será seu valor de IDAdeterminado para adultos? Qual a massamáxima de composto que uma mulher de

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máxima de composto que uma mulher de55 kg pode ingerir diariamente?– Obs.:

• NOEL = Nível de efeito não-observáveis• IDA = Ingestão diária aceitável

Page 245: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Exercícios

• Considera-se a cafeína segura sob consumo em condições normais. Supondo-se que os seres humanos e os ratos sejam igualmente sensíveis aos efeitos tóxico da cafeína, quantas xícaras de café tomadas consecutivas seriam letais a

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de café tomadas consecutivas seriam letais a 50% de um grupo de indivíduos com 70kg de massa? Suponha que a xícara de café contenha aproximadamente 140mg de cafeína. A DL50 em mg/kg da cafeína é 130.

Page 246: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

AgentesAgentesBiológicosBiológicosBiológicosBiológicos

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Page 247: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

ANEXO N.º 14 AGENTES BIOLÓGICOS

• Insalubridade de grau máximo – Trabalho ou operações, em contato permanente com:

• pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados;

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• carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças infecto-contagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);

• esgotos (galerias e tanques); e

• lixo urbano (coleta e industrialização).

Page 248: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

• Insalubridade de grau médio – Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes,

animais ou com material infecto-contagiante, em:• hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios,

postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);

• hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais);

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tais animais); • contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de

soro, vacinas e outros produtos;• laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão só

ao pessoal técnico); • gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia

(aplica-se somente ao pessoal técnico); • cemitérios (exumação de corpos);• estábulos e cavalariças; e • resíduos de animais deteriorados.

Page 249: Curso de Higiene_Prof Fernando Barros

Porcentagem de Insalubridade

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