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CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA MAURA REGINA SOUSA SILVA Rio Verde, GO 2019 CURVAS DE CRESCIMENTO DE LINHAGENS DE POSTURA CAIPIRAS MELHORADAS

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CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA

MAURA REGINA SOUSA SILVA

Rio Verde, GO

2019

CURVAS DE CRESCIMENTO DE LINHAGENS DE

POSTURA CAIPIRAS MELHORADAS

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

GOIANO – CÂMPUS RIO VERDE

CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA

CURVAS DE CRESCIMENTO DE LINHAGENS DE POSTURA

CAIPIRAS MELHORADAS

MAURA REGINA SOUSA SILVA

Trabalho de curso apresentado ao Instituto

Federal Goiano – Campus Rio Verde,

como requisito parcial para a obtenção do

Grau de Bacharel em Zootecnia.

Orientador: Profa. Dr

a Fabiana Ramos dos Santos

Rio Verde – GO

2019

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, por me dar forças para lutar e correr atrás dos meus

sonhos. Também por nos contemplar com essa perfeita natureza que nos inspira a cada dia, e

por nos dar a graça de participar dessa rede de acontecimentos sincronizados que se chama

vida. “Deus bondoso e misericordioso, muito paciente e cheio de amor, Por isso não me

abandonastes” (Nm 9-17).

Sou eternamente grata à minha família, Regina Barbosa de Sousa, Mauro Sérgio Silva

e Marcos Felipe Sousa Silva por todo carinho, respeito, paciência e muito amor no qual cada

um tem comigo. Eu amo vocês e sem vocês eu não seria nada! E claro, ao restante da minha

família que sempre me apoiou!

À minha orientadora Drª. Fabiana Ramos dos Santos por sempre me orientar de forma

sábia, pela paciência na orientação, por todo o apoio, incentivo e ajuda. Agradeço por todos os

conselhos, por cada palavra amiga e de conforto e até mesmo pelas críticas. És uma

verdadeira mãe e sou eternamente grata a senhora!

E tenho também muita gratidão a todos os meus professores que fizeram parte da

minha formação profissional, em especial e em nome de todos os demais, aos professores

Karen, Cibele, Ana Paula, Kátia Cylene e Marco Antônio.

Aos meus amigos do Laboratório de Nutrição Animal, Nayanne, Carlos Medeiros,

Arthur, Samylla, Patrícia Garcia, Júlia Marixara, Deibity, Hyalo, Laura do Planalto e a todos

aqueles que passaram pela nossa equipe de avicultura, que sempre estiveram juntos comigo,

por nossas trocas de conhecimento, pelo apoio e ajuda, pelo sofrimento em campo, pelas

risadas, pelas brigas “rsrs” ou por apenas se fazerem presentes de forma direta ou indireta.

E em especial à meus melhores amigos/irmãos de laboratório, faculdade e vida Isadora

Rissato, Carollyne Martins e Hiago de Sá! Amo vocês!

Aos melhores presentes/amigos que a faculdade me deu FERNANDO LIMA, Liliane

Cândida, Geyniane Roque e Maria Xavier! Sou eternamente grata pela amizade de vocês!

Aos meus amigos de faculdade/sala Regina dos Santos, Gabriela,Sabryna,Hanyeny,

Hemylla,Eguimar, Luiz Felipe, Carlos Alexandre e Ruscarla. Eterna gratidão à vocês!

Agradeço de forma muito especial aos meus melhores amigos Layanny Robert e

Vinicius Almeida que mesmo com a distância nunca desistiram da nossa amizade e sempre

estiveram presentes comigo! E também de forma muito especial aos amigos que fiz ao

decorrer desta caminhada Jéssica Mendes, Ritiane Alcântara, Humberto Pedro e José

Augustto louvo a Deus pela vida de vocês e pela nossa amizade!

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SILVA, Maura Regina Sousa. Curvas de crescimento de linhagens de postura caipiras

melhoradas, 2019,32p. Monografia (Curso Bacharelado de Zootecnia). Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio Verde, Rio Verde, GO, 2019.

RESUMO: Os modelos matemáticos são instrumentos para descrever o desenvolvimento dos

animais e permitir uma análise para adoção de estratégias que possibilitem melhorar o seu

desempenho zootécnico. Objetivou-se com este trabalho identificar o modelo de regressão

não linear mais adequado para descrever o padrão de crescimento de duas linhagens caipiras

de postura, além de construir as curvas e taxas de crescimento de acordo com o modelo

selecionado. O experimento foi realizado no aviário experimental do Instituto Federal Goiano

- Campus Rio Verde. Foram utilizadas duas linhagens de poedeiras caipiras melhoradas, a

linhagem GLK (galinha bankiva) de ovos vermelhos e GLZ, de ovos de cascas azuis. O

delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com dois tratamentos

(linhagens) e seis repetições de 13 aves cada. A criação foi manejada segundo as normas

técnicas para galinhas de postura, com água e ração à vontade durante a fase de cria e recria.

Para o ajuste dos modelos de regressão não linear, foram testados os modelos: Bertalanffy,

Brody, Gompertz e Logístico. Para escolha da equação que melhor descreve a curva foi

utilizado o critério de informação Bayesiano (BIC). Para identificar as semelhanças e

diferenças entre as diferentes linhagens foi realizado o teste de identidade de modelo por meio

da variável Dummy. Após, pela derivação da equação de crescimento selecionada determinou-

se a taxa de crescimento das linhagens. O modelo que melhor se ajustou para descrever curva

e a taxa de crescimento instantâneo das duas linhagens foi o Logístico. A linhagem GLZ

apresentou maior peso á maturidade que a GLK. Apesar das linhagens apresentarem taxas de

crescimento instantâneas diferentes, ambas atingem a taxa máxima de crescimento aos 52 dias

de idade, período inferior as linhagens convencionais e, portanto, pesquisas futuras são

necessárias para atender as necessidades de manejo e nutricionais específicas para linhagens

de crescimento lento.

Palavras-chave: crescimento lento, modelos não lineares, poedeiras.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 9

2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 11

2.1 Produção alternativa de aves...............................................................................................11

2.2 Linhagens de crescimento lento para produção de ovos .................................................... 12

2.3 Seleção de modelos de curvas de crescimento ................................................................... 13

2.4 Aplicabilidade das curvas de crescimento na produção de aves ........................................ 16

3.MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................... 17

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 20

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 28

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1. INTRODUÇÃO

Desde o século passado a avicultura de postura tem alavancado a sua produção, os

levantamentos apontados pela Associação Brasileira de Proteína Animal mostraram que a

produção de ovos em 2017 foi de 39 bilhões de unidades, atingindo o consumo per capita de

190 unidades e destinando cerca de 99,57% da produção ao mercado interno (ABPA, 2018).

Estes dados produtivos são devidos a um conjunto de condições, nas quais se destacam o

melhoramento genético, nutrição, ambiência e manejo.

A partir da intensificação da produção avícola industrial houve redução da demanda

por produtos oriundos da avicultura alternativa, contudo, nas últimas décadas, a procura por

produtos com características específicas tem crescido notoriamente e o consumidor busca por

alimentos produzidos de forma mais natural impulsionando a participação das criações menos

intensivas no mercado avícola (TAKAHASHI, 2003).

Na produção alternativa de aves, são utilizadas linhagens de crescimento lento,

também denominadas “caipiras melhoradas”. Apesar das linhagens de crescimento lento

apresentarem menor potencial de crescimento e desempenho zootécnico, sua criação é

justificada por atributos diferenciados exigidos pelo mercado consumidor, como textura e

coloração da carne acentuada e no caso das aves de postura pela coloração da gema ou até

mesmo pela adaptabilidade ao sistema de criação ao qual estes são submetidos (SANTOS et

al., 2005).

Neste contexto, os programas nutricionais destas linhagens devem ser sempre

reavaliados, com o intuito de determinar estratégias de alimentação próprias para os

requerimentos fisiológicos das aves em crescimento (Summers, 1983; Leeson 1986). Para

isso, o método ideal seria a construção dos modelos de ajuste da curva de crescimento, que

possibilitam relacionar a idade com o seu peso, por fim caracterizando as diferentes fases de

crescimento da galinha (Galeano-Vasco and Cerón-Muñoz, 2013).

De acordo com Neme et al. (2006), os modelos de ajustes das curvas começaram a ser

estudados devido as informações de crescimento e também dados adicionais sobre o

desempenho das aves. Segundo os mesmos autores, diferentes curvas de crescimento podem

influenciar na composição corporal em toda a fase de criação, tendo importante papel na

maturidade fisiológica e sexual das aves de postura.

Algumas pesquisas já foram conduzidas para determinar as curvas de crescimento de

linhagens de crescimento lento para produção de carne como a Label Rouge, Master Griss,

Paraíso Vermelho, Carijó, Gigante Negro e outros, entretanto, são escassas na literatura

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pesquisas com galinhas caipiras melhoradas para produção de ovos (ROVADOSCKI, 2012;

MORAIS, 2015).

Diante do exposto, objetivou-se com o trabalho identificar o modelo de regressão não

linear mais adequado para descrever o padrão de crescimento de duas linhagens caipiras de

postura, além de construir as curvas e taxas de crescimento de acordo com o modelo

selecionado.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Produção alternativa de aves

A produção alternativa de aves tenta resgatar a tradição da criação de galinhas

caipiras, com o intuito de aumentar a renda na agricultura familiar. Um dos pontos chaves

deste sistema é minimização dos danos ambientais, seja em relação às instalações e

equipamentos, ou a forma de alimentar e de medicar alternativamente as aves (BARBOSA et

al., 2004).

O termo alternativo pode, inicialmente, mostrara imagem de animais criados com

baixa tecnologia ou sem preocupação diante das exigências do mercado, porém, a realidade

deste tipo de atividade é outra, pois tem-se o objetivo de atender a uma demanda crescente e

cada vez mais exigente do mercado (ZANUSSO, 2003). A avicultura é uma ampla atividade

na propriedade rural e entre os diferentes sistemas de produção hoje existentes, o sistema de

criação alternativa vem ganhando destaque entre os produtores (SOUSA, 2004).

A apreensão com os sistemas das aves de postura ocorre porque a produção de ovos no

Brasil é feita predominantemente no sistema de criação em gaiolas, com granjas de cria e

recria separada das granjas. Diante disso, preocupados não só com a qualidade do produto

final, o consumidor tem exigido cada vez mais informações sobre as metodologias adotadas

durante a criação e optando por produtos que estejam em conformidade com as boas práticas

de manejo e bem estar animal (DOS SANTOS, 2009).

A legislação brasileira prevê que no sistema de criação alternativa, sejam empregadas

linhagens rústicas que se adaptem à criação, também denominadas de aves de crescimento

lento; que após a fase inicial de criação as aves fiquem livres ao pastoreio, com pelo menos 3

m2 de pasto por ave; e que sejam alimentadas apenas a base de alimentos de origem vegetal,

sendo proibida a adição de pigmentos sintéticos e promotores de crescimento (BRASIL,

1999a; 1999b).

Contudo, para o sucesso da criação, é necessário que os produtores adotem diferentes

técnicas de manejo, nutrição e sanidade para maior produção e comercialização de seus

produtos (PINHEIRO,2011).

Devido a isso, existe um número elevado de estudos que visam desenvolver sistemas

alternativos, com gaiolas enriquecidas, ou até mesmo modificação de gaiolas já existentes

para atender requisitos, como poleiros, ninhos e banhos de areia e colocação de fitas abrasivas

nas gaiolas para reduzir o tamanho das unhas (ROCHA et al., 2008). Diante destes diversos

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sistemas, foi desenvolvido o sistema cage free, que é caracterizado por ser um sistema

alternativo que possibilita a apresentação dos comportamentos naturais das aves, uma vez que

elas ficam soltas, com ninhos, poleiros, local para banho de areia, além de espaço para se

movimentar (VITS et al., 2005).

De acordo com COMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES o interior do

espaço para criação de aves em sistema cage free deve ser equipado com: comedouros em

linha (10 cm de comprimento/ ave) ou tubulares (4 cm de comprimento/ave); bebedouros

contínuos (2,5 cm comprimento/ave), pendulares (1 cm de comprimento/ave) ou do tipo

nipple (na proporção de 1:10); um ninho para cada 7 aves exceto se forem coletivos, nesse

caso deve ter, no mínimo, 1 m2 de espaço no ninho para um limite de 120 aves. Ainda, de

acordo com a comissão um terço da superfície do chão do aviário deve ser ocupado pela

cama, que deve ser de material, como palha, serragem, bagaço de cana, capim seco, cascas de

arroz ou areia. A cama deve ter área mínima de 250 cm2 /ave e densidade máxima de 9

aves/m2. Quanto aos poleiros, devem ser construídos, sem arestas cortantes e com um espaço

de, pelo menos, 15 cm/ave. Os poleiros não devem ser montados sobre a área da cama, sendo

a distância horizontal entre eles de 30 cm com afastamento de 20 cm das paredes (CEC,

1999).

Porém, ainda existem divergências em relação aos índices produtivos entre os

diferentes sistemas. A produção de ovos em gaiolas convencionais se mostra superior quando

relacionada à de sistemas alternativos como cage free, free range e gaiolas enriquecidas

(CABRELON, 2009). Porém, já existem relatos em que a produção de ovos em sistemas

alternativos de criação foram semelhantes às de sistemas convencionais (VITS et al., 2005).

2.2 Linhagens de crescimento lento para produção de ovos

A criação das linhagens de crescimento lento, popularmente conhecidas por aves

caipiras melhoradas, é uma atividade simples devido ao fato do animal possuir rusticidade,

maior resistência e adaptação aos diferentes meios. Normalmente essas linhagens são criadas

em sistemas extensivos ou semi – intensivo passando grande parte do dia soltos, com acesso

ao ar livre, o que possibilita ao animal se exercitar, ciscar e procurar áreas mais frescas, sendo

após, recolhidos no período da noite para sua proteção (VIEIRA FILHO, 2016).

Ramos (1995) relata que o desenvolvimento das linhagens de crescimento lento se deu

pela necessidade de se obter uma ave de boa produção, mas que continuasse com as

características caipiras. Com a exigência do mercado, por produtos alternativos com

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certificação diferenciada, o retorno da galinha colonial/caipira tornou-se indispensável,

porém, a verdadeira galinha caipira, que é por sua vez caracterizada por baixa

produtividade,não conseguiu competir com a galinha industrial.Em meio à necessidade,

desenvolveram-se linhagens chamadas “linhagens caipiras”, tanto de corte quanto de postura,

que juntas possuem rusticidade, resistência e produtividade (ALBINO et al., 2001).

Segundo Madeira et al. (2010) linhagens caipiras genéticamente melhoradas criadas

em sistemas semi-intensivo, são mais produtivas em relação ás aves de raça pura e levam

cerca de 70 a 90 dias para atingir peso de abate, enquanto que, as galinhas caipiras de

crescimento lento também melhoraram a produção de ovos, comum a média de 200 a 270

ovos por ano.

O início da postura pode ser dado por inúmeros fatores inter-relacionados como idade,

peso corporal, gordura corporal e genética. De acordo com estudo de Neme (2006), existe

hoje, uma variedade de linhagens industriais de postura utilizadas, como HyLine Marrom

(HLM) e Hisex Marrom (HSM), Hy Line W-36 (HLW36), Hisex Branca (HSB) entre outras,

em virtude do constante melhoramento genético.

As linhagens comerciais iniciam por volta da 19ª semana de idade e chegam ao pico

em quatro a seis semanas. Estas aves estão se tornando cada vez mais precoces, o que, em

muitas situações, faz com que elas iniciem a postura com peso corporal abaixo do ideal para a

idade (LEESON &SUMMERS, 2005).

Em geral, a grande maioria das poedeiras caipiras inicia sua postura com idade média

de 24 semanas e por volta da 34ª semana de idade, após a 10ª ou 12ª semana do início da

postura elas produzem o máximo, no qual esse período é chamado de pico de produção.

2.3 Seleção de modelos de curvas de crescimento

Sabe-se que modelos matemáticos entre outras funções, podem ser vistos como

instrumentos para descrever o crescimento e desenvolvimento dos animais e permitir uma

análise para adoção de estratégias que possibilitem melhorar o desempenho zootécnico

(SANTOS, 2008).

Para estimar as curvas de crescimento na produção animal, os modelos matemáticos

não-lineares, desenvolvidos para relacionar peso e idade, têm sido um dos melhores por

agrupar uma série de dados em um pequeno número de parâmetros, os quais possibilitam

melhor entendimento, principalmente das interpretações biológicas (SILVA et al., 2010).

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São diversos os modelos matemáticos não lineares utilizados para caracterização do

crescimento dos animais, destacando-se os de Brody (Brody, 1945), Bertalanffy (Bertalanffy,

1957), Richards (Richards, 1959), Logístico (Nelder, 1961) e Gompertz (Laird, 1965).

Contudo, ainda se questiona a escolha do melhor modelo a ser adotado, pois diferentes

avaliadores de qualidade de ajuste são propostos na literatura e cada um preconiza

determinada característica (SILVEIRA, 2011).

Dentre os modelos utilizados a equação de Von Bertalanffy, parte de um pressuposto

que os nutrientes não são limitantes e o processo de crescimento é a diferença entre o

anabolismo e o catabolismo e que também existe flexibilidade no momento em que se dá o

ponto de inflexão (KUHI, 2010).

Brody (1945) descreve equações exponenciais e monomoleculares onde juntos geram

uma curva com um formato sigmoidal. Sendo proposto pela primeira vez por Blaxter e

Boyne (1978) para descrever relação entre a retenção de energia e o consumo de ração, com

base em uma análise de mais de 80 experiências calorimétricas com ovelhas e gado.

A equação logística, foi a pioneira com as espécies animais onde descreveram o

crescimento de mamíferos e até mesmo plantas e células de levedura pelo fato de esse modelo

apresentar pontos fixos de inflexão. Logo, o modelo de Gompertz começou a ser usado em

experimentos com animais para descrever funções de crescimento, a partir de então um

geneticista, afirmou que as curvas de crescimento dos organismos individuais exibem uma

forma em S assimétrica, que é melhor descrita por uma equação loglog que pelas equações do

modelo logístico (NARUSHIN, 2003).

A escolha dos modelos deve basear-se na análise de no mínimo três itens:

possibilidade de interpretação biológica dos parâmetros, qualidade do ajuste e dificuldades

computacionais (Fitzhugh Jr. &Taylon (1971) citado por Marcato et al. (2010).

Diante de vários estudos, a equação Gompertz foi a que tem se mostrado uma das mais

adequadas para detalhar o crescimento em frangos de corte (GOUS et al., 1999;

FIALHO,1999; SAKOMURA et al., 2005; MARTÍNEZ et al., 2010).

Porém, Mota et al. (2015) trabalhando com codornas de corte verificaram que os

modelos não lineares de Gompertz, Logístico e Von Bertalanffy permitiram predizer a taxa de

crescimento e o peso à idade adulta de todos os diferentes genótipos avaliados. Da mesma

forma, Morais et al. (2015) utilizando o quadrado médio do resíduo e desvio médio absoluto

como critérios de seleção, verificaram que o modelo Quadrático Logarítmico apresentou

melhor ajuste dos dados para as linhagens caipiras melhoradas Pesadão, Carijó e Mista.

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Dessa forma, a padronização da equação de Gompertz para descrever os padrões de

crescimento de diferentes genótipos e espécies de aves pode não ser a decisão mais correta.

Corroborando com esta afirmação Rocha-Silva et al. (2016)ressaltam que há variação

suficiente entre espécies e até mesmo entre linhagens, inclusive entre indivíduos da mesma

linhagem que projetam haver um modelo mais apropriado a cada conjunto de dados

fenotípicos. Portanto, a escolha do melhor modelo para descrever a trajetória de crescimento

das diferentes linhagens de aves deve ser realizada.

Para a escolha do modelo a ser utilizado é preciso primariamente definir qual destes

que melhor se ajusta aos dados. Esta comparação pode ser feita utilizando o coeficiente de

determinação ajustado e o desvio padrão residual como avaliadores da qualidade do ajuste

(CUNHA FILHO, 2014).

As metodologias mais utilizadas na comparação quanto ao ajuste dos modelos são

variância residual total,função da máxima verossimilhança (log (L)), critério de informação

Akaike (AIC) e critério de informação Bayesiano (BIC) em que,menores valores para estas

variáveis indicam melhor ajuste e qualidade nos modelos (EL FARO & ALBUQUERQUE,

2003).

Na escolha dos modelos os números de parâmetros podem ser corrigidos,assim como

ocorre com os critérios de informação Bayesiano e de informação de Akaike (STRABEL,

SZYDA& PTAK, 2005). No entanto, nestes critérios ocorrem penalizações dos modelos mais

complexos como os que apresentam maior número de parâmetros, sendo que no critério de

informação Bayesiano a penalidade é mais rigorosa e por isso ele normalmente mais utilizado

(EL FARO& ALBUQUERQUE, 2003).

Mesmo com a escolha do melhor modelo, ao considerar várias populações, é

necessário que o avaliador também tenha interesse em comparar os parâmetros das curvas a

fim de indicar para qual das populações o processo de crescimento foi mais eficiente. Assim,

REGAZZI (2003), afirma que a identidade de modelos é a técnica mais indicada para tal

função, entretanto, o mesmo modelo deve ser ajustado para todas as populações, o que mostra

a necessidade da utilização de métodos que propiciam indicar quais modelos são plausíveis

para todas elas.

De acordo com os estudos de Mota et al.(2015), para descrever o crescimento de

grupos genéticos de codornas em função da idade os métodos utilizados para averiguar a

qualidade de ajuste dos modelos apresentaram valores próximos, enquanto Morais et al.

(2015)concluíram que para a identificação das semelhanças e diferenças entre as curvas de

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crescimento de machos e fêmeas dentro de linhagem, notou-se que a hipótese que testa a

identidade de modelos foi rejeitada para todas as linhagens.

2.4 Aplicação das curvas de crescimento na produção de aves

Os animais apresentam um crescimento em função do tempo que pode ser

representado por uma curva sigmóide, sendo este o modelo teórico mais aceito para explicar o

crescimento dos animais (OLIVEIRA, 2016).

Esses modelos teóricos são compostos por funções de crescimento que tentam

incluir parâmetros biologicamente significativos para evitar disperções sobre o ponto de

inflexão.

Estudos relacionados à curva de crescimento possibilitam uma melhor avaliação da

população, sendo possível realizar mudanças na curva de crescimento, por meio da

otimização das estratégias nutricionais (GOUS, 1998), dando então prioridade para cada fase

de crescimento do animal atendendo suas necessidades.

Compreende-se que as linhagens caipiras apresentam menor potencial de crescimento

que as linhagens industriais e que a ascensão de sua criação pode ser explicada diante dos

atributos diferenciados na sua qualidade de carne, como textura e também coloração da carne

e ovos (SANTOS et al. 2005).

As linhagens distintas, respondem de formas não similar aos processos de seleção,

utilizados no melhoramento das raças, com isso cruzamentos podem alterar as curvas de

crescimento das aves, podendo haver ganho com heterose, proveniente das distinções entre

linhagens (GOLIOMYTIS et al.,2003).

De acordo com as pesquisas de Hrubyet al. (1996), é de grande importância realizar os

ajustes dos níveis nutricionais para frangos de corte, pois resulta no aumento do desempenho,

dos lucros e ainda requerem o conhecimento da composição corporal e do potencial genético

de crescimento da ave, porém, uma das formas de obtenção desses dados é com as curvas que

mostrem o crescimento da ave. Diante disso, a construção das curvas de crescimento pode

auxiliar na determinação de programas alimentares, estratégias de manejo e também ajudar a

elucidar sobre idade de abate (Knízetováet al.,1991).

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3.MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado no aviário experimental do Instituto Federal Goiano-

Campus Rio Verde– Goiás, Brasil. Foram utilizadas duas linhagens de poedeiras caipiras

melhoradas, a linhagem GLK (galinha bankiva) de ovos marrons e GLZ, de ovos de cascas

azuis, ambas da empresa Avifran®. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente

casualizado com dois tratamentos (linhagens) e seis repetições de 13 aves cada. O

experimento teve duração de 119 dias (17 semanas de criação).

As aves foram instaladas em doze boxes com 2,3 m2 cada,equipados com bebedouros

tipo nipple e um comedouro tubular.As temperaturas máximas e mínimas registradas no

período foram respectivamente, de29,03 ± 2,96 ºC e 19,91 ± 1,66ºC. Sob o piso foi utilizada

cama de maravalha com 10 cm de espessura. Em cada boxe foi instalado ainda um poleiro

linear medindo de 1,75m.

A criação foi manejada segundo as normas técnicas para galinhas de postura, com

água e ração à vontade durante a fase de cria (1 a 6 semanas) e recria (7 a 17 semanas de

vida). As rações comerciais fornecidas foram isonutrientes e formuladas com níveis

nutricionais para suprir as exigências de galinhas poedeiras semi-pesadas. Os níveis

nutricionais calculados das rações utilizadas durante o período experimental é apresentado na

Tabela 1.

TABELA 1. Composição centesimal e níveis nutricionais da ração utilizada.

Ingredientes Cria Recria

Umidade Máx. 120,00 g 120,00 g

Proteína Bruta Mín. 210,00 g 170,00 g

Extrato Etéreo Mín. 30,00 g 28,00 g

Fibra Bruta Máx. 60,00 g 40,00 g

Matéria Mineral Máx. 80,00 g 130,00 g

Cálcio 13,00 g 40,00 g

Fósforo 4.800,00 mg 5.000,00 mg

(Níveis nutricionais vitamínica e mineral por quilo de Produto) – Cálcio 1, 0,% - Sódio 2,08% -Cobre 18,00 mg

– Ferro 31,00 mg – Manganês 87,00 mg – Zinco 75,00 mg – Iodo 1,60 mg– Vitamina A 12,500,00 U.I. –

Vitamina D3 3,750,00 U.I. – Vitamina E 12,00 ppm – Vitamina K 3,70 U.I.– Vitamina B1 4,70 U.I. – Vitamina

B2 9,00 U.I. – Vitamina B6 7,40 U.I. –Vitamina B12 18,00 U.I. – Ácido Fólico 1.85mg – Ácido Nicotínico

42,00 mg – Ácido Pantotênico 22,00 mg – Biotina 0,12 mg – Fitase 375,00 mg – Lísina 9,440,00 mg –

Metionina 3.280,00.

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As aves na fase de cria e recria foram submetidas á iluminação natural. Tendo em vista

que os animais foram manejadas em sistema “Cage free” durante toda a sua vida, não foi

realizada a debicagem, uma vez que, este é um manejo muito estressante e a densidade de

criação estava baixa, impedindo a ocorrência de canibalismo.

Os animais foram vacinados contra a doença de New Castle e Gumboro via ocular aos

sete e 14 dias de vida. Na sexta semana foram imunizadas contra Bouba aviária via injeção

subcutânea na membrana da asa.Semanalmente, na fase de cria e recria,os animais e as rações

foram pesados para determinação do peso médio e a conversão alimentar das frangas.

A descrição do banco de dados utilizado para ajuste das curvas de crescimento das

linhagens GLZ e GLK é apresentado na Tabela 2.

Tabela 2. Descrição do banco de dados utilizado para ajuste das curvas de crescimento das

linhagens GLZ e GLK

Parâmetros Linhagem

GLZ GLK

Número de boxes 6 6

Número de animais/ boxes 13 13

Número de pesagens 17 17

Pesos:

Mínimo (g) 63,47 45,47

Mediana (g) 904,23 881,15

Média (g) 847,28 782,18

Máximo (g) 1469,69 1393,00

Para o ajuste dos modelos de regressão não linear, foram testados os seguintes

modelos (Tabela 3): Bertalanffy, Brody, Gompertz e Logístico seguindo a parametrização de

(Santos ,2019). Os parâmetros dos modelos foram estimados pelo método de Gauss Newton

modificado, que se baseia numa aproximação por uma série de Taylor de primeira ordem para

produzir uma linearização da função não linear (REGAZZI, 2003), utilizando o procedimento

Non linear Least Squares do software estatístico R.

Para a escolha da equação que melhor descreve a curva e taxa de crescimento das

linhagens caipiras de postura em estudo, foi utilizado o critério de informação Bayesiano

(BIC), considerando-se que quanto menor o índice, melhor o ajuste do modelo. O BIC foi

calculado pela seguinte fórmula:

BIC= -L( ) + ln(N)d

Page 19: CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA CURVAS DE …

19

Onde: d é que representa o número total de parâmetros estimados pelo modelo e N o

número total de observações e o logaritmo de verossimilhança restrita. Com o modelo

selecionado foram construídas as curvas de crescimento e pela obtenção da derivada 1a da

equação foram determinadas as curvas das taxas de crescimento instantânea de cada linhagem

em função da idade.

Para comparar a igualdade de parâmetros e identidade dos modelos não lineares

utilizados e verificar se uma única curva foi adequada para descrever o crescimento das

linhagens GLK e GLZ utilizou-se o teste da razão de verossimilhança com aproximações

dadas pela estatística de F (REGAZZI & SILVA, 2004).

Tabela 3. Modelos não lineares com efeitos mistos, taxas de crescimento e ponto de inflexão.

Modelos

Parâmetros Brody Gompertz Logístico Bertalanffy

Equação Yt = A(1–Be−kt

) + € Yt = Ae-Be−kt

+ € Yt = A(1 + Be−kt

) −1 + € Yt = A(1 – Be−kt

) 3 + €

TCI ABke−kt

Bke−kt

yBk/(1 + Be−kt

)e−kt

3ABke−kt

(1-Be−kt

) 2

IP - A/e; (logb)/k A/2 ; log(B)/k 8A/27 ; log(3B)/k

A, peso assintótico (g); B, constante de integração; k, taxa de crescimento média; t, idade

(dias); e exponencial; TCI, taxa de crescimento instantâneo; IP, ponto de inflexão; y, equação

do modelo usado; €, erro.

Page 20: CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA CURVAS DE …

20

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O critério utilizado para escolha do modelo de melhor ajuste da curva de crescimento

das linhagens poedeiras foi o critério de informação Bayesiano (BIC), considerando-se que

quanto menor o índice, melhor o ajuste do modelo. Pode-se observar pela Tabela 2 que o

modelo Logístico ajustou-se melhor ao comportamento de crescimento para as duas

linhagens, porém a diferença com os valores de Gompertz foram pequenas, sendo possível

afirmar que o modelo de Gompertz poderia se ajustar melhor caso estas aves tivessem sido

levadas até à maturidade.

Tabela 4. Valores dos parâmetros e de critério bayesiano de informação (BIC) para os

modelos não lineares em função das linhagens GLZ e GLK.

Modelos A b k BIC

Linhagem GLK

Bertalanffy 2524,936

(289,60)

1,072

(0,01)

0,017

(0,00)

1210,908

Brody 2525,963

(289,60)

1,072

(0,01)

0,052

(0,00)

1210,908

Gompertz 1468,740

(31,20)

4,465

(0,26)

0,237

(0,01)

1157,162

Logístico 1355,929

(18,79)

21,002

(2,15)

0,402

(0,01)

1155,189

Linhagem GLZ

Bertalanffy 2683,669

(273,80)

1,065

(0,01)

0,017

(0,00)

1201,227

Brody 2683,667

(273,80)

1,065

(0,01)

0,052

(0,00)

1201,227

Gompertz 1584,725

(27,38)

4,218

(0,1896)

0,231

(0,00)

1124,991

Logístico 1462,047

(15,61)

18,959

(1,40)

0,390

(0,01)

1112,166

Page 21: CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA CURVAS DE …

21

De acordo com o observado nesta pesquisa com galinhas de postura caipiras

melhoradas, a literatura científica ressalta que, para linhagens comerciais de aves, os modelos

que apresentam melhor ajuste para descrever o crescimento são o Gompertz, Logístico, Von

Bertalanffy e Brody I, derivados da curva Richards (MIGNON-GRASTEAU &

BEAUMONT, 2000).

Há uma tendência nos estudos com aves industriais de postura ou corte de se padronizar

o modelo de Gompertz para descrever as curvas de crescimento da espécie (Neme et al., 2006;

Santos, 2008; Marcato et al., 2010). Porém, segundo Rocha-Silva et al. (2016) qualquer um

dos modelos matemáticos utilizados neste estudo, poderiam potencialmente ser empregados

para descrever o crescimento das linhagens de postura estudadas. Todavia, segundo os autores

há variação suficiente entre espécies e até mesmo entre linhagens, inclusive entre indivíduos

da mesma linhagem que projetam haver um modelo mais apropriado a cada conjunto de dados

fenotípicos.

Semelhante a estudo, Mota et al. (2015) trabalharam com a determinação das curvas

de crescimento de quatro genotipos de codornas de corte e postura e verificaram que os

modelos não lineares Gompertz, Logístico e von Bertalanffy permitiram predizer a taxa de

crescimento e o peso à idade adulta de todos os diferentes genótipos de codornas avaliados.

Ainda corroborando com esta pesquisa, Drumond et al. (2013) observaram que o

modelo de Gompertz melhor ajustou-se para descrever o crescimento de codornas de corte

machos, enquanto que para as fêmeas, o modelo que permitiu melhor ajuste foi o Logístico.

Da mesma forma, ajuste de modelo diferente do Gompertz foi determinado por Morais

et al. (2015) que trabalharam três linhagens de aves de crescimento lento para corte (Pesadão,

Carijó, Mista e Pescoço Pelado) e verificaram melhor ajuste do comportamento de

crescimento dos animais quando o modelo Quadrático Logarítmico foi utilizado. Essas

diferenças observadas na seleção de modelos também foram relatadas por Araujo et al. (2012)

em estudos sobre a curva de crescimento de búfalos Murrah, que indicaram modelos de

Gompertz ou Logístico para ambos os sexos.

O ajuste de um modelo adequado à curva de crescimento das diferentes linhagens de

postura pode auxiliar na sua escolha, na adoção de práticas de manejo que aperfeiçoem a

produção de carne ou ovos, priorizando as necessidades nutricionais de cada fase de

crescimento, assim como estabelecer programas alimentares específicos, além de possibilitar

a inserção destes animais em programas de melhoramento genético (Gous et al., 1999).

Page 22: CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA CURVAS DE …

22

Com a escolha do modelo para descrever o crescimento das linhagens, aplicou-se o teste

de identidade de modelo por meio da variável Dummy para identificar as semelhanças e

diferenças entre as linhagens.

As linhagens em estudo apresentam, segundo o modelo Logístico, curvas diferentes

devido a distinção do parâmetro A, embora a velocidade de crescimento ou taxa de

maturidade (k) e o peso médio inicial (b) de ambas tenham sido semelhantes. Por meio da

análise de identidade de modelos verificou – se que o parâmetro “A” é diferente entre as

linhagens avaliadas (p = 0,001), quando comparado ao modelo completo com o modelo

reduzido em que assumiu – se os “A” iguais. Entretanto, verificou – se que os parâmetros “b”

e “k” são iguais entre as linhagens GLZ e GLK (p = 0,4 e p = 0,56, respectivamente). Este

fato indica que apesar das linhagens avaliadas atingirem peso assintótico diferentes, não há

variações na velocidade relativa com que o animal cresce (Tabela 3).

O parâmetro A apresenta estimativa do peso assintótico, que é interpretado como o peso

adulto. Esse peso não é o máximo que o animal atinge e sim o peso médio à maturidade livre

das variações sazonais (BROWN et al., 1976). Ao comparar às estimativas dos pesos (A)

obtidos para as duas linhagens, observa-se que maior peso assintótico foi obtido para a

linhagem GLZ. Neme et al. (2006) verificou peso assintótico superior (ao redor de 2060g) aos

obtidos neste trabalho, determinados com linhagens de postura semipesadas. Porém, como

nesta pesquisa a mensuração dos dados foi realizada apenas até o final da fase de recria (17

semanas) é possível que maiores valores de A pudessem ser obtidos com o decorrer do

período de criação.

O valor de b representa a constante de integração, relacionada aos pesos iniciais do

animal. Enquanto o parâmetro ’k’ indica taxa de maturidade, ou velocidade de crescimento

para atingir o peso assintótico (GARNERO et al., 2005). Neste caso não houve diferença entre

as linhagens para os parâmetros ‘b’ e ‘k’.

Page 23: CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA CURVAS DE …

23

Tabela 5. Identidade de modelos por meio da variável Dummy para curvas de crescimento das

linhagens GLK e GLZ

Tipo de modelo Descrição matemática P-valor

Modelo completo AX; bX; kX <0,001

Modelo reduzido com ‘A’ iguais A; bX; kX

Modelo completo AX; bX; kX 0,403

Modelo reduzido com ‘b’ iguais AX; b; kX

Modelo completo AX; bX; kX 0,5685

Modelo reduzido com ‘k’ iguais AX; bX; k

Modelo completo AX; bX; kX

0,6373 Modelo reduzido com ‘A’

diferentes, ‘b’ e ‘k’ iguais

AX; b; k

Parâmetros do modelo ajustado

Linhagem A b K

GLZ 1461,5102 (13,39) 19,8717 (1,234) 0,3960 (0,0098)

GLK 1356,5878 (13,39)

X: presença do efeito de linhagem

Corroborando com estes dados, curvas de crescimento distintas para linhagens caipiras

melhoradas de corte, também foram observadas por Santos et al. (2005) e Dourado et al.,

(2009).

Porém, diferente do observado nesta pesquisa Neme et al., (2006) verificaram pela

curva de Gompertz que as diferenças no padrão de crescimento foram verificadas apenas ao

comparar linhagens brancas (leves) com as marrons (semipesadas), descrevendo para galinhas

semipesadas (Hyline e Hysex marrons) uma única equação alométrica do peso vivo em

função da idade.

O maior peso assintótico da linhagem GLZ pode ser uma característica favorável, uma

vez que ambas são selecionadas para postura e neste caso, a precocidade reprodutiva está

diretamente relacionada ao número de ovos produzidos (Romero et al., 2009). Em matrizes de

frangos para corte, as aves consideradas “pesadas” iniciam a produção de ovos mais

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24

precocemente que as aves “leves” (MORAES, 1995). Segundo Campos (1994) em poedeiras

comerciais, este fato ocorre tanto dentro das linhagens leves como nas linhagens pesadas,

sendo as primeiras as mais precoces. Os dois pesquisadores são concordantes de que o peso é

um fator importante para atingir a idade da maturidade sexual em aves de postura.

De acordo com LARBIER & LECLERCQ (1992) mesmo com todos os fatores

associados à ave (genética, idade e precocidade sexual) a nutrição e o ambiente influenciam

diretamente no peso dos ovos. Alguns estudos afirmam que o peso do ovo é incorporado por

três componentes: a gema, o albúmen e a casca e também que a proporção entre gema e

albúmen é determinada pela linhagem e idade da poedeira AKBAR et al. (1983) e AHN et al.

(1997).

Em estudos com galinhas de raças nativas verificaram que o peso dos ovos foram

maiores quando comparadas com aves comerciais leves, isso pode ser justificado por seu

maior porte. Sabe-se que normalmente aves mais pesadas tendem a produzir ovos mais

pesados (ALMEIDA, 2019).

Outro ponto a ser considerado é que a diferença no peso corporal obtida entre as duas

linhagens em estudo pode corresponder a variação na composição de nutrientes corporal que

compõe a carcaça destes animais, principalmente no teor de proteína, cinzas e gordura. Assim,

também é interessante conhecer em pesquisas futuras como a nutrição adequada pode

influenciar a deposição de nutrientes e, consequentemente a exigência nutricional e o

estabelecimento de programas de alimentação adequados para as aves de crescimento lento.

As curvas de crescimento obtidas a partir do modelo logístico das linhagens GLZ e

GLK são apresentadas na Figura 1.

Page 25: CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA CURVAS DE …

25

Figura 1. Curvas de crescimento das linhagens GLK (----) e GLZ (_____

) ajustadas com o

modelo Logístico.

O modelo Logístico foi escolhido para descrever a taxa de crescimento absoluto das

duas linhagens. A taxa de crescimento foi obtida pela primeira derivada do modelo Logístico

em função do tempo (Figura 2). A taxa de crescimento da linhagem GLZ foi crescente até

144,7096 g/semana quando atinge o peso de 730,7551 g no período de 7,5476 semanas e para

GLK com 678,7939g no mesmo período (7,5476 semanas) e com ganho de peso igual a

134,4199 g/semana.

As duas linhagens em estudo apresentaram mesmo ponto de inflexão da taxa de

crescimento ao redor de 52,83 dias (7,5476 semanas). Este valor é inferior ao preconizado

para linhagens semipesadas convencionais os quais variaram entre 58,1 a 59,2 dias conforme

determinados por Neme et al. (2006) e Santos (2008). Rostagno et al., (2017) determinaram

para galinhas de postura semipesadas peso á maturidade igual a 1,91 kg e taxa máxima de

crescimento igual a 60 dias (8,58 semanas) o que também difere dos valores observados nesta

pesquisa.

Page 26: CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA CURVAS DE …

26

Figura 2. Taxa de crescimento instantâneo (TCI) e pontos de inflexão (PI) determinados para

as linhagens GLK (- - - -) e GLZ (_____

).

O ponto de inflexão, ou seja, o ponto em que a função muda de crescente para

decrescente, é importante para auxiliar os produtores em programas alimentares específicos

(SOUZA, 2011). Ressalta-se que devido à inexistência de pesquisas na área, para a criação de

linhagens caipiras melhoradas são utilizados programas alimentares preconizados para

galinhas de postura convencionais de ovos vermelhos. Entretanto, os dados obtidos atentam

ao fato de que há diferenças nos padrões de crescimento entre as linhagens caipiras x

convencionais, o que justifica a realização de pesquisas para determinar programas

nutricionais específicos para as linhagens de ovos caipiras melhoradas.

Page 27: CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA CURVAS DE …

27

5. CONCLUSÃO

O modelo que melhor se ajustou para descrever a curva de crescimento das linhagens

GLZ e GLK na fase de cria e recria foi o Logístico. A linhagem GLZ apresenta maior peso á

maturidade que a GLK. Apesar das linhagens apresentarem taxas de crescimento instantâneas

diferentes, ambas atingem a taxa máxima de crescimento aos 52 dias de idade, período

inferior as linhagens convencionais e, portanto, pesquisas futuras são necessárias para atender

as necessidades de manejo e nutricionais específicas para estas linhagens de crescimento

lento.

Page 28: CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA CURVAS DE …

28

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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