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CURSO DE APOLOGÉTICA

Nível 1

Islamismo

Centro Apologético Cristão de Pesquisas

- Apologética Cristã – São José do Rio Preto – SP. Curso de Apologética ON-LINE.

1) – Cultura

2) – Teologia;

3) – Estudo de Religiões Comparadas

I. Título

II. Série

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Dedicatória:

Dedicamos o Curso de Apologética a todos aqueles que amam a verdade.

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1º Edição: 2009

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SUPERVISÃO EDITORIAL E TEOLÓGICA:

Paulo Cristiano da Silva

João Flávio Martinez

REVISÃO:

Dalton Gerth

CAPA

Euclides Cunha

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ÍNDICE

PONTO DE CONTATO E OBJETIVOS ................................................................................... 06

INTRODUÇÂO ................................................................................................................. 07

BREVE HISTÓRICO .......................................................................................................... 09

- Os três grande grupos do islã .......................................................................................... 09

- Causas da expansão muçulmana ..................................................................................... 10

O ISLÃ NO MUNDO ......................................................................................................... 13

- Os Países com Maioria Islâmica no Oriente Médio................................................................ 13

- Os Países com Maioria Islâmica Ásia................................................................................. 14

- Os Países com Maioria Islâmica África................................................................................15

- Os Países com Maioria Islâmica na Europa..........................................................................16

- A Presença do Islamismo em Outros Países.........................................................................17

ARTIGOS DE FÉ DO ISLAMISMO ........................................................................................ 19

- Um só Deus – Alá .......................................................................................................... 19

- Os anjos ...................................................................................................................... 20

- O Alcorão ..................................................................................................................... 20

- Os profetas .................................................................................................................. 21

- A predestinação islâmica ............................................................................................... 22

- O dia da ressurreição ..................................................................................................... 23

AS COLUNAS DA FÉ ISLÂMICA ........................................................................................... 24

ARGUMENTOS ISLÂMICOS CONTRA A FÉ CRISTÃ ................................................................ 26

- Sobre a impossibilidade da crucificação de Jesus Cristo ...................................................... 26

- Sobre as alegadas “provas” científicas do Alcorão .............................................................. 28

- Sobre a acusação de os cristãos adorarem “três” deuses .....................................................29

- Sobre a depravação da sociedade ocidental .......................................................................31

GRADE DE COMPARAÇÃO TERMINOLÓGICA ENTRE OS ISLÃ E O CRISTIANSIMO ...................... 33

O ISLÃ E A LIBERDADE .................................................................................................... 38

A EVANGELIZAÇÃO DOS MUÇULMANOS ............................................................................. 41

FUNDAMENTALISMO ISLÂMICO ........................................................................................ 44

- O conceito do termo “Jihad” ............................................................................................45

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- As bases históricas do moderno terrorismo islâmico ...........................................................46

- O Alcorão e sua influencia nos grupos muçulmanos .............................................................48

CONCLUSÃO ................................................................................................................... 50

GLOSSÁRIO .....................................................................................................................52

BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................57

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O que é a Religião Islâmica e quais são suas doutrinas e práticas?

O Islamismo pode ser considerado uma religião parecida com o cristianismo?

Podemos considerar o Alcorão como Escrituras Sagradas? Maomé foi realmente um profeta

de Deus ou mais um falso profeta?

Neste módulo o aluno irá aprender as principais doutrinas desta religião e como respondê-las

à luz da Bíblia.

Entretanto, este módulo básico não tem a pretensão de responder todas as questões

envolvendo essa seita, haja vista, que o campo de estudo é muito amplo e a cada dia as seitas

criam argumentos diferentes e cada vez mais complexos para defenderem suas doutrinas.

Portanto, o objetivo deste módulo é proporcionar ao aluno noções gerais desta seita: suas

crenças, suas práticas e o perigo que elas representam à fé cristã. Esperamos que após concluir

este módulo, você possa adquirir conhecimento suficiente para poder empreender um diálogo

seguro, com finalidades evangelísticas com os adeptos desta seita.

Após terminar este módulo o aluno deverá estar apto a:

Conhecer os fatos que originaram a formação da instituição do Islamismo no mundo.

Reconhecer os principais argumentos usados pelos islâmicos para justificar suas doutrinas.

Saber que a origem da religião Islâmica não condiz com os alicerces do cristianismo que já

estavam muito bem edificados no século VII.

Destacar as principais doutrinas islâmicas e sua importância para a identidade dessa religião

sectária.

Mostrar os principais versículos Bíblicos em contraste com o Alcorão, explicitando a

divergência entre Islamismo e Cristianismo.

Refutar os ensinamentos equivocados, à luz dos preceitos Bíblicos, mantendo uma finalidade

evangelística para com os adeptos desta Religião.

PONTO DE CONTATO

OBJETIVOS

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INTRODUÇÃO

O mundo islâmico vem sendo rotineiramente devassado nos meios acadêmicos há

muito tempo. Contudo, até 11 de setembro de 2001, quando dezenove muçulmanos

praticaram o maior atentado terrorista da História, as multidões nos países ocidentais

não sabiam que o universo dos turbantes era muito mais complexo do que parecia.

Depois do fim do comunismo, os Estados Unidos e seus aliados - os países

industrializados da Ásia e da Europa - convenceram-se de que a modernidade, a

democracia e a economia de mercado são desejadas em todo o mundo. Devido à outra

escala de valores, porém, tais novidades não são bem-vindas para um número

significativo de muçulmanos. Foi à descoberta de que o Islã era um dos limites da

globalização, até então despercebido.

Após o choque resultante da carnificina cometida em nome de Alá, o mundo

islâmico foi repentinamente iluminado por um holofote. Nunca, até onde a memória

alcança, uma civilização foi tão escrutinada como a muçulmana está sendo nos dias

atuais. Uma cultura e uma fé que viviam relegadas à periferia do mundo dito civilizado

despertam agora um interesse voraz em pessoas que até outro dia dispunham de

pouquíssimas referências sobre o universo islâmico. Os governos das nações poderosas

também estão ávidos por entender e agir de forma a evitar uma explosão nas sociedades

dos turbantes que elegeram como seu herói o terrorista Osama bin Laden e como

bandeira a guerra santa aos valores ocidentais. E, no decorrer desse processo de

exploração, a opinião pública mundial descobriu que esse universo era menos

administrável do que se imaginava.

Para elevar ainda mais o grau de importância dessa revelação, pesquisas

realizadas ao redor do globo mostraram que o islamismo é a religião que mais cresceu

nas últimas décadas, e que essa tendência não mudou depois do 11 de setembro. Em

1973, havia 36 países com maioria muçulmana no planeta; exatos trinta anos depois,

eles já eram 47. Também no início dos anos 70, o islamismo reunia cerca de 370 milhões

de fiéis. Três décadas depois, eles chegaram a 1,3 bilhão. Hoje, quase 20% da população

do mundo é muçulmana, e estima-se que, em 2020, de cada quatro habitantes do

planeta um seguirá o islamismo. Essa explosão demográfica - em parte provocada pela

proibição religiosa do uso de métodos contraceptivos - está devolvendo ao islamismo

uma força considerável.

E não é só no Oriente: com o liberalismo religioso da maior parte do Ocidente, os

muçulmanos também se espalham com alguma facilidade. Só na Europa, berço da

civilização cristã, existem 20 milhões de muçulmanos, e quase metade deles está

instalada na Europa Ocidental. Há mesquitas até na Roma dos papas. Outro fator que

emprestou maior visibilidade aos países islâmicos está em sua imensa riqueza

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estratégica: são donos das mais generosas reservas de petróleo do mundo. Entre os

cinco maiores produtores de óleo do Oriente Médio, o PIB conjunto quadruplicou nos

últimos trinta anos, enquanto o PIB mundial apenas dobrou de tamanho. O crescimento

do rebanho e a fartura do petróleo, no entanto, produziram um barril de pólvora.

Em geral, os regimes dos países islâmicos são ditaduras teocráticas e a riqueza

não é distribuída, deixando a maior parte da população relegada à miséria. É dentro

desse caldeirão paradoxal que ressurgiu a força da religião, em especial depois da

Revolução Islâmica no Irã, em 1979. O Islã é multifacetado por várias nações, mas tem

uma característica curiosa: não produziu um só país democrático e desenvolvido. O

contraste entre a pobreza dos fiéis e a riqueza do Ocidente fomentou rancor. A resposta

às dificuldades materiais e à falta de liberdade, levantada nas mesquitas, é a de que a

identidade religiosa supera todos os valores políticos. A questão tornou-se urgente depois

do 11 de setembro, mas até agora não se encontrou uma resposta: como desarmar a

bomba-relógio do radicalismo islâmico? Enquanto os nós não forem desfeitos, é possível

que o extremismo e o fanatismo, embora restritos a grupos minoritários, sigam achando

espaço para ensangüentar a história humana. (11)

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1 - HISTÓRICO

O Islamismo é uma das três religiões monoteístas baseadas nos

ensinamentos de Maomé ou Mohammad (570-632 d.C.), chamado “O Profeta”, contidos

no livro sagrado islâmico, o Alcorão. A palavra islã significa submeter, e exprime a

submissão à lei e à vontade de Alá. Seus seguidores são chamados de muçulmanos, que

significa aquele que se submete a Alá.

Maomé nasceu na cidade de Meca, na Arábia Saudita, centro de animismo e

idolatria. Como qualquer membro da tribo Quirache, Maomé viveu e cresceu entre

mercadores. Seu pai, Abdulá, morreu por ocasião do seu nascimento, e sua mãe, Amina,

quando ele tinha seis anos. Aos 40 anos, Maomé começou sua pregação, quando,

segundo a tradição, teve uma visão do anjo Gabriel, que lhe revelou a existência de um

Deus único. Dentro dessa conjuntura de visões e revelações, Maomé quase foi à loucura

tentando o suicídio e acreditando que suas visões eram diabólicas, se não fosse a sua

esposa ele teria tirado a sua própria vida (4, 9). Khadija era uma viúva rica que se

casou com Maomé e investiu toda sua fortuna na propagação da nova doutrina. Maomé

passou a pregar publicamente sua mensagem, encontrando uma crescente oposição.

Perseguido em Meca, foi obrigado a emigrar para Medina, no dia 20 de Junho de 622.

Esse acontecimento, chamado Hégira (emigração), é o marco inicial do calendário

muçulmano até hoje. Maomé faleceu no ano 632.

Segundo os muçulmanos, o Alcorão contém a mensagem de Deus a Maomé, as

quais lhe foram reveladas entre os anos 610 a 632. Seus ensinamentos são considerados

infalíveis. São divididos em 114 suratas (capítulos), ordenadas por tamanho, tendo o

maior 286 versos. A segunda fonte de doutrina do Islã, a Suna, é um conjunto de

preceitos baseados nos hadiz (ditos e feitos do profeta).

1.1 – Os muçulmanos estão divididos em três grandes grupos: os Sunitas, os

Xiitas e os Sufis:

Os Sunitas subdividem-se em quatro grupos menores: Hanafitas, Malequitas,

Chafeitas e Hambanitas. Os Sunitas são os seguidores da tradição do profeta, continuada

por All-Abbas, seu tio. (01)

Os Xiitas são partidários de Ali, marido de Fátima, filha de Maomé. São os líderes

da comunidade e continuadores da missão espiritual de Maomé.

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Já o Sufismo é a doutrina de místicos muçulmanos que considera o espírito

humano uma emanação do divino, ao qual se esforça por se reintegrar. Adotada,

sobretudo durante os séculos VIII e XIII, sofreu influência do cristianismo, do

neoplatonismo e do hinduísmo. (02)

O objetivo final do Islamismo é subjugar o mundo e regê-lo pelas leis islâmicas,

mesmo que para isso necessite matar e destruir os “infiéis ou incrédulos” da religião.

Segundo eles, Alá deixou dois mandamentos importantes: o de subjugar o mundo

militarmente e matar os inimigos do Islamismo – os idólatras (judeus e cristãos). (10 pg.

93).

1.2 – Causas da Expansão Muçulmana

Os historiadores apresentam as seguintes causas para a expansão árabe:

a) Causas Religiosas

Estudando as causas das conquistas árabes no século 7, temos de considerar o

entusiasmo religioso dos muçulmanos que alcançava o grau supremo do fanatismo e da

intolerância, e vêem-se nele uma das causas determinantes dos êxitos militares obtidos

pelos árabes em sua luta contra a Pérsia e contra o Império Bizantino no século 7.

Pretende-se que os árabes se tenham precipitado sobre as províncias asiáticas e

africanas com a determinação de cumprir a vontade de seu profeta que lhes havia

prescrito a conversão de todo o mundo à nova fé. Em resumo, costuma-se explicar em

geral as vitórias árabes pelo entusiasmo religioso que preparava os muçulmanos

fanáticos para encarar a morte com desprezo, fazendo-os assim invencíveis na ofensiva,

mas também existe o lado da atração da pilhagem e das rapinas, o entusiasmo religioso

dos muçulmanos contratados com um mundo profundamente dividido e etnicamente

heterogêneo. É importante mencionar ainda que os chefes muçulmanos eram discípulos

apaixonados de Maomé, oravam mais do que lutavam e, com o tempo, inspiraram aos

seus adeptos um fanatismo que aceitava a morte numa guerra „santa‟ como um „abre-te

sésamo‟ para o paraíso.

b) Causas Econômicas

A Arábia, reduzida em recursos naturais, não poderia satisfazer já às necessidades

físicas de sua população e, então, sob a ameaça da miséria e da fome, os árabes viram-

se na necessidade de fazer um esforço desesperado para libertar-se da ardente prisão do

deserto. A isca do saque e da rapina constituiu, sem dúvida, um poderoso atrativo para

as hordas beduínas. A promessa de uma rica presa incitou as tribos a se alistarem sob a

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bandeira do Califa. O êxodo triunfante da península recebeu um enorme estímulo bem

depressa ao chegar notícias das fabulosas riquezas encontradas na Síria e no Iraque.

c) Causas Militares

As tropas árabes eram mais rigorosamente disciplinadas e conduzidas com

habilidades, estavam habituadas às agruras e eram recompensadas com os despojos.

Podiam lutar com o estômago vazio e dependia da vitória a sua comida. Finalmente havia

causas militares da invasão, à medida que os vitoriosos exércitos árabes cresciam com

recrutas famintos ou ambiciosos, criava-se o problema de lhes fornecer novas terras e

conquistar apenas para prover-lhes alimentos e soldos. Cada vitória exigia outra, até que

as conquistas árabes – mais rápidas do que as romanas e mais duradouras do que as dos

mongóis – resultaram no mais espantoso feito da história militar.

Além disso, o exército árabe era mais adaptado ao meio onde se movimentara para

atacar o inimigo – o deserto vasto e uniforme, a cavalaria árabe soube tirar proveito do

uso do camelo especialmente como eficiente meio de transporte a longas distâncias em

relativamente pouco tempo. Camelo e deserto formavam um quadro harmônico em que

o guerreiro árabe atuava com vantagem sobre o adversário.

d) Afinidade racial e cultural

Outro fato importante foi que os conquistadores árabes encontraram em algumas

regiões populações de origem semítica. Na Palestina e na Síria existiam numerosos

habitantes de origem árabe. No Iraque, havia muito, processara-se uma infiltração de

tribos árabes.

Assim, para as províncias conquistadas, os árabes não eram considerados bárbaros

ou estrangeiros; por intermédio do comércio, essas populações sempre tiveram relações

com os árabes.

e) Fraqueza dos adversários

O Império Bizantino possuía os seguintes pontos fracos: problemas religiosos, o

descontentamento existente entre a população ortodoxa das províncias orientais em

relação ao governo central por causa de certas concessões de compromissos outorgados

aos monofisistas; problemas socioeconômicos e impostos exagerados pesavam sobre a

população revoltada, especialmente quando a população teve de arcar com as despesas

da guerra com o Império Persa. Em relação aos problemas militares, o Império Bizantino

estava profundamente enfraquecido em virtude da tremenda luta contra os persas. As

tropas esgotadas não podiam opor uma resistência eficaz aos exércitos árabes

constituídos por soldados bem dispostos à luta. Ainda havia outros fatores como as

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constantes invasões persas na Síria e Palestina; as fronteiras do Império Bizantino

estavam desguarnecidas.

As lutas entre o Império Bizantino e o Império Persa haviam enfraquecido ambos,

os persas tinham sido derrotados pelo Império Bizantino; estavam desmobilizados, com

sérios problemas econômicos e com profundas divisões na sociedade e na religião

zoroastrista.

f) Tolerância muçulmana e benefícios econômicos

Os árabes eram extremamente tolerantes, exigiam apenas que admitissem a

supremacia política do Islã, materializada, sobretudo no pagamento de impostos

especiais, na interdição de qualquer proselitismo junto a muçulmanos e no caráter

puramente árabe do exército.

Essa tolerância explica porque os judeus de Jerusalém receberam os árabes como

verdadeiros libertadores (637 a.D.) e que os cristãos monofisistas de Alexandria tenham

acolhido o maometano Omar (643 a.D.). Quando da última tentativa de Heráclito para

conquistar a Síria, os cristãos colaboraram com os muçulmanos e, segundo o historiador

Abd-Al-Hakam, as autoridades eclesiásticas do Egito, ordenaram aos coptas que não se

opusessem aos árabes, por ódio pelas perseguições bizantinas, e o patriarca Ciro,

representante da autoridade imperial, entendeu-se facilmente com os árabes.

Além do bom entendimento entre árabes e cristãos, encontramos aqui os

benefícios econômicos que o jovem império árabe trouxe a essas regiões, com contato

comercial em vários lugares da Síria à Índia, da Mesopotâmia até as ilhas distantes, tudo

sob a administração árabe. (3)

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2 – O ISLÃ NO MUNDO

2.1 – Os Países com Maioria Islâmica no Oriente Médio

Arábia Saudita

95% de muçulmanos sunitas, 5% de muçulmanos xiitas.

Berço do Islã, abriga as cidades sagradas de Meca e Medina e adota uma

interpretação conservadora da lei islâmica. País natal de Osama bin Laden e de quinze

dos 19 seqüestradores dos aviões de 11 de setembro de 2001. Em função de sua boa

relação com os EUA, a família real sofre a oposição de vários grupos radicais, incluindo a

rede Al Qaeda. Sabe-se, porém, que muitas figuras importantes ajudam a financiar os

terroristas muçulmanos.

Irã

89% de muçulmanos xiitas, 10% de muçulmanos sunitas.

O país se tornou uma República Islâmica depois da revolução de 1979. Desde

então, os aiatolás são a autoridade política máxima, cujo poder se sobrepõe ao do

presidente e do parlamento, eleitos em votação popular. Desde o fim da década de 90, o

Irã vive uma luta entre os clérigos conservadores e os reformistas, que defendem a

flexibilização do regime islâmico.

Iraque

60% de muçulmanos xiitas, 32% de muçulmanos sunitas.

No regime de Saddam Hussein (um sunita), o estado era secular, e manifestações

religiosas eram proibidas dentro da estrutura do governo. Com a queda do ditador, a

maioria xiita pretende ter um papel mais influente no comando do país. A guerra teve um

efeito contrário ao esperado pelos EUA: o fanatismo religioso e o terrorismo ligado à

religião estão mais fortes que na época de Saddam.

Egito

94% de muçulmanos sunitas

O governo e o sistema judicial são seculares, mas as leis familiares são baseadas

na religião e a atuação de grupos radicais ainda é grande. O Egito é o local de origem da

primeira facção radical do Islã, a Irmandade Muçulmana, e deu origem também ao grupo

Jihad Islâmica. Depois da execução do presidente Anuar Sadat pelos radicais, em 1981, o

governo prendeu e matou milhares de pessoas na repressão ao extremismo religioso.

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Territórios palestinos

90% de muçulmanos.

A sociedade e a política palestinas têm fortes tradições seculares. A revolta contra

Israel, no entanto, deu força a grupos religiosos radicais (Hamas, Jihad Islâmica,

Brigadas de Mártires de Al Aqsa) e a influência do islamismo na política tornou-se

dominante.

Líbano

41% de muçulmanos xiitas e 27% de muçulmanos sunitas

Com uma formação de governo que reflete a distribuição religiosa da população (O

presidente, que exerce o poder executivo, deve ser maronita, e o primeiro-ministro,

muçulmano sunita), é a terra do grupo radical Hezbolá. Para os EUA, o Hezbolá é uma

organização terrorista; para o Líbano, um movimento legítimo de resistência contra os

israelenses e uma organização política legalizada.

Jordânia

92% de muçulmanos sunitas.

A família real está no poder desde a independência, em 1946 - e sua aceitação se

baseia no fato de que os príncipes seriam descendentes diretos do profeta Maomé. A

sociedade é conservadora e a interpretação do Islã é rigorosa - costumes de séculos

atrás são mantidos graças à religião.

Outros países de maioria muçulmana: Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos,

Catar, Bahrein, Kuwait, Síria

2.2 – Os Países com Maioria Islâmica Ásia

Indonésia

88% de muçulmanos

Apesar de abrigar a maior população muçulmana do planeta, o país tem uma

constituição secular. Há dezenas de facções radicais que defendem a adoção da lei

islâmica e a formação de um estado com governo religioso, mas os muçulmanos

moderados são contra. É a terra do Jemaah Islamiah, grupo ligado à Al Qaeda culpado

pelo atentado que matou 200 pessoas em Bali, em 2002.

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Afeganistão

84% de muçulmanos sunitas, 15% de muçulmanos xiitas

País onde surgiu a mais radical forma de interpretação do islamismo, através da

milícia Talibã, que governo o país do fim da década de 90 até depois do 11 de setembro

de 2001. Serviu de campo de treinamento para terroristas islâmicos do mundo todo, até

que a ação militar americana atacou essas instalações e colocou no poder um líder

muçulmano moderado.

Paquistão

77% de muçulmanos sunitas, 20% de muçulmanos xiitas.

Formado como um estado muçulmano resultante da partilha do subcontinente

indiano, em 1947, trava uma tensa disputa com a vizinha Índia pela posse da Caxemira.

Os extremistas islâmicos atacam os soldados indianos, que controlam o território, por

julgar que a área é dos muçulmanos. Além disso o país sofre com conflitos entre sunitas

e xiitas e entre muçulmanos radicais e cristãos.

Malásia

53% de muçulmanos.

O governo diz ser tolerante com todas as religiões, mas o islamismo é a fé oficial

do país. Não-muçulmanos dizem ser vítimas de discriminação das autoridades. Os

radicais muçulmanos dizem que não é o bastante: querem oficializar a adoção da lei

islâmica tradicional em toda a Malásia.

Outros países de maioria muçulmana: Brunei, Bangladesh

2.3 – Os Países com Maioria Islâmica África

Nigéria

50% de muçulmanos

Tensões com os cristãos provocaram milhares de mortes no país. A adoção da lei

islâmica em doze estados do norte provocou um êxodo entre os seguidores do

cristianismo. O governo tem dificuldade para controlar os grupos radicais de ambos os

lados.

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Argélia

99% de muçulmanos

Em 1991, a vitória de um partido islâmico nas eleições gerais foi impedida por um

golpe político. Desde então, governo e exército combatem os extremistas muçulmanos

numa disputa que já provocou dezenas de milhares de mortes.

Sudão

70% de muçulmanos.

Governado por um partido islâmico desde 1989, quando um golpe militar teve

apoio dos extremistas, o país foi devastado por uma guerra de duas décadas entre

rebeldes muçulmanos do norte e cristãos do sul. Osama bin Laden permaneceu no país

por alguns anos antes de ir para o Afeganistão.

Somália

100% de muçulmanos.

A religião da população é a mesma, mas conflitos entre tribos inimigas

alimentaram uma guerra que se arrasta desde os anos 90. Há grupos radicais em

atividade no país - e um deles é ligado à Al Qaeda. A maior empresa do país foi fechada

pelos EUA por suas ligações com Osama bin Laden.

Outros países de maioria muçulmana: Senegal, Gâmbia, Guiné, Serra

Leone, Costa do Marfim, Mauritânia, Mali, Níger, Chade, Líbia, Tunísia, Eritréia,

Djibouti, Ilhas Comoros

2.4 – Os Países com Maioria Islâmica Na Europa

Turquia

99,8% de muçulmanos.

Estado secular, a Turquia garante liberdade religiosa à população. Na prática,

porém, os costumes e crenças do islamismo têm grande influência sobre o comando do

país. O partido que conquistou o poder em 2002, por exemplo, tem raízes islâmicas,

apesar de se descrever como "conservador".

Kosovo

92% de muçulmanos.

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Palco de uma violenta campanha de perseguição pelos sérvios, o território foi ocupado

pela Otan e teve seu controle assumido pela ONU em 1999. Isso não impediu a morte de

10.000 pessoas e a fuga de cerca de 1,5 milhão para a Albânia ou para a região da

fronteira.

Albânia

70% de muçulmanos.

O governo comunista do país fechou todos os templos religiosos - incluindo igrejas

e mesquitas - em 1967. A prática religiosa só voltou a ser permitida em 1991.

Chechênia

Maioria de muçulmanos

Desde o fim da União Soviética, a república russa vem sendo palco de violentos

confrontos entre o governo de Moscou e as forças separatistas formadas pelos radicais

islâmicos. No período em que a Rússia retirou suas forças do território, o islamismo

tornou-se religião oficial.

Usbequistão

88% de muçulmanos.

Estado secular, viu o islamismo ganhar força nos anos 90. Junto com esse

crescimento, surgiram os grupos radicais contrários ao governo. Depois de uma série de

atentados, as forças do governo reprimiram os radicais. Os grupos, porém, continuam

em atividade.

Outros países de maioria muçulmana: Azerbaijão, Turcomenistão,

Quirgistão, Tadjiquistão, Cazaquistão

2.5 – A Presença do Islamismo em Outros Países

Estados Unidos

O palco do maior ato de terrorismo islâmico da História tem mais de 6 milhões de

muçulmanos e em torno de 2.000 mesquitas. Entre os seguidores da religião nos EUA,

77,6% são imigrantes, e 22,4%, americanos natos. Apesar do 11 de setembro de 2001,

o islamismo está crescendo: estima-se que, no ano de 2010, a população muçulmana

supere a judaica - apenas o cristianismo terá mais seguidores.

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Índia

Cerca de 12% dos indianos são muçulmanos, formando uma população total de

120 milhões de pessoas. A constituição do país garante a liberdade religiosa. Na prática,

contudo, os muçulmanos da Índia são alvos freqüentes de atos de violência - e as

facções radicais revidam as agressões. Na última onda de conflitos entre muçulmanos e

os hindus radicais, cerca de 2.000 pessoas morreram.

China

O país mais populoso do mundo tem cerca de 20 milhões de muçulmanos, cerca de

1,5% da população. A religião está no país desde o século VII. É oficialmente

reconhecida e tolerada no país, que tem mais de 30.000 mesquitas, e os chineses

muçulmanos estão concentrados no extremo oeste do país. Há facções extremistas - uma

delas listada como grupo terrorista pela ONU e pelos EUA.

Brasil

Um dos maiores países católicos do mundo tem uma comunidade islâmica

relativamente grande - e seus números vêm crescendo. Há quarenta anos a comunidade

árabe brasileira tinha uma única mesquita. Atualmente são mais de 50 Mesquitas,

espalhados por todo o país e freqüentados por entre 1,5 e 2 milhões de fiéis. Não há

atuação de grupos extremistas armados no território brasileiro. As maiores comunidades

se encontram nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Rio Grande do Sul e na

Tríplice Fronteira em Foz do Iguaçu. (11)

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3 - ARTIGOS DE FÉ DO ISLAMISMO

3.1 - O Islamismo crê que existe um só Deus verdadeiro, e seu nome é Alá.

Alá não é um Deus pessoal, santo ou amoroso, pelo contrário, está distante e

indiferente mesmo de seus adeptos. Suas ordens expressas no Alcorão são imperativas,

injustas e cruéis. Segundo Maomé, ele é autor do bem e do mal. Num dos anais que

descreve as mensagens de Alá para Maomé, ele diz: “... Constatarás que os piores

inimigos dos fiéis, entre os humanos, são os judeus e os idólatras...”. (Surata 5:80). Em

outra parte diz: E quando vos enfrentardes com os incrédulos, (em batalha), golpeai-lhes

os pescoços, até que os tenhais dominado, e tomai (os sobreviventes) como prisioneiros.

Libertai-os, então, por generosidade ou mediante resgate, quando a guerra tiver

terminado. Tal é a ordem. E se Deus quisesse, Ele mesmo ter-Se-ia livrado deles; porém,

(facultou-vos a guerra) para que vos provásseis mutuamente. Quanto àqueles que foram

mortos pela causa de Deus, Ele jamais desmerecerá as suas obras.(Surata 47:4).

Para o Historiador Libanês Albert Hourani, Alá não passava de mais um dos deuses

e ídolos do paganismo – “O nome dado a Deus era Alá, já em uso para um dos deuses

locais, e hoje usado por judeus e cristãos de língua árabe como o nome de Deus...”(6,

pág. 33).

E Ainda: O escritor e ex-islâmico Dr Salim Almahdy, diz o seguinte a respeito de

Alá – “O islamismo, Alá e grande parte do Alcorão já existiam antes de Maomé. O pai de

Maomé chamava-se Abed Alá, que significa escravo de Alá... A Enciclopédia do Islamismo

nos fala que os árabes pré-islâmicos conheciam Alá como uma das divindades de Meca...

Segundo a Enciclopédia Chamber‟s, "a comunidade onde Maomé foi criado era pagã, com

diferentes localidades que tinham os seus próprios deuses, freqüentemente

representados por pedras. Em muitos lugares havia santuários para onde eram feitas

peregrinações. Meca possuía um dos mais importantes, a Caaba, onde foi colocada a

pedra negra, há muito tempo um objeto de adoração... Alá era o deus lua. Até hoje os

muçulmanos usam a forma do quarto crescente sobre as suas mesquitas. Nenhum

muçulmano consegue dar uma boa explicação para isso. Na Arábia havia uma deusa

feminina que era a deusa sol e um deus masculino que era o deus lua. Diz-se que eles se

casaram e deram à luz três deusas chamadas "as filhas de Alá", cujos nomes eram Al

Lat, Al Uzza e Manat. Alá, suas filhas e a deusa sol eram conhecidos como os deuses

supremos. Alá, Allat, Al Oza e Akhbar eram alguns dos deuses pagãos...”. (05)

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3.2 - O Islamismo crê erroneamente em anjos.

Deus criou todos os anjos. A maioria dos anjos é má e eles são chamados ginn (de

onde cremos originar-se a palavra gênio). Miguel é considerado o anjo-patrono dos

judeus. Gabriel é o anjo que trouxe o Alcorão. Cada ser humano tem um anjo-ombro:

um escrevendo suas boas obras, e outro as más. Satanás (Iblis ou Shitan) foi

desobediente. Deus ordenou-lhe adorar Adão e ele se recusou. Este é mais um

constrangimento para os muçulmanos, pois Satanás estava certo: somente Deus deve

ser adorado. (3)

3.3 - O Islamismo crê que exista um só livro sagrado dado por Alá, o Alcorão,

escrito em Árabe.

Os muçulmanos crêem que Alá deu uma série de revelações, incluindo o Antigo e

Novo Testamento, que foram suplantados pelo Alcorão. Segundo eles, as antigas

revelações de Alá na Bíblia foram corrompidas pelos cristãos, e, por isso, não são de

confiança.

Entretanto, vejamos o que o próprio Alcorão diz a respeito da Bíblia: a) No Tora se

encontra os mandamentos de Deus, luz e orientação (Surata 5:43-44); b) Nos

Evangelhos é encontrado luz e orientação (Surata 5:56); c) Para termos orientação

devemos observar o Tora e os Evangelhos (Surata 5:68); Foi Deus quem também

revelou a Bíblia (Surata 4:136); d) Quando houver dúvidas, devemos ler as Escrituras

(Surata 10:94). Agora, se a Bíblia foi corrompida, aconteceu isso antes ou após Maomé?

Se antes, por que Deus diz a Maomé para recorrer a uma Escritura corrompida como

guia (Surata 10:94), e por que fala do Tora e dos Evangelhos, "nos quais se encontram a

orientação e a luz", ao invés de avisar que ambos foram corrompidos e adulterados? Se a

corrupção literária ocorreu depois, por que os muçulmanos não aceitam a Bíblia, já que

as traduções correntes estão todas fundamentadas sobre os manuscritos datados antes

de Maomé? Como também entender que a Bíblia foi dado por Deus, mas depois

corrompida pelos homens, quando o próprio Alcorão declara que – “Imutáveis são as

Palavras de Deus” (Surata 6:34;10:64)? Como observamos os muçulmanos se

encontram com uma grande problemática; se negam a Bíblia como palavra autentica de

Deus, desacreditam do próprio Alcorão que declara que a Palavra dada por Deus não

pode ser abalada ou adultera; mas se aceitarem a Bíblia como revelação de Deus, não

têm como resolver as discrepâncias infindáveis entre ambos os livros. O que farão então

os muçulmanos?

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3.4 - O Islamismo crê que Maomé é o último e o mais importante dos profetas

Conforme o Islamismo, Alá enviou 124.000 profetas ao mundo, apesar de

unicamente trinta estarem relacionados no Alcorão. Os seis principais foram:

· · Profeta Adão, o escolhido de Alá.

· · Profeta Noé, o pregador de Alá.

· · Profeta Abraão, o amigo de Alá

· · Profeta Moisés, o porta-voz de Alá

· · Profeta Jesus, a palavra de Alá

· · Profeta Maomé, o apóstolo de Alá

Maomé Como Profeta

Dizem os muçulmanos que havia muitas profecias a respeito da chegada de

Maomé na Bíblia, mas, após ele ter vindo, judeus e cristãos apagaram tudo quanto foi

possível. Ora, já que nossas traduções são baseadas em cópias manuscritas de séculos

antes de Maomé, isso não pode ser verdade, mas o mito persiste. Mas, e o que dizer das

"profecias" que não foram apagadas? A Surata 61,6 diz: "Jesus, filho de Maria disse: 'Eu

sou verdadeiramente o Mensageiro de Deus para vós, confirmando o Torá que veio antes

de mim e dou as boas novas de um mensageiro que virá após mim, cujo nome será

Maomé'". Mas em nenhum lugar na Bíblia Jesus falou sobre essa pessoa! E, antes que se

pergunte sobre Jo 14,16 ("Eu pedirei ao Pai e Ele vos dará um outro Consolador para

permanecer convosco..."), posso dizer: a palavra grega para Consolador é "parakletos"

(literalmente: alguém que permanecerá como advogado numa corte legal). Os

muçulmanos dizem que João originalmente escreveu "periklytos" que aparentemente é a

palavra grega para Um Bendito. Contudo, nem em Jo 14,16 ou 14,26 (onde parakletos é

novamente usada) há periklytos e é de se espantar como uma mentira tão baixa veio a

ser inventada. No contexto de Jo 14, o Parakletos estará com os discípulos para sempre

(v. 16). Ele é o Espírito da Verdade (v. 17) que nem é visto nem conhecido pelo mundo,

mas é aquele que vive no interior dos crentes; e Ele é o Santo Espírito que relembrará

aos Cristãos tudo o que Jesus lhes ensinou (v. 26). Poderia alguma dessas coisas se

referir a um ser humano, a Maomé?

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"O Senhor veio do Sinai e amanheceu sobre eles vindo de Seir; ele brilhou no

Monte Paran com dezenas de milhares de santos" (Dt 33.2) e "Deus veio de Teman, o

Santo veio do Monte Paran" (Hab 3,3). Os muçulmanos reclamam que Moisés veio do

Sinai; Jesus, de Seir; Maomé, do Monte Paran; e as dezenas de milhares se referem a

uma de suas batalhas em que lutaram com dez mil soldados! Não somente o contexto se

refere claramente a Deus e a ninguém mais, como tal absurda interpretação está

baseada sobre um geógrafo do século XIX que, aparentemente, identificou Paran com

Meca e Teman com Medina. Paran está, atualmente, a 1.000 km de Meca e pode ser

constatado isso pelos cronistas dos Israelitas errantes (Ex; Dt 1,1; Nm 13). Como

podiam os vinte espiões deixar Paran (v. 3), ir diretamente para Canaan e explorar todo

o país (v. 21-22), cortar algumas uvas (v. 23) e levá-las de volta, frescas, a Paran (v.

27), em apenas 40 dias, se tivessem viajado um total de 2.000 km?

"(Os judeus) perguntaram: 'Sois o Profeta?' Ele respondeu: 'Não'". Embora os

muçulmanos rejeitem o testemunho do evangelho de João 1, de que Jesus era divino

(vv. 1-2.14.18.34.49), sustentam que o Profeta em questão é Maomé. A origem deste

Profeta procede de Dt 18,15 ("O Senhor vosso Deus lhes fará surgir um Profeta como eu

dentre vossos irmãos"), que claramente se identifica com Jesus em At 3,22. Diferença

entre Moisés e Maomé, é que Maomé não era judeu e contudo o Profeta viria dentre seus

próprios irmãos (o que exclui descendentes de Ismael, meio irmão de Isaac - Gn 16,12

cfr. 17,19). Moisés é - de longe - mais comparável a Jesus do que Maomé: ambos

nascidos na pobreza e sujeitos a tentativas para matá-los na infância. (Ex 1,15-6,22 cfr.

Mt 2,13); contudo ambos foram salvos (Ex 2,2-10 cfr. Mt 2,13); ambos foram

preparados por um período de 40 dias (quarenta é uma unidade bíblica para indicar

preparação; Ex 7,7 cfr. Mt 4,1); ambos libertaram seu povo da escravidão (Ex 5 cfr. Jo

8,32-36); a água foi o instrumento para ambos: o Mar Vermelho (Ex 14,21) e o Mar da

Galiléia (Mt 8,26); ambos falaram com Deus face a face (Ex 33,11 cfr. Mt 17,3); a face

de ambos brilhou (Ex 34,29 cfr. Mt 17,2); ambos morreram por causa do pecado do

povo (Nm 20,12; Is 53 cfr. Jo 1,29; 10,15). (1)

3.5 - Islamismo crê na predestinação do bem e do mal.

Tudo o que acontece, seja bem ou mal, é predestinado por Alá através de seus

decretos imutáveis. Alá não tem nenhuma obrigação moral, pois isto limitaria seu poder

e soberania. Tudo o que acontece é porque Alá assim quis. Alá decreta o destino de cada

ser humano. Entende-se que isto acontece numa determinada noite do ano. (3)

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Já o Deus da Bíblia é santo (Sl. 99:9), tem compromisso com a sua Palavra (Jr.

1:12), cumpre suas promessas (Nm. 23:19) e dele vem toda boa dádiva (Tg. 1:17).

3.6 - O Islamismo crê que haverá o dia da ressurreição e julgamento do bem

e do mal, por isso o homem deve ser bom para poder obter a salvação.

Neste grande dia, todos os feitos do homem, sejam bem ou mal, serão colocados

na balança. Os muçulmanos que adquiriram suficientes méritos justos e pessoais em

favor de Alá irão para o céu; todos os outros irão para o inferno.

Para o Islamismo os pecados cometidos pela humanidade são erros que se faz e,

se o individuo diz "lamento" a Deus, Ele lhe perdoa. Na soma, nossas boas obras apagam

nossas más obras (Surata 11,114). Entretanto a pena para o pecado é a morte (Ez 18,4

e Rm 6,23) e Deus não pode mentir (Nm 23,19 e Rm 3,4). Todos na terra devem

perecer, e carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus (1Cor 15,50). Reparação

é, todavia, necessária porque nós não somos bons o bastante para ganhar um lugar no

Céu por nossos próprios méritos (Ef. 2:8,9). O único sacrifício que verdadeiramente tem

o poder de apagar os pecados é o sangue imaculado do filho de Deus, só a fé no

sacrifício de Cristo é capaz de redimir e apagar os pecados do mundo (Jo 1,29).

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4 - COLUNAS DO ISLAMISMO.

A vida religiosa do muçulmano tem práticas bastante rigorosas, as quais são

chamadas de “Colunas da Religião”. Apesar da teologia islâmica mostrar cinco pilares,

acrescentamos o jihad devido a sua importância na divulgação da fé muçulmana!

1º - Recitação do credo islâmico (Chahada): Não existe nenhum deus além de Alá e

Maomé é o seu profeta.

2º - Preces cotidianas: chamadas de slãts, feitas cinco vezes ao dia, cada vez em uma

posição diferente (de pé, ajoelhado, rosto no chão, etc), e virados em direção à Meca. A

chamada para a oração é feita por uma corneta, denominada de muezim, desde uma

torre chamada de minarete, a qual faz parte de um santuário ou lugar público de

adoração conhecido como mesquita. (9)

3º - Observação do mês de Ramadã: o qual comemora a primeira revelação do

Alcorão recebida por Maomé. Durante um mês, as pessoas jejuam desde o nascer até o

pôr do sol. Segundo eles, os portões do paraíso abrem, os do inferno fecham, e os que

jejuam têm seus pecados perdoados. (9)

4º - Pagamento do zakat: imposto anual de 2.5% do lucro pessoal, como forma de

purificação e ajuda aos pobres. Também ofertam para a riquíssima Liga Muçulmana. Essa

oferta é paga uma vez por ano, na época do mês de ramada. (9)

5º - Peregrinação para Meca: ou Hajj, ao lugar do nascimento de Maomé, na época de

Eid el Adha (festa islâmica que rememora o dia em que o profeta Abraão aceitou a

ordem de sacrificar um carneiro em lugar de seu filho), pelo menos uma vez na vida

deve ser praticada por todo muçulmano dotado de condições físicas e econômicas.

6º - O Jihad, ou guerra santa: é a batalha por meio da qual se atinge um dos

objetivos do islamismo, que é reformar o mundo. Qualquer muçulmano que morra numa

guerra defendendo os direitos do islamismo ou de Alá, já tem sua vida eterna garantida.

Por esta razão, todos que tomam parte dessa “guerra santa”, não têm medo de morrer

ou de passar por nenhum risco.(9) Diz o livro santo dos Islâmicos, o Alcorão – “... Matai

os idólatras onde quer que os encontreis e capturai-os e cercai-os e usai de emboscada

contra eles... Quando, no campo de batalha, enfrentardes os que descrêem, golpeai-os

no pescoço. Combatei os que não crêem no último dia e não proíbem o que Deus e Seu

Mensageiro (Maomé) proibiram... Até que paguem, humilhados, o tributo (Jyza, uma

taxa especial para os que não eram muçulmanos)... E combatei-os até que não haja mais

idolatria e que a religião pertença exclusivamente a Deus (Ala)... Surata 9:5; 47:4;

9:29; 8:39 (parênteses nosso). Detalhe, entre os idólatras, estão os cristãos que

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acreditam na Trindade (Surata 4:171; 5:72-73) que, para os Islâmicos, é idolatria por

serem três deuses.

O teólogo muçulmano Mohammad Hamidullah afirma o seguinte sobre a Jihad: A

vida do profeta nos proporciona precedentes de somente três tipos de jihad: defensiva,

punitiva e preventiva (9) ... Ou seja, a teologia islâmica prevê a guerra sempre que os

imãs acharem que a religião está em perigo!

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5 - ARGUMENTOS ISLÂMICOS CONTRA A FÉ CRISTÃ

5.1 - Jesus Nunca Foi Crucificado

Negando a crucifixão, o muçulmano nega a verdadeira razão pela qual Cristo veio

ao mundo! Essa crença depende inteiramente de um infame verso, a Surata 4.157: "(Os

judeus disseram:) 'Nós matamos Jesus, o Messias, filho de Maria e mensageiro de Alá'.

Eles não o mataram, não o crucificaram, mas apenas lhes pareceu que o fizeram.

Aqueles que discordam, estavam em dúvida sobre isso. Não tinham conhecimento, mas

apenas seguiam uma conjectura. Não o mataram com certeza". Contudo, isso levanta

várias perguntas cruciais, sendo uma delas a de como Maomé pode pretender, seis

séculos depois, que um acontecimento histórico não tenha acontecido, uma vez que

registrado por muitas testemunhas oculares.

Está além de qualquer questionamento que Jesus morreu numa cruz e ressuscitou

da morte, no Evangelho ("Quando eles O crucificaram" (Mt 27,35); "Com um alto grito

Jesus deu seu último suspiro" (Mc 15,37); "Quando eles chegaram a Jesus e viram que

já estava morto, não lhe quebraram as pernas" (Jo 19,33); "O anjo disse às mulheres:

'Não tenham medo, porque eu sei que vocês estão procurando por Jesus que foi

crucificado. Ele não está aqui... ressuscitou da morte'" (Mt 28,5-7)). A última passagem

é especialmente importante para os muçulmanos que dedicam atenção especial às coisas

que os anjos dizem aos humanos.

Evidência extrabíblica para a realidade da crucifixão inclui os escritos do pagão

Tácito ("Cristo sofreu a pena máxima durante o reinado de Tibério") e de Luciano, o

Grego ("Os cristãos adoram o sábio crucificado"). O apologista cristão Justino Mártir, faz

referência aos "Atos de Pôncio Pilatos", agora perdido, mas que escreveu uma crônica

referente à morte de Jesus. O escritor judeu Flávio Josefo ("Pilatos condenou-o à morte,

por crucifixão..."), e o Talmud Babilônico ("Ele foi crucificado na véspera da Páscoa").

Desde o início, os cristãos realizaram a Ceia do Senhor e usaram a cruz como símbolos

do sacrifício de seu Mestre (cf. 1Cor 11,23) e nunca tiveram dúvida da realidade da

crucifixão.

Convencionalmente, os muçulmanos têm sustentado que um homem substituto

foi crucificado, mas isso é completamente infundado. Normalmente dizem que foi Judas

Iscariotes (impossível, já que Judas cometeu suicídio, cf. Mt 27,5 e At 1,18) ou Simão de

Cirene (cf. Mc 15,21, mas também impossível, já que Simão provinha da Líbia e teria

aparência física muito diferente de Jesus). Mas por que se tornou necessário envolver um

substituto inocente? Por que então o homem crucificado não bradou que estavam

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cometendo um erro? Por que Maria o reconheceu como sendo seu Filho (Jo 19,26)? Por

que Deus enganou os discípulos, dos quais o Alcorão nos fala como homens inspirados

por Deus e crentes de Jesus (Surata 5,111) - e que, portanto, pensavam que Jesus

morrera e ressuscitara - já que foi exatamente isso que os convenceu de que Jesus era

verdadeiramente divino ("declarado com poder ser o Filho de Deus por Sua ressurreição

da morte, Jesus Cristo Nosso Senhor", cf. Rm 1,4-5). Se Jesus não fosse Deus, essa

decepção levaria os discípulos a adorar outro deus, e que seria o maior dos pecados

(shirk = coisa a se evitar) conhecidos no Islamismo. Como poderia Deus enganar

homens de boa vontade de modo a cometerem o mais horrível pecado imaginável, já que

Ele não é um mentiroso?

Um posterior problema é que, se tivesse sido o crucificado apenas um homem

semelhante a Jesus, então talvez o Alcorão também não tivesse sido dado a Maomé, mas

a um homem parecido com ele. Finalmente, se a teoria da substituição fosse correta,

permitiria-se que uma pessoa, cometendo adultério, poderia escapar do julgamento

justificando que estava, no momento, dormindo com sua própria esposa, sendo ela

apenas parecida com a mulher de outro homem; e apelar-se-ia para o Alcorão, citando

tal precedente divino.

A coisa importante a respeito dessas criticas e de outras é que foram feitas pelos

muçulmanos, particularmente pelo estudioso medieval Al-Razi, que escreveu o

comentário "definitivo" sobre o Alcorão, e que, talvez, é para o Islamismo aquilo que

Lutero foi para o Protestantismo e São Tomás de Aquino para o Catolicismo. Já que

mesmo antigos muçulmanos têm problemas com a Surata 4,157, o que poderemos

dizer? O Alcorão fala acerca da morte de Jesus em outros lugares como um evento

histórico, por exemplo, a Surata 3.55: "Alá disse: 'Ó Jesus! Eu te tomo e trago-te até a

Mim'"; Surata 5.117: "Eu (Jesus) era uma testemunha deles enquanto morei entre eles e

quando Vós me tomastes, cuidastes de mim". Ora, a palavra árabe para tomar (ta-

waffa), nesses versos significa morte sempre que aparece no Alcorão. Por exemplo,

referindo-se à morte de Maomé na Surata 10,46 "ou se Nós lhe causamos a morte...”, na

Surata 19.15 "Deus diz a João Batista: 'Paz para ele no dia em que nasceu e no dia em

que morreu e no dia em que ressuscitou‟” e na Surata 19.33 "Jesus diz: 'Paz para mim

no dia em que nasci, e no dia em que morri, e no dia em que ressuscitei‟”. Já que

sabemos que João Batista foi morto (Mc 6.14,29), certamente com Jesus aconteceu o

mesmo para que falasse dessa maneira. A Surata 3.169 diz: "Não pense nesses que são

mortos fazendo a vontade de Alá como mortos, pois eles estão vivos", significando que o

efeito intencional daqueles que mataram povos por vontade de Alá não foram mortos,

foram lembrados como mártires mais como um resultado de sua morte do que de sua

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vida. A Sura 8.17 diz que: "Não foram vós, muçulmanos, que os mataram, mas Alá o

fez", referindo-se a uma batalha que os muçulmanos travaram e relembrando-os que

Deus esteve soberanamente no controle da vitória.

Finalmente, mesmo o Alcorão admite que não é impossível que Cristo tenha sido

morto: "Quem pode fazer alguma coisa contra Alá, se Ele desejou destruir o Messias,

filho de Maria?" (Surata 5,17). A mais consistente explicação da Surata 4,157, à luz de

todos esses versos, é que os judeus eram incapazes de se gloriarem de terem matado

Jesus porque Deus estava, de modo supremo, no controle, permitindo que seu Filho

morresse numa cruz! (1)

5.2 - O Alcorão Contém Fundamentos Científicos Que Provam Que Ele Foi

Inspirado Por Deus?

Afirma-se que há certos processos científicos descritos no Alcorão que não eram

conhecidos no tempo de Maomé e sua presença prova que o Alcorão foi divinamente

inspirado. Versos foram tomados fora do contexto e traduções foram torcidas para tentar

provar esses pontos. Por adição, livros de ensino padrão escritos por cientistas do

ocidente foram republicados na Arábia Saudita com passagens do Alcorão neles inseridas

em certos pontos para dar a impressão que o Alcorão descreveu acuradamente algo que

não fora descoberto até recentemente. O resultado é que a maioria do povo aceita essas

reivindicações como certas, já que não sabem o bastante ou sobre o verdadeiro

significado do árabe ou sobre possíveis fontes dos fatos científicos na época de Maomé.

Exemplos dessas reivindicações incluem versos que falam sobre a queda da chuva,

e outros que dizem que há água no subsolo; conclusão: o Alcorão está descrevendo o

ciclo das águas. Uma comparação com versos da Bíblia mostra que as mesmas idéias já

circulavam muito antes de Maomé. Outro verso é o que reivindica que as montanhas são

como presilhas que evitam que a terra se mova. São citados geólogos que dizem que as

montanhas têm "raízes" no subsolo que sustentam a terra no lugar, quando na realidade

longe de evitarem terremotos, diz-se atualmente que as montanhas se elevam como um

resultado da atividade sísmica.

A maioria, talvez, dos escritos dos muçulmanos nesse assunto se refere ao

desenvolvimento do embrião humano. Muitos versos descrevem como nos originamos de

uma gota de sêmen que irrompe pelo corpo (Surata 53,46 de "entre a coluna vertebral e

as costelas"; v. tb. Surata 86,7). Os muçulmanos reivindicam que a idéia totalmente

falsa de que o esperma é produzido em algum lugar na região da coluna vertebral

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corresponde ao lugar do desenvolvimento embriológico, apontados pelos testes, que está

próximo aos rins - embora não haja possibilidade dessa interpretação em seu contexto.

De fato, o médico grego Hipócrates ensinava, 1.000 anos antes de Maomé, que o sêmen

passa através da região dos rins e da espinha. Outros versos dizem que nós nos

desenvolvemos em quatro estágios: uma gota de sêmen, um coágulo de sangue, um

pedaço de carne informe e um estágio no qual os ossos são revestidos com carne

(Surata 22,5; Surata 23,13). Tentando identificar pontos precisos do desenvolvimento

humano a que se referem esses estágios, cientistas muçulmanos negligenciaram

totalmente o fato de que Galen, escrevendo a Pérgamo, na Turquia, (Ap 2,12), no ano

150 d.C., diz que os humanos crescem através desses quatro estágios de

desenvolvimento. Outros exemplos poderiam ser dados do Alcorão e do Hadiz (ditos de

Maomé) que têm sido torcidos para tentar mostrar que eles dizem coisas que só foram

descobertas recentemente. O único caso que foi conclusivamente demonstrado foi que

essas coisas originalmente ensinadas pelos gregos antigos eram bem conhecidas entre

os povos árabes no tempo de Maomé. Longe de provar que o Alcorão é divinamente

inspirado, elas apresentam evidência adicional que ele teve origens humanas.

5.3 - Os Cristãos Adoram Três Deuses e Deus Não Tem Filho

A Trindade é sempre - invariavelmente - a maior pedra de tropeço para os

muçulmanos nos Evangelhos e desvia a atenção de um assunto mais produtivo para

numerosas conversas. Para iniciar, deve ser dito que há somente um ser que pode

compreender inteiramente a natureza de Deus: Ele mesmo. Contudo, há muitas

indicações na Bíblia de seu caráter trinitário.

O Alcorão erra em seu retrato da Trindade ao ter Jesus e Maria como dois deuses

separados, além de Alá: "Ó Jesus, filho de Maria! Não dissestes aos homens de boa

vontade: 'Toma-me e a minha mãe como dois deuses ao lado de Alá?" (Surata 5,116);

"Como pode Ele (Deus) ter um filho, quando não tem uma esposa?" (Surata 6,101). Eles,

de fato, desacreditaram em quem disse: "Alá é o Messias, filho de Maria" (Surata 5,17).

"Longe de nós retirá-lo de sua majestade transcendente para que tenha um filho"

(Surata 4,171). Este retrato de cristãos acreditando que Deus tomou Maria como sua

esposa, e ela, com seu filho Jesus, se tornaram deuses separados é uma ofensa aos

cristãos tanto quanto aos muçulmanos, embora haja evidências de seitas heréticas

banidas da Arábia que ensinavam isso no tempo de Maomé (conhecidas como Mariamia

ou Coloridianos).

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Quando dizemos que "Jesus é o Filho de Deus", embora queiramos dizer "Ele é a

eterna e incriada Palavra de Deus, sendo Ele igual em tudo e inteiramente divino",

infelizmente os muçulmanos pensam que "Deus fez sexo com Maria e ela deu à luz a

Jesus". É vital não dizer aos muçulmanos que Jesus é o Filho de Deus; isto não

compromete os Evangelhos, já que há muitas maneiras de afirmar sua divindade sem

usar a conveniente, mas inteiramente mal entendida expressão "Filho de Deus", como

vimos acima.

Indicadores úteis incluem a Surata 2,177 na qual a palavra árabe ibni-sabili

significa literalmente filho da estrada, que é traduzida por viajante - exatamente como

Jesus, que não é, literalmente, um filho físico de Deus, como o viajante não é

literalmente gerado por uma estrada. A surata 85,22 é indicada pela maioria dos

muçulmanos (sunitas) para significar que o Alcorão é incriado, existindo com Deus desde

o princípio. Se o Alcorão é a palavra de Deus eterna e incriada, por que há o problema

que Jesus, a Palavra de Deus, seja eterno e incriado? Na verdade, não houve um tempo

em que a Palavra de Deus não existisse, desde que é intrinsecamente uma parte de

Deus. Singularmente, a Surata 4,171 diz que Jesus é a Palavra de Deus e Seu Espírito,

embora em outro lugar o Espírito (em árabe: ruuhim minh) seja identificado como sendo

a verdadeira essência de Deus mesmo (Surata 2,253: "Nós fundamentamos (Jesus) com

o Espírito Santo"; 12,87; 58,22).

No Alcorão, Jesus tem atributos que nenhum outro ser humano possui. Ele nasceu

de uma virgem (Surata 21,91: quem era o pai de Jesus de acordo com o Alcorão?) e não

tinha pecado (Surata 19,19). Ainda criança, fez pássaros de barro e soprou neles a vida,

sendo, porém, o dom da vida algo que somente Deus podia dar (Surata 3,49 esta

história primeiramente apareceu no Evangelho herético de Tomé, no segundo século de

nossa era); Ele curou homens que nasceram cegos, curou o leproso e ressuscitou um

morto; tinha conhecimento do que estava escondido nas casas dos homens (Surata

3,49). tinha o poder de interceder (Surata 3,45: "um daqueles que foi elevado junto a

Alá"), contudo, somente Deus pode interceder (Surata 39,44). Ele podia perdoar pecados

(Surata 61,12) e conhecia, só Ele, a hora do Julgamento (Surata 43,61)!

Um muçulmano poderá reclamar que na Bíblia nunca Jesus disse explicitamente

que era Deus (e realmente não o fez). Contudo, a evidência estava presente e Ele deixou

ao povo conjeturar suas próprias conclusões. A Bíblia nega categoricamente que haja

mais de um Deus (Dt 6,4: "O Senhor teu Deus é um só"; este versículo está citado em

Mc 12,29; v. tb. Jer 2,19)). Aliás, a palavra hebraica echad insinua a todos uma

pluralidade. Por exemplo, é usada no Gn 2,24 ("os dois devem ser uma só carne"). Deus

fala no plural, por ex.: "Façamos o homem à nossa imagem" (Gn 1,26) e, contudo, não

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há nenhum "Nós majestático" em hebraico. No Gn 1,2-3 lemos as três pessoas da

Trindade em ação: Deus, Palavra e Espírito. E em Mt 28,19, Jesus nomeia essas três

pessoas.

Jesus tem o poder não somente de curar, mas de perdoar os pecados, e já que nós

pecamos somente contra Deus, quem tem a autoridade de perdoar os pecados senão

Deus (Mc 2,7)? Qual outro Deus pode pedir que nosso amor por Ele seja tão exclusivo

que todo outro nosso relacionamento pareça ser ódio se a ele comparado (Lc 14,26)? Já

que Deus ordenou o Sábado, somente Deus pode ser o Senhor do Sábado, e, todavia,

Jesus usa esse título aplicando a si mesmo (Mc 2,28). Jesus nos transmite o juízo sobre

nosso destino eterno (Mt 25,32, Jo 5,22) e estará conosco para sempre (Mt 28,20). Ele

diz que é o bom pastor (Jo 10,11), contudo Deus é nosso Pastor (Sl 23,1). Ele é a Luz do

mundo (Jo 8,12), contudo Deus é nossa luz e nossa salvação (Sl 27,1). Ele aplica o santo

nome "EU SOU" de Deus (Ex 3,14) a Ele próprio (Jo 8,58), e quase foi apedrejado por

blasfêmia. Em seu julgamento, quando interrogado pelo Sumo Sacerdote se Ele era Filho

de Deus (um título messiânico, mas não automaticamente um título que implica na

divindade, como Jesus destacou em Jo 10,34-36, Jesus respondeu : "Eu sou. E vós

vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo Poderoso e vindo sobre as nuvens do

céu" (Mc 14,62). Esta é uma referência direta a Dn 7,13-14, na qual ao Filho do Homem

é dada toda a autoridade e todos os povos o adoram. Foi essa inequívoca reivindicação

de divindade que foi considerada base suficiente para sentenciar Jesus à morte. Embora

os muçulmanos tenham o problema de aceitar que Jesus morreu realmente, não há

realmente como negar que Jesus foi, de fato e no mínimo, sentenciado à morte.

Quando um muçulmano diz que não há Trindade está limitando Deus, já que Deus

é capaz de todas as coisas (Surata 5,17-19). De fato, na Surata 27,8, lemos que Deus

apareceu a Moisés numa sarça ardente (Ex 3,2). Seu Deus pode baixar-se a si mesmo a

ponto de aparecer a Moisés como um fogo, certamente Ele poderia humilhar-se a si

mesmo e aparecer como um homem (Fl. 2,7); além disso, o ser humano é muito mais

digno que o fogo. A questão, então, não é se Deus pôde se tornar homem, mas por que

Ele o fez... (1)

5.4 - Alegam que a Sociedade Cristã é Depravada.

De fato a depravação é grandemente devida ao disseminado número de pessoas

que rejeitam Cristo, mas muitos muçulmanos pensam que todo o Ocidente é cristão,

exatamente como somos tentados a dizer que todos os árabes são muçulmanos, quando

há muitos que são apenas culturalmente muçulmanos.

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Mas por que ficar na sociedade ocidental? Alguém pode argüir (com grande

sensibilidade) que há tantos problemas nas sociedades islâmicas como nas sociedades

cristãs, apenas que naquelas, esses problemas são freqüentemente negligenciados ou

escondidos. Por exemplo: dos países em guerra ou sofrendo desassossego civil, a

maioria deles são muçulmanos. A corrupção nos países islâmicos é predominante. A

posição das mulheres é muito mais injusta do que no Ocidente. Sob a lei islâmica se uma

mulher é estuprada, deve levar quatro testemunhas para confirmar o crime para poder

abrir um processo. Se ela reclama que foi estuprada, mas não puder obter quatro

testemunhas oculares, não somente o processo é descartado, como ela pode ser

açoitada ou mesmo apedrejada até à morte por ter efetivamente admitido, em público,

ter cometido adultério. Quando são comparadas as estatísticas de crimes violentos no

Ocidente com as dos países muçulmanos, apresentam-se naqueles muito mais elevadas,

mas porque eles não ocorrem nos países muçulmanos ou porque acontecem, mas o povo

não pode apresentar as testemunhas necessárias? Alguém poderia argüir que a

poligamia nunca foi parte do plano de Deus soberano e é impossível completamente

cuidar de mais do que uma esposa (Gn 1,27; 2,24; Dt 17,17; 1Cor 7,2; 1Tm 3,2).

Contudo, o Alcorão permite até quatro esposas (Surata 4,3), sendo que Maomé teve no

mínimo nove esposas - com todas as quais costumava dormir na mesma noite (Bukhari

vol 7, Hadith 142). Os cristãos têm o mandamento de amar suas esposas como Cristo

amou a Igreja e dar a vida por elas (Ef 5,25-33), enquanto que o Alcorão manda que os

homens batam em suas esposas se elas não se submetem a eles (Surata 4,34; a palavra

árabe significa literalmente açoitar ou bater duramente). Uma das esposas de Maomé,

Aisha, tinha somente sete anos quando se casou com ele; uma outra, Zainab, era

originalmente a esposa de seu filho adotivo, mas foi forçada a se casar com Maomé

quando ele se apaixonou por ela.

Muitos exemplos poderiam ser citados, mas isso pode ter o efeito de construir

barreiras em vez de pontes. É mais produtivo mostrar os ensinamentos de Jesus, vivê-

los com exemplos perante seu amigo muçulmano e perguntá-lo o que aconteceria com a

sociedade se cada um seguisse suas prioridades. Quando responder a qualquer desses

sete questionamentos tente evitar ser desviado para assuntos de importância secundária

e continue olhando para a Cruz da qual depende nossa salvação. Um genuíno

pesquisador muçulmano terá muitas perguntas, mas, a maioria delas são estratégias que

o impedem de ouvir acerca das boas novas da salvação pelo maravilhoso sacrifício de

Jesus. (1)

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6 - GRADE DE COMPARAÇÃO ENTRE CRISTIANISMO E DOUTRINA

ISLÂMICA

1)Termo: Vida após a morte

Cristianismo: Cristãos estarão com o Deus no céu (Filipenses 1:21-24; 1 Coríntios

15:50-58). Os não cristãos serão lançados no inferno para sempre (Mateus. 25:46). O

Paraíso é um estado intermediário entre a morte e a ressurreição (Lc.19:16-31). O

Inferno e todos os infiéis serão lançados no lago de fogo para todo o sempre (Ap.

20:14).

Islamismo: Há uma vida após a morte (75:12) uma vida ideal no Paraíso (29:64), para

muçulmanos fiéis ou Inferno para os que não são.

2)Termo: Anjos

Cristianismo: Seres criados, não-humanos alguns dos quais, cairam em pecado e

tornaram-se demônios. Eles são muito poderosos. Os anjos que não caíram levam a

cabo a vontade de Deus.

Islamismo: Seres criados sem própria vontade que servem a Deus. Anjos são criados

da luz.

3)Termo: Reconciliação

Cristianismo: O sacrifício de Cristo na cruz (1 Pedro 2:24) por meio do Seu sangue

torna-se o Sacrifício que leva embora a ira de Deus (1 Jo. 2:2) do pecador quando o

pecador o recebe (João 1:12), pela fé (Romanos. 5:1), no trabalho de Cristo na cruz.

Islamismo: Não há nenhum trabalho de reconciliação no Islã diferente de uma sincera

confissão de pecado e arrependimento pelo pecador.

4)Termo: Bíblia

Cristianismo: Inspirada e formulada sem erros nos manuscritos originais dados por

Deus (2 Timóteo. 3:16).

Islamismo: Palavra respeitada dos profetas mas a Bíblia foi corrompida pelos séculos e

só é correta na medida em que concorda com o Alcorão.

5)Termo: Crucificação

Cristianismo: O lugar onde o Jesus expiou pelos pecados do mundo. Só por este

sacrifício que qualquer um pode ser salvo da ira de Deus (1 Pedro 2:24).

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Islamismo: Jesus não morreu na cruz. Ao invés, Deus permitiu que Judas se parecesse

com Jesus e este fôsse crucificado ao invés. Alá mentiu e enganou o povo e foi injusto

com Judas, pois fez o rosto de Cristo aparecer sobre ele.

6) Termo: Diabo

Cristianismo: Um Anjo caído que opõe a Deus de todos os modos. Ele também busca

destruir a humanidade (Isaías 14:12-15; Ezequiel 28:13-15).

Islamismo: Íblis, um jinn caído. Jinn não são anjos nem homens, mas seres criados

com vontades próprias. Os Jinns foram criados do fogo, (2:268; 114:1-6).

7) Termo: Deus

Cristianismo: Deus é uma trindade de pessoas: Pai, Filho, e Espírito Santo. A Trindade

não são três deuses em um deus, nem uma pessoa que tem três formas.

Trinitarianismo é estritamente monoteístico. Não há nenhum outro Deus em existência.

(Mt. 28:19)

Islamismo: Deus é conhecido como Alá. Alá é uma pessoa, uma unidade rígida. Não

há nenhum outro Deus em existência. Ele é o criador do universo (3:191), soberano

acima de tudo (6:61-62). No alcorão lemos acerca de Maomé: Fui mandado adorar o

senhor desta Terra(ou metrópole) - (Surata 27:91). Alá era um nome que se usava para

um dos deuses da Arábia, que era conhecido como o pai das deusas Lat, Uzza e Manat,

adoradas por muito.

8)Termo: Céu (Paraíso)

Cristianismo: O lugar onde Deus mora. Céu é a casa dos cristãos que são salvados

pela graça de Deus. É céu porque é onde Deus e os cristãos desfrutarão amizade eterna

com Ele. (Jo. 14:1-3; II 5:1).

Islamismo: Paraíso para muçulmanos, um lugar de alegrias inimagináveis (32:17), um

jardim com árvores e comida (13:35;15:45-48) onde são conhecidos os desejos de

muçulmanos fiéis, (3:133; 9:38; 13:35; 39:34; 43:71; 53:13-15). Interessante é que há

promessas de virgens belas só para os homens (Surata 56:1-56), deveria haver

promessas de jovens belos para as mulheres também! Mas não há. O céu do islamismo

parece algo bem estranho aos olhos de quem conhece a Bíblia, principalmente no NT que

condena veemente a poligamia e a prostituição (I Cor. 7).

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9) Termo: Inferno

Cristianismo: Um lugar de tormento em fogo fora da presença de Deus. Não há fuga

do Inferno (Mateus 25:46).

Islamismo: Inferno é um lugar de castigo eterno e tormento (14:17; 25:65; 39:26),

em fogo (104:6-7) para esses que não são os muçulmanos (3:131) bem como esses que

de quem o trabalho e a fé não são suficientes (14:17; 25:65; 104:6-7).

10) Termo: Espírito Santo

Cristianismo: Terceira pessoa da Trindade. O Espírito Santo é completamente Deus em

natureza. (Jo. 14:26).

Islamismo: O arcanjo Gabriel que entregou as palavras do Alcorão a Muhammad. Os

eruditos muçulmanos aplicam o texto de João 14:16 como se fosse uma referência a

Maomé, pois no "Alcorão", livro sagrado dos islâmicos, ele é chamado de "Ahmad"

(periclytos - que eles consideram a forma correta de parakletos. Acontece porém que o

texto no original grego do Novo Testamento não traz "periclytos" (o que é louvado), mas

"parakletos" que é consolador. Para tentar dar consistência a seus argumentos os

apologistas islâmicos se apegam ao evangelho apócrifo de Barnabé que ao invés de

trazer a forma correta "parakletos", traz "periklutos" que expressa o significado do nome

Maomé. Mesmo sabendo que é um evangelho espúrio e com erros de gramática , os

muçulmanos fazem vistas grossas à isto. O que eles querem mesmo é fazer Maomé ser o

"outro consolador" a qualquer custo!

11) Termo: Jesus

Cristianismo: Segunda pessoa da Trindade. Ele é a palavra que se tornou carne (João

1:1, 14). Ele é Deus e homem (Colossenses. 2:9).

Islamismo: Um grande profeta, só sucede a Muhammad. Jesus não é o filho de Deus

(9:30) e certamente não é divino (5:17, 75)) e ele não foi crucificado (4:157). Ou seja, o

Jesus do Islamismo é um outro Jesus (II Cor. 11:4).

12) Termo: Dia do julgamento

Cristianismo: Acontece no dia da ressurreição (João 12;48) onde Deus julgará todas as

pessoas. Os cristãos vão para o céu. Todos os outros para o inferno (Mateus. 25:46).

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Islamismo: Acontece no dia da ressurreição onde Deus julgará todas as pessoas.

Muçulmanos vão para o paraíso. Todos os outros para o inferno (10:53-56; 34:28). O

Julgamento está baseado nas ações de uma pessoa (14:47-52; 45:21-22).

13) Termo: Alcorão

Cristianismo: O trabalho de Muhammad. Não é inspirado, nem é considerado como

escritura. Não há nenhuma verificação precisa dos originais. É um livro que não está

estribado no amor, pois manda perseguir e matar os inimigos, enquanto que o NT manda

oferecer a outra face (Mt. 5:39).

Islamismo: A revelação de Deus para todo gênero humano dada pelo arcanjo o Gabriel

para Muhammad num período de mais de 23 anos. Está sem erro e resguardada de

erros por Alá. Apesar disso, os muçulmanos acreditam que alguns versos mais antigos

foram substituídos. Alguns especialistas afirmam que 225 versos foram suprimidos, o

que é motivo de constrangimento para os muçulmanos.

14) Termo: Homem

Cristianismo: Feito à imagem de Deus (Gênesis 1:26). Isto não significa que Deus tem

um corpo, mas que o homem é feito como Deus em suas habilidades (razão, fé, amor,

etc.).

Islamismo: Não feito na imagem de Deus (42:11). O Homem é feito do pó da terra

(23:12) e Alá soprou o fôlego da vida no homem (32:9; 15:29).

15) Termo: Muhammad

Cristianismo: Um homem não inspirado nascido em 570 em Meca que começou a

religião islâmica que é completamente diferente da ensinada por Jesus Cristo.

Islamismo: O último e maior de todos os profetas de Alá e o Alcorão é o maior de todos

os seus livros.

16)Termo: Pecado original

Cristianismo: Este é um termo que descreve o efeito do pecado de Adão nos seus

descendentes (Rom. 5:12-23). Especificamente, é nossa herança da natureza

pecaminosa de Adão. A natureza pecaminosa de Adão é passada de pai para filho. Nós

somos por natureza os filhos da ira (Efésios. 2:3).

Islamismo: Não existe nenhum pecado original. Todas as pessoas são sem pecado até

que eles se rebelem contra Deus. Elas não têm natureza pecaminosa.

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17) Termo: Ressurreição

Cristianismo: Ressurreição de todas as pessoas: são ressuscitados os não cristãos para

condenação eterna e os cristãos à vida eterna (1 Cor. 15:50-58).

Islamismo: Ressurreição, alguns para o céu, alguns para o inferno (3:77; 15:25;75:36-

40; 22:6).

18) Termo: Salvação

Cristianismo: Um dom gratuito de Deus (Efésios. 2:8-9) para a pessoa que acredita em

Cristo e no Seu sacrifício na cruz. Ele é o nosso mediador (1 Timóteo. 2:5). Nenhum

esforço é de qualquer forma suficiente para merecer a salvação desde que nossos

esforços são todos inaceitáveis a Deus (Isaías 64:6).

Islamismo: A salvação depende do esforço e das boas obras de cada um.

19)Termo: Filho de Deus

Cristianismo: O termo que define que Jesus é divino (João 5:18).

Islamismo: Jesus não pode ser filho de Alá.

20) Termo: A Palavra

Cristianismo: "No princípio era o verbo e o verbo estava com Deus e o verbo era

Deus... e o verbo se tornou carne e habitou entre nós..." (João 1:1, 14).

Islamismo: A ordem de Alá que resultou em Jesus que foi formado no útero de Maria.

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7 – O ISLÃ E A LIBERDADE

A liberdade é um dom de Deus para nós, para escolhermos e vivermos de acordo

com os Seus propósitos divinos mostrados na Bíblia. Esta é a liberdade que eu defendo,

mas ela não significa que qualquer um pode fazer o que quiser, quando quiser em

prejuízo de outros. Esta não é o tipo de liberdade que Deus aponta para os seres

humanos. Esta é o tipo de "liberdade" que Alá advoga no islamismo, ordenando aos

muçulmanos a obrigar os não muçulmanos a seguirem o islamismo ou serem mortos ou,

na melhor das hipóteses, pagarem os humilhantes impostos de sobrevivência. Em outros

países, os muçulmanos vivem pedindo liberdade de culto e de expressão de acordo com

a Constituição de países como o Brasil, os Estados Unidos e de outras nações livres. E

eles têm este direito garantido, o qual eu também defendo. Eles têm de ter os mesmos

direitos dos cristãos de construir seus lugares de culto.

O problema é que esses lugares de culto podem se transformar em centros de

violência (como eles têm em outros países), para treinar muçulmanos jovens e adultos a

usar armas, equipar muçulmanos para realizar os seus sonhos de controlar o ocidente e

o mundo inteiro. Os cristãos precisam acordar e tomar conhecimento destas situações.

Mesquitas e centros islâmicos coletam dinheiro para os fundamentalistas islâmicos

do Irã, Iraque, Afeganistão, Paquistão e Egito, estabelecendo esses centros de violência

contra os Estados Unidos da América, chamado pelos muçulmanos do Oriente Médio de

"o grande satanás", e contra outras nações livres!

Nos países islâmicos não há liberdade de culto nem de expressão para os cristãos. Por

exemplo, o governo do Egito fecha igrejas, prende os pastores que têm coragem

suficiente de reformar suas igrejas sem permissão por escrito da polícia secreta, acusa

falsamente um conhecido bispo da igreja ortodoxa do Egito e o prende porque ele

escreveu aos egípcios que moram no exterior falando das mortes e torturas de cristãos

em sua aldeia!

Se os muçulmanos da América pedem mais liberdade para promover o islamismo em

programas de rádio e televisão e de centros islâmicos, precisamos estar atentos a tudo

isto e não permitir a liberdade muçulmana nos EUA, para evitar que tenhamos de fazer o

mesmo em países islâmicos. Por exemplo, o governo do Irã fechou a Sociedade Bíblica,

exilou seu diretor e torturou alguns dos membros da família dele. A Arábia Saudita não

dá aos cristãos a liberdade de visitar nem de passar pela cidade de Meca, porque são

infiéis e vão macular Meca se passarem por ela.

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Nós, como cristãos, precisamos saber o real valor no uso do rádio, da televisão e da

Internet para ganhar muçulmanos para Cristo e ajudá-los a crescer nEle. Enquanto os

muçulmanos tentam conquistar a máxima liberdade nos EUA, eu recebo cartas de muitos

deles ameaçando-me, tentando me fazer parar de escrever ou esclarecer os outros sobre

o islamismo. Eu não os culpo pelas seguintes razões:

A permanência nas trevas dos ensinos islâmicos em todos estes séculos tornou os

muçulmanos muito sensíveis à luz de Cristo, a qual usamos para conquistar as trevas. O

poder das trevas tem medo da simples mensagem cristã sobre a redenção disponível em

Jesus Cristo.

Ao tomarem conhecimento da maior parte dos ensinos do islamismo e dos ensinos

de Cristo Jesus, e ao ficarem sabendo da realidade de ambos, os muçulmanos ficam

chocados e reagem com violência.

Por terem nascido e crescido num ambiente de ódio aos cristãos, os muçulmanos

não querem ouvi-los mesmo que seja para o seu próprio bem. Ibn Hazem (um

comentarista muçulmano) declara em seu livro (vol. 8, parte 11, p. 274): "É mandatório

matar qualquer um do povo da aliança que maldiga um muçulmano, seja ele judeu ou

cristão, porque Deus diz: „Pague o tributo prontamente e seja rebaixado humilhado‟"

(Surata 9.29). Isto significa que os cristãos nos países muçulmanos não podem falar

nada contra os muçulmanos. Os crentes verdadeiros não amaldiçoam, ao contrário,

abençoam até os seus inimigos.

O aprofundamento na leitura do Alcorão e dos livros islâmicos, especialmente o

Hadith, e a leitura dos ensinos do profeta do islamismo, impedem que os muçulmanos

entendam o que queremos dizer por amor e de manter bons relacionamentos com os

cristãos. Há uma declaração muito conhecida do profeta do islamismo que diz: "Não

cumprimente judeus nem cristãos. Se encontrar um deles na rua, obrigue-o a passar

pela parte mais apertada" (Sahih do Muçulmano, interpretação de Nawawi, vol. 5, p. 7).

Na revista de AlAzhar, Al-Liwa Al-Islami, número 153, o Dr. Ahmed Umar Hashim

disse: "O islamismo não proíbe muçulmanos de fazer negócios com não muçulmanos,

mas proíbe a amizade sincera porque a amizade sincera só pode existir entre um

muçulmano e seu irmão muçulmano! "

Desde os primórdios do islamismo, a luta física era o único jeito que o muçulmano

conhecia de ganhar uma batalha com outra religião! Daí porque eu não os culpo, não os

odeio, nem revido. Ao contrário, desafio todos a orar por eles, se interessar por eles e a

amá-los. Uma das coisas mais eficazes que atraem os muçulmanos a Cristo é quando

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eles encontram um cristão de verdade. Eles sentem o amor verdadeiro que esse cristão

tem por eles apesar do ódio que os muçulmanos têm dos cristãos. (5)

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8 - A QUESTÃO DA EVANGELIZAÇÃO DOS MUÇULMANOS.

A evangelização dos muçulmanos é um dos maiores desafios da Igreja, isso porque

nenhuma religião do mundo odeia tanto a cruz de Cristo como o Islamismo; e, além

disso, ensinam seus adeptos a opor-se ao Cristianismo. Alguns muçulmanos,

principalmente do MAGREB (Norte da África) não fazem distinção alguma entre fé cristã e

cultura européia. Evangelizar os muçulmanos é entrar num verdadeiro campo de batalha,

por isso requer-se dos missionários a eles enviados um preparo especial.

O PROBLEMA CULTURAL

Um grande número de muçulmanos vive em antigas colônias. Podem ser muito

suscetíveis ao racismo ou a atitudes paternalistas. Podem manifestar para com os

cristãos (os ocidentais) muita desconfiança e hostilidade, que encorajam e reforçam a

ignorância e o analfabetismo. As várias formas de pensamento variam através do mundo

muçulmano e estão freqüentemente em profundo contraste com o pensamento ocidental.

É muito importante estudar a cultura islâmica, para que esses obstáculos sejam

ultrapassados.

O PROBLEMA PSICOLÓGICO

A sociedade muçulmana exige uma conformidade estrita da parte dos seus

cidadãos. A opinião do indivíduo conta pouco. O que a comunidade pensa é muito mais

importante. O comportamento de um indivíduo é controlado de tal maneira pela

sociedade que quase não resta espaço para uma ação independente. Daí resulte que o

muçulmano não está habituado a tomar decisões pessoais, como aceitar o Evangelho.

Há um provérbio árabe que diz: num país em que ninguém te conhece podes fazer o que

te apetece. É apenas fora de seu país que um muçulmano fica livre das restrições da sua

religião e da sociedade. Mas mesmo lá, a influência psicológica da religião e da sociedade

tem tendência a continuar e um muçulmano tem dificuldade em agir de forma

independente e em aceitar a fé cristã.

O PROBLEMA DA COMUNICAÇÃO

A cultura islâmica e a língua árabe determinam a forma de pensamento. Muitas

vezes cristãos e muçulmanos atribuem significados diferentes à mesma palavra, por

exemplo: (pecado, oração, fé, Filho de Deus). Quem deseja partilhar sua fé com um

muçulmano deve procurar utilizar termos simples e defini-los de forma a assegurar que

foram bem compreendidos.

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TRÊS REQUISITOS PRÉVIOS

Há três áreas, portanto, que são simples, porém de capital importância, que

devem ser examinadas antes de movermos a outros temas teológicos que estão também

incluídos.

A - SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO

Um dos pontos mais críticos ao testificar a um muçulmano é que devo estar cheio

do Espírito Santo. Jesus disse em João 15.26-27: Mas quando vier o Consolador, que eu

da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele

testificará de mim. E vós também testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio.

O sucesso em testificar consiste simplesmente em compartilhar, no poder do Espírito

Santo, deixando os resultados a Deus. Deus é soberano e pode operar apesar das nossas

imperfeições. Satanás gosta de colocar na mente de quem está pregando que essas

pessoas estão longe do Reino de Deus, e que não vale a pena continuar. Para vencer

esse pensamento e continuar perseverando devemos ser cheio do Espírito Santo.

B - ORAR EM TODO TEMPO

Devemos orar pedindo que um muçulmano possa entrar no Reino de Deus, se não

o fazemos, não vale a pena nem se quer começar. O islã está baseado numa

pressuposição: O Cristianismo é falso. O muçulmano declara que sua religião existe

porque o Cristianismo tem se corrompido, e se ele aceita que o Cristianismo é a verdade,

ele deverá admitir que o islã não tem razão de existir.

Os muçulmanos são as pessoas mais difíceis de evangelizar e haverá momentos

que você se sentirá desanimado e terá a tentação. Não desanime! Pare um momento,

clame ao Senhor em oração e continue avante com suas forças. O Islamismo ensina que

o muçulmano não deve duvidar em perseguir e ainda matar a uma pessoa que deixe o

islã e se converta ao Cristianismo. Quatro ex-muçulmanos no Egito foram processados na

corte como traidores ao islã e receberam condenação entre cinco e dez anos de prisão. A

corte citou uma lei que proíbe a difamação de qualquer das três religiões: Cristianismo,

Islamismo e judaísmo, portanto eles foram acusados de difamar o Islã para converter-se

ao Cristianismo. Por exemplo, há pessoas que assassinaram Sadat, o anterior presidente

do Egito, porque diziam que seu tratado de paz era uma afronta ao Islamismo. É por

esse tipo de hostilidade, não contra nós pessoalmente, mas contra nossa fé, que o

muçulmano cresce. Portanto, não se pode evangelizar um muçulmano sem estar cheio do

Espírito Santo e sem ter orado previamente.

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C - DEMONSTRAR AMOR

A mídia no Ocidente tem feito um excelente trabalho para fazer crer que os

muçulmanos são odiados. Quando a maioria das pessoas pensa nos muçulmanos

geralmente os relaciona com Khomeini, e com os petrodólares. Em geral, não existe

compaixão nem interesse para que eles conheçam a Cristo, e tampouco existe

consciência de que eles estão perdidos.

Muitas vezes eles são vistos como os terroristas muçulmanos. Mas temos direito de

afirmar que cerca de um bilhão da população mundial possa ser todo terrorista? E, ainda

que isto fosse verdade, como crentes não podemos odiá-los. Necessitamos do amor

cristão para combater essas idéias equivocadas e restaurar nossa carga por aqueles que

estão perdidos sem Cristo.

A segunda razão, pela qual necessitamos demonstrar amor, é que somente o amor

nos preservará de desanimarmos quando um muçulmano rejeita a Cristo. Sem amor é

tão fácil parar de orar por eles, ou de deixar de encontrar-se com eles. Os muçulmanos

sentem pena pelos cristãos, eles nos consideram uns blasfemos que têm perdido o rumo.

Eles crêem que estão pregando a Deus, e querem levar-nos à verdade, se necessário,

até por força. Mas através do amor, eles podem conhecer a Cristo.

Uma terceira razão pela qual necessitamos amor é porque é a única coisa que o

muçulmano não pode argumentar. Você pode falar de Iraque e de Irã, duas nações

muçulmanas que lutaram entre si por oito anos e eles podem dizer: e o que acontece na

Irlanda entre católicos e protestantes? Se você mostrar argumentos da Bíblia eles lhe

mostrarão argumentos do Alcorão. Você argumenta sobre Cristo e eles sobre Maomé.

Tome qualquer argumento que você quiser e o muçulmano terá uma resposta para

contradizê-lo. Mas faça a obra com amor incondicional e aceitação, e verá que eles não

poderão fazer nada para devolver-lhe este amor.

Essas três coisas, ser cheio do Espírito Santo, oração e amor são muitíssimo mais

importantes do que conhecer tudo sobre o Islamismo ou o Alcorão, se bem que é

verdade que nós podemos conhecer mais coisas sobre os muçulmanos. Duvido que

alguém possa levar um muçulmano a Cristo, se não estiver cheio do Espírito, sem oração

e amor. De modo que estas três coisas serão uma evidência para eles. (3)

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9 – FUNDAMENTALISMO ISLÂMICO

O termo envolve ambigüidades e não goza da unanimidade entre os escritores. O

termo foi cunhado para enquadrar um grupo de religiosos protestantes no século XIX,

que se apegavam aos „fundamentos” da fé cristã frente ao liberalismo teológico aplicado

à Bíblia, também era uma reação ao modernismo que segundo eles era uma ameaça ao

verdadeiro cristianismo.

J. Moingt, citado por Ivo Pedro Oro

afirma que o adjetivo fundamentalista estigmatiza „mentalidades religiosas estreitas e rígidas, exigências radicais de pureza ritual ou de

moralidade pública, que se derivam de uma estrita aplicação de textos

sagrados e de leis religiosas

Segundo diversos autores citados por Oro, o fundamentalismo nasce com a

incerteza da pos-modernidade e alicerçado na nostalgia do sagrado.

Mas quanto ao islamismo, existe de fato um fundamentalismo islâmico? Dave

Hunt citando o historiador Paul Johnson numa entrevista à revista Veja de 26/9/2001, p.

12, opina que

Há ensinamentos de paz no islamismo, mas eles não compõem o

coração da doutrina. A palavra “Islã” não significa paz, mas “submissão”. Basta ler o Corão. A sura 9, versículo 5, decreta: “Matai

os idólatras onde quer que os encontreis, e capturai-os, e cercai-os e

usai de emboscadas contra eles”. E mais adiante o livro insiste que

nações, não importa quão poderosas, deverão ser combatidas “até que

abracem o Islã”. Essa é a vertente central, ortodoxa do islamismo. Paz não é uma palavra que se possa encaixar facilmente nessa forma de

pensamento. Estamos falando de uma religião imperialista, que parte

da premissa de que deve espalhar-se pela força, se necessário.

Mais a frente acrescenta:

“O Islã está envolvido numa guerra santa para obter o controle do

mundo! Essa guerra foi iniciada pelo próprio Maomé no século VII, e

continua a ser executada hoje por seus seguidores fiéis por meio do

terrorismo. Esses terroristas não são radicais ou extremistas, como os meios de comunicação constantemente os rotulam. São, antes,

fundamentalistas islâmicos fiéis à sua religião e aos ensinos do Corão,

seguindo fielmente as pegadas de seu grande profeta, Maomé.”

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9.1 O conceito de jihad

Um termo muito ouvido atualmente é a palavra Jihad. Quando tive a oportunidade

de entrevistar um líder muçulmano na mesquita de Santos, uma das primeiras perguntas

que eu fiz dizia a respeito a Jihad. Pedi a ele que me definisse o termo jihad.

Prontamente ele alegou que jihad tem a ver com o esforço próprio do muçulmano em

alcançar uma vida virtuosa e lutar contra seus maus desejos para conseguir a paz

interior. De fato esse é um dos significados da palavra jihad. Todavia, o livro publicado

pelo Centro de Divulgação do Islam para a América Latina, esclarece que o sentido bélico

do termo é válido para qualquer muçulmano

“Os muçulmanos acham que a injustiça triunfará no mundo se boas

pessoas não forem preparadas para arriscar suas vidas pela causa justa. O Alcorão diz: „Combatei pela causa de Deus àqueles que vos

combatem; porém não vos provoqueis, porque Deus não estima os

agressores.‟ (2ª Surata, versículo 190) [...] A guerra, portanto, é o

último recurso, e está sujeito as condições rigorosas decretadas pela

lei sagrada. O termo Jihad significa literalmente, „esforço‟ e os muçulmanos crêem que há dois tipos de jihad. O outro jihad é a luta

interior...”

No entanto, esse termo foi alargado por muçulmanos radicais influenciados

principalmente pela filosofia de dois intelectuais muçulmanos que se tornaram

formadores de opinião – Hassan al-Banna e Sayyd Qutb.

Hassan al-Banna foi um professor universitário no Egito. Ele deu início à

Irmandade Muçulmana. Jorge Pinheiro que é pesquisador de religião islâmica aponta que

A partir deste pensador, o jihad passa a ser conceituado como uma

obrigação para „converter‟ o mundo muçulmano àquilo que al Banna

considerava ser o „islamismo puro‟.

O mesmo autor menciona que os cinco objetivos da Irmandade Muçulmana era

1. Deus é o nosso objetivo; 2. O Mensageiro é o nosso exemplo; 3. o

Alcorão é a nossa constituição; 4. O jihad é o nosso método; 5. O

martírio é o nosso desejo.

Todavia, o maior intelectual e que teve uma influencia maior ainda foi Sayyd

Qutb.

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Qutb influenciado pelo pensamento de al-Banna escreveu o livro Marco Histórico,

tirado de seus comentários do Alcorão intitulado Na Sombra do Alcorão.

Neste livro ele teoriza e lança as bases para a nova jihad global. Ele acusa judeus,

cristãos e muçulmanos pelo caos moderno. Afirma que a única solução seria instalar um

estado islâmico baseado no califado. O martírio deve ser preferido por todo fiel

muçulmano.

Como conseqüência seus discípulos assassinaram o líder egípcio Anwar Sadat

depois que este firmou um pacto de paz com Israel. Posteriormente o grupo de Qutb

fundiu-se com a Al-Qaeda de Osamam Bin Laden e lhe transmitiu a ideologia de Qutb.

O especialista em terrorismo Larry C. Johnson, ex-agente da CIA ressalta que

Bin Laden é antes de tudo um auto-declarado profeta tentando

reconstruir as raízes puras do islamismo. Ele se vê como um

instrumento do poder de Deus. Sua missão na terra é punir os agentes

do mal.

9.2 - As bases históricas do moderno terrorismo islâmico

Podemos dividir o terrorismo islâmico em dois momentos sob três fases distintas.

I Fase

A primeira fase inicia-se no século VII até o século X com o início e expansão do

islamismo.

II Fase

A segunda fase inicia-se no século XX com alguns grupos revolucionários que

defendiam a criação de um estado islâmico que aplicasse as leis islâmicas (charia). Outro

ponto importante entre esses movimentos é sua intolerância para com os costumes e

tecnologias ocidentais e não muçulmanas. Entre tais movimentos podemos destacar o

Movimento Deobandi (Índia) e o Jamaat-e-Islami cujo principal líder foi Sayed Abul Ala

Mawdudi.

Em 1928 surge no Egito a Irmandade Muçulmana, cujos principais mentores

teóricos foram Hassan al-Banna e Sayyd Qutb.

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A Irmandade foi um dos primeiros grupos a invocar a jihad contra todos aqueles

que não são seguidores do Islam. O conceito de Jihad passa a ter o significado de

islamização do mundo muçulmano.

Paralelamente a este outro grupo a Jihad Islâmica Egípcia - focou os seus esforços

em líderes "apóstatas" (seculares) de estados islâmicos, aqueles que foram seculares e

introduziram idéias ocidentais às sociedades islâmicas.

O movimento Wahhabita na Arábia Saudita – pregava a volta aos preceitos do islam do

século VII. O radicalismo destes grupos levou-os a Fazer violência contra outros

muçulmanos.

III Fase

Todavia a Revolução islâmica de 1979 sob o comando do Aiatolá Komeini,

derrubou o regime laico do Xá Reza Pahlevi e implantou um regime teocrático sob a lei

do Alcorão.

Com a guerra no Afeganistão em 1996 surge dois grupos de milícia radicais o Taliban e a

al-Qaida.

Pela primeira vez, jihadistas do mundo inteiro reuniram-se no Afeganistão para

lutar em nome do Islã. Um palestino, Abdullah Azzam, tornou-se o teórico da jihad global

na década de 80, atribuindo-lhe um papel central sem precedentes, julgando cada

muçulmano exclusivamente por sua contribuição à jihad e fazendo desta a salvação dos

fiéis e do Islã.

Muitos veteranos da guerra no Afeganistão imigraram para outras partes do

mundo em solidariedade a seus irmãos muçulmanos em guerra. A Caxemira,

Tchétchénia, Bósnia, Argélia, Egito foram o palco de muita luta étnica e religiosa.

9.3 - O alcorão e sua influência nos grupos muçulmanos

Todos os grupos terroristas muçulmanos sem exceções obedecem o Alcorão ao pé

da letra. Iremos transcrever aqui alguns mandamentos encontrados no Alcorão para

sabermos se há algum incentivo ao terrorismo moderno por parte do livro sagrado

islâmico.

Matai-os onde quer que os encontreis e expulsai-os de onde vos

expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio.

Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada, a menos que

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vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal será o castigo

dos incrédulos. ( Sura 2:191)

...capturai-os e matai-os, onde quer que os acheis, porque sobre isto

vos concedemos autoridade absoluta. Sura 4:91

Matai os filhos varões daqueles que, com ele, crêem, e deixai com

vida as suas mulheres! Porém, a conspiração dos incrédulos do

improfícua. Sura 40:25

Deus cobrará dos fiéis o sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do

Paraíso. Combaterão pela causa de Deus, matarão e serão mortos. É uma promessa infalível, que está registrada na Tora, no Evangelho e

no Alcorão. E quem é mais fiel à sua promessa do que Deus?

Regozijai-vos, pois, a troca que haveis feito com Ele. Tal é o magnífico

benefício. Sura 9 - 111

Mas quanto os meses sagrados houverem transcorrido, matai os

idólatras(564), onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e

espreitai-os... Combatei aqueles que não crêem em Deus e no Dia do

Juízo Final, nem abstêm do que Deus e Seu Mensageiro proibiram, e

nem professam a verdadeira religião.. Sura 9:5;29

Como podemos observar o livro da religião islâmica realmente dá base para uma

jihad bélica.

Dave Hunt menciona que

A pagina principal do Departamento de Assuntos Islâmicos da

embaixada da Arábia Saudita em Washington declara, sem a menor

cerimônia „Os muçulmanos tem o dever de levantar a bandeira da

jihad a fim de tornar a Palvra de Alá suprema neste mundo‟

O falecido Alija Izetbegovic, ex-presidente da Bósnia e líder do partido muçulmano de

Ação Democrática declarou:

Não pode haver paz, nem coexistência entre a religião islâmica e as

instituições sociais e políticas não-islamicas

O Islamismo criado por Maomé passou rapidamente de mais uma religião tribal de

características árabes para um império que dominou várias regiões. É uma religião

imperialista que tem no seu bojo doutrinário o proselitismo, mas não um proselitismo

calcado na ideologia, na retórica apenas, mas muito mais na força e na violência como

podemos observar no seu principal livro – o Alcorão.

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Não é por acaso que com raríssimas exceções os países islâmicos são

democráticos, as leis alcorânicas e democracia não se misturam.

O reavivamento da fé islâmica frente ao avanço científico, econômico e social do

ocidente e a intromissão cada vez maior de países ocidentais em terras muçulmanas foi a

fórmula perfeita para o surgimento do fundamentalismo.

Grupos desejosos de voltar as origens do islamismo da época de Meca e Medina

quer sob o comando de Maomé ou dos califas sucessores começaram a se organizar em

movimentos que reescreveram algumas doutrinas muçulmanas para se adaptar às suas

ideologias, principalmente a doutrina da jihad.

Na maioria das vezes a grande massa que compõe estes movimentos são pessoas

vindas das classes pobres que acreditam que seus líderes poderão ganhar a grande jihad

global contra o ocidente. Eles acreditam num futuro melhor e se doam de corpo e alma

às ideologias religiosas dominantes.

Confesso que não temos uma receita mágica para dirimir esta problemática atual.

Para que ocorra uma mudança na mentalidade deste povo é necessário democratizar os

países muçulmanos.

Mais do que isso é necessário uma construção de pensamento no sentido de

refletir melhor no papel da religião na vida do ser humano. De algum modo encontrar um

caminho para o diálogo para que possam se livrar de uma filosofia de morte para uma

filosofia de vida e de construção da vida só será possível a partir do momento que eles

tiverem um encontro com o verdadeiro doador da vida - Jesus.

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CONCLUSÃO

A Constituição Brasileira reza o seguinte: “... é inviolável a liberdade de

consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e

garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias...” (Artigo 5º

Parágrafo VI).

Agora, será que esse direito de culto permite qualquer culto? Será que essa

liberdade religiosa permanece de pé mesmo quando tal religião se volta contra a

sociedade que deveria beneficiar? O Alcorão e o Hadiz, que são distribuídos livremente

em nosso território, mesmo incitando a violência, devem ser usados como livros

sagrados? Essas são questões que precisamos refletir e rever dentro de um contexto

sociológico brasileiro, caso contrário, nossa liberdade pode se voltar contra nós.

Essa mesma Constituição também reza que a nossa sociedade deve ser livre,

justa e solidária (Art. 3º-I), mas se o islamismo for implantado em alguma parte de

nosso país, essa região passará a ter uma lei islâmica (sharia) e não mais a brasileira. E

ai, como será? Sobre essa questão teocrática que envolve o islã, escreveu o escritor e

professor de estudos orientais Bernard Lewis: “A idéia de que algum grupo de pessoas,

algum tipo de atividade, alguma parte da vida humana está em algum sentido fora da

esfera da lei e da jurisdição religiosa é estranha ao pensamento muçulmano. Não há, por

exemplo, nenhuma distinção entre direito canônico e direito civil, entre a lei da Igreja e a

lei do Estado, crucial na história cristã. Há apenas uma única lei, o sharia, que é aceito

pelos muçulmanos como de origem divina e regula todos os aspectos da vida humana:

civil, comercial, criminal, constitucional, bem como matérias que dizem respeito mais

especificamente à religião... A primeira, e sob muitos aspectos a mais profunda,

diferença, da qual as demais decorrem, podem ser vista nos mitos de fundação – uso o

termo mito sem nenhuma intenção desrespeitosa – contrastantes do islã, do cristianismo

e judaísmo. Os filhos de Israel fugiram do cativeiro e vagaram por 40 anos no deserto

antes que lhes fosse permitido entrar na terra prometida. Seu líder Moisés apenas a

vislumbrou, e não lhe foi permitido entrar nela ele mesmo. Jesus foi humilhado e

crucificado, e seus seguidores sofreram perseguição e martírio por séculos, antes de

finalmente conseguir conquistar o governo e adaptar o Estado, a língua e as instituições

dele aos seus propósitos (e isso contrário ao que ensinou o mestre Jesus). Maomé

alcançou vitória e triunfo durante sua própria vida. Conquistou sua terra prometida e

criou seu próprio Estado, do qual ele mesmo foi soberano supremo. Como tal promulgou

leis, ministrou justiça, arrecadou imposto, recrutou exércitos, fez a guerra e fez a paz.

Numa palavra, governou, e a história de suas decisões e ações como governante está

santificada na escritura muçulmana e ampliada na tradição... O Estado era a Igreja e a

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Igreja era o Estado, e Deus era o chefe de ambos, sendo o Profeta o seu representante

na Terra. Nas palavras de uma tradição antiga: O islã, o soberano e o povo são como a

tenda, o suporte, as cordas e as estacas. A Tenda é o islã, o suporte é o soberano, as

cordas e as estacas são o povo. Nenhum pode prosperar sem os outros... Na percepção

muçulmana, não existe nenhum poder legislativo humano, e há uma só lei para os

crentes – A Lei Sagrada de Deus, promulgada por revelação...”. (8).

É por causa do que expomos acima que vejo temerariamente o desenvolver

islâmico brasileiro. Se nada for feito, dentro de pouco tempo teremos atentados

terroristas dentro de nosso continente Sul-americano. Acredito que, até então, nada

houve, devido à utilização de nossa tríplice fronteira no emprego de lavagem de dinheiro,

passaportes falsos e um bom covil para esconder terroristas islâmicos. Enquanto o

mundo se preocupa com essas questões envolvendo o fanatismo religioso, o Brasil,

devido ao seu sincretismo místico, acredita estar livre de tais problemas. Em nosso país é

sempre assim, quando se abrem os olhos, a problemática já se tornou sintomática e

crônica! Que esse nosso alerta possa despertar o interesse por essa temática que pode

se tornar uma mazela nacional! Por isso, oremos...

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Glossário

Abd. “Escravo, servo”. Em linguagem religiosa, designa o adorador e, de forma mais

geral, a criatura diante de Deus.

Aiatolá. Cargo mais elevado na hierarquia dos juristas (faqih), doutores da Lei islâmica

no Irã, seguido, logo abaixo, pelo hodjatoleslán e thiquatalá. O cargo tornou-se famoso

com Khomeini, líder da revolução xiita de 1979.

Alá akbar. “Deus é maior”, expressão freqüentemente usada pelos muçulmanos, em

suas conversas e obras escritas.

Amin. “Fiel”.

Bait Alá. “Casa de Deus”, termo que, em geral, designa a Caaba (ver), na cidade

sagrada de Meca.

Caaba. Templo em forma cúbica, situado na mesquita central de Meca, centro de

peregrinação dos fiéis. Na Caaba encontra-se a Pedra Negra, símbolo máximo do Islã,

que o anjo Gabriel deu a lsmael para selar a aliança de Deus com os homens.

Cádi. Juiz que profere sentenças sobre eventuais litígios de interpretação das leis do

alcorão (ver) e da Sharia (ver).

Califa. Chefe, sucessor do profeta Maomé, líder da comunidade islâmica, mas não

necessariamente um mensageiro de má ou um homem sábio do ponto de vista religioso.

Em geral os islâmicos consideram que os quatro primeiros califas eram iluminados (ver

rashidin): Abu Bakr (pai de Aiesha, mulher de Maomé após a morte de Cadija - 632-

634), Ornar ibn Abd al-Khattab (634-644), Otman ibn Affan (644-656) e Ali ibn Abu

Talib (656-661). Já os xiitas (ver) começam a contar a linhagem dos califas (imãs) a

partir de Ali.

Chador. Véu que as mulheres devem usar para se proteger da cobiça carnal e, ao

mesmo tempo, limitar o seu poder de sedução.

Coraixita. Tribo que dominava Meca no século VII, da qual era membro o profeta

Maomé. (Ver Hashemita.)

Alcorão. Literalmente, significa “revelação”. Livro sagrado do Islã (ver), é a palavra de

Deus revelada a Maomé pelo arcanjo Gabriel. Segundo os doutores da Lei islâmica (ver

ulemá), o Alcorão trata de quatro temas fundamentais: as crenças da fé; os cultos; a

moralidade; as relações sociais entre os homens. O alcorão está para o Islã como a

Bíblia está para o cristianismo.

Dar. “Casa”; em seu sentido mais amplo, significa “mundo”.

Dar as Harb. “Casa da Guerra”; mundo não-islâmico que, por alguma razão. se

constitui como inimigo do Islã.

Dar as Islâ. “Casa do Islã”; mundo islâmico.

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Emir. “Aquele que manda”; o chefe que tem a palavra final.

Fatah. Literalmente, significa “conquista”. Nome do principal grupo que formou a OLP

(Organização para a Libertação da Palestina). liderado por Iasser Arafat.

Fátiha. “Exortação”; é a primeira surata (ver) do Cardo.

Fatwá. “Sentença”; decisão jurídica pronunciada por um dignitário religioso tendo como

base a Sharia.

Fundamentalismo. Corrente surgida no Egito, em 1929, em oposição à colonização

britânica. O fundamentalismo prega a institucionalização do Estado islâmico “puro”, à

volta ao estrito respeito aos fundamentos do Islã e ao que diz o Cardo, o Hadiz e a

Sharia.

Hadiz. Coletânea de textos que sintetizam as palavras e atos do profeta Maomé; relatos

sobre a sua vida narrada sob a forma de versos, cujo conjunto forma a Tradição do

Profeta (Suna).

Hadj. E a peregrinação a Meca, um dos cinco pilares do Islã.

Haq. Aquilo que é verdadeiro, real; também significa “direito”.

Hashemita. Clã pobre da tribo dos coraixitas, ao qual pertencia o profeta Maomé.

Hégira. Literalmente, significa “exílio”. No Islã, designa a saída de Maomé de Meca, em

622, ano que marca o início da era islâmica.

Hezbolá. “Partido de Deus”. Grupo extremista vinculado ao Movimento de Libertação

Islâmica iraniano (ver); atua no sul do Líbano. Quer construir no Líbano um Estado

muçulmano tradicional e propõe a destruição do Estado de Israel.

Imã. “Aquele que dirige a oração”. Também designa o guia supremo de uma

comunidade islâmica. Para os xiitas, é um ser dotado de Luz, de espiritualidade elevada

e com certos dons sobrenaturais. Para a maioria do mundo islâmico, qualquer fiel pode

ser um imã, desde que sua reputação não tenha manchas.

Irmandade Muçulmana. Organização precursora do fundamentalismo militante,

fundada no Egito em 1929 pelo professor Hasan ai Baná. Tinha como objetivo expulsar

os colonialistas ingleses do país e reinstituir um Estado baseado no Alcorão e nos

fundamentos do lslã. A Irmandade Muçulmana conquistaria depois adeptos em vários

países islâmicos, principalmente entre os jovens e pobres.

Islã. “Submissão absoluta diante das normas alcorämicas”. Também designa a comuni-

dade muçulmana de um ponto de vista amplo, com o conjunto de seus costumes

culturais, éticos e jurídicos determinados pelo Alcorão e pela Suna.

Jihad. Esforço que todo muçulmano deve fazer para difundir a religião islâmica.

Normalmente, o termo é traduzido no Ocidente como “guerra santa”. Eventualmente o

“esforço” islâmico pode desembocar na guerra.

Jihad al-akbar. Guerra santa “maior”, batalha interior do homem para dominar suas

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paixões e vencer sua natureza interior.

Jihad al-asghar. Guerra santa “menor”, qualquer esforço externo para a preservação

da religião. (Ver jihad.)

Jiza. Uma taxa especial paga pelos que não eram muçulmanos. Pelo fato de não servir o

deus islâmico os cristãos e judeus tinham de pagar mais um imposto – imposto de

maneira imposta!

La Ilaha il Alá. Mohamed rasúl Alá. “Só há um Deus, que é Alá, e Maomé é o seu

profeta”. E a declaração de Fé do muçulmano.

Madrasa. Escola tradicional islâmica, mais avançada do que as escolas alcorânicas

normais, onde os mais terríveis terroristas são também treinados!

Maktub. “Está escrito”. Expressão que designa o fato de que tudo o que acontece na

vida dos homens já estava previsto por Deus. Disso se origina a noção de que a cultura

islâmica (em particular, a árabe) é fatalista, já que é muito forte a crença na

predestinação dos fatos. Apesar disso, o Alcorão diz que o homem é livre para seguir ou

não a palavra de Deus.

Mesquita. Do árabe masjid, “templo”, lugar de orações.

Mihrab. Nicho na mesquita que indica a localização de Meca.

Minbar. Púlpito da mesquita, de onde o imã prega o sermão do meio-dia às sextas-

feiras.

Movimento de Libertação Islâmica. Corrente radical com base no lrã, cujos líderes

participam do governo e têm um status especial. Sua principal atividade é exportar a

revolução xiita, mantendo contatos com grupos em todo o mundo islâmico. Um dos mais

conhecidos por suas atividades é o Hezbolá, que atua no sul do Líbano.

Muçulmano. “Aquele que se entrega a Deus”.

Mudjahedin. “Aqueles que se esforçam”, “os guerreiros”.

Mufti. Conselheiro jurídico, chefe religioso de algumas comunidades sunitas.

Nabi. “Profeta”. O islamismo considera como profetas, entre outros, os precursores do

judaísmo e do cristianismo (Noé, Abraão, Moisés e Cristo), embora não lhes reconheça

uma natureza divina. Mesmo o profeta Maomé era um homem mortal, embora

iluminado.

Pedra Negra. Pedaço de rocha com que o anjo Gabriel presenteou Ismael para selar a

amizade de Deus com os homens. A Pedra Negra encontra-se na Caaba.

Pilares do Islã. Corpo de obrigações pessoais e individuais resumidas em cinco pontos:

a profissão de fé (shahada); a oração (salát); o jejum (sawn); a caridade (zakcit); a

peregrinação a Meca (hadj).

Profeta. Ver nahi.

Qibla. Postura física daquele que ora sempre voltando-se para Meca).

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Ramadã. Nono mês do calendário muçulmano, quando se observa jejum obrigatório

(ver sawn) para lembrar a ocasião em que o profeta Maomé recebeu a Revelação. A

observação do Ramadã é um dos pilares do islamismo. Não há uma correspondência

entre o calendário muçulmano (lunar) e o ocidental (solar). Por essa razão, a

observação do Ramadã e de outras datas muçulmanas ocorrem em períodos do ano

variáveis em relação ao calendário ocidental.

Rashidin. Qualificativo atribuído aos quatro primeiros califas após a morte de Maomé.

Rashid significa “corretamente guiado”. “muito sábio”.

Rasúi. “Enviado”: Maomé foi o enviado de Deus.

Saiam. “Paz”.

Salát. Oração obrigatória que se realiza cinco vezes por dia. em certos horários, e

segundo um ritual estabelecido pela Suna (ver).

Sawn. Jejum obrigatório durante o Ramadã~ ritual de reflexão e purificação da alma.

Shahada. Profissão de fé do fiel muçulmano: “Só há um Deus, que é Alá, e Maomé é o

seu profeta”. Basta sua proclamação pública para consagrar a adesão ao islamismo.

Sharia. Lei islâmica baseada nos textos do alcorão (ver), no Hadiz (ver), nos qivas

(jurisprudência, sentença estabelecida no passado em casos semelhantes ao tratado em

determinado julgamento) e ijma (consenso da comunidade sobre determinado assunto).

Sharif. Título dado aos descendentes de Maomé, em especial aos membros do clã

hashemita.

Shura. Consulta ao Alcorão ou a um doutor na lei islâmica.

Sufi ou sufistas. Seita mística e de maior espiritualidade do mundo islâmico. Seus

adeptos buscam a experiência direta de Deus e pregam a simplicidade, o ascetismo, a

distância em relação ao lslã mais ortodoxo e institucionalizado. Um de seus principais

pensadores foi Muhidin ibn Arabi, nascido na Andaluzia em 1165 e falecido na Síria em

1240. Conhecido nos meios esotéricos como “o maior dos mestres”, seus livros mais

importantes são Revelações de Meca e A Sabedoria dos profetas.

Suna. Tradição baseada nas palavras e atos do Profeta, os quais os ulemás (ver) podem

interpretar.

Sunitas. Membros da principal seita do Islã (constituem 90% do mundo islâmico). São

relativamente “pragmáticos” na interpretação da lei islâmica em relação aos assuntos

mundanos, colocando grande ênfase na interpretação da Suna (ver).

Sura ou Surata. Capítulo do alcorão, que está dividido em 114 saras e 6.226

versículos.

Ulemá. Doutor na lei islâmica, sábio em ciências religiosas.

Uma. Comunidade formada pelo Profeta e seus crentes, nação.

Xeque. Literalmente, significa “velho”. Designa alguém sábio, um dignitário religioso,

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encarregado de zelar pela mesquita.

Xiitas. Membros de uma importante seita minoritária do Islã. Acreditam que os imãs

são seres dotados de Luz e espiritualidade elevada, quase sobrenatural. A maioria dos

xiitas crê na vinda do décimo segundo califa, um niahdi. espécie de “messias” que vai

trazer mil anos de paz para o mundo.

Zakát. Contribuição obrigatória (esmola) do muçulmano rico para ajudar os fiéis pobres.

(7).

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Bibliografia:

01 - http://www.logoshp.hpg.com.br

02 - Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda em CD ROM.

03 – Série Apologética; Editora ICP; 2001; São Paulo.

04 – Mantran; Expansão Muçulmana (Séculos VII – XI); Ed. Pioneira; 1977; São Paulo.

05 - fonte site: www.ictus.com.br.

06 - Hourani, A.; Uma História dos Povos Árabes; Ed. Cia das Letras; São Paulo – SP,

2000.

7 - Jr. Arbex, J., Islã – Um Enigma de Nossa Época, Editora Moderna, 4º Edição, 1997 –

São Paulo.

8 - Lewis B., O Que Deu Errado No Oriente Médio?, 1º Edição, Editora J. Zahar, Rio de

Janeiro, 2002, p. 116-118.

9 – Dr. Mohammad Hamidullah; “Introdução ao Islam”; Revisão e tradução Samir El

Hayek; Editora Alvorada; São Bernardo do Campo, SP

10 – El Hayek, Samir; “Ditos e Práticas de Mohammad – o Mensageiro de Deus”; Editado

pelo Centro de Divulgação do Islã para a América Latina.

11 – Revista Veja On-line