Curso de Cozinha Macrobiótica_1ºFdS

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    Curso de Macrobitica 2004/2005 1 Fim-de-.semana

    Tema: Esprito e objectivo do curso. Origem da MB09.10.2004

    1. Definio de Macrobitica

    A macrobitica :

    Um mtodo alimentar nutritivo, delicioso e ecolgico.

    A ecologia comea no nosso aparelho digestivo: nas nossas opesalimentares, no impacto na nossa sade e na dos outros.

    Maior expresso de amor para com os aspectos da vida: alimentos, o prprio, a

    sociedade, o ambiente e a Natureza.

    Todos os fenmenos esto ligados e tudo o que existe indivisvel.

    Forma de criar a liberdade pessoal e ganhar auto-controlo sobre as nossasvidas.

    Na MB no existem gurus, cada um responsvel por aquilo que lheacontece e pelo seu percurso, em geral. Muitas vezes a vida umboomerang, o que se d recebe-se. A maior parte das vezes vivemos comsensao de que temos que fazer uma srie de actividades que nogostamos, mas na realidade escolhemos faz-las. De facto, no leque deoportunidades de coisas que podemos fazer tomamos as nossas opes,por isso escolhemos fazer e no temos que...viver assim, talvez sejamenos pesado.

    Estudo da mudana estudo como os estados de energia na natureza mudam.

    Tudo impermanente, apesar de existirem ciclos naturais de mudana,basta observar a natureza e os seus ciclos fixos (estaes, dia,..).Podemos conhecer esses ciclos e ajustar-nos, mais do que querermos

    alterar e controlar os ciclos naturais.Da a importncia de conhecer as leis bsicas da natureza!

    Os mtodos ocidentais e orientais so substancialmente diferentes, emtermos simplistas e figurativo:

    Mtodo oriental: Observar, meditar e adaptar-se Mtodo Ocidental: Bater com a cabea na parede e ficar magoado,

    voltar a bater com a cabea e voltar a ficar magoado e...concluirque est a bater com a cabea na parede e que isso magoa.

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    Aprender a fluir com a mudana e adaptarmo-nos, talvez seja este o princpiopara a felicidade e sade.

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    Frase de um mestre de guerra japons:

    Quando o inimigo avana eu recuo;Quando o inimigo recua eu avano;Quando o inimigo est parado eu paro.

    Aprender a reconhecer as situaes nas quais se deve avancar, parar e esperarou recuar.

    Definio de

    MB:

    Significa grande vida, criar uma vida maior e mais rica e

    colocar-nos em contacto com o que mais importante nanossa vida.

    2 . Breve Histria da Macrobitica

    Os trs estdios no desenvolvimento da MB:

    Anos 60: esprito e filosofia; Anos 70: Sade pessoal e a dieta curativa; Anos 80/90: preocupaes sociais e ambientais.

    A MB uma abordagem emprica e tradicional, contudo nos ltimos anos,alguns aspectos tm vindo a ser comprovados cientificamente.

    Criar Unidade e Mudana

    A educao MB baseia-se na compreenso de que tudo est interligado somosum produto do nosso ambiente.

    Shiu Do Io Ji: Corpo e a terra no esto separados.

    Pessoas com contributo importante na MB

    Von Hufeland mdico do sc. XVIII (Goethe); Ekken Kaibara; Sagen Ishizuka: mdico que falou sobre a relao sdio/potssio) George e Uma Ohsawa; Michio e Aveline Kushi; Shizuko Yamamoto;

    Herman.

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    Von Hufeland 1876 macrobitica ou a arte de prolongar a vida humana.Utilizou a expresso de fora de vida, cuja ideia base tem um cariz oriental: Ki Japo, Chi China ou o prana na ndia.

    Ekken kaibara (1630 1716) Yojukun, segredos japonezes para uma boa

    sade Estudioso da Natureza e dos princpios ticos e sociais.

    Sagan Ishizuka Incio da MB moderna. Falou sobre a importncia doequilbrio entre o sdio e o potssio. Para ele a alimentao era a causa de tudoe fonte de espiritualidade. Foi de facto um cientista que estudou vriasvertentes do conhecimento.Relativamente relao do sdio/potssio no sangue deve ser :

    K / na = 5 7 para 1

    Os cereais e vegetais so alimentos com este equilbrio natural.

    Actualmente sabe-se que este equilbrio no existe tanto no sangue mas nasclulas.

    Fundou a primeira organizao MB.

    George Ohsawa (1893 1966) - Principal difusor da MB. Pertencia a umafamlia de samurais falidos (os samurais em termos de hierarquia no Japosituavam-se logo aps o Imperador, sendo seguidos pelos

    agricultores,...,comerciantes).

    George Ohsawa curou-se de uma tuberculose na adolescncia. Tornou-se umhomem de negcios e um francfono, tendose mudado para Frana em 1929.

    Foi o verdadeiro pioneiro da MB e o seu principal difusor no Ocidente. Ficouconhecido como terapeuta e pela dieta n7 (arroz integral com gomsio).

    Fez vrias experincias com transmutaes biolgicas, por exemplo no Saara,onde conseguiu produzir sdio em potssio a baixos custos, em conjunto com

    um fsico francs. Nunca vendeu a patente pois nunca considerou que osinteressados tinham os valores humanos adequados.

    Um dos seus sonhos era criar os jogos olmpicos da espiritualidade.

    Foi um homem controverso mas incrivelmente inteligente.

    Oshawa tipificou 10 dietas diferentes:

    N 1 ....N 2 ....

    N 3 ....N 4 ....

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    N 5 Cereais integrais, vegetais e sopaN 6 Cereais integrais com poucos

    vegetaisN 7 Arroz integralN - 1 ....

    N - 2 ....N - 3 Comer de tudo.

    Para ele os processos de cura baseavam-se em dois factores: Alimentao; Abertura.

    Aps Oshawa:

    Michio e Aveline Kushi; Hermana e Cornlia Aihara; Shizuko Yamamoto; Noboru Muronoto; Tomio e Bernadette Kikuchi; Franoise Rivira e Ren Levy.

    Espiral da Criao :

    Mundo de Unidade ; Polarizao : Yin/yang. -.- - espiral

    Para criar o que quer que seja necessrio que existam dois plos opostos.

    Mundo da vibrao Mundo da energia (sensorial) pr-atmica Mundo dos elementos; Mundo vegetal; Mundo animal; Espcie Humana.

    Quais as consequncias:

    Todos os fenmenos esto interligados; Todos os fenmenos tm a mesma origem.

    Procura da sensao de unio: Vertical: natureza... Horizontal: uns com os outros.

    Na nossa era a unio procurada apenas em termos horizontais.

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    Recomendao: 10 livro de fotografia de um sueco, to da fsica de FritjottCapra e O homem esse desconhecido de Alexis Carrel.

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    Tema:Espiral da Criao. Evoluo Biolgica .09.10.2004

    1. Teste de Sade

    Definio de sade: equilbrio e bem- estar fsico e emocional.

    Teste:

    1 Condio: Vitalidade (0-5)

    Para a maior parte da populao ocidental normal estar cansado etenso. O stress fsico est relacionado com o bao, pncreas e fgado. Aingesto de produtos animais provoca maior stress fsico.

    Ter em ateno que existe uma diferena entre stress e dificuldades eque muitas vezes ns prprios condicionamos o resultado da nossavida...muitas coisas so apenas meros pontos de vista.

    2 Condio: Bom apetite (0-5)

    No s apetite pela comida mas pela vida! Estarmos ligados!

    3 Condio: Sono profundo (0-5)

    Adormecer rapidamente e acordar hora do despertador com energia

    para o dia.

    4 Condio: Memria (base do discernimento) (0-10)

    Yang (passado) _______________________________________Yin (futuro)Contrados Sonhad

    ores

    Os acares e drogas podem ser causas de falta de memria. Uma colher de ch de acar branco desmineraliza durante trs dias.

    O queijo no nos deixa esquecer os aspectos pesados da vida.

    Se formos saudveis os aspectos da vida entram, transformam esaem...no ficam em ns!

    A memria no est armazenada algures, as emisses so as mesmas,sendo as clulas que captam essas emisses...Passado, Presente e Futuroprocessam-.se simultaneamente...as clulas captam as imagens.

    5 Condio: Bom Humor (0 -10)

    O humor ajuda-nos a ver o paradoxo da vida. A palavra japonesa Kan-Shaku significa dor/escravo do fgado e zangado.

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    Estar zangado ser escravo...das emoes mais negativas.

    6 Condio: Clareza e Rapidez de Pensamento (0 10)

    7 Condio: Sentido de justia, honestidade e integridade (55)

    ****A sade/doena no so estados mas um processo, assim como a felicidade.Quando adoecemos podemos estar a ajustar, contudo, por vezes estas podemtornar-se doenas degenerativas.

    Ex. Incndio numa casa comea a tocar o alarme, chamam-se os bombeiros,quando estes chegam casa desligam o alarme e saem. Esta uma analogiado que em muitas vezes a medicina convencional actua: nos sintomas, ou seja,nos factores de alarme do organismo.

    2. Sade e Doena

    Sade e doena so relativas e mudam continuamente entre si. Sade um processo contnuo e no um fim. Sade direco e alinhamento. Adoecemos porque temos sade.

    De facto, sade essencialmente uma questo de alinhamento das nossasaces, pensamentos e alimentos.

    Ser vtima uma situao muito m e muito pouco dignificante. Est provadoque os doentes que perguntam, procuram, querem saber...so os que maischances tm de ficar bons, porque se assumem como donos dos seusprocessos.

    Sade: capacidade de nos adaptarmos ao meio e circunstncia com o grau detenso adequado (mnima tenso com a mxima produtividade).

    Sade Doena

    Processo onde permitido basebiolgica da nossa existncia umfuncionamento com o mnimo detenso e permitindo um mximo daexplorao e interaco com o mundo nossa volta.

    Incapacidade crescente de interagircom o ambiente de uma formaprodutiva para o desenvolvimento donosso prprio potencial conduzindo aum isolamento cada vez maior.

    Quais as etapas que atravessamos nos processos de doena?

    1) Cansao e falta de vitalidade (crnica)

    Como que nos cansamos? Sobrecarga nos intestinos (mucosas) toxinas nosangue e tenso nos rins. O que fazer? Dormir, exerccio fsico e alimentao.

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    2) Dores e falta de flexibilidade

    O organismo ao entrar em processos de eliminao de excessos sobrecarrega ofuncionamento dos rins e fgado, e isso acaba por ter impacto nas articulaes.

    3) Desordens no sangue

    Eliminao/descargas por exemplo para fora: acne, sudao, caspa,hemorridas, sinusite,...

    Contudo, normal que pelo menos duas vezes por ano o organismo se ajuste(descargas na Primavera e Outono). As doenas infantis eram muitas das vezesuma forma de eliminar o excesso de yang durante a gravidez, o impedir essasdescargas pode levar a problemas na fase adulta.

    4. Desordens emocionais

    Emoo significa mover para fora, no mais do que um reflexo do que sepassa no interior.

    nota: at ao ponto 4. podem ser apenas ajustamentos (yin/yang) e noverdadeiras doenas. Todas as doenas tm uma componente emocional.

    Todos temos uma sombra, a parte de ns mesmos que no gostamos nada,

    quanto mais a negamos, mais esta se torna forte, e muitas vezes materializa-sesob a forma de doena. Nesse sentido, as doenas podem ser uma etapa decrescimento.

    Tipicamente 50% da nossa condio herdamos e 50% o fazemos dela.

    5. Desordem degenerativa (alterao celular)

    6. Degenerao do sistema nervoso

    Depresso crnica, esclerose mltipla, alzheimer,....A pessoa fecha-se cada vez

    mais no seu circulo de segurana, a energia vira-se para dentro, no flui.

    Os sistemas digestivo e nervoso so complementares e opostos, os orientaiscostumavam considerar que os problemas mentais eram desordens intestinais.

    Sistema nervoso: mais yang (mais resistente, mais duro) Sistema digestivo: mais yin (oco).

    7. Isolamento, arrogncia (desligamos, no querermos saber)

    Arrogncia Yang: Eu que sei, Eu estou certo, vocs errados... Arrogncia yin: Eu no sei nada..., Coitada de mim...

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    Mas, ambas se desresponsabilizam e desligam face ao que est volta...

    A arrogncia a causa de todos os problemas do mundo...e curioso observarque todos os povos tm um tipo especfico de arrogncia.

    O que acontece quando se comea a ter uma alimentao mais correcta?

    - Maior e mais rpida eliminao dos excessos. Por vezes, as pessoas podemsentir-se a piorar (febres, urinar muito,...) o que significa que o corpo est aajustar. Mais ou menos passado 3 a 4 meses a eliminao pode serdesconfortvel, perodo em que os glbulos vermelhos renovam.

    Em cada 120 dias h uma renovao dos glbulos vermelhos; Em cada 10 dias temos plasma novo (ambiente das clulas).

    Para mudanas mais srias as melhorias significativas podem fazer sentir-seaps um ano.

    Em cada 7 anos temos uma renovao celular no organismo.

    No passado a maioria das doenas eram doenas de ajustamento. Actualmentea situao inverteu-se.

    - Louis paster: A causa das doenas os microrganismos que tm que sereliminados.- Claude Benard (contemporneo): A causa das doenas o meio interno.

    3. rvore da Doena

    Actuar na causa e no no sintoma! A medicina convencional tipicamentesintomtica.

    Qual a origem dos nossos problemas?

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    Ignorncia face natureza (*); Forma de pensar; Estilo de vida; Alimentao.

    (*) A natureza funciona segundo leis causa-efeito (karma).

    Tipos de Medicina

    Medicina superior: trata a humanidade a nvel fsico, emocional ecomportamental

    Medicina Mdia: trata a causa; Medicina inferior: trata os sintomas.

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    Meditao

    Exerccio

    Estilo de vida

    Remdios caseiros

    Do In

    Alimentao

    Visualizao

    .....

    Ajustamentos

    (Shiatsu)

    Moxa

    Homeopatia

    Medicina popular

    No depende de ningum

    Ajuda de um terapeuta

    Medicina convencional

    Tratamentos de

    mesoterapia

    Medicina Ayrdevdica

    Psicologia

    Ervas Chinesas

    ....

    CirurgiaCirurgia

    QuimioterapiaQuimioterapia

    ........

    Meditao

    Exerccio

    Estilo de vida

    Remdios caseiros

    Do In

    Alimentao

    Visualizao

    .....

    Ajustamentos

    (Shiatsu)

    Moxa

    Homeopatia

    Medicina popular

    No depende de ningum

    Ajuda de um terapeuta

    Medicina convencional

    Tratamentos de

    mesoterapia

    Medicina Ayrdevdica

    Psicologia

    Ervas Chinesas

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    CirurgiaCirurgia

    QuimioterapiaQuimioterapia

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    4. Medicina Macrobitica

    Relao: Ambiente Alimentos rgos Sistema nervoso.

    Comer o acto mais ntimo das nossas vidas, pois sempre que ingerimos osalimentos estes entram em ns e transformam-se em ns prprios. De facto osnutrientes so absorvidos pelas paredes do intestino delgado, passando aosangue e posteriormente s clulas.

    A estrutura biolgica do nosso aparelho digestivo no igual ao dos animaiscarnvoros, o nosso intestino mais longo e menos cido o que pode levar aque a carne comece a apodrecer no sistema digestivo (podendo entre outrascoisas originar plipos).

    Hereditariedade uma combinao entre ambiente e alimentao, possvelmudar um ou outro e isso ter impacto nas geraes futuras (50% da nossacondio herdada m,as o resto o que ns fazemos ...).

    Associao de alimentos com a estrutura cerebral:

    Ovos: crebro de rptil; Carne: crebro de mamferos; Peixe: peixe; Cereais/vegetais: crebro humano (crtex cerebral).

    Sistema lmbico: instantneo, adaptao ao meio; Crtex: Filosofia, criatividade...

    Muitos produtos animais activam fortemente o sistema lmbico, estando aespiritualidade muito ligada a uma alimentao baseada em vegetais e cereais.

    A verticalidade liga-nos ao cu e terra.

    Bibliografia: Waller Willet: Eat, drink and be healthy

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