Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da...

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Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference Intakes (DRIs) para indivíduos saudáveis Camila C. Japur Nutricionista – Curso de Nutrição e Metabolismo – USP/RP Mestre em Ciências Médicas – FMRP/USP

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Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional

Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática

Aplicação prática das Dietary Reference Intakes (DRIs) para

indivíduos saudáveis

Camila C. Japur

Nutricionista – Curso de Nutrição e Metabolismo – USP/RP

Mestre em Ciências Médicas – FMRP/USP

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Histórico1ª ed RDA1ª ed RDA (Recommended Dietary Allowances)

Objetivo: Estabelecer padrões dietéticos de referência

1941 (2ª Guerra Mundial)

Prevenção de Doenças CarenciaisPrevenção de Doenças Carenciais

(exército e população civil vivendo (exército e população civil vivendo com privações)com privações)

Novas edições a cada 5 anos

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19891989

1 Publicação = 283 1 Publicação = 283 páginaspáginas

1 Publicação = 283 1 Publicação = 283 páginaspáginas

National Academy of Science (NAS)National Academy of Science (NAS)

A partir de 1997

RDA

8 publicações 5000 páginas

Dietary Reference IntakesDietary Reference Intakes

DRIs

Committee on Committee on the Scientific the Scientific Evaluation of Evaluation of

DietaryDietary - FNB, - FNB, Institute of Institute of

MedicineMedicine - IOM, - IOM, National Academy National Academy of Sciencesof Sciences - NAS - NAS e e Health CanadaHealth Canada

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1° publicação: 11 anos atrás

8° publicação: 3 anos atrás

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Grupo de especialistas selecionadosespecialistas selecionados pela Academia Americana de Ciências

Basearam-se em evidências científicasevidências científicas disponíveis

Destinadas apenas a INDIVÍDUOS SAUDÁVEISINDIVÍDUOS SAUDÁVEIS

Estratificadas por sexo, faixa etária e estado fisiológicosexo, faixa etária e estado fisiológico (gestantes e lactantes)

Dietary Reference Intakes Dietary Reference Intakes (DRI)(Referência de Ingestão de Nutrientes)

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Dietary Reference Intakes Dietary Reference Intakes (DRI)

Natureza da propostaNatureza da proposta

Informação sobre:Informação sobre:

Balanço e metabolismo de nutrientes em diversos estágios da Balanço e metabolismo de nutrientes em diversos estágios da

vida, vida,

Diminuição de risco de doença, Diminuição de risco de doença,

Variações individuais nas necessidades, Variações individuais nas necessidades,

Disponibilidade e erros associados aos métodos do consumo Disponibilidade e erros associados aos métodos do consumo

dietético.dietético.

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RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES

Objetivos

o Servir como guia para avaliação da adequação quantitativa da ingestão de nutrientes e planejamento de dietas para indivíduos e grupos populacionais.

o Definir um diagnóstico do consumo alimentar:

A ingestão está adequada?

Abaixo ou acima do ideal?

Qual é o risco de deficiência ou excesso de tal

nutriente na ingestão?

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RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES

Objetivos

o Referência de limites para fortificação e desenvolvimento de novos produtos

o Redução do risco de doenças crônicas não-transmíssiveis

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EAR Estimated Average RequirementEstimated Average Requirement

(Necessidade Média Estimada): (Necessidade Média Estimada):

Valor (mediana) de ingestão diária suficiente para atender a necessidade de um nutriente de metade (50%) dos indivíduos saudáveis do mesmo gênero e estágio da vida.

Novas definições

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Estabelecendo as RDAs

1. O DP da Necessidade Média Estimada – EAR, é conhecido:

RDA = EAR + 2 DPRDA = EAR + 2 DP

2. Insuficiente informação sobre a variabilidade do EAR:

Estabelece-se um Coeficiente de Variação – CV de 10% da EAR

RDA = 1,2 x EARRDA = 1,2 x EAR

3. Para Coeficientes de Variação maiores, como para niacina:

RDA = 1,3 x EAR (como para CHO)RDA = 1,3 x EAR (como para CHO)

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RDARDA Recommended Dietary Allowance Recommended Dietary Allowance

(Ingestão Dietética Recomendada)(Ingestão Dietética Recomendada)

Valor de ingestão diária suficiente para suprir a necessidade de um nutriente de quase todos (97 a 98%) os indivíduos saudáveis do mesmo gênero e estágio da vida.

Novas definições

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AIAI Adequate Intake Adequate Intake

(Ingestão Adequada)(Ingestão Adequada)

Valor de consumo recomendável, baseado em levantamentos de dados experimentais, ou ainda de estimativas de ingestão de nutrientes para grupo(s) de pessoas sadias, e que se considera adequado.

É usado quando a RDA não pode ser determinada

É um valor de INGESTÃO e não de necessidade

Novas definições

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ULUL Tolerable Upper Intake LevelTolerable Upper Intake Level

(Limite Superior Tolerável de Ingestão(Limite Superior Tolerável de Ingestão))

Limite superior de ingestão diária prolongada de um nutriente que não apresenta efeito adverso à saúde em quase todos os indivíduos do mesmo gênero e estágio da vida.

Novas definições

UL não é recomendação

!!

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Fundamentos para estabelecer a

Ingestão Máxima Tolerada - UL

1. NOAEL – No Observed Adverse Effect Level

Nível livre de efeito adverso observável

2. LOAEL – Lowest Observed Adverse Effect Level

Mais baixo nível que causa efeito adverso observável

Quando Possível: é baseado no Quando Possível: é baseado no NOAELNOAEL

Quando não - LOAEL Quando não - LOAEL

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ESTÁGIOS DA VIDAESTÁGIOS DA VIDA

Bebês 0 – 6M

7 – 12M

Crianças 1 – 3A4 – 8A

Homens e Mulheres 9 – 13A

14 – 18A19 – 30A31 – 50A51 – 70A> 70A

Gestação e Lactação 18A

19 – 30 A31 – 50 A

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EER EER -- Estimated Energy Requirement Estimated Energy Requirement

(Necessidade Estimada de Energia)(Necessidade Estimada de Energia)

É a média da ingestão de energia que mantém o balanço energético em um grupo de indivíduos aparentemente saudáveis com

idade, gênero, peso, altura e nível de atividade física definidos.

Crianças, gestantes e lactantes:

EER considera as necessidades associadas –

Deposição dos tecidos

Secreção de leite

Peso corporal:

Excelente indicador da ingestão energética habitual

Definições da Definições da Necessidade Necessidade EnergéticaEnergética

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Necessidade

%população

Energia

Nutriente

Média +2DP

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Estimada a partir de equações Estimada a partir de equações preditivas do gasto total de energia.preditivas do gasto total de energia.

Técnica da água duplamente marcadaTécnica da água duplamente marcada

Necessidade Estimada de Necessidade Estimada de Energia (EER)Energia (EER)

As equações de EER só devem ser utilizadas paraAs equações de EER só devem ser utilizadas para

indivíduos indivíduos dentro da faixa de normalidade de IMCdentro da faixa de normalidade de IMC..

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Gasto Total de Energia (TEE)

Todos estes dados resultaram na seguinte equação:

Em que:TEE em Kcal/dia, idade em anos, peso em quilos e alturaem metros

A: constanteB: coeficiente de idadeNAF: Nível de atividade físicaD: coeficiente de pesoE: coeficiente de altura

TEE= A - B x Idade +NAF x (D x Peso + E x Altura)

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0 – 3m

(89 x peso corporal [Kg] – 100) + 175 (Kcal de energia de

depósito)

4 – 6m

(89 x peso corporal [Kg] – 100) + 56 (Kcal de energia de

depósito)

7 – 12m (89 x peso corporal [Kg] – 100) + 22 (Kcal de energia de depósito)

13 – 35m (89 x peso corporal [Kg] – 100) + 20 (Kcal de energia de depósito)

EER para crianças (0 a 35

meses)EER= TEE + Energia de depósito

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Qual é a necessidade estimada de energia de um bebê do sexo

masculino, de 8 meses e peso de 9,0Kg e comprimento de 71 cm?

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7-12m :

EER= (89 x Peso -100) + 22

Peso= 9Kg

EER= 723 Kcal/dia

Idade: menor que 35 meses

Não leva em consideração a altura (comprimento) nem o sexo do bebê

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EER para crianças (3 a 18 anos)EER= TEE + Energia de depósito

SEXO FEMININO:

EER = 135,3 – 30,8 x Idade [a] + NAF x (10,0 x Peso

[Kg] +

934 x Altura [m] ) + energia de depósito*

SEXO MASCULINO:

EER = 88,5 – 61,9 x Idade [a] + NAF x (26,7 x Peso [Kg]

+

903 x Altura [m] ) + energia de depósito*

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EER para crianças (3 a 18 anos)EER= TEE + Energia de depósito

*Energia de depósito:

Para 3 a 8 anos: 20 Kcal / Para 9 a 18 anos: 25

Kcal

Desvio Padrão da EER para crianças e adolescentes saudáveis

Sexo feminino: 68 KcalSexo masculino: 58 Kcal

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COEFICIENTE DE NAF (3 A 18 ANOS):

Sexo feminino Sexo masculino

Sedentária 1,0 1,0

Leve 1,16 1,13

Moderada 1,31 1,26

Intensa 1,56 1,42

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Qual é a necessidade estimada de energia de um garoto, de

10 anos, peso de 33,3Kg, altura de 1,41m, com

atividade física moderada?

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EER = 88,5 – 61,9 x Idade [a] + NAF x (26,7 x

Peso [Kg] + 903 x Altura [m] ) + energia de

depósitoIdade: 10 anosP= 33,3KgA= 1,41mNAF= ? *AF moderadaEnergia de depósito= ?DP= ?

*Energia de depósito:

Para 3 a 8 anos: 20

Kcal

Para 9 a 18 anos: 25 Para 9 a 18 anos: 25

KcalKcal

DP da EER para crianças e adolescentes saudáveis

Sexo feminino: 68 KcalSexo masculino: 58 Sexo masculino: 58 KcalKcal

Sexo feminino

Sexo masculino

Sedentária 1,0 1,0

Leve 1,16 1,13

Moderada 1,31 1,261,26

Intensa 1,56 1,42

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Substituindo:

EER= 88,5 – 61,9 x 10 + 1,26 x (26,7 x 33,3 + 903 x 1,41) + 58

EER= 2252 Kcal/dia

Considerando o DP (58Kcal): 2252 ± (2 x 58)Intervalo de ingestão de energia: 2136 – 2368 Kcal/dia

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EER para adultos (19 anos e mais)EER para adultos (19 anos e mais)

SEXO FEMININO:SEXO FEMININO:

EER = 354 – (6,91 x Idade [a]) + NAF x (9,36 x Peso [Kg] + EER = 354 – (6,91 x Idade [a]) + NAF x (9,36 x Peso [Kg] +

727 x Altura [m] )727 x Altura [m] )

SEXO MASCULINO:SEXO MASCULINO:

EER = 661,8 – (9,53 x Idade [a] + NAF x (15,91 x Peso [Kg] + EER = 661,8 – (9,53 x Idade [a] + NAF x (15,91 x Peso [Kg] +

539,6 x Altura [m] ) 539,6 x Altura [m] )

Desvio Padrão da EER para adultos saudáveis:Desvio Padrão da EER para adultos saudáveis:

Sexo feminino: 162 Kcal

Sexo masculino: 199 Kcal

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COEFICIENTE DE NAF (19 ANOS E MAIS):

Sexo feminino Sexo masculino

Sedentária 1,0 1,0

Leve 1,12 1,11

Moderada 1,27 1,25

Intensa 1,45 1,48

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Calcule a necessidade estimada de energia de uma mulher, de 76 anos, peso de 61Kg, altura de

1,65 m, com atividade física leve.

EER= 354 – (6,91 x Idade [a] + NAF x (9,36 x Peso [Kg] +

727 x Altura [m])

Idade: 76a (idosa) /P= 61Kg /A=1,65m /NAF(PAL)= 1,12 / IMC =

22,4Kg.m²

EER=1812 Kcal

Considerando o DP (162Kcal): 1811 ± (2 x 162)

Intervalo de ingestão de energia: 1487 - 2135 Kcal

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Nível de Atividade Física (NAF)Physical activity level (PAL)

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MET: Equivalente metabólicoMET: Equivalente metabólico

1 MET = taxa de consumo de oxigênio 1 MET = taxa de consumo de oxigênio de 3,5ml/min/kg peso corporal para um de 3,5ml/min/kg peso corporal para um adulto adulto

PAL: PAL: Nível de atividade física = Razão do Nível de atividade física = Razão do GET/GEBGET/GEB

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Exemplo de cálculo - PALPAL (nível de atividade física)/HORA

• Atividades diárias– Atividade leve sentado: 0,03– Esfregar, lavar: 0,2– Dirigir veículo: 0– Ler quietamente: 0– Limpar com aspirador de pó: 0,14– Andar com o cachorro: 0,11– Aguar plantas: 0,09

• Atividade física– Caminhar 2mph (3210metros):0,09– Nadar (lentamente): 0,02– Dançar: 0,11

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Atividade Dia1 Dia2 Dia3 Dia4 Dia5 Dia6 Dia7 Total

PAL/hora

PAL

Leve sentado

10h 10h 10h 10h 10h 10h 10h 70 h 0,03 2,1

Esfregar, lavar

30’ 30’ 1 h 0,2 0,2

Andar com o cachorro

20’ 20’ 20’ 20’ 20’ 40’ 40’ 3 h 0,11 0,33

Dirigir 1 h 1 h 1 h 1 h 1 h 1 h 2 h 8 h 0 0

Caminhar 3,2km/h 3210m

1 h 1 h 1 h 1 h 1 h 1 h 6 h 0,09 0,54

Nadar (lentamente)

1 h 1 h 2 h 0,02 0,04

Dançar 3 h 3 h 0,22 0,66

Número de PAL/semana

3,87

Mulher, 35 anos

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Exemplo de cálculo

• Média do PAL= 1,1 + Média do PAL/dia

• Média do PAL/dia = Média do PAL na semana/ 7 dias

Média do PAL/dia = 3,87/ 7 dias = 0,552

• Se deixar de dançar (-0,66) = 3,87 – 0,66 = 3,21/7 = 0,45

GEB + ETA

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Exemplo de cálculo• Média do PAL= 1,1 + Média do PAL/dia• Média do PAL= 1,1 + 0,552• Média = 1,652• PA

– 1 se PAL ≥ 1 < 1,4 (sedentário)– 1,12 se PAL ≥ 1,4 < 1,6 (pouco ativo)– 1,27 se PAL ≥ 1,6 < 1,9 (ativo)– 1,45 se PAL ≥ 1,9 < 2,5 (muito ativo)

Se deixar de dançar = 1,1 +0,45 = 1,55 (IOM, 2002)

Sexo feminino Sexo masculino

Sedentária 1,0 1,0

Leve 1,12 1,11

Moderada 1,27 1,25

Intensa 1,45 1,48

COEFICIENTE DE NAF (19 ANOS E MAIS)

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Macronutrientes

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NUTRIENTE PRINCIPAIS FUNÇÕES NO PRINCIPAIS FUNÇÕES NO ORGANISMOORGANISMO

INDICADORINDICADOR

Carboidratos (AI/EAR/RDA)

Fonte de energia para o organismo, em especial para o

cérebro

Quantidade mínima de glicose para o cérebro

sem fonte de E alternativa

Proteína(AI/EAR/RDA)

Componente estrutural das células corporais. Participantes

de enzimas, receptores de membrana, transporte de nutrientes e hormônios.

Balanço Nitrogenado

Ácido Linoléico(AI)

Constituinte da membrana celular e importante para

sinalização celular. Envolvido na expressão gênica

Mediana de ingestão

Ácido Linolênico(AI)

Precursor de ácidos graxos com efeito protetor na prevenção da

doença coronária, arritmia e trombose.

Mediana de ingestão

Fibra Dietética (AI)

Laxante, saciedade, reduz a ingestão de energia e diminui o risco de obesidade. Reduz risco

de doença coronária.

Mediana de ingestão observada com menor

risco de doença coronariana

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AMDR

Faixas de ingestão de macronutrientes

associadas à redução do risco de

doenças crônicas, mas que provêem

nutrientes essenciais para os grupos

etários e gênero.

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Acceptable Macronutrient Distribution Ranges (AMDR) Intervalos de distribuição aceitável de macronutrientes

MACRONUTRIENTESMACRONUTRIENTES PORCENTUAL DE ENERGIAPORCENTUAL DE ENERGIA

1 – 3 ANOS1 – 3 ANOS 4 – 18 4 – 18 ANOSANOS

ADULTOS ADULTOS

Gorduras TotaisGorduras Totais 30 - 4030 - 40 25 – 3525 – 35 20 – 3520 – 35

(w-6) ácido linoléico(w-6) ácido linoléico 5 - 105 - 10 5 - 105 - 10 5 – 105 – 10

(w-3) ácido linolênico(w-3) ácido linolênico 0,6 – 1,20,6 – 1,2 0,6 – 1,20,6 – 1,2 0,6 – 1,20,6 – 1,2

CarboidratosCarboidratos 45 - 6545 - 65 45 - 6545 - 65 45 – 6545 – 65

ProteínasProteínas 5 - 205 - 20 10 – 3010 – 30 10 – 3510 – 35

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PLANEJAMENTO DA DIETA PARA MACRONUTRIENTES: HOMEM; 24 ANOS; 1,81M; 85KG; ATIVIDADE FÍSICA LEVEEER = 3000 KCAL

NUTRIENTEAMDR(%

)% ENERGIA

SELECIONADOENERGIA

(kcal)

QUANTIDADE (g)

Gorduras 20 - 35

-6 5 - 10

-3 0,6 – 1,2

Proteínas 10 – 35

Carboidratos 45 - 65

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EER = 3000 KCAL

NUTRIENTEAMDR(%

)% ENERGIA

SELECIONADOENERGIA

(kcal)

QUANTIDADE (g)

Gorduras 20 - 35 30 900 100

-6 5 - 10 7 210* 23

-3 0,6 – 1,2 0,8 24* 2,7

Proteínas 10 – 35 15 450 112,5

Carboidratos 45 - 65 55 1650 412,5

*Fazem parte da gordura total

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Avaliação e planejamento Avaliação e planejamento

da ingestão de micronutrientesda ingestão de micronutrientes

em dietas de indivíduos saudáveisem dietas de indivíduos saudáveis

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Avaliação de dietas de indivíduos

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A ingestão de

micronutrientes atende

às necessidades do

indivíduo?

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Precisão da análise da dieta depende:

Necessidade individual do nutriente

Nível mais baixo de ingestãocontínua capaz de manter o

estado nutricional para determinado critério

de adequação nutricional

Ingestão habitual

Média de ingestão individual durante

um longo período de tempo

Não é possível determinar exatamenteexatamente se a ingestão supre as necessidades do

indivíduo(IOM, 2000)

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Variações que ocorrem

nas necessidades e na ingestão de nutrientes

entre indivíduos

Método de avaliação da adequação aparente proposto pelas DRIs

Determina a PROBABILIDADE DA INGESTÃO DO MICRONUTRIENTE

ESTAR ADEQUADA OU INADEQUADA

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Para contornar a dificuldade em:

EAR (mediana da necessidade de um nutriente

para dado estágio de vida e gênero)

(IOM, 2000)

Estabelecer a necessidade do nutriente:

Variabilidade intrapessoal da ingestão do nutriente

Estimar a ingestão habitual:

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Para alguns nutrientes, é possível avaliar, aproximadamente,

se a ingestão supre a necessidade.

Sempre que possível, considerar:

Parâmetros biológicos como ANTROPOMETRIA, ÍNDICES BIOQUÍMICOS, DIAGNÓSTICO e ESTADO CLÍNICO

Totalidade das evidências não somentenão somente a ingestão dietética

(IOM, 2000)

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Passos para a estimativa da adequação

aparente da ingestão de micronutrientes1.

Obter a informação mais precisa possível sobre ingestão de nutrientes (dieta e suplementos)

2. Escolher a referência (DRI) mais adequada

3. Cálculo da adequação aparente da ingestão de nutrientes

4.Interpretação do resultado

(IOM, 2000)

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Primeiro passo: ingestão habitual

Como obter informações de consumo mais precisas?

1) Seleção da metodologia mais adequada

Recomendado:

Registro de 3 ou mais dias ou mais de um recordatório 24h

(Dias alternados e um dia do final de semana)

(IOM, 2000)

Page 55: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

2) Coleta cuidadosa quanto aos alimentos consumidos, formas de preparo e tamanho das porções

3) Utilização de suplementos (???)

4) Considerações quanto à variações sistemáticas devidas à sazonalidade, doenças crônicas, transições alimentares

Utilize uma fonte confiável como base de dados de composição de alimentos

(IOM, 2000)

Page 56: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Segundo passo: escolher a DRImais adequada

EAR é o mais adequado para indivíduos

50% dos indivíduos em um grupo apresentam necessidade do nutriente acima do valor de EAR e 50% abaixo

(IOM, 2000)

Page 57: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Por que não utilizar RDA para avaliar dietas???

RDA: metas de ingestão de indivíduos

Se a ingestão habitual está acima, provavelmente está adequada

O contrário não é verdadeiro: ingestão

abaixo da RDA pode não ser inadequada.

(IOM, 2000)

Page 58: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Avaliação quantitativa

z= média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)

EAR disponível

Avalia a probabilidade da ingestão aparente do nutriente estar adequada.

Terceiro passo: Cálculo da adequação aparente

(IOM, 2000)

Page 59: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Média de ingestãoCálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias)

EARTabela DRIs

DPnec0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%)Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%)Vnec = (DPnec)²

DPint Tabela obtida de dados de estudos populacionaisVint = (DPint)²

nNúmero de dias de inquérito alimentar avaliado

z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)

Page 60: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Média de ingestãoCálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias)

EARTabela DRIs

DPnec0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%)Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%)Vnec = (DPnec)²

DPint Tabela obtida de dados de estudos populacionaisVint = (DPint)²

nNúmero de dias de inquérito alimentar avaliado

z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)

Page 61: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Nutrientes com EAR / RDA OU AIEAR / RDA AI

ProteínaCarboidratoMagnésioFósforoSelênioTiaminaRiboflavinaNiacinaVitamina B6, B12, A, C e EFolatoIodoCobreFerroZincoMolibdênio

Proteína (0 a 6 meses)Carboidrato (0 a 12 meses)Fibra dietéticaÁcido linoléicoÁcido linolênicoCálcioFlúorBiotinaColinaVitamina D e KÁcido pantotênicoManganêsCromo

EAR Tabela DRIs: BUSCAR O VALOR

Page 62: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Para a mesma faixa etária:

Nutrientes que tem EAR, terão RDA (RDA calculada a partir da EAR)

Nutrientes que não tem EAR, não terão RDA e

tem AIEx: Carboidratos

– AI para bebês, e não tem EAR e RDA

- EAR e RDA para adultos, e não tem AI

Page 63: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Média de ingestãoCálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias)

EARTabela DRIs

Vnec = (DPnec)²DPnec0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%)Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%)

DPint Tabela obtida de dados de estudos populacionaisVint = (DPint)²

nNúmero de dias de inquérito alimentar avaliado

z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)

Page 64: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Média de ingestãoCálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias)

EARTabela DRIs

DPnec0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%)Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%)Vnec = (DPnec)²

Vint = (DPint)²DPint Tabela obtida de dados de estudos populacionais

nNúmero de dias de inquérito alimentar avaliado

z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)

Page 65: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Tabela de desvio-padrão intrapessoal (DPint)

Nutriente

Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino

Vitamina A (mcg) 808 723 852 898 1300 1160 1255 1619

Caroteno (RE) 452 454 549 681 799 875 796 919

Vitamina E (mg) 3 3 4 5 5 7 6 9

Vitamina C (mg) 61 74 81 93 73 93 61 72

Tiamina (mg) 0,5 0,5 0,6 0,8 0,6 0,9 0,5 0,7

Riboflavina (mg) 0,6 0,7 0,7 1 0,6 1 0,6 0,8

Niacina (mg) 6 7 8 11 9 12 7 9

Vitamina B6 (mcg) 0,6 0,7 0,7 1 0,8 1 0,6 0,8

Folato (mcg) 99 117 128 176 131 180 12 150

Vitamina B12 (mcg) 9,6 4,7 5,5 5 12 13 10 14

Cálcio (mg) 313 353 374 505 325 492 256 339

Fósforo (mg) 321 352 410 542 395 573 313 408

Magnésio (mg) 61 71 86 109 86 122 74 91

Ferro (mg) 5 6 6 9 7 9 5 7

Zinco (mg) 3 4 5 8 6 9 5 8

Cobre (mcg) 400 400 500 600 600 700 500 700

Sódio (mg) 930 957 1313 1630 1839 1819 1016 1323

Potássio (mg) 631 750 866 1130 851 1147 723 922

Crianças 4-8 anos Adolescentes 9 a 18 anos Adultos 19 a 50 anos Adultos > ou = a 51 anos

Vint = (DPint)²Fonte: Adaptada de IOM, 2000

Page 66: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Fatores que afetam a variação diária da ingestão de Fatores que afetam a variação diária da ingestão de

nutrientesnutrientes

Variedade x Monotonia nas escolhas alimentares individuais (Basiotis et al., 1987; Sempos et al., 1985; Tarasuk and Beaton,

1991,1992)

Dia da semana (Beaton et al., 1979; Tarasuk and Beaton,1992; Van Staveren et

al., 1982)

Férias e ocasiões especiais

Clima

Apetite, que pode estar relacionado à mudanças na

atividade física, no ciclo menstrual...

(Barr et al., 1995; Tarasuk and

Beaton,1991)

Page 67: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Atenção especial deve ser dada para nutrientes altamente concentrados em alguns alimentos que são consumidos apenas ocasionalmente.

Ex: Vitamina A. (Gibson et al.,

1985)

Para se estimar a ingestão usual de vitamina A seria necessário avaliar meses de consumo

Alimento Medida caseira Quantidades

Abóbora cozida 1 escum. rasa (70g) 367,5 g

Cenoura ralada crua

3 col. sopa (36g) 396 g

Mamão papaya ½ unid. pequena (140g)

50 g

Chicória refogada 1 escum. rasa (90g) 504,9gFígado de boi grelhado

1 bife (100g) = 14000 g de retinol

Page 68: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Alimento Medida caseira Quantidades

Polpa de acerola 1 polpa (50g) 623,2mg

Goiaba vermelha 1 unid. média (170g) 32,5mg

Laranja 1 unid. média (180g) 62,5mg

Morango 10 unid.médias (120g)

76,3mg

Vitamina C

Page 69: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Média de ingestãoCálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias)

EARTabela DRIs

DPnec0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%)Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%)Vnec = (DPnec)²

DPint Tabela obtida de dados de estudos populacionaisVint = (DPint)²

nNúmero de dias de inquérito alimentar avaliado

z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)

Page 70: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Quantos dias de inquérito são necessários para avaliar o consumo?Estudo com 13 homens em 1 ano

Avaliação da estimativa média de ingestão com precisão de ±10% da verdadeira ingestão

Niacina: 53 dias

Vitamina C: 249 dias

Estudo com 16 mulheres em 1 ano

Vitamina C: 222 dias (precisão de ±10%)

55 dias (precisão de ±20%)

(Basiotis et al., 1987)

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Quarto passo: Interpretação

z = Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)

Se z positivo, Se z positivo, o número o número

encontrado encontrado deve ser deve ser

somado a 0,5somado a 0,5

Se z negativo, Se z negativo, deve-se deve-se

diminuir de 0,5 diminuir de 0,5 o número o número

encontrado.encontrado.

0,5

Se z > que Se z > que 3,09:3,09:

probabilidade de probabilidade de estar adequada estar adequada de > 99,9% (0,5 de > 99,9% (0,5

+ 0,4990 = + 0,4990 = 0,9990)0,9990)

Se z < que - Se z < que - 3,09: 3,09:

Probabilidade Probabilidade será < que 0,1% será < que 0,1%

de estar de estar adequada.adequada.

(0,5 – 0,4990 = (0,5 – 0,4990 = 0,001)0,001)

Page 72: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

EXEMPLO DE CÁLCULOEXEMPLO DE CÁLCULO

A ingestão média de folato de

um homem de 60 anos foi

calculada, baseando-se em 7

registros alimentares

Page 73: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Folato:

EAR = 320g

DPnec = 10% de 320 = 32 gVnec = (32)² = 1024

DPint = 150 gVint = (150)² = 22500

n = 7 dias

Ingestão média = 89g

Está adequada a ingestão?

Page 74: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)

z = 89 – 320 / 1024 + (22500/7)

z = - 231 / 1024 + (22500/7)

z = - 231 / 1024 + 3214,3

z = - 231 / 4238,3

z = -231 / 65,1

z = - 3,54

Page 75: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

z = - 3,54

Probabilidade da ingestão estar adequada:

0,5 –– 0,4990 = 0,001

= 0,001 x 100 = 0,1%

OU

Probabilidade da ingestão estar inadequada:

100 – 0,1 = 99,9%

Page 76: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Ingestão de folato do homem em

questão necessariamente deve ser

implementada, devido ao alto risco

de inadequação

Page 77: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

* DPint alto (CV = 60 ou 70%)

Vitamina A, C, E e B12, Carotenóides

* DPnec alto

Ferro para mulheres em idade fértil

* Inquérito alimentar de apenas 1 dia

Abordagem quantitativa não apropriada

(IOM, 2000)

Page 78: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Avaliação qualitativaAvaliação qualitativa

Se a média de ingestão do nutriente for:

Menor que a EAR: esta deve ser implementada

Entre a EAR e a RDA: existe risco de inadequação, e provavelmente a ingestão deva ser aumentada

Acima da RDA e um número expressivo de dias tiver sido avaliado: pouco provável que a ingestão seja inadequada

(IOM, 2000)

Page 79: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

EXEMPLO:

Ingestão média de vitamina C de um adolescente de 15 anos do sexo masculino é de 80mg, avaliada por uma seqüência de recordatórios alimentares por um período de 10 dias.

Considerando que a variação intrapessoal da ingestão é elevada em estudos populacionais de consumo alimentar (DPint = 93 mg), avalie QUALITATIVAMENTE a ingestão deste garoto. EAR = 63 mg E RDA = 75 mg

É possível que a ingestão seja adequada, porém deve haver cuidado para que a ingestão seja mantida diariamente

Page 80: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Para avaliar risco de excesso de ingestão de nutrientes

ULMagnésioIodoFósforoFerroSelênioManganêsCálcioVitaminas B6, D, A, C e E

FlúorZincoMolibdênioNíquelColinaNiacinaCobreFolato

z= média de ingestão – UL / (DPint/n)

(IOM, 2000)

Page 81: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Para avaliar ingestão excessiva do nutriente,

considerar:

Fonte do nutriente

Estado fisiológico do indivíduo

Período de tempo de ingestão habitual

aumentada do nutriente.

Page 82: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Micronutriente Formas

NiacinaNiacina Formas sintéticas obtidas de suplementos Formas sintéticas obtidas de suplementos e/ou alimentos fortificadose/ou alimentos fortificados

Vitamina B6 Todas as fontes

FolatoFolato Formas sintéticas obtidas de suplementos Formas sintéticas obtidas de suplementos e/ou alimentos fortificadose/ou alimentos fortificados

Colina Todas as fontes

Vitamina C Todas as fontes

Vitamina AVitamina A Somente vitamina A pré-formada Somente vitamina A pré-formada (encontrada em alimentos de origem (encontrada em alimentos de origem animal: ovos, leite e derivados, fígado e animal: ovos, leite e derivados, fígado e óleo de fígado de peixes)óleo de fígado de peixes)

Vitamina D Todas as fontes alimentares

Vitamina EVitamina E Qualquer forma de Qualquer forma de -tocoferol de -tocoferol de suplementos e/ou alimentos fortificadossuplementos e/ou alimentos fortificados

UL de UL de vitaminasvitaminas

(IOM, 2000)

Page 83: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

UL de UL de mineraisminerais e e eletrólitoseletrólitos

Micronutriente Formas

Cálcio Todas as fontes

Fósforo Todas as fontes

MagnésioMagnésio Somente a ingestão de agente Somente a ingestão de agente farmacológicofarmacológico

Ferro Todas as fontes

Zinco Todas as fontes

Iodo Todas as fontes

Selênio Todas as fontes

Cobre Todas as fontes

Manganês Todas as fontes

Flúor Todas as fontes

Molibdênio Todas as fontes

Sódio Todas as fontes

Cloro Todas as fontes

(IOM, 2000)

Page 84: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

A ingestão média de niacina de uma mulher de 21 anos em registro alimentar de 30 dias é de 7mg, mas utiliza um suplemento que oferece 37mg. Há risco de excesso para esta vitamina? Avaliar risco de excesso de niacina: Formas sintéticas obtidas de suplementos e/ou alimentos Formas sintéticas obtidas de suplementos e/ou alimentos fortificadosfortificados

Ingestão média= 7mg Suplemento = 37mgUL= 35mgDPint= 9mg n= 30

Resposta: UL: z= 37 - 35 / (9/30)

z = 2 / (9/5,47) = z = 2 / 1,64 z = 1,21

z= média de ingestão – UL / (DPint/n)

Page 85: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

A ingestão de niacina está excessiva com confiabilidade de 88,69% OU 11,31% de confiabilidade de que a

ingestão é segura

z=1,210,5 + 0,3869 = 0,8869

88,69%

Page 86: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Na ausência de deficiência clínica e/ou bioquímica de niacina que justifique o uso do suplemento nestes níveis, este deverá ser diminuído ou suspenso, devido ao alto risco de excesso.

Suplementação em níveis maiores que o UL

Page 87: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

O que fazer O que fazer com nutrientes com nutrientes cuja EAR aindacuja EAR ainda

não foi definida?não foi definida?

Page 88: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

z= média de ingestão – AI / DPint/n

AI disponívelSe a ingestão habitual:

Acima de AI - probabilidade de adequação

Abaixo do AI - Não é possível concluir nada

(IOM, 2000)

Page 89: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Cálcio:

AI = 1200mg

Ingestão média = 350mg

Está adequada a ingestão?

Ingestão < que a AI:Ingestão < que a AI:

Não se pode concluir nada quantitativamente, Não se pode concluir nada quantitativamente,

porém é necessário o aumento da ingestão de porém é necessário o aumento da ingestão de

cálciocálcio

Page 90: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Qual deveria ser a ingestão média de riboflavina em uma dieta de um homem de 45 anos para que se tenha uma

probabilidade de adequação de 95%?a- registro alimentar de 3 diasb- registro alimentar de 7 diasc- registro alimentar de 30 dias

EAR= 1,1mg

DPint= 1mg Vint= 1

DPnec= 10% x EAR = 0,11mg Vnec= 0,0121

Page 91: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Probabilidade de 95%

z= ???

0,95 = 0,5 + 0,45

z= 1,65

Page 92: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

a) 3 DIAS 1,65 = (y – 1,1) / 0,0121+ (1/3) 1,65 = (y – 1,1) / 0,345 0,5699 = y – 1,1 y= 1,67mg

b) 7 DIAS1,65 = (y – 1,1) / 0,0121+ (1/7) 1,65 = (y – 1,1) / 0,1549 0,2556 = y – 1,1 y= 1,36mg

c) 30 DIAS1,65 = (y – 1,1) / 0,0121+ (1/30) 1,65 = (y – 1,1) / 0,045 0,0749 = y – 1,1 y= 1,17mg

EAR = 1,1 mg RDA = 1,3 mg

Para que a ingestão avaliada em 3 dias atinja uma probabilidade de 95% em estar adequada, é necessário um consumo 30% maior que a RDA

Porém, quando avalia-se 30 dias o consumo pode ser próximo à EAR

DIMINUI OS ERROS DEVIDO À VARIABILIDADE DO CONSUMO!!!!

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Garantir que a dieta habitualmente consumida

foi planejada com um risco baixo (aceitável)

de inadequação de nutrientes e com risco mínimo

de excesso para todos os nutrientes para os quais

foram estabelecidos valores de DRIs.

Planejamento de dietas para Indivíduos

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Planejamento de dietas para Indivíduos

EER (considerar faixa de energia)

AMDR (para macronutrientes)

RDA (para micronutrientes)

Se não houver RDA, utilize AI

UL: guia para o limite de ingestão(Ingestão crônica de quantidades maiores pode aumentar riscos de efeitos adversos)

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Ingestão de energia e nutrientes

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www.nap.edu

Topics: Food and nutrition

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Clique em: Nutrition – Dietary Reference Intakes

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Relatórios completos das DRIs

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1. Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes: Applications in dietary assessment. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 2000.

2. Basiotis PP, Welsh SO, Cronin FJ, Kelsay JL, Mertz W. 1987. Number of days of food intake records required to estimate individual and group nutrient intakes with defined confidence. J Nutr 117:1638–1641.

3. Sempos CT, Johnson NE, Smith EL, Gilligan C. 1985. Effects of intraindividual and interindividual variation in repeated dietary records. Am J Epidemiol 121:120–130.

4. Tarasuk V, Beaton GH. 1991a. Menstrual-cycle patterns in energy and macronutrient intake. Am J Clin Nutr 53:442–447.

5. Tarasuk V, Beaton GH. 1992. Statistical estimation of dietary parameters: Implications of patterns in within-subject variation—A case study of sampling strategies. Am J Clin Nutr 55:22–27.

6. Beaton GH, Milner J, Corey P, McGuire V, Cousins M, Stewart E, deRamos M, Hewitt D, Grambsch PV, Kassim N, Little JA. 1979. Sources of variance in 24-hour dietary recall data: Implications for nutrition study design and interpretation.Am J Clin Nutr 32:2546–2559.

7. Van Staveren WA, Hautvast JG, Katan MB, Van Montfort MA, Van Oosten-Van der Goes HG. 1982. Dietary fiber consumption in an adult Dutch population. J Am Diet Assoc 80:324–330.

8. Barr SI, Janelle KC, Prior JC. 1995. Energy intakes are higher during the luteal phase of ovulatory menstrual cycles. Am J Clin Nutr 61:39–43.

Referências bibliográficasReferências bibliográficas

Page 100: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

9. Gibson RS, Gibson IL, Kitching J. 1985. A study of inter- and intrasubject variability in seven-day weighed dietary intakes with particular emphasis on trace elements. Biol Trace Elem Res 8:79–91.

10. Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for calcium, phosphorus, magnesium, vitamin D and fluoride. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 1997.

11. Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for thiamin, riboflavin, niacin, vitamin B6, folate, vitamin B12, pantothenic acid, biotin and choline. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 1998.

12. Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for vitamin C, vitamin E, selenium and carotenoids. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 2000

13. Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for vitamin A, vitamin K, arsenic, boron, chromium, copper, iodine, iron, manganese, molybdenum, nickel, silicon, vanadium and zinc. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 2001.

14. Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for energy, carbohydrate, fibre, fat, fatty acids, cholesterol, and protein and amino acids. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 2002

Referências bibliográficasReferências bibliográficas

Page 101: Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference.

Camila Japur

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