Curso de Estrat Gias e Finan as Empresariais

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E FINANÇAS EMPRESARIAIS Instrutor: ALAELSON CRUZ DOS SANTOS Promoção: IEL Instituto Euvaldo Lodi/SE Período: OUTUBRO-DEZEMBRO/2010 Horário: SÁBADOS (08:00 às 12:00 e 13:30 às 17:30) Participante:

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Estratégia financeira empresarial

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

Instrutor: ALAELSON CRUZ DOS SANTOS

Promoção: IEL – Instituto Euvaldo Lodi/SE

Período: OUTUBRO-DEZEMBRO/2010

Horário: SÁBADOS (08:00 às 12:00 e 13:30 às 17:30)

Participante:

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

SUMÁRIO NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 03

1. Introdução à Administração Financeira 03

2. Administração Financeira das Empresas 05

3. Liquidez e Rentabilidade 06

4. Áreas de decisões Financeiras 07

5. Organização da função Financeira 08

ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 10

PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE CURTO PRAZO 16

PLANEJAMENTO FINANCEIRO EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 21

A IMPORTÃNCIA DA CONTABILIDADE COMO LINGUAGEM DOS NEGÓCIOS 23

TEXTOS PARA REFLEXÃO 36

ORÇAMENTO DE CAIXA 49

PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO 53

ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO EMPRESARIAL 56

ESTUDO DE CASO PARA ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTO 56

SOLUÇÃO DE CASOS PRÁTICOS SOBRE CONTABILIDADE 76

CASOS DE ANÁLISE FINANCEIRA 92

EXERCÍCIOS DE ORÇAMENTO DE CAIXA 96

ADMINISTRAÇÃO DE CONTAS A RECEBER 100

CASOS DE ANÁLISE DA ALTERAÇÃO DA POLÍTICA DE CRÉDITO 105

AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DE CAPITAL DE GIRO 108

CONCILIAÇÃO BANCÁRIA 109

GESTÃO FINANCEIRA NA PEQUENA EMPRESA - CONTROLE E

PLANEJAMENTO DE CAIXA

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QUESTÕES OBJETIVAS 116

QUESTÕES SUBJETIVAS 122

QUESTÕES 123

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

1. Introdução à Administração Financeira A área de Administração Financeira é a mais ampla das três áreas e a que oferece o maior número de oportunidades de emprego. A administração financeira é importante em todos os tipos de negócio, incluindo-se bancos e outras instituições financeiras, bem como indústrias e empresas varejistas.

Elas também são importantes em operações governamentais e escolas. As funções encontradas em administração financeira variam de decisões concernentes a expansões de fábricas à escola dos tipos de títulos a serem emitidos para financiar a expansão.

Os gerentes financeiros também têm a responsabilidade de decidir os termos de crédito sob os quais os clientes podem comprar, quanto estoque a empresa pode carregar, quanto dinheiro deve ter em mãos, se devem adquirir outras empresas(análise de fusões) e quanto dos lucros da empresa deve ser investido de volta no negócio versus pagamento de dividendos.

Qualquer que seja a área de sua escolha, você precisará conhecer todas as três. Por exemplo, um banqueiro que faça empréstimos a empresa não pode realizar bem seu trabalho sem um bom entendimento de administração financeira, porque deve ser capaz de julgar se uma empresa está ou não sendo bem operada.

1.1 Administração Financeira e a Economia A importância da Economia para o desenvolvimento do ambiente financeiro e teoria financeira pode ser melhor apurada em função de suas duas áreas mais amplas – Macroeconomia e Microeconomia.

A Macroeconomia estuda o ambiente global, institucional e internacional em que a empresa precisa operar, enquanto que a Microeconomia trata da determinação de estratégias operacionais ótimas para empresas ou indivíduos. Cada uma dessas áreas será discutida sucintamente, sendo tratadas suas relações com a Administração Financeira.

Macroeconomia é a partir de teorias macroeconômicas que o ambiente financeiro (onde as funções financeiras são implementadas) se estabelece. A Macroeconomia estuda a estrutura institucional do sistema bancário, intermediários financeiros, o tesouro nacional e as políticas econômicas que o governo federal dispõe para

controlar satisfatoriamente o nível de atividade econômica dentro da economia. Deve ficar claro que a teoria política e a Macroeconomia não conhecem limites geográficos; antes, elas visam estabelecer uma estrutura internacional, em que os recursos fluam livremente entre instituições e nações, a atividade econômica seja estabilizada e o desemprego possa ser controlado.

Uma vez que a empresa deve operar no âmbito macroeconômico, é importante que o administrador financeiro esteja ciente de sua estrutura institucional.

Precisa também estar alerta para as conseqüências de diferentes níveis de atividade econômica e mudanças na política que afetam seu próprio ambiente de decisão. Sem compreender o funcionamento amplo ambiente econômico dentro do qual opera, o administrador financeiro não pode esperar obter sucesso financeiro para a empresa.

Deve perceber as conseqüências de uma política monetária mais restrita sobre a capacidade da empresa de obter recursos e de gerar receitas. Precisa ainda conhecer as várias instituições financeiras e saber como estas operam, para poder avaliar as fontes de financiamento da empresa.

A Microeconomia e as teorias microeconômicas interessam-se pela operação eficiente da empresa. Visam definir as ações que permitirão à empresa atingir sucesso financeiro. Os conceitos envolvidos nas relações de oferta e demanda e as estratégias de maximização do lucro são extraídos da teoria microeconômica.

Questões relativas à composição de fatores produtivos, níveis ―ótimos‖ de vendas e estratégias de precificação do produto são todas afetadas por teorias no nível microeconômico. As teorias que dizem respeito à mensuração de preferências através do conceito de utilidade, risco e determinação de valor estão fundamentadas na teoria microeconômica.

As razões para depreciar ativos também desta área da Economia. Embora o administrador financeiro não aplique diretamente as teorias de Microeconomia, este deve operar de uma forma consistente com seus princípios gerais.

Em resumo é necessário possuir conhecimentos de Economia para se entender o ambiente financeiro e as teorias de decisão que constituem as bases da Administração Financeira contemporânea. A Macroeconomia fornece ao administrador financeiro uma visão clara das políticas do governo e instituições privadas, através das quais vários

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aspectos dos fluxos de moeda, fluxos de créditos e atividade geral econômica são controlados.

Operando no ―campo econômico‖ criado por tais instituições, ele se vale das teorias microeconômicas de operação da empresa e maximização do lucro para desenvolver um plano que seja bem sucedido. Precisa enfrentar não só outros competidores na sua indústria, mas também as condições econômicas vigentes, que podem ser favoráveis ou desfavoráveis.

1.2 Administração Financeira e a Contabilidade Muitos consideram as funções financeiras e contábil dentro de uma empresa como virtualmente a mesma coisa. Embora exista uma relação íntima entre essas funções, exatamente como há um vínculo estreito entre Administração Financeira e Economia, a função contábil é melhor visualizada como um insumo necessário à função financeira – i.e., como uma subfunção da Administração Financeira.

Esta visão está de acordo com a organização tradicional das atividades de uma empresa em três áreas básicas – Administração Financeira, Administração Geral e Mercadológica.

Em geral considera-se que a função contábil deve ser controlada pelo vice-presidente financeiro. Contudo, existem duas diferenças básicas de perspectiva entre a Administração Financeira e a Contabilidade – uma se refere ao tratamento de fundos e a outra, à tomada de decisão.

Tratamentos de fundos – O contador, cuja função básica é desenvolver e fornecer dados para avaliar o desempenho da empresa e pagar impostos, difere do administrador financeiro na maneira como vê os fundos da empresa.

O contador, usando certos princípios padronizados e geralmente aceitos, prepara as demonstrações financeiras com base na premissa que as receitas devem ser reconhecidas no ponto de vendas e despesas, quando incorridas.

Este método contábil é geralmente chamado de regime de competência dos exercícios contábeis. As receitas oriundas da venda de mercadorias a crédito, pela qual não se tenha recebido ainda o pagamento efetivo de caixa, aparecem nas demonstrações financeiras da empresa como contas a receber, um ativo temporário.

As despesas são tratadas de modo semelhante – i.e., certos passivos são criados para representar bens ou serviços que foram recebidos, mas ainda devem ser pagos. Esses itens são normalmente listados no Balanço como contas a pagar.

1.3 Funções do Administrador Financeiro A administração financeira de uma empresa é exercida por pessoas ou grupos de pessoas, que podem ter diferentes denominações, como: vice-presidente de finanças, diretor financeiro, controller e gerente financeiro.

As atividades de operações existem em função do negócio da empresa e não compete ao administrador financeiro determinar como elas devem ser conduzidas. Entretanto, ele pode contribuir com os conhecimentos técnicos de sua área de atuação, quanto à melhor forma de conduzir essas atividades.

Podem ser avaliadas em relação às demonstrações financeiras básicas da empresa. Suas três funções primordiais são:

Análise de dados financeiros – Esta função envolve a transformação dos dados financeiros em uma forma que possa ser usada para orientar a posição financeira da empresa, planejar um financiamento futuro, avaliar a necessidade de aumento da capacidade produtiva e determinar que tipo de financiamento adicional deve ser feito.

O desempenho adequado desta função é necessário para que o administrador financeiro venha a desempenhar outras funções-chave desta como determinar a estrutura de ativo e a estrutura financeira da empresa.

Determinação da estrutura de ativo da empresa – O administrador financeiro determina a composição e os tipos de ativos encontrados no Balanço da empresa. A composição refere-se ao valor em dinheiro dos ativos circulantes e fixos. Depois que a composição estiver fixada, o administrador financeiro precisa determinar certos níveis ―ótimos‖ de cada tipo de ativo circulante e tentar mantê-los.

Deve também detectar quais são os melhores ativos fixos a serem adquiridos, quando os ativos fixos existentes se tornarão obsoletos e precisarão ser substituídos ou modificados. A determinação da melhor estrutura de ativo para a empresa não é um processo simples; requer o conhecimento das operações passadas e futuras da empresa.

Determinação da estrutura financeira da empresa – Está função é relacionada com o lado direito do Balanço da empresa. Duas decisões importantes precisam ser feitas a respeito da estrutura financeira da empresa. Em primeiro lugar, a composição mais adequada de financiamento a curto prazo e longo prazo precisa ser determinada.

Esta é uma decisão importante pois afeta tanto a lucratividade de empresa como sua liquidez global. Um segundo problema igualmente importante é saber quais as melhores fontes de financiamento a

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curto e longo prazo para a empresa num dado momento. Muitas destas decisões são ditadas por necessidade, mas algumas exigem uma análise profunda das alternativas disponíveis de seus custos e de suas implicações a longo prazo.

As três funções do administrador financeiro descritas acima são claramente refletidas no Balanço que mostra a posição financeira da empresa num dado instante.

A avaliação dos dados do Balanço pelo administrador financeiro reflete a posição financeira global da empresa. Ao fazer tal avaliação, ele precisa inspecionar as operações da empresa, procurando áreas que mostrem problemas e áreas que possam ser melhoradas.

Ao definir a estrutura de ativo da empresa, na realidade ele está determinando a formação do lado esquerdo de seu Balanço. Ao determinar sua estrutura financeira, está elaborando o lado direito do Balanço da empresa.

1.4 Meta da Administração Financeira O administrador financeiro deve visar atingir os objetivos dos proprietários da empresa. No caso da sociedade anônimas, os proprietários da empresa normalmente não são os administradores.

A função destes não é realizar seus próprios objetivos (que podem incluir o aumento de seus ordenados, a obtenção de prestígio ou manutenção de sua posição). Antes, é conseguir satisfazer ao máximo aos objetivos dos proprietários(acionistas). Presumindo, se forem bem sucedidos nesta tarefa, também atingirão seus objetivos pessoais.

Alguns acreditam que os proprietários têm objetivos de maximização do lucro, outros crêem da riqueza. Como objetivo a maximização do lucro sofre três deficiências básicas:

É um ponto de vista a curto prazo

Ignora o risco

Pode levar a queda no preço da ação.

Uma empresa pode maximizar seus lucros correntes, comprando maquinaria de baixa qualidade, usando matérias-primas de classe inferior, aumentando as vendas e vendendo seus produtos por um preço que ofereça um alto lucro por unidade, aumentando as vendas e vendendo seus produtos por um preço que ofereça um alto lucro por unidade. O resultado desta estratégia pode ser altos lucros no corrente ano, mas que o que ocorrerá nos períodos subseqüentes?

Os lucros podem declinar significativamente, tendo em vista que: 1. Os compradores percebem que o

produto é de baixa qualidade e 2. Os custos de manutenção são crescentes, uma vez que o maquinário é de baixa qualidade. Conseqüentemente as vendas podem cair à medida que os custos sobem, trazendo um decréscimo nos lucros.

A curto prazo o lucro pode ser maximizado, mas essa política pode reduzir as futuras margens de lucro e, eventualmente, resultar até mesmo na falência da empresa.

Um segundo problema com a estratégia de maximização do lucro é que seu sucesso depende dos lucros futuros da empresa que podem ser apenas estimados. Se os lucros reais não forem tão elevados quanto esperado, a estratégia de maximização do lucro irá falhar, mas, a longo prazo, as flutuações em retornos tenderão a normalizar-se.

O problema final relacionado com a maximização do lucro é que ela pode causar uma queda no valor de mercado dos títulos da empresa. Uma forma de maximizar os lucros de um período ao seguinte é investir todos os lucros da empresa, usando-os para adquirir novos ativos rentáveis que impulsionarão seus lucros futuros.

A principal desvantagem desta estratégia é que não leva em consideração o pagamento de dividendos aos investidores. Conseqüentemente, o preço de mercado da ação da empresa provavelmente caia.

A maximização da riqueza é uma estratégia mais viável do que tentar maximizar o lucro, por diversas razões. É uma estratégia a longo prazo que enfatiza aumentar o valor do investimento dos proprietários numa companhia, e realizar projetos que elevem o valor de mercado dos títulos da empresa.

Usando esta estratégia, corre o risco da incerteza, levando em conta as relações(trade-offs), entre vários retornos e níveis inseguros relacionados.

A maximização do lucro pode ser parte de uma estratégia de maximização de riqueza. Quase sempre pode-se visar o alcance dos dois objetivos simultaneamente; porém a maximização do lucro não deve jamais dominar o objetivo mais amplo da maximização da riqueza. Se isto ocorrer, só poderá resultar na diminuição do valor dos ativos e numa queda definitiva no valor da ação.

2. Administração Financeira das Empresas

2.1. Objetivo das empresas Para a Administração Financeira, o objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado a longo prazo, pois dessa forma estará sendo aumentada a riqueza de seus

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proprietários(acionistas de sociedades por ações ou sócios de outros tipos de sociedades).

Os proprietários de empresas privadas esperam que seu investimento produza um retorno compatível com o risco assumido, por meio de geração de resultados econômicos e financeiros(lucro e caixa)adequados por longo prazo.

A geração de lucro e caixa é importante também em empresas públicas, pois, com o reinvestimento desses resultados, é possível executar a melhoria e a expansão dos serviços oferecidos à comunidade. Assim, uma empresa pode ser visualizada como um sistema que aumenta os recursos nela investidos.

A geração permanente de lucros e caixa contribui para que uma empresa moderna atinja também seus objetivos sociais, por meio de geração de impostos, remuneração adequada dos empregados, investimentos em melhoria ambiental etc.

2.2. Atividades empresariais As atividades de uma empresa podem ser agrupadas, de acordo com a natureza, em: operações, investimentos e financiamentos.

2.2.1 Atividades de Operações As atividades de operações(ou atividades operacionais) existem em função de negócio da empresa e são executadas com a finalidade de proporcionar um retorno adequado para os investimentos feitos pelos proprietários.

Existem atividades operacionais que, de acordo com o regime de competência, não são contabilizadas em contas de resultado no momento da ocorrência. Por exemplo, as compras de matérias-primas são atividades operacionais contabilizadas inicialmente no Ativo Circulante e, após sofrer sucessivas transformações durante o processo industrial, são vendidas e deduzidas das receitas como parte do custo, juntamente com outros custos diretos e indiretos.

2.2.2 Atividades de Investimentos Nesse grupo, são classificadas as atividades que refletem os efeitos das decisões de aplicações de recursos em caráter temporário ou permanente, para a efetiva operacionalização do empreendimento. As atividades de investimentos correspondem às contas classificadas no balanço patrimonial, em investimentos temporários e em ativo permanente. Exemplos: compras de maquinaria, integralização de capital de empresas controladas, aplicações financeiras de curto e longo prazo etc.

Algumas empresas classificam os investimentos temporários (aplicações financeiras) no grupo de atividades de financiamentos, por entenderem que são atividades de natureza financeira.

2.2.3. Atividades de Financiamentos

As atividades de financiamentos refletem os efeitos das decisões tomadas sobre a forma de financiamento das atividades de operações e de investimentos. As atividades classificadas nesse grupo correspondem às contas classificadas no passivo financeiro e no patrimônio líquido. Exemplos: captação de empréstimos bancários, emissão de debêntures, integralização de capital da empresa etc.

3. Liquidez e Rentabilidade

3.1. Liquidez Entendemos por liquidez a capacidade que a empresa tem de converter seus bens e direitos em dinheiro, no intuito de atender às necessidades financeiras no momento, é a capacidade de pagar compromissos financeiros no curto prazo. Em sentido restrito, a liquidez é relacionada somente com as disponibilidades.

A Administração Financeira adota o regime de caixa para planejar e controlar as necessidades e sobras de caixa e apurar o resultado financeiro (superávit ou déficit de caixa). Basicamente, pelo regime de caixa, as receitas são reconhecidas no momento do efetivo recebimento, e as despesas, no momento do efetivo pagamento.

O controller moderno tem consciência da importância do regime de caixa e, por sua vez, o tesoureiro moderno compreende a importância do regime de competência, pois esses dois conceitos não são conflitantes. Na realidade, eles são interdependentes e complementam-se. Para ilustrar o assunto, imaginemos a situação a seguir:

O Sr. Josemar é responsável pela guarda do dinheiro da cadeia de lojas de calçados Calça Bem. Isso significa que qualquer saída de dinheiro da empresa só ocorre com a sua autorização.

Em apenas um dia de trabalho, veja o que apareceu para ele resolver.

Do setor de compras recebeu um pedido de dinheiro para aquisição de um determinado modelo de calçado que teve muita saída e está em falta nas lojas.

O Setor de Contas a Pagar envio-lhes o aviso sobre a data de vencimento da duplicata de um grande fornecedor.

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Do Setor de Contabilidade chegou um aviso sobre a necessidade de pagar, naquele dia, o ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.

O Setor de Recursos Humanos informou-lhes sobre a necessidade de liberar o 13º salário dos funcionários.

Do Setor de Material e Patrimônio ele recebeu o comunicado de que o caminhão apresentava problemas, e as entregas não poderiam ser feitas.

Após essa enorme quantidades de solicitações, o Sr. Josemar concluiu que não havia, em caixa, dinheiro suficiente para atender a todos.

Analisando a situação, você poderia dizer por que isso aconteceu?

O fato é que a empresa não pôde atender a vários dos pedidos por falta de dinheiro. Isso significa falta de liquidez. Podemos supor que a cadeia de lojas Calça Bem talvez tenha investido muito em imóveis, veículos e máquinas, ficando sem disponibilidade de caixa.

Uma empresa pode ter vários bens, porém certamente esse fato não possibilita o pagamento de uma conta cujo vencimento seja no dia seguinte. Por exemplo. É importante que a empresa mantenha recursos em caixa para atender às necessidades urgentes e também saldar despesas imprevistas.

No entanto, para uma empresa obter uma boa liquidez não é necessário manter um volume de dinheiro parado em caixa para saldar compromissos que vencem em futuro próximo.

O importante é manter sob controle os fluxos de entrada e saída de caixa, através das compras e vendas, e conhecer antecipadamente as épocas em que haverá grande saída de dinheiro.

3.2. Rentabilidade Podemos conceituar rentabilidade como o grau de êxito econômico obtido por uma empresa em relação ao capital nela investido.

Capital, aqui, é visto como riqueza, valores disponíveis.

Rentabilidade é a relação entre o valor aplicado e o valor resultante dessa aplicação.

De um modo geral, uma empresa tem boa rentabilidade quando é capaz de obter lucro com regularidade e durante um bom tempo.

Para medir em números a rentabilidade de uma empresa, basta dividir o lucro pelo valor dos

investimentos. O resultado obtido chama-se taxa de rentabilidade ou taxa de retorno. Essa taxa demonstra se uma empresa foi bem durante determinado período. Nesta taxa já se encontram computadas as despesas financeiras, os resultados não operacionais e a tributação do imposto de renda.

Para que essa taxa de retorno possa ser devidamente avaliada, devemos cotejá-la com a expectativa dos acionistas que envolve a consideração do risco assumido e das demais oportunidades de ganho existentes no mercado para o mesmo grau de risco.

Tal risco pode estar associado à possibilidade das vendas declinarem devido a uma retração do mercado ou aos esforços bem-sucedidos da concorrência.

Como uma parte das despesas operacionais irá manter-se constante, o lucro operacional acusará uma redução em maior proporção do que a queda verificada nas receitas de vendas. Este é um tipo decorrente das atividades operacionais

Outro aspecto a considerar refere-se à diferença entre a taxa de rentabilidade das operações e a taxa que refletiria o custo médio ponderado dos empréstimos e financiamentos. Quando essa diferença for negativa, o retorno dos proprietários sofrerá um impacto altamente desfavorável, caracterizando um risco financeiro.

A conjugação desse riscos determina o risco global suportado pelos proprietários da empresa. Se houver queda nas receitas de vendas, o lucro operacional declinará mais do que proporcionalmente e o lucro líquido será duplamente afetado. Em uma situação como esta, a empresa poderá sofrer grandes prejuízos.

A rentabilidade das operações e os efeitos dos custos financeiros sobre o retorno dos proprietários constituem a preocupação básica do Controller que é o executivo responsável por esta outra faceta da administração financeira.

4. Áreas de decisões Financeiras De forma bastante abrangente, podemos identificar três áreas de decisões financeiras:

Decisões de investimento;

Decisões de financiamento; e

Decisões relativas à destinação do lucro.

4.1. Decisões de Investimentos Referem-se tanto à administração da estrutura do ativo quanto à implementação de novos projetos.

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A grande concorrência existente nas modernas economias de mercado obriga as empresas a se manterem tecnologicamente atualizadas. Nenhuma empresa pode sentir-se segura em uma boa posição conquistada, porque a qualquer momento algum concorrente poderá surgir com um produto melhor e mais barato.

Desse modo, as empresas são impelidas a desenvolverem continuamente novos projetos e a tomarem decisões sobre a sua implantação. Normalmente isto significa a necessidade de vultosas somas adicionais de recursos e uma elevação do risco do empreendimento.

Afinal, investimentos em novos ativos fixos têm efeitos prolongados sobre a vida da empresa e uma decisão inadequada poderá comprometer irremediavelmente o seu futuro. Além disso, tais investimentos geralmente implicam aumentos de aplicações de recursos no capital de giro.

4.2. Decisões de Financiamento Enquanto as decisões de investimento envolvem importantes aspectos de natureza não financeiras decisões de financiamento constituem responsabilidade exclusiva do administrador financeiro.

As decisões de financiamento visam montar a estrutura financeira mais adequada às operações normais e aos novos projetos a serem implantados na empresa.

As questões envolvidas nas decisões de financiamento referem-se à composição das fontes de recursos, como segue:

Qual deveria ser a proporção entre recursos permanentes e temporários?

Quanto de recursos próprios e quanto de financiamentos a longo prazo?

O reinvestimento de lucros seria suficiente para atender às necessidades de recursos próprios?

O mercado reagiria bem ao lançamento de novas ações?

Qual seria o impacto dos custos financeiros provocados pelos financiamentos a longo prazo e pelos empréstimos a curto prazo?

Em vez de comprar ativos, não deveríamos arrendá-los?

Estas e outras questões correlatas envolverão análises profundas das alternativas existentes e de suas implicações futuras.

4.3. Destinação do Lucro

O lucro obtido em cada exercício social representa a remuneração do investimento dos proprietários da empresa. Quanto desse lucro deveria ser distribuído aos acionistas e quanto seria retido para financiar a expansão de negócios? Essa indagação revela que a política de distribuição de dividendos está diretamente relacionada com as decisões de financiamento.

Distribuindo apenas uma pequena parcela dos lucros, a empresa ficará menos dependente das fontes onerosas de recursos e ampliará a participação do capital na estrutura financeira.

Quando a empresa pertence a reduzido número de pessoas, essas decisões são tomadas por consenso ou por imposição do sócio majoritário. A dificuldade surge quando existe grande número de acionistas e as ações são negociadas nas bolsas de valores.

Neste caso, a política de dividendos estará orientada para a maximização das cotações, devendo basear-se na avaliação das expectativas do mercado acionário que são influenciadas por diversos fatores conjunturais.

Se a rentabilidade da empresa for satisfatória, pode-se supor que a maioria dos proprietários prefira abrir mão dos dividendos. Porém, não deve ser ignorado que sempre existirão acionistas desejosos de realizar, pelo menos, parte dos lucros.

Uma empresa bem-sucedida sempre terá novos planos de investimentos que implicam na necessidade de recursos adicionais. Parte dessas necessidades poderá ser atendida com a retenção de lucros e o restante terá de ser financiado através de outras fontes.

Uma política de dividendos adequada favorece a manutenção dos preços das ações em níveis elevados, e isto poderá garantir o sucesso de futuros lançamentos de novas ações no mercado.

Esta breve exposição sobre as três áreas de decisões financeiras revela-nos que as mesmas são interdependentes e fundamentais para a maximização da riqueza dos proprietários da empresa.

5. Organização da função Financeira Nas empresas de pequeno e médio portes, as atividades relacionadas com a função financeira geralmente ficam sob a responsabilidade de um dos sócios. Não é raro essa pessoa acumular outras funções e relegar a área financeira a um segundo plano, preocupando-se basicamente com a administração das disponibilidades.

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Nas grandes organizações, a função financeira situa-se entre as mais relevantes e costuma ser desempenhada por três executivos de alto nível: o Vice Presidente de Finanças, o Diretor Tesoureiro e o Diretor de Controle. Tais cargos poderão ter outras denominações: Diretor Financeiro e Gerentes Gerais ou Diretores Adjuntos de Finanças e Controladoria.

O Vice-Presidente (ou Diretor Financeiro)

É o principal executivo da área financeira, reportando-se diretamente à Presidência;

Formula a política financeira global da empresa e das suas subsidiárias;

Coordena as atividades do Tesoureiro e do Controller;

Representa a empresa:

- perante os órgãos públicos e instituições ligadas ao mercado de capitais;

- na assinatura de grandes contratos de compra, de venda, de financiamento etc.

Muito mais do que ―o homem do dinheiro‖, ele é um homem de negócios.

O Tesoureiro

desenvolve funções executivas (é um ―homem de linha‖);

mantém relações externas com banqueiros e outros credores;

administra os fluxos de recursos financeiros;

é responsável pela liquidez da empresa.

Muitas vezes o Vice-Presidente de Finanças desempenha, no mais alto nível, as funções de tesoureiro. Daí muitos autores definirem o Tesoureiro como sendo o Administrador Financeiro da empresa.

O Controller

desenvolve funções de assessoria (é um ―homem de staff‖);

mantém relações internas, envolvendo-se com todas as áreas;

é o inspetor dos assuntos financeiros(não se confundindo com o auditor interno);

está constantemente preocupado com a rentabilidade.

As grandes empresas mantêm diversos comitês para tratar de assuntos relacionados com novos investimentos, planejamento orçamentário, político de dividendos, política de salários e benefícios ao pessoal etc. Devido às implicações econômico-financeiras das decisões tomadas no âmbito desses comitês; constitui regra geral a participação de executivos financeiros nos mesmos.

Na figura abaixo estão representados os três principais cargos da área financeira e as suas respectivas atribuições.

Vice-Presidente de Finanças

Controller Tesoureiro

Administração de Caixa e

Bancos

Aplicações Financeiras

Levantamento de Recursos

Crédito e Cobrança

Contas a Pagar

Custódia de Valores

Orçamento de Caixa

Contabilidade Financeira

Assuntos Fiscais

Contabilidade de Custos

Análise Econômico-Financeira

Planejamento e Controle

Orçamentário

Controle do Ativo Fixo e Seguros

O&M / Processamento de Dados

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ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

Conceitos básicos

O Capital de Giro é a parte do capital utilizada para o financiamento dos ativos circulantes da empresa e que garante uma margem de segurança no financiamento da atividade operacional.

Estes são os recursos financeiros que o empresário precisa para manter a empresa, até que esta possa dar retorno, além dos recursos necessários para a sua própria sobrevivência, durante este período. As perguntas a serem feitas são:

- Quanto tempo o meu empreendimento leva para gerar receita?

- Qual é o custo mensal de manutenção do negócio (funcionários, insumos, manutenção, etc.)?

A definição mais comum de CCL é a diferença entre os ativos circulantes e os passivos circulantes da empresa. Se os ativos circulantes excederem os passivos circulantes, a empresa tem CCL. A maioria das empresa precisa operar com um certo montante de CCL, mas a quantidade exata depende muito do setor industrial. As empresas com fluxos de caixa muito previsíveis, como as de eletricidade, podem operar com CCL negativo; contudo, a maioria das empresas precisa manter níveis positivos de CCL.

A aplicação do CCL (bem como de outros índices de liquidez ) para determinar a liquidez da firma baseia-se num fundamento teórico que estabelece que quanto maior for a margem com a qual os ativos circulantes de uma empresa cobrem as sua obrigações a curto prazo (passivos circulantes), maior será sua capacidade de pagar suas contas na data do vencimento.

Esta expectativa baseia-se na crença de que os ativos circulantes são fontes de recebimentos, ao passo que os passivos circulantes são fontes de desembolso.

Contudo, surge um problema devido aos diversos graus de liquidez relativos a cada ativo circulante e passivo circulante. Embora os ativos circulantes não possam ser convertidos sem caixa exatamente no momento desejado, quando maior for o montante de ativos circulantes, será mais provável converter-se alguns ativos circulantes em caixa, para se pagar uma dívida na data de seu vencimento.

Uma outra definição de CCL é aquela porção dos ativos circulantes de uma empresa com fundos a longo prazo. Essa definição pode ser melhor ilustrada através de um tipo especial de Balanço, como aquele feito para a Companhia GNI, apresentado na Figura 1. O eixo vertical do Balanço é uma escala em $ sobre a qual são mostrados todos os seus itens importantes.

Tomando o exemplo de uma empresa que tem $2.700 de ativos circulantes, $4.300 de ativos permanentes e $7.000 de ativos totais e $1,600 de passivos circulantes, $2.400 ($4.000 - $1.600 ), de exigível alongo prazo e $3.00 de patrimônio líquido ($7.000 - $4.000). O exigível a longo prazo mais o patrimônio líquido de uma empresa representam suas origens de recursos a longo prazo; os recursos a longo prazo da Companhia GNI são de $5.400.

A parte dos ativos circulantes da empresa financiada com recursos a longo prazo foi chamada de ―Capital Circulante Líquido‖. A análise dessa figura deve possibilitar ao leitor entender melhor por que o capital circulante líquido de uma empresa pode ser considerado como a porção de ativo circulante financeiro com recursos a longo prazo.

Sabendo-se que os passivos circulantes representam as origens de recursos a curto prazo da empresa, desde que os ativos circulantes excedam os passivos circulantes, o montante do excesso precisa ser financiado através de recursos a longo prazo.

Capital de Giro: um desafio permanente

O capital de giro representa, em média, 30 a 40% do total dos ativos de uma empresa. O capital permanente tem um peso maior sobre o total dos ativos, atingindo entre 60 e 70%.

Apesar de sua menor participação sobre o total dos ativos da empresa, o capital de giro exige um esforço do administrador financeiro maior do que aquele requerido pelo capital fixo.

O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela empresa. Já o capital fixo não exige atenção constante, uma vez que os fatos capazes de afetá-lo acontecem com uma freqüência bem menor.

Boa parte dos esforços do administrador financeiro típico é canalizada para resolução de problemas de capital de giro - formação e

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financiamento de estoques, gerenciamento do contas a receber e administração de déficits de caixa.

Nesta luta para sobreviver, a empresa acaba sendo arrastada pelos problemas de gestão do capital de giro e tende a sacrificar seus objetivos de longo prazo. Os empresários conhecem bem este fenômeno. Boa parte de seu tempo é consumido "apagando incêndios", onde o foco mais perigoso reside no capital de giro.

A administração do capital de giro abrange a administração das contas circulantes da empresa, incluindo ativos circulantes e passivos circulantes.

A administração do capital de giro é um dos aspectos mais importantes da Administração financeira, considerada globalmente, já que os ativos circulantes representam cerca de 50% do ativo total e perto de 30% do financiamento total é representado por passivos circulantes nas empresas industriais. Uma empresa precisa manter um nível satisfatório de capital de giro.

Os ativos circulantes da empresa devem ser suficientemente consideráveis de modo a cobrir seus passivos circulantes, garantindo-se com isso margem razoável de segurança.

O objetivo da administração do capital de giro é administrar cada um dos ativos circulantes da empresa, de tal forma que um nível aceitável de capital circulante líquido seja mantido. Os ativos circulantes mais importantes tratados neste texto são: caixa, títulos

negociáveis, duplicatas a receber e estoques. Cada um desses ativos deve ser administrado eficientemente, a fim de se manter a liquidez da empresa, ao mesmo tempo em que se evita um nível alto demais de qualquer um deles.

Os passivos circulantes básicos tratados são: duplicatas a pagar, títulos a pagar e despesas provisionadas a pagar ( salários a pagar , impostos, provisões). Cada uma dessas fontes de financiamento a curto prazo deve ser cuidadosamente administrada, para se ter a garantia de que os financiamentos são obtidos e usados da melhor forma possível.

Medidas para solucionar os problemas de capital de giro

As dificuldades de capital de giro numa empresa são devidas, principalmente, à ocorrência dos seguintes fatores:

- Redução de vendas - Crescimento da inadimplência - Aumento das despesas financeiras - Aumento de custos - Alguma combinação dos quatro fatores anteriores

Na situação mais freqüente, os problemas de capital de giro surgem como conseqüência de uma redução de vendas. Neste caso, o administrador financeiro se defronta com as seguintes questões:

como manter o capital de giro sob controle diante de um quadro de redução das vendas ?

o que pode ser feito para evitar uma crise maior de capital de giro ?

Os tópicos seguintes apresentam algumas alternativas de solução para essas questões.

1. Formação de reserva financeira

Como acontece no trato de muitos outros problemas, a ação preventiva tem um papel importante para a solução dos problemas de capital de giro.

A principal ação consiste na formação de reserva financeira para enfrentar as mudanças inesperadas no quadro financeiro da empresa.

A determinação do volume dessa reserva financeira levará em conta o grau de proteção que se deseja para o capital de giro. Também uma análise do tipo "o que aconteceria ao capital de giro se...." poderia ser bastante útil para se formular a estimativa do volume da reserva financeira.

À primeira vista, poderia soar antieconômico a formação de uma reserva financeira, já que esta decisão tiraria recursos financeiros que de outra forma deveriam ser aplicados no investimento em ativos fixos de modo a permitir a expansão da empresa.

Dada a alta volatilidade da economia brasileira, a formação de reserva financeira para o capital de giro deveria ser a prioridade econômica fundamental da empresa. Além disso, os recursos destinados e essa reserva seriam aplicados no mercado financeiro, onde as taxas de juros têm sido maiores do que a taxa de rentabilidade do capital fixo.

2. Encurtamento do ciclo econômico

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Quando a empresa encurta seu ciclo econômico - este pode ser definido como o tempo necessário à transformação dos insumos adquiridos em produtos ou serviços - suas necessidades de capital de giro se reduzem drasticamente.

Numa indústria, a redução do ciclo econômico significa um menor tempo para produzir e vender. No comércio, esta redução significa um giro mais rápido dos estoques. Na atividade de serviços, a redução do ciclo econômico significa basicamente trabalhar com um cronograma mais curto para a execução dos serviços,

A redução do ciclo econômico não é uma função tipicamente financeira. Ela requer o apoio de funções como produção, operação e logística.

3. Controle da inadimplência

A inadimplência dos clientes de uma empresa pode decorrer do quadro econômico geral do país ou de fatores no âmbito da própria empresa.

No primeiro caso, a contração geral da atividade econômica e a conseqüente diminuição da renda das pessoas, tende a aumentar a inadimplência. Nesta situação, a empresa tem pouco controle sobre o problema.

Quando a inadimplência é decorrente de práticas de crédito inadequadas, estabelecidas pela própria empresa, existe uma solução viável para o problema.

Neste caso, é preciso dar mais atenção à qualidade das vendas (tanto as vendas a crédito como as vendas faturadas) do que ao volume dessas vendas. No caso das vendas a crédito, também será recomendável uma redução do prazo de pagamento concedido aos clientes.

4. Não se endividar a qualquer custo

Na tentativa de suprir a insuficiência de capital de giro, muitas empresa utilizam empréstimos de custo elevado. Como regra, qualquer dinheiro captado a um custo maior do que 1,17% ao mês (ou 15% ao ano) em termos reais, é incompatível com a rentabilidade normal da empresa que é de 15 % ao ano, também em termos reais. Assim, uma linha de crédito de curto prazo que hoje não custa menos do 2% ao

mês em termos reais, é claramente antieconômica.

O financiamento de capital de giro a uma taxa real maior do que 1,17% ao mês, pode resolver o problema imediato de caixa da empresa, mas cria um novo problema - seu pagamento.

O administrador tem consciência da inviabilidade do custo financeiro dos financiamentos de capital de giro. Ele tenta ganhar tempo, esperando que uma melhora posterior nas condições de mercado da empresa permitam pagar o capital de terceiros. Todavia, quando a recuperação das vendas acontece, a empresa já acumulou um estoque de dívidas cujo pagamento será impraticável.

5. Alongar o perfil do endividamento

Quando a empresa consegue negociar um prazo maior para o pagamento de suas dívidas, ela adia as saídas de caixa correspondentes e, portanto, melhora seu capital de giro. Embora essa melhora seja provisória, ajudará bastante até que a empresa se ajuste financeiramente.

Também neste caso, é importante uma atenção especial para o custo do alongamento de prazo. Ele precisa ser suportado pela rentabilidade da empresa.

6. Reduzir custos

A implantação de um programa de redução de custos tem um efeito positivo sobre o capital de giro da empresa desde que não traga restrições às suas vendas ou à execução de suas operações.

Uma vez que a empresa com problema de capital de giro também estará com sua capacidade de investimento comprometida, a redução de custos em atividades como modernização, automação ou informatização não será possível.

Diante de uma crise de capital de giro, o programa de redução de custos tem natureza compulsória e seu grande desafio é identificar aqueles itens de gastos que possam ser cortados sem grandes prejuízos para as atividades da empresa. Dificilmente serão encontrados gastos supérfluos ou desperdícios, pois a crise de capital de giro naturalmente já os deve ter eliminados.

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7. Substituição de passivos

A política de substituição de passivos consiste em trocar uma dívida por outra de menor custo financeiro. Por exemplo, uma empresa de grande porte poderia adotar esta solução, através do lançamento de títulos no exterior ou mesmo fazendo um lançamento de ações. Entretanto, as empresas de pequeno e médio porte não têm essa opção. Um programa tradicional de substituição de passivos para essas empresas quase sempre significaria trocar seis por meia dúzia.

Numa situação extrema, as pequenas e médias empresas poderiam trocar passivo exigível por passivo não exigível (capital), através da admissão de novos sócios. Sem dúvida, esta seria uma solução a ser adotada em último caso.

SOLUÇÃO DEFINITIVA

É evidente que existe um forte entrelaçamento entre a administração do capital de giro da empresa e sua administração estratégica.

Por isso, a solução definitiva para o problema do capital de giro consiste na recuperação da lucratividade da empresa e a conseqüente recomposição de seu fluxo de caixa.

Esta solução exige a adoção de medidas estratégicas de grande alcance que vão desde o lançamento de novos produtos ou serviços e a eliminação de outros, adoção de novos canais de venda ou até mesmo a reconfiguração do negócio como um todo.

Desse modo, a solução dos problemas de capital de giro de uma empresa requer muito mais do que medidas financeiras. Estratégias, operações e práticas gerenciais, entre outras, precisarão ser repensadas para que o capital de giro volte ao estado de normalidade.

GERENCIA DO CAPITAL DE GIRO

É necessário um certo nível de CCL, já que quase todas as entradas e saídas de caixa não são perfeitamente sincronizadas. As saídas de caixa resultantes do pagamento de obrigações correntes são relativamente previsíveis. Em geral, no momento em que se incorre numa obrigação, fica-se sabendo que as contas

vencem. Por exemplo, quando se compra mercadorias a prazo, as condições de crédito concedido à empresa exigem o pagamento numa data já estabelecida. A mesma previsibilidade é característica dos títulos a pagar e das despesas provisionadas a pagar, que possuem datas estabelecidas de pagamento. O que é difícil de prever são as entradas de caixa. É muito difícil prever quando os ativos circulantes, exceto caixa e títulos negociáveis, serão convertidos em caixa. Quanto mais previsíveis forem essas entradas de caixa, menos CCL se requer. Uma vez que companhias de eletricidade possuem um padrão previsível de entradas de caixa, podem operar com pouco ou nenhum CCL. As empresas com entradas de caixa mais incertas precisam manter níveis de ativos circulantes adequados para cobrir as obrigações correntes. A incapacidade da maioria das empresas em confrontar recebimentos com pagamentos é que torna obrigatório manter fontes de recebimentos (ativos circulantes) em nível superior às fontes de desembolso (passivos circulantes).

EXEMPLO:

Se a companhia GNI tiver a posição corrente conforme mostrada na Tabela abaixo, a seguinte situação pode existir. Vencem no fim do período corrente $600 de duplicatas, mais $200 de promissórias e $100 de ordenados e salários a pagar.

Sabe-se com certeza que será preciso desembolsar $900, mas é difícil determinar de que forma a empresa cobrirá estes pagamentos.

A empresa pode garantir que terá $700 disponíveis, pois possui $500 em caixa e $200 em títulos negociáveis, que podem ser facilmente convertidos em caixa.

Os restantes $200 devem vir da cobrança de duplicatas e/ou venda do estoques à vista (uma venda do estoque a crédito apareceria como uma nova duplicata a receber, que poderia não ser facilmente convertida em caixa.

Só uma venda à vista garantirá que aumentou a capacidade de a empresa saldar suas contas durante o período da venda).

A empresa não pode garantir quando fará uma venda à vista ou a cobrança de uma duplicata. É muito mais incerta a cobrança de duplicatas do que uma venda à vista. Embora os clientes que compram mercadorias a prazo devam pagá-las na data especificada no acordo de crédito, quase sempre atrasam o seu pagamento. Assim, os fluxos de caixa referentes a vendas não ocorrerão no momento esperado.

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Tabela 1 Posição Circulante da Companhia GNI

Ativos Circulantes Passivos Circulantes

Caixa $ 500 Duplicatas a pagar $ 600

Títulos negociáveis 200 Títulos a pagar 800

Duplicatas a receber 800 Ordenados e salários

Estoques 1.200 a pagar 200

Total $ 2.700 $1.600

Obviamente, deve haver solução para este dilema. Com o propósito de aumentar a probabilidade de ter dinheiro suficiente para pagar suas contas.

Uma empresa deve esforçar-se para vencer, já que em muitos casos resultarão num recebimento imediato outras vezes, resultarão em duplicatas que serão eventualmente convertidas em dinheiro.

Um nível adequado de estoque deve ser mantido para atender à provável demanda de produtos da empresa. Se a empresa estiver gerando e cobrando duplicatas no vencimento, deverá haver o suficiente para satisfazer suas obrigações.

A Companhia GNI aumentará a probabilidade de poder satisfazer suas obrigações, mantendo níveis suficientes de duplicatas a receber e estoques, ambos passíveis de serem convertidos em caixa.

Quanto mais duplicatas e estoques à disposição, maior será a probabilidade de transformá-los em dinheiro (Deve-se reconhecer que os níveis de estoques e duplicatas a receber podem ser elevados demais, refletindo certas ineficiências administrativas).

Como regra geral, muitas vezes é recomendável um certo nível de CCL, a fim de assegurar que as contas possam ser pagas.

A Companhia GNI tem $1.100 de CCL ($2.700 - $1.600) que muito provavelmente bastarão para cobrir todas as suas dívidas. Seu índice de liquidez corrente de 1,69 ($2.600/$1.600) deve refletir bastante liquidez, contanto que sua duplicatas e estoques sejam relativamente líquido.

Um elemento importante e muito desconhecido, para os pequenos empresários, é a chamada NCG ou NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO.

Por NCG, entendemos:

NCG = ATIVO OPERACIONAL (-) PASSIVO

OPERACIONAL

O Ativo Operacional é composto, basicamente, de estoques e contas a receber, enquanto que o Passivo por contas com fornecedores e despesas provisionadas.

Geralmente, na grande parte das empresas, o Passivo Operacional será menor que o Ativo

Operacional. Do ponto de vista da solvência, isto é um bom indicador. Isto porque aquele famoso índice de liquidez sempre será maior que 1.

Mas como explicar que empresas com tal índice maior que 1, estão, constantemente, com suas contas no vermelho e recorrendo aos bancos, para descontar duplicatas?

Segundo Adriano Gomes (2000), colunista do SEBRAE-SC, "É a famosa confusão entre

solvência e liquidez. Quando olhamos a liquidez pretendemos entender as relações entre financiamento das operações e onde a empresa está usando tais recursos. Mais que isso, há o efeito dos prazos médios de todas as contas envolvidas. Quando existe menos financiamento para as atividades operacionais, esta diferença é coberta: ou por capital próprio ou por capital de terceiros".

Precisamos então de algumas informações úteis para gerir o caixa de uma empresa, pois enfrentamos uma natureza dinâmica. A todo instante, este sofre alterações e, portanto, requer instrumentos para sua administração.

"Se uma empresa ainda está na época de

anotar as coisas na agenda, há de se redobrar os cuidados" (Adriano Gomes, 2000). Imagine, agora, aquelas que nem anotam...

Torna-se necessário, com um rigoroso controle, obter os números que, de uma maneira ou de outra, aumentem a NCG. As ações devem ser

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estruturadas evitando o aumento do NCG, pela correta administração do caixa.

Ações que aumentam a necessidade de capital de giro:

Aumento do prazo médio de recebimento;

Aumento do prazo médio de estocagem;

Diminuição do prazo médio de fornecedores;

Diminuição do prazo médio de despesas provisionadas.

Tal fato pode ser conseguido pela elaboração de um PLANO DE AÇÕES, colocando força num sistema eficaz para a busca de resultados na área financeira, mais propriamente dita em PLANEJAMENTO DA LIQUIDEZ.

A NCG é um investimento permanente, que as empresas realizam em suas atividades operacionais ou de giro. A elaboração e o acompanhamento do FLUXO DE CAIXA são fatores predominantes para manter sua conta no AZUL!

PERGUNTA/RESPOSTAS SOBRE

CAPITAL DE GIRO:

1. Qual é a origem do termo “capital de

giro”?

A origem está no fato de que investimentos são feitos pela empresa em ativos de curto prazo, para manter capital disponível; é justamente este capital que faz com que a atividade ―gire‖, ou seja, circule capital dentro da empresa.

2. Quais são os principais componentes

do capital de giro?

Os principais componentes do capital de giro são o estoque, os títulos negociáveis, a conta caixa e as contas a receber.

3. Quais são as razões para não se

querer ter capital de giro de menos?

Para não se querer ter capital de giro

demais?

Capital de giro de menos pode acarretar em não pagamento de obrigações; falta de recursos de emergência; não aproveitamento de promoções; falta de estoques, dentre outros.

Capital de giro de mais acarreta ociosidade de recursos; perda de renda dos recursos, pois este poderiam estar rendendo juros; custo de oportunidade, pois os recursos poderiam estar

sendo aplicados em outros empreendimentos, entre outros.

Desta forma, o desafio da administração do capital de giro está exatamente em mantê-lo num patamar ótimo, nem excessivo, nem escasso.

4. Qual é o dilema fundamental

enfrentado pelos administradores na

gestão do capital de giro?

Os ativos correntes (o capital de giro) são necessários para fazerem os negócios funcionarem, e quanto maiores forem os níveis dos ativos circulantes, menor será o risco de faltas e, portanto, menor será o risco operacional da empresa. No entanto, há um custo de manutenção de capital de giro. Assim, o dilema é que ocorrem pressões para manter as quantias do capital de giro no mínimo compatível com o funcionamento ininterrupto da empresa

5. Por que a administração do caixa é

importante?

Porque é através do caixa de se pagam mão-de-obra, matérias-primas, para pagar impostos, pagar dividendos, dentre outros. Porém, o capital que permanece em caixa não é lucrativo, não rende juros.

Desta forma, é importante administrar o caixa na tentativa de mantê-lo em um nível ótimo, que seria o ponto onde, minimizar-se-ia a quantia que a empresa precisa manter em caixa e ainda assim dispor de recursos suficientes para obter descontos, manter o próprio crédito e atender necessidades inesperadas.

6. Quais são os dois principais motivos

para se ter saldo de caixa?

O primeiro motivo é porque os saldos de caixa são necessários nas operações de negócios (transações); o segundo motivo é o saldo médio, que é o saldo bancário que uma empresa precisa manter para compensar o banco por serviços prestados ou pela concessão de empréstimos.

7. Quais são os dois motivos

secundários para manter saldo de caixa,

assinalados na literatura de finanças e

de economia?

Os motivos secundários pelos quais a empresa precisa manter saldo são a precaução (saldo mantido em reserva para flutuações aleatórias, imprevistas, nos recebimentos e pagamentos de

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caixa; e a especulação (saldo mantido para permitir à empresa obter vantagem de quaisquer bons negócios de compras que possam conseguir).

8 - Identifique e explique três políticas

alternativas de investimento em ativos

circulantes.

Política ―liberal‖– é a política na qual são mantidas quantias grandes em caixa, títulos negociáveis e estoques e em que as vendas são estimuladas por uma política de crédito liberal, resultando em um alto nível de contas a receber.

Política ―agressiva‖ – política na qual os volumes de caixa, títulos, estoques e contas a receber são minimizados.

Política moderada – política que está entre as políticas ―liberal‖ e ―agressiva‖.

PERGUNTAS / DESAFIOS

Afirma-se constantemente que muitas

empresas, principalmente as pequenas,

“quebram” pela má administração do capital

de giro. Estaria certa essa informação? E, em

estando, por que este fenômeno ocorre?

PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE

CURTO PRAZO

As finanças de curto prazo envolvem uma análise de decisões que afetam os ativos e passivos circulantes e freqüentemente exercem impacto sobre a empresa dentro do prazo de um ano.

O termo capital de giro líquido é comumente as-sociado à tomada de decisões financeiras de curto prazo. Capital de giro líquido é a diferença entre ativo circulante e passivo circulante.

A ênfase das finanças de curto prazo no capital de giro líquido parece indicar que se trata de um tema contabil. Entretanto, a tomada de decisões de capital de giro líquido também se apóia em fluxos de caixa e valor presente líquido.

Não há definição universalmente aceita de fi-nanças de curto prazo. A diferença mais importante entre finanças de curto prazo e finanças de longo prazo é a distribuição de fluxos de caixa no tempo.

As decisões financeiras de curto prazo envolvem entradas e saídas de caixa no prazo máximo de um ano.

Por exemplo, uma decisão financeira de curto prazo precisa ser tomada quando uma empresa encomenda matéria-prima, paga a vista e passa a esperar o recebimento de vendas de produtos acabados no prazo máximo de um ano.

Uma decisão financeira de longo prazo ocorre, por exemplo, quando uma empresa adquire uma máquina que reduzirá custos de operação ao longo dos cinco próximos anos.

Eis algumas questões básicas de finanças de curto prazo:

1. Qual é um nível razoável de caixa a ser mantido para pagar contas?

2. Quanto deve ser encomendado de matéria-prima?

3. Quanto crédito deve ser concedido aos clientes?

A seguir apresentamos os elementos básicos das decisões financeiras de curto prazo. Inicialmente, descrevemos as atividades operacionais de curto prazo da empresa, e a seguir identificamos políticas financeiras de curto prazo.

Finalmente, delineamos os elementos básicos de um plano financeiro de curto prazo e descrevemos instrumentos de financiamento a curto prazo.

1 - IDENTIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DO

SALDO DE CAIXA E DO CAPITAL DE GIRO

LÍQUIDO

Neste item, identificaremos os componentes do saldo de caixa e do capital de giro líquido à medida que variam de um ano a outro. Nosso objetivo é descrever as atividades operacionais de curto prazo da empresa e seu impacto sobre o saldo de caixa e o capital de giro.

Ativos circulantes são caixa e outros ativos que se espera serem convertidos em dinheiro no prazo de um ano.

Os ativos circulantes são representados no balanço pela ordem de sua liquidez contábil - a facilidade com a qual podem ser convertidos em dinheiro a um preço justo e o prazo necessário para que isso aconteça.

Os principais itens encontrados no ativo circulante da são caixa, títulos negociáveis, contas a receber e estoques.

Correspondendo a seus investimentos em ativo circulante, as empresas utilizam vários tipos de

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dívida de curto prazo, ou passivos circulantes.

Os passivos circulantes são obrigações que se espera vencer dentro de um ano ou dentro do ciclo operacional, aquele que for mais curto. Os principais itens encontrados no passivo circulante são contas a pagar, salários, impostos e financiamentos bancários.

2 - DEFINIÇÃO DE CAIXA EM TERMOS DE

OUTROS ELEMENTOS

Definiremos agora o saldo de caixa em termos de outros elementos do balanço. A equação do balanço é

Capital de giro líquido + Ativo fixo = Dívidas de longo prazo + Patrimônio líquido (1)

O capital de giro líquido é igual ao saldo de caixa mais os outros elementos do capital de giro lí-quido, ou seja,

Capital de giro líquido = Caixa + Outros ativos circulantes - Passivos circulantes (2)

Substituindo a equação (2) na equação (1), obtemos

Caixa + Outros ativos circulantes – Passivos circulantes = Dívidas de longo prazo + Patrimônio líquido – Ativo fixo (3)

e reorganizando os termos encontramos

Caixa = Dívidas de longo prazo + Patrimônio líquido – Capital de giro líquido (exceto caixa) – Ativo fixo (4)

A interpretação natural da equação (4) é a de que aumentando-se as dívidas de longo prazo e o patrimônio líquido e reduzindo-se o ativo fixo e o capital de giro líquido (exceto caixa) se conseguirá ampliar o saldo de caixa da empresa.

Demonstração de Origens e Aplicações de

Caixa

A partir do lado direito da equação (4), podemos ver que um aumento das dívidas de longo prazo e/ou do patrimônio líquido leva a um aumento do saldo de caixa. Uma redução do capital de (2) giro líquido e/ou do ativo fixo também leva a um aumento do saldo de caixa. Além disso, a soma do lucro líquido com a depreciação eleva o saldo de caixa, ao passo que os pagamentos de dividendos reduzem o saldo de caixa.

Este raciocínio permite ao contador criar uma demonstração de origens e aplicações de caixa,

que indica todas as transações que afetam a posição do caixa da empresa.

3 - CICLO OPERACIONAL E CICLO DE CAIXA

As finanças de curto prazo preocupam-se com as atividades operacionais de curto prazo da empresa. As atividades operacionais de curto prazo de uma empresa típica consistem de uma seqüência de eventos e decisões:

EVENTOS

1. Compra de matéria-prima

2. Pagamento de compras

3. Fabricação do produto

4. Venda do produto

5. Receber o pagamento

DECISÕES

1. Quanto encomendar?

2. Tomar emprestado, ou reduzir o saldo de caixa?

3. Que tecnologia de produção deve ser usada?

4. Vender a vista ou a prazo?

5. Como cobrar dos clientes?

Essas atividades criam padrões de entradas e saídas de caixa ao mesmo tempo não sincronizados e incertos.

Não são sincronizados porque o pagamento de compras de matéria-prima não ocorre ao mesmo tempo que o recebimento de dinheiro com a venda do produto. São incertos porque as vendas e os custos futuros não são conhecidos com certeza.

O ciclo operacional é o espaço de tempo entre a chegada de matéria-prima no estoque e a data em que se recebe dinheiro dos clientes. O ciclo de caixa começa quando se faz o pagamento de compras de matéria-prima e termina quando se recebe dos clientes.

A linha de tempo do fluxo de caixa consiste de um ciclo operacional e de um ciclo de caixa. A necessidade de tomada de decisões financeiras de curto prazo é indicada pela defasagem entre as entradas de caixa e as saídas de caixa. A de-fasagem está relacionada às extensões do ciclo operacional e do período de pagamento de contas.

Esta defasagem pode ser coberta por empréstimos ou pela manutenção de uma

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reserva de liquidez com títulos negociáveis.

A defasagem pode ser diminuída com a mudança dos períodos de permanência em estoque, contas a receber e pagamento. A partir de agora, examinaremos mais detidamente o cicio operacional.

A extensão do ciclo operacional é igual à soma dos períodos de permanência em estoque e recebimento de clientes. O período de permanência em estoque é o tempo necessário para encomendar, produzir e vender um produto. O período de recebimento é o tempo necessário para receber o pagamento dos clientes.

O ciclo de caixa é o período entre a saída de dinheiro e o recebimento de dinheiro. Pode ser considerado como sendo igual ao ciclo operacional menos o período de pagamento de contas, ou seja,

Ciclo de caixa = Ciclo operacional – Período de pagamento de contas

O período de pagamento de contas é o tempo pelo qual a empresa é capaz de retardar o pagamento pela aquisição de diversos recursos, tais como mão-de-obra e matéria-prima.

Na prática, o período de permanência em esto-que, o período de recebimento de contas a receber e o período de pagamento de contas são medidos em número de dias em estoque, dias para recebimento e dias para pagamento, respectivamente. O seguinte exemplo ilustra como o cicio operacional e o ciclo de caixa são medidos.

A necessidade de tomada de decisões financei-ra de curto prazo é indicada pela defasagem entre as entradas e as saídas de caixa. Isto está relacionado às extensões dos ciclos operacionais e do período de pagamento de contas.

Esta defasagem pode ser compensada com a obtenção de empréstimos ou com a manutenção de reservas de liquidez em títulos negociáveis. A defasagem pode ser diminuída mudando-se os períodos de estoque, contas a receber e contas a pagar.

Passamos agora a examinar mais de perto esse aspecto da política financeira de curto prazo.

4 - ALGUNS ASPECTOS DA POLÍTICA

FINANCEIRA DE CURTO PRAZO

A política que uma empresa adota nas suas fi-nanças de curto prazo tende a ser composta de dois elementos:

1. A Magnitude de seu Investimento em Ativo Circulante. Isto é geralmente medido em relação ao nível de receitas operacionais da empresa. Uma política financeira de curto prazo flexível ou acomodatícia manteria uma elevada proporção entre ativo circulante e vendas. Uma política financeira restritiva faria com que essa proporção fosse baixa.

2. O Financiamento do Ativo Circulante. Isto é medido pelo quociente entre dívidas de curto prazo e dívidas de longo prazo. Uma política financeira restritiva fará com que essa proporção seja elevada, e uma política flexível significará menos endividamento de curto prazo e mais endividamento de longo prazo.

A Magnitude do Investimento em Ativo

Circulante

Políticas financeiras flexíveis de curto prazo en-volvem:

1. Manutenção de saldos elevados de caixa e títulos negociáveis.

2. Investimentos elevados em estoque.

3. Concessão de crédito em condições libe-rais, resultando em nível elevado de contas a receber.

Políticas financeiras de curto prazo

restritivas incluem

1. Manutenção de saldos reduzidos de caixa e nenhum investimento em títulos negociá-veis.

2. Pequenos investimentos em estoque.

3. A não realização de vendas a prazo e, por-tanto, nenhum investimento em contas a receber.

A determinação do nível ótimo de investimento em ativos de curto prazo requer a identificação dos diferentes custos de políticas alternativas de financiamento de curto prazo. O objetivo é contrabalançar o custo de políticas restritivas com os de políticas flexíveis, visando chegar-se à melhor conciliação possível.

Os saldos de ativos circulantes são máximos quando a política financeira de curto prazo é flexível, e mínimos quando a política é restritiva. Portanto, as políticas financeiras de curto prazo flexíveis são mais caras no sentido de que

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

exigem saídas maiores de caixa para financiar investimentos em caixa e títulos negociáveis, estoques e contas a receber. Entretanto, as entradas futuras de caixa também são maiores numa política flexível.

As vendas são estimuladas pelo uso de uma política de crédito que oferece financiamento liberal aos clientes. Um volume elevado de estoque disponível (―na prateleira‖) proporciona atendimento rápido aos clientes e eleva as vendas.

Além disso, a empresa talvez possa cobrar preços mais elevados por serviço rápido de entrega e créditos mais liberais associados às políticas mais flexíveis. Uma política mais flexível também resulta em paradas menos freqüentes da produção devidas à falta de material em estoque.

Pode-se considerar que a gestão de ativos circulantes envolve uma conciliação entre custos que se elevam com o nível do investimento e custos que caem com o nível do investimento.

Os custos que crescem com o nível de investimento em ativo circulante são chamados de custos de carregamento. Os custos que diminuem com acréscimos do nível de in-vestimento em ativo circulante são conhecidos como custos de falta.

Os custos de carregamento são geralmente de dois tipos. Em primeiro lugar, como a taxa de retorno dos ativos circulantes é baixa, em comparação com a de outros ativos, há um custo de oportunidade.

Em segundo lugar, há o custo de manutenção do valor do item em que se faz o investimento. Como exemplo, podemos citar o custo de armazenamento de itens em estoque.

Os custos de falta ocorrem quando o investi-mento em ativo circulante é pequeno. Se uma empresa ficar sem dinheiro em caixa, será forçada a vender títulos negociáveis.

Entretanto, se não puder vendê-los rapidamente, poderá ser obrigada a tomar emprestado ou deixar de pagar alguma dívida. (Esta situação geral é uma falta de caixa.) Se uma empresa não tiver estoque (uma falta de estoque), ou não puder dar crédito a seus clientes, tenderá a perdê-los.

Há dois tipos de custo de falta:

1. Custos de Pedido. Os custos de pedido decorrem da emissão de um pedido ou ordem de mais caixa (despesas de

corretagem) ou estoque (custos de programação da produção).

2. Custos Relacionados a Reservas de

Segurança. Estes são custos decorrentes de vendas perdidas, perda de bom relacionamento com clientes e interrupções da atividade produtiva.

Os custos totais de investimento em ativo circulante são determinados somando-se os custos de carregamento e os custos de falta. O ponto mínimo da curva de custo total (CA*) reflete o saldo ótimo de ativos circulantes.

A curva é geralmente achatada em tomo do ponto ótimo, e é difícil, se não impossível, determinar o equilíbrio ótimo preciso entre custos de falta e de carregamento.

Geralmente, nos contentamos com uma alterna-tiva próxima do ponto ótimo.

Se os custos de carregamento forem reduzidos e/ou os custos de falta forem elevados, a política ótima envolverá níveis substanciais de ativo circulante. Em outras palavras, a política ótima é flexível.

Se os custos de carregamento forem elevados e/ou os custos de falta forem reduzidos, a política ótima será restritiva. Ou seja, a política ótima envolverá investimentos modestos em ativo circulante.

5 - POLÍTICAS ALTERNATIVAS DE

FINANCIAMENTO DE ATIVO CIRCULANTE

No item precedente, examinamos o nível do investimento em ativos circulantes. Voltamos nossa atenção agora ao nível do passivo circulante, supondo que o investimento em ativo circulante esteja sendo otimizado.

Um Modelo Ideal

Numa situação econômica ideal, os ativos de curto prazo sempre podem ser financiados com dívidas de curto prazo, e os ativos de longo prazo podem ser financiados com dívidas de longo prazo e capital próprio. Nesta situação, o capital de giro líquido é sempre igual a zero.

Imagine-se o caso simples de um armazém de cereais. Os operadores de armazéns de cereais compram a produção após a colheita, a armazenam e a vendem ao longo do ano. Detêm estoques elevados de cereais após a colheita e terminam com estoques pequenos imediatamente antes da colheita seguinte.

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Empréstimos bancários com prazo inferior a um ano são utilizados para financiar a compra de cereais. Esses empréstimos são restituídos com a receita de venda de cereais.

Os ativos de longo prazo, por hipótese, crescem com o passar do tempo, ao passo que os ativos circulantes aumentam no final da colheita e de-pois diminuem durante o ano.

Os ativos de curto prazo chegam a zero imediatamente antes da colheita seguinte. Esses ativos são financiados por endividamento de curto prazo, e os ativos de longo prazo são financiados por endividamento a longo prazo e capital próprio.

O capital de giro líquido — ativo circulante menos passivo circulante — é sempre igual a zero.

Estratégias Diferentes de Financiamento de

Ativos Circulantes

Não se pode esperar que os ativos circulantes caiam a zero na realidade, porque um nível crescente de vendas no longo prazo tende a resultar em algum investimento permanente em ativo circulante.

Pode-se conceber uma empresa em processo de crescimento como tendo tanto necessidades permanentes de ativo circulante quanto de ativos de longo prazo.

Estas necessidades totais de ativos apresentam níveis que, com o passar do tempo, refletirão (1) uma tendência secular de crescimento, (2) uma variação sazonal em tomo da tendência e (3) oscilações diárias e mensais imprevisíveis.

Examinemos agora como essa necessidade de ativos é financiada. Em primeiro lugar, considere-se a estratégia na qual o financia-mento de longo prazo mais do que cobre a necessidade total de ativos, mesmo nos picos sazonais.

A empresa terá saldos excedentes de caixa disponíveis para aplicação em títulos negociáveis quando a necessidade total de ativos for inferior aos picos.

Como este enfoque envolve superávits crônicos de caixa e um investimento elevado em capital de giro líquido, é visto como uma estratégia flexível.

Quando o financiamento de longo prazo não cobre a necessidade total de ativos, a empresa é obrigada a tomar emprestado a curto prazo para compensar o déficit.

O que é Melhor?

Qual é o montante mais apropriado de endivi-damento a curto prazo? Não há resposta definitiva para essa pergunta. Várias considerações devem ser feitas numa análise adequada:

1. Reservas de Caixa. A estratégia financeira flexível leva a superávits de caixa e pouco endividamento de curto prazo. Esta estratégia reduz a probabilidade de que uma empresa passe por dificuldades financeiras. As empresas não precisam se preocupar tanto com o pagamento freqüente de obrigações de curto prazo. Entretanto, os investimentos em caixa e títulos negociáveis são, na melhor das hipóteses, aplicações com valor presente líquido nulo.

2. Casamento de Prazos. Muitas empresas financiam estoques com empréstimos bancários de curto prazo e ativos permanentes com financiamento de longo prazo. As empresas tendem a evitar o financiamento de ativos permanentes com recursos de curto prazo. Este tipo de descasamento de prazos exigiria financiamento freqüente e é intrinsecamente arriscado, pois as taxas de juros de curto prazo são mais voláteis do que as taxas de juros de longo prazo.

3. Estrutura de Taxas. As taxas de juros de curto prazo são normalmente inferiores às taxas de longo prazo. Isto quer dizer que, em média, é mais caro depender de financiamento a longo prazo do que de recursos de curto prazo.

6 - ORÇAMENTO DE CAIXA

O orçamento de caixa é uma ferramenta indis-pensável para o planejamento financeiro de curto prazo. Permite ao administrador financeiro identificar necessidades (e oportunidades) financeiras de curto prazo.

Diz ao administrador qual é a necessidade de financiamento no curto prazo. Representa uma maneira de identificar o hiato de caixa na linha de tempo do fluxo de caixa.

A idéia por trás do orçamento de caixa é simples: registra estimativas de entradas e saídas de caixa.

7 – ORÇAMENTO DE CAIXA E O

PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE CURTO

PRAZO

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Imagine que determinada empresa tenha o seguinte problema de financiamento a curto prazo.: - Não é capaz de suportar as saídas previstas de caixa do segundo trimestre com suas fontes internas. Suas opções de financiamento incluem (1) empréstimos bancários sem garantia, (2) empréstimos com garantia, e (3) outras fontes.

8 - RESUMO E CONCLUSÕES

Identificamos e examinamos as origens e aplicações de caixa tal como surgem nas demonstrações financeiras da empresa. Vemos como os ativos e os passivos circulantes são criados nas atividades operacionais de curto prazo e no ciclo de caixa da empresa. De um ponto de vista contábil, as finanças de curto prazo envolvem o capital de giro líquido.

A administração dos fluxos de caixa de curto prazo envolve a minimização de custos. Os dois principais custos são os custos de carregamento — os juros e os custos decorrentes de investimento excessivo em ativos de curto prazo, e os custos de falta, custos decorrentes de não possuir ativos de curto prazo.

O objetivo da administração financeira e do planejamento financeiro de curto prazo é encontrar o equilíbrio ótimo entre esses dois tipos de custo.

Numa situação econômica idealizada, a empresa poderia predizer com perfeição as suas aplicações e origens de caixa no curto prazo, e o capital de giro líquido poderia ser mantido a nível igual a zero. Na realidade, o capital de giro líquido representa um amortecedor que permite à empresa saldar suas obrigações correntes. O administrador financeiro busca o nível ótimo de cada um dos tipos de ativos circulantes.

O administrador financeiro pode utilizar o orçamento de caixa para identificar necessidades de financiamento a curto prazo.

O orçamento de caixa diz ao administrador que montante de recursos é necessário, ou que aplicações temporárias serão possíveis. A empresa tem à sua disposição uma variedade de maneiras possíveis para adquirir fundos

com a finalidade de cobrir insuficiências temporárias, incluindo empréstimos sem garantia e com garantia.

PLANEJAMENTO FINANCEIRO EM

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Administrar bem um negócio já não é suficiente. É preciso ser rápido e preciso nas decisões para afastar prejuízos ou impedir ações que inviabilizem o negocio. Independentemente do porte da empresa, o planejamento financeiro prevê os possíveis resultados, de modo que as medidas corretivas possam ser planejadas com tempo, calma e reflexão suficientes para que sejam bem-sucedidas.

É inegável a importância das pequenas e médias empresas na economia brasileira. Somente as micro e pequenas empresas respondem por 98% do total de empresas instaladas no País, 60% da mão-de-obra empregada e 40% do produto interno bruto.

Dentro dos novos conceitos que hoje fazem parte da realidade nas empresas, como terceirização, downsizing e reestruturação organizacional, existe a tendência de que esse segmento ganhe cada vez mais importância. Paralelamente, porém, observa-se um grande movimento de abertura de novas empresas relacionado com o fechamento de fatia substancial delas.

Essa descontinuidade é freqüentemente resul-tante de fatores financeiros, embora o negócio em si, à primeira vista, pareça bom.

Em geral, o empresário tem algum conhecimento do produto e da tecnologia envolvida, conhece os canais de distribuição, os principais concorrentes e desenvolve a atividade

de marketing para divulgação do negócio.

Porém, relega a segundo plano o processo de gestão da empresa, incluído aí o monitoramento constante de sua rentabilidade, necessidade de capital de giro e geração de caixa. Outro ponto a ser ressaltado é que o empreendedor tende a subestimar as dificuldades financeiras, temendo abalar a motivação do seu negócio. Esse caminho faz com que, eventualmente, não sejam quantificados os riscos inerentes ao empreendimento.

Etapas do planejamento financeiro

1- Definição do negócio

• definição do produto

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• determinação do nicho de mercado

• verificação dos canais de distribuição

• constatação das práticas de mercado no segmento escolhido

• verificação dos níveis de tributação e de interferência do governo

2- Análise de mercado - a viabilidade comercial do negócio

• caracterização do mercado

• volume de vendas e preços

• análise da concorrência

3- Plano de trabalho - definição de um plano de datas e atividades, com o objetivo de estabelecer o início da operação e um cronograma de implantação.

4- Planejamento financeiro - avaliação do negócio sob o ponto de vista global, procurando completar os resultados da análise da viabilidade comercial com a quantificação dos resultados do ponto de vista financeiro:

rentabilidade de produtos

necessidade de capital

estratégia de diferenciação em relação aos concorrentes baseada em preço, qualidade, nível de serviços (assistência técnica, prazos de entrega etc.) flexibilidade e inovação.

análise de risco

Experiências indicam que as etapas 1, 2 e 3 tendem a ser executadas de forma parcial e que aetapa4 freqüentemente é esquecida ou, em alguns casos, relegada a segundo plano, razão pela qual chega-se rápida e imprecisamente à conclusão de que o negócio é viável. O conceito básico utilizado é o seguinte: o fator crítico de sucesso de um empreendimento é exclusivamente representado pelo mercado. No passado, isso talvez tenha sido verdadeiro. Bastava conceber um produto para que ele fosse aceito pelo mercado, independentemente do preço e das condições de venda. Na verdade, o cliente aceitava o preço imposto pelo fabricante por absoluta falta de alternativa. Com a globalização e a abertura dos mercados, ampliou-se a disponibilidade de produtos e serviços e o cliente pôde optar, aumentando

assim seu poder de decisão de compra.

Isso dá à etapa 4 mais importância no plane-jamento do novo empreendimento, quando devem ser analisados os diversos cenários e alternativas para a seleção da estratégia mais adequada, a redefinição do empreendimento ou, eventualmente, seu abandono.

Objetivos do planejamento financeiro

O planejamento financeiro visa responder as seguintes perguntas principais:

• O negócio é rentável? Qual a rentabilidade projetada?

• O capital disponível é suficiente ou corre-se o risco de fechar a empresa ou abandonar o projeto de expansão em curto prazo, se não se dispuser de capital adicional? Para responder a essa pergunta, devem ser considerados todos os desembolsos relativos a investimentos e despesas pré-opera-cionais, até que o negócio gere fluxo de caixa positivo para sua continuidade.

• Se o capital for insuficiente, não seria a hora de pensar num possível parceiro, convencê-lo de que o negócio é economicamente atra-ente, apresentando-o de maneira clara e bem fundamentada?

• Dos produtos considerados para produção ou comercialização, quais são os mais lucrativos?

• O volume de negócios será suficiente para cobrir custos e despesas fixas do negócio e remunerar adequadamente o capital dos investidores? O planejamento financeiro deverá respondera essas perguntas, segundo várias alternativas ou cenários de projeção, analisados conforme as definições concebidas nas etapas 1,2 e 3.

Abordagem do planejamento financeiro

Os principais itens a serem abordados pelo planejamento financeiro são:

• Vendas - previsão de vendas para várias alternativas de composição do mix de produtos, preços (estratégia de mark-up) e volumes, assim como prazos de recebimentos e descontos.

• Tributos - projeção de impostos diretos (Imposto de Renda e Contribuição Social) e indiretos (ICMS,IPI, PIS e Cofins).

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• Custos de matérias-primas ou produtos comprados para revenda - definição precisa da composição dos produtos acabados, custos dos componentes e de produtos para revenda, gestão do estoque, análise de fornecedores e prazos de pagamento das compras.

• Despesas fixas e variáveis

• Pessoal

• Investimentos - englobando despesas pré-operacionais, investimentos em ativo fixo e capital de giro.

• Financiamentos - projetando as entradas, as despesas financeiras envolvidas e as condições de pagamento.

A partir disso, o empreendimento poderá ser avaliado sob três aspectos principais:

1 - Avaliação global - projeção e análise do demonstrativo de resultados, fluxo de caixa e balanço patrimonial. Inclui análises de indicadores financeiros (estrutura de capital, índices de liquidez, de solvência e indicadores de rentabilidade).

2 - Avaliação detalhada por produto - renta-bilidade por produto e sua participação nas vendas e no lucro bruto ao longo do período de planejamento.

3 - Avaliação do negócio - ponto de equilíbrio do empreendimento e valor do projeto pelo método do fluxo de caixa descontado.

Nas pequenas e médias empresas há mais obstáculos e resistências à implantação de um planejamento financeiro. A falta de tempo é a primeira dificuldade.

É freqüente o empresário que já possui o seu negócio concentrar sua atenção em aspectos operacionais de curto prazo, como produção, negociação de vendas, atendimento a clientes, fechamento diário de caixa.

Por sua vez, o empreendedor que está planejando um novo negócio tende a concentrar sua atenção na concepção do empreendimento, aspectos de mercado e de produção. Em ambos os casos, não sobra tempo para o planejamento financeiro.

A postura do já sei tudo sobre o negócio faz com que o empresário ou o empreendedor desconsiderem qualquer possibilidade de auxilio na estruturação do empreendimento. Um empreendedor sabe comprar e vender bem, mas não dá a devida importância às funções

gerenciais de administração, controle e planejamento, prejudicando, muitas vezes, a gestão dos negócios.

Existem, entretanto, abordagens especialmente dirigidas às pequenas e médias empresas, mais simples, com resultados mais rápidos. Quem investiu tempo, dinheiro e disposição para empreender um negócio deve estar atento a tudo isso.

Em geral, o empresário tem algum conhecimento do produto e da tecnologia envolvida, dos canais de distribuição e dos principais concorrentes. Porém, se ele não dá importância devida à gestão da empresa, à rentabilidade, ao capital de giro e à geração de caixa, pode correr riscos desnecessários

A IMPORTÃNCIA DA CONTABILIDADE

COMO LINGUAGEM DOS NEGÓCIOS

Tem-se chamado a Contabilidade de a ―linguagem da empresa‖ e, embora possa esta não ser uma frase completamente apropriada, você verificará que a tarefa de aprender Contabilidade é fundamentalmente a mesma tarefa de aprender uma nova língua. A linguagem usa palavras como meio de expressão. A Contabilidade usa palavras e números. Para expressar as idéias de maneira eficiente é necessário uma certa familiaridade com o sentido e a sintaxe das palavras. Da mesma forma, para apresentar planos administrativos claramente e para comunicar e interpretar resultados administrativos de forma eficiente é necessário algum conhecimento da natureza e significado dos dados contábeis. No estudo da Contabilidade, um dos grandes

problemas diz respeito à terminologia. A

Contabilidade possui linguagem própria e, em muitos casos, alguns termos coincidem com termos de nossa linguagem comum. Ocorre, porém, que nem sempre significam a mesma coisa. Por exemplo, a palavra débito, que, na linguagem comum, significa situação negativa, situação de dívida, na terminologia contábil poderá significar até mesmo situação positiva. A palavra ativo, para cada pessoa, pode significar coisas diferentes dependendo do setor de atuação de cada um.

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Talvez a maior dificuldade que um principiante no estudo da Contabilidade encontre é a de distinguir entre o sentido contábil de certos termos e o daquele que ele atribui a esses termos em sua linguagem não contábil de uso diário. Ao se deparar com determinados termos utilizados pela Contabilidade, procure enfocá-los de acordo com o que eles representam para a terminologia contábil, não confundindo com o que possam representar na linguagem comum.

É fundamental aprender a pensar em termos

contábeis. É importante destacar que ninguém é totalmente leigo em Contabilidade, porque o estudo das técnicas contábeis visa organizar o conhecimento que já possuímos e que aplicamos nas operações pessoais ou familiares, seja na utilização de um orçamento doméstico ou no controle do saldo bancário.

POR QUE A CONTABILIDADE É

IMPORTANTE PARA NÃO CONTADORES?

1. O conhecimento da Contabilidade como sistema de informação, avaliação de desempenho e de comunicação, dentro das entidades de qualquer natureza, dimensão e finalidade, deixou de ser uma preocupação ou uma ferramenta apenas de contadores.

2. Profissionais e executivos das mais variadas áreas se utilizam de relatórios contábeis e, principalmente, falam e entendem a linguagem contábil dentro da empresa ou têm necessidade de falar e entendê-la.

3. Times empresariais trabalham cada vez mais em conjunto, reunindo profissionais e especialista de várias áreas. A linguagem comum que possibilita a comunicação clara de idéias é, preponderantemente, a linguagem contábil-gerencial moderna.

4. As mais recentes técnicas de planejamento e execução fabril, como o Just in Time, o Total Quality Control e a Computer Integrated Manufacturing e outras exigem mudanças nos conceitos tradicionais de Contabilidade.

5. Como linguagem universal dos negócios que é, a Contabilidade é uma ciência que deve ser utilizada e entendida por inúmeros profissionais, e não apenas

por Contadores, que têm a finalidade e de preparar as demonstrações contábeis.

Este curso é apresentado da forma mais clara possível, mas sob a perspectiva profissional, como um Manual de Finanças para Executivos e outros profissionais que não sejam contadores, mas que precisam da Contabilidade para tocar seus empreendimentos e atividades.

CONCEITO DE CONTABILIDADE

A Contabilidade é a ciência que estuda, analisa, controla, registrando e informando aos seus usuários, através das Demonstrações Contábeis todas as ocorrências verificadas dentro do patrimônio.

Funções da Contabilidade: 1 - Organizar um sistema de controle adequado

às empresas; 2 - Registrar todos os fatos que ocorrem e

podem ser representados em valor monetário;

3 - Com base nos registros realizados, elaborar periodicamente quadros demonstrativos da situação econômica e financeira da empresa;

4 - Analisar esses quadros demonstrativos e apurar se a empresa obteve lucro ou prejuízo em um determinado período;

5 - Acompanhar a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os pagamentos a serem realizados e as quantias a serem recebidas;

6 - Cuidar da relação financeira da empresa com terceiros (Bancos, Fornecedores, Clientes, etc.).

Finalidades da Informação Contábil Finalidade - controlar o patrimônio, apurar o resultado e prestar informações aos seus usuários. CONTROLE ―Processo pelo qual a alta administração se certifica, na medida do possível, de que a organização está agindo de conformidade com os planos e políticas traçados pelos donos de capital e pala própria administração‖

Comunicação - relatórios contábeis

Motivação - a organização levada a fazer...

Verificação - avaliar a qualidade dos serviços PLANEJAMENTO ―É o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado para o futuro.‖

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Planejamento x Previsão

Usuários da Contabilidade Usuário - toda pessoa física ou jurídica que tenha interesse na avaliação da Situação Patrimonial da Entidade.

a) Internos - os proprietários, sócios, administradores, etc.,

Utilidades das informações geradas pela contabilidade para os usuários internos: 1- analisar se a empresa tem condições

econômicas de realizar um novo empreendimento;

2- verificar que setor ou operação está causando prejuízos para a empresa;

3- determinar o custo de um determinado produto, para que se possa fixar o seu preço de venda sem riscos de erros;

4- fornecer o número exato de mercadorias, produtos acabados, produtos em elaboração, matérias primas em estoque e o seu respectivo valor.

b) Externos - as empresas com quem mantém relações comercias e financeiras (Bancos, Fornecedores); órgãos do governo: municipal estadual e federal, para fins de fiscalização e arrecadação de impostos.

Limitações do Método Contábil

A Contabilidade não é e nem deve ser entendida como um fim em si mesma. As informações só terão utilidade caso satisfaçam às necessidades da administração ou de outros interessados.

A Contabilidade só é capaz de captar e registrar, normalmente, eventos mensuráveis em moeda.

A Contabilidade é um sistema para registrar e resumir os fatos da empresa, e, como ocorre com qualquer medição, um dado contábil é uma aproximação, mais do que uma demonstração precisamente exata.

Figura 1.1 – Apresentação de um Sistema Contábil

Sistema

Contábil

CAPTAR REGISTRAR ACUMULAR RESUMIR INTERPRETAR

Informação

de apoio à tomada de

decisão

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ESTÁTICA PATRIMONIAL

Patrimônio - conjunto de BENS, DIREITOS e OBRIGAÇÕES de uma entidade, avaliado em moeda.

PATRIMÔNIO

Elementos Positivos Elementos Negativos

BENS OBRIGAÇÕES Móveis e Utensílios Salários a Pagar Estoque de Mercadorias Duplicatas a Pagar Caixa (dinheiro) Impostos a Pagar Veículos Adiantamentos de Clientes

DIREITOS Empréstimos Bancários

Duplicatas a Receber Financiamentos Contas a Receber Contas a Pagar Adiantamentos a Empregados Bancos c/Movimento

O Ativo compreende os bens e os direitos da entidade expressos em moeda. Todos os elementos

componentes do Ativo acham-se discriminados na lado esquerdo do Balanço Patrimonial.

O Passivo compreende basicamente as obrigações a pagar, isto é, as quantias que a empresa deve a

terceiros. Todos os elementos do Passivo estão discriminados no lado direito do Balanço Patrimonial.

Definimos Patrimônio Líquido como sendo a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo de uma entidade, em determinado momento.

Pode ser proveniente dos Investimentos efetuados pelos proprietários ou dos Lucros acumulados na entidade. É indicado no lado do Passivo, quando positivo, para igualar a Equação do Patrimônio.

PATRIMÔNIO

ATIVO PASSIVO

BENS OBRIGAÇÕES Móveis e Utensílios Salários a Pagar Estoque de Mercadorias Duplicatas a Pagar Caixa (dinheiro) Impostos a Pagar Adiantamentos de Clientes

DIREITOS

Duplicatas a Receber PATRIMÔNIO LÍQUIDO Contas a Receber Capital Adiantamentos a Empregados Lucros Acumulados

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante Passivo Circulante Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo Prazo Ativo Permanente Resultado de Exerc. Futuros dividido em: Patrimônio Líquido - Investimentos dividido em: - Imobilizado - Capital Social - Diferido - Reservas de Capital - Reservas de Reavaliação - Reservas de Lucros - Lucros (ou prejuízos) Acumulados

EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO

Por meio dessa equação apuramos a Situação Líquida do Patrimônio, que pode ser positiva, negativa ou nula, conforme se apresente a sua representação quantitativa.

ATIVO - PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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Na maioria das entidades o Ativo (bens e direitos) suplanta o Passivo (obrigações), sendo a representação mais comum do seu patrimônio a que segue, correspondente à Situação Líquida Positiva:

Caso o Passivo supere o Ativo - representando uma Situação Líquida Negativa, encontraremos:

A Situação Líquida Nula decorre da igualdade de valores entre Ativo e Passivo:

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ESTADOS PATRIMONIAIS

Como vimos anteriormente, o Patrimônio Líquido (PL) é a diferença algébrica entre o Ativo (A) e o Passivo (P). Não tem sentido falarmos em Ativo ou Passivo negativos. Nessas condições, os elementos patrimoniais poderão assumir somente os seguintes valores:

A 0 P 0 PL 0

PL 0

Com base na equação do balanço ( A - P = PL ), pode-se concluir que, em dado momento, o patrimônio assume, invariavelmente, um dos cinco seguintes estados, a saber:

1º) Quando A > P teremos PL > 0

A = P + PL A P Revelando existência de riqueza PL própria.

2º) Quando A = P, teremos PL = 0

A = P

Revelando inexistência de riqueza própria, como, por exemplo, acontece com o indivíduo que possui

bens à sua disposição mas os deve pagar totalmente.

A P

3º) Quando P > A, teremos PL < 0

A + PL = P

A Revela má situação, existência de PASSIVO

P A DESCOBERTO.

PL

ATIVO = PASSIVO

ATIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO = PASSIVO

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

4º) Quando A > P e P = 0, teremos PL > 0

A = PL MELHOR Situação Líquida

Revelando inexistência de dívidas (Passivo), logo,

A PL propriedade plena de Ativo.

5º) Quando P > A e A = 0, teremos PL < 0

PL = P É o PIOR estado patrimonial.

Revela inexistência de Ativo (bens e direitos).

PL P Apenas dívidas (obrigações).

Os dois últimos estados patrimoniais (4º e 5º) raramente ocorrem, na realidade, principalmente o último, quando a empresa praticamente não tem mais condições de subsistência.

Situação impossível: PL > A

ORIGEM E APLICAÇÃO DE RECURSOS

Ativo: Aplicação de Recursos (Investimentos)

Passivo: Origem dos Recursos (Fontes)

As origens de recursos podem ser provenientes de: Capitais Próprios - podem se originar de duas fontes:

Recursos do proprietário. É o caso do Capital Inicial ou aumentos posteriores.

Evolução normal da empresa. É o caso dos Lucros e, conseqüentemente, das Reservas. Capitais de Terceiros - são as Obrigações assumidas pela empresa, para financiar as suas operações.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

O registro dos fatos contábeis, realizados de forma analítica e em ordem cronológica, não é suficiente para atingir a finalidade informativa a que se destina a Contabilidade, dada a heterogeneidade dos fenômenos patrimoniais.

Daí a utilização, pela Contabilidade, de uma técnica expositiva que compreende a elaboração das

chamadas DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, por meio das quais é feita a demonstração expositiva dos componentes patrimoniais e de suas variações.

RELATÓRIO DA DIRETORIA

Através desse relatório, a Diretoria presta informação aos acionistas sobre diversos aspectos do desempenho e de perspectivas da sociedade relativas a estratégias de vendas, compras, produtos, expansão, efeitos conjunturais, legislação, política financeira, de recursos humanos, resultados alcançados, planos, previsões etc.

NOTAS EXPLICATIVAS

São dados e informações que ora complementam as demonstrações financeiras como, por exemplo, Taxas de juros, vencimentos e garantias de obrigações de longo prazo, ora fornecem critérios contábeis, como os de avaliação de estoques, depreciação e demais provisões, ou ainda acrescentam informações, como garantias prestadas a terceiros, espécies de ações do capital social, eventos subseqüentes à data do balanço que tenham efeitos relevantes sobre a situação financeira da companhia etc.

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

BALANÇO PATRIMONIAL

É a demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a situação patrimonial da empresa em dado momento.

A palavra balanço reflete a idéia de equação, equilíbrio, igualdade. A exposição dos componentes

patrimoniais recebe a denominação balanço, porque é apresentada em forma equacional, mostrando o equilíbrio, a igualdade existente entre componentes positivos e negativos.

Através do balanço patrimonial conhecemos todos os componentes da riqueza patrimonial, bem como suas origens e aplicações. Distinguimos nele cinco aspectos importantes: o econômico, o financeiro, o patrimonial propriamente dito, o específico e o quantitativo.

Aspecto econômico:

O aspecto econômico é aquele que evidencia a situação do capital próprio (patrimônio líquido) em relação à totalidade da riqueza patrimonial (bens, direitos e obrigações) e ao resultado produzido pela atividade econômica da entidade, o qual contribuirá para aumento ou diminuição do capital próprio. Quando o resultado da atividade econômica for positivo, o aspecto econômico será evidenciado pelo capital próprio e sua remuneração, lucro sobre o investimento no patrimônio.

Aspecto financeiro:

O aspecto financeiro do patrimônio diz respeito às disponibilidades da empresa em face de suas responsabilidades e das necessidades da dinâmica patrimonial. Os valores realizáveis, quando de conversão rápida, fazem face às responsabilidades, porém deve-se sempre levar em conta a relação entre o numerário disponível e as exigências da movimentação econômica da empresa, bem como os prazos de vencimento dos valores realizáveis e exigíveis, para se conhecer a liquidez financeira. O aspecto financeiro tem, pois, caráter particular em cada empresa, de acordo com sua natureza e atividade, que determinam maior ou menor necessidade de numerário para atender à dinâmica empresarial.

Aspecto Específico:

O aspecto específico do patrimônio é aquele que evidencia as espécies, ou seja, a natureza de seus componentes, classificando-os, de acordo com sua qualificação e destinação, em grupos homogêneos, representativos dos bens, direitos e obrigações do patrimônio.

Daí a importância da classificação da matéria patrimonial de acordo com sua natureza, funções e finalidade, formando grupos específicos distintos dos demais.

Aspecto Quantitativo:

O aspecto quantitativo é aquele que evidencia a quantidade de cada um dos componentes patrimoniais, monetariamente representados. Analiticamente considerado, o aspecto quantitativo está refletido no valor de cada uma das contas representativas dos bens, direitos e obrigações e situação líquida do patrimônio.

A estrutura básica do balanço:

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante Passivo Circulante Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo Prazo Ativo Permanente Resultados de Exercícios Futuros

Investimento Patrimônio Líquido Imobilizado Capital social Diferido Reservas de Capital

Reservas de Reavaliação Reservas de Lucros Lucros ou Prejuízos Acumulados

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Apresentação, Forma e Conteúdo do Balanço

Ativo Passivo

Ativo Circulante Disponível Créditos Estoques Despesas Antecipadas

Passivo Circulante Empréstimos Provisões Obrigações

Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo Prazo

Ativo Permanente Resultado de Exerc. Futuros dividido em: Patrimônio Líquido

- Investimentos dividido em:

- Imobilizado - Capital Social

- Diferido - Reservas de Capital - Reservas de Reavaliação - Reservas de Lucros - Lucros (ou prejuízos) Acumulados

Critérios de Classificação dos Elementos Patrimoniais

Critério de Classificação do Ativo - As contas serão dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez. CIRCULANTE: realizáveis no curso do exercício subseqüente;

Disponibilidades

Créditos

Estoques

Despesas do Exercício Seguinte (Antecipadas) REALIZÁVEL A LONGO PRAZO: após o término do exercício seguinte; Créditos com controladas, coligadas, diretores e Cauções Contratuais PERMANENTE: participações permanentes, bens destinados à manutenção das atividades e

aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício.

Investimentos Imobilizado Diferido

Critério de Classificação do Passivo - As contas serão dispostas em ordem decrescente do grau de exigibilidade. Circulante: obrigações que se vencerem no exercício seguinte; Exigível a Longo Prazo: obrigações com vencimento após o término do exercício seguinte.

Critério de Classificação dos Resultados de Exercícios Futuros - Receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e das despesas a elas correspondentes.

Critério de Classificação do Patrimônio Líquido - Contas representativas dos investimentos dos proprietários na Companhia, das reservas oriundas de lucros obtidos pela companhia, das reservas oriundas da correção monetária do próprio patrimônio líquido e das reservas provenientes de reavaliação de Ativos.

Capital social Reservas de Capital Ágio na Emissão de Ações Alienação de Partes Beneficiárias

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Alienação de Bônus de Subscrição Prêmio na Emissão de Debêntures Doações e Subvenções p/Investimentos Reservas de Reavaliação Reavaliação de Ativos Próprios Reavaliação de Ativos de Coligadas e Controladas (Eqv.Patr) Reservas de Lucros Reserva Legal Reservas Estatutárias Reservas p/Contingências Reservas de Lucros a Realizar Reservas de Lucros p/Expansão Reserva Especial p/Dividendo Obrigatório não Distribuído Lucros ou Prejuízos Acumulados

Oportunidade do Balanço As empresas são obrigadas a levantar o balanço pelo menos uma vez em cada período de 12

meses, coincidente ou não com o ano civil.

Etapas Para o Levantamento do Balanço 1º) Levantamento do Balancete de Verificação do Razão do último mês; 2º) Ajustes das Contas; 3º) Encerramento das Contas de Receitas e Despesas; 4º) Elaboração das Demonstrações Financeiras e das Notas Explicativas.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE

É a mais importante demonstração da dinâmica patrimonial, pois mostra a receita bruta da entidade (vendas ou serviços prestados), o custo dessas receitas e demais despesas operacionais, evidenciando o lucro bruto e o lucro operacional. Demonstra, ainda, outras receitas e despesas não-operacionais, para evidenciar o lucro líquido do exercício

CONTAS COMENTÁRIOS

Receita Operacional Bruta Total da venda de mercadorias, produtos e serviços, inclusive impostos

Dedução das vendas Impostos sobre vendas (PIS/COFINS, ICMS e ISS), devoluções, abatimentos e descontos

Receita Operacional Líquida

Custos das Mercadorias e Produtos Vendidos

Mercadorias, Matérias-primas, mão-de-obra e outros gastos de fabricação

Lucro Bruto

Despesas Operacionais

Despesas com Vendas Comissões, fretes, pessoais etc.

Despesas Administrativas Processamento de dados, comunicações etc.

Desp. Financeiras (deduzidas das receitas financeiras)

Encargos sobre empréstimos e variações cambiais

Resultado de Participações Societárias Receitas e/ou despesas decorrentes da avaliação de investimentos relevantes em coligadas ou controladas pelo método da equivalência patrimonial

Lucro Operacional

Resultado não Operacional Resultado (Receitas/Despesas) na venda de bens patrimoniais, indenizações de seguros etc.

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Lucro antes do Imposto Renda

Provisão p/ IR e CSLL valores que serão pagos no exercício

Participações e Contribuições Participações estatutárias. Gratificações de diretores e funcionários previstas no estatuto

Lucro Líquido do Exercício

Lucro Líquido por ação Lucro líquido do exercício dividido pela quantidade de ações do capital social

A DRE é elaborada simultaneamente com o balanço patrimonial e se constitui no relatório sucinto das

operações realizadas pela empresa durante certo tempo, tendo a finalidade de mostrar a formação do

resultado.

A Lei das S.A. tornou obrigatória a elaboração e publicação, além do BP e da DRE, da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e de Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras.

DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS- DLPA

A finalidade desta demonstração é evidenciar eventuais distribuições ou destinação dos lucros de exercícios anteriores, bem como conhecer a evolução do seu saldo.

DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS R$

1 – Saldo no início do ano calendário

2 – Ajuste de Exercícios Anteriores:

2.1 – Efeitos de mudança de critério contábil - art. 177, § 1º

2.2 – Retificações procedimentos contábeis (erros)

3 – Atualização Monetária do saldo inicial (Cor. Monetária)

4 – Saldo Ajustado e Corrigido

5 – Reversão de Reserva para contingências não utilizada

5.1 – de Lucros

5.2 – Outras

6 – Lucro Líquido ou Prejuízo no ano calendário

7 – Destinação do Lucro:

7.1 - Destinação Durante o ano calendário

Dividendos Antecipados

Parcela dos Lucros Incorporados ao capital

7.2 - Transferências para Reservas

Reserva Legal - art. 193 - 5% L.L, até 20% do capital

Reserva Estatutária - art. 194 - critérios nos estatutos

Reserva para Contingências - art. 195

Reservas de Lucros a Realizar - art. 197

Lucros Retidos - art. 196 - p/aumento de capital

Dividendos Obrigatórios - art. 202

8 – Saldo no fim do ano calendário

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DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - DFC

A demonstração do fluxo de caixa apresenta-se pelo chamado regime de caixa, enquanto as demais demonstrações contábeis são elaboradas respeitando-se o regime da competência de exercícios. Existem dois métodos de elaboração do fluxo de caixa:

1º - Método direto:

o método direto demonstra todos os pagamentos e recebimentos decorrentes da atividade operacional das empresa.

pelo fato de ser mais claro e necessitar de maiores informações das empresas o método direto apresenta dificuldade em ser elaborado pelo analista externo.

2º - Método indireto:

método indireto parte do resultado das operações sociais, isto é, o lucro líquido do período, ajustado pelas despesas e receitas que não interferem diretamente no caixa ou disponibilidades da entidade, tais como depreciação, amortização, exaustão.

EXEMPLO DE ELABORAÇÃO DA DFC:

Considerando o saldo inicial de Caixa (Balanço abaixo) de R$ 2.000 e no final do período (31/12/2010) de R$ 2.580, podemos demonstrar o acréscimo de R$ 580, assim:

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO 2010 2009 Variações

Circulante 49.880 42.000 7.880

Caixa e Bancos 2.580 2.000 580

Duplicatas a Receber 32.000 30.000 2.000

Estoques 15.300 10.000 5.300

Ativo Permanente 24.120 24.000 120

Imobilizado 27.000 24.000 3.000

(-) Depreciações (2.880) (2.880)

Total do Ativo 74.000 66.000 8.000

PASSIVO

Circulante 32.000 27.000 5.000

Fornecedores 12.000 12.000 0

Empréstimos 20.000 15.000 5.000

Exigível a Longo Prazo 22.000 20.000 2.000

Patrimônio Líquido 20.000 19.000 1.000

Capital Social 19.000 19.000 0

Lucros Acumulado 1.000 1.000

Total do Passivo 74.000 66.000 8.000

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

31/12/2010

Vendas 80.000

CMV (60.000)

Lucro Bruto 20.000

Despesas Operacionais (15.880)

Lucro Final 4.120

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DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS

31/12/2010

Saldo de lucro ou prejuízos no início do período 0,0

(+) Resultado apurado no período 4.120

(-) Dividendos pagos (3.120)

(=) Saldo no final do período 1.000

Recursos provenientes das atividades operacionais Econômico Caixa

Vendas ( a ) 80.000 78.000

Custos das Mercadorias Vendidas ( b ) (60.000) (65.300)

Lucro Bruto 20.000 12.700

Despesas Operacionais ( c ) (15.880) (13.000)

Lucro Final 4.120 (300)

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - MÉTODO INDIRETO

1 – Recursos provenientes atividades operacionais (300)

2 – Recursos provenientes de investimentos

(- ) aquisição de imobilizado (3.000)

3 – Recursos provenientes das atividades financeiras

(+) novos empréstimos 5.000

(+) aumento do Exigível a Longo Prazo 2.000

(- ) pagamentos de Dividendos (3.120) 3.880

4 – Aumento das disponibilidades ( soma de 1 +2 +3 ) 580

5 – Demonstração da variação das disponibilidades:

5.1– Sd. inicial das disponibilidades em 31/12/2009 2.000

5.2 - Variação ocorrida no período (Vr. Item 4 ) 580

5.3 – Sd. final das disponibilidades em 31/12/2010 2.580

MEMÓRIA DE CÁLCULO:

Vendas

Duplicatas a Receber em 31 / 12 / 2009 R$ 30.000

(+) Vendas no período de 2010 80.000

(-) Duplicatas a Receber em 31 / 12 / 2010 32.000

(=) Vendas, em Dinheiro, relativo a 2010 R$ 78.000

Custo das Mercadorias Vendidas (Pagamentos a Fornecedores)

Para conhecermos o valor pago a fornecedor no período, devemos utilizar a seguinte fórmula:

Pgtos. a Fornecedores = Custos das Mercadorias Vendidas + Aumentos de Estoques – Aumentos em Fornecedores

Aplicando a fórmula:

Custos das Mercadorias Vendidas 60.000

(+) Aumentos de Estoques 5.300

(- ) Aumentos em Fornecedores 0

(=) Pagamentos a Fornecedores em 2010 65.300

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Despesas Operacionais

Eliminar todas as despesas operacionais que não foram pagas e, através da mesma lógica utilizada no cálculo das vendas anteriormente, determinamos o valor das despesas operacionais do período que foram pagas.

Despesas Operacionais R$ 15.880

(-) Depreciações (2.880)

(=) Valor Pago em Dinheiro R$ 13.000

RESUMO DA DESPESA E DA RECEITA

As Receitas e as Despesas podem ser classificadas de duas formas:

quanto ao pagamento: à Vista e a Prazo

quanto ao período: Atual e Futura

De acordo com o Regime de Competência de Exercícios, as Receitas e as Despesas são consideradas em função do seu fato gerador e não em função do recebimento da Receita ou pagamento da Despesa, em dinheiro.

As Receitas de um exercício são aquelas ganhas nesse período, não importando se tenham sido recebidas ou não.

As Despesas de um exercício são aquelas incorridas nesse período, não importando se tenham sido pagas ou não.

Difere, pois, do Regime de Caixa, onde são consideradas como receitas e despesas do exercício aquelas efetivamente recebidas e pagas dentro desse período.

DESPESAS À VISTA A PRAZO DEMONSTRAÇÕES

ATUAL D - Despesa C - Caixa

D - Despesa C - Despesa a Pagar

Resultado do Exercício DRE

FUTURA não altera o PL

D - Despesa Antecipada C - Caixa

D - Despesa Antecipada C - Despesa a Pagar

Balanço Patrimonial (ATIVO)

( - ) Caixa ( + ) Dívida

RECEITAS À VISTA A PRAZO DEMONSTRAÇÕES

ATUAL D - Caixa C - Receita

D - Receita a Receber C - Receita

Resultado do Exercício DRE

FUTURA não altera o PL

D - Caixa C - Receita Antecipada

D - Valores a Receber C - Receita Antecipada

Balanço Patrimonial (PASSIVO)

( + ) Caixa ( + ) Direitos

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TEXTOS PARA REFLEXÃO

O QUE O EMPRESÁRIO DEVE COBRAR DE

SEU CONTADOR.

Não existe coisa mais frustrante para qualquer profissional honesto que ser nivelado e comparado com aquele que só tenta tirar vantagem sobre o empresário, seu cliente.

Tudo que você fala soa como uma trapaça. Não poucos acham que pagam para você não fazer nada ou que quanto menos você fizer, melhor. Muitos atendem que suas orientações visam basicamente o lucro, não o cumprimento de uma obrigação legal. Se um novo cliente e, portanto, ainda desconhecido por uma fiscalização ou notificação, descobrir que você não cumpriu alguma obrigação acessória, a guerra começa. O mais comum, porém, é todos considerarem sua estimativa de honorários absurda, por compará-la a de outros que, certamente compensam o baixo valor cobrado sujeitando o cliente a multas e fiscalizações desnecessárias.

Esse trabalho pretende facilitar o entendimento de todos, principalmente do empresário que imagina as microempresas isentas de qualquer obrigação.

Não da experiência de outros colegas de profissão, mas muitas vezes, o cliente mais difícil é aquele que se julga quase imune a todas

as obrigações e, portanto, administra sua documentação à sua conveniência, sem facilitar ao mínimo o trabalho do contador.

Dada a freqüência dessas situações, nosso conselho resolveu editar um livreto que lista e explica as obrigações básicas exigidas da maioria das empresas, os quais nós, contadores, por conseqüência, devemos atender.

Grande parcela desses 56 itens não se refere a impostos, mas a obrigações acessórias, como declarações e livros fiscais, portanto , desconhecidos da maioria que devem ser entregues periodicamente e podem ou não ter sido fiscalizados durante um certo período.

Vale comentar que o tempo deixou de ser aliado, pois a maioria das obrigações é processada eletronicamente. Isso facilita o trabalho das autoridades que, hoje em dia, fiscalizam as exceções identificadas pelo controle eletrônico, a famosa malha fina.

É importantíssimo ressaltar que grande parte desses itens serão necessários para o encerramento da empresa e respectivas baixas nos órgãos competentes. Portanto, sua elaboração e guarda se fazem imprescindíveis mesmo com a empresa inativa. Alguns deles, como os relativos às áreas trabalhista e previdenciária, devem ser mantidos quase eternamente.

Quadro Sinótico de Obrigações das Pessoas Jurídicas e Equiparadas:

1. Estatuto ou Contrato Social 2. Contabilidade 3. Balanço 4. Livro Diário 5. Livro Razão 6. Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda das Pessoas Físicas 7. DIRF 8. Imposto de Renda Retido na Fonte 9. Livro de Inspeção do Trabalho 10. Livro de Registro de Empregados 11. Folha de Pagamentos 12. GPS 13. GFIP 14. GRFP 15. CAGED 16. Rais 17. Contribuição Sindical 18. Contribuição Confederativa 19. Contribuição Assistencial 20. Contribuição Associativa

29. PIS sobre o Faturamento 30.PIS sobre a Folha de Pagamento 31. Cofins 32. DCTF 33. Simples Federal 34. Rubrica no Balanço 35. DIPI 36. Livro de Registro de Apuração do IPI 37. Livro de Registro de Entradas (IPI) 38. Livro de Registro de Saídas (IPI) 39. Livro de Registro e Controle da Produção e do Estoque 40. IPI 41. Guia de Apuração Mensal 42. Livro de Apuração do ICMS 43. Livro de Registro de Entradas(ICMS) 44. Livro de Registro de Saídas (ICMS) 45. ICMS 46. ICMS em Substituição Tributária 47. Guia de Apuração Anual - Simples Paulista 48. Livro de Registro de Inventário

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21. NR-7 22. NR-9 23. Informes de Rendimentos das Pessoas Físicas 24. Informes de Rendimentos das Pessoas Jurídicas 25. DIPJ 26. Lalur 27. Imposto de Renda - PJ 28. CSLL

49. Autorização de Impressão de Documentos Fiscais (estadual) 50. Livro Modelo 6 51. Livro de Registro Modelos 51 e 53 52. Livro Termo de Ocorrência 53. ISS 54. Autorização de Impressão de Documentos Fiscais (municipal) 55. ISS Simples 56. Livro Caixa

Fonte: Guia do usuário dos serviços prestados pelos contabilistas. CRC-SP

Recomendo pois, a organização de um sistema de arquivo que, independente do tamanho da empresa, utilize a mesma ordem apresentada no guia, a fim de facilitar o controle e a manutenção desses documentos.

Considero louvável tal iniciativa, pois serve para desmitificar e esclarecer sobre essas obrigações.

É uma garantia para o empresário e, com certeza, uma situação muito mais confortável para nós, contadores.

SETE PECADOS CAPITAIS PARA EVITAR NA

EMPRESA

Escrito por Ricardo F. Santos em 05.01.2010

Elaborar uma receita do que fazer para alcançar sucesso não é simples. Mais fácil do que isso é enumerar o que não fazer para chegar lá. Jay Goltz é consultor de uma galeria de arte e dono de uma loja de molduras em Chicago, e emprega mais de cem pessoas. Ele enumerou, para o site da CNN, o que considera serem os ―sete pecados capitais‖ na gestão de um negócio. Confira.

1- Contabilidade malfeita

A contabilidade, quando bem feita, é um diagnóstico de tudo que está certo ou errado

com a empresa. O ideal é você conseguir determinar o fluxo de caixa, quanto saiu e quanto entrou, ter uma ideia correta de seu lucro, e projeções concretas para os períodos futuros. Entender a proporção de gastos e lucro é primordial para conseguir boa rentabilidade. Nada de ―Espero conseguir lucrar R$10 mil por dia‖, e sim ―Para um lucro diário de R$10 mil, precisamos de uma entrada diária de R$80 mil‖.

2- Precificação irrealista

Ao estabelecer o preço de algum produto, muitas vezes são esquecidos fatores importantes como produção excedente, frete, danos físicos, risco de roubo, desgaste de máquinas… É só depois de levar em conta esses itens que se deve estabelecer o valor de algum bem. A partir daí, você poderá calcular o número mínimo de itens a serem vendidos para gerar lucro – sem esquecer de levar em conta fatores posteriores, como promoções e descontos.

3- Contratação ingênua

Contratar as pessoas certas requer tempo e habilidade. Gestores muito atarefados podem ficar deslumbrados com aquelas conversas ―Eu trabalho duro e aprendo rápido, só não tive a oportunidade certa ainda‖. O potencial de um candidato é importante, mas conheça seu passado, peça referências de empregos anteriores. Converse com antigos chefes e colegas de trabalho, fazendo perguntas inteligentes e que possam revelar qualidades e defeitos – não deixe entrar na sua empresa quem você não deixaria entrar em sua casa.

4- Medo de demitir

Ninguém simplesmente gosta de despedir pessoas, mas se você quer que sua empresa cresça, isso será necessário algumas vezes. Em qualquer ambiente competitivo, é essencial ter os melhores empregados. Ter funcionários medianos ao redor de si pode ser confortável,

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principalmente se eles forem leais, mas isso pode prejudicar seu crescimento. Faça um teste: se tal funcionário se demitisse amanhã, você ficaria aliviado? Se a resposta é sim, você tem um problema.

5- Falta de padrão

Um dos maiores trabalhos de um bom empreendedor é garantir o padrão em áreas como controle de qualidade, atendimento ao consumidor e imagem institucional. Isso vale tanto para as empresas que possuem franquias quanto para as que não têm; deve haver padrão entre um produto e outro, entre um atendimento e outro. Para ter qualidade semelhante entre os produtos, faça exames atentos, minuciosos e regulares.

6- Descontrole das falhas

São comuns problemas com o serviço de atendimento ao consumidor, com o preço de um produto ou com questões de controle de qualidade. O que não pode ser comum é essas falhas se perderem no meio do caminho. Um bom empreendedor tem de identificá-las e corrigi-las, antes que eles causem problemas maiores. Assim, poderá ter um controle de quantos e quais erros são mais comuns, e consertá-los com mais eficiência.

7- Fixação negativa da marca

Uma marca é fixada no consumidor todos os dias, de maneira positiva ou negativa: desde um bom atendimento ou uma propaganda de bom gosto, até detalhes como retirar lixo pelo centro da loja ou lavar a calçada com mangueira, gastando muita água. É preciso prestar atenção naquelas atitudes que podem, direta ou indiretamente, gerar lucro e melhorar a imagem, desde o uniforme dos funcionários até a localização e sinalização da loja.

CINCO PASSOS PARA VOCÊ CONQUISTAR

SUA INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA.

Por Gustavo Cerbasi

Se seu orçamento for disciplinado e você estiver satisfeito com a renda que seu plano financeiro estará garantindo no futuro, não haverá nenhum problema em fazer alguns luxos quando surgir alguma sobra

1- Dedique tempo à construção de seu plano

no papel ou em uma planilha eletrônica.

Principalmente para quem não lida com números no dia-a-dia, visualizar o plano ajuda tanto na motivação para executá-lo quanto na identificação de pontos falhos e "gordurinhas" - aquelas despesas mensais de pequeno valor e aparentemente irrelevantes, mas que são as grandes vilãs do orçamento quando somadas ao longo do mês.

2- Relacione todas as suas fontes de

recursos financeiros e todos os seus gastos

mensais.

Seja detalhista, pelo menos uma vez na vida, ao longo de um mês. Coloque no papel todos os gastos, sem esquecer as migalhas que são drenadas de seu bolso na forma de gorjetas, arredondamentos na conta da padaria, cafés no meio do dia e aquelas "coisinhas a mais" que acabamos levando na banca de jornal quando compramos a Nova. Não será pelo valor da prestação de seu carro ou de suas últimas compras no shopping que seu orçamento apresentará problemas, porque provavelmente você verificou se havia espaço na sua renda para adquiri-los. Geralmente os orçamentos estouram porque aqueles pequenos valores que são desprezados ao longo do mês acabam se tornando algumas dezenas ou centenas de reais no balanço final - provavelmente um valor que faria toda diferença no futuro se fosse poupado mês a mês.

3- Identifique suas possibilidades de redução

de gastos e estabeleça limites para os gastos

não programados.

O segredo de um bom planejamento financeiro é impor limites a certos gastos e ter disciplina para seguir estes limites. Se você levar a sério o item anterior, certamente irá se impressionar. Alguns gastos não são controláveis, como aluguel, impostos, escola e plano de saúde. Outros podem ser otimizados, como o gasto com alimentação e produtos de cuidado pessoal, substituindo marcas muito caras por equivalentes mais em conta e levando a sério a prática de fazer pesquisas de preços. Há também aqueles gastos que podem ser perfeitamente planejados, como a renovação do guarda-roupa, o happy hour com os amigos e o lazer de finais de semana. Com estes, estabeleça limites mensais para seus gastos, e seja fiel a estes limites. Por exemplo, estabeleça uma meta de, digamos, R$ 200 mensais para renovação do guarda-roupa. Se não gastar tudo

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este mês, terá a mais para o mês seguinte - mas não caia na bobagem de gastar a mais por antecedência.

4- Após otimizar seus gastos mensais,

identifique de forma precisa o preço de sua

sobrevivência, quanto você gasta

mensalmente com segurança.

Seu padrão de vida deve ter um custo inferior a sua renda. Sugiro que você gaste para se manter, no máximo, 90% da renda líquida. No total destes gastos devem estar incluídas todas as contas essenciais, incluindo seu lazer, a renovação do guarda-roupa, as prestações do carro, seguros, gastos pequenos do dia-a-dia, etc. O importante é estabelecer um teto para seus gastos totais, seja rigorosa.

5- Calcule quando sobra de sua remuneração

para possíveis investimentos mensais.

Definindo com precisão os limites de seu orçamento, destine parte ou o total do excedente a um investimento que você faça regularmente. Se você optar por um plano de previdência privada, isto estará sendo feito com tranqüilidade. Se seu orçamento for disciplinado e você estiver satisfeita com a renda que seu plano financeiro estará garantindo no futuro, não haverá nenhum problema em fazer alguns luxos quando surgir alguma sobra - como o 13º salário, a restituição do Imposto de Renda ou um bônus salarial. O melhor de um bom planejamento financeiro é a oportunidade que ele dá de gastarmos as sobras sem peso na consciência.

Gustavo Petrasunas Cerbasi é palestrante, mestre em Finanças pela FEA (USP) e autor do livro Dinheiro: Os Segredos de Quem Tem, Editora Gente

* Artigo retirado do website de Roberto Shinyashiki.

A CRISE FINANCEIRA INTERNACIONAL E A

PEQUENA EMPRESA

Alaelson Cruz dos Santos

COMO DEVEM PROCEDER AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DIANTE DA CRISE

Diante da crise, pessoas e empresas têm que buscar saídas criativas e inovadoras que nem sempre são pensadas ou buscadas em tempos de afluência.

Em tempos de crise, empresas e pessoas empreendem mudanças que não teriam

coragem de fazer em tempos comuns. A sensação clara de ―mudar ou morrer‖ faz aumentar a coragem e a determinação para mudar.

Agora, pois, é hora de encontrar a coragem para fazer as mudanças que já sabíamos que deveriam ser feitas e outras, ainda mais ousadas, que a necessidade nos aponta como inadiáveis. Agora não é hora de protelar. É hora de agir. É hora de decidir. É hora de inovar com coragem, ousadia e muita responsabilidade para não fazer coisas das quais nos arrependeremos assim que a crise passar, pois, é claro e sabido que a crise passará.

E quando passar, as empresas que estiverem mais preparadas vencerão as que se deixaram debilitar demais pela crise. Assim, as empresas devem tomar decisões em tempos de crise, sempre se lembrando que elas passarão. Desmontar a empresa em tempos de crise pode impedir o seu sucesso num futuro pós-crise que poderá não estar tão distante quanto imaginamos no momento. Agora, é hora de muito equilíbrio nas decisões.

MEDIDAS PARA SOBREVIVER EM TEMPOS DE CRISE ECONÔMICA OU A QUALQUER MOMENTO

Nesses tempos de turbulência, manter o caixa no azul torna-se uma tarefa dificílima. Sanar os problemas financeiros exige disciplina. Atitudes básicas e severas para diminuir custos e aumentar a produtividade são bem-vindas. Mas uma pitada de ousadia evita cortes exagerados (e feridas abertas). É nas crises que surgem as melhores oportunidades de valorizar o potencial dos empregados e explorar novos mercados. O capitalismo se reinventa em momentos como o que vivemos agora. É nesses períodos que as empresas, atingidas ou não pela crise, devem aproveitar para se reestruturar.

1. SEPARE AS CONTAS PESSOAIS: Misturar as finanças da pessoa física e da pessoa jurídica é um dos erros mais comuns de pequenos e médios empresários. Esse é também o primeiro passo para criar sérios problemas de caixa. Jamais use seu cheque especial ou cartão de crédito pessoal, que têm juros altos, para financiar as atividades do negócio.

2. CONHEÇA OS CUSTOS: Para cortar gastos com eficácia, é fundamental

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saber exatamente quais são seus custos fixos e variáveis. Com a redução da atividade econômica, o faturamento costuma diminuir, mas muitas despesas continuam as mesmas. Só conhecendo os custos é possível saber onde e como cortar.

3. CUIDE DOS CONTROLES GERENCIAIS: Após detalhar todos os custos, é preciso aprender a organizar planilhas de acompanhamento gerencial: contas a pagar, contas a receber, comissões sobre vendas, controle de estoque e fluxo de caixa. Assim, as decisões passam a ser mais consistentes, embasadas nos dados.

4. PENSE ANTES DE DEMITIR: Além dos gastos trabalhistas, demissões geram despesas em um segundo momento, o de recontratar, e diminuem a confiança e a produtividade dos trabalhadores que ficam. Em vez de cortar o mais fácil, que está sob seu controle, procure agir em pontos de sua influência, como o aumento de vendas ou a negociação com fornecedores.

5. BUSQUE NOVOS MERCADOS: Se o setor de atuação do seu negócio encolheu por causa da crise, é preciso buscar novos mercados para seus produtos e serviços. Caso a sua empresa ainda não tenha sentido os efeitos do menor ritmo econômico, antecipe-se e diversifique a clientela. Isso dará mais força para você crescer no futuro, passada a tormenta.

6. JUNTE-SE AOS CONCORRENTES: Consultores são unânimes ao listar os benefícios do associativismo. Aliando-se a concorrentes, é possível fazer compras conjuntas e ganhar poder de barganha na negociação de preços e prazos de pagamento. Os empreendedores podem dividir também investimentos em consultorias, treinamentos, ações de marketing e visitas técnicas a centros de pesquisa.

7. NEGOCIE COM FORNECEDORES: Lembre-se: a crise não atingiu somente a sua empresa. Não se intimide ao negociar prazos com seus fornecedores. Quem vende para pequenos empreendimentos também foi afetado e não quer perder clientes.

8. FIQUE ATENTO À QUALIDADE: Um erro comum cometido na tentativa de cortar custos é substituir matérias-primas e insumos por outros de menor qualidade. Os clientes logo percebem a diferença. Como resultado, a empresa só perde novas vendas. Negociar com os fornecedores e comprar em parceria com outros empresários gera resultados melhores.

9. REAVALIE AS DÍVIDAS: Analise todas as pendências financeiras da empresa e procure alternativas para reduzir as taxas de juros. O ideal é solicitar o refinanciamento com prazos maiores e prestações menores. Se conseguir alguma carência, melhor para o fluxo de caixa. Caso você ainda não tenha recorrido às instituições financeiras e precise de um reforço, procure as linhas de crédito que operam com recursos públicos, como o Proger e o Cartão BNDES. Como alternativa para salvar a empresa, talvez seja o momento de vender bens pessoais que geram custos mensais, como o carro ou a casa da praia.

POR QUE A CONTABILIDADE É

OBRIGATÓRIA EM TODAS AS EMPRESAS?

CFC – Manual de Fiscalização Preventiva

1) POR EXIGÊNCIA LEGAL DO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de Contabilidade e levantar, anualmente, o Balanço Patrimonial (artigo 1.179). Os artigos 1.180 e 1.181 do novo Código Civil brasileiro determinam a obrigatoriedade da autenticação do Livro Diário no órgão de registro competente. No Diário, serão lançadas, com individualização, clareza e caracterização do documento respectivo, todas as operações relativas ao exercício da empresa. O Balanço Patrimonial deverá ser lançado no Diário e firmado pelo empresário e pelo responsável pela Contabilidade (contador ou técnico em contabilidade legalmente habilitado) (artigo 1.184).

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Portanto, a partir do novo Código, não existe mais dúvida sobre a obrigatoriedade de todos os empresários e as sociedades empresárias manterem sua escrituração contábil regular, especialmente em atendimento ao que estabelece o artigo 1.078, quanto à prestação de contas e deliberação sobre o balanço patrimonial e a demonstração de resultado, cuja ata deverá atender ao que prevê o artigo 1.075, para ser arquivada e averbada na Junta Comercial. As atas devem ser mantidas em livro próprio, registradas e devidamente assinadas pelos sócios/administradores da empresa. 2) POR NECESSIDADE GERENCIAL O empresário necessita de informações para a tomada de decisões. Somente a Contabilidade oferece dados formais e científicos que permitem atender a essa necessidade. A decisão de investir, de reduzir custos ou de praticar outros atos gerenciais deve-se basear em dados técnicos extraídos dos registros contábeis, sob pena de se pôr em risco o patrimônio da empresa. A escrituração contábil é necessária à empresa de qualquer porte como principal instrumento de defesa, controle e preservação do patrimônio. Uma empresa sem Contabilidade é uma entidade sem memória, sem identidade e sem as mínimas condições de planejamento de seu crescimento. Estará impossibilitada de elaborar Demonstrações Contábeis por falta de lastro na escrituração contábil. 3) OUTRAS RAZÕES Por meio da regular escrituração contábil, a empresa poderá evitar situações de risco: 1. Recuperação judicial: para instruir o pedido do benefício de recuperação judicial devem ser juntadas as demonstrações e os demais documentos contábeis, na forma do art. 51, inc. II, ou no § 2º da Lei nº 11.101-2011, que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Esta mesma Lei estabelece severas punições pela não execução ou pela apresentação de falhas na escrituração contábil (arts. 168 a 182). 2. Perícias Contábeis: em relação a demandas trabalhistas, a empresa que não possui

Contabilidade fica em situação vulnerável, diante da necessidade de comprovar, formalmente, o cumprimento de obrigações trabalhistas, pois o ônus da prova é da empresa mediante a comprovação dos registros no Livro Diário. 3. Dissidências Societárias: as divergências que porventura surjam entre os sócios de uma empresa poderão ser objeto de perícia para apuração de direitos ou responsabilidades. A ausência da Contabilidade, além de inviabilizar a realização do procedimento contábil, poderá levar os responsáveis a responder, judicialmente, pelas omissões. O profissional da Contabilidade não deve ser conivente com seu cliente ou induzi-lo à dispensa da escrituração contábil. Essa indução poderá ocasionar prejuízos ao cliente em função de operações financeiras não aprovadas pela falta das Demonstrações Contábeis ou por Demonstrações Contábeis emitidas sem base pela falta de escrituração contábil. A Demonstração Contábil elaborada sem o suporte da contabilidade formal é demonstração falsa e criminosa, tanto sob o aspecto do profissional, como do empresário, passível de punição pelo Conselho Regional de Contabilidade e pela Justiça. CONTABILISTA! JUNTE-SE À CORRENTE PELA VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL E PELO CUMPRIMENTO DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS. CONSTRUA E VALORIZE O SEU CONHECIMENTO. O SEU TRABALHO, QUE É NOBRE, MERECE A REMUNERAÇÃO JUSTA. NÃO SEJA UM CONCORRENTE PELO MENOR PREÇO, O QUE DEPRECIA A CLASSE.

VANTAGENS DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

Podemos listar as seguintes vantagens de uma entidade manter escrituração contábil:

1. Oferece maior controle financeiro e econômico à entidade.

2. Comprova em juízo fatos cujas provas dependam de perícia contábil.

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3. Contestação de reclamatórias trabalhistas quando as provas a serem apresentadas dependam de perícia contábil.

4. Imprescindível no requerimento de recuperação judicial (Lei 11.101/2011).

5. Evita que sejam consideradas fraudulentas as próprias falências, sujeitando os sócios ou titulares ás penalidades da Lei que rege a matéria.

6. Base de apuração de lucro tributável e possibilidade de compensação de prejuízos fiscais acumulados.

7. Facilita acesso ás linhas de crédito.

8. Distribuição de lucros como alternativa de diminuição de carga tributária.

9. Prova a sócios que se retiram da sociedade a verdadeira situação patrimonial, para fins de apuração de haveres ou venda de participação.

10. Prova, em juízo, a situação patrimonial na hipótese de questões que possam existir entre herdeiros e sucessores de sócio falecido.

11. Para o administrador, supre exigência do Novo Código Civil Brasileiro quanto á prestação de contas (art. 1.020).

Portanto, ante a obviedade das vantagens acima listadas, a contabilidade é uma ferramenta imprescindível á gestão de qualquer entidade, cabendo ao administrador, sócios ou representantes implementarem a escrituração através de contabilista devidamente habilitado. Observar, ainda, a obrigatoriedade prevista no Novo Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/2002), artigo 1179, nestes termos:

"O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico."

CINCO DICAS PARA ORGANIZAR MELHOR

SEU FLUXO DE CAIXA

O controle rigoroso de entradas e saídas é fundamental para a empresa ganhar fôlego

Da Redação

Desde 1992, a empresária Teresinha de Paula, dona do bufê Teras, de São Paulo, atualiza

diariamente seu fluxo de caixa com projeções para os 90 dias seguintes. "Se acompanho de

perto as receitas e despesas, calculo melhor

os custos e o volume das compras para não acabar no banco, atrás de crédito para capital de giro", diz. Segundo ela, o controle minucioso das entradas e saídas foi essencial para que sua empresa ganhasse fôlego para trocar a cozinha de casa por uma sede independente. "É preciso um fluxo de caixa estruturado para crescer", diz ela. E é mesmo. Afinal, o

acompanhamento das contas a pagar e a

receber é fundamental não só para calcular

o capital de giro como também para definir, da melhor forma possível, as datas adequadas para pagamentos, recebimentos, retirada de lucros e pró-labore e realização de promoções para desova de estoques.

Você pode montar o fluxo de caixa com planilhas de Excel, softwares de gestão financeira ou até manualmente. Seja qual for a forma escolhida, é importante ficar atento a alguns procedimentos. Confira:

1 - Projete seu fluxo de caixa para um período mínimo de três meses. Para cada dia você registra o saldo inicial (valor em caixa registrado na data), entradas, saídas, saldo operacional (valor das entradas menos as saídas na respectiva data) e saldo final (soma do saldo inicial e do operacional).

2 - Registre separadamente as entradas e saídas previstas e efetivas, discriminando a origem das receitas e o destino das despesas. Nas entradas de caixa, faça a distinção das diversas formas de recebimento, como dinheiro, cheque pré-datado, duplicatas e cartão de crédito. Nas saídas, leve em conta itens como impostos, pagamentos a fornecedores, pró-labore, salários, comissões a vendedores, encargos sobre a folha de pagamento, contas de água, luz e telefone, gastos com propaganda e marketing, despesas bancárias, aluguel, honorários do contador, pagamento de outros serviços, despesas com veículos, material de escritório, equipamento e financiamentos. Isso

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permite controlar cada centavo gasto, assim como tudo o que entra no caixa.

3 - Na sua previsão de três meses, de nada adianta se munir de um fluxo de caixa se você não alimentá-lo com números realistas. "Um dos erros mais comuns é a estimativa exagerada das vendas", diz o consultor financeiro Ari Rosollem, do Sebrae São Paulo. Para não cair na armadilha, é importante analisar com cuidado a carteira de clientes, o histórico do caixa da empresa, fatores sazonais e dados do mercado.

4 - Dê bastante atenção aos extratos bancários para não contabilizar como dinheiro em conta cheques devolvidos ou pagamentos não realizados. A medida tem outra vantagem: só com acompanhamento detalhado das contas a receber é possível agilizar a cobrança dos clientes em atraso para minimizar a necessidade de capital de giro.

5 - Embora algumas empresas calculem o fluxo de caixa em períodos semanais, especialistas recomendam a apuração diária. "O período semanal pode esconder saldos negativos em determinados dias no decorrer da semana", diz o consultor Rosollem.

É POSSÍVEL LIVRAR-SE DAS DÍVIDAS

Organizar o fluxo de caixa é fundamental para tirar o pé da lama

Por Carin Hommonay Petti

Conseguir tirar o pé da lama e livrar-se de

uma dívida é muito difícil sem a concentração de esforços em duas frentes. Em primeiro lugar, é preciso reestruturar a dívida da melhor forma

possível, procurando linhas de créditode juros

mais baixos e negociando com os credores, sejam eles bancos ou fornecedores. Mas nada disso surtirá efeito sem a reorganização das finanças da empresa, pois é aí que está a origem do endividamento.

Para ajudar na busca de soluções, ouvimos os consultores Raul Corrêa da Silva, sócio da RCS Consultoria, e Carlos Ercolin, diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) e dono da Hexis Consulting.

Bancos Na busca de crédito, é fundamental levar em

conta a finalidade do empréstimo. Assim, você evita cair no erro – bastante comum e muitas vezes fatal – de financiar investimentos de longo prazo com recursos para capital de giro, de

prazos mais curtos e juros mais altos. Se você precisa de dinheiro para investimentos, o melhor é buscar linhas como as do BNDES ou do Proger, oferecida pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil. Se você tem um empréstimo de capital de giro, considere a possibilidade de migrar para os serviços que têm garantia de recebíveis (cheques pré-datados, duplicatas e faturas de cartão de crédito).

Controle de contas e corte de custos

No fluxo de caixa, você tem a radiografia necessária para detectar os problemas de sua empresa e, com isso, tirá-la da lona. Vale a pena projetar o fluxo para um período mínimo de três meses. Para cada dia, você registra o saldo inicial (valor em caixa na data), entradas, saídas, saldo operacional (valor das entradas menos as saídas na respectiva data) e saldo final (soma do saldo inicial e do operacional). As informações permitem conhecer com detalhes suas receitas, despesas, prazo de pagamento e de recebimento e necessidade de capital de giro para o seu negócio. Com todas as informações à mão, o primeiro passo é avaliar a viabilidade do negócio. Aí, pode vir a má notícia. "Se a empresa for inviável, com déficits crônicos e insolúveis de fluxo de caixa, o melhor é se desfazer do negócio enquanto dá para amenizar o prejuízo", diz o consultor Ercolin. Muitas vezes, porém, a notícia é boa: dá para recuperar a empresa quando se sabe onde está o problema. Os cortes de custos também são essenciais nos tempos de vacas magras – e até nos das vacas gordas.

Redução de estoque Se tem uma coisa que não combina com dívida é estoque. Quanto mais mercadoria estocada, maior a necessidade de capital de giro – logo, maior a necessidade de financiamento.

Atenção aos prazos

A falta de sincronia entre prazos de pagamento

e de recebimento é outra grande causa do

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endividamento descontrolado. Por isso, todo cuidado é pouco ao alongar o prazo de pagamento dos clientes sem conseguir a contrapartida dos fornecedores. O problema pode até passar despercebido nas vendas menores, mas tende a jogar sua empresa no ralo nas grandes transações. "Muita gente quebra justamente na melhor venda da vida", diz o consultor Ercolin. É que, para dar conta do pedido maior, é preciso aumentar também o valor desembolsado na compra de matérias-primas ou mercadorias. Se faltar dinheiro em caixa, o descompasso entre os prazos de pagamento e de recebimento pode ser fatal.

COMO CONSEGUIR DINHEIRO EM TEMPOS

DE CRISE

Economistas e consultores dão dicas para conseguir empréstimos mais vantajosos

Por Carin Hommonay Petti

Nestes tempos de escassez de crédito e incerteza na economia, o acesso ao dinheiro tende a ficar mais difícil. Veja o que economistas e consultores sugerem para você

conseguir empréstimos mais vantajosos e buscar alternativas ao financiamento bancário.

Capriche nas informações enviadas ao

banco É com base na documentação entregue pelo solicitante que o banco avalia a saúde financeira da empresa. Só a partir dessa análise são determinados o limite de crédito, os prazos, as garantias e também as taxas de juro. Por isso, é recomendável apresentar a relação dos clientes de sua empresa. Também mostre um plano de negócios com valores previstos para as diversas etapas do investimento, projeções das despesas e receitas, e o que mais julgar relevante para provar que a empreitada dará lucro.

Negocie prazos com fornecedores e clientes Na busca de capital de giro, a negociação de prazos mais longos com fornecedores pode ser

uma alternativa aos empréstimos. Você pode tentar também realizar o pagamento com o repasse das duplicatas recebidas dos clientes. Com a operação, a empresa reforça o caixa sem arcar com os juros cobrados nos financiamentos para antecipação da receita das vendas. Outra opção é encurtar os prazos concedidos aos clientes. Mas decisões como essa exigem cautela. Para muitos consumidores, o impacto do prazo no tamanho das prestações é maior que o da alta das taxas.

Reduza custos Atenção aos custos é fundamental. E lembre-se de que estoque também é custo. Quanto mais adequado for, maior o reforço no fluxo de caixa e menor a necessidade de financiamento bancário.

Busque linhas com recursos públicos As linhas de crédito com recursos do governo, como as do BNDES, do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal, podem ser boas aliadas na procura de dinheiro mais barato. No caso, os juros oscilam conforme a variação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), menos afetada pelas turbulências do mercado. A taxa, por não servir de instrumento para combate à inflação, também não acompanha passo a passo a evolução da taxa básica Selic, balizadora dos empréstimos convencionais.

Considere adiar investimentos É hora de adiar o financiamento de grandes projetos. Não só o crédito caro justifica a cautela. Em tempos de incerteza, é mais complicado avaliar o retorno dos investimentos devido à dificuldade em prever a demanda futura.

joao batista gomes alves

| TO | Pedro Afonso | 17/09/2010

a minha empresa esta com o nome na lama pois o banco nunca me ajudou e agora é que preciso dele mesmo e ele sempre longe de mim quem vai emprestar dinheiro a uma massa falida

fernando de mesquita dozza

| MG | Poço Fundo | 24/05/2010

precizo de ajuda ou consselho de como consseguir dinheiro em tempo de crise, pois em minha cidade ha 2 coisa q matam o comerciante , a 1ª o fiado, ja coloquei cartão de crédito + devido aos de + comerciantes não aderirem ao mesmo procedimento, não tem surdido

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efeitos, o 2ª é q nossa cidade é dependente da agricultura e são algums meses do ano q aparecem dinheiro pois predomina o café e o fumo, não ha industria, o q devo fazer, pois o nome de minha firma esta sujo e não conssigo pegar financiamentos, o q devo fazer?

Neivo MoráS

| SC | Joaçaba | 12/01/2010

É dificil dar credito a quem não tem credido, e , é mais difícil buscar credito quem não tem credito. O governo ajuda tanta gente vagabunda que não faz nada,e nós que temos nossas empresas em dificuldades não temos nenhuma saída, a não ser tomar dinheiro de agiotas que sonegam tudo.Ele deveria ver cada caso quantos empregos geramos o que estamos fazendo e estudar uma linha de crédito de facil acesso.Tem dinheiro sobrando hoje nos bancos para quem não precisa de dinheiro.

GESTÃO FINANCEIRA

Analisar, planejar e controlar adequadamente as finanças de um empreendimento são grandes desafios da gestão empresarial, em especial nos negócios de pequeno porte. Nunca é demais alertar que é preciso muita atenção ao fluxo de informações na área financeira para não serem cometidos erros comuns, que colocam a perder todos os esforços para manter no mercado produtos potencialmente competitivos. Um desses erros é não estabelecer previamente valores fixos para o pró-labore dos sócios, assim como misturar despesas individuais dos sócios e despesas da empresa. Sem essas informações claramente definidas, não se pode ter controle sobre as reais despesas fixas do negócio e ainda há risco de ocorrerem surpresas inesperadas no volume de caixa. Outra informação importante diz respeito aos custos. Sem um controle apropriado do estoque, não se pode saber corretamente quanto custam as mercadorias vendidas. Da mesma forma, sem os valores relativos a custos e despesas do negócio, não há como calcular com precisão o preço a ser estabelecido para a venda dos produtos.

Volume, origem e destino dos recebimentos e pagamentos também são dados essenciais para evitar erros na elaboração do fluxo de caixa. Assim como o conhecimento do ciclo financeiro das operações, para administração do capital de giro. Todas essas informações vão compor o demonstrativo de resultados, sem o qual não é possível saber o nível de lucratividade das atividades operacionais da empresa. Fique de olho!

A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA

CONTABILIDADE

Paulo Henrique Teixeira

Muitas são as formas em que as empresas, seus sócios e administradores podem ser condenados por leis comerciais, civis e penais pelo fato de não manter em ordem sua Contabilidade. Seja pelo motivo de não levar a sério a documentação relativa à transação operacional, fazer negócios fora do objeto social, misturar ou confundir bens particulares do sócio e da empresa, cometer desvios, ou até mesmo, efetuar contratação de um profissional despreparado. A Contabilidade é a alma da empresa, nela ficam registrados todos os atos e fatos. Se os atos do administrador são corretos: documentação adequada, transações negociais dentro do objeto da empresa, o reflexo é imediato: a Contabilidade é transparente. Caso contrário pode ser utilizada para incriminar a empresa, sócios, administradores e contador que foram relapsos e desleixados. No Brasil, principalmente nas médias e pequenas empresas, há o vício dos administradores não se preocuparem com a Contabilidade: ―a Contabilidade é que se vire‖. Essa atitude custa caro: crime fiscal, indisponibilidade dos bens dos sócios e administradores, pesadas multas, tributos, ingerência, concordata, falência, etc. É mister aos empresários e contadores conhecerem a definição de crimes, fraudes, dolos, erros, simulações, arbitramentos fiscais, distribuição de lucros, responsabilidade; meios e privilégios de manter a escrita contábil saudável, como prova a favor da empresa nos mais variados embates em que estão sujeitos.

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Assim, também, um enfoque da importância da Auditoria como complemento da Contabilidade nas suas mais variadas áreas. CONCILIAÇÃO CONTÁBIL – CONTABILIDADE

SEM INCORREÇÕES PARA EVITAR FRAUDES

Não basta que o Contador apenas evite os procedimentos viciosos para não se configurar fraude. Deverá, também, manter em ordem a Contabilidade da empresa e para isso deverá conciliar a Contabilidade com os documentos e os diversos relatórios dos demais setores que dão suporte aos lançamentos contábeis, bem assim elaborar planilhas, relatórios e composição dos saldos da contas contábeis, isto é, planilhas auxiliares que comprovem a correção dos saldos existentes na contabilidade. Exemplo: Planilha de empréstimos bancários com os respectivos juros e atualizações, os quais estão em conformidade com a Contabilidade. O objetivo é que as Demonstrações Contábeis espelhem a realidade da empresa dentro dos Princípios, Convenções e Postulados Contábeis (Resolução CFC nº 750 de 29 de dezembro de 1993). O Contabilista, por sua vez, deve ter ciência dos saldos existentes no Balancete ou no Balanço Patrimonial. Como vimos, a certeza de que os saldos contábeis estão corretos está na empresa e quanto mais houver o confronto dos relatórios de cada setor com a Contabilidade, maior será a precisão das informações contidas no Balanço Contábil da empresa. Dessa forma, podemos dizer que a Contabilidade espelha realidade da empresa desobrigando os sócios, os administradores e o próprio contador de responderem com seus bens pessoais em questionamentos tributários, civis, comerciais, penais e criminais, provando que os mesmos não agiram de forma enganosa, lesiva ou com abuso de poderes perante terceiros.

Paulo Henrique Teixeira é Contabilista e autor de diversas obras tributárias e contábeis, entre as quais: Blindagem Contábil e Fiscal, Defesa do Contribuinte, Manual de Auditoria Tributária , Auditoria Contábil e Gestão Tributária Empresarial.

IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE Até então apresentamos os controles para fins gerenciais sem falar na contabilidade da empresa. Nas atividades empresariais, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com os menores riscos.

A seguir, abordaremos na forma de perguntas e respostas, a importância da manutenção da contabilidade da empresa, tanto sob o ponto de vista legal quanto sob o aspecto da gestão empresarial.

1 - Por que a empresa precisa organizar e

manter sua contabilidade? R - Porque a contabilidade é o controle que a empresa possui sobre sua vida econômica, financeira e patrimonial, de grade importância para a gestão dos negócios. Além disso, a contabilidade organizada é indispensável para a empresa realizar negócios por exemplo com os Governos (contratos, licitações, etc.), com os fornecedores, com os bancos (cadastro bancário e financiamentos), etc.

2 - Como a empresa deve proceder para manter

sob permanente controle, acompanhamento e

avaliação a sua atividade empresarial, os

resultados econômicos e o patrimônio? R - A empresa deve, inicialmente, com a assessoria de um escritório de contabilidade, organizar e manter seu sistema contábil, com o objetivo de controlar e registrar as variações econômicas, financeiras e patrimoniais do empreendimento, obtendo a partir desses registros, todas as informações gerenciais úteis para a análise e a tomada de decisões.

A contabilidade permite a padronização de procedimento e de parâmetros econômico-financeiros, facilitando uma melhor e mais correta avaliação da situação e do desempenho da empresa. Além disso, somente por intermédio da contabilidade a empresa pode se mostrar oficialmente para os agentes com os quais se relaciona, ou seja, o Estado/Governo (que cobra impostos e emite leis e regulamentos), os credores (que concedem empréstimos e financiamentos e analisam riscos), os clientes (que compram os produtos ou usam os serviços da empresa, exigindo qualidade e preços adequados), os concorrentes (que acompanham as estratégias e políticas para se tornarem mais eficientes), os fornecedores (que vendem seus produtos e querem certeza de pagamento), os sócios ou acionistas (que investem recursos e querem remuneração compensatória), os administradores

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(que dirigem o negócio), os parceiros, em fim o mercado de uma maneira geral. Essa comunicação com o mercado se torna mais clara nos casos em que a empresa é obrigada, por lei, publicar seus balanços periódicos, tornando-se do conhecimento de toda a sociedade.

3 - Além da contabilidade formal, de que

instrumentos gerenciais a empresa ainda

necessita para gestão e controle de sua

atividade? R - Dependendo das características de cada empresa e conforme suas necessidades e a relação custo/benefício, a empresa pode instituir, a seu critério, os controles complementares que deseja, inclusive no sentido de auxiliar o serviço de contabilidade. O conjunto desses instrumentos complementares é chamado comumente de contabilidade gerencial, ou seja, destina-se exclusivamente ao uso interno dos gestores, diferentemente da contabilidade geral que se destina não só ao uso interno, mas também ao mercado como um todo.

4 - Que utilidade tem o acompanhamento

mensal das vendas da empresa? R - O ideal é que o acompanhamento das vendas seja diário, para que o gestor possa, a cada dia, conciliar o movimento de vendas a prazo, venda a vista, entrada de caixa e saída de estoque, tendo condições assim, de, no mesmo dia, identificar a origem de eventuais divergências e regularizá-las em tempo hábil.

O acompanhamento das vendas, seja diário, semanal, mensal,etc., permite oa gestor verificar as oscilações no faturamento e diagnosticar com mais rapidez as suas causas, por exemplo: queda nas vendas (causas prováveis: oferta de produtos ou serviços de melhor qualidade pelos concorrentes; mau atendimento; preço elevado, diminuição do poder aquisitivo dos clientes; novos produtos no mercado, proibição legal de venda etc); aumento de vendas (causas prováveis: bom atendimento, produtos e serviços de boa qualidade, preços compensadores, elevação do poder de compra dos clientes, etc).

5 - Qual a vantagem do controle de estoque e

apuração dos custos da mercadoria? R - O controle de estoques da empresa serve para registrar a quantidade e o preço de custo de cada mercadoria comprada e a quantidade e o preço de custo de cada mercadoria vendida. Um eficiente e prático controle de estoque, se constitui num poderoso instrumento de decisão gerencial, pois permite à empresa identificar por qual preço de venda cada mercadoria pode ser comercializada, e qual mercadoria pode ter o preço reduzido, qual

mercadoria está causando prejuízo e portanto deve deixar de ser comercializada, e qual mercadoria pode ter uma comercialização implantada por geral maior resultado econômico, bem como outras informações úteis.

6 - O controle de estoques numa empresa

industrial é idêntico ao de uma empresa

comercial? R - Há pontos comuns, mas na empresa industrial o controle de estoque é mais complexo. Isso porque, enquanto a empresa comercial apenas compra e revende a mercadoria, a empresa industrial tem de adquirir matérias-primas, materiais secundários, insumos diversos e material de embalagem, e processar esses bens até formar um produto acabado e pronto para venda. O processamento desses materiais, conforme o tipo da indústria, exige outros custos imprescindíveis como mão de obra direta, encargos sociais, energia elétrica, água, combustíveis etc. Todos esses materiais e custos são chamados de custos industriais ou custo de produção.

7 - E o que fazer com outros custos que não

estão diretamente relacionados com a

fabricação do produto? R - Esses custos são, por exemplo, seguro das máquinas e do prédio da fábrica, o imposto predial da fábrica, a mão-de-obra do gerente de produção, aluguel do prédio da fábrica, etc. Esses custos são indiretos porque não estão diretamente incorporados ao produto em sí como está a matéria-prima, por exemplo. Somente são considerados custos de produção os gastos diretos e indiretos relacionados com a fabricação de um produto. Outros gastos como salário da secretária do gerente, ou referentes ao conserto de um computador do escritório, ou do combustível do veículo da empresa não são custos de produção, mas sim despesas administrativas. Logo não entram no registro de estoque.

8 - E como são classificados esses gastos? R - Esses gastos são considerados despesas. As despesas podem ser administrativas, de vendas e financeiras. As despesas não se referem a nenhum produto específico, mas sim à empresa como um todo. Por isso, elas são levadas em conta na apuração do Resultado do Exercício.

9 - Para que serve a apuração do resultado da

empresa? R - A apuração do resultado do exercício expressa, para cada período, todos os valores referentes à receita bruta, os impostos indiretos

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sobre o faturamento, as devoluções de vendas, os descontos concedidos nas vendas, a receita liquida, o custo dos produtos ou das mercadorias vendidas, o lucro bruto, as despesas operacionais (administrativas, financeiras e de vendas), as despesas não-operacionais e o lucro líquido ou prejuízo liquido, que é o resultado final da empresa.

Cada rubrica dessas pode e deve ser objeto de análise, tornando-se uma série histórica de diversos períodos, para se acompanhar as variações de valores de cada uma delas, suas causas e conseqüências, por exemplo: por que a receita vêm caindo sucessivamente?; por que as despesas administrativas aumentaram significativamente em relação a períodos anteriores?; por que o lucro foi tão baixo ou tão alto?; por que as despesas de vendas estão aumentando bastante? etc.

Especificamente em relação ao lucro líquido, a empresa precisa saber se esse lucro está dentro das metas planejadas anteriormente, se está remunerando adequadamente o capital próprio que a empresa investiu no negócio (o patrimônio líquido) em comparação com outros rendimentos que a empresa poderia ter obtido se aplicasse os recursos em outro tipo de investimento, se é suficiente para expandir o empreendimento (reinvestir) com o mesmo ou novos negócios, se o valor desse lucro líquido compensou o uso de capital de terceiros de alto custo financeiro, ou seja, enfim, uma série de dados e informações gerenciais que podem ser extraídos desse demonstrativo para a tomada de decisões e se for o caso a correção de rumos da empresa.

10 - Como fazer essa análise de forma mais

prática? R - Existem diversos mecanismos e métodos adequados para se efetuar cada tipo de análise. Esses métodos podem ser adotados com auxílio de uma consultoria contábil-financeira ou em cursos e treinamentos voltados para cada área,

existentes no mercado.

DICAS PARA COMBATER O ESTRESSE

1 . Durma pelo menos 8 horas por dia.

2 . Pratique atividade física, de preferência aquela que você mais gosta.

3 . Adquira hábitos de uma alimentação saudável. Alimente-se 4 . Evite o uso de cigarro e bebidas alcoólicas em excesso.

5 . Pense antes de tomar decisões para não se precipitar.

6 . Aprenda a relaxar e livrar-se da tensão.

7 . Respeite seus limites.

8 . Reserve tempo para o lazer. Tire férias regularmente.

9 . Organize seu tempo e suas atividades.

10 . Reconheça que você não está sempre certo.

11 . Seja uma pessoa positiva, se possível, alegre e bem humorada.

12 . Melhore sua qualidade de vida.

A IMPORTÂNCIA DE MEDIR

Escrito por Luiz Marins Aprender a medir; acostumar-se a medir é fundamental para o sucesso. Quando um fenômeno qualquer é corretamente medido é sempre mais fácil tomar decisões a respeito dele.

Nós, no Brasil, somos muito carentes de dados. Não temos o hábito, muito comum nos países europeus e mesmo nos EUA de medir quase tudo. Sem termos a exata medida de um problema, dificilmente desenvolveremos ações eficazes para a sua solução. Medir é, pois, um grande facilitador da ação.

Todas as ciências têm como base o medir. Um médico antes de receitar, pede exames laboratoriais que dirão a ele exatamente qual a carência do paciente. Um engenheiro agrônomo faz a análise laboratorial do solo para definir quais corretivos deverá aplicar para que a colheita seja maior.

Se eu souber exatamente quantas pessoas irão a um casamento, poderei preparar uma festa adequada ao número de convivas. Se eu não souber, terei que ficar na expectativa de que os doces sejam suficientes para todos. E o resultado será sempre ―sobrar muito‖ ou ―faltar muito‖.

É sempre alto o preço de não se ter o hábito de medir. Quando trabalho sem dados, tenho que tomar decisões empíricas. ―Vou fazer isso porque ‗acho‘ que esse é o problema‖, dizem os que não se baseiam em medidas certas para tomar decisões. Esse ―achismo‖ é um grande mal.

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Não raramente ficamos surpresos quando o IBGE, por exemplo, nos mostra os dados mais analíticos do CENSO. Quase sempre os dados derrubam nossa percepção que era, muitas vezes, oposta à realidade. Sem medir ficamos à mercê de nossos preconceitos e modelos mentais que podem estar ultrapassados. Sem medir confiamos numa presumível intuição em coisas que são mensuráveis e quase sempre erramos.

Assim, uma das coisas que precisamos fazer é adquirir o hábito de medir. Quando alguém disser ―muitos‖ pergunte ―exatamente quantos‖. Quando disser ―grande‖, pergunte exatamente o tamanho. Quando disser ―todo mundo disse‖, pergunte exatamente ―quantos falaram‖. Trabalhando com dados e medidas, você passará a ter maior domínio sobre a realidade.

Adquirindo o hábito de medir, a pessoa também passará a exigir dados e medidas das coisas que lhe são ditas e aumentará assim a sua consciência cidadã e será menos iludida pelos que falam sem apresentar dados, sem medir.

Faça isso na sua empresa. Acostume-se a medir e a exigir dados exatos sobre os problemas e verá que a solução ficará sempre mais fácil. Pense nisso. Sucesso!

10 PEQUENAS COISAS QUE FAZEM UMA

GRANDE DIFERENÇA Escrito por Luiz Marins

―Professor, o problema não é de conhecimento.

O que falta é berço‖, disse-me a empresária ao

relatar os problemas que estava enfrentando em

relação às pessoas em suas empresas. ―São

pequenas coisas que deveriam ter sido

ensinadas em casa ou na pré-escola‖,

desabafou. Fizemos uma lista com algumas

dicas simples que fariam uma enorme diferença

para melhorar o clima de uma empresa:

1. Lembre-se sempre de dizer “com licença”; “por favor” e “obrigado”, mesmo que alguém esteja cumprindo sua obrigação ou seja muito amigo;

2. Fale baixo. Ria baixo. Não seja inconveniente;

3. Use o telefone e a internet somente para assuntos de trabalho. Evite usar esses meios para assuntos particulares;

4. Ao tomar emprestada alguma coisa, nunca se esqueça de devolver e agradecer;

5. Ajude a manter limpo o ambiente de trabalho. Mantenha limpo o sanitário após o uso. Cuidado com copos e xícaras sujas. Jogue os copinhos de café no local apropriado. Arrume sua mesa de trabalho;

6. Respeite a fila. Mesmo que ache desnecessário respeitá-la, porque vai pegar só uma coisa, etc. Não queira parecer esperto;

7. Não fale mal dos outros. Não se envolva em fofocas;

8. Cuidado com as anedotas e brincadeiras pessoais, como apelidos, etc. Cuidado para não ofender as pessoas;

9. Cuide de sua imagem. Vista-se sobriamente. Afinal você está num ambiente de trabalho e não numa festa ou diversão;

10. Controle a sua agressividade. Cuidado com a forma de falar e escrever. Não seja rude.

São coisas simples que farão uma enorme diferença para que o clima de sua empresa favoreça a produtividade e a excelência. Pense nisso. Sucesso!

ORÇAMENTO DE CAIXA

O instrumento básico para execução do planejamento e do controle financeiros a custo e a médio prazo da empresa, é o orçamento de caixa.

O orçamento de caixa não indicará apenas o total dos empréstimos necessários à manutenções das operações da empresa, como também o período em que deverão ser obtidos.

Além disso, o orçamento de caixa serve como um ponto de referência em ralação ao qual os valores realizados podem ser comparados.

Defasagens significativas podem indicar que os pequenos programas da empresa não estão ocorrendo segundo o planejado, mostrando que

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deverão ser tomadas medidas corretivas e/ou saneadoras.

Alternativamente, essas defasagens podem informar que os programas da empresa se tornaram irreais, em vista da ocorrência de acontecimentos imprevistos e incontroláveis.

O orçamento não é nada mais do que um plano descrito, expresso em termos de unidades físicas e/ou monetárias. A complexidade do processo orçamentário e os seus detalhes de elaboração poderão variar de empresa para empresa, porém na sua essência são semelhantes.

Para um melhor gerenciamento das atividades da empresa, um fator importante a ser considerado é o orçamento empresarial, composto pelos orçamentos operacional e de investimento.

O orçamento é o instrumento que descreve um plano geral de operações e/ou de investimentos, orientados pelos objetivos e pelas metas traçadas pela alta cúpula diretiva para um dado período de tempo.

Um orçamento pode ser estudado em vários estágios dependendo da ótica que se quer desenvolvê-lo, mas principalmente, do tipo de atividade econômica e da parte da empresa em que será implantado e implementado. Entre os principais estágios temos: o operacional, o estratégico e o tático.

OBJETIVOS

O principal objetivo do orçamento de caixa será dimensional para um dado período, se haverá ou não, recursos disponíveis para suprir as necessidades de caixa da empresa.

Através do nível projetado de caixa pode-se orçar a parte de recursos que deverão se capitados e a melhor destinação dos possíveis excedentes de caixa. Justifica-se esta preocupação, porque na atual conjuntura, se o dinheiro não estiver corretamente aplicado, tornar-se-á antiprodutivo para a empresa, na proporção do tempo em que estiver ocioso.

Desta forma, o ,orçamento é o instrumento que permite ao administrador financeiro saber, antecipadamente, se haverá problemas de liquidez ou não, em termos operacionais e não operacionais, considerados os aspectos de solvabilidade e de rentabilidade da empresa, para o período em tela.

Assim, em termo hábil, a empresa irá projetar a necessidade de levantar empréstimos para cobrir déficit de caixa, analisando as fontes internas e externas, o custo financeiro de operação, as reciprocidades que deverão ser oferecidas à instituição de crédito, etc.

Por outro lado, na aplicação deverão ser considerados o volume de recursos que serão comprometidos, o tempo, o risco, a liquidez e a rentabilidade do investimento.

MÉTODOS DE ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DE CAIXA

Para elaborar-se o orçamento de caixa da empresa, poderão ser utilizados três métodos: direto, lucro ajustado e diferença do capital de giro, de acordo com o conceito contábil.

Orçamento de caixa através do método direto

Este método consistirá nas projeções de ingressos e de desembolsos operacionais ou não, resultantes de vendas ou compras estimadas de itens do ativo imobilizado, assim como parcelas indicativas de aumentos ou reduções de contas credoras ou devedoras da empresa.

É o método mais simples, útil e apropriado para elaborar o orçamento de caixa para períodos curtos. Utilizado pela maioria das micro, pequenas e médias empresas.

MODELO DO ORÇAMENTO DE CAIXA PELO MÉTODO DIRETO

LIMITAÇÕES DO MÉTODO DIRETO

Projetando com a devida atenção e considerando as etapas expostas, o orçamento de caixa, através do método direto, resultará de uma estimativa bastante satisfatória dos ingressos e dos desembolsos de numerário em um dia, uma semana, um mês ou um trimestre.

Considerações Finais

As projeções dos ingressos e dos desembolsos de caixa poderão ser diários, semanais ou mensais.

O relacionamento das entradas e das saídas estimada para cada dia será conveniente, no caso da empresa necessitar de um rigoroso controle do orçamento de caixa, ou para os administradores financeiros que queiram ter uma visão detalhada da tendência dos desembolsos, cujo volume seja suficiente grande para influir no nível de caixa dos períodos em que deverão ser devidos. Já as

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estimativas mensais e trimestrais destinar-se-ão a um planejamento e um controle mais geral da movimentação de numerário.

A segurança do orçamento de caixa dependerá, principalmente, do grau de exatidão do orçamento de vendas. Qualquer erro significativo na projeção do faturamento resultará na correspondente discrepância entre as receitas realizadas e as orçadas, com possibilidade de exigir redução das compras e alteração dos programas de redução.

No que diz respeito às receitas, o item mais representativo costuma ser o das duplicatas a receber. De acordo com os prazos de pagamento, normalmente concedidos, o resultado das cobranças realizadas em cada mês correspondente, em geral, a determinado percentual de faturamento médio mensal.

Quanto aos pagamentos, as projeções também dependerão muito dos faturamentos orçados, pois as estimativas dos custos operacionais se baseiam no volume das compras e nos prazos concedidos pelos fornecedores.

Ao elaborar-se o orçamento de caixa, haverá a necessidade de acompanhar de perto as atividades dos responsáveis por departamentos ou áreas, que passarão nas finanças da empresa, como folha de pagamento, propaganda, seguros, impostos e taxas, etc., assim como tomar conhecimento, em tempo, de toda despesa eventual não incluída no orçamento, cujo valor seja capaz de afetar a posição de caixa da empresa.

ORÇAMENTO DE CAIXA DO MÉTODO DO LUCRO AJUSTADO

A elaboração do orçamento de caixas pelo método de lucro ajustado, também denominado de lucro direto, será feitas das projeções do resultado econômico e das variações dos elementos patrimoniais.

Deve-se primeiro projetar todo o plano geral de operações da empresa para período orçamentário, a fim de que se possa apurar o lucro ou o prejuízo da unidade econômica.

De acordo com esse método, o ponto de partida para sua projeção será o lucro ou o prejuízo líquido orçado com base nas estimativas do Demonstrativo do Resultado de Exercício projetado. Este método, considerará além dos elementos de resultados projetados para o período orçamentário, também será ajustado em função dos elementos patrimoniais, como por exemplo: duplicatas a receber e a pagar, estoques, fornecedores, etc.

ORÇAMENTO DE CAIXA PELO MÉTODO LUCRO AJUSTADO OU DIRETO

A elaboração do orçamento de caixa pelo método de lucro ajustado será bem consistente, porque relacionará todos os fatos operacionais e não operacionais da empresa para o período futuro.

Será mais abrangente do que o método direto anteriormente apresentado, pois parte do lucro líquido projetado da empresa para o período e englobará todas as atividades do sistema orçamentário global.

ORÇAMENTO DE CAIXA ATRAVÉS DO

MÉTODO DA DIFERENÇA DO CAPITAL DE

GIRO LÍQUIDO

A elaboração do orçamento de caixa através do método da diferença do capital de giro líquido, desdobrar-se-á em duas etapas distintas. A primeira etapa consistirá no calculo da variação do capital de giro líquido através do conceito contábil, do período encerrado e do período projetado.

CGL = AC - PC

Onde:

CGL = Capital de Giro Líquido;

AC = Ativo Circulante;

PC = Passivo Circulante.

A variação do capital de giro do período, será obtida mediante a diferença de capital de giro do período projetado e do capital de giro do período encerrado.

A segunda etapa, relacionará a projeção do lucro ou do prejuízo do período projetado, com as variações dos elementos patrimoniais, desde que estas não sejam de curto prazo, pois, neste caso, já foram consideradas na primeira etapa.

MODELO DE ORÇAMENTO DE CAIXA PELO MÉTODO DA DIFERENÇA DO CAPITAL DE GIRO

A elaboração do orçamento de caixa pelo método da diferença do capital de giro é bastante interessante, pois considera em suas projeções a variação do capital de giro na primeira etapa e na segunda relaciona ingressos e os desembolsos decorrentes dos elementos de resultado e patrimoniais orçados pela empresa.

Assim, o orçamento de caixa pelo método da diferença do capital de giro será abrangente,

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pois considera as situações econômico-financeiras projetadas da empresa para o curto e longo prazos.

Exemplo Prático

Um exemplo prático de orçamento de caixa pelos métodos de lucro ajustado e da diferença do capital de giro, de acordo com os modelos apresentados e as notas explicativas descritas, assim como projeta-se o Balanço Patrimonial para o período seguinte, em função dos elementos de resultados e patrimoniais estimados pelo comitê orçamentário da empresa.

Solução pelo Método Lucro Ajustado:

Relacionam-se todos os itens de ingressos e de desembolsos de caixa dos elementos de resultado e patrimoniais projetados, de acordo com os aumentos ou as reduções de ativo, os aumentos ou as reduções de passivo e os aumentos ou as reduções de patrimônio líquido da empresa para o exercício social de 1997, exceto o disponível.

Solução pelo Método da Diferença de Capital de Giro:

Elaboração de orçamento de caixa pelo método da diferença do capital de giro, desdobra-se em duas etapas:

Primeira Etapa

Consistirá no cálculo da variação do capital de giro da empresa entre os exercícios encerrado (1996) e projetado (1997), através do conceito contábil do capital de giro, exceto o ,disponível.

O conceito contábil de capital de giro líquido é:

CGL = AC - PC

Para calcular-se a variação do capital de giro, obtém-se pela diferença entre o capital de giro de 1997 menos o capital de giro de 1996, temos:

variação CG = CG97 - CG96 = 12.640 - 6.100 = 6.540.

Portanto, a empresa apresentará uma variação de aumento do seu capital de giro próprio em R$ 6.540 mil. Essa importância entrará, na Segunda Etapa, diminuindo, pois a empresa terá um aumento maior em valores absolutos no ativo circulante do que a redução em valores absolutos no passivo circulante.

Segunda Etapa

Esta etapa consistirá na apuração dos ingressos e dos desembolsos de caixa, através dos elementos de resultados e patrimoniais a longo

prazo. Isto se deve, ao fato dos itens de curto prazo tanto do ativo circulante como do passivo circulante já estarem relacionados na primeira etapa deste método.

1- INGRESSOS (R$)

Lucro líquido após o imposto de renda 2.340

Depreciações de veículos, M & U e M & E 1.400

Aumento de capital social 10.000

SOMA DOS INGRESSOS 13.740

2. DESEMBOLSOS

Veículos 420

Financiamentos a longo prazo 1.750

Microcomputador 1.780

SOMA DOS DESEMBOLSOS 3.950

3. DIFERENÇA DO PERÍODO DE PROJETADO (1 - 2) 9.790

4. SALDO INICIAL DE CAIXA 2.000

5. DIMINUIÇÃO DO CAPITAL DE GIRO (1ª etapa) (6.540)

6. DIPONIBILIDADE ACUMULADA PROJETADA (3 + 4 - 5) 5.250

7. NÍVEL DESEJADO DE CAIXA PROJETADO 3.000

8. APLICAÇÕES NO MERCADO ABERTO A REALIZAR (2.250)

9. SALDO FINAL DE CAIXA PROJETADO 3.000

VANTAGENS DO ORÇAMENTO DE CAIXA

O orçamento de caixa poderá ser elaborado com relativa exatidão e ter em vista várias finalidades. A principal será indicar as necessidades de numerário para atendimento dos compromissos que a empresa costuma ter com prazos certos para serem saldados.

Com isso, o administrador financeiro estará apto a estimar, com a devida antecedência, os problemas de caixa que poderão surgir devido às reduções cíclicas das receitas ou aos aumentos volume de desembolsos e, em decorrência, a necessidade de obter empréstimos de instituições financeiras.

Encontram-se arroladas a seguir, as principais vantagens de elaborar-se o orçamento de caixa na empresa:

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a) visa demonstrar ao administrador financeiro o momento adequado para as retiradas de caixa, sem contudo acarretar problemas financeiros para empresa;

b) faculta ao administrador financeiro meios de pôr em funcionamento suas disponibilidades de caixa de maneira mais racional e lucrativa possível, sem comprometer a liquidez da empresa;

c) permite a utilização mais lucrativa do caixa, quando for do interesse da empresa o pagamento de contas dentro do período de desconto, visto que isso poderá aumentar a reputação da empresa para efeito de crédito, poupando simultaneamente, o desembolso de considerável soma em dinheiro se a compra realizar-se à vista;

d) auxilia verificar os períodos em que a empresa terá excedentes de caixa, além de estimar os valores dos saldos de caixa e os períodos em que eles irão ocorrer;

e) possibilita a escolha de investimentos, da parcela ociosa, de recursos financeiros, do mesmo modo que as informações relativa aos déficit de caixa serão usados para a seleção de instruções de crédito capazes de atender as necessidades da empresa;

f) através do orçamento de caixa poderão destacar-se os pontos vulneráveis e os pontos positivos, antecipando ao administrador financeiro a postura, em termos, das medidas cabíveis para cada situação projetada para a empresa;

m) como o orçamento de caixa estabelecerá os objetivos e as metas a atingir pela empresa, permitirá a seleção de alternativas mais eficazes para suprir eventuais insuficiências de caixa.

CONCLUSÕES

O orçamento de caixa é um dos mais eficientes instrumentos de planejamento e de controle empresariais, que poderá ser projetado de várias maneiras, de acordo com as necessidades ou conveniências de cada empresa.

As decisões terão de ser tomadas, mediante as informações que darão suporte financeiro à empresa e que estarão contidas necessariamente no orçamento de caixa.

Diante do que foi exposto, é possível perceber a extrema importância do assunto para o universo do mundo administrativo empresarial.

Nota-se que o sucesso dos empreendimentos passa, necessariamente por um rígido controle das finanças e suas políticas de gerenciamento, onde, o orçamento de caixa, que vai definir os rumos, quanto a administração das entradas e saídas de recursos, como vistas a evitar estrangulamentos financeiros e fazer com que a organização incorra em custos desnecessários e realizados sem condições de planejamento, que muitas vezes resultam em gastos que poderiam ser evitados.

Portanto, o assunto abordado é capaz de despertar grande interesse, visto que trata de uma das questões fundamentais da empresa, e estimula os alunos a aprofundar suas pesquisas, visando adquirir maiores conhecimentos e domínio sobre o assunto, sobretudo se existir nesse público, um interesse de ser gestor de empresas.

PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO

Resumo elaborado com o intuito de discutir os aspectos técnicos do orçamento e a análise dos problemas orçamentários em termos da relação

Custo x Volume x Lucro.

O Planejamento Orçamentário é um poderoso instrumento de gestão que possibilita a antecipação de cenários, correção das estratégias de ação de forma a permitir o controle e a avaliação de desempenho de Produtos, Gestores, Unidades de Negócio, Filiais, Empresa e Conglomerado.

A implantação de um sistema orçamentário traz vantagens para a empresa e para seus funcionários. Estas vantagens ultrapassam, em muito, o simples aspecto financeiro.

Do ponto de vista do planejamento, o orçamento motiva o ambiente empresarial, pois permite que cada funcionário, chefe ou subalterno, tome plena consciência de sua própria missão.

Do ponto de vista da análise de resultados, o Planejamento Orçamentário incute no espírito de cada funcionário a noção de custos, de economia, da racionalização e do lucro.

O orçamento pode ser iniciado de maneira simples e prática, e ganhar sofisticação com o decorrer do tempo. Trata-se de uma forma de planejamento essencial para pequenas e médias empresas.

O orçamento é um contrato entre cada responsável e a empresa, em níveis diversos; um contrato com compromissos e cláusulas bem precisas, que devem ser respeitadas.

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

O orçamento cria o hábito de programar com a participação dos vários responsáveis nos diversos níveis, de utilizar instrumentos operacionais, de decidir com base em informações. Ajuda também a controlar as próprias decisões de modo rigoroso.

Sob um ponto de vista mais propriamente gestional, o orçamento melhora a coordenação dos recursos e envolve diretamente todas as áreas empresariais, que são chamadas a tomar decisões de forma coordenada.

O estudo da destinação do lucro é uma das tarefas mais nobres em uma empresa, e ela é grandemente facilitada pelas informações do orçamento.

Todas essas ações são realizadas através de diretrizes internas, cuja finalidade principal é a de maximizar a rentabilidade de cada um dos negócios da empresa.

A alocação efetiva de recursos é uma função cada vez mais essencial para as organizações. O ambiente em que as empresas atualmente convivem, com fusões e aquisições, advento da Internet e a nascente Nova Economia tornam os processos decisórios um jogo em que o futuro mal pode ser imaginado, mas a hora de criá-lo é agora.

As organizações, portanto, devem tentar descobrir produtos, necessidades e valores que ainda nem existem ou se quer foram imaginados, elas devem criar o futuro e esquecerem o antigo ditame da administração contigencialista sobre adaptação ao ambiente. As repostas aos estímulos do meio não são mais eficazes, a verdadeira eficácia e efetividade advém da ação sobre o meio.

O ponto de partida para o orçamento é o planejamento, que fornecerá todo o conjunto de programas, metas e objetivos a serem executados em determinado período pela organização.

O orçamento terá o papel de viabilizar a consecução desse planejamento, atribuindo os recursos necessários e analisando as atividades necessárias assim como seus custos e benefícios.

O processo de planejamento e de orçamento de muitas organizações é conduzido pelo pessoal da área de finanças ou fiscal, com a participação apenas dos administradores operacionais dos níveis mais altos nas decisões e na elaboração do orçamento.

Como vantagem, o orçamento exige a participação de administradores de todos os níveis de cada organização.

O processo foi esquematizado desta maneira porque esses administradores dos níveis operacionais mais baixos são os que realmente gastam dinheiro para a prestação dos serviços, são os especialistas em suas atividades e porque queremos que eles se familiarizem com os processos de planejamento e de orçamento e que sejam responsáveis pela avaliação de sua própria eficácia de custo. Além disso, a direção deve ser beneficiada por suas recomendações e análises.

Portanto, os principais benefícios do orçamento resultam do aproveitamento das idéias e dos talentos dos administradores em cada organização.

Em quase todas as organizações, os benefícios identificados podem ser logo conseguidos e os problemas podem ser efetivamente minimizados para que, mesmo no primeiro ano, o processo decisório, às vezes penoso, prove cabalmente que o esforço vale a pena.

Entretanto, este primeiro ano, às vezes penoso, é seguido por um processo de orçamento que permite uma identificação e uma análise muito melhor das atividades e alternativas com menos tempo e esforço porque os administradores conhecem o processo e começaram a orientar seu pensamento para onde a análise de alternativas, custos e prioridades é prática padronizada.

A finalidade do orçamento é indiscutível para vida empresarial. Um sistema de orçamento eficiente traz inúmeros benefícios: maior eficiência, maior produtividade e maior rentabilidade.

Face à globalização da economia mundial e à abertura do mercado brasileiro, acirra-se o esforço de manter os custos das atividades empresariais nacionais em nível competitivo.

Para disciplinar o custo interno e aumentar a margem competitiva, uma das armas mais poderosas é o planejamento orçamentário. Como em qualquer disciplina a conceituação e prática do orçamento tem recebido contínuas inovações e melhoramentos.

Planejamento orçamentário é uma atividade que deve ser vista como uma implementação de um segmento anual do planejamento de longo prazo. O orçamento expressa este pleno em termos financeiros e à luz das condições correntes.

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Um planejamento orçamentário bem sucedido depende de vários outros fatores como, por exemplo, uma estrutura organizacional formal que designe claramente as áreas de autoridade e responsabilidade, assim como um sistema de informações contábeis que permita efetivo controle financeiro.

O problema principal do planejamento orçamentário é a previsão das vendas. O orçamento consiste efetivamente dos seguintes estágios:

1. Orçamento de Vendas

2. Orçamento de Produção

3. Orçamento de Consumo de Matéria-

Prima

4. Orçamento de Compras

5. Orçamento de Mão-de-Obra Direta

6. Orçamento de Custos Indiretos

7. Orçamento de Estoque Final

8. Orçamento de Despesas

Administrativas e de Vendas

9. Orçamento de Despesas de Capital

10. Orçamento dos Custos das

Mercadorias Vendidas

11. Orçamento de Caixa

12. Projeção da Demonstração de

Resultados

13. Projeção do Balanço Patrimonial

O Orçamento de Vendas é o orçamento parcial básico do qual derivam os orçamentos parciais de produção. Isso confere uma importância especial a esse orçamento. Em vista dessa importância, os métodos empregados na sua elaboração são normalmente meticulosos e até complexos, exigindo a utilização de pessoal e equipamento especializados.

Concluído o Orçamento de Vendas, pode-se passar ao desenvolvimento do Orçamento de Produção, que, em sua primeira etapa, é a simples conversão do Orçamento de Vendas em Plano de Produção, levando-se em conta os volumes de vendas previstos e as diretrizes da empresa referentes aos estoques pretendidos de produtos acabados.

A partir dos volumes definidos no orçamento de produção, calculam-se os custos diretos referentes ao nível da atividade orçada. O orçamento de materiais diretos é elaborado levando-se em conta a política definida pela empresa para os seus estoques de matérias-primas, peças e componentes.

O orçamento de mão-de-obra direta define a quantidade (em horas e em trabalhadores) e o custo do trabalho direto necessário para atingir os níveis de produção desejados.

O orçamento pode ser avaliado por meio de índices financeiros, como os de Retorno sobre o Patrimônio Líquido e Retorno sobre o Capital Empregado.

Como todos os instrumentos, ainda que aperfeiçoados, também o orçamento apresenta limitações, que é preciso conhecer perfeitamente, caso se pretenda utilizá-lo de modo mais propício e não confiar nele cegamente.

O orçamento baseia-se em estimativas que, embora rigorosas, podem não considerar algum elemento, talvez dificilmente previsível. De qualquer forma, as estimativas devem ser encaradas com cautela, embora efetuadas segundo técnicas adequadas, inclusive as estatísticas.

Não é possível pretender que o orçamento dê resultados milagrosos, logo depois de sua introdução na empresa; requer tempo para ajustes e testes certamente demorados. Não basta seguir os procedimentos, mas é necessário formar uma mentalidade para o orçamento, uma profunda convicção em todos os responsáveis; caso contrário, corre o risco de se tornar instrumento ineficaz e de representar um aumento de custos para a empresa que o adota.

O orçamento deve ser um instrumento flexível, isto é, deve poder adaptar-se às eventuais modificações das circunstâncias empresariais, por meio da utilização de técnicas oportunas.

A fase de controle não é automática, mas requer esforços notáveis para efetuar investigações profundas, nas quais o elemento humano é indispensável e insubstituível.

O orçamento permite uma gestão mais rigorosa, mas em nenhum caso pode substituir a diretoria. Cometeria um grande erro quem pensasse que o orçamento é um modelo cujos resultados devem ser assumidos automaticamente na tomada das decisões. A iniciativa do administrador (e também um pouco de fantasia) não pode faltar nunca.

Uma empresa sem orçamento é como um navio sem rota definida ou um avião sem plano de vôo. O orçamento é, em última análise, o mais eficiente instrumento de uma administração por objetivos, que continua a ser, a despeito de suas

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possíveis limitações, a técnica básica da administração eficaz.

O orçamento é um instrumento. Portanto, não se pode esperar que ele resolva todos os problemas da administração – o que só pode ser feito pela própria administração.

ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

EMPRESARIAL

A importância do planejamento e controle empresarial fica evidente, principalmente, em épocas de alto grau de incertezas econômicas e de alta volatilidade do mercado financeiro.

Será que uma empresa que tem sistema de planejamento e controle financeiro (de resultados) é mais lucrativa do que a outra que não o tem? Sim, com certeza, uma empresa que planeja e controla adequadamente seus resultados econômicos e financeiros tem maior possibilidade de ser lucrativa. Pode-se afirmar que o planejamento e o controle dos negócios são imprescindíveis em todas as empresas, independentemente de seu porte.

O objetivo é mostrar que a compreensão da mecânica do orçamento empresarial é relativamente fácil.

O orçamento empresarial (ou orçamento geral) é elaborado geralmente para um exercício social, mas pode ser elaborado para um período menor ou maior (seis meses ou três anos, por exemplo), de acordo com a necessidade de cada empresa.

Antes de iniciar a elaboração do orçamento propriamente dito, planejar as fases de sua elaboração também é uma atividade muito importante, pois a utilização de premissas e critérios inadequados pode resultar em projeções bastante distorcidas e comprometer a qualidade dos resultados econômicos e financeiros projetados.

ESTUDO DE CASO: Consiste na elaboração do

orçamento do 1° semestre de 2009, da

―Companhia Orçamentária‖, uma empresa industrial, e está dividida em cinco exercícios, como segue:

1. planejamento do orçamento empresarial;

2. elaboração do orçamento de operações;

3. apuração de lucro operacional e fluxo de caixa operacional;

4. elaboração do orçamento de financiamentos;

5. elaboração de demonstrações financeiras.

O controller da ―Companhia Orçamentária‖

está elaborando o orçamento do 1º semestre

do ano de 2011, dividido em dois trimestres:

1T-2011 (1° trimestre de 2011) e 2T-2011 (2° trimestre de 2011). O orçamento de 1T-2011 (1° trimestre de 2011) está completo, mas falta

elaborar o orçamento de 2T-2011 (2° trimestre de 2011).

PEDE-SE: Elabore os orçamentos

específicos de 2T-2011, com base em dados

e informações que serão apresentados,

preenchendo os espaços pontilhados e, ao

final, elabore as demonstrações financeiras.

O orçamento geral é composto de vários orçamentos específicos, que são agrupados e elaborados em seqüência lógica, como efetivamente ocorrem os fatos empresariais na prática. No modelo simplificado apresentado neste caso, serão utilizados os seguintes orçamentos específicos:

· grupo 1: orçamentos de vendas;

· grupo 2: orçamento de produção;

· grupo 3: orçamentos de gastos e despesas;

· grupo 4: orçamentos de compras e vendas;

· grupo 5: orçamentos de investimentos;

· grupo F: orçamentos de financiamentos.

Serão elaborados, quadro a quadro, os

orçamentos específicos do 1° e do 2°

trimestres de 2011 (na prática, devem ser elaborados mês a mês). As origens de dados, os critérios e as formas de cálculos são informados na coluna observações.

Cenário econômico

O primeiro passo importante é a definição do cenário econômico do período orçamentário, levando em consideração, entre outros, os fatores como a situação político-econômica e as condições mercadológicas. Enfim, devem ser considerados os principais fatores que podem afetar os resultados econômicos e financeiros da empresa.

Nessa fase inicial do planejamento, é importante a participação de executivos da área de marketing e de finanças com bons conhecimentos em suas respectivas áreas de atuação.

Às vezes, é muito difícil definir um cenário econômico, principalmente em épocas de alta volatilidade do mercado financeiro. Nesses

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casos, algumas empresas projetam mais de um cenário econômico e simulam as operações para escolher os resultados que mais se aproximem dos resultados desejáveis e que pareçam factíveis.

Premissas e critérios

Escolhido um cenário econômico, estabelecem-se as premissas e os principais critérios. São utilizados alguns dos indicadores normalmente presentes em um orçamento empresarial: taxas de inflação e de câmbio, taxas de juros, alíquotas de encargos sociais e de provisões para mão-de-obra.

Com data-base de 31-12-2010, são projetados os inflatores (índices) de inflação geral e de salário, bem como a taxa de câmbio, para cada período do orçamento (no caso, o trimestre),

conforme a Tabela 1.

As taxas de juros de operações financeiras em moeda nacional são projetadas com base em taxa básica de juros (a taxa Selic é determinada pelo Banco Central). As taxas de juros relativas a operações financeiras em moeda estrangeira (no caso, o dólar) são estimadas com base em prováveis condições futuras do mercado

financeiro, na Tabela 2.

As alíquotas de encargos sociais e provisões para férias, 13° salário e rescisões podem ser estabelecidas com base em dados históricos,

conforme a Tabela 3.

Outros indicadores podem ser utilizados de acordo com a necessidade e o nível de detalhes desejados pela empresa, tais como os preços de viagens aéreas, os preços de principais materiais de escritório e as alíquotas de impostos por tipos de vendas.

Tabela 1: PROJEÇÃO DE INFLATORES E TAXAS DE CÂMBIO

Período 31/12/2010 1T-2011 2T-2011

Inflação geral Variação% 3,0% 4,0%

Inflator 1,00 1,0300 1,0712

Salário Variação% 0% 10%

Inflator 1,00 1,0000 1,1000

Taxa de câmbio Variação% -4,1% 2,5%

Taxa 2,5000 2,3975 2,4574

Tabela 2: PROJEÇÃO DE TAXAS DE JUROS

Período 1T-2011 2T-2011

Taxa básica de juros (taxa Selic), em % a.a. 11,25% 10,25%

Aplicações financeiras em moeda nacional (95% da taxa Selic), em % a.a 10,70% 9,70%

Empréstimos em moeda nacional (110% da taxa Selic), em % a.a. 12,38% 11,28%

Empréstimos em moeda estrangeira (em US$), em % a.a. 15,00% 12,50%

Tabela 3: ALÍQUOTAS DE ENCARGOS SOCIAIS E PROVISÕES

Período 1T-2011 2T-2011

Contribuição ao INSS 28,8% 28,8%

Contribuição ao FGTS 8,0% 8,0%

Total de Encargos sociais 36,8% 36,8%

Provisões (Férias, 13. salário, Rescisões) 20,0% 20,0%

Total Geral 56,8% 56,8%

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Projeção do balanço patrimonial inicial

Geralmente, o planejamento de um período é feito antes de se conhecer os resultados efetivos do período corrente. Por exemplo, o planejamento do período de janeiro a junho de 2011 é feito durante a segunda quinzena do mês de novembro de 2010.

Na data em que se inicia o planejamento, os dados efetivos mais recentes conhecidos são do mês de outubro. Projeta-se, então, o balanço patrimonial até 31 de dezembro de 2010, revisando os resultados econômicos e financeiros projetados dos meses de novembro e dezembro de 2010.

Essa providência é muito importante, pois os saldos iniciais das contas patrimoniais impactam os resultados do período planejado.

O balanço patrimonial projetado de 31-12-2010 é o seguinte:

A T I V O P A S S I V O E P A T R I M Ô N I O L Í Q U I D O

Ativo Circulante

Passivo Circulante

Caixa e Bancos 10.000 Fornecedores nacionais 26.000

Títulos e valores mobiliários 4.000 Fornecedores estrangeiros 12.000

Clientes nacionais 38.000 Empréstimos bancários nacionais 8.500

Clientes estrangeiros 21.000 Empréstimos bancários estrangeiros 36.500

Estoques 46.000 Tributos a recolher ICMS e IPI 12.500

Total 119.000 Tributos a recolher IR e CSLL 0

Salários e encargos sociais 4.000

Imobilizado

Total 99.500

Terrenos 12.000 Patrimônio líquido

Máquinas e equipamentos 30.000 Capital social 48.000

() Depreciação Acumulada (5.000) Lucros acumulados 8.500

Total 37.000 Total 56.500

TOTAL GERAL 156.000 TOTAL GERAL 156.000

FLUXO DE DADOS PARA ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTO

Como podem ser visualizados no esquema da Figura 1, os fundos vão sendo transferidos quadro a quadro, agregando valores, até a apuração da Demonstração de resultado (setas cheias).

Nas fases finais dos processos operacionais, os fundos são convertidos em dinheiro, resultando na Demonstração de fluxo de caixa (setas pontilhadas). A conjugação do saldo anterior do Balanço Patrimonial com os dados da Demonstração de Resultados e da Demonstração de Fluxo de Caixa resulta em saldo atual do Balanço Patrimonial.

O orçamento de operações engloba os orçamentos específicos dos grupos 1 a 5. Com os dados desses orçamentos específicos, é possível elaborar as demonstrações de resultado e de fluxo de caixa relativas às operações.

O orçamento de financiamentos (ou orçamento de operações financeiras) é um orçamento específico preparado após a elaboração do orçamento de operações.

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Figura 1 Fluxo de dados para elaboração de orçamento empresarial

ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DE OPERAÇÕES

O orçamento de operações é composto de orçamentos específicos dos grupos 1 a 5.

Orçamento de vendas

O primeiro orçamento que se elabora é o orçamento de vendas e o primeiro quadro auxiliar é o de projeção de vendas (Quadro 1.1). Com base em dados do 4° trimestre de 2010 (4T-2010), projetam-se

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as quantidades de vendas do 1° e do 2° trimestres, com incremento de 5% por trimestre. O preço-base unitário de R$ 210,00 é atualizado pelo índice de inflação geral.

Quadro 1.1 Projeção de vendas

Base: 4T-

2010

1T-

2011

2T-

2011

Total do

semestre Observações

(a) Quantidade de vendas 1.000 1.050 1.103 2.153 Incremento de 5% por período

(b) Preço unitário sem impostos

210,00 216,30 224,95 - Preço-base x Inflator-geral

(a x b) Vendas líquidas 210.000 227.115 248.120 475.235

Orçamento de produção

Após a elaboração do orçamento de vendas, é elaborado o orçamento de produção. Primeiramente, calcula-se a quantidade de produção necessária, considerando as premissas e a movimentação de estoques (Quadro 2.1).

Com base na estrutura de custos unitários variáveis do 4° trimestre de 2010 (Quadro 2.2), projetam-se os custos unitários variáveis de 2011, atualizando cada tipo de custo pelos respectivos inflatores ou taxa de câmbio. No caso de matéria-prima importada, os valores estão indexados à taxa de câmbio; portanto, calcula-se o valor em dólar (dividindo o custo-base unitário pela taxa de câmbio de 4T-2010) e multiplica-se o resultado pelas taxas de câmbio dos respectivos períodos.

Multiplicando a quantidade de produção pelos respectivos custos unitários variáveis e somando as despesas gerais de fabricação, obtém-se o valor do custo total de produção (Quadro 2.3).

O quadro auxiliar de movimentação de estoques (Quadro 2.4) utiliza as quantidades de estoques apuradas no Quadro 2.1. Inicialmente, apura-se o custo médio do período, dividindo a soma do valor pela soma da quantidade. Em seguida, calcula-se o valor do estoque final por meio da multiplicação da quantidade pelo custo médio apurado. Por fim, apura-se o custo das vendas (a diferença gerada pelo arredondamento do custo médio é absorvida pelo custo das vendas).

Quadro 2.1 Projeção da Quantidade de produção

1T-2011 2T-2011 Total do semestre Observações

Vendas 1.050 1.103 2.153 Quadro 1.1

(+) Estoque final 331 347 347 30% da venda do período seguinte (*1)

() Estoque inicial 325 331 325

(=) Quantidade a produzir 1.056 1.119 2.175

Nota: (*1) A venda prevista do 3T-2011 é 1.158 unidades.

Quadro 2.2 Estrutura de custos unitários variáveis

Base: 4T-2010 Custos unitários

2011

Observações Custo de

produção

Custo

unitário 1T-2011 2T-2011

Matéria-prima nacional 60.000 60,0000 61,8000 64,2720 Custo-base unitário x Inflatorgeral

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Matéria prima importada 30.000 30,0000 28,7700 29,4888 (*1)

Mão-de-obra direta 37.500 37,5000 37,5000 41,2500 Custo-base unitário x

Inflatorsalário

Custo variável de

produção 127.500 127,5000 128,0700 135,0108

Nota: (*1) Fórmula: (Custo-base unitário / taxa de câmbio 4T-2010) x taxa de câmbio 1T-2011 ou 2T-2011.

Quadro 2.3 Custo de produção

1T-2011 2T-2011 Total do semestre Observações

Quantidade de produção

1.056 1.119 2.175

Matéria-prima nacional

65.261 71.920 137.181 Qt. produção x custo unitário

Matéria-prima importada

30.381 32.998 63.379 Qt. produção x custo unitário

Mão-de-obra direta

39.600 46.159 85.759 Qt. produção x custo unitário

Gastos gerais de fabricação

21.833 22.961 44.794 Quadro 3.1

Custo total de produção

157.075 174.038 331.113

Quadro 2.4 Movimentação de estoques

Quantidade (*1) Valor Custo médio (*2) Observações

1T-2011

Estoque inicial

325 46.000 141,5385 Saldo de balanço

(+) Produção

1.056 157.075 148,7453 Quadro 2.3

(=) Soma

1.381 203.075 147,0492

() Estoque final

331 48.673 147,0492 Quantidade x custo médio

(=) Venda / Custo da venda

1.050 154.402 147,0495

2T-2011

Estoque inicial

331 48.673 147,0492 Saldo de balanço

(+) Produção

1.119 174.038 155,5299 Quadro 2.3

(=) Soma

1.450 222.711 153,5938

() Estoque final

347 53.297 153,5938 Quantidade x custo médio

(=) Venda / Custo da venda

1.103 169.414 153,5938

Total do semestre

Estoque inicial

325 46.000

(+) Produção

2.175 331.113

(=) Soma

2.500 377.113

() Estoque final

347 53.297

(=) Venda / Custo da venda

2.153 323.816

Notas: (*1) As quantidades são calculadas no Quadro 2.1 e transferidas para este quadro. (*2) O custo médio é calculado com a divisão do valor pela quantidade.

Orçamento de gastos e despesas

No Quadro 3.1, os valores-base dos gastos industriais e despesas de vendas e administrativas são atualizados pelos inflatores apropriados, de acordo com a sua natureza. A depreciação é calculada no Quadro 5.2.

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

Os valores dos salários, encargos sociais e provisões (relativos a mão-de-obra direta e indireta) foram apresentados até esta fase pelo valor global. Para calcular os valores de encargos sociais e de provisões para férias, 13° salário e rescisões, é necessária a apuração do salário-base.

Apurado esse valor, calcula-se separadamente os encargos sociais e as provisões (Quadro 3.2).

Por exemplo, o valor total do 1° trimestre, de R$ 66.600, engloba o salário-base (100%) e os encargos sociais e provisões, que são calculados com a alíquota total de 56,8%, ou seja, o valor total corresponde a 156,8% (ou 1,568) do salário-base. Por isso, para separar o valor do salário base do valor total, divide-se este valor por 1,568.

QUADRO 3.1 GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO E DESPESAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS

Base: 4T-

2010

1T-

2011

2T-

2011

Total do

semestre Observações

DEPARTAMENTO INDUSTRIAL

Salários indiretos 5.000 5.000 5.500 10.500 Inflatorsalário

Serviços profissionais 5.250 5.408 5.624 11.032 Inflatorgeral

Lanches e refeições 3.800 3.914 4.071 7.985 Inflatorgeral

Locação de equipamentos 6.200 6.386 6.641 13.027 Inflatorgeral

Depreciação 1.125 1.125 1.125 2.250 Quadro 5.2

Total 21.375 21.833 22.961 44.794

DEPARTAMENTO DE VENDAS

Salários indiretos 8.000 8.000 8.800 16.800 Inflatorsalário

Fretes e carretos 9.000 9.270 9.641 18.911 Inflatorgeral

Outras despesas gerais 3.000 3.090 3.214 6.304 Inflatorgeral

Total 20.000 20.360 21.655 42.015

DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO

Salários indiretos 14.000 14.000 15.400 29.400 Inflatorsalário

Serviços profissionais 6.000 6.180 6.427 12.607 Inflatorgeral

Outras despesas gerais 4.000 4.120 4.285 8.405 Inflatorgeral

Total 24.000 24.300 26.112 50.412

RESUMO

Salários indiretos

27.000 29.700 56.700

Despesas gerais

38.368 39.903 78.271

Depreciação

1.125 1.125 2.250 (*1)

Total

66.493 70.728 137.221

Nota: (*1) A despesa de depreciação impacta o resultado contábil, mas não o fluxo de caixa.

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

QUADRO 3.2 CÁLCULOS DE ENCARGOS SOCIAIS E PROVISÕES

1T-

2011

2T-

2011

Total do

semestre Observações

SALÁRIOS, ENCARGOS SOCIAIS E PROVISÕES

Mão-de-obra direta

39.600 46.159 85.759 Quadro 2.3

Salários indiretos do Dep. Industrial 5.000 5.500 10.500 Quadro 3.1

Salários indiretos do Dep. de Vendas 8.000 8.800 16.800 Quadro 3.1

Salários indiretos do Dep. Administrativo 14.000 15.400 29.400 Quadro 3.1

Total

66.600 75.859 142.459

Salário-base

42.474 48.379 90.854 (*1)

Encargos sociais

15.631 17.804 33.434

Salário-base x 37,3%

Provisões p/ férias, 13. salário e rescisões 8.495 9.676 18.171 Salário-base x 20%

Total

24.126 27.480 51.605

Nota: (*1) Cálculo de salário-base = (Total de Salários, encargos sociais e provisões) / 1,573.

Orçamento de compras e vendas

Os impostos incidem de formas diferentes sobre os materiais nacionais e importados, como demonstrado no Quadro 4.1.

No Quadro 4.2, são resumidos os valores de impostos calculados no Quadro 4.1 e é apurado o valor dos impostos a recolher ou a recuperar.

As alíquotas médias utilizadas nos cálculos do Quadro 4.1 podem ser obtidas com base em registros históricos e em volumes de vendas e compras planejadas para o período orçamentário.

CÁLCULOS DE IMPOSTOS SOBRE A MATÉRIA-PRIMA NACIONAL

No Quadro 2.3, foi calculado o custo total de matéria-prima nacional. Com base nesse valor, calculam-se os impostos. A título de exemplo, vamos demonstrar os cálculos relativos ao 1° trimestre.

O ICMS é calculado ―por dentro‖, à alíquota média de 14%, e pode ser de duas formas:

· Com reajuste da base de cálculo: [R$ 65.261 / (1 - 14%)] x 14% = R$ 10.624

· Com reajuste da alíquota: R$ 65.261 x [(14% / (1 - 14%)] = R$ 10.624

O IPI é calculado sobre o valor que engloba o custo da matéria-prima e o ICMS.

O valor total da compra, que engloba o custo da matéria-prima, o ICMS e o IPI, é o valor devido ao fornecedor nacional.

CÁLCULOS DE IMPOSTOS SOBRE A MATÉRIA-PRIMA IMPORTADA

No Quadro 2.3, foi calculado também o custo total de matéria-prima importada. Aqui, adotou-se o critério de cálculo ―por fora‖, mais simples, bastando multiplicar o custo total de matéria-prima pela alíquota média de 20% (que inclui o Imposto de importação e as despesas de desembaraço). A composição do custo de matéria-prima importada é diferente do custo de matéria-prima nacional, pois, no primeiro, são agregados os ―custos de nacionalização‖.

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

Na prática, alguns impostos são calculados também sobre outros impostos (como é o caso do ICMS sobre o Imposto de importação), mas os cálculos estão simplificados para facilitar a elaboração do orçamento.

Por exemplo, o valor FOB (free on board - corresponde somente ao valor da mercadoria, sem o seguro e o frete, que é o valor devido ao fornecedor estrangeiro) do 1° trimestre é calculado como segue: R$ 30.382 / 1,20 = R$ 25.318. O valor total de I.I. (Imposto de importação) e das despesas de desembaraço é calculado da seguinte forma: (R$ 30.382 / 1,20) x 20% = R$ 5.064.

Pelo critério adotado, o ICMS e o IPI são calculados diretamente sobre o valor FOB, com as alíquotas médias obtidas com base em dados históricos.

CÁLCULOS DE IMPOSTOS SOBRE AS VENDAS

Com base no valor das vendas líquidas calculado no Quadro 1.1, calculam-se o ICMS e o IPI de forma semelhante aos cálculos de impostos sobre a matéria-prima nacional.

O valor de vendas brutas, que corresponde à soma de vendas líquidas e impostos, é o valor a receber de clientes. No Quadro 4.2 são resumidos os valores de impostos calculados no Quadro 4.1 e é apurado o valor dos impostos a recolher ou a recuperar.

Quadro 4.1 Detalhamento de compras e vendas

1T-

2011

2T-

2011 Total do

semestre Observações

MATÉRIA-PRIMA NACIONAL

(a) Custo de matéria-prima 65.261 71.920 137.181 Quadro 2.3

(b) ICMS médio (14%) 10.624 11.708 22.332 Cálculo por dentro

(c=a+b) Custo + ICMS 75.885 83.628 159.513

(d) IPI médio (10%) 7.589 8.363 15.952 (c) x 10%

(e=c+d) Valor total da compra 83.474 91.991 175.465 Fornecedor nacional

MATÉRIA-PRIMA IMPORTADA

(a) Custo total de matéria-prima 30.381 32.998 63.379 Quadro 2.3

(b) I.I. + Desp. desembaraço (total 20%) 5.064 5.500 10.564 Cálculo por fora

(c=ab) Valor FOB 25.317 27.498 56.640 Fornecedor estrangeiro

(d) ICMS médio (18%) 4.557 4.950 9.507 (c) x 18%

(e) IPI médio (10%) 2.532 2.750 5.282 (c) x 10%

(f=a+d+e) Valor total com impostos 37.470 40.698 78.168

(g=b+d+e) Despesas alfandegárias 12.153 13.200 25.353

VENDAS

(a) Vendas líquidas 227.115 248.120 475.235 Quadro 1.1

(b) ICMS médio (18%) 49.855 54.465 104.320 Cálculo por dentro

(c=a+b) Vendas líquidas com ICMS 276.970 302.585 579.555

(d) IPI médio (10%) 27.697 30.259 57.956 (c) x10%

(e=c+d) Vendas brutas 304.667 332.844 637.511 Clientes nacionais

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

Quadro 4.2 Apuração de impostos a recolher

1T-

2011

2T-

2011 Total do

semestre Observações

ICMS sobre vendas 49.855 54.465 104.320 Quadro 4.1

IPI sobre vendas 27.697 30.259 57.956 Quadro 4.1

(A) Total de impostos sobre vendas 77.552 84.724 162.276

ICMS sobre compras 15.181 16.658 31.839 Quadro 4.1

IPI sobre compras 10.121 11.113 21.234 Quadro 4.1

(B) Total de impostos sobre compras 25.302 27.771 53.073

RESUMO

ICMS a recolher (a recuperar) 34.674 37.807 72.481

IPI a recolher (a recuperar) 17.576 19.146 36.722

(C=AB) Impostos a recolher (a recuperar) 52.250 56.953 109.203

ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS

O orçamento de investimentos é precedido de um plano de investimentos em ativo imobilizado, que considera as necessidades de novos investimentos, principalmente, em função do desgaste natural dos bens, novas tecnologias e volume de operações planejado.

O Quadro 5.1 demonstra a movimentação das contas do ativo imobilizado, cujas compras originam-se do plano de investimentos. Eventuais vendas ou baixas pela substituição ou obsolescência devem ser consideradas no quadro auxiliar. Caso haja venda planejada de um bem do ativo imobilizado, deve ser apurado o lucro ou o prejuízo da transação.

No Quadro 5.2, as depreciações são calculadas sobre o saldo do período imediatamente anterior e transferidas para o orçamento de gastos e despesas.

Quadro 5.1 Movimentação de investimentos

1T-2011 2T-2011 Total do

semestre Observações

TERRENOS

Saldo anterior 12.000 12.000 12.000

(+) Compras 0 0 0 Plano de investimentos

() Baixas 0 0 0

(=) Saldo atual 12.000 12.000 12.000

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Saldo anterior 30.000 30.000 30.000

(+) Compras 0 4.000 4.000 Plano de investimentos

() Baixas 0 0 0

(=) Saldo atual 30.000 34.000 34.000

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

Quadro 5.2 Cálculos de depreciações

1T-2011 2T-2011 Total do

semestre Observações

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Saldo anterior (5.000) (6.125) (5.000)

(+) Depreciação 15% a.a. (1.125) (1.125) (2.250) (*1)

() Baixas 0 0 0

(=) Depreciações acumuladas (6.125) (7.250) (7.250)

Nota: (*1) A depreciação é calculada a partir do período subsequente ao da aquisição.

ORÇAMENTO DE FINANCIAMENTOS

O orçamento de financiamentos é possível ser elaborado integralmente somente após a elaboração do orçamento de operações, pois, para calcular as despesas ou receitas financeiras (variação cambial e juros), é preciso conhecer, além da movimentação dos valores indexados em moeda estrangeira, o volume de recursos financeiros necessários para financiar as atividades operacionais.

O modelo de orçamento de financiamentos apresentado neste caso utiliza-se de poucos quadros auxiliares, para facilitar a compreensão dos cálculos de variação cambial e juros.

DADOS E INFORMAÇÕES PARA CÁLCULOS DE VARIAÇÃO CAMBIAL E DE JUROS

Para elaborar o orçamento de financiamentos é necessário conhecer as taxas de câmbio e de juros projetadas, bem como outras informações detalhadas sobre as operações financeiras (empréstimos e aplicações financeiras)

Os cálculos relativos a despesas e receitas financeiras são feitos por meio dos Quadros F.1 a F.4, como segue:

Taxas de câmbio e de juros projetadas

As taxas de câmbio e de juros projetadas utilizadas na elaboração do orçamento de financiamentos já foram apresentadas na fase de definição de premissas e critérios e são as que constam das Tabelas 1 e 2 das Premissas.

Informações adicionais

Informações adicionais são necessárias para os cálculos de juros. As condições dos empréstimos e aplicações financeiras são as seguintes:

Empréstimo estrangeiro - Resolução 2.770 (em US$)

· Valor: US$ 10.000;

· Vencimento: 31-10-2011;

· Taxa de juros: de acordo com as taxas projetadas (Tabela 2);

· Data de pagamento de juros: fim de trimestre civil.

Empréstimo p/ capital de giro (em R$)

· Valor: em R$, para cobrir o saldo mínimo de caixa;

· Vencimento: fim do período seguinte;

· Taxa de juros: de acordo com as taxas projetadas (Tabela 2);

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

· Data de pagamento de juros: fim do período seguinte.

Títulos e valores mobiliários (em R$)

· Valor: R$ 3.850;

· Período: 31-10-2010 a 31-5-2011;

· Taxa de juros: de acordo com as taxas projetadas (Tabela 2);

· Recebimento de juros: no vencimento, juntamente com o principal;

· Valor dos juros efetivos e projetados até 31-12-2010: R$ 150.

Juros de empréstimos estrangeiros

O primeiro quadro auxiliar do orçamento de financiamentos (Quadro F.1) seleciona os saldos contábeis das operações financeiras em moeda estrangeira (valor do principal e dos juros a pagar) e os valores são demonstrados apenas em dólar. As captações e amortizações são feitas de acordo com o plano e condições contratuais.

Os juros são calculados com taxa de juros simples, por se tratar de empréstimo em moeda estrangeira (os cálculos estão demonstrados em nota, ao final do quadro).

A base de cálculo dos juros é o valor médio entre o saldo anterior e o atual calculado como segue: (US$ 10.000 + US$ 10.000) / 2 = US$ 10.000.

Quadro F.1 Orçamento de empréstimos estrangeiros (valores em US$)

1T-2011 2T-2011 Observações

Número de dias 90 91

RESOLUÇÃO 2.770 - PRINCIPAL

Saldo anterior 10.000 10.000 Vencimento em 30-10-2011

(+) Captações 0 0 Plano

() Amortizações 0 0 Condições contratuais

(=) Saldo final 10.000 10.000

RESOLUÇÃO 2.770 - JUROS A PAGAR

Base de cálculo (saldo médio) 10.000 10.000 (Saldo anterior + Saldo atual) / 2

Taxa de juros, em % a.a.

15,0%

12,5%

Premissas (Tabela 1)

Saldo anterior 0 0

(+) Despesas de juros 375 316 (*1)

() Pagamentos 375 316 Juros vencem em finais de período

(=) Saldo final 0 0

TOTAL GERAL EM US$ 10.000 10.000

Nota: (*1) Cálculos de juros Resolução 2.770

1T: US$ 10.000 x [(15% / 360 d) x 90 d] = US$ 375.

2T: US$ 10.000 x [(12,5% / 360 d) x 91d] = US$ 316.

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

Movimentação de empréstimos e aplicações financeiras

O Quadro F.2 sintetiza, em moeda nacional, os valores das operações financeiras, assim entendidas aquelas de natureza estritamente financeira (basicamente, empréstimos e aplicações financeiras), sem a inclusão de juros. As origens de dados e as formas de cálculos estão apresentadas na coluna observações.

A movimentação do empréstimo estrangeiro regulado pela Resolução Bacen n° 2.770/2000 (Resolução 2.770), demonstrada no Quadro F.1, são convertidas em moeda nacional. É importante notar que o saldo final equivalente em moeda nacional não reflete o valor atualizado, pois não considera a variação cambial, que será apurada no Quadro F.4.

O empréstimo para capital de giro é captado para cobrir o saldo mínimo de caixa, quando necessário, e é amortizado no período seguinte.

O valor dos títulos e valores mobiliários é representado por uma aplicação financeira feita em 31-10-2010, no valor de R$ 3.850. Não há novas aplicações e o resgate do valor aplicado ocorrerá em 31-5-2011.

Quadro F.2 Orçamento de empréstimos e aplicações financeiras (valores em R$)

1T-2011 2T-2011 Observações

Taxa de câmbio 2,3975 2,4574

Número de dias 90 91

RESOLUÇÃO 2.770

Saldo anterior 36.500 23.975 Balanço patrimonial

(+) Captações 0 0 Valor em US$ x taxa de câmbio

() Amortizações 0 0 Valor em US$ x taxa de câmbio

(=) Saldo final 36.500 23.975 Antes da variação cambial (*1)

EMPRÉSTIMO P/ CAPITAL DE GIRO

Saldo anterior 8.500 15.979 Balanço patrimonial

(+) Captações 15.979 2.389 Demonstração de fluxo de caixa

() Amortizações 8.500 15.979 Amortização do saldo anterior

(=) Saldo final 15.979 2.389

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

Saldo anterior 3.850 3.850 Vencimento em 31-5-2011 (*2)

(+) Aplicações 0 0

() Resgates 0 3.850

(=) Saldo final 3.850 0

Notas:

(*1) O saldo do empréstimo em moeda estrangeira é "antes da atualização com a taxa de câmbio do período".

(*2) O período da aplicação financeira é de 31-10-2010 a 31-5-2011.

Despesas e receitas de juros

No Quadro F.3 são calculadas as despesas e receitas de juros.

As despesas de juros do empréstimo estrangeiro (Resolução 2.770) calculadas no Quadro F.1, em moeda estrangeira, são convertidas em moeda nacional.

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

As despesas de juros do empréstimo para capital de giro são calculadas com taxa de juros compostos e acrescidas de IOF (Imposto sobre operações financeiras) calculado linearmente, proporcionalmente ao número de dias do período. Os cálculos são feitos sobre o saldo médio de principal e demonstrados em nota, ao final do quadro.

As receitas de juros da aplicação financeira são calculadas com a taxa de juros compostos. Para calcular os valores de juros a receber, as taxas de juros podem ser capitalizadas diariamente e aplicadas sobre o principal, no valor de R$ 3.850, ou calculadas a cada período, sobre o saldo atualizado de principal, na forma demonstrada em nota, ao final do quadro.

Quadro F.3 Orçamento de despesas e receitas financeiras de juros (valores em R$)

1T-

2011

2T-

2011 Total do

semestre Observações

Taxa de câmbio 2,3975 2,4574

Número de dias 90 91

RESOLUÇÃO 2.770

Despesa de juros, em US$ 375 316 Quadro F.1

Despesa de juros, em R$ 899 776 1.675 (*1)

EMPRÉSTIMO P/ CAPITAL DE GIRO

Saldo médio de Principal, em R$ 12.240 9.184 Quadro F.2

Taxa de juros, em % a.a. 12,4% 11,3% Premissas

IOF, em % a.a. 1,5% 1,5%

Despesa de juros, em R$ 408 286 694 (*2)

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

Saldo de Principal, em R$ 3.850 3.850 Quadro F.2

(+) Juros apropriados 150 253 (*3)

(=) Saldo atualizado de Principal 4.000 4.103

Taxa de juros, em % a.a. 10,7% 9,7% Premissas

Receita de juros, em R$ 103 65 168 (*4)

RESUMO

Despesas de juros (a) 1.307 1.062 2.369

Receitas de juros (b) 103 65 168

Despesas (Receitas) líquidas de juros (a b) 1.204 997 2.537

Notas:

(*1) Os juros são calculados originalmente em US$, no Quadro F.1.

(*2) 1T: { [(1 + 23,1%)^(90 d / 360 d) 1] + [(1,5% / 360 d) x 90 d] } x R$ 12.240 = R$ 699.

2T: { [(1 + 21,5%)^(91d / 360 d) 1] + [(1,5% / 360 d) x 91 d] } x R$ 9.184 = R$ 497.

(*3) Saldo de juros a receber, cujas receitas foram contabilizadas em períodos anteriores.

(*4) 1T: [(1 + 20,0%)^(90 d / 360 d) 1] x R$ 4.000 = R$ 187.

2T: [(1 + 18,5%)^(61d / 360 d) 1] x R$ 4.187 = R$ 122.

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

Despesas e receitas de variação cambial

No Quadro F.4 são elencados os saldos das contas patrimoniais das operações indexadas em moeda estrangeira (inclusive os saldos de juros a pagar) para calcular as despesas ou receitas de variação cambial.

O critério adotado é o de considerar que todas as movimentações de valores ocorrem nos finais de período. Dessa forma, os valores movimentados durante o período corrente são convertidos em moeda nacional com a taxa de câmbio do próprio período, o que implica dizer que não geram variação cambial. Os valores que geram variação cambial no período corrente são os saldos anteriores de contas patrimoniais indexadas em moeda estrangeira.

A seqüência dos cálculos está demonstrada em cada conta patrimonial, e as origens de dados estão informadas na coluna observações.

Quadro F.4 Orçamento de variação cambial (valores em R$)

1T-

2011

2T-

2011 Total do

semestre Observações

Taxa de câmbio 2,3975 2,4574 Premissas

RESOLUÇÃO 2.770 (PASSIVO)

Saldo anterior em R$ (a) 36.500 23.975 Quadro F.2

Saldo anterior em US$ (b) 10.000 10.000 Quadro F.1

Saldo anterior em US$ x taxa de câmbio atual em R$ (c)

23.975 24.574

Despesa (Receita) de variação cambial (c a) (12.525

) 599 (11.926)

FORNECEDORES ESTRANGEIROS (PASSIVO)

Saldo anterior em R$ (a) 12.000 10.127 Balanço patrimonial

Taxa de câmbio anterior (b) 2,5000 2,3975 Premissas

Saldo anterior em US$ (c = a / b) 4.800 4.224

Saldo anterior em US$ x taxa de câmbio atual em R$ (d)

11.508 10.380

Despesa (Receita) de variação cambial (d a) (492) 253 (239)

CLIENTES ESTRANGEIROS (ATIVO)

Saldo anterior em R$ (a) 21.000 0 Balanço patrimonial

Taxa de câmbio anterior (b) 2,5000 2,3975 Premissas

Saldo anterior em US$ (c = a / b) 8.400 0

Saldo anterior em US$ x taxa de câmbio atual em R$ (d)

20.139 0

Receita (Despesa) de variação cambial (d a) (861) 0 (861)

RESUMO

Despesa de variação cambial (a) 861 852 1.713

Receita de variação cambial (b) (13.017

) 0 (13.017)

Despesa (Receita) líquida de variação cambial (a +

b)

(12.156

) 852 (11.304)

Nota: o empréstimo em US$ é controlado nos Quadros F.1 e F.2.

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71

CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

PROJEÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Com a elaboração do orçamento de financiamentos, podem ser completadas a demonstração de resultado (DR) e a demonstração de fluxo de caixa (DFC), bem como pode ser elaborado o balanço patrimonial (BP).

Demonstração de resultado

Os dados necessários para a apuração do lucro ou prejuízo operacional antes das despesas financeiras líquidas provêm dos Quadros 2.4, 3.1 e 4.1. Em seguida, completando-se os valores das despesas ou receitas líquidas de juros e de variação cambial apuradas nos Quadros F.3 e F.4, respectivamente, apura-se o lucro ou prejuízo líquido antes do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Sobre esse valor, calcula-se os tributos, com a alíquota de 34%.

Demonstração de resultado projetado

1T-2011 2T-2011 Total do

semestre Origem / critério

Vendas brutas no mercado nacional 304.667 332.844 637.511 Quadro 4.1

(+) Vendas brutas no mercado externo 0 0 0 Quadro 4.1

() Devolução e abatimentos 0 0 0 Quadro 4.1

() Impostos 77.552 84.724 162.276 Quadro 4.1

(=) Receita líquida 227.115 248.120 475.235

() Custo de produtos vendidos 154.402 169.414 323.816 Quadro 2.4

(=) Lucro bruto 72.713 78.706 151.419

() Despesas de vendas 20.360 21.655 42.015 Quadro 3.1

() Despesas administrativas 24.300 26.112 50.412 Quadro 3.1

(=) Lucro (Prejuízo) operacional antes das

Despesas financeiras líquidas 28.053 30.939 58.992

() Despesas (Receitas) líquidas de juros 1.204 997 2.201 Quadro F.3

() Despesas (Receitas) líquidas de variação cambial

(12.156) 852 (11.304) Quadro F.4

(=) Lucro (Prejuízo) antes do IR e CSLL 39.005 29.090 68.095

() Imposto de renda e CSLL (34%) 13.262 9.891 23.153 34% sobre o lucro

(=) Lucro (Prejuízo) líquido 25.743 19.199 44.942

Demonstração de fluxo de caixa

Os dados necessários para a apuração do fluxo de caixa provêm do saldo anterior do balanço patrimonial, da demonstração de resultado do período corrente e de quadros auxiliares.

Os critérios podem ser definidos com base em dados históricos e nas condições comerciais planejadas do período orçamentário.

Demonstração de fluxo de caixa projetado

1T-2011 2T-2011

Total do

semestre Origem / critério

RECEBIMENTOS OPERACIONAIS

Clientes nacionais 251.267 324.391 575.658 Saldo anterior + 70% da venda

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

Clientes estrangeiros 20.139 0 20.139 Saldo anterior + 50% da venda (*1)

Total (A) 271.406 324.391 595.797

PAGAMENTOS OPERACIONAIS

Materiais e serviços nacionais 88.606 89.861 178.467 Saldo anterior + 75% da compra

Materiais e serviços estrangeiros 26.698 26.879 53.577 Saldo anterior + 60% da compra (*1)

Despesas alfandegárias 12.153 13.200 25.353 Pagamento a vista

Salários e encargos sociais 62.558 74.741 137.299 (*2)

Tributos 47.333 55.386 102.719 Saldo anterior + 2/3 da diferença

Despesas gerais 38.368 39.903 78.271 Pagamento a vista

Total (B) 275.716 299.970 575.686

Fluxo de caixa operacional líquido (C=AB) (4.310) 24.421 20.111

TRANSAÇÕES NÃO OPERACIONAIS

Pagamento de Imobilizado 0 4.000 4.000 Quadro 5.1

Pagamento de juros nacionais 408 286 694 Quadro F.3

Pagamento de juros estrangeiros 899 776 1.675 Quadro F.3

() Recebimento de juros 0 318 318 Quadro F.3

Pagamento de IR e CSLL 8.841 11.015 19.856 Saldo anterior + 2/3 da despesa

Pagamentos líquidos (D) 10.148 15.759 25.907

Fluxo de caixa líquido antes dos

financiamentos (E=C-D) (14.458) 8.662 (5.796)

AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS

Resolução 2.770 0 0 0 Quadro F.2

Empréstimo p/ capital de giro 8.500 15.979 24.479 Quadro F.2

Amortização - total (F) 8.500 15.979 24.479

CAPTAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS

Resolução 2.770 0 0 0 Quadro F.2

Empréstimo p/ capital de giro 15.979 2.389 18.368 (*3)

Captação - total (G) 15.979 2.389 18.368

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

() Aplicação 0 0 0 Quadro F.2

(+) Resgate 0 3.850 3.850 Quadro F.2

Aplicação financeira - líquido (H) 0 3.850 3.850

Op 7.479 (9.740) (2.261)

Saldo inicial de caixa (J) 10.000 3.021 10.000

Saldo final de caixa (K=E+I+J) 3.021 1.943 1.943 Saldo mínimo de caixa: R$ 5.000

Notas:

(*1) O saldo anterior em moeda estrangeira é convertido pela taxa de câmbio do período corrente.

(*2) Os salários são pagos no mês corrente; os encargos sociais e provisões são pagos no mês seguinte.

(*3) O valor da captação deve ser suficiente para manter o saldo mínimo de caixa, de R$ 5.000.

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73

CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

RECEBIMENTO DE CLIENTES NACIONAIS

O valor recebido foi calculado mediante o seguinte critério: saldo anterior de Clientes nacionais + 70% da venda do trimestre, ou seja, R$ 38.000 + R$ 304.667 x 70% = R$ 251.267.

O saldo anterior de Clientes nacionais é extraído do balanço patrimonial de 31-12-2010, e o valor da venda é extraído da Demonstração de resultado do 1° trimestre de 2011.

RECEBIMENTO DE CLIENTES ESTRANGEIROS

Pelo critério definido, é recebido integralmente o saldo anterior da conta Clientes estrangeiros. Não há venda no trimestre, de acordo com o Quadro 4.1.

O valor recebido é convertido em moeda nacional, com base na taxa de câmbio do trimestre. O saldo da conta Clientes estrangeiros em 31-12-2010 era de US$ 5.753, equivalente a R$ 21.000, à taxa de câmbio de R$ 3,6500. Porém, o valor em moeda estrangeira, de US$ 5.753, equivale a R$ 20.138 no 1° trimestre (período do efetivo recebimento), pois a taxa de câmbio passa a ser de R$ 3,5004 por dólar.

PAGAMENTO DE MATERIAIS E SERVIÇOS NACIONAIS

O valor da compra do trimestre é de R$ 83.474, de acordo com o Quadro 4.1. O valor correspondente a 75% (R$ 83.474 x 75% = R$ 62.606), somado ao saldo anterior da conta Fornecedores, de R$ 26.000, totaliza R$ 88.606.

PAGAMENTO DE MATERIAIS E SERVIÇOS ESTRANGEIROS

O saldo da conta Fornecedores estrangeiros em 31-12-2010 é de R$ 12.000, equivalente a US$ 3.288 (R$ 12.000 / R$ 3,6500 = US$ 3.288). Porém, o valor de US$ 3.288 (US$ 3.287,67, para ser mais exato) é equivalente a R$ 11.508 no 1° trimestre, pois a taxa de câmbio passa a ser de R$ 3,5004 por dólar. A compra do trimestre é de R$ 25.318 (valor FOB convertido para moeda nacional, conforme o Quadro 4.1) e são pagos 60% desse valor (R$ 25.318 x 60% = R$ 15.191). A soma de R$ 11.508 e R$ 15.191 é R$ 26.699.

PAGAMENTO DE DESPESAS ALFANDEGÁRIAS

As despesas alfandegárias, no valor de R$ 12.153 (conforme o Quadro 4.1), são pagas a vista. As despesas alfandegárias correspondem a todas as despesas e impostos incidentes ou desembolsados para que a mercadoria adquirida no exterior (pelo valor FOB) seja colocada à disposição da fábrica (ou do almoxarifado).

Geralmente, os impostos incidentes sobre a mercadoria importada são o Imposto de Importação (II), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Além dos impostos, existem várias taxas e despesas, como taxa de armazenagem, frete do porto até a fábrica, honorário do despachante etc.

PAGAMENTO DE SALÁRIOS E ENCARGOS SOCIAIS

Os salários são pagos dentro do próprio mês. Entretanto, os encargos sociais e provisões sobre a mão-de-obra são pagos no mês subseqüente.

Conforme o Quadro 3.2, o valor do salário-base será de R$ 42.339 e o valor dos encargos sociais e provisões diversas, de R$ 24.261.

De acordo com o critério adotado, no 1° trimestre são pagos os seguintes valores: R$ 42.339 relativos ao valor integral de salários do trimestre, R$ 4.000 de saldo anterior e 2/3 de R$ 24.2613, totalizando R$ 62.513.

PAGAMENTO DE TRIBUTOS

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

O valor de impostos a recolher (diferença entre os impostos sobre as vendas e sobre as compras), de IPI e ICMS, é pago no mês subseqüente ao da competência.

Portanto, no 1° trimestre, são recolhidos os valores dos meses de dezembro de 2010 e dos dois primeiros meses de 2011. O saldo anterior de Tributos a recolher, no valor de R$ 12.500, somado ao valor de R$ 34.833 (R$ 52.250 / 3 x 2 = R$ 34.833), totaliza R$ 47.333.

PAGAMENTO DE DESPESAS GERAIS

Por serem pagas a vista, o próprio valor total das despesas gerais apuradas e resumidas no Quadro 3.1, de R$ 38.368, são apresentadas na Demonstração de fluxo de caixa.

PAGAMENTO DE IR E CSLL

São pagos os seguintes valores de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido: zero de saldo anterior e 2/3 de R$ 9.300 (apurados na DR), totalizando R$ 6.200.

CAPTAÇÃO DE EMPRÉSTIMO P/ CAPITAL DE GIRO

O saldo mínimo de caixa definido é R$ 5.000. O valor da captação de empréstimo necessário para manter o saldo mínimo de caixa é calculado da seguinte forma: apura-se o saldo final de caixa com todos os itens da DFC preenchidos, com exceção do valor relativo à captação do empréstimo para capital de giro.

Para compreender os impactos que o valor da captação de empréstimo exerce sobre os cálculos de dados seguintes, ―em cascata‖, a título de exemplo, pode ser visualizado o fluxo de dados relativos ao 1° trimestre, na Figura 1: (1) após preenchidos todos os itens da DFC, é preenchido o valor do empréstimo para capital de giro, que é transferido para o Quadro F.2; (2) o saldo médio é transferido para o Quadro F.3, onde é calculada a despesa de juros; (3) o valor da despesa de juros é transferido para a demonstração de fluxo de caixa, para pagamento. O pagamento de juros impacta o saldo final de caixa, e assim por diante.

O valor da captação de empréstimo que iguala o saldo mínimo de caixa do 1° trimestre a R$ 5.000 é R$ 15.979, conforme a demonstração de fluxo de caixa projetado. Esse valor pode ser calculado por meio de equação matemática, ou por meio da ferramenta Atingir meta, da planilha eletrônica Excel (ou ainda, pode ser ―descoberto‖ por meio do método de tentativa e erro.

No 2° trimestre, não há necessidade de captação de empréstimo, pois o saldo final de caixa é superior ao mínimo estabelecido. Se o valor excedente for significativo, pode ser aplicado em títulos de renda.

Balanço patrimonial

O balanço patrimonial projetado é a última demonstração financeira a ser elaborada, pois depende de dados da demonstração de resultado e da demonstração de fluxo de caixa.

Balanço patrimonial projetado

A T I V O

Ativo Circulante 31/12/2010 31/3/2011 30/6/2011 Origem

Caixa e Bancos 10.000 3.021 1.943 DFC

Títulos e valores mobiliários 4.000 4.103 0

Clientes nacionais 38.000 91.400 99.853

Clientes estrangeiros 21.000 0 0

Estoques 46.000 48.673 53.297 Quadro 2.4

Total 119.000 147.197 155.093

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

Imobilizado

Terrenos 12.000 12.000 12.000 Quadro 5.1

Máquinas e equipamentos 30.000 30.000 34.000 Quadro 5.1

() Depreciação Acumulada (5.000) (6.125) (7.250) Quadro 5.2

Total 37.000 35.875 38.750

TOTAL GERAL 156.000 183.072 193.843

P A S S I V O E P A T R I M Ô N I O L Í Q U I D O

Passivo Circulante 31/12/2010 31/3/2011 30/6/2011 Origem

Fornecedores nacionais 26.000 20.868 22.998

Fornecedores estrangeiros 12.000 10.127 10.999

Empréstimos bancários nacionais 8.500 15.979 2.389

Empréstimos bancários estrangeiros 36.500 23.975 24.574

Tributos a recolher ICMS e IPI 12.500 17.417 18.984

Tributos a recolher IR e CSLL 0 4.421 3.297

Salários e encargos sociais 4.000 8.042 9.160

Total 99.500 100.829 92.401

Patrimônio líquido

Capital social 48.000 48.000 48.000

Lucros acumulados 8.500 34.243 53.442

Total 56.500 82.243 101.442

TOTAL GERAL 156.000 183.072 193.843

Alguns saldos de contas patrimoniais são apurados em quadros auxiliares, mas outros precisam ser calculados. É importante difundir o uso do orçamento empresarial como instrumento de gestão empresarial, com a participação de todas as áreas da empresa, pois os resultados econômico e financeiro são frutos do esforço comum de toda a empresa.

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

SOLUÇÃO DE CASOS PRÁTICOS

SOBRE CONTABILIDADE

Exercícios de Fixação ( 1 ) Dadas as seguintes composições patrimoniais, pede-se:

a) Representar graficamente

b) Apurar a situação líquida patrimonial

Empresa "A"

Caixa ..................................... R$ 200,00 | BALANÇO PATRIMONIAL

Móveis e utensílios ................. R$ 3.000,00 | ATIVO PASSIVO

Duplicatas a pagar .................. R$ 1.700,00 |

Veículos ................................ R$ 30.000,00 |

Salários a pagar ..................... R$ 4.700,00 |

Duplicatas a receber ................ R$ 3.890,00 |

|

|

A situação líquida é: ( ) positiva, ( ) negativa, ( ) nula |

No valor de .........R$ |

|

Empresa "B"

Veículos ................................ R$ 12.000,00 | BALANÇO PATRIMONIAL

Duplicatas a pagar ................ R$ 13.744,00 | ATIVO PASSIVO

Móveis e utensílios ................. R$ 5.500,00 |

Máquinas e ferramentas .......... R$ 7.600,00 |

Aluguéis a receber ................. R$ 700,00 |

Caixa .................................... R$ 3.140,00 |

Promissórias a pagar ............. R$ 16.100,00 |

Impostos a pagar ................... R$ 2.968,00 |

Duplicatas a receber .............. R$ 2.587,00 |

|

A situação líquida é: ( ) positiva, ( ) negativa, ( ) nula |

No valor de .........R$ |

|

Empresa "C"

Caixa .................................... R$ 1.200,00 | BALANÇO PATRIMONIAL

Duplicatas a pagar ................. R$ 22.341,00 | ATIVO PASSIVO

Veículos................................ R$ 6.400,00 |

Aluguel a pagar ..................... R$ 5.900,00 |

Duplicatas a receber .............. R$ 3.274,00 |

Imóveis ................................. R$ 25.000,00 |

Impostos a pagar ................... R$ 8.256,00 |

Impostos a recuperar .............. R$ 623,00 |

|

|

|

|

A situação líquida é: ( ) positiva, ( ) negativa, ( ) nula |

No valor de .........R$

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

Exercício de Fixação ( 2 )

A formação do patrimônio e sua dinâmica

Demonstre a configuração patrimonial após cada operação mencionada.

1) A empresa TOTEN & TANDO Ltda., iniciou suas BALANÇO PATRIMONIAL

atividades com capital de R$

80.000,00 ATIVO PASSIVO

2) Compras à vista, em dinheiro: BALANÇO PATRIMONIAL

Móveis e utensílios R$ 3.000,00 ATIVO PASSIVO

Veículo R$ 25.000,00

Mercadorias R$ 20.000,00

3) Compra de merdadorias a prazo mediante BALANÇO PATRIMONIAL

aceite de duplicatas R$ 30.000,00 ATIVO PASSIVO

4) Compra de um imóvel, a prazo, mediante BALANÇO PATRIMONIAL

notas promissórias R$ 100.000,00 ATIVO PASSIVO

5) Vendas de mercadorias conforme segue: BALANÇO PATRIMONIAL

À vista, em dinheiro R$ 10.000,00 ATIVO PASSIVO

A prazo, mediante Dpls R$ 8.000,00

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

6) Pagamento de uma duplicata em dinheiro, BALANÇO PATRIMONIAL

no valor de R$ 10.000,00 ATIVO PASSIVO

7) Recebimento de uma duplicata em dinheiro, BALANÇO PATRIMONIAL

no valor de R$ 2.000,00 ATIVO PASSIVO

Exercício de Fixação ( 2 - A)

A formação do patrimônio e sua dinâmica

Demonstre a configuração patrimonial após cada operação mencionada.

1) A empresa WAIK & DHÁ Ltda., iniciou suas BALANÇO PATRIMONIAL

atividades com capital de R$ 120.000,00 ATIVO PASSIVO

em dinheiro

Total Total

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

2) Compras à vista, em dinheiro: BALANÇO PATRIMONIAL

Mercadorias para revenda R$ 35.000,00 ATIVO PASSIVO

Veículo R$ 20.000,00

Máquinas industriais R$ 45.000,00

Total Total

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

3) Compra de um imóvel com financiamento BALANÇO PATRIMONIAL

bancário R$ 50.000,00 ATIVO PASSIVO

Total Total

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

4) Venda de mercadorias a prazo mediante dupli- BALANÇO PATRIMONIAL

catas R$ 18.000,00 ATIVO PASSIVO

Total Total

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

5) Vendas de mercadorias à vista em dinheiro BALANÇO PATRIMONIAL

R$ 6.000,00 ATIVO PASSIVO

Total Total

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

6) Depósito em c/c Baco Alfa S/A BALANÇO PATRIMONIAL

no valor de R$ 10.000,00 ATIVO PASSIVO

Total Total

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

7) Recebimento de uma duplicata em dinheiro, BALANÇO PATRIMONIAL

no valor de R$ 2.000,00 ATIVO PASSIVO

Total Total

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

8) Pagamento de uma parcela de financiamento BALANÇO PATRIMONIAL

no valor de 4.500,00, em cheque. ATIVO PASSIVO

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

Total Total

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

9) Compra de mercadorias no total de R$ 25.000,00 BALANÇO PATRIMONIAL

sendo: À vista ............ R$ 17000 ATIVO PASSIVO

Med duplicatas .. R$ 8000

Total Total

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

10) Retirada bancária para suprimento de caixa BALANÇO PATRIMONIAL

R$ 2000 ATIVO PASSIVO

Total Total

EXERCÍCIO - N.01

1) Constituição da empresa "ABCD" em OUTUBRO/2010 pela subscrição do Capital Social de R$ 800.000,00

da seguinte maneira:

Sócio A 200.000,00 em Dinheiro

Sócio B 200.000,00 em Mercadorias (6.000 unidades)

Sócio C 200.000,00 em duas partes - 50% equiptos.de informática e 50% móveis e utensílios

Sócio D 200.000,00 em duas partes - 50% terreno e 50% edifício

Capital a Integralizar

800.000,00

a Capital Social 800.000,00

2) Integralização de 1/4 do Capital Social.

Caixa 50.000,00

Mercadorias 50.000,00 (1.500 unidades)

Equipamentos 25.000,00

Móveis e Utensílios 25.000,00

Terrenos 25.000,00

Edifícios 25.000,00

a Capital a Integralizar 200.000,00

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

3) Abertura de conta corrente no Banco X com R$ 45.000,00.

Banco c/Movimento 45.000,00

a Caixa 45.000,00

4) Compra de Material de Escritório no valor de R$ 715,25 em dinheiro.

Material de Escritório 715,25

a Caixa 715,25

5) Compra de 1.500 unidades de Mercadorias pelo valor de R$ 52.500,00, sendo 50% em cheque e o

restante em 4 parcelas.

Mercadorias 52.500,00

a Banco c/Movimento 26.250,00

a Duplicatas a Pagar 26.250,00

6) Venda de 2.500 unidades de Mercadorias por R$ 110.000,00, sendo R$ 10.000,00 à vista e o

restante em 10 parcelas.

Caixa 10.000,00

Duplicatas a Receber 100.000,00

a Venda de Mercadoria 110.000,00

7) Depósito Bancário de R$ 14.000,00.

Banco c/Movimento 14.000,00

a Caixa 14.000,00

8) Pagamento de 2 parcelas da compra das mercadorias com desconto de 1,5% em cheque.

Duplicatas a Pagar 13.125,00

a Desconto Obtido 196,88

a Banco c/Movimento 12.928,12

9) Recebimento de 4 parcelas da venda com desconto de 1% em dinheiro.

Caixa 39.600,00

Descontos Concedidos 400,00

a Duplicatas a Receber 40.000,00

10) Apuração CMV

Memória de cálculo

Integralização em mercadorias 50.000,00 1.500 unidades

Compra de mercadorias 52.500,00 1.500 unidades

Valor unitário por mercadorias 34,1667 (102.500,00 / 3.000 unidades)

Apuração CMV 85.416,67 2.500

Saldo em Estoque 17.083,33 500 unidades

CMV 85.416,67

a Mercadorias 85.416,67

PEDE-SE:

A) LANÇAMENTOS;

B) APURAÇÃO DO CMV;

C) RAZONETES;

D) BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.

E) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO , BALANÇO

PATRIMONIAL e FLUXO DE CAIXA.

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82

CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

RAZONETES

CAIXA BANCO C/MOVIMENTO

DUPLICATA A RECEBER

50.000,00 45.000,00 45.000,00 26.250,00

100.000,00

40.000,00

10.000,00 715,25 14.000,00 12.928,12

39.600,00 14.000,00

99.600,00 59.715,25 59.000,00 39.178,12

100.000,00

40.000,00

MERCADORIAS EQUIPAMENTOS

MÓVEIS E UTENSÍLIOS

50.000,00 85.416,67 25.000,00

25.000,00

52.500,00

102.500,00 85.416,67 25.000,00 -

25.000,00 -

DUPLICATAS A PAGAR CMV

TERRENOS

13.125,00 26.250,00 85.416,67

25.000,00

13.125,00 26.250,00 85.416,67 -

25.000,00 -

DESC.CONCEDIDOS VENDA DE MERCADORIAS

EDIFÍCIOS

400,00 110.000,00

25.000,00

400,00 - - 110.000,00

25.000,00 -

DESC.OBTIDOS CAPITAL SOCIAL

CAPITAL A INTEGRALIZAR

196,88 800.000,00

800.000,00 200.000,00

- 196,88 - 800.000,00

800.000,00 200.000,00

MATERIAL DE ESCRITÓRIO

715,25

715,25 - - -

- -

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

CONTAS Saldo Inicial Movimento Saldo Final

Devedor Credor Débito Crédito Devedor Credor

CAIXA 99.600,00 59.715,25 39.884,75 -

BANCO C/MOVIMENTO 59.000,00 39.178,12 19.821,88 -

DUPLICATAS A RECEBER 100.000,00 40.000,00 60.000,00 -

MERCADORIAS 102.500,00 85.416,67 17.083,33 -

EQUIPAMENTOS 25.000,00 - 25.000,00 -

MÓVEIS E UTENSÍLIOS 25.000,00 - 25.000,00 -

TERRENOS 25.000,00 - 25.000,00 -

DUPLICATAS A PAGAR 13.125,00 26.250,00 - 13.125,00

CAPITAL SOCIAL - 800.000,00 - 800.000,00

CAPITAL A INTEGRALIZAR 800.000,00 200.000,00 600.000,00 -

CMV 85.416,67 - 85.416,67 -

DESCONTOS CONCEDIDOS 400,00 - 400,00 -

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83

CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

MATERIAL DE ESCRITÓRIO 715,25 - 715,25 -

VENDA DE MERCADORIAS - 110.000,00 - 110.000,00

DESCONTOS OBTIDOS - 196,88 - 196,88

EDIFÍCIOS 25.000,00 - 25.000,00 -

TOTAL 1.360.756,92 1.360.756,92 923.321,88 923.321,88

Demonstração do Resultado do Exercício

Receita Operacional Bruta 110.000,00

VENDA DE MERCADORIAS 110.000,00

Impostos sobre a Receita Bruta 0,00

Receita Operacional Líquida 110.000,00

CMV 85.416,67

Lucro Bruto 24.583,33

Despesas Operacionais 203,12

DESCONTOS CONCEDIDOS 400,00

DESCONTOS OBTIDOS 196,88

Lucro Operacional 24.380,21

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE 137.505,21 CIRCULANTE 13.125,00

CAIXA 39.884,75 DUPLICATAS A PAGAR 13.125,00

BANCO C/MOVIMENTO 19.821,88 Fornecedores

DUPLICATAS A RECEBER 60.000,00 Dividendos a Pagar -

MATERIAL DE ESCRITÓRIO 715,25 Notas Promissórias a Pagar -

MERCADORIAS 17.083,33

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO -

Títulos a Receber - Financiamentos -

PERMANENTE 100.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 224.380,21

EQUIPAMENTOS 25.000,00 CAPITAL SOCIAL 800.000,00

MÓVEIS E UTENSÍLIOS 25.000,00 CAPITAL A INTEGRALIZAR - 600.000,00

TERRENOS 25.000,00 Lucros/Prejuízos Acumulados 24.380,21

EDIFÍCIOS 25.000,00

(-) Depreciação Acumulada -

TOTAL 237.505,21 TOTAL 237.505,21

EXERCÍCIO - N.02

(NOVEMBRO/2010)

SALDO INICIAL - VALORES APURADOS NO SALDO FINAL DO EXERCÍCIO N.01

Constituição da empresa "ABCD" pela subscrição do Capital Social de R$ 800.000,00,

da seguinte maneira:

Sócio A 200.000,00 em Dinheiro

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84

CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

Sócio B 200.000,00 em Mercadorias (6.000 unidades)

Sócio C 200.000,00 em duas partes - 50% equiptos.de informática e 50% móveis e utensílios

Sócio D 200.000,00 em duas partes - 50% terreno e 50% edifício

1) Integralização de 50% do Capital Social.

Caixa 100.000,00

MercadorIas 100.000,00 (3.000 unidades)

Equipamentos 50.000,00

Móveis e Utensílios 50.000,00

Terrenos 50.000,00

Edifícios 50.000,00

a Capital a Integralizar 400.000,00

2) Venda de 3.000 unidades de mercadoria por R$ 130.000,00, sendo R$ 30.000,00 à vista e o restante a prazo.

Caixa 30.000,00

Duplicatas a Receber 100.000,00

a Venda de Mercadoria 130.000,00

3) Recebimento de todo o saldo de duplicatas a receber referente ao exercício anterior com juros de 1% em cheque.

Caixa 60.600,00

a Juros Ativos 600,00

a Duplicatas a Receber 60.000,00

4) Compra de Material de Expediente por R$ 315,75, com pagamento para 30 dias.

Material de Expediente 315,75

a Duplicatas a Pagar 315,75

5) Pagamento do saldo anterior em duplicatas a pagar com desconto de 0,5% em cheque.

Duplicatas a Pagar 13.125,00

a Desconto Obtido 65,63

a Banco c/Movimento 13.059,37

6) Compra de 2.500 unidades de Mercadorias pelo valor de R$ 37.500,00, a prazo.

Mercadorias 37.500,00

a Duplicatas a Pagar 37.500,00

7) Conta de telefone referente ao consumo do mês no valor de 257,36 para pagamento no exercício seguinte.

Despesas c/Telefone 257,36

a Contas a Pagar 257,36

8) Depósito em conta corrente no valor de R$ 169.000,00.

Banco c/Movimento

169.000,00

a Caixa 169.000,00

9) Venda de 2.800 unidades de mercadoria por R$ 75.000,00, sendo R$ 25.000,00 em cheque e o restante a prazo.

Caixa 25.000,00

Duplicatas a Receber 50.000,00

a Venda de Mercadoria 75.000,00

10) Apuração CMV

Memória de cálculo

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85

CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

Saldo em Estoque (Anterior) 17.083,33 500 unidades

Integralização em mercadorias 100.000,00 3.000 unidades

Compra de mercadorias 37.500,00 2.500 unidades

Valor unitário por mercadorias 25,7639 (154.583,33 / 6.000 unidades)

Apuração CMV 136.548,61 5.300 (2.500 + 2.800 unidades)

Saldo em Estoque (Atual) 18.034,72 700 unidades

CMV 136.548,61

a Mercadorias 136.548,61

PEDE-SE:

A) LANÇAMENTOS;

B) APURAÇÃO DO CMV;

C) RAZONETES;

D) BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.

E) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ,

BALANÇO PATRIMONIAL e FLUXO DE

CAIXA.

RAZONETES

CAIXA BANCO C/MOVIMENTO DUPLICATA A RECEBER

100.000,00 169.000,00 169.000,00 13.059,37 100.000,00 60.000,00

30.000,00 50.000,00

60.600,00

25.000,00

215.600,00 169.000,00 169.000,00 13.059,37 150.000,00 60.000,00

MERCADORIAS EQUIPAMENTOS MÓVEIS E UTENSÍLIOS

100.000,00 136.548,61 50.000,00 50.000,00

37.500,00

137.500,00 136.548,61 50.000,00 - 50.000,00 -

DUPLICATAS A PAGAR CMV TERRENOS

13.125,00 315,75 136.548,61 50.000,00

37.500,00

13.125,00 37.815,75 136.548,61 - 50.000,00 -

DESPESAS C/TELEFONE VENDA DE MERCADORIAS EDIFÍCIOS

257,36 130.000,00 50.000,00

75.000,00

257,36 - - 205.000,00 50.000,00 -

DESC.OBTIDOS CONTAS A PAGAR CAPITAL A INTEGRALIZAR

65,63 257,36 400.000,00

- 65,63 - 257,36 - 400.000,00

MATERIAL DE EXPEDIENTE JUROS ATIVOS

315,75 600,00

315,75 - - 600,00 - -

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86

CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

CONTAS Saldo Inicial Movimento Saldo Final

Devedor Credor Débito Crédito Devedor Credor

CAIXA 39.884,75 - 215.600,00 169.000,00 86.484,75 -

BANCO C/MOVIMENTO 19.821,88 - 169.000,00 13.059,37 175.762,51 -

DUPLICATAS A RECEBER 60.000,00 - 150.000,00 60.000,00

150.000,00 -

MERCADORIAS 17.083,33 - 137.500,00 136.548,61 18.034,72 -

EQUIPAMENTOS 25.000,00 - 50.000,00 - 75.000,00 -

MÓVEIS E UTENSÍLIOS 25.000,00 - 50.000,00 - 75.000,00 -

TERRENOS 25.000,00 - 50.000,00 - 75.000,00 -

DUPLICATAS A PAGAR - 13.125,00 13.125,00 37.815,75 - 37.815,75

CAPITAL SOCIAL - 800.000,00 - 800.000,00

CAPITAL A INTEGRALIZAR 600.000,00 - - 400.000,00 200.000,00 -

CMV 85.416,67 - 136.548,61 - 221.965,28 - DESCONTOS CONCEDIDOS 400,00 - 257,36 - 657,36 -

MATERIAL DE ESCRITÓRIO 715,25 - - - 715,25 -

VENDA DE MERCADORIAS - 110.000,00 - 205.000,00 - 315.000,00

DESCONTOS OBTIDOS - 196,88 - 65,63 - 262,51

EDIFÍCIOS 25.000,00 - 50.000,00 - 75.000,00 -

MATERIAL DE EXPEDIENTE - - 315,75 - 315,75 -

CONTAS A PAGAR - - - 257,36 - 257,36

JUROS ATIVOS - - - 600,00 - 600,00

TOTAL 923.321,88 923.321,88 1.022.346,72 1.022.346,72 1.153.935,62 1.153.935,62

Demonstração do Resultado do Exercício

Receita Operacional Bruta 315.000,00

VENDA DE MERCADORIAS 315.000,00

Impostos sobre a Receita Bruta 0,00

Receita Operacional Líquida 315.000,00

CMV 221.965,28

Lucro Bruto 93.034,72

Despesas Operacionais 110,60

DESCONTOS CONCEDIDOS 657,36

MATERIAL DE EXPEDIENTE 315,75

DESCONTOS OBTIDOS 262,51

JUROS ATIVOS 600,00

Lucro Operacional 92.924,12

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE 430.997,23 CIRCULANTE 38.073,11

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87

CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

CAIXA 86.484,75 DUPLICATAS A PAGAR 37.815,75

BANCO C/MOVIMENTO 175.762,51 CONTAS A PAGAR 257,36

DUPLICATAS A RECEBER 150.000,00 Dividendos a Pagar -

MATERIAL DE ESCRITÓRIO 715,25 Notas Promissórias a Pagar -

MERCADORIAS 18.034,72

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO -

Títulos a Receber - Financiamentos -

PERMANENTE 300.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 692.924,12

EQUIPAMENTOS 75.000,00 CAPITAL SOCIAL 800.000,00

MÓVEIS E UTENSÍLIOS 75.000,00 CAPITAL A INTEGRALIZAR - 200.000,00

TERRENOS 75.000,00 Lucros/Prejuízos Acumulados 92.924,12

EDIFÍCIOS 75.000,00

(-) Depreciação Acumulada -

TOTAL 730.997,23 TOTAL 730.997,23

EXERCÍCIO - N.03

(DEZEMBRO/2010)

SALDO INICIAL - VALORES APURADOS NO SALDO FINAL DO EXERCÍCIO N.02 Constituição da empresa "ABCD" pela subscrição do Capital Social de R$ 800.000,00,

da seguinte maneira:

Sócio A 200.000,00 em Dinheiro

Sócio B 200.000,00 em Mercadorias (6.000 unidades)

Sócio C 200.000,00 em duas partes - 50% equiptos.de informática e 50% móveis e utensílios

Sócio D 200.000,00 em duas partes - 50% terreno e 50% edifício

1) Integralização total do capital a integralizar, conforme os itens subscritos pelos sócios.

Caixa 50.000,00

Mercadorias 50.000,00 (1.500 unidades)

Equipamentos 25.000,00

Móveis e Utensílios 25.000,00

Terrenos 25.000,00

Edifícios 25.000,00

a Capital a Integralizar 200.000,00

2) Saída do sócio D devolvendo o valor total subscrito pelo mesmo.

Capital Social

200.000,00

a Caixa 200.000,00

3) Pagamento do saldo de contas a pagar em dinheiro, referente ao exercício anterior.

Contas a Pagar 257,36

a Caixa 257,36

4) Venda de 1.650 unidades de mercadorias por R$ 78.000,00, sendo R$ 28.000,00 à vista e o restante a prazo.

Caixa 28.000,00

Duplicatas a Receber 50.000,00

a Venda de Mercadoria 78.000,00

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

5) Conta de Telefone e Energia Elétrica referente ao consumo do mês no valor de R$ 215,38 e R$ 570,11 respectiva-

mente, para pagamento no exercício seguinte.

Despesas c/Telefone 215,38

Despesas c/Energia Elétrica 570,11

a Contas a Pagar 785,49

6) Compra de Terreno no valor de R$ 50.000,00 à vista.

Terrenos 50.000,00

a Caixa 50.000,00

7) Aumento de Capital pelos sócios remanescentes no valor de R$ 45.000,00, com 3 veículos.

Veículos 45.000,00

a Capital Social 45.000,00

8) Compra de 5.500 unidades de Mercadorias pelo valor de R$ 192.500,00, sendo 25% à vista em cheque e o restante a prazo.

Mercadorias 192.500,00

a Banco c/Movimento 48.125,00

a Duplicatas a Pagar 144.375,00

9) Venda de 5.550 unidades de mercadorias por R$ 250.000,00, sendo R$ 50.000,00 à vista em cheque e o restante a prazo.

Caixa 50.000,00

Duplicatas a Receber 200.000,00

a Venda de Mercadoria 250.000,00

10) Apuração CMV

Memória de cálculo

Saldo em Estoque (Anterior) 18.034,72 700 unidades

Integralização em mercadorias 50.000,00 1.500 unidades

Compra de mercadorias 192.500,00 5.500 unidades 260.534,72 7.700,00

Valor unitário por mercadorias 33,8357 (260534,72 / 7.700 unidades)

Apuração CMV 243.616,88 7.200 (1.650 + 5.550 unidades) 7200

Saldo em Estoque (Atual) 16.917,84 500 unidades 16.917,84

CMV 243.616,88

a Mercadorias 243.616,88

PEDE-SE:

A) LANÇAMENTOS;

B) APURAÇÃO DO CMV;

C) RAZONETES;

D) BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.

E) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ,

BALANÇO PATRIMONIAL e FLUXO DE

CAIXA.

RAZONETES

CAIXA BANCO C/MOVIMENTO DUPLICATA A RECEBER

50.000,00 200.000,00 48.125,00 50.000,00

28.000,00 257,36 200.000,00

50.000,00 50.000,00

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89

CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

128.000,00 250.257,36 - 48.125,00 250.000,00 -

MERCADORIAS EQUIPAMENTOS MÓVEIS E UTENSÍLIOS

50.000,00 243.616,88 25.000,00 25.000,00

192.500,00

242.500,00 243.616,88 25.000,00 - 25.000,00 -

DUPLICATAS A PAGAR CMV TERRENOS

144.375,00 243.616,88 25.000,00

50.000,00

- 144.375,00 243.616,88 - 75.000,00 -

DESPESAS C/TELEFONE VENDA DE MERCADORIAS EDIFÍCIOS

215,38 78.000,00 25.000,00

250.000,00

215,38 - - 328.000,00 25.000,00 -

DESC.OBTIDOS CONTAS A PAGAR CAPITAL A INTEGRALIZAR

257,36 785,49 200.000,00

- - 257,36 785,49 - 200.000,00

DESPESAS C/ENERGIA ELÉTRICA VEÍCULOS CAPITAL SOCIAL

570,11 45.000,00 200.000,00 45.000,00

570,11 - 45.000,00 - 200.000,00 45.000,00

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

CONTAS Saldo Inicial Movimento Saldo Final

Devedor Credor Débito Crédito Devedor Credor

CAIXA 86.484,75 - 128.000,00 250.257,36 - 35.772,61

BANCO C/MOVIMENTO 175.762,51 - - 48.125,00 127.637,51 -

DUPLICATAS A RECEBER 150.000,00 - 250.000,00 - 400.000,00 -

MERCADORIAS 18.034,72 - 242.500,00 243.616,88 16.917,84 -

EQUIPAMENTOS 75.000,00 - 25.000,00 - 100.000,00 -

MÓVEIS E UTENSÍLIOS 75.000,00 - 25.000,00 - 100.000,00 -

TERRENOS 75.000,00 - 75.000,00 - 150.000,00 -

DUPLICATAS A PAGAR - 37.815,75 - 144.375,00 - 182.190,75

CAPITAL SOCIAL - 800.000,00 200.000,00 45.000,00 - 645.000,00

CAPITAL A INTEGRALIZAR 200.000,00 - - 200.000,00 - -

CMV 221.965,28 -

243.616,88 -

465.582,16 -

DESCONTOS CONCEDIDOS 657,36 - 215,38 - 872,74 -

MATERIAL DE ESCRITÓRIO 715,25 - - - 715,25 -

VENDA DE MERCADORIAS - 315.000,00 -

328.000,00 - 643.000,00

DESCONTOS OBTIDOS - 262,51 - - - 262,51

EDIFÍCIOS 75.000,00 - 25.000,00 -

100.000,00 -

MATERIAL DE EXPEDIENTE 315,75 - - - 315,75 -

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

CONTAS A PAGAR - 257,36 257,36 785,49 - 785,49

JUROS ATIVOS - 600,00 - - - 600,00

DESPESAS C/ENERGIA ELÉTRICA - - 570,11 - 570,11 -

VEÍCULOS 45.000,00 - 45.000,00 -

TOTAL 1.153.935,62 1.153.935,62 1.260.159,73 1.260.159,73 1.507.611,36 1.507.611,36

Demonstração do Resultado do Exercício

Receita Operacional Bruta

VENDA DE MERCADORIAS

Impostos sobre a Receita Bruta 0,00

Receita Operacional Líquida

CMV Lucro Bruto

Despesas Operacionais DESPESAS C/ENERGIA ELÉTRICA DESCONTOS CONCEDIDOS MATERIAL DE EXPEDIENTE DESCONTOS OBTIDOS JUROS ATIVOS Lucro Operacional 176.521,75

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE 509.497,99 CIRCULANTE 182.976,24

CAIXA

DUPLICATAS A PAGAR

BANCO C/MOVIMENTO

CONTAS A PAGAR DUPLICATAS A RECEBER

Dividendos a Pagar

MATERIAL DE ESCRITÓRIO

Notas Promissórias a Pagar

MERCADORIAS

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Títulos a Receber - Financiamentos

PERMANENTE 495.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

EQUIPAMENTOS

CAPITAL SOCIAL

MÓVEIS E UTENSÍLIOS

CAPITAL A INTEGRALIZAR

TERRENOS

Lucros/Prejuízos Acumulados

EDIFÍCIOS

VEÍCULOS

(-) Depreciação Acumulada -

TOTAL 1.004.497,99 TOTAL

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

EXERCÍCIO N. 04

CAIXA 36.300,00

BANCO C/MOVIMENTO 30.000,00

DUPLICATAS A RECEBER 63.000,00

MERCADORIAS (1200 unids) 25.000,00

VEÍCULOS 50.000,00

CAPITAL SOCIAL 300.000,00

CAPITAL A INTEGRALIZAR 150.000,00

LUCROS ACUMULADOS 54.300,00

1) INTEGRALIZAÇÃO DE 20% DO CAPITAL SOCIAL.

2) VENDA DE 500 UNIDADES DE MERCADORIAS POR R$ 15.000,00, SENDO 40% À VISTA E RESTANTE A PRAZO

3) COMPRA DE VEÍCULO FINANCIANDO NO VALOR DE R$ 25.000,00.

4) RECEBIMENTO DE DUPLICATAS R$ 10.000,00 COM DESCONTO DE 1%.

5) COMPRA DE MATERIAL DE LIMPEZA NO VALOR DE R$ 500,00 PAGO EM CHEQUE.

6) COMPRA DE 1.000 UNIDADES DE MERCADORIA POR R$ 25.000,00 A PRAZO.

7) RECEBIMENTO DE DUPLICATAS R$ 15.000,00 COM JUROS DE R$ 150,00.

8) PAGAMENTO DE DUPLICATAS R$ 5.000,00 COM DESCONTO DE R$ 115,00.

9) PAGAMENTO DE R$ 5.000,00 REFERENTE AO FINANCIAMENTO EM CHEQUE.

10) CONTA DE LUZ REFERENTE AO CONSUMO DO MÊS NO VALOR DE R$ 250,00, VENCIMENTO NO MÊS SEGUINTE.

PEDE-SE:

A) LANÇAMENTOS;

B) APURAÇÃO DO CMV;

C) RAZONETES;

D) BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.

E) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO.

F) BALANÇO PATRIMONIAL

G) FLUXO DE CAIXA

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

CASOS DE ANÁLISE FINANCEIRA

1. Estruture o Balanço Patrimonial da Cia. Chapecó agrupando as contas (em $ mil):

Caixa 5.100 Duplicatas a Receber 1.000 Capital 1.000 Diferido 700 Estoque 500 Empréstimos a Pagar (CP) 600 Impostos a Recolher 500 Imobilizado 5.000 Investimentos 600 Lucro Acumulado 5.700 Bancos 400 Fornecedores 100 Financiamentos (LP) 5.000 Contas a Pagar 400

Cia. Chapecó Em $ mil

ATIVO PASSIVO

Circulante Circulante Permanente Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido

Total 13.300 Total 13.300

2. Olhando para o Balanço Patrimonial da Cia. Chapecó, responda às seguintes perguntas: a. Qual é o capital circulante líquido da empresa? b. Qual é a situação financeira da empresa? c. A empresa está muito endividada? d. Qual é a composição do endividamento da empresa? e. A empresa conseguirá pagar seus compromissos de longo prazo?

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3. Monte o Balanço Patrimonial da Cia. Solemar em 31-12-2009.

ATIVO PASSIVO e PL

Circulante Circulante

Exigível a Longo Prazo

Permanente

Patrimônio Líquido

TOTAL 710.000 TOTAL 710.000

Contas que compõem o patrimônio da Cia. Solemar em 31-12-2009: Disponível 220.000 Estoque 100.000 Máquinas 130.000 Contas a Pagar 180.000 Fornecedores 150.000 Ações de Outras Empresas 180.000 Duplicatas a Receber 80.000 Lucros Acumulados 220.000 Capital Social 80.000 Financiamentos a Pagar 80.000 Obs.: No grupo Investimentos e Imobilizado não há necessidade de destacar as contas, basta apenas colocar os valores. 4. Com base na Cia. Solemar (questão 3), responda os seguintes testes:

4.1 A situação financeira da Cia. Solemar é: ( ) a. satisfatória no curto prazo ( ) b. péssima ( ) c. excelente ( ) d. n.d.a.

4.5 A Cia. Solemar é: ( ) a. indústria ( ) b. comércio ( ) c. prestação de serviços ( ) d. n.d.a.

4.2 Endividamento é: ( ) a. alto ( ) b. baixo ( ) c. insuficiente ( ) d. n.d.a.

4.6 A Cia. Solemar vende: ( ) a. a prazo ( ) b. a vista ( ) c. impossível responder ( ) d. n.d.a.

4.3 Qualidade da dívida é: ( ) a. ruim ( ) b. excelente ( ) c. elevada ( ) d. n.d.a.

4.7 O capital de giro da Cia. Solemar é: ( ) a. 400.000 ( ) b. 200.000 ( ) c. 70.000 ( ) d. n.d.a.

4.4 Comparando com os padrões internacionais, endividamento é: ( ) a. satisfatório ( ) b. elevado ( ) c. baixo ( ) d. n.d.a.

4.8 O capital de giro próprio é: ( ) a. 70.000 ( ) b. 50.000 ( ) c. – 10.000 ( ) d. n.d.a.

5 - Correlacione os indicadores a seguir com situações de cada empresa.

Indicadores Alfa Beta Gama Delta

Liquidez Imediata 0,60 0,35 0,40 0,05

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

Liquidez Corrente 1,60 1,05 1,10 0,85

Liquidez Seca 0,80 1,05 0,70 0,80

Liquidez Geral 1,30 0,90 1,20 0,50

a) Empresa de menor Capital Circulante Líquido positivo: ( ) Alfa ( ) Beta ( ) Gama ( ) Delta b) Empresa com Capital Circulante Líquido negativo: ( ) Alfa ( ) Beta ( ) Gama ( ) Delta c) Empresa com menor grau de dependência de venda dos Estoques: ( ) Alfa ( ) Beta ( ) Gama ( ) Delta d) Empresa com maior volume de Disponibilidades Imediatas: ( ) Alfa ( ) Beta ( ) Gama ( ) Delta

6 - A Cia Redentor S/A fabrica e comercializa produtos de segurança para automóveis. Anualmente,

durante a fase de Planejamento Estratégico, a Diretoria se reúne para uma análise eoconômico-

financeira do Balanço patrimonial e da Demonstração de Resultados do Exercício dos dois últimos

períodos, a fim de traçar as estratégias para o próximo ano. Em janeiro de 2009, a diretoria se reuniu

para tal finalidade, tendo distribuído entre diretores e gerentes os seguintes demonstrativos:

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO 2007 AV AH 2008 AV AH

ATIVO TOTAL 3.349.500 100% 100 4.632.475 100% 138,30

CIRCULANTE 820.000 24,48% 100 1.350.000 29,14% 164,63

Disponibilidades 180.000 5,37% 100 230.000 4,96% 127,78

Caixa 60.000 1,79% 100 75.000 1,62% 125,00

Bancos 120.000 3,58% 100 155.000 3,35% 129,17

Duplicatas a Receber 260.000 7,76% 100 470.000 10,15% 180,77

Estoques 380.000 11,34% 100 650.000 14,03% 171,05

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 129.500 3,87% 100 170.319 3,68% 131,52

PERMANENTE 2.400.000 71,65% 100 3.112.156 67,18% 129,67

Investimentos 700.000 20,90% 100 900.000 19,43% 128,57

Imobilizado 1.400.000 41,80% 100 1.800.000 38,86% 128,57

Diferido 300.000 8,96% 100 412.156 8,90% 137,39

PASSIVO 2007 AV AH 2008 AV AH

PASSIVO TOTAL 3.349.500 100% 100 4.632.475 100% 138,30

CIRCULANTE 629.500 18,79% 100 1.050.600 22,68% 166,89

Fornecedores 370.000 11,05% 100 535.000 11,55% 144,59

Impostos a Recolher 75.000 2,24% 100 167.500 3,62% 223,33

Salários a Pagar 99.500 2,97% 100 222.600 4,81% 223,72

Dividendos a Pagar 85.000 2,54% 100 125.500 2,71% 147,65

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 210.000 6,27% 100 295.000 6,37% 140,48

Empréstimos a Pagar 87.000 2,60% 100 120.000 2,59% 137,93

Empréstimos Externos 123.000 3,67% 100 175.000 3,78% 142,28

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.510.000 74,94% 100 3.286.875 70,95% 130,95

Capital Social 1.200.000 35,83% 100 2.200.000 47,49% 183,33

Reserva de Capital 800.000 23,88% 100 300.000 6,48% 37,50

Reserva Legal 70.000 2,09% 100 95.125 2,05% 135,89

Reserva Estatutária 85.000 2,54% 100 135.250 2,92% 159,12

Reserva para Contingências 105.000 3,13% 100 95.000 2,05% 90,48

Lucros Acumulados 250.000 7,46% 100 461.500 9,96% 184,60

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

DRE 2007 AV AH 2008 AV AH

Receita Bruta de Vendas 11.200.000 110,56% 100 16.500.000 110,22% 147,32

(-) Impostos sobre a Receita Bruta 1.070.000 10,56% 100 1.530.000 10,22% 142,99

Receita Líquida de Vendas 10.130.000 100,00% 100 14.970.000 100,00% 147,78

(-) Custo de Bens e Serviços

Vendidos 6.080.000 60,02% 100 8.750.000 58,45% 143,91

Lucro Bruto 4.050.000 39,98% 100 6.220.000 41,55% 153,58

(-) Despesas Operacionais 3.770.000 37,22% 100 5.585.000 37,31% 148,14

Vendas 850.000 8,39% 100 1.400.000 9,35% 164,71

Gerais ou Administrativas 2.100.000 20,73% 100 3.000.000 20,04% 142,86

Financeiras 470.000 4,64% 100 680.000 4,54% 144,68

Depreciação 220.000 2,17% 100 320.000 2,14% 145,45

Amortização 85.000 0,84% 100 120.000 0,80% 141,18

Variação Cambial 45.000 0,44% 100 65.000 0,43% 144,44

Resultado da Equiv. Patrimonial 38.000 0,38% 100 57.000 0,38% 150,00

Lucro Operacional 318.000 3,14% 100 692.000 4,62% 217,61

Resultado não Operacional (18.000) -0,18% 100 (22.000) -0,15% 122,22

Resultado a/Tributação e

Participações 300.000 2,96% 100 670.000 4,48% 223,33

(-) Provisão p/ Imposto de Renda e

CSL 75.000 0,74% 100 167.500 1,12% 223,33

Lucro / Prejuízo do Exercício 225.000 2,22% 100 502.500 3,36% 223,33

Após muita discussão, os diretores e gerentes presentes à reunião chegaram às seguintes

CONCLUSÕES:

1. O endividamento da empresa é baixo;

2. O volume de estoques é baixo para o nível atual de vendas;

3. A liquidez corrente da empresa é excelente;

4. A política de expansão dos investimentos no permanente deu resultado, pois as vendas cresceram 47% e o lucro líquido cresceu 123%;

5. Os custos estão controlados, mas houve uma expansão acima do normal nas despesas operacionais;

6. Há uma preocupação, em particular, com a depreciação, visto que algumas máquinas estão tendo deterioração elevada, precisando ser vendidas por valor abaixo do valor contábil.

Em vista do quadro traçado pelos dirigentes da Cia. Redentor e após acalorados debates,

determinaram as seguintes METAS para o exercício de 2009:

1. Obter um empréstimo externo de US$ 500.000,00 (dólar a R$ 2,50 e taxa de juros de 10% ao ano) para expandir mais o parque fabril, com aquisição de máquinas novas e muito mais produtivas;

2. Aumentar em 50% o volume de estoques para atender à demanda crescente pelos produtos da empresa;

3. Aumentar as vendas da empresa em 50%, elevando o prazo de recebimento para 30 dias;

4. Reduzir as despesas administrativas e de vendas em 10%.

Com base nessas informações e considerando que você foi chamado pelo presidente da

empresa para analisar o resultado da reunião dos dirigentes da Cia. Redentor,

A) Faça uma análise crítica de cada uma das 6 CONCLUSÕES dos dirigentes da Cia. Redentor, apontando as certas e as erradas e justificando, em ambos os casos, a sua opinião;

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B) Faça uma análise crítica das METAS fixadas para o exercício de 2009, identificando as viáveis e as inviáveis e justificando, em ambos os casos, a sua opinião;

C) Analise a situação (tendência) da empresa antes de terem sido traçadas as metas e a que passará a ter, caso as metas sejam seguidas e alcançadas

EXERCÍCIOS DE ORÇAMENTO DE CAIXA 01 – Os dados da Xenocore Ltda, relativos às vendas e compras de setembro a outubro de 2010, juntamente com as previsões de vendas para o período de novembro de 2010 a abril de 2011 são:

ANO MÊS VENDAS $ COMPRAS $

2010 Setembro 210.000 120.000 2010 Outubro 250.000 150.000 2010 Novembro 170.000 140.000 2010 Dezembro 160.000 100.000 2011 Janeiro 140.000 80.000 2011 Fevereiro 180.000 110.000 2011 Março 200.000 100.000 2011 Abril 250.000 90.000

A empresa faz 20% do total de suas vendas a dinheiro e cobra 40% de suas vendas em cada um dos meses seguintes à venda. Outros recebimentos são esperados: $ 12.000 em setembro e abril, $ 15.000 em janeiro e março, além de $ 27.000 em fevereiro. A empresa tem o seguinte esquema de pagamento por suas compras: 10% à vista, 50% no mês seguinte à compra e 40% no segundo mês após a compra. Os ordenados e salários correspondem a 20% das vendas no mês anterior. É preciso pagar o aluguel de $ 20.000 por mês. Em janeiro e abril pagará juros de $ 10.000. Em abril será feito um pagamento de $ 30.000 para amortização do principal. A empresa espera pagar dividendos de $ 20.000 em janeiro e abril. Imposto de Renda no valor de $ 80.000 será pago em abril. A empresa também pretende fazer um dispêndio de capital de $ 25.000 em dezembro.

Supondo que a empresa tenha um saldo de caixa de $ 22.000 no começo de novembro,

determine os saldos de caixa no final de cada mês, de novembro de 2010 a abril de

2011.

Supondo que a empresa deseja manter um saldo mínimo de caixa de $ 15.000,

determine as necessidades mensais de financiamento ou os saldos de caixa

excedentes, no mesmo período.

V E N D A S

MÊS % À VISTA % PARA 30 DIAS % PARA 60 DIAS TOTAL

Setembro 210.000

Outubro 250.000

Novembro 170.000

Dezembro 160.000

Janeiro 140.000

Fevereiro 180.000

Março 200.000

Abril 250.000

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C O M P R A S

MÊS % À VISTA % PARA 30 DIAS % PARA 60 DIAS TOTAL

Setembro 120.000

Outubro 150.000

Novembro 140.000

Dezembro 100.000

Janeiro 80.000

Fevereiro 110.000

Março 100.000

Abril 90.000

O R Ç A M E N T O D E C A I X A

TOTAL

RECEBIMENTOS

PAGAMENTOS

FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA SALDO INICIAL DE CAIXA SALDO FINAL DE CAIXA SALDO MÍNIMO DE CAIXA FINANCIAMENTO NECESSÁRIO SALDO EXCEDENTE DE CAIXA

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

02 – Gérsina Cavalcante, proprietária da GCS Fashion Designs, está planejando solicitar uma linha de crédito de seu banco. Ela elaborou as seguintes previsões de venda para a empresa, para parte do ano de 2010 e parte de 2011:

Maio(2010)..........180.000 Junho ................180.000 Julho..................360.000 Agosto...............540.000 Setembro..........720.000 Outubro............360.000 Novembro.........360.000 Dezembro...........90.000 Janeiro(2011)...180.000 As estimativas de cobranças, obtidas com o departamento de crédito e cobrança, são as seguintes: cobranças dentro do mês da venda, 10%; cobranças no mês seguinte ao da venda, 75%; cobranças no segundo mês após a venda, 15%. Os custos totais de mão-de-obra e matérias primas são estimados, para cada mês, como de segue:

Maio(2010)............90.000

Junho .................90.000 Julho.................126.000 Agosto..............882.000 Setembro..........306.000 Outubro...........234.000 Novembro........162.000 Dezembro..........90.000 Os salários, gerais e administrativos, chegarão a cerca de $27.000 por mês; pagamentos de aluguel, em um contrato de arrendamento de longo prazo, serão de $9.000 por mês; as despesas de depreciação serão de $36.000 por mês; as despesas gerais, $2.700 por mês; pagamentos de imposto de renda de $63.000 serão devidos tanto em setembro como em dezembro; e o pagamento de uma prestação de $180.000 referente a um novo estúdio de projetos deve ser feito em outubro. O caixa disponível em 1º de julho atingirá $112.000 e um saldo mínimo de $90.000 será mantido durante todo o período do orçamento de caixa.

PEDE-SE: Prepare um Orçamento de Caixa mensal para os últimos 6 meses de 2010, indicando a estimativa do financiamento necessário (ou do superávit de fundos) – isto é, a quantia de dinheiro que Gérsina Cavalcante precisará tomar emprestado (ou terá disponível para investimento ) – para cada mês durante esse período.

MODELOS PARA AUXILIAR NA RESOLUÇÃO DA QUESTÃO N° 02

V E N D A S

MÊS % À VISTA % PARA 30 DIAS % PARA 60 DIAS TOTAL

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

C O M P R A S

MÊS % À VISTA % PARA 30 DIAS % PARA 60 DIAS TOTAL

O R Ç A M E N T O D E C A I X A

TOTAL

RECEBIMENTOS

PAGAMENTOS

FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA SALDO INICIAL DE CAIXA SALDO FINAL DE CAIXA SALDO MÍNIMO DE CAIXA

FINANCIAMENTO

NECESSÁRIO

SALDO EXCEDENTE DE

CAIXA

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

ADMINISTRAÇÃO DE CONTAS A

RECEBER

Questões de Revisão

1. Conceitue o crédito.

O crédito é a disposição de alguém ceder temporariamente parte de seu patrimônio ou prestar serviços a terceiro, com a expectativa de receber de volta o valor cedido ou receber pagamento, depois de decorrido o período de tempo estipulado, na sua integralidade ou em valor correspondente. É a troca de bens presentes por bens futuros.

2. Justifique a importância do crédito na

realização de vendas.

O crédito como ferramenta utilizada para incrementar e facilitar a realização de vendas de bens e serviços é responsável por grande parte dos resultados. As expectativas são de que quanto maiores forem as vendas maiores serão os lucros obtidos pela empresa e, da mesma forma, menores vendas significam menores lucros.

3. Como o crédito interfere nas

necessidades de capital da empresa?

Por se tratar se aplicação de recursos em Ativo Circulante, a sua concessão deve ser suportada pela existência ou obtenção de recursos para financiá-la, pois interfere no equilíbrio econômico-financeiro da empresa.

A concessão de crédito aos clientes resulta num Ativo que tem várias denominações como Valores a Receber, Duplicatas a Receber ou ainda Contas a Receber. Juntamente com Estoques formam os principais valores do Ativo Circulante.

Quanto maior for o volume de vendas a crédito e quanto maior for o prazo médio

de cobrança, maior será a necessidade de capital de giro para financiar este ativo. O

custo desse financiamento deve ser agregado aos custos dos produtos.

4. Qual a importância do faturamento na

administração de valores receber?

Conceder crédito implica em proceder o recebimento do valor do crédito em época futura, o que torna necessária a emissão de

documento que virá ser o instrumento de cobrança. A emissão desses documentos, geralmente denominados de faturas, pode ser de grande complexidade para as empresas, dependendo do tipo de produto. As faturas podem ser objetos de atrito entre a empresa e o cliente e por esta razão há necessidade de grande suporte de informações para responder às queixas dos Clientes.

5. É correto afirmar que o faturamento é

mais complexo em empresas prestadoras

de serviços? Explique.

É correto, pelas dificuldades em definir de forma inquestionável os serviços prestados ou devido ao grande numero de clientes, como nas empresas de telecomunicações, a sua grande diversidade de serviços prestados a diversos tipos de clientes que tem contratos com clausulas específicas de faturamento; é o caso de hospitais, contas de serviços públicos de água, luz, telefone e gás, de pequeno valor, cujos custos de cobrança são praticamente os mesmos que os das faturas de maior valor.

6. O que são e para que servem as

políticas de crédito? As políticas de crédito são a base da eficiente administração de Valores a Receber. Servem para orientar a forma como o crédito é concedido, definindo padrões de crédito, prazos, riscos, garantias exigidas e condições de crédito.

7. O que são e para que servem os

padrões de crédito?

Os padrões de crédito estabelecem as condições mínimas que o pretendente a crédito deve possuir para receber crédito da empresa. Servem para indicar se o pretendente a crédito deve ou não ser atendido.

8. Quais as variáveis influenciadas pelos

padrões de crédito? Como a influência

acontece?

1. Vendas: condições muito exigentes restringem o universo de pretendentes a crédito e, conseqüentemente, de compradores o que dificultará a realização de vendas. Já padrões menos exigentes ampliariam esse

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

universo, abrindo as portas para a realização de maiores vendas, expondo a empresa a maiores riscos.

2. Valores a Receber: padrões de crédito que facilitam a realização de vendas são indicativos de aumento de necessidade de mais recursos para financiamento de Valores a Receber.

3. Riscos: os riscos de não recebimentos de Valores a Receber variam de acordo com a definição dos padrões de crédito que, quando menos exigentes tendem a aumentar o risco de perdas pelo não recebimento. A influencia ocorre como descrita no quadro a seguir:

Variável Resultado Efeitos

Aumento Aumento do Lucro Vendas Redução Redução do Lucro

Aumento Redução do lucro Valores a Receber Redução Aumento do Lucro

Aumento Redução do Lucro Risco Redução Aumento do lucro

9. Como o prazo influencia o volume de

vendas. Quais as principais conseqüências

de um aumento de prazo para quem

compra e para quem vende?

O tempo estipulado para o pagamento decorrente da concessão do crédito é condição tão importante quanto à concessão do crédito em si. É fator considerado tanto por quem pleiteia o crédito como para quem está analisando a sua concessão.

Para quem vende conceder crédito, significa investir em Ativo Circulante e o prazo do crédito concedido representa o tempo pelo qual o investimento é realizado. Investir representa haver disposição de assumir os custos visando benefício futuro, ou seja, rentabilidade. Donde se depreende que quanto maior o prazo concedido maior o tempo do investimento e, conseqüentemente, maiores os custos do investimento.

Um aumento de prazo para quem compra equivale a maior tempo para pagamento e maior custo de Valores a Receber para quem vende.

10. Qual a função da exigência de

garantias? Explique os tipos de garantias

que podem ser utilizados pelas empresas.

As garantias representam o comprometimento de outras pessoas, físicas ou jurídicas, pela dívida assumida ou a definição de bens, que podem ser móveis ou imóveis, que responderão pela dívida caso o devedor não consiga pagá-la.

As garantias estão classificadas em garantias pessoais, também chamadas de fidejussórias, e as denominadas garantias reais.

Garantias

Pessoais Reais

Aval Alienação fiduciária

Fiança Hipoteca

Penhor

Anticrese

A garantia pessoal representada pelo aval estabelece a obrigação de avalista pelo valor do título de crédito no qual foi formalizada a garantia, com a assinatura do garantidor denominado avalista. É aconselhável, embora não obrigatório, que o cônjuge assine juntamente com o avalista no caso de casamento em comunhão de bens. O garantidor responde pelo aval com todo os seus bens, exceto os denominados bens de família.As garantias estabelecidas pela forma de aval são geralmente utilizadas em títulos de crédito.

A garantia pessoal representada pela fiança é um tipo de garantia estabelecido sob a forma de contrato no qual o fiador, que pode ser pessoa física ou jurídica, presta garantia de cumprimento da obrigação assumida pelo comprador caso ele não o faça. Neste caso, se o fiador for pessoa física e for casado, com comunhão de bens, deverá ser exigida também a assinatura do cônjuge.

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

A garantia real representada pela alienação fiduciária é o tipo de garantia feito através de instrumento público ou particular arquivado no Registro de Títulos e Documentos, na qual o devedor continua com a posse e utilização dos bens móveis oferecidos em garantia, mas a propriedade é do credor.O devedor será o responsável pela preservação e manutenção dos bens alienados e por danos sofridos pelos bens.

A garantia real representada pela hipoteca é o tipo de garantia no qual, por instrumento público, são utilizados bens imóveis, veículos, aeronaves e embarcações para garantir a dívida contraída pelo devedor. É preciso considerar que os denominados bens de família não devem ser objeto de hipoteca porque são protegidos por lei.

A garantia real representada pelo penhor consiste no estabelecimento de quantidade suficiente de mercadorias, máquinas, equipamentos, produtos agrícolas ou títulos de crédito, oferecidos para garantir a dívida. A definição da quantidade está na razão direta do valor da dívida contraída. Se o que for penhorado ficar depositado na propriedade do devedor, este deve ser designado fiel depositário do que for penhorado e ficará responsável pela sua guarda.

A garantia real representada pela anticrese é o tipo de garantia em que o bem garantidor é um imóvel denominado frugífero cujos resultados, pelo uso, o credor pode utilizar para receber o valor de seu crédito. Atualmente, no lugar deste tipo de garantia está sendo utilizado o penhor de safras futuras.

11. Explique as cinco etapas do processo

de concessão de crédito.

1a Etapa: Obtenção de informações sobre

o cliente. A empresa deve ter procedimentos muito bem estruturados para estabelecer de que forma serão obtidas as informações sobre o pretendente a crédito, também denominadas "informações comerciais", que serão o suporte da análise para o estabelecimento do crédito a ser concedido. Tais procedimentos serão diferentes para pessoas físicas e jurídicas e, ao mesmo tempo, para clientes atuais e futuros clientes.

O nível de profundidade das informações a serem utilizadas está relacionado ao valor do

limite do crédito pretendido, entendendo-se que na medida em que os valores de crédito pretendidos sejam maiores, maior será o nível de profundidade das informações.

A política que estabelece a disposição da empresa em definir a estimativa de perdas com incobráveis também influencia no estabelecimento do nível de informações, pois havendo disposição para maiores perdas com incobráveis, certamente serão exigidos níveis menores de informações. Havendo pouca disposição para perdas com incobráveis, serão exigidos maiores níveis de informações.

Os limites de crédito devem ser revisados com freqüência mínima anual. Neste caso, algumas informações solicitadas de clientes novos podem ser dispensadas aos clientes antigos. Porém, a empresa deve manter o cadastro ou histórico de seus clientes para facilitar seu relacionamento com o cliente e, ao mesmo tempo, reduzir perdas com vendas a prazo.

2a Etapa: Confirmação das informações.

De posse das informações, a equipe de analistas de crédito da empresa deve verificar a qualidade das informações recebidas, se elas são verdadeiras. As informações obtidas são então confirmadas através de consultas diversas, tais como, cadastro próprio, no caso de não ser cliente novo. Para clientes novos e antigos, estão disponíveis e são utilizadas agências ou empresas especializadas em não só prestar e confirmar informações sobre pessoas físicas e/ou jurídicas, mas também informar sobre seu comportamento financeiro. 3a Etapa: Análise das informações. A partir da confirmação das informações sobre o Cliente, a empresa dispõe dos elementos necessários para elaborar a análise dessas informações. A utilização de programas de processamento de dados específicos para esta função facilita o processo e dá segurança quanto aos resultados da análise.A abrangência da análise deve destacar indicativos que virão facilitar a próxima etapa que é a decisão sobre a concessão do crédito pretendido pelo cliente.

4a Etapa: Tomada de decisão sobre o crédito pretendido.

Os resultados da análise deverão ser conclusivos, proporcionando as condições necessárias para que seja possível decidir

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

pela concessão ou não do crédito na forma pretendida pelo cliente.

A análise configurará as bases para a definição de um limite do crédito ao cliente, estabelecendo linha de crédito, com valor definido, que ficará à disposição do cliente para ser utilizada por período determinado, geralmente um ano, a partir da qual não será necessária a realização de novo processo de concessão de crédito ao cliente.

No caso de pessoas físicas é possível também se utilizar da Tabela de classificação de crédito, que é uma técnica que define a pontuação que indica a capacidade financeira do cliente, como uma ferramenta auxiliar para a tomada de decisão sobre a concessão do crédito.

A Tabela de classificação de crédito é preparada através do cálculo da média ponderada da pontuação da situação do cliente em relação a alguns itens relativos à sua condição de pretendente ao crédito, considerados importantes. A empresa estabelece a pontuação referente a esses itens para os quais atribui pesos considerando a sua importância relativa.

Utilizando-se das facilidades da informática a empresa poderá, rapidamente, construir a Tabela de classificação de crédito de um cliente.

A definição dos itens que comporão a Tabela fica a critério dos analistas de crédito de cada empresa, sempre levando em conta as características regionais e usos e costumes do setor, assim como a respectiva atribuição de pesos.

O estabelecimento dos pontos deve seguir parâmetros previamente definidos que devem considerar a importância positiva ou negativa de cada item. Cada empresa definirá também a distribuição dos pesos para os diversos itens, atribuindo pesos maiores àqueles que julga mais importantes como fator de redução do risco do crédito. Definida a estrutura da Tabela de classificação de crédito, a empresa estabelecerá limites mínimos de classificação para que o crédito seja concedido. Poderá também estabelecer faixas de classificação de crédito com

condições específicas para cada faixa, nas quais estabelecerá exigências negociais e de garantias para a concessão do crédito.

5a Etapa: Informação da decisão ao cliente.

A informação deve ser formal ao cliente. Se não houver condições de concessão de crédito nas condições normais de crédito, deve ser aberta possibilidade de continuidade de negociação através de reforço de garantias, como a utilização de avalista ou fiador, por exemplo.

12. É correto afirmar que a administração

internacional de crédito é mais complexa?

Por que?

Sim, pois existem alguns complicadores na administração internacional de crédito, tais como o risco cambial daí a necessidade de definição de moeda de negociação não exposta a grandes riscos, o dólar norte-americano, por exemplo; dificuldades inerentes à distância, às diferenças de legislação em relação à conversão cambial e em casos de inadimplência, ocasionando maiores custos com processos de cobrança. Há ainda dificuldades decorrentes de barreiras alfandegárias, protecionismos e com a demora e atrasos no transporte de mercadorias.

13. Qual a garantia mais utilizada na

concessão de crédito internacional?

A garantia mais utilizada na concessão de crédito internacional é a carta de crédito bancária irrevogável, passível de liquidação tão logo seja feito o desembarque da mercadoria exportada. A carta de crédito é útil até mesmo para vendas à vista, contra a entrega da mercadoria. Como contém cláusula condicionante de recebimento da mercadoria, é garantia para quem compra também.

14. O que é cobrança e como a cobrança

pode influenciar as vendas?

Cobrança é o ato de concretização do recebimento de valores representativos de vendas, à vista ou a prazo, de forma oportuna. Cobrar é tão importante quanto vender, pois o ciclo operacional só se completa quando o valor da venda é recebido.

É preciso, portanto, que as empresas definam políticas claras de cobrança e utilizem os

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mecanismos mais eficientes para que o processo de cobrança seja eficaz.

Como os clientes são pessoas distintas, estes podem passar por dificuldade momentâneas e uma cobrança inadequada pode fazer com que a empresa chegue a perder o cliente e possíveis futuras compras e até mesmo parecerias.

15. O que as políticas de cobrança

estabelecem?

As políticas de cobrança devem estabelecer desde mecanismos de como o débito será cobrado, até os procedimentos nos casos de atrasos e inadimplência.

16. Quais os principais mecanismos de

cobrança utilizados pelas empresas?

Os mecanismos de cobrança mais utilizados pelas empresas são: via bancária, via carteira, via, carnês, via representantes e mecanismos alternativos, onde a cobrança é feita por outra instituição.

17. Se você vendesse a crédito em que

condições utilizaria os mecanismos

alternativos mencionados neste

Capítulo?

Se a inadimplência da empresa fosse elevada, se houvesse dificuldade de gerenciamento da cobrança, associar-me-ia com instituição financeira. Mas daria preferência ao uso de cartões , onde o risco é ainda menor.

Exercícios 1. A Campo Largo Business and Services

S.A. vende seus produtos a crédito, no valor de $ 500.000 e o desempenho de sua cobrança é de um período médio de 60 dias. Calcule o saldo médio de valores a receber.

2. Face às dificuldades causadas por uma

postura agressiva da concorrência, a empresa Umbará Industrial Ltda. está estudando reduzir as suas exigências para a concessão de crédito o que elevaria suas perdas com incobráveis de 2% para 4%, porém, aumentaria o volume de vendas em 20%. Ela vende hoje 5.000 unidades de seu produto ao preço de $ 200,00 e o custo variável do produto é $ 150,00. Pede-se:

2.1. Quanto ela perde hoje com incobráveis.

2.2. Quanto passará a perder com o novo plano?

2.3. Você recomenda o novo plano? Explique por que.

Solução:

Margem de contribuição atual Margem de contribuição futura

Receitas: 5.000 x 200,00 =

Receitas: 6.000 x 200,00 =

Perdas com incobráveis =

Perdas com incobráveis =

Custo variável: 5.000 x 150,00 = Custo variável: 6.000 x 150,00 = Margem líquida =

Margem líquida =

3. A outra alternativa da Umbará Industrial Ltda. é oferecer um bom desconto, de 4% ao mês, para que os clientes sejam atraídos e paguem em dia seus compromissos. O desconto seria oferecido para pagamento em 15 dias. O período médio de cobrança atual é de 60 dias. O plano prevê aumento de 5% na quantidade de produtos vendidos atualmente e que do total das vendas 80% sejam pagos com desconto. Se o custo do capital é de 20%, a alternativa é viável?

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CASOS DE ANÁLISE DA ALTERAÇÃO DA POLÍTICA DE CRÉDITO

CASO 1. A CIA SERGIPE, no intuito de conseguir um incremento nas vendas, está analisando uma proposta para alterar seus padrões de duplicatas a receber. Os dados apresentados são os seguintes:

VENDAS ANUAIS (Todas a Prazo) R$ 1.100.000,00

CUSTO FIXO R$ 450.000,00

CUSTO VARIÁVEL (50% das Vendas)

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMR) 30 DIAS

PERDA COM DEVEDORES INCOBRÁVEIS (2% das Vendas)

Segundo estudo dos técnicos, a mudança irá aumentar as VENDAS da empresa em 15%. Entretanto, o PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMR) irá aumentar para 60 dias e os DEVEDORES INCOBRÁVEIS passarão dos atuais 2% das vendas para 4% das vendas.

O retorno exigido pela empresa, que corresponde ao seu Custo de Oportunidade, é de 12% ao ano.

PEDE-SE: ANALISE A ALTERAÇÃO DA POLÍTICA DE CRÉDITO, COMPARE A SITUAÇÃO

EXISTENTE COM A SITUAÇÃO PROPOSTA E DECIDA SOBRE A ACEITAÇÃO DA MUDANÇA NA

POLÍTICA DE CRÉDITO, JUSTIFICANDO A RESPOSTA.

CASO 2. A CIA BAHIA, pretende analisar um impacto de uma alteração em sua atual política de crédito, através da introdução de um desconto financeiro.

Os atuais padrões da CIA BAHIA são os seguintes:

VENDAS ANUAIS (Todas a Prazo) R$ 1.100.000,00

CUSTO FIXO R$ 550.000,00

CUSTO VARIÁVEL (50% das Vendas)

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMR) 30 DIAS

PERDA COM DEVEDORES INCOBRÁVEIS (2% das Vendas)

O desconto financeiro a ser introduzido é de 3% para os clientes que pagarem em 15 dias.

A empresa espera que, com a introdução do desconto financeiro, 50% de suas vendas passem a ser feitas com desconto e tenham um aumento de 10%.

Espera-se também que o PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMR) caia para 15 dias e as perdas com DEVEDORES INCOBRÁVEIS para 1% das vendas.

O retorno exigido pela empresa, referente ao seu Custo de Oportunidade, é de 18% ao ano.

PEDE-SE: ANALISE A ALTERAÇÃO DA POLÍTICA DE CRÉDITO, COMPARE A SITUAÇÃO

EXISTENTE COM A SITUAÇÃO PROPOSTA E DECIDA SOBRE A ACEITAÇÃO DA MUDANÇA NA

POLÍTICA DE CRÉDITO, JUSTIFICANDO A RESPOSTA.

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

1) Organização dos dados para análise:

SITUAÇÃO ATUAL (CIA SERGIPE)

VENDAS ANUAIS (Todas a Prazo)

CUSTO FIXO

CUSTO VARIÁVEL ( % das Vendas)

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMR em dias)

PERDA COM DEVEDORES INCOBRÁVEIS ( % das Vendas)

SITUAÇÃO PROPOSTA

VENDAS ANUAIS (acréscimo de %)

CUSTO FIXO

CUSTO VARIÁVEL ( % das Vendas)

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMR em dias)

PERDA COM DEVEDORES INCOBRÁVEIS ( % das Vendas)

2) Variação do Lucro Operacional:

SITUAÇÃO ATUAL

VENDAS

(-)CUSTO VARIÁVEL

(-)CUSTO FIXO

LUCRO OPERACIONAL

SITUAÇÃO PROPOSTA

VENDAS

(-)CUSTO VARIÁVEL

(-)CUSTO FIXO

LUCRO OPERACIONAL

VARIAÇÃO DO LUCRO OPERACIONAL

3) Variação do Investimento em Créditos:

SITUAÇÃO ATUAL

GIRO DE DUPLICATAS A RECEBER (360/PMR)

INVESTIMENTO MÉDIO EM DUPLICATAS A RECEBER (Vendas/Giro)

SITUAÇÃO PROPOSTA

GIRO DE DUPLICATAS A RECEBER (360/PMR)

INVESTIMENTO MÉDIO EM DUPLICATAS A RECEBER (Vendas/Giro)

VARIAÇÃO DO INVESTIMENTO EM CRÉDITOS

CUSTO ADICIONAL DO INVESTIMENTO EM CRÉDITOS

4) Variação do Valor de Devedores Incobráveis:

SITUAÇÃO ATUAL

SITUAÇÃO PROPOSTA

VARIAÇÃO DO VALOR DE INCOBRÁVEIS

5) Análise da Proposta:

VARIAÇÃO DO LUCRO OPERACIONAL

(-) CUSTO ADICIONAL DO INVESTIMENTO EM CRÉDITOS

(-) VARIAÇÃO DO VALOR DE INCOBRÁVEIS

GANHO ADICIONAL LÍQUIDO

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

1) Organização dos dados para análise:

SITUAÇÃO ATUAL (CIA BAHIA)

VENDAS ANUAIS (Todas a Prazo)

CUSTO FIXO

CUSTO VARIÁVEL ( % das Vendas)

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMR em dias)

PERDA COM DEVEDORES INCOBRÁVEIS ( % das Vendas)

SITUAÇÃO PROPOSTA

VENDAS ANUAIS (acréscimo de %)

CUSTO FIXO

CUSTO VARIÁVEL ( % das Vendas)

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMR em dias)

PERDA COM DEVEDORES INCOBRÁVEIS ( % das Vendas)

DESCONTO FINANCEIRO

2) Variação do Lucro Operacional:

SITUAÇÃO ATUAL

VENDAS

(-)CUSTO VARIÁVEL

(-)CUSTO FIXO

LUCRO OPERACIONAL

SITUAÇÃO PROPOSTA

VENDAS

(-)CUSTO VARIÁVEL

(-)CUSTO FIXO

(-)DESCONTO FINANCEIRO

LUCRO OPERACIONAL

VARIAÇÃO DO LUCRO OPERACIONAL

3) Variação do Investimento em Créditos:

SITUAÇÃO ATUAL

GIRO DE DUPLICATAS A RECEBER (360/PMR)

INVESTIMENTO MÉDIO EM DUPLICATAS A RECEBER (Vendas/Giro)

SITUAÇÃO PROPOSTA

GIRO DE DUPLICATAS A RECEBER (360/PMR)

INVESTIMENTO MÉDIO EM DUPLICATAS A RECEBER (Vendas/Giro)

VARIAÇÃO DO INVESTIMENTO EM CRÉDITOS

CUSTO ADICIONAL DO INVESTIMENTO EM CRÉDITOS

4) Variação do Valor de Devedores Incobráveis:

SITUAÇÃO ATUAL

SITUAÇÃO PROPOSTA

VARIAÇÃO DO VALOR DE INCOBRÁVEIS

5) Análise da Proposta:

VARIAÇÃO DO LUCRO OPERACIONAL

(-) CUSTO ADICIONAL DO INVESTIMENTO EM CRÉDITOS

(-) VARIAÇÃO DO VALOR DE INCOBRÁVEIS

GANHO ADICIONAL LÍQUIDO

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DE CAPITAL DE GIRO

DISCRIMINAÇÃO EXISTENTE PROJE TADO (*) DISCRIMINAÇÃO

EXISTENTE PROJETADO (*)

I - NECESSIDADES: (1 + 2 + 3 + 4) 7.817.190 14.709.825 II - RECURSOS: (1 + 2 + 3 + 4 + 5) 7.443.103 7.373.056

1 - Caixa Mínimo 147.080 180.105 1 - Créditos de Fornecedores 1.396.536 1.792.390

Custos Totais

34.960.072 Custo anual com matérias-primas

9.687.520

Depreciação + Amortização do Diferido

2.541.097 Percent. de compras de mp a prazo

100,00%

Duração do exercício (dias/ano) (1)

360 Prazo médio de pagamento (em dias)

60

Duração do exercício (dias/ano)

360

2 - Créditos a Receber 5.557.076 10.854.117 - De materiais secundários

120.633

Prazo médio concedido (em dias)

90 Custo anual materiais secundários

965.065

% de vendas a prazo

95,00% Perecentagem de compras de ms a prazo

100,00%

Prazo médio de pagamentos (em dias)

45

3 - Estoques (a+b+c+d+e) 2.039.324 3.675.603 - De emb. e peças de reposição

57.170

a - Matérias Primas 848.987 1.210.940 Custo anual c/ emb.e peças de reposição

457.362

Número de dias mínimo para estoque

45 Percentagem de compras a prazo

100,00%

Custo anual com matérias-primas

9.687.520 Prazo médio de pagamentos em (em dias)

45

b - Mat. Secundários e Embalagem 89.777 120.633 2 - Desconto de duplicatas 944.421 5.427.058

Número de dias mínimo para estoque

45 Faturamento

45.701.544

Custo anual mat. secundários/embalagem

965.065 Percentagem de vendas a prazo

95,00%

Percentagem de descontos

50,00%

c - Produtos em processo 248.164 754.667 Prazo médio concedido

90

Número de dias do processo de produção

12 Duração do exercício (dias/ano)

360

Dias efetivos de funcionamento no ano

360

Custo dos produtos vendidos

25.048.570 3 - Financiamentos para Giro (3) 2.752.308

Depreciação industrial

2.408.559

4 - Impostos 200.272 153.608

d - Produtos Acabados 311.595 1.132.001 Total de ICMS a ser pago/ano

5.529.887

Número de dias de permanência

18 Total de IPI a ser pago/ano

-

Alíquota do ICMS sobre faturamento

12

e - Peças/Material de Reposição 540.802 457.362 Alíquota do ICMS sobre compras

8

Percent. aplic. sobre máq./equip./veículos

2,00% Prazo para recolhimento do ICMS (dias)

10

Valor das máquinas/equipamentos/veículos

22.868.099 Alíquota do IPI sobre faturamento

-

Alíquota do IPI sobre compras

-

4 - Outras (2) 73.710

Prazo para recolhimento do IPI (dias)

-

5 - Outras 2.149.566

CALCULO DA NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO ADICIONAL

DISCRIMINAÇÃO Existente (**) Projetado (**)

Necessidades 7.817.190 14.709.825

Recursos 7.443.103 7.373.056

Necessidades (menos) Recursos A 374.088 B 7.336.768

CAPITAL DE GIRO ADICIONAL ( B - A ) 6.962.681

(*) Projetado para os doze meses seguintes à implantação do projeto

(**) Existente: Projetado : Valores totais obtidos dos itens I e II constantes no quadro

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

CONCILIAÇÃO BANCÁRIA

01- A empresa de Auditoria Prates S/C. Ltda. é contratada por uma grande empresa revendedora de peças de determinada região. Nas visitas preliminares e na conseqüente avaliação do controle interno, os auditores constatam que a empresa não possui um sistema de controle interno organizado.

Nas avaliações que se seguem, comprovam que, na ausência do tesoureiro, é o contador quem assume os serviços.

Tal iniciativa é justificada pelo contador como decorrência das facilidades que os profissionais da área contábil têm no manejo da área financeira. "Com isso, evito muitos problemas", afirma o contador.

Outra situação constatada pelos auditores diz respeito ao controle de estoques da empresa. O responsável pela área de compras efetua todos os procedimentos necessários à aquisição de mercadorias, tendo ainda como atribuição o recebimento, a conferência e a devolução, caso apresentem problemas.

O controle é periódico, sendo as contagens físicas efetuadas de seis em seis meses. Quem efetua as contagens são os funcionários do almoxarifado, pois, segundo o responsável, eles têm melhor conhecimento da organização e localização dos produtos, o que facilita o processo, além de reduzir o custo e o tempo de execução do trabalho.

PEDE-SE: Faça uma análise do sistema de controle interno da empresa, avaliando os procedimentos que estão sendo utilizados pelas áreas de Tesouraria e Estoques.

02- Após verificar que eram de boa qualidade os controles internos na área de Caixa e Bancos da Companhia Beta, o auditor iniciou o exame das conciliações bancárias, selecionando as principais pendências, e detectou os seguintes pagamentos e recebimentos contabilizados em datas divergentes daquelas em que ocorreram os fatos geradores:

1) recebimentos de contas a receber no valor de R$ 200.000,00, ocorridos em janeiro de 2010, mas contabilizados no mês de dezembro de 2009;

2) pagamentos a fornecedores de mercadorias no valor de R$ 150.000,00, ocorridos em janeiro de 2010, mas contabilizados no mês de dezembro de 2009.

Baseado no princípio contábil da competência, que procedimento deve ser adotado pelo auditor, a partir desse fato?

03- A cia ALFA estava sendo auditada em agosto de 2010. Você, ao examinar as

conciliações bancárias, deparou-se com a seguinte situação:

EXTRATO BANCÁRIO

Data Histórico Débito Crédito Saldo

30/06/2010 Saldo transportado 280.000,00

02/07/2010 Cheque 063.420 40.000,00 240.000,00

05/07/2010 Cheque 063.419 30.000,00 210.000,00

08/07/2010 Depósito 150.000,00 360.000,00

10/07/2010 Cheque 063.421 170.000,00 190.000,00

11/07/2010 Depósito 92.000,00 282.000,00

18/07/2010 Cheque 063.422 78.000,00 204.000,00

24/07/2010 Depósito 255.300,00 459.300,00

25/07/2010 Cheque 063.425 105.500,00 353.800,00

30/07/2010 Cheque 063.427 96.300,00 257.500,00

31/07/2010 CPMF 155,90 257.344,10

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

RAZÃO ANALÍTICO

Data Histórico Débito Crédito Saldo

30/06/2010 Saldo transportado 250.000,00

02/07/2010 Cheque 063.420 40.000,00 210.000,00

08/07/2010 Depósito 150.000,00 360.000,00

10/07/2010 Cheque 063.421 170.000,00 190.000,00

18/07/2010 Cheque 063.423 20.000,00 170.000,00

19/07/2010 Cheque 063.424 37.000,00 133.000,00

22/07/2010 Cheque 063.425 105.500,00 27.500,00

24/07/2010 Depósito 255.300,00 282.800,00

25/07/2010 Cheque 063.426 30.900,00 251.900,00

30/07/2010 Cheque 063.427 96.300,00 155.600,00

Sabendo-se que o exame foi realizado no dia 08/08/2010;

Sabendo-se que não foi encontrado o comprovante de depósito de R$ 92.000,00;

Sabendo-se que não foram encontradas fraudes, apenas erros;

PEDE-SE:

a) Elaborar a conciliação bancária constando Nome da empresa; Data; Responsável e Nome do banco conciliado.

b) Aponte os pontos relevantes observados durante a realização do trabalho.

SOLUÇÃO:

CIA ALFA S/A CONCILIAÇÃO BANCÁRIA

DATA: 08/08/2010 RESPONSÁVEL:

ITENS R$

A - SALDO CONFORME RAZÃO CONTÁBIL 155.600,00

B - (-) AVISOS DE DÉBITO NÃO CONTABILIZADOS 155,90

CPMF 155,90

C - (-) CHEQUES NÃO CONTABILIZADOS 78.000,00

Cheque 063.422

78.000,00

D - (+) DEPÓSITOS NÃO CONTABILIZADOS 92.000,00

Depósito

92.000,00

E - (+) CHEQUES CONTABILIZADOS E NÃO COMPENSADOS 87.900,00

Cheque 063.423

20.000,00

Cheque 063.424

37.000,00

Cheque 063.426

30.900,00

F - (+) AVISOS DE CRÉDITO NÃO CONTABILIZADOS

G - SALDO CONFORME EXTRATO 257.344,10

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GESTÃO FINANCEIRA NA PEQUENA EMPRESA - CONTROLE E PLANEJAMENTO DE CAIXA

Resumo: Este procedimento aborda a análise da técnica de elaboração do orçamento de caixa (controle e planejamento), sendo esse um dos recursos essenciais à administração financeira de uma micro ou pequena empresa.

Sumário

1. Introdução

2. Razões da falta de controle financeiro na pequena empresa

3. Instrumentos essenciais para o controle financeiro da pequena empresa

4. Controle de caixa

5. Planejamento de caixa

1. Introdução

Uma pesquisa nacional realizada pelo Sebrae e pela Fundação Universitária de Brasília (Fubra), no primeiro trimestre de 2004, demonstrou que cerca da metade (49,4%) das micro e pequenas empresas brasileiras morre no primeiro ano de vida.

A pesquisa das causas dessa mortalidade prematura identificou a "falta de capital de giro" e "outros problemas financeiros" como o primeiro e o terceiro colocados, respectivamente, entre os principais bichos-papões que assombram e abreviam a infância e a vida das nossas pequenas empresas.

Os dados dessa pesquisa indicam a existência de uma forte correlação direta entre a mortalidade empresarial e a falta degestão financeira, visto que tanto a falta de capital de giro como os demais problemas financeiros identificados na pesquisa como verdadeiros devoradores de empresas teriam sido detectados precocemente e provavelmente controlados se essas empresas contassem com um sistema adequado de administração financeira.

Aliás, uma outra pesquisa do Sebrae, realizada há alguns anos, já denunciava que quase a metade das micro e pequenas empresas brasileiras (cerca de 45%) não dispunha sequer de um sistema de acompanhamento de custos.

Essa negligência com os aspectos financeiros dos negócios recém-criados constitui uma falha gerencial grave que conduz a situações de altíssimo risco.

Na verdade, a falta de gestão financeira é uma arapuca que raramente falha (se é que falha alguma vez) e apresenta, pelo menos, duas das características fatais de uma doença degenerativa e mortal:

a) evolui, a princípio, de forma quase assintomática, de maneira que o empresário só percebe que algo está errado quando começa a faltar dinheiro para saldar os seus compromissos com o Fisco, com os empregados ou com os fornecedores;

b) agrava-se automática e infalivelmente, realimentando-se dos problemas que ela própria gera - ao produzir encargos financeiros adicionais quando o empresário (no intuito de fugir aos seus apertos) começa a recorrer ao desconto de duplicatas e aos empréstimos bancários.

Como se vê, o assunto é essencial para a sobrevivência das micro e pequenas empresas, por isso o estamos abordando neste procedimento.

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2. Razões da falta de controle financeiro na pequena empresa

Talvez a maior vantagem administrativa da grande ou média empresa sobre as micro e pequenas empresas seja a possibilidade de delegação.

Com uma estrutura mais elaborada, dispondo de um número maior de funcionários, a grande ou média empresa oferece aos seus administradores a possibilidade de atribuir aos seus auxiliares funções especializadas.

O mesmo não ocorre nas micro e pequenas empresas, em que, não raro, o proprietário é o homem dos 7 instrumentos ou dos muitos bonés: ele produz, ele compra, ele vende, ele administra etc.

Para agravar a situação, a decisão de montar um novo negócio ocorre, predominantemente, a pessoas que, experientes na produção ou na venda de determinados produtos ou serviços, se deixam atrair pela esperança de tornarem-se independentes e até - quem sabe? - ricos, abrindo uma pequena fábrica ou um modesto ponto de vendas.

A maioria dos micro e pequenos empresários tem essa origem: são bons de produção e bons de venda, mas, em geral, de administração (especialmente de administração financeira, que depende da assustadora lógica dos números) pouco ou nada conhecem.

Confrontados com a realidade dura que os obriga a desviar tempo daquilo que sabem e de que gostam de fazer para dedicá-lo à função financeira, ficam desorientados e se expõem a riscos que um pouco de conhecimento e de treinamento poderia neutralizar.

Quando se pesquisa com essas pessoas as razões pelas quais resistem à adoção de um sistema eficaz de gestão financeira, descobre-se que as mais citadas podem ser agrupadas em 2 grandes categorias:

a) na primeira categoria incluem-se as razões associadas às limitações pessoais do empresário que, talvez pela sua excessiva concentração nas atividades de produção e/ou vendas e consequente falta de experiência administrativa, acha demasiado difícil e trabalhoso controlar e gerir as finanças da empresa;

b) a segunda categoria é ainda mais grave porque não se refere a limitações pessoais de ordem prática, mas à incapacidade de perceber a importância fundamental da administração financeira para a sobrevivência e o sucesso da empresa. É comum que esses empresários se oponham a um maior envolvimento com as atividades de controle, afirmando que "não têm tempo para gastar com o que não dá dinheiro".

A quem se deparar com empresário dessa segunda categoria cumprirá convencê-lo, antes de qualquer coisa, de que o controle financeiro dá dinheiro de 2 formas cumulativas: evitando que se desperdicem recursos (centavo poupado é centavo ganho) e orientando ações que tendem a multiplicar esses recursos - controles de natureza financeira identificam pontos de evasão de dinheiro, antecipam possíveis situações de inadimplência e sugerem meios de melhor utilização dos recursos financeiros da empresa, concertando o que estiver ruim e melhorando ainda mais o que já está bom.

3. Instrumentos essenciais para o controle financeiro da pequena empresa

As micro e pequenas empresas - mais do que qualquer outra organização que vise lucros - devem primar pela simplicidade.

Sua regra administrativa básica deve orientar-se pela adoção de tudo o que seja essencial e pela eliminação de tudo o que seja supérfluo.

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

Assim, é certo que uma pequena organização não pode nem deve seguir o padrão organizacional de uma grande empresa, quer na sofisticação da sua estrutura administrativa quer na complexidade da parafernália burocrática das suas atividades operacionais ou de controle.

Como explanado, aqui examinaremos aquele que nos parece o principal entre todos os recursos de gestão financeira: o controle e o planejamento de caixa.

4. Controle de caixa

O controle de caixa é efetuado por meio de documento no qual são registradas as entradas e as saídas diárias de recursos financeiros da empresa.

Esses registros permitem a apuração do saldo de caixa referente a cada dia de operação, facilitando a utilização mais racional e lucrativa dos recursos disponíveis ou alertando o proprietário quanto à iminência de eventuais situações de inadimplência.

Naturalmente, uma boa administração financeira providenciará para que cada dia seja encerrado com um saldo positivo de caixa.

Entretanto, vale lembrar, desde já, que, longe de representar prova de boa administração financeira, um saldo de caixa excessivo e continuado pode ser indício de mau aproveitamento de recursos e de oportunidades (dado que dinheiro inativo não traz nenhum benefício à empresa), sendo melhor que fosse utilizado, dependendo da sua magnitude, em novos investimentos ou em oportunidades operacionais como, por exemplo, a antecipação de pagamentos com descontos.

Um formato para o relatório de controle de caixa (tomando por base uma empresa comercial) é sugerido e analisado a seguir, para um melhor entendimento:

Quadro 1 - Relatório de controle de caixa

Controle de Caixa

Mês: X

Descrição Dia 1 Dia 2 Dia 3 ...

Dia 30 Dia 31

Saldo inicial R$ 1.500,00 R$ 2.500,00 R$ 3.100,00

R$ 2.000,00 R$ 1.700,00

Entradas

Vendas a vista R$ 2.500,00 R$ 2.500,00 R$ 2.200,00

R$ 2.500,00 R$ 2.600,00

Vendas a prazo R$ 500,00 R$ 600,00 R$ 600,00

R$ 400,00 R$ 200,00

Outras entradas - - -

- -

Total das entradas R$ 3.000,00 R$ 3.100,00 R$ 2.800,00

R$ 2.900,00 R$ 2.800,00

Saídas

Pagtos. a fornecedores R$ 1.000,00 R$ 1.400,00 R$ 1.600,00

R$ 2.000,00 R$ 2.200,00

Despesas R$ 800,00 R$ 900,00 R$ 1.100,00

R$ 1.000,00 R$ 1.100,00

Outras saídas R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00

R$ 200,00 R$ 300,00

Total das saídas R$ 2.000,00 R$ 2.500,00 R$ 2.900,00

R$ 3.200,00 R$ 3.600,00

Saldo final R$ 2.500,00 R$ 3.100,00 R$ 3.000,00

R$ 1.700,00 R$ 900,00

O saldo inicial, mostrado na linha 1, representa o total de dinheiro à disposição da empresa no fechamento das operações do dia útil anterior, devendo incluir os totais do dinheiro em caixa, os saldos em contas bancárias e o valor dos cheques a vista em poder da empresa, excluindo-se,

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portanto, os cheques pré-datados, que só se tornam valores em caixa nas datas dos seus vencimentos.

A partir da linha do saldo inicial, o nosso demonstrativo de controle de caixa divide-se em 2 grandes grupos de linhas: entradas e saídas.

Convém deixar claro que a denominação da maioria dessas linhas, bem como o grau de detalhamento em que são abertas e a ordem em que aparecem, não obedece a nenhuma regra fixa, ficando a sua denominação, ordem e nível de detalhes a critério do empresário.

O primeiro elemento das entradas indicado no nosso exemplo representa as vendas a vista efetuadas em cada dia.

O segundo elemento, aqui chamado arbitrariamente de vendas a prazo, indica o total de duplicatas, cheques pré-datados e prestações (inclusive de cartões de crédito) liquidados em cada dia, por conta de vendas financiadas realizadas em datas anteriores.

O item seguinte - outras entradas - destina-se a valores de receitas não incluídas nas linhas anteriores. Nessa linha são incluídos os juros recebidos por pagamentos atrasados de clientes, assim como os rendimentos de investimentos de aplicações no mercado financeiro, empréstimos tomados e quaisquer outras entradas de dinheiro não classificáveis como vendas.

As saídas são sinteticamente divididas em pagamentos a fornecedores, despesas e outras saídas. A primeira divisão refere-se ao pagamento das mercadorias comercializadas pela empresa, enquanto as outras duas se referem, respectivamente, às suas despesas operacionais (salários, encargos sociais, luz, água, telefone, aluguéis, comissões de vendedores etc.) e a gastos não classificados nos itens anteriores (amortização de dívidas, juros passivos etc.).

A soma algébrica dos totais de entradas e saídas com o saldo inicial resulta no saldo final, que é a última linha do formulário aqui proposto e que vai indicar a quantas andamos, em termos financeiros, ao final de cada dia.

5. Planejamento de caixa

Como vimos, o relatório diário do controle de caixa é o registro de fatos consumados, sobre os quais não podemos exercer ações corretivas.

É como o hodômetro do nosso carro: informa, com fidelidade, o número de quilômetros que percorremos a cada dia, mas, sob o ponto de vista gerencial, tem serventia limitada porque não há arrependimento que consiga alterar a distância que percorremos ontem; tem uma inestimável validade informativa, mas não nos ajuda muito na administração futura das nossas finanças. Pode, até, indicar, por exemplo, que estamos deixando dinheiro demais inativo e que precisamos descobrir um meio de tirar melhor proveito dele, mas não nos ajuda a prevenir problemas de insolvência que podem surgir se as coisas continuarem como estão.

Para isso, precisamos de um relatório complementar que inclua uma previsão do futuro.

Voltando à analogia com o equipamento de um veículo: analisar o nosso relatório de controle de caixa é como esquadrinhar o espelho retrovisor do nosso carro - vemos o passado, o que já ficou para trás.

Todavia, como estamos marchando para frente, não podemos dirigir concentrados nas imagens do retrovisor - temos de usar o vidro da frente, o de trás e também os espelhos laterais, interpretando o que está ao nosso redor. É a única forma de evitarmos desastres.

Não se trata apenas de interpretar. Trata-se também de prever ou, pelo menos, de imaginar o que podemos encontrar além daquela curva ou daquela lombada.

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É isso que buscamos por meio do nosso relatório de fluxo de caixa ou de planejamento de caixa, esquematicamente exemplificado e comentado a seguir.

Quadro 2 - RELATÓRIO DE FLUXO DE CAIXA

Planejamento de Caixa

Período: 1o trimestre

Meses Mês 1 Mês 2 Mês 3

Descrição Previsão Real Previsão Real Previsão Real

Saldo inicial

R$ 1.000,00 R$ 800,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 600,00 R$ 600,00

Entradas

Vendas a vista R$ 4.500,00 R$ 4.000,00 R$ 4.200,00 R$ 4.200,00 R$ 4.200,00

Vendas a prazo R$ 500,00 R$ 50 R$ 40 R$ 300,00 R$ 400,00

Empréstimos - -

R$ 400,00 R$ 400,00 -

Outras entradas R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00

Total das entradas R$ 5.200,00 R$ 4.700,00 R$ 5.100,00 R$ 5.000,00 R$ 4.700,00

Saídas

Pagtos. a fornecedores

R$ 2.600,00 R$ 2.500,00 R$ 2.400,00 R$ 2.400,00 R$ 2.500,00

Despesas R$ 2.400,00 R$ 2.300,00 R$ 2.100,00 R$ 2.100,00 R$ 2.200,00

Pagtos. de empréstimos

- - - - R$ 200,00

Outras saídas R$ 300,00

R$ 400,00

R$ 300,00

R$ 200,00

R$ 300,00

Total das saídas R$ 5.300,00 R$ 5.200,00 R$ 4.800,00 R$ 4.700,00 R$ 5.200,00

Saldo final R$ 900,00 R$ 300,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 100,00

Como se vê, o formulário do Quadro 2 mostra resultados reais e previsões de caixa para o período de 3 meses.

Obviamente, as previsões precedem os dados reais, e a sua coexistência em um mesmo formulário visa apenas facilitar a comparação entre eles, identificando falhas de previsão e facilitando a sua correção.

São relatórios usualmente preparados para os períodos de maior conveniência para o empresário - podem ser semanais, mensais, trimestrais, semestrais ou anuais.

Nesse caso, para evitar uma profusão de colunas (coisa que só acarretaria uma complexidade desnecessária ao exemplo), optamos pelo período trimestral.

Entretanto, com maior frequência, usa-se o período semestral ou anual, revisando-se mensalmente as previsões, à medida que o desempenho real for sugerindo alterações e atualizações.

A cada mês, preenche-se a coluna do desempenho real e, de acordo com a experiência vivenciada, confirma-se ou altera-se a previsão válida para os meses subsequentes.

Nota-se que as linhas constantes do planejamento de caixa são aproximadamente as mesmas que constam do relatório do controle de caixa.

Os dois relatórios diferem apenas quanto à inclusão de previsões e quanto ao período ao qual se referem, sendo o controle diário, enquanto o planejamento envolve, na grande maioria das vezes,

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FINANÇAS EMPRESARIAIS

períodos mais extensos. (Nada impede que se faça um planejamento diário, mas o seu custo/benefício seria duvidoso em vista da carga de trabalho que acarretaria.)

Agora que temos uma visão antecipada dos acontecimentos, podemos gerenciar com habilidade o nosso caixa.

Por exemplo: no segundo mês do trimestre, ao verificarmos que o nosso caixa não dispunha dos recursos necessários para atender aos compromissos da empresa no mês subsequente, providenciamos um empréstimo que assegurou a sua liquidez e a sua reputação perante os fornecedores, o Fisco e os seus empregados.

Esse empréstimo, bem como o seu pagamento inicial e os juros correspondentes, aparece destacado dos itens "outras entradas" e "outras saídas" para melhor acompanhamento.

QUESTÕES OBJETIVAS

01- Diversas atividades são executadas em uma empresa:

Operações: são atividades executadas em função do negócio da empresa;

Investimentos: são atividades executadas em função das decisões de aplicações de recursos em caráter temporário ou permanente para dar suporte a atividades operacionais

Financiamentos: são atividades que refletem os efeitos das decisões tomadas sobre a forma de financiamento das atividades de operações e de investimentos.

Classifique as atividades a seguir relacionadas

em: Operações (O), Investimentos (I) e

Financiamentos (F), de acordo com sua natureza.

( ) captação de empréstimos

( ) compra de mercadorias para revenda

( ) compra de material de consumo

( ) venda de itens do ativo imobilizado

( ) venda de produto de fabricação própria

( ) recebimento das vendas de mercadorias

( ) gastos com fabricação de produtos

( ) compra de máquinas e equipamentos

( ) integralização de capital da empresa pelos acionistas

( ) pagamento de aluguel da loja

Marque a alternativa com a sequência

correta

a) F O O I O O O I F O

b) O O O I O O O I F F

c) F O O O O O O I F O

d) F I O I O I O I F O

02 - Terezinha Menezes investiu R$ 25.000 na Companhia Laranjeiras. A empresa declarou recentemente sua falência e tem R$ 60.000 em dívidas a pagar. EXPLIQUE a natureza da RESPONSABILIDADE, se houver, da Sra. Terezinha Menezes em cada uma das seguintes situações. a) A Companhia Laranjeiras é uma Firma Individual cuja dona é a Sra. Terezinha Menezes

b) A Companhia Laranjeiras é uma Sociedade Limitada (50% da Sra. Terezinha Menezes e 50% de Francisco Venceslau), sendo que ambos já integralizaram todo o Capital Social.

c) A Companhia Laranjeiras é uma Sociedade Anônima.

03 – A Empresa Thomaz Livros fornece livros técnicos para livrarias de colégios e universidades. Os livros são enviados com uma condição de que eles têm de ser pagos dentro de 30 dias, mas podem ser devolvidos por uma total restituição do crédito em 90 dias. A Empresa Thomaz Livros faturou e enviou títulos de livros no total de R$ 760.000. As entradas líquidas provenientes da cobrança dos títulos de dívida totalizaram R$ 660.000 durante o ano. A empresa gastou R$ 300.000 adquirindo os livros enviados. a) Usando a contabilidade baseada no regime de competência, mostre o resultado da empresa para o ano passado.

b) Usando a contabilidade baseada no regime de caixa, mostre o fluxo de caixa da empresa para o ano passado.

c) Qual dessas demonstrações apresenta o resultado real da empresa? Por quê?

04- Uma empresa analisa dois projetos de investimentos, independentes e excludentes, isto é, só poderá escolher um desses investimentos.

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Julgue os itens a seguir, relativos ao processo de decisão da empresa e aos conceitos da administração financeira.

a) O investimento que apresentar o maior valor presente líquido deverá ser preferido.

b) Para que o projeto seja considerado atraente, a taxa interna de retorno exigida para cada investimento deve ser sempre inferior à inflação.

c) Se houver inflação, a taxa nominal de juros considerada para os investimentos será superior à taxa real de juros.

d) Quando o projeto atinge o ponto de equilíbrio, isso significa que seu retorno é, no mínimo, igual a seus custos fixos.

e) Custos fixos são iguais a zero sempre que uma empresa pára de produzir.

05- Você trabalha na área financeira e o novo diretor financeiro quer saber qual é estrutura de capital da empresa. Quais são os itens que compõem a estrutura de capital?

a) capital dos funcionários, dos fornecedores.

b) capital da sociedade.

c) capital de terceiros e próprio.

d) capital de terceiros e da população.

06- A Cia. Katrina elabora, anualmente, seu Planejamento Financeiro, com ênfase no Fluxo de Caixa Projetado. A previsão de vendas para o 1º trimestre de 2011 é a seguinte:

Realizado em Dezembro 2010 ___ R$ 50.000,00

Janeiro 2011 ___ R$ 80.000,00

Fevereiro 2011 ___ R$ 60.000,00

Março 2011 ___ R$ 50.000,00

Considerando que a política de vendas da empresa é de 60% à vista e 40% em 30 dias, a entrada de caixa prevista para janeiro de 2011, em reais, será de:

a) 54.000,00

b) 58.000,00

c) 60.000,00

d) 68.000,00

07- A função responsável por certas atividades da empresa, como estimativa de margem de lucro de cada produto ou serviço, conciliação bancária e orçamento, é a:

a) financeira

b) de produção

c) mercadológica

d) de recursos humanos

08- Acerca da administração financeira de uma empresa, é correto afirmar que:

a) o regime de competência, diferentemente do regime de caixa, considera as receitas no momento da entrada do recurso financeiro na empresa.

b) as decisões do administrador financeiro a respeito da aplicação dos recursos da empresa são apresentadas no lado direito do balanço patrimonial.

c) compra e armazenamento de insumos, movimentação e distribuição de produtos finais, ações de publicidade e propaganda são atividades operacionais.

d) um capital de R$ 30.000,00, aplicado por 2 meses a uma taxa de 1% ao mês pelo regime de capitalização composta, rende juros de R$ 600,00 ao final do período.

09- A ocorrência de Alavancagem Operacional é resultante da(o):

a) operação de compra e venda, quando o valor da venda é superior em, pelo menos, 50% ao valor da compra.

b) presença de encargos financeiros fixos no fluxo de lucros da empresa.

c) existência de custos operacionais fixos no fluxo de lucros da empresa.

d) constatação da existência de custos operacionais fixos, simultaneamente à existência de encargos financeiros fixos e, ainda, dividendos elevados na estrutura operacional da empresa.

10- A empresa na qual trabalha está precisando de recursos financeiros adicionais e a possibilidade de organizar a empresa sob a forma de sociedade por ações está sendo analisada. Foi solicitado que você verificasse a questão da responsabilidade.

Neste caso, seria correto afirmar que na sociedade por ações:

a) os acionistas são pessoalmente responsáveis por obrigações da sociedade.

b) os acionistas não são pessoalmente responsáveis por obrigações da sociedade.

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c) todos os empregados são pessoalmente responsáveis por obrigações da sociedade.

d) a sociedade em geral é pessoalmente responsável por obrigações da sociedade.

11- Pode-se definir retorno sobre investimentos como o(a):

a) total de ganhos ou prejuízos dos proprietários, decorrentes de um investimento durante um determinado período de tempo.

b) total de lucros ou prejuízos obtidos pelo proprietário do capital investido em um ativo não monetário por um período de tempo sempre superior a um ano.

c) possibilidade de ocorrer lucro ou prejuízo decorrente da aquisição de um ativo intangível ou infungível, num determinado período de tempo.

d) certeza de ocorrência de um ganho sobre um investimento realizado, pelo prazo mínimo de três anos.

12- Num fluxo de caixa em que o valor do investimento inicial é R$ 100.000,00 e os resultados esperados são: R$ 20.000,00, no primeiro ano; R$ 30.000,00, no segundo; R$

25.000,00, no terceiro; R$ 35.000,00, no quarto e R$ 40.000,00, no quinto, o elemento que a empresa deve utilizar para tomar a decisão no tempo 0 (zero) é denominado:

a) custo de depreciação.

b) custo de oportunidade.

c) taxa de risco.

d) taxa de desconto.

13- No que se refere à administração financeira, julgue os itens a seguir.

____ No que diz respeito ao valor do dinheiro no tempo, é correto dizer que o valor futuro envolve a aplicação de juros compostos sobre um montante atual para obter o montante futuro. mais utilizadas para se avaliar alternativas de investimentos.

___ No processo de tomada de decisão quanto a determinado investimento, é correto dizer que, quando o valor presente líquido é negativo, o projeto é viável, devendo ser aceito a partir desse critério.

___ Amortização de empréstimo é uma expressão bastante utilizada na administração financeira. Ela se refere a determinação dos pagamentos para retornar ao credor um valor

tomado de empréstimo, e não envolve taxas de juros determinadas.

____ Os juros simples são calculados tanto sobre o principal quanto sobre os juros que incidem sobre o principal inicial em períodos anteriores.

14- Na administração financeira, o critério de maximização do lucro é geralmente bastante aceito, embora apresente algumas deficiências.

Com relação às deficiências desse critério, assinale a opção incorreta.

A) Desconsidera os riscos ou as incertezas do mercado.

B) Ignora a variação do valor do dinheiro com o passar do tempo.

C) É insuficiente para garantir a eficácia do processo decisório.

D) Apresenta ambigüidade no cálculo do que vem a ser o lucro.

E) Conduz à igualdade na distribuição dos benefícios econômicos.

15- Acerca de noções de administração financeira, julgue os itens a seguir.

a) Bancos, investidores, fornecedores e capital próprio são fontes de recursos para financiar as atividades das empresas.

b) Os valores referentes a caixa, bancos conta movimento, aplicações financeiras de liquidez imediata e mercadorias em estoque são registrados no ativo circulante.

c) Se uma empresa tem, em seu balanço patrimonial, R$ 75.500,00 no ativo circulante, R$ 58.600,00 no passivo circulante e R$ 12.000,00 em estoques, então seu índice de liquidez corrente é de 1,08.

d) No regime de juros compostos, um capital de R$ 75.000,00, aplicado por 2 meses à taxa de 5% ao mês, rende juros inferiores a R$ 7.600,00.

e) Compra de ativo imobilizado é classificada como atividade de investimento.

16- Com referência a noções de administração financeira, julgue os itens que se seguem.

a) Na aplicação dos recursos da organização, com o objetivo de obter os melhores retornos de capital, o administrador financeiro deve procurar alternativas que ofereçam ou o menor risco ou o maior retorno.

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b) Considere que, em uma operação comercial, sejam apresentadas duas opções de pagamento da dívida:

· 10 parcelas com juros compostos de 1,5% ao mês; ou

· 24 parcelas com juros compostos de 4,7% ao trimestre.

c) Nessa situação, o uso do cálculo da equivalência de taxas permite identificar a melhor alternativa.

d) Considere que uma dívida de R$ 50.000,00 deverá ser quitada por este valor em 2 meses e que ela foi contratada com juros de 2% ao mês sob o regime de capitalização composta. Nessa situação, o seu valor presente é inferior a R$ 48.000,00.

e) O tempo necessário para se recuperar um investimento efetuado é chamado de payback.

f) A análise dos valores registrados no ativo circulante e no passivo circulante permite avaliar a capacidade de uma empresa saldar suas dívidas de curto prazo.

Texto para os itens de 17 a 25

Pedro, técnico em administração e orçamento de uma empresa de pequeno porte — Zetamix — que fornece material de escritório para algumas instituições públicas do Distrito Federal (DF), trabalha com fluxo de caixa dividido por oito semanas. Na quarta-feira passada, ele tomou conhecimento de que não ocorreu a venda de um lote de material cuja entrada no fluxo estava prevista para o dia anterior. Ele prontamente retificou o fluxo de caixa, retirando essa previsão.

Ao final do bimestre, ele fará o próximo relatório para entregar ao administrador financeiro da empresa.

O fluxo de caixa de uma instituição é uma ferramenta que demonstra de forma antecipada as entradas e saídas de recursos, com a finalidade de permitir ao administrador a tomada de decisões referentes à disponibilidade de caixa.

A partir dessas informações e com base na situação hipotética descrita e nos princípios que norteiam a administração financeira, julgue os itens seguintes.

17 Pedro não agiu corretamente ao retificar imediatamente o fluxo de caixa quando soube que a venda do lote de material não se concretizara, pois, como o próximo relatório será elaborado ao final do bimestre, esse

procedimento fará com que o gestor perca a visão global de todo o processo de entrada e saída de recurso.

18 A emissão do relatório de fluxo de caixa deve ser uma rotina normal da empresa; assim, visando auxiliar a tomada de decisões pelo administrador financeiro, em vez de apresentar o relatório das oito próximas semanas apenas ao final do bimestre, seria mais adequado que Pedro o disponibilizasse semanalmente.

19 A falta de controle do movimento do caixa da empresa acarreta problemas como o desconhecimento do volume correto e da origem dos recebimentos, bem como do volume e do destino dos pagamentos.

20 Em instituições muito complexas, como, por exemplo, a prefeitura de uma cidade de grande porte, o fluxo de caixa é uma ferramenta administrativa dispensável para o planejamento financeiro, pois a variedade de atividades operacionais envolvidas impede o lançamento adequado das entradas e saídas de recursos correspondentes a essas atividades.

21 A gestão financeira pode ser definida como um conjunto de ações e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, a análise e o controle das atividades financeiras da empresa, cujo objetivo é melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar o valor do patrimônio por meio da geração de lucro líquido proveniente das atividades operacionais.

22 Um plano de contas eficiente deve apresentar dados contábeis que reflitam com clareza a natureza operacional, administrativa e legal da instituição. No plano de contas da empresa Zetamix, contas a receber deve ser registrado no passivo, enquanto contas a pagar deve ser registrado no ativo.

23 Nas decisões a respeito dos investimentos da empresa, o administrador financeiro deve considerar o risco, fator que pode comprometer significativamente os resultados esperados. Nesse sentido, e com o objetivo de maximizar os valores aplicados, o administrador financeiro deve optar pelos investimentos que apresentam os menores riscos entre as opções disponíveis.

24 Um capital da empresa Zetamix aplicado à taxa nominal de 6% ao ano, capitalizado mensalmente pelo regime de juros compostos,

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terá, ao final de 8 meses de aplicação, suas taxas nominal e efetiva iguais.

Ainda com relação situação hipotética descrita anteriormente, julgue os próximos itens.

25 Suponha-se que a empresa Zetamix tenha de efetuar, em 90 dias, um pagamento no valor de R$ 60.000,00 referente a uma dívida cuja taxa de juros empregada foi de 3% ao mês, pelo regime de capitalização composta, e que tenha decidido antecipar o pagamento da dívida para a data atual.

Nesse caso, a empresa deverá pagar um valor superior a R$ 54.700,00.

26 Considerem-se as informações da empresa Zetamix apresentadas na tabela a seguir.

Ativo total R$ 350.000,00

Ativo circulante R$ 55.000,00

Caixa R$ 6.000,00

Estoques R$ 9.000,00

Passivo total R$ 47.000,00

Passivo circulante R$ 25.000,00

Nessa situação, o índice de liquidez seca da empresa é superior a 1,7.

27- A respeito de administração financeira, julgue o próximo item.

As decisões financeiras inerentes à atividade de uma empresa — de captação e aplicação de recursos — são interdependentes, pois a viabilidade dos negócios a longo prazo tem de assegurar aos capitais investidos na empresa remuneração superior ao retorno esperado pelos investimentos que ela realiza.

28 – Uma sociedade de responsabilidade limitada, formada por cinco sócios, no encerramento de um exercício em que ocorreram fortes perdas operacionais, apresentava a seguinte composição do seu capital social, em reais:

Histórico Sócio P Sócio Q Sócio R Sócio

S

Sócio

T

Capital

subscrito 500.000 300.000 100.000 60.000 40.000

Capital a

realizar 0 100.000 80.000 50.000 40.000

Face aos prejuízos apurados e à grande retração dos negócios no seu ramo de atividade, a sociedade não resistiu, ocorrendo a sua insolvência. Na ocasião, foi levantada a seguinte situação dos sócios:

• P tem bens particulares de valor muito elevado e forte capacidade de pagamento;

• Q só tem bens particulares em valor igual ao do capital a realizar;

• T não tem bens particulares, mas tem condições para pagar 50% do capital a realizar;

• R e S não têm nem bens particulares nem condições de assumir o capital a realizar.

De acordo com as determinações da

legislação vigente,

(A) o sócio P não tem mais nenhuma responsabilidade, uma vez que realizou todo o capital subscrito.

(B) o sócio Q realiza sua parte, o sócio T, 50%

da sua, e o sócio P responderá pela parte não

integralizada pelos sócios R, S e T.

(C) os sócios que não integralizaram o capital têm que assumir tal responsabilidade, tenham ou não bens particulares ou capacidade de pagamento para tal.

(D) como os sócios Q e T têm condições para isso, terão de responder sozinhos pela integralização do capital até o limite de seus bens particulares ou da sua capacidade de pagamento.

(E) como o sócio T só tem capacidade de

pagar 50% do capital a realizar e os sócios R e

S não têm bens particulares nem capacidade de pagamento, os credores ficarão com o prejuízo.

29 João e José Silva resolveram constituir a Empresa Irmãos Silva Ltda., em 01 jul. 2004, com capital social de R$ 10.000,00, totalmente integralizado em dinheiro.

As primeiras operações da empresa foram:

• aquisição de móveis e utensílios por R$ 8.000,00, sendo pagos no ato R$ 2.000,00 e o restante a ser pago em três prestações mensais iguais e sucessivas;

• aquisição de um computador usado, à vista, por R$ 1.000,00;

• aquisição de mercadorias para revenda, a prazo, por

R$ 5.000,00;

• obtenção de um empréstimo bancário de R$ 3.000,00, recebido em dinheiro, na ―boca‖ do caixa;

• pagamento, em dinheiro, de uma das três parcelas da compra de móveis e utensílios descrita acima.

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Após estas operações, o saldo da conta Caixa da empresa, em reais, passou a ser de:

(A) 6.000,00, credor.

(B) 6.000,00, devedor.

(C) 8.000,00, devedor.

(D) 8.000,00, credor.

(E) 10.000,00, devedor.

No que tange às modernas técnicas de

administração financeira, julgue os itens

seguintes.

30 O planejamento financeiro permite evidenciar as necessidades de expansão da empresa, bem como identificar eventuais desajustes futuros. Possibilita também a seleção, com maior margem de segurança, dos ativos mais rentáveis e adequados aos negócios da empresa, de forma a otimizar a rentabilidade sobre os investimentos.

31 O nível e a importância do capital de giro variam em função das características de atuação de cada empresa, do desempenho da conjuntura econômica e da relação entre risco e rentabilidade desejada.

32 Em qualquer ramo empresarial, os itens circulantes, quando comparados aos ativos fixos, apresentam sempre maior rentabilidade e menor divisibilidade. Essas características justificam o constante aporte de capital na manutenção de um elevado capital de giro.

33 Uma das fontes de financiamento de longo prazo à disposição das empresas é a subscrição pública de suas ações por uma instituição financeira não-bancária, visando à colocação posterior dessas ações no mercado acionário do tipo residual (standby), operação em que a instituição financeira não se responsabiliza, no momento do lançamento, pela integralização do total das ações emitidas, mas compromete-se a fazê-lo após um período de negociação das novas ações, caso o mercado não as absorva integralmente.

34 O orçamento geral é o resumo dos planos da organização e estabelece metas específicas das atividades de venda, produção, de distribuição e financeira. É, geralmente, representado por um orçamento de caixa, uma demonstração de resultado orçada e um balanço patrimonial orçado.

35 Quando se emprega o orçamento flexível para avaliação de desempenho, os custos reais são comparados com os custos do orçamento original, o que facilita a

interpretação e os ajustes entre os custos orçados e os custos reais.

Acerca dos conceitos de alavancagem e

das análises de demonstrações financeiras

e de investimentos, julgue os próximos

itens.

36 As demonstrações financeiras reúnem informações de curto e de longo prazos da empresa, as quais podem ser analisadas separadamente ou integrar um sistema de informação gerencial.

37 A estimativa do fluxo de caixa de um projeto a ser implantado é uma das etapas da análise de investimentos.

38 A alavancagem financeira é representada pelo uso de ativos operacionais, com custos e despesas fixas, com o objetivo de se garantir aos acionistas o retorno.

39 Para que se possa calcular o valor presente de determinada opção de investimento, deve-se determinar a taxa de desconto a ser utilizada, a qual é definida em função do custo do capital e do risco.

40 A análise das demonstrações financeiras é realizada a partir do balanço social da empresa, o qual apresenta bens, direitos, obrigações e capital dos proprietários no encerramento de cada exercício.

A respeito de planejamento financeiro, administração do capital de giro e fontes de financiamento de longo prazo, julgue os itens que se seguem.

41 O uso de capital de terceiros, que consiste na utilização de recursos externos sob a forma de endividamento, é uma das formas de se realizar financiamento de longo prazo.

42 No Brasil, a concessão de financiamento de longo prazo é atribuída aos bancos de desenvolvimento, como o BNDES, sendo vedada a participação de bancos comerciais nesse segmento financeiro.

43 A administração do capital de giro consiste no conjunto de tarefas relacionadas ao planejamento financeiro de longo prazo da empresa.

44 O planejamento financeiro de longo prazo deve refletir os objetivos traçados no planejamento estratégico da empresa.

45 A gestão e a projeção do orçamento de caixa para períodos inferiores a um ano inserem-se no âmbito do planejamento financeiro de curto prazo.

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QUESTÕES SUBJETIVAS

1. Conceitue administração financeira e finanças corporativas. Comente como as empresas obtêm seus recursos financeiros.

2. Qual o objetivo normativo da administração financeira? Por que a maximização dos lucros não é um bom objetivo para a administração financeira?

3. Quais as atividades-chave do administrador financeiro? Como podem ser identificadas nas demonstrações financeiras?

4. Comente detalhadamente a decisão de investimento e a decisão de financiamento. Dê exemplos.

5. Como o administrador financeiro atua na busca de melhores resultados operacionais da empresa? Baseie-se na demonstração de resultados.

6. Por que ocorrem conflitos entre administradores e proprietários? Quais objetivos devem prevalecer?

7. Quais as ciências com as quais a administração financeira mais se relaciona? Mostre a importância de cada uma delas para as finanças. Em sua opinião, qual a que mais contribui para a área financeira? Justifique sua resposta.

8. Como as empresas podem ser organizadas? Comente sobre as empresas individuais e sociedades limitadas.

9. Conceitue sociedade anônima e comente sobre quais as vantagens e desvantagens de uma sociedade anônima brasileira à luz da nova Lei das Sociedades Anônimas.

10. Escolha uma empresa do seu bairro ou de sua cidade e descreva como ela é organizada financeiramente. Pode ser a empresa em que você trabalha ou de que participa.

Sugestões de perguntas: Como a empresa é constituída? Qual a sua estrutura? Como se dá a gestão financeira da empresa? Quais as fontes de financiamento da empresa?

QUESTÕES

1) A empresa Binacional S.A . apresenta em seu Balanço Patrimonial projetado, antes do final do ano, os seguintes valores no Circulante.

ATIVO CIRCULANTE $1.200.000 PASSIVO CIRCULANTE $1.000.000

Todavia, o seu presidente não está contente com a liquidez corrente (AC/PC) de 1,20. Ele determina ao seu contador que a liquidez corrente deverá ser igual a 2,00.

( ) a) É impossível modificar esta

situação, considerando-se que estamos próximos ao final do ano. Natal não é um período de se fazer ―malabarismo contábil‖.

( ) b) A única alternativa é o contador

―fajutar‖ o Balanço Patrimonial. Já que houve o caso da ENRON nos EUA, tudo bem!

( ) c) A solução seria pagar $ 800.000

da dívida a curto prazo da empresa, considerando que há caixa para isto.

( ) d) Não é possível porque a Colômbia

é o país mais violento do mundo. 2) O Gerente do Banco Precavido S. A.

suspende um empréstimo de $ 1.800.000 que seria concedido ao Supermercado Progresso Ltda. O Patrimônio Líquido do Supermercado ultrapassa $ 20 milhões, o endividamento é baixo e a TRI, de 35%. A razão fundamental é que a Liquidez Seca (AC – Estoque)/PC) do supermercado é de 0,30, enquanto outras empresas de diversos ramos de atividades apresentam índice superior a 1,00.

( ) a) O Gerente está certo, pois de

nada adiantam bons índices se um índice de liquidez (que mede a capacidade de pagamento da empresa) for demasiadamente baixo. Supermercados têm Liquidez Seca elevada.

( ) b) O Gerente está errado, pois está

comparando o índice de Liquidez Seca do Supermercado Progresso Ltda com diversas empresas da Argentina.

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( ) c) O Gerente está errado, pois Liquidez Seca é um índice irrelevante para se medir a capacidade de pagamento da empresa. Além do mais tem que se considerar a conquista do penta.

( ) d) O Gerente está errado, pois não

está considerando as peculiaridades do negócio do seu cliente.

3) O Auto-ônibus São Jorge S. A. não

solicitará, embora esteja carente, empréstimo para Capital de Giro ao Banco da Baronesa S.A. Seu Diretor-Presidente faz o seguinte comentário:

―I – Somos uma empresa recém-constituída (2,0 anos). Considerar que há empresas que fazem empréstimos antes de iniciar atividades II – O nosso Índice de Liquidez Corrente é de 0,76 ( muito baixo). Considerar que é empresa prestadora de serviços III – Não temos Duplicatas a Receber para garantir o empréstimo necessário.‖ Considerar que a empresa vende à vista.

( ) a) As justificativas I, II, III são verdadeiras.

O presidente está certo em não solicitar o empréstimo.

( ) b) As justificativas I, II, III não são

depreciativas para empresa. O presidente deveria solicitar o empréstimo.

( ) c) A justificativa I não é empecilho para

obter empréstimo. As justificativas II e III são verdadeiros empecilhos. O presidente está certo, não deve solicitar o empréstimo.

( ) d) A justificativa I é um obstáculo real para

se obter empréstimo. Todavia, as justificativas II e III não são obstáculos . O presidente poderia tentar solicitação de empréstimo.

4) O Banco Enjoadinho S. A . dispõe, em seu manual de normas, que o limite de crédito para seus clientes será estipulado de maneira que o Capital de Terceiros não ultrapasse 60% dos recursos totais antes da concessão do empréstimo. Seu Cliente ―A Rainha da Massagem Ltda‖ apresenta o seguinte Balanço Patrimonial resumido:

BALANÇO PATRIMONIAL RESUMIDO

Ativo Passivo e PL

Circulante 180.000

Realizável a LP

320.000

Permanente 700.000

Circulante 400.000

Exigível a LP

200.000

Patrimônio Líquido

600.000

Total 1.200.000 Total 1.2000.000

O limite do crédito desta empresa será de: ( ) a) 720.000.000. ( ) b) 360.000.000. ( ) c) 120.000.000. ( ) d) 60.000.000. 5) Se você fosse obrigado a escolher

apenas três índices para avaliar uma empresa, qual das opções julgaria mais conveniente:

( ) a) Liquidez, Endividamento e

Rentabilidade (Tripé)

( ) b) Rentabilidade, Guerra no Iraque e liquidez absoluta.

( ) c) Liquidez corrente, Mercado Comum Europeu e imobilização do patrimônio líquido.

( ) d) Participação de capitais de

terceiros, MBA na FGV e rentabilidade.

6) Uma empresa tem ativo Circulante de

$ 1.800.000 e Passivo Circulante de $ 700.000. Se fizer uma aquisição extra de mercadorias, a prazo, na importância de $ 400.000, seu índice de liquidez corrente (AC/PC) será de (considerar que uma

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CURSO DE ESTRATÉGIAS E

FINANÇAS EMPRESARIAIS

compra a Prazo aumenta Estoque e Fornecedores) :

( ) a) 3,1. ( ) b) 1,6. ( ) c) 4,6. ( ) d) 2,00

7) uma empresa com índice de liquidez corrente igual a 0,80: ( ) a) Está falida ( ) b) Não consegue pagar suas dívidas. ( ) c) Deve providenciar urgentemente

uma redução simultânea da mesma importância no Ativo e Passivo Circulante.

( ) d) Dependendo de outros fatores,

pode ser capaz de pagar suas dívidas sem problemas.

8) Uma empresa que apresente grandes

lucros: ( ) a) Sempre terá plenas condições de

pagar suas contas em dia, pois lucro é situação financeira.

( ) b) Poderá, em certas circunstâncias,

ter dificuldades em pagar suas contas em dia.

( ) c) Terá que dividir o lucro com o FMI ( ) d) Deve manter certa quantia

depositada em títulos de renda fixa para enfrentar os anos de ―vacas magras‖ por exigência do Banco Mundial.

9) A Cia. Tirateima Ltda. apresenta os

seguintes índices de liquidez imediata:

2008 0,14 2009 0,12 2010 0,105

As informações comerciais evidenciam os seguintes atrasos nos pagamentos da Cia. Tirateima: 2008: atraso de 10 dias.

2009: atraso de 25 dias. 2010 :atraso de 45 dias. Podemos dizer o seguinte: ( ) a) Para efeito de análise de crédito o

índice de Liquidez Imediata, já apresentado, é irrelevante, não devendo ser considerado.

( ) b) Nos dias atuais há uma tendência

de todas as empresas atrasarem; portanto, não levaremos em consideração os atrasos citados acima.

( ) c) Com uma inflação alta a empresa

tende a reduzir o seu disponível para não haver corrosão monetária pela inflação. Portanto não se considera a queda deste índice.

( ) d) Os dados apresentados acima são

relevantes para efeito de análise, devendo ser considerados.