UFSC.PósMCI.FME.Ajuste de curvas. (11.1) 7 Ajuste de Curvas.
CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA CURVAS DE …
Transcript of CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA CURVAS DE …
CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA
MAURA REGINA SOUSA SILVA
Rio Verde, GO
2019
CURVAS DE CRESCIMENTO DE LINHAGENS DE
POSTURA CAIPIRAS MELHORADAS
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
GOIANO – CÂMPUS RIO VERDE
CURSO DE BACHARELADO DE ZOOTECNIA
CURVAS DE CRESCIMENTO DE LINHAGENS DE POSTURA
CAIPIRAS MELHORADAS
MAURA REGINA SOUSA SILVA
Trabalho de curso apresentado ao Instituto
Federal Goiano – Campus Rio Verde,
como requisito parcial para a obtenção do
Grau de Bacharel em Zootecnia.
Orientador: Profa. Dr
a Fabiana Ramos dos Santos
Rio Verde – GO
2019
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, por me dar forças para lutar e correr atrás dos meus
sonhos. Também por nos contemplar com essa perfeita natureza que nos inspira a cada dia, e
por nos dar a graça de participar dessa rede de acontecimentos sincronizados que se chama
vida. “Deus bondoso e misericordioso, muito paciente e cheio de amor, Por isso não me
abandonastes” (Nm 9-17).
Sou eternamente grata à minha família, Regina Barbosa de Sousa, Mauro Sérgio Silva
e Marcos Felipe Sousa Silva por todo carinho, respeito, paciência e muito amor no qual cada
um tem comigo. Eu amo vocês e sem vocês eu não seria nada! E claro, ao restante da minha
família que sempre me apoiou!
À minha orientadora Drª. Fabiana Ramos dos Santos por sempre me orientar de forma
sábia, pela paciência na orientação, por todo o apoio, incentivo e ajuda. Agradeço por todos os
conselhos, por cada palavra amiga e de conforto e até mesmo pelas críticas. És uma
verdadeira mãe e sou eternamente grata a senhora!
E tenho também muita gratidão a todos os meus professores que fizeram parte da
minha formação profissional, em especial e em nome de todos os demais, aos professores
Karen, Cibele, Ana Paula, Kátia Cylene e Marco Antônio.
Aos meus amigos do Laboratório de Nutrição Animal, Nayanne, Carlos Medeiros,
Arthur, Samylla, Patrícia Garcia, Júlia Marixara, Deibity, Hyalo, Laura do Planalto e a todos
aqueles que passaram pela nossa equipe de avicultura, que sempre estiveram juntos comigo,
por nossas trocas de conhecimento, pelo apoio e ajuda, pelo sofrimento em campo, pelas
risadas, pelas brigas “rsrs” ou por apenas se fazerem presentes de forma direta ou indireta.
E em especial à meus melhores amigos/irmãos de laboratório, faculdade e vida Isadora
Rissato, Carollyne Martins e Hiago de Sá! Amo vocês!
Aos melhores presentes/amigos que a faculdade me deu FERNANDO LIMA, Liliane
Cândida, Geyniane Roque e Maria Xavier! Sou eternamente grata pela amizade de vocês!
Aos meus amigos de faculdade/sala Regina dos Santos, Gabriela,Sabryna,Hanyeny,
Hemylla,Eguimar, Luiz Felipe, Carlos Alexandre e Ruscarla. Eterna gratidão à vocês!
Agradeço de forma muito especial aos meus melhores amigos Layanny Robert e
Vinicius Almeida que mesmo com a distância nunca desistiram da nossa amizade e sempre
estiveram presentes comigo! E também de forma muito especial aos amigos que fiz ao
decorrer desta caminhada Jéssica Mendes, Ritiane Alcântara, Humberto Pedro e José
Augustto louvo a Deus pela vida de vocês e pela nossa amizade!
SILVA, Maura Regina Sousa. Curvas de crescimento de linhagens de postura caipiras
melhoradas, 2019,32p. Monografia (Curso Bacharelado de Zootecnia). Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio Verde, Rio Verde, GO, 2019.
RESUMO: Os modelos matemáticos são instrumentos para descrever o desenvolvimento dos
animais e permitir uma análise para adoção de estratégias que possibilitem melhorar o seu
desempenho zootécnico. Objetivou-se com este trabalho identificar o modelo de regressão
não linear mais adequado para descrever o padrão de crescimento de duas linhagens caipiras
de postura, além de construir as curvas e taxas de crescimento de acordo com o modelo
selecionado. O experimento foi realizado no aviário experimental do Instituto Federal Goiano
- Campus Rio Verde. Foram utilizadas duas linhagens de poedeiras caipiras melhoradas, a
linhagem GLK (galinha bankiva) de ovos vermelhos e GLZ, de ovos de cascas azuis. O
delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com dois tratamentos
(linhagens) e seis repetições de 13 aves cada. A criação foi manejada segundo as normas
técnicas para galinhas de postura, com água e ração à vontade durante a fase de cria e recria.
Para o ajuste dos modelos de regressão não linear, foram testados os modelos: Bertalanffy,
Brody, Gompertz e Logístico. Para escolha da equação que melhor descreve a curva foi
utilizado o critério de informação Bayesiano (BIC). Para identificar as semelhanças e
diferenças entre as diferentes linhagens foi realizado o teste de identidade de modelo por meio
da variável Dummy. Após, pela derivação da equação de crescimento selecionada determinou-
se a taxa de crescimento das linhagens. O modelo que melhor se ajustou para descrever curva
e a taxa de crescimento instantâneo das duas linhagens foi o Logístico. A linhagem GLZ
apresentou maior peso á maturidade que a GLK. Apesar das linhagens apresentarem taxas de
crescimento instantâneas diferentes, ambas atingem a taxa máxima de crescimento aos 52 dias
de idade, período inferior as linhagens convencionais e, portanto, pesquisas futuras são
necessárias para atender as necessidades de manejo e nutricionais específicas para linhagens
de crescimento lento.
Palavras-chave: crescimento lento, modelos não lineares, poedeiras.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 9
2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 11
2.1 Produção alternativa de aves...............................................................................................11
2.2 Linhagens de crescimento lento para produção de ovos .................................................... 12
2.3 Seleção de modelos de curvas de crescimento ................................................................... 13
2.4 Aplicabilidade das curvas de crescimento na produção de aves ........................................ 16
3.MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................... 17
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 20
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 28
9
1. INTRODUÇÃO
Desde o século passado a avicultura de postura tem alavancado a sua produção, os
levantamentos apontados pela Associação Brasileira de Proteína Animal mostraram que a
produção de ovos em 2017 foi de 39 bilhões de unidades, atingindo o consumo per capita de
190 unidades e destinando cerca de 99,57% da produção ao mercado interno (ABPA, 2018).
Estes dados produtivos são devidos a um conjunto de condições, nas quais se destacam o
melhoramento genético, nutrição, ambiência e manejo.
A partir da intensificação da produção avícola industrial houve redução da demanda
por produtos oriundos da avicultura alternativa, contudo, nas últimas décadas, a procura por
produtos com características específicas tem crescido notoriamente e o consumidor busca por
alimentos produzidos de forma mais natural impulsionando a participação das criações menos
intensivas no mercado avícola (TAKAHASHI, 2003).
Na produção alternativa de aves, são utilizadas linhagens de crescimento lento,
também denominadas “caipiras melhoradas”. Apesar das linhagens de crescimento lento
apresentarem menor potencial de crescimento e desempenho zootécnico, sua criação é
justificada por atributos diferenciados exigidos pelo mercado consumidor, como textura e
coloração da carne acentuada e no caso das aves de postura pela coloração da gema ou até
mesmo pela adaptabilidade ao sistema de criação ao qual estes são submetidos (SANTOS et
al., 2005).
Neste contexto, os programas nutricionais destas linhagens devem ser sempre
reavaliados, com o intuito de determinar estratégias de alimentação próprias para os
requerimentos fisiológicos das aves em crescimento (Summers, 1983; Leeson 1986). Para
isso, o método ideal seria a construção dos modelos de ajuste da curva de crescimento, que
possibilitam relacionar a idade com o seu peso, por fim caracterizando as diferentes fases de
crescimento da galinha (Galeano-Vasco and Cerón-Muñoz, 2013).
De acordo com Neme et al. (2006), os modelos de ajustes das curvas começaram a ser
estudados devido as informações de crescimento e também dados adicionais sobre o
desempenho das aves. Segundo os mesmos autores, diferentes curvas de crescimento podem
influenciar na composição corporal em toda a fase de criação, tendo importante papel na
maturidade fisiológica e sexual das aves de postura.
Algumas pesquisas já foram conduzidas para determinar as curvas de crescimento de
linhagens de crescimento lento para produção de carne como a Label Rouge, Master Griss,
Paraíso Vermelho, Carijó, Gigante Negro e outros, entretanto, são escassas na literatura
10
pesquisas com galinhas caipiras melhoradas para produção de ovos (ROVADOSCKI, 2012;
MORAIS, 2015).
Diante do exposto, objetivou-se com o trabalho identificar o modelo de regressão não
linear mais adequado para descrever o padrão de crescimento de duas linhagens caipiras de
postura, além de construir as curvas e taxas de crescimento de acordo com o modelo
selecionado.
11
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Produção alternativa de aves
A produção alternativa de aves tenta resgatar a tradição da criação de galinhas
caipiras, com o intuito de aumentar a renda na agricultura familiar. Um dos pontos chaves
deste sistema é minimização dos danos ambientais, seja em relação às instalações e
equipamentos, ou a forma de alimentar e de medicar alternativamente as aves (BARBOSA et
al., 2004).
O termo alternativo pode, inicialmente, mostrara imagem de animais criados com
baixa tecnologia ou sem preocupação diante das exigências do mercado, porém, a realidade
deste tipo de atividade é outra, pois tem-se o objetivo de atender a uma demanda crescente e
cada vez mais exigente do mercado (ZANUSSO, 2003). A avicultura é uma ampla atividade
na propriedade rural e entre os diferentes sistemas de produção hoje existentes, o sistema de
criação alternativa vem ganhando destaque entre os produtores (SOUSA, 2004).
A apreensão com os sistemas das aves de postura ocorre porque a produção de ovos no
Brasil é feita predominantemente no sistema de criação em gaiolas, com granjas de cria e
recria separada das granjas. Diante disso, preocupados não só com a qualidade do produto
final, o consumidor tem exigido cada vez mais informações sobre as metodologias adotadas
durante a criação e optando por produtos que estejam em conformidade com as boas práticas
de manejo e bem estar animal (DOS SANTOS, 2009).
A legislação brasileira prevê que no sistema de criação alternativa, sejam empregadas
linhagens rústicas que se adaptem à criação, também denominadas de aves de crescimento
lento; que após a fase inicial de criação as aves fiquem livres ao pastoreio, com pelo menos 3
m2 de pasto por ave; e que sejam alimentadas apenas a base de alimentos de origem vegetal,
sendo proibida a adição de pigmentos sintéticos e promotores de crescimento (BRASIL,
1999a; 1999b).
Contudo, para o sucesso da criação, é necessário que os produtores adotem diferentes
técnicas de manejo, nutrição e sanidade para maior produção e comercialização de seus
produtos (PINHEIRO,2011).
Devido a isso, existe um número elevado de estudos que visam desenvolver sistemas
alternativos, com gaiolas enriquecidas, ou até mesmo modificação de gaiolas já existentes
para atender requisitos, como poleiros, ninhos e banhos de areia e colocação de fitas abrasivas
nas gaiolas para reduzir o tamanho das unhas (ROCHA et al., 2008). Diante destes diversos
12
sistemas, foi desenvolvido o sistema cage free, que é caracterizado por ser um sistema
alternativo que possibilita a apresentação dos comportamentos naturais das aves, uma vez que
elas ficam soltas, com ninhos, poleiros, local para banho de areia, além de espaço para se
movimentar (VITS et al., 2005).
De acordo com COMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES o interior do
espaço para criação de aves em sistema cage free deve ser equipado com: comedouros em
linha (10 cm de comprimento/ ave) ou tubulares (4 cm de comprimento/ave); bebedouros
contínuos (2,5 cm comprimento/ave), pendulares (1 cm de comprimento/ave) ou do tipo
nipple (na proporção de 1:10); um ninho para cada 7 aves exceto se forem coletivos, nesse
caso deve ter, no mínimo, 1 m2 de espaço no ninho para um limite de 120 aves. Ainda, de
acordo com a comissão um terço da superfície do chão do aviário deve ser ocupado pela
cama, que deve ser de material, como palha, serragem, bagaço de cana, capim seco, cascas de
arroz ou areia. A cama deve ter área mínima de 250 cm2 /ave e densidade máxima de 9
aves/m2. Quanto aos poleiros, devem ser construídos, sem arestas cortantes e com um espaço
de, pelo menos, 15 cm/ave. Os poleiros não devem ser montados sobre a área da cama, sendo
a distância horizontal entre eles de 30 cm com afastamento de 20 cm das paredes (CEC,
1999).
Porém, ainda existem divergências em relação aos índices produtivos entre os
diferentes sistemas. A produção de ovos em gaiolas convencionais se mostra superior quando
relacionada à de sistemas alternativos como cage free, free range e gaiolas enriquecidas
(CABRELON, 2009). Porém, já existem relatos em que a produção de ovos em sistemas
alternativos de criação foram semelhantes às de sistemas convencionais (VITS et al., 2005).
2.2 Linhagens de crescimento lento para produção de ovos
A criação das linhagens de crescimento lento, popularmente conhecidas por aves
caipiras melhoradas, é uma atividade simples devido ao fato do animal possuir rusticidade,
maior resistência e adaptação aos diferentes meios. Normalmente essas linhagens são criadas
em sistemas extensivos ou semi – intensivo passando grande parte do dia soltos, com acesso
ao ar livre, o que possibilita ao animal se exercitar, ciscar e procurar áreas mais frescas, sendo
após, recolhidos no período da noite para sua proteção (VIEIRA FILHO, 2016).
Ramos (1995) relata que o desenvolvimento das linhagens de crescimento lento se deu
pela necessidade de se obter uma ave de boa produção, mas que continuasse com as
características caipiras. Com a exigência do mercado, por produtos alternativos com
13
certificação diferenciada, o retorno da galinha colonial/caipira tornou-se indispensável,
porém, a verdadeira galinha caipira, que é por sua vez caracterizada por baixa
produtividade,não conseguiu competir com a galinha industrial.Em meio à necessidade,
desenvolveram-se linhagens chamadas “linhagens caipiras”, tanto de corte quanto de postura,
que juntas possuem rusticidade, resistência e produtividade (ALBINO et al., 2001).
Segundo Madeira et al. (2010) linhagens caipiras genéticamente melhoradas criadas
em sistemas semi-intensivo, são mais produtivas em relação ás aves de raça pura e levam
cerca de 70 a 90 dias para atingir peso de abate, enquanto que, as galinhas caipiras de
crescimento lento também melhoraram a produção de ovos, comum a média de 200 a 270
ovos por ano.
O início da postura pode ser dado por inúmeros fatores inter-relacionados como idade,
peso corporal, gordura corporal e genética. De acordo com estudo de Neme (2006), existe
hoje, uma variedade de linhagens industriais de postura utilizadas, como HyLine Marrom
(HLM) e Hisex Marrom (HSM), Hy Line W-36 (HLW36), Hisex Branca (HSB) entre outras,
em virtude do constante melhoramento genético.
As linhagens comerciais iniciam por volta da 19ª semana de idade e chegam ao pico
em quatro a seis semanas. Estas aves estão se tornando cada vez mais precoces, o que, em
muitas situações, faz com que elas iniciem a postura com peso corporal abaixo do ideal para a
idade (LEESON &SUMMERS, 2005).
Em geral, a grande maioria das poedeiras caipiras inicia sua postura com idade média
de 24 semanas e por volta da 34ª semana de idade, após a 10ª ou 12ª semana do início da
postura elas produzem o máximo, no qual esse período é chamado de pico de produção.
2.3 Seleção de modelos de curvas de crescimento
Sabe-se que modelos matemáticos entre outras funções, podem ser vistos como
instrumentos para descrever o crescimento e desenvolvimento dos animais e permitir uma
análise para adoção de estratégias que possibilitem melhorar o desempenho zootécnico
(SANTOS, 2008).
Para estimar as curvas de crescimento na produção animal, os modelos matemáticos
não-lineares, desenvolvidos para relacionar peso e idade, têm sido um dos melhores por
agrupar uma série de dados em um pequeno número de parâmetros, os quais possibilitam
melhor entendimento, principalmente das interpretações biológicas (SILVA et al., 2010).
14
São diversos os modelos matemáticos não lineares utilizados para caracterização do
crescimento dos animais, destacando-se os de Brody (Brody, 1945), Bertalanffy (Bertalanffy,
1957), Richards (Richards, 1959), Logístico (Nelder, 1961) e Gompertz (Laird, 1965).
Contudo, ainda se questiona a escolha do melhor modelo a ser adotado, pois diferentes
avaliadores de qualidade de ajuste são propostos na literatura e cada um preconiza
determinada característica (SILVEIRA, 2011).
Dentre os modelos utilizados a equação de Von Bertalanffy, parte de um pressuposto
que os nutrientes não são limitantes e o processo de crescimento é a diferença entre o
anabolismo e o catabolismo e que também existe flexibilidade no momento em que se dá o
ponto de inflexão (KUHI, 2010).
Brody (1945) descreve equações exponenciais e monomoleculares onde juntos geram
uma curva com um formato sigmoidal. Sendo proposto pela primeira vez por Blaxter e
Boyne (1978) para descrever relação entre a retenção de energia e o consumo de ração, com
base em uma análise de mais de 80 experiências calorimétricas com ovelhas e gado.
A equação logística, foi a pioneira com as espécies animais onde descreveram o
crescimento de mamíferos e até mesmo plantas e células de levedura pelo fato de esse modelo
apresentar pontos fixos de inflexão. Logo, o modelo de Gompertz começou a ser usado em
experimentos com animais para descrever funções de crescimento, a partir de então um
geneticista, afirmou que as curvas de crescimento dos organismos individuais exibem uma
forma em S assimétrica, que é melhor descrita por uma equação loglog que pelas equações do
modelo logístico (NARUSHIN, 2003).
A escolha dos modelos deve basear-se na análise de no mínimo três itens:
possibilidade de interpretação biológica dos parâmetros, qualidade do ajuste e dificuldades
computacionais (Fitzhugh Jr. &Taylon (1971) citado por Marcato et al. (2010).
Diante de vários estudos, a equação Gompertz foi a que tem se mostrado uma das mais
adequadas para detalhar o crescimento em frangos de corte (GOUS et al., 1999;
FIALHO,1999; SAKOMURA et al., 2005; MARTÍNEZ et al., 2010).
Porém, Mota et al. (2015) trabalhando com codornas de corte verificaram que os
modelos não lineares de Gompertz, Logístico e Von Bertalanffy permitiram predizer a taxa de
crescimento e o peso à idade adulta de todos os diferentes genótipos avaliados. Da mesma
forma, Morais et al. (2015) utilizando o quadrado médio do resíduo e desvio médio absoluto
como critérios de seleção, verificaram que o modelo Quadrático Logarítmico apresentou
melhor ajuste dos dados para as linhagens caipiras melhoradas Pesadão, Carijó e Mista.
15
Dessa forma, a padronização da equação de Gompertz para descrever os padrões de
crescimento de diferentes genótipos e espécies de aves pode não ser a decisão mais correta.
Corroborando com esta afirmação Rocha-Silva et al. (2016)ressaltam que há variação
suficiente entre espécies e até mesmo entre linhagens, inclusive entre indivíduos da mesma
linhagem que projetam haver um modelo mais apropriado a cada conjunto de dados
fenotípicos. Portanto, a escolha do melhor modelo para descrever a trajetória de crescimento
das diferentes linhagens de aves deve ser realizada.
Para a escolha do modelo a ser utilizado é preciso primariamente definir qual destes
que melhor se ajusta aos dados. Esta comparação pode ser feita utilizando o coeficiente de
determinação ajustado e o desvio padrão residual como avaliadores da qualidade do ajuste
(CUNHA FILHO, 2014).
As metodologias mais utilizadas na comparação quanto ao ajuste dos modelos são
variância residual total,função da máxima verossimilhança (log (L)), critério de informação
Akaike (AIC) e critério de informação Bayesiano (BIC) em que,menores valores para estas
variáveis indicam melhor ajuste e qualidade nos modelos (EL FARO & ALBUQUERQUE,
2003).
Na escolha dos modelos os números de parâmetros podem ser corrigidos,assim como
ocorre com os critérios de informação Bayesiano e de informação de Akaike (STRABEL,
SZYDA& PTAK, 2005). No entanto, nestes critérios ocorrem penalizações dos modelos mais
complexos como os que apresentam maior número de parâmetros, sendo que no critério de
informação Bayesiano a penalidade é mais rigorosa e por isso ele normalmente mais utilizado
(EL FARO& ALBUQUERQUE, 2003).
Mesmo com a escolha do melhor modelo, ao considerar várias populações, é
necessário que o avaliador também tenha interesse em comparar os parâmetros das curvas a
fim de indicar para qual das populações o processo de crescimento foi mais eficiente. Assim,
REGAZZI (2003), afirma que a identidade de modelos é a técnica mais indicada para tal
função, entretanto, o mesmo modelo deve ser ajustado para todas as populações, o que mostra
a necessidade da utilização de métodos que propiciam indicar quais modelos são plausíveis
para todas elas.
De acordo com os estudos de Mota et al.(2015), para descrever o crescimento de
grupos genéticos de codornas em função da idade os métodos utilizados para averiguar a
qualidade de ajuste dos modelos apresentaram valores próximos, enquanto Morais et al.
(2015)concluíram que para a identificação das semelhanças e diferenças entre as curvas de
16
crescimento de machos e fêmeas dentro de linhagem, notou-se que a hipótese que testa a
identidade de modelos foi rejeitada para todas as linhagens.
2.4 Aplicação das curvas de crescimento na produção de aves
Os animais apresentam um crescimento em função do tempo que pode ser
representado por uma curva sigmóide, sendo este o modelo teórico mais aceito para explicar o
crescimento dos animais (OLIVEIRA, 2016).
Esses modelos teóricos são compostos por funções de crescimento que tentam
incluir parâmetros biologicamente significativos para evitar disperções sobre o ponto de
inflexão.
Estudos relacionados à curva de crescimento possibilitam uma melhor avaliação da
população, sendo possível realizar mudanças na curva de crescimento, por meio da
otimização das estratégias nutricionais (GOUS, 1998), dando então prioridade para cada fase
de crescimento do animal atendendo suas necessidades.
Compreende-se que as linhagens caipiras apresentam menor potencial de crescimento
que as linhagens industriais e que a ascensão de sua criação pode ser explicada diante dos
atributos diferenciados na sua qualidade de carne, como textura e também coloração da carne
e ovos (SANTOS et al. 2005).
As linhagens distintas, respondem de formas não similar aos processos de seleção,
utilizados no melhoramento das raças, com isso cruzamentos podem alterar as curvas de
crescimento das aves, podendo haver ganho com heterose, proveniente das distinções entre
linhagens (GOLIOMYTIS et al.,2003).
De acordo com as pesquisas de Hrubyet al. (1996), é de grande importância realizar os
ajustes dos níveis nutricionais para frangos de corte, pois resulta no aumento do desempenho,
dos lucros e ainda requerem o conhecimento da composição corporal e do potencial genético
de crescimento da ave, porém, uma das formas de obtenção desses dados é com as curvas que
mostrem o crescimento da ave. Diante disso, a construção das curvas de crescimento pode
auxiliar na determinação de programas alimentares, estratégias de manejo e também ajudar a
elucidar sobre idade de abate (Knízetováet al.,1991).
17
3.MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado no aviário experimental do Instituto Federal Goiano-
Campus Rio Verde– Goiás, Brasil. Foram utilizadas duas linhagens de poedeiras caipiras
melhoradas, a linhagem GLK (galinha bankiva) de ovos marrons e GLZ, de ovos de cascas
azuis, ambas da empresa Avifran®. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente
casualizado com dois tratamentos (linhagens) e seis repetições de 13 aves cada. O
experimento teve duração de 119 dias (17 semanas de criação).
As aves foram instaladas em doze boxes com 2,3 m2 cada,equipados com bebedouros
tipo nipple e um comedouro tubular.As temperaturas máximas e mínimas registradas no
período foram respectivamente, de29,03 ± 2,96 ºC e 19,91 ± 1,66ºC. Sob o piso foi utilizada
cama de maravalha com 10 cm de espessura. Em cada boxe foi instalado ainda um poleiro
linear medindo de 1,75m.
A criação foi manejada segundo as normas técnicas para galinhas de postura, com
água e ração à vontade durante a fase de cria (1 a 6 semanas) e recria (7 a 17 semanas de
vida). As rações comerciais fornecidas foram isonutrientes e formuladas com níveis
nutricionais para suprir as exigências de galinhas poedeiras semi-pesadas. Os níveis
nutricionais calculados das rações utilizadas durante o período experimental é apresentado na
Tabela 1.
TABELA 1. Composição centesimal e níveis nutricionais da ração utilizada.
Ingredientes Cria Recria
Umidade Máx. 120,00 g 120,00 g
Proteína Bruta Mín. 210,00 g 170,00 g
Extrato Etéreo Mín. 30,00 g 28,00 g
Fibra Bruta Máx. 60,00 g 40,00 g
Matéria Mineral Máx. 80,00 g 130,00 g
Cálcio 13,00 g 40,00 g
Fósforo 4.800,00 mg 5.000,00 mg
(Níveis nutricionais vitamínica e mineral por quilo de Produto) – Cálcio 1, 0,% - Sódio 2,08% -Cobre 18,00 mg
– Ferro 31,00 mg – Manganês 87,00 mg – Zinco 75,00 mg – Iodo 1,60 mg– Vitamina A 12,500,00 U.I. –
Vitamina D3 3,750,00 U.I. – Vitamina E 12,00 ppm – Vitamina K 3,70 U.I.– Vitamina B1 4,70 U.I. – Vitamina
B2 9,00 U.I. – Vitamina B6 7,40 U.I. –Vitamina B12 18,00 U.I. – Ácido Fólico 1.85mg – Ácido Nicotínico
42,00 mg – Ácido Pantotênico 22,00 mg – Biotina 0,12 mg – Fitase 375,00 mg – Lísina 9,440,00 mg –
Metionina 3.280,00.
18
As aves na fase de cria e recria foram submetidas á iluminação natural. Tendo em vista
que os animais foram manejadas em sistema “Cage free” durante toda a sua vida, não foi
realizada a debicagem, uma vez que, este é um manejo muito estressante e a densidade de
criação estava baixa, impedindo a ocorrência de canibalismo.
Os animais foram vacinados contra a doença de New Castle e Gumboro via ocular aos
sete e 14 dias de vida. Na sexta semana foram imunizadas contra Bouba aviária via injeção
subcutânea na membrana da asa.Semanalmente, na fase de cria e recria,os animais e as rações
foram pesados para determinação do peso médio e a conversão alimentar das frangas.
A descrição do banco de dados utilizado para ajuste das curvas de crescimento das
linhagens GLZ e GLK é apresentado na Tabela 2.
Tabela 2. Descrição do banco de dados utilizado para ajuste das curvas de crescimento das
linhagens GLZ e GLK
Parâmetros Linhagem
GLZ GLK
Número de boxes 6 6
Número de animais/ boxes 13 13
Número de pesagens 17 17
Pesos:
Mínimo (g) 63,47 45,47
Mediana (g) 904,23 881,15
Média (g) 847,28 782,18
Máximo (g) 1469,69 1393,00
Para o ajuste dos modelos de regressão não linear, foram testados os seguintes
modelos (Tabela 3): Bertalanffy, Brody, Gompertz e Logístico seguindo a parametrização de
(Santos ,2019). Os parâmetros dos modelos foram estimados pelo método de Gauss Newton
modificado, que se baseia numa aproximação por uma série de Taylor de primeira ordem para
produzir uma linearização da função não linear (REGAZZI, 2003), utilizando o procedimento
Non linear Least Squares do software estatístico R.
Para a escolha da equação que melhor descreve a curva e taxa de crescimento das
linhagens caipiras de postura em estudo, foi utilizado o critério de informação Bayesiano
(BIC), considerando-se que quanto menor o índice, melhor o ajuste do modelo. O BIC foi
calculado pela seguinte fórmula:
BIC= -L( ) + ln(N)d
19
Onde: d é que representa o número total de parâmetros estimados pelo modelo e N o
número total de observações e o logaritmo de verossimilhança restrita. Com o modelo
selecionado foram construídas as curvas de crescimento e pela obtenção da derivada 1a da
equação foram determinadas as curvas das taxas de crescimento instantânea de cada linhagem
em função da idade.
Para comparar a igualdade de parâmetros e identidade dos modelos não lineares
utilizados e verificar se uma única curva foi adequada para descrever o crescimento das
linhagens GLK e GLZ utilizou-se o teste da razão de verossimilhança com aproximações
dadas pela estatística de F (REGAZZI & SILVA, 2004).
Tabela 3. Modelos não lineares com efeitos mistos, taxas de crescimento e ponto de inflexão.
Modelos
Parâmetros Brody Gompertz Logístico Bertalanffy
Equação Yt = A(1–Be−kt
) + € Yt = Ae-Be−kt
+ € Yt = A(1 + Be−kt
) −1 + € Yt = A(1 – Be−kt
) 3 + €
TCI ABke−kt
Bke−kt
yBk/(1 + Be−kt
)e−kt
3ABke−kt
(1-Be−kt
) 2
IP - A/e; (logb)/k A/2 ; log(B)/k 8A/27 ; log(3B)/k
A, peso assintótico (g); B, constante de integração; k, taxa de crescimento média; t, idade
(dias); e exponencial; TCI, taxa de crescimento instantâneo; IP, ponto de inflexão; y, equação
do modelo usado; €, erro.
20
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O critério utilizado para escolha do modelo de melhor ajuste da curva de crescimento
das linhagens poedeiras foi o critério de informação Bayesiano (BIC), considerando-se que
quanto menor o índice, melhor o ajuste do modelo. Pode-se observar pela Tabela 2 que o
modelo Logístico ajustou-se melhor ao comportamento de crescimento para as duas
linhagens, porém a diferença com os valores de Gompertz foram pequenas, sendo possível
afirmar que o modelo de Gompertz poderia se ajustar melhor caso estas aves tivessem sido
levadas até à maturidade.
Tabela 4. Valores dos parâmetros e de critério bayesiano de informação (BIC) para os
modelos não lineares em função das linhagens GLZ e GLK.
Modelos A b k BIC
Linhagem GLK
Bertalanffy 2524,936
(289,60)
1,072
(0,01)
0,017
(0,00)
1210,908
Brody 2525,963
(289,60)
1,072
(0,01)
0,052
(0,00)
1210,908
Gompertz 1468,740
(31,20)
4,465
(0,26)
0,237
(0,01)
1157,162
Logístico 1355,929
(18,79)
21,002
(2,15)
0,402
(0,01)
1155,189
Linhagem GLZ
Bertalanffy 2683,669
(273,80)
1,065
(0,01)
0,017
(0,00)
1201,227
Brody 2683,667
(273,80)
1,065
(0,01)
0,052
(0,00)
1201,227
Gompertz 1584,725
(27,38)
4,218
(0,1896)
0,231
(0,00)
1124,991
Logístico 1462,047
(15,61)
18,959
(1,40)
0,390
(0,01)
1112,166
21
De acordo com o observado nesta pesquisa com galinhas de postura caipiras
melhoradas, a literatura científica ressalta que, para linhagens comerciais de aves, os modelos
que apresentam melhor ajuste para descrever o crescimento são o Gompertz, Logístico, Von
Bertalanffy e Brody I, derivados da curva Richards (MIGNON-GRASTEAU &
BEAUMONT, 2000).
Há uma tendência nos estudos com aves industriais de postura ou corte de se padronizar
o modelo de Gompertz para descrever as curvas de crescimento da espécie (Neme et al., 2006;
Santos, 2008; Marcato et al., 2010). Porém, segundo Rocha-Silva et al. (2016) qualquer um
dos modelos matemáticos utilizados neste estudo, poderiam potencialmente ser empregados
para descrever o crescimento das linhagens de postura estudadas. Todavia, segundo os autores
há variação suficiente entre espécies e até mesmo entre linhagens, inclusive entre indivíduos
da mesma linhagem que projetam haver um modelo mais apropriado a cada conjunto de dados
fenotípicos.
Semelhante a estudo, Mota et al. (2015) trabalharam com a determinação das curvas
de crescimento de quatro genotipos de codornas de corte e postura e verificaram que os
modelos não lineares Gompertz, Logístico e von Bertalanffy permitiram predizer a taxa de
crescimento e o peso à idade adulta de todos os diferentes genótipos de codornas avaliados.
Ainda corroborando com esta pesquisa, Drumond et al. (2013) observaram que o
modelo de Gompertz melhor ajustou-se para descrever o crescimento de codornas de corte
machos, enquanto que para as fêmeas, o modelo que permitiu melhor ajuste foi o Logístico.
Da mesma forma, ajuste de modelo diferente do Gompertz foi determinado por Morais
et al. (2015) que trabalharam três linhagens de aves de crescimento lento para corte (Pesadão,
Carijó, Mista e Pescoço Pelado) e verificaram melhor ajuste do comportamento de
crescimento dos animais quando o modelo Quadrático Logarítmico foi utilizado. Essas
diferenças observadas na seleção de modelos também foram relatadas por Araujo et al. (2012)
em estudos sobre a curva de crescimento de búfalos Murrah, que indicaram modelos de
Gompertz ou Logístico para ambos os sexos.
O ajuste de um modelo adequado à curva de crescimento das diferentes linhagens de
postura pode auxiliar na sua escolha, na adoção de práticas de manejo que aperfeiçoem a
produção de carne ou ovos, priorizando as necessidades nutricionais de cada fase de
crescimento, assim como estabelecer programas alimentares específicos, além de possibilitar
a inserção destes animais em programas de melhoramento genético (Gous et al., 1999).
22
Com a escolha do modelo para descrever o crescimento das linhagens, aplicou-se o teste
de identidade de modelo por meio da variável Dummy para identificar as semelhanças e
diferenças entre as linhagens.
As linhagens em estudo apresentam, segundo o modelo Logístico, curvas diferentes
devido a distinção do parâmetro A, embora a velocidade de crescimento ou taxa de
maturidade (k) e o peso médio inicial (b) de ambas tenham sido semelhantes. Por meio da
análise de identidade de modelos verificou – se que o parâmetro “A” é diferente entre as
linhagens avaliadas (p = 0,001), quando comparado ao modelo completo com o modelo
reduzido em que assumiu – se os “A” iguais. Entretanto, verificou – se que os parâmetros “b”
e “k” são iguais entre as linhagens GLZ e GLK (p = 0,4 e p = 0,56, respectivamente). Este
fato indica que apesar das linhagens avaliadas atingirem peso assintótico diferentes, não há
variações na velocidade relativa com que o animal cresce (Tabela 3).
O parâmetro A apresenta estimativa do peso assintótico, que é interpretado como o peso
adulto. Esse peso não é o máximo que o animal atinge e sim o peso médio à maturidade livre
das variações sazonais (BROWN et al., 1976). Ao comparar às estimativas dos pesos (A)
obtidos para as duas linhagens, observa-se que maior peso assintótico foi obtido para a
linhagem GLZ. Neme et al. (2006) verificou peso assintótico superior (ao redor de 2060g) aos
obtidos neste trabalho, determinados com linhagens de postura semipesadas. Porém, como
nesta pesquisa a mensuração dos dados foi realizada apenas até o final da fase de recria (17
semanas) é possível que maiores valores de A pudessem ser obtidos com o decorrer do
período de criação.
O valor de b representa a constante de integração, relacionada aos pesos iniciais do
animal. Enquanto o parâmetro ’k’ indica taxa de maturidade, ou velocidade de crescimento
para atingir o peso assintótico (GARNERO et al., 2005). Neste caso não houve diferença entre
as linhagens para os parâmetros ‘b’ e ‘k’.
23
Tabela 5. Identidade de modelos por meio da variável Dummy para curvas de crescimento das
linhagens GLK e GLZ
Tipo de modelo Descrição matemática P-valor
Modelo completo AX; bX; kX <0,001
Modelo reduzido com ‘A’ iguais A; bX; kX
Modelo completo AX; bX; kX 0,403
Modelo reduzido com ‘b’ iguais AX; b; kX
Modelo completo AX; bX; kX 0,5685
Modelo reduzido com ‘k’ iguais AX; bX; k
Modelo completo AX; bX; kX
0,6373 Modelo reduzido com ‘A’
diferentes, ‘b’ e ‘k’ iguais
AX; b; k
Parâmetros do modelo ajustado
Linhagem A b K
GLZ 1461,5102 (13,39) 19,8717 (1,234) 0,3960 (0,0098)
GLK 1356,5878 (13,39)
X: presença do efeito de linhagem
Corroborando com estes dados, curvas de crescimento distintas para linhagens caipiras
melhoradas de corte, também foram observadas por Santos et al. (2005) e Dourado et al.,
(2009).
Porém, diferente do observado nesta pesquisa Neme et al., (2006) verificaram pela
curva de Gompertz que as diferenças no padrão de crescimento foram verificadas apenas ao
comparar linhagens brancas (leves) com as marrons (semipesadas), descrevendo para galinhas
semipesadas (Hyline e Hysex marrons) uma única equação alométrica do peso vivo em
função da idade.
O maior peso assintótico da linhagem GLZ pode ser uma característica favorável, uma
vez que ambas são selecionadas para postura e neste caso, a precocidade reprodutiva está
diretamente relacionada ao número de ovos produzidos (Romero et al., 2009). Em matrizes de
frangos para corte, as aves consideradas “pesadas” iniciam a produção de ovos mais
24
precocemente que as aves “leves” (MORAES, 1995). Segundo Campos (1994) em poedeiras
comerciais, este fato ocorre tanto dentro das linhagens leves como nas linhagens pesadas,
sendo as primeiras as mais precoces. Os dois pesquisadores são concordantes de que o peso é
um fator importante para atingir a idade da maturidade sexual em aves de postura.
De acordo com LARBIER & LECLERCQ (1992) mesmo com todos os fatores
associados à ave (genética, idade e precocidade sexual) a nutrição e o ambiente influenciam
diretamente no peso dos ovos. Alguns estudos afirmam que o peso do ovo é incorporado por
três componentes: a gema, o albúmen e a casca e também que a proporção entre gema e
albúmen é determinada pela linhagem e idade da poedeira AKBAR et al. (1983) e AHN et al.
(1997).
Em estudos com galinhas de raças nativas verificaram que o peso dos ovos foram
maiores quando comparadas com aves comerciais leves, isso pode ser justificado por seu
maior porte. Sabe-se que normalmente aves mais pesadas tendem a produzir ovos mais
pesados (ALMEIDA, 2019).
Outro ponto a ser considerado é que a diferença no peso corporal obtida entre as duas
linhagens em estudo pode corresponder a variação na composição de nutrientes corporal que
compõe a carcaça destes animais, principalmente no teor de proteína, cinzas e gordura. Assim,
também é interessante conhecer em pesquisas futuras como a nutrição adequada pode
influenciar a deposição de nutrientes e, consequentemente a exigência nutricional e o
estabelecimento de programas de alimentação adequados para as aves de crescimento lento.
As curvas de crescimento obtidas a partir do modelo logístico das linhagens GLZ e
GLK são apresentadas na Figura 1.
25
Figura 1. Curvas de crescimento das linhagens GLK (----) e GLZ (_____
) ajustadas com o
modelo Logístico.
O modelo Logístico foi escolhido para descrever a taxa de crescimento absoluto das
duas linhagens. A taxa de crescimento foi obtida pela primeira derivada do modelo Logístico
em função do tempo (Figura 2). A taxa de crescimento da linhagem GLZ foi crescente até
144,7096 g/semana quando atinge o peso de 730,7551 g no período de 7,5476 semanas e para
GLK com 678,7939g no mesmo período (7,5476 semanas) e com ganho de peso igual a
134,4199 g/semana.
As duas linhagens em estudo apresentaram mesmo ponto de inflexão da taxa de
crescimento ao redor de 52,83 dias (7,5476 semanas). Este valor é inferior ao preconizado
para linhagens semipesadas convencionais os quais variaram entre 58,1 a 59,2 dias conforme
determinados por Neme et al. (2006) e Santos (2008). Rostagno et al., (2017) determinaram
para galinhas de postura semipesadas peso á maturidade igual a 1,91 kg e taxa máxima de
crescimento igual a 60 dias (8,58 semanas) o que também difere dos valores observados nesta
pesquisa.
26
Figura 2. Taxa de crescimento instantâneo (TCI) e pontos de inflexão (PI) determinados para
as linhagens GLK (- - - -) e GLZ (_____
).
O ponto de inflexão, ou seja, o ponto em que a função muda de crescente para
decrescente, é importante para auxiliar os produtores em programas alimentares específicos
(SOUZA, 2011). Ressalta-se que devido à inexistência de pesquisas na área, para a criação de
linhagens caipiras melhoradas são utilizados programas alimentares preconizados para
galinhas de postura convencionais de ovos vermelhos. Entretanto, os dados obtidos atentam
ao fato de que há diferenças nos padrões de crescimento entre as linhagens caipiras x
convencionais, o que justifica a realização de pesquisas para determinar programas
nutricionais específicos para as linhagens de ovos caipiras melhoradas.
27
5. CONCLUSÃO
O modelo que melhor se ajustou para descrever a curva de crescimento das linhagens
GLZ e GLK na fase de cria e recria foi o Logístico. A linhagem GLZ apresenta maior peso á
maturidade que a GLK. Apesar das linhagens apresentarem taxas de crescimento instantâneas
diferentes, ambas atingem a taxa máxima de crescimento aos 52 dias de idade, período
inferior as linhagens convencionais e, portanto, pesquisas futuras são necessárias para atender
as necessidades de manejo e nutricionais específicas para estas linhagens de crescimento
lento.
28
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AHN, D. U.; KIM, S. K.; SHU, H. Effect of egg size and strain and age of hen on the solids
content of chicken eggs. Poultry Science, Champaign, v.76, n. 3, p.914-919, 1997.
AKBAR, M. K.; GAVORA, J. S.; FRIARS, G. W.; GOWE, R. S. Composition of eggs by
commercial size categories: effects of genetic group, age, and diet. Poultry Science,
Champaign, v. 62, p.925-933,1983.
ALBINO, L. F. T. et al. Criação de Frango e Galinha Caipira: Avicultura alternativa. 2.
ed. Viçosa: Aprenda Fácil, 2001. 208 p.
ALBUQUERQUE, L.G.; PEREIRA, C.S. Evolução dos modelos de avaliaçãogenética e
novos desafios. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 35,p. 818-841, 2006.
ALMEIDA, E. C. J. et al. Características físicas de ovos de galinhas nativas comparadas a
linhagem de postura. Archivos de zootecnia, v. 68, n. 261, p. 82-87, 2019.
ARAÚJO, R.O.; MARCONDES, C.R.; DAMÉ, M.C.F. et al. Classical nonlinear models to
describe the growth curve for Murrah buffalo breed. Cien. Rural, v.42, p.520- 525, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL. Relatório anual dasprojeções e
perspectivas da avicultura e da suinocultura. Disponível em: http://abpa-
br.com.br/noticia/projecoes-e-perspectivas-da-avicultura-e-da-suinocultura-2285. Acesso em:
07mar. 2019.
BARBOSA, F. J. V.; ARAÚJO NETO, R. B. de; SOBREIRA, R. dos S.; SILVA, R. A. da;
GONZAGA, J. de A. Seleção, acondicionamento e incubação de ovos caipiras. Teresina:
Embrapa Meio-Norte, 2004. 1.
BERTALANFFY, L. Quantitativelaws in metabolismandgrowth.
QuarterlyReviewofBiology, v.32, n.3, p.217-230, 1957.
BLAXTER, K.L. and BOYNE, A.W. (1978) The estimation of nutritive value of feeds as
energy sources for ruminants and the derivation of feeding systems. JournalofAgricultural
Science 90: 47-68.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ofício Circular DOI/DIPOA
007, 19 maio 1999a.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ofício Circular 60, 4 nov.
1999b.
BRODY, S. (1945) Bioenergetics and Growth with Special Reference to the Efficiency
Complex in Domestic Animals. New York, USA: Hafner Publishing Company Inc.
29
BROW, J.E.; FITZHUGH JUNIOR, H.A.; CARTWRIGHT, T.C.A.A comparison of
nonlinear models for describing weigt-age relationships in cattle. Journal of Animal Science,
v.42, p.810-818, 1976.
CABRELON, Maria Amelia Flandres. Diferentes densidades de gaiola e suas implicações
no comportamento de galinhas poedeiras e na qualidade dos ovos produzidos. 2016. Tese
de Doutorado. Universidade de São Paulo.
CAMPOS, E.J. A importância da maturidade sexual em reprodutoras. In: Manejo de
matrizes. Campinas: Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas, p.47-50, 1994.
CEC - COMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES. Council Directive 99/74/EC of
19 july/1999 laying down minimum standards for the protection of laying hens. Official
Journal of the European Communities. 1999.
CUNHA FILHO OG. Curvas de crescimento de frangos caipiras submetidos a diferentes
níveis de lisina digestível [dissertação]. São Cristovão (SE): Universidade Federal de
Sergipe; 2014.
DOS SANTOS, Maria Wanda; RIBEIRO, Alcir das Graças Paes; CARVALHO, Lilian
Santos. MANUAL TÉCNICO, 18 ISSN 1983-5671. 2009.
DRUMOND, E.S.C.; GONÇALVES, F.M.; VELOSO, R.C.; et al. Curvas de crescimento
para codornas de corte. Ciência Rural, Santa Maria, v.43, n.10. 2013. p.1872-1877.
EL FARO, L.; ALBUQUERQUE, L.G. Utilização de modelos de regressão aleatória para
produção de leite no dia do controle, com diferentes estruturas de variâncias residuais.
Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 32, n. 5,p. 1104-1113, 2003.
FIALHO, F. B. Interpretação da curva de crescimento de Gompertz. Comunicadotécnico
237. Emprapa – CNPSA, p.1-4, 1999.
FITZHUGH JR., H.A.; TAYLON, St.C.S. Genetic analysis of degree of maturity. Journal of
Animal Science, v.33, n.4, p.717- 725, 1971.
GALEANO-VASCO, L. AND CERÓN-MUÑOZ, M. F. 2013. Modelación Del crecimiento
de pollitas mediante el uso de redes neuronales. Revista MVZ de Córdoba18:3861-3867.
GARNERO, A. del V. et al. Parâmetros genéticos da taxa de maturação e do peso assintótico
de fêmeas da raça Nelore. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.57,
n.5, p.652-662, 2005.
GOUS, R. M.; MORAN, E. T.; STILBORN, H. R.; BRADFORD, G. D.; EMMANS, G. C.
BREEDING AND GENETICS: Evaluation of the Parameters Needed to Describe the Overall
Growth, the Chemical Growth, and the Growth of Feathers and Breast Muscles of Broilers.
Poultry Science 78:812–821, 1999.
30
GOLIOMYTIS, M.; PANOPOULOU, E.; ROGDAKIS, E. Growth curves for body weight
and major component parts, feed consumption, and mortality of male broiler chickens raised
to maturity. Poultry Science, Savoy, v. 82, p. 1061-1068, 2003.
HARDIN, J.W.; HILBE, J.M. Generalized estimating equations. Boca Raton: Chapman &
Hall/CRC, 2003. 238 p.
HRUBY, M.; HAMRE, M.L.; COON, N. Non-strainar and strainar functions in body protein
growth.Journal of Applied Poultry Research, v.5, p.109-115, 1996
KNIZETOVA, H. et al. Analysis of growth curves of fowl. I - Chickens.Poultry Science,
v.32, p.1027-1038, 1991.
KUHI, H. D., PORTER, T., LÓPEZ, S., KEBREAB, E., STRATHE, A. B., DUMAS, A., ...&
France, J. (2010). A review of mathematical functions for the analysis of growth in
poultry. World'sPoultry Science Journal, 66(2), 227-240.
LAIRD, A.K. Dynamics of relative growth.Growth, Bar Harbor, v.29, p.249-263, 1965.
LARBIER, M., LECLERCQ, B. Nutrition and feeding of poultry, Nottingham, 1992.
p.178-183.
MADEIRA L.A.; SARTORI J.R.; ARAUJO P.C.; PIZZOLANTE C.C.; SALDANHA
E.S.P.B.; PEZZATO A.C. Avaliação do desempenho e do rendimento de carcaça de quatro
linhagens de frangos de corte em dois sistemas de criação. RevistaBrasileira de Zootecnia,
v.39, n.10, p.2214-2221, 2010.
MARCATO, Simara Márcia et al. Crescimento e deposição de nutrientes nos órgãos de
frangos de corte de duas linhagens comerciais. Revista Brasileira de Zootecnia, p. 1082-
1091, 2010.
MARTINEZ, C.A.; RODRÍGUEZ A. P.; JIMÉNEZ, J.A.; MANRIQUE, C.; Descripción
matemática de lafuncióngompertz aplicada al crecimiento de animales. Revista Facultad
Medicina Veterinaria y Zootecnia, v. 51, n. 1, 2010.
MIGNON-GRASTEAU, S., Beaumont, C., Le Bihan-Duval, E., Poived, J.P., De
Rochambeau, H. Ricard, F.H., 1999. Genetics parameters of growth curve parameters in male
and female chickens. British Poultry Science 40:44-51.
MORAES, V.M.B. Efeitos do peso corporal sobre o desempenho e concentrações dos
hormônios LH e FSH em aves reprodutoras pesadas. 1995. Tese (Doutorado em Nutrição
Animal) - Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,
1995.
MISSIO, Fabrício Missio; JACOBI, Luciane Flores. Variáveis dummy: especificações de
modelos com parâmetros variáveis. Ciência e Natura, v. 29, n. 1, p. 111-135, 2007.
MORAIS, Jonas et al. Curva de crescimento de diferentes linhagens de frango de corte
caipira. Ciência Rural, v. 45, n. 10, p. 1872-1878, 2015.
31
MOTA, L. F. M. et al. Crescimento de codornas de diferentes grupos genéticos por meio de
modelos não lineares. Arq. bras. med. vet. zootec, v. 67, n. 5, p. 1372-1380, 2015.
NARUSHIN, V.G. and TAKMA, C. (2003) Sigmoid model for the evaluation of growth and
production curves in laying hens. Bio systems Engineering 84: 343-348.
NELDER, J.A. The fitting of a generalization of the logistic curve. Biometrics,
Washington, v.17, p.89-110, 1961
NEME, Rafael et al. Curvas de crescimento e de deposição dos componentes corporais em
aves de postura de diferentes linhagens. Revista Brasileira de Zootecnia, p. 1091-1100,
2006.
OLIVEIRA, R. G. et al. Dietary digestible lysine in free-range broiler chickens during the
growth phase. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 68, n. 3, p. 733-
738, 2016.
PINHEIRO, S. R. F. et al. Níveis nutricionais de cálcio para aves de corte ISA Label criadas
sob semiconfinamento. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, p. 231-
238, 2011.
RAMOS, M. A. O Caipira de Sangue Azul. Globo rural, v. 113, p. 39-43, 1995.
REGAZZI, A.J. Teste para verificar igualdade de parâmetros e a identidade de modelos de
regressão não linear. Revista CERES, v.50, n.287, p.9-26, 2003.
RICHARDS, F.J. A flexible growth function for empirical use. Journal of Experimental
Botany, Oxford, v.10, p.290-300, 1959.
ROCHA, J.S.R.; LARA, L.J.C.; BAIAO, N.C. Produção e bem-estar animal: aspectos éticos e
técnicos da produção intensiva de aves. Ciência veterinária nos trópicos, v.11, n.1, p.49-55,
2008.
ROCHA-SILVA, Mérik et al. Curva de crescimento de codornas de corte por meio de
modelos de regressão não-lineares. Archives of Veterinary Science, v. 21, n. 4, 2016.
ROMERO, A.; VÁZQUEZ, L.; CARTEA, M. E. Sensory quality of turnip greens and
turnip tops grown in north western Spain. 2009.
ROVADOSCKI, Gregorí Alberto. Modelos de curvas de crescimento e regressão aleatória
em linhagens nacionais de frango caipira. 2012. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal
e Pastagens) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo,
Piracicaba, 2012. doi:10.11606/D.11.2012.tde-14022013-172453. Acesso em: 2019-04-20.
SAKOMURA, N.K.; LONGO, F.; RONDON, E.O et al. Modeling energy utilization and
growth parameter description for broiler chickens. Poultry Science, v.84, p.1363-1369, 2005.
32
SANTOS, A.L. et al. Estudos do crescimento, desempenho, rendimento de carcaça e
qualidade de carne de três linhagens de frango de corte. Revista Brasileira de Zootecnia,
v.34, n.5, p.1589-1598, 2005.
SANTOS, A.L. Desempenho, crescimento, qualidade do ovo, composição centesimal
corporal e características reprodutivas e ósseas de poedeiras submetidas a diferentes
programas nutricionais. 2008. 165f. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Faculdade de
Zootecnia e Engenharia de Alimentos - Universidade de São Paulo, Pirassununga, SP.
SILVA, L. P.; SILVA. F. G.; BONAFÉ, C. M; LEHNER, H. G.; SCHIAVETTI, V.
L.CAETANO, G. C.; TORRES, R. A. Avaliação de curvas de crescimento de machos e
fêmeas de codorna de corte. In. SIMPÓSIO BRASILEIRO DE MELHORAMENTO
ANIMAL, 8., 2010, Maringá, PR.
SANTOS, H. B. et al. Application of non-linear mixed models for modelling the quail growth
curve for meat and laying. The Journal of Agricultural Science, p. 1-6, 2019.
SILVEIRA, F. G.; SILVA, F. F.; CARNEIRO, P. L. S.; MALHADO, C. H. M.; MUNIZ,
J. A. Análise de agrupamento na seleção de modelos de regressão não-lineares para curva de
crescimento de ovinos cruzados. Ciência Rural, Santa Maria, v. 41, n. 4, p. 692-698, abr,
2011.
SOUSA, Luciano Caetano de. Avaliação do Desempenho Zootécnico da Avicultura. Revista
Brasileira de Agroecologia, Vol. 4 No. 2. Tocantins: Resumos do VI CBA e II CLAA,
novembro, 2004.
SOUZA, Laaina de Andrade et al. Growth curves in morada nova sheep raised in the state of
Bahia. RevistaBrasileira de Zootecnia, v. 40, n. 8, p. 1700-1705, 2011.
STRABEL, T. et al. Comparison of random regression test-day models for Polish Black and
White cattle. Journal of Dairy Science, v. 88, n. 10, p. 3688-3699, 2005.
SUMMERS, J.D. Proceedings of the Maryland nutrition conference for feed
manufacturers. Belville: 1983. p.12-18.
TAKAHASHI, S.E. Efeito do sistema de criação sobre o desempenho e a qualidade de
carne de frangos de corte tipo colonial e industrial. Botucatu: Universidade Estadual
Paulista, 2003. 64p. Dissertação (Mestrado em Nutrição e Produção Animal) - Universidade
Estadual Paulista, 2003.
VIEIRA FILHO, JaverAlves et al. Production index and quality of eggs of laying hens
subjected to different methods of beak trimming. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 51,
n. 6, p. 759-765, 2016.
VITS, A.; WETZENBÜRGER, D.; HAMANN, H.; DISTL, O. Production, egg quality, bone
strength, claw length, and keel bone deformities of laying hens housed in furnished cages with
different group sizes. Poultry Science, v.84, p.1551-1519, 2005.
33
ZANUSSO, Jerri T. Produção Avícola Alternativa- Análise dos fatores qualitativos da carne
defrangos de corte tipo caipira.Pelotas-RS. Revista brasileira de Agrociência, v. 9, n. 3, p.
191-194,jul-set, 2003.