Curso de Acordeom

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Capítulo 1: História do Acordeom Sanfona Brasileira A sanfona brasileira é "parente" da concertina inglesa. Denominada acordeon, foi patenteada em Viena, em 1829, mas só adquiriu teclado 20 anos depois. Chegou ao Brasil, onde o fole de oito baixos do Nordeste já fazia história, com as imigrações italianas e alemãs e, aos poucos, foi conquistando povo e elite. Segundo o pesquisador Mário de Aratanha, a elite musical só aceitou o acordeon a partir de artistas refinados como Chiquinho do Acordeon e Orlando Silveira que, a partir do choro, espraiou o instrumento em arranjos que abrangeram vários estilos. Empenhado em um trabalho que une a sanfona aos instrumentos sinfônicos, Sivuca bate forte no preconceito: "Eu toco um instrumento bastardo. Ainda era garoto quando Villa-Lobos foi ao Recife em busca de talentos. Peguei minha sanfona e fui para lá. Quando cheguei, um menino trompetista me disse que ele não me receberia. Fui embora e perdi a chance de conhecê-lo. Se tivesse tocado, com certeza teria conseguido a bolsa de estudos", relembra. O acordeom foi desenvolvido por volta de 1829 em Viena (Áustria) Cirilus Demian. Anteriormente houveram várias construções mais rudimentares até o seu aprimoramento. Sua construção foi baseada num instrumento de sopro chinês chamado Cheng, com o mesmo sistema de palhetas. No século XIX ganhou mundo depois de passar pelas regiões de Stradella e Ancona na Itália, onde surgiram importantes fábricas como Paolo Soprani e Scandalli. Logo foi difundido por toda a Europa. Os primeiros registros da presença do instrumento no Brasil são do tempo da guerra do Paraguai, por volta de 1864. Mas ficou popular mais para o final do século XIX, trazido para o Brasil principalmente pelos imigrantes italianos. Foi um instrumento feito principalmente para a dança. No campo, os acordeonistas animavam bailes de aldeia em

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Capítulo 1: História do Acordeom

Sanfona Brasileira

A sanfona brasileira é "parente" da concertina inglesa. Denominada acordeon, foi patenteada em Viena, em 1829, mas só adquiriu teclado 20 anos depois. Chegou ao Brasil, onde o fole de oito baixos do Nordeste já fazia história, com as imigrações italianas e alemãs e, aos poucos, foi conquistando povo e elite. Segundo o pesquisador Mário de Aratanha, a elite musical só aceitou o acordeon a partir de

artistas refinados como Chiquinho do Acordeon e Orlando Silveira que, a partir do choro, espraiou o instrumento em arranjos que abrangeram vários estilos. Empenhado em um trabalho que une a sanfona aos instrumentos sinfônicos, Sivuca bate forte no preconceito: "Eu toco um instrumento bastardo. Ainda era garoto quando Villa-Lobos foi ao Recife em busca de talentos. Peguei minha sanfona e fui para lá. Quando cheguei, um menino trompetista me disse que ele não me receberia. Fui embora e perdi a chance de conhecê-lo. Se tivesse tocado,

com certeza teria conseguido a bolsa de estudos", relembra.

O acordeom foi desenvolvido por volta de 1829 em Viena (Áustria) Cirilus Demian. Anteriormente houveram várias construções mais rudimentares até o seu aprimoramento. Sua construção foi baseada num instrumento de sopro chinês chamado Cheng, com o mesmo sistema de palhetas. No século XIX ganhou mundo depois de passar pelas regiões de Stradella e Ancona na Itália, onde surgiram importantes fábricas como Paolo Soprani e Scandalli. Logo foi difundido por toda a Europa. Os primeiros registros da presença do instrumento no Brasil são do tempo da guerra do Paraguai, por volta de 1864.

Mas ficou popular mais para o final do século XIX, trazido para o Brasil principalmente pelos imigrantes italianos. Foi um instrumento feito principalmente para a dança. No campo, os acordeonistas animavam bailes de aldeia em

aldeia por toda a Europa e também no Brasil, principalmente no sul e no interior. Apesar de sua origem folclórica, o acordeon é capaz de executar qualquer estilo de música, como também música erudita e música de câmara que era muito comum nos anos 50, no seu auge, porque era moda executá-lo mesmo na sociedade mais refinada.

O acordeon caíra momentaneamente no esquecimento com a chegada do rock. No entanto nunca deixou de animar festas e bailes. Surpreendentemente o mesmo rock que o

derrubou vai ajudá-lo na sua reabilitação, principalmente na França. Atualmente vemos o acordeon reconquistando seu tão merecido lugar.

O Acordeom

No lado direito do acordeon encontra-se o teclado possuindo três oitavas, e o campo de registros (timbres de diferentes instrumentos como fagote, bandoneon, violino, clarineta, flauta, orgão e outros) que dependerá da potencialidade do instrumento interferindo na sua extensão. O fole é responsável pela dinâmica e interpretação da música, é através da abertura e fechamento do fole que trabalhamos a duração da nota , os efeitos de vibrato, a dinâmica, etc. No lado esquerdo encontram-se os bordões, os baixos, que variam desde 12 baixos para crianças até os profissionais de 120 baixos, também raridades de 140 baixos. Esses estão distribuídos de acordo com o círculo das quintas. O intervalo entre o baixo e o contrabaixo é de uma terça maior. Na diagonal os acordes apresentam-se nessa ordem: maior, menor, sétima e diminuta.

Há dois tipos de acordeom, o diatônico ou piano apresentado acima, e o cromático apresentando botões dos

dois lados, sendo que no lado direito a disposição dos botões segue a ordem das escalas cromáticas. Além desses tipos, hoje existe o acordeon de baixo solto que é construído como o campo esquerdo do piano, sendo possível formar acordes mais sofisticados.

Os livros de história chinesa contam que por volta de 3000 a.C, durante o reinado do legendário "Imperador Amarelo", foram feitos diversos inventos. Tais como: o dinheiro, barcos e botes e sacrifícios religiosos. Huang Ti, o

Imperador Amarelo, ordenou que um estudante, Ling Lun, fosse para para o lado oeste de uma montanha que abrangia o seu domínio a fim de encontrar um meio de reproduzir o canto de um pássaro denominado fênix. Ling retornou com o Cheng (ou Sheng). Entre lenda e realidade, foi o primeiro passo para a criação do acordeon. O Cheng é o primeiro instrumento de que se tem notícia a utilizar o princípio da vibração de palhetas, que é base do acordeon. Ele tem entre 13 e 24 tubos de bambu (taquara para os gaúchos), uma pequena cabaça (

nem tenho idéia do que seja isso ) ligada a uma caixa que na qual o ar faz vibrar a cabaça. Outros instrumentos usando ésta técnica foram desenvolvidas no Egito antigo e na Grécia. Virtualmente não modificado através dos séculos, o Cheng atraiu a atenção de fabricantes europeus de instrumentos musicais e foi introduzido na Europa por volta de 1777. Buschman ( Alemanha ), em 1821, baseando-se nele

construiu o Handeoline, o qual continha uma caixa com fole e teclado. Surge o primeiro instrumento realmente parecido com os modernos acordeões. Em 1829, Cyrillus Damian, um vienense, adicionou acordes aos baixos e patenteou o novo instrumento como Acordeon. Um impresso de 1835 ( escrito por Adolph Muller ) listava seis variedades de acordeões, todos diatônicos e nas tonalidades de Dó, Sól ou Ré. Fatos curiosos foram observados nessa época, existiam modelos em que os baixos eram acionados pelos pés, em outros era necessária a presença de outra pessoa para empurrar ar para dentro do instrumento ( ao menos era

isso que dizia o texto original ) e outras loucuras do gênero. A fabricação em grande escala, começou na década de 1860, muitos desses fabricantes são familiares ainda hoje. Hohner, Paolo Soprani e Stradella foram as pioneiras. O desenvolvimento continou em passo acelerado, e importantes modificações foram feitas. O teclado de piano foi introduzido em 1863 facilitando a execução musical. Outra modificação foi o sistema "Stradella" de baixos, que é o padrão utilizado hoje em acordeões de todos os tipos que

contenham mais de doze baixos. Além disso, o sistema de "registros" foi um dos grandes denominadores na popularização do acordeon, ele consiste em teclas que mudam o som do instrumento deixando-o mais pesado ( encorpado ), para as partes mais "entusiasmadas" das músicas, ou mais leve , para partes mais "calmas". Com todos estes adicionais, não é surpresa que o acordeon tenha se popularizado tanto. Hoje, são tocadas músicas de vários instrumentos nele. Muitos compositores renomados já se utilizaram-no em concertos, tais como: Tchaikovsky,

Berg, Paul Creston, Henry Cowell, Walter Riegger, Alan Hovhaness, Tito Guidotti, Lukas Foss, James Nightingale, William Schimmel, Ole Schmidt, Tjorborn Lundquist, Hugo Hermann, Richard Rodney, Bennett Douglas Ward, Wolfgang Jacobi, Nicolas Tchaikin. Além disso, muitos grupos de rock: The Beatles, Billy Joel, Neil Diamond, the Rolling Stones, Emerson, Lake & Palmer, Jimmy Webb, the Beach Boys, Bob Dylan e Nenhum de Nós ( banda gaúcha de rock ).

Capítulo 2: 1° aula técnica de Acordeom

Nesse capítulo começaremos a explicar mais

aspectos técnicos desse aprendizado do Acordeom.

Preste atenção pois a maior parte dessa lição será

em formato de imagens para fixar mais na mente dos nossos alunos, ok?

Capítulo 2: 1° aula técnica de Acordeom

OBS: a marcação da baixaria: macete" vc encontra

na parte superior e inferior um relevo em forma de

cruz (+)na parte superior esse relevo indica a nota

MI da fundamental e na parte inferior e nota la

bemol. ao meio está um relevo para dentro, se

encontra a nota dó da fundamental. a partir daí

pode-se guiar pelo circulo das quintas já citado por mim na explicação da mão esquerda.

ERRATA: Na figura acima onde está Sib substitua por La, pois veio grifado errado.

OBS: para melhor aprender a movimentar-se nos

baixos é preciso compreender os intervalos das escalas = teoria musica

Capítulo 3: O Fole

Nos capitulos anteriores demonstramos

técnicamente algumas partes do acordeon. Neste

capítulo iremos abordar mais a fundo uma parte muito importante deste instrumento: o Fole.

O fole é o pulmão do acordeon. Podemos dizer

também que seu movimento está para o acordeom assim como o diafragma está para o cantor.

É feito de papelão grosso especial, dobrado em

gomos. As dobras são forradas com pano especial e

os cantos são reforçados e cobertos com

cantoneiras de metal. É preso, de um lado, na caixa

do teclado, e do outro lado, na caixa dos baixos. (desenho)

O perfeito manejo e controle do fole nos permite

utilizar vários recursos de expessão e interpretação

como: forte / piano; stacatto / legatto. Isto porque

as notas do acordeom são feitas com palhetas de

metal e o som é produzido pelo ar que passa pelas

válvulas dessas palhetas (juntamente com a pressão das notas dedilhadas).

O pulso da mão esquerda, deslizando entre a

correia e a caixa dos baixos, regula o movimento do

fole. Segundo Mário Mascarenhas, é na pressão do

ar contido em seu interior que está o segredo para

uma boa execução – pequenas pressões contra o ar

produzem a intensidade que se quer. Quanto maior for a pressão, mais alto será o som.

Importantíssimo para um bom domínio do

instrumento é conhecer o mecanismo de produção

do som das notas. Enquanto no teclado cada nota

possui uma única haste de metal , nos baixos o

mecanismo é mais complexo. Cada nota (

fundamental ou contrabaixo) vibra quatro ou cinco

oitavas simultaneamente, assim como cada botão

dos acordes faz soar quatro ou cinco notas juntas.

Isto que dizer que a sonoridade dos baixos é muito

mais forte que a das notas do teclado. Para que as

palhetas dos baixos soem simultaneamente, é

preciso que o movimento do fole seja feito com

firmeza e precisão. Para que o som dos baixos não

cubra a melodia da mão direita, é necessário um

domínio da pressão do ar que se manda para os

baixos e para o teclado . Somente a prática e a

observação minuciosa de cada movimento

executado poderão fazer o aluno dominar este mecanismo tão peculiar.

O fole deve se aberto em forma de leque, mais

fechado em baixo. Ao fechar o fole, fazemos o

movimento inverso, fechando em cima. Quando

tocamos sentados, devemos apoiar o teclado na

perna direita e a caixa dos baixos na perna esquerda, deixando o fole mais ou menos livre.

Na parte superior da caixa dos baixos, do lado

externo, junto à correia do pulso, está o botão

geral de ar. Quando pressionado (com o polegar

da mão esquerda),elimina todo o ar do fole,

permitindo abrir e fechar o acordeon sem produzir

nenhum som.

Capítulo 4: Mão Esquerda - Os Baixos

Neste capítulo abordaremos tudo sobre a escrita

musical da mão esquerda. Preste bastante atenção,

visto que esse é um assunto fundamental para o

prosseguimento de seus estudos:

Escrita musical da mão esquerda:

1) Usamos a clave de fá na quarta linha.

2) A extensão real dos baixos vai de dó a si

O dó que completa a oitava é o mesmo dó inicial, ou

seja, tocamos o mesmo botão. Como as notas

(baixos e contrabaixos) possuem em si três ou

quatro oitavas (conforme vimos na última aula),

quando tocamos o segundo dó temos a impressão de que ele é mais agudo.

3) Como os acordes da mão esquerda já estão

prontos, ou seja, se você quer o acorde de dó maior

basta apertar um botão que este botão aciona as

notas correspondentes ao acorde lá dentro da caixa,

não há necessidade de se escrever todas as notas

do acorde. Então usamos a seguinte convenção:

- até a 3ª linha da pauta escrevemos as notas

referentes aos baixos e contrabaixos; os

contrabaixos são assinalados com um tracinho

embaixo da nota ou do dedilhado;

- quando há um solo nos baixos e a escrita

ultrapassa a 3ª linha, usa-se colocar, no início do

solo, as iniciais maiúsculas B.S. que quer dizer "solo

dos baixos";

- da 3ª linha para cima, as notas representam os

acordes. Se o acorde for maior, não se escreve

nada em cima da nota. Se for menor, indicamos

com um m. Se for acorde de sétima da dominante,

colocamos um 7. Se for diminuto, escevemos dim.

- A terceira linha, portanto, serve para escrever os

baixos e contrabaixos e também os acordes.

Exemplo:

- para saber qual é o acorde a ser executado, temos

que nos guiar pela nota correspondente ao acorde,

pois o baixo pode mudar.

Exemplo:

E agora, depois de tanto blá blá blá, que tal

começarmos a praticar um pouco?

Vamos lá, ouça com atenção as gravações

correspondentes ao que está escrito nas pautas

abaixo e depois tente tocar. Os números colocados

abaixo das notas referem-se ao dedilhado, ou seja

aos dedos que devem ser usados para tocar cada

botão.

Ah, só mais uma observação.

- em geral, os baixos e contrabaixos se tocam com

o 4º dedo;

- os acordes maiores, com o 3º dedo; os menores e

os de sétimas, com o 2º dedo;

- o 5º dedo se usa para os baixos e contrabaixos

mais distantes;

- o 1º dedo (polegar) e usado apenas como apoio e também para apertar o botão geral de escape do ar.

Exercício nº 1. Ritmo de valsa. Dó maior

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Exercício nº 2. Ritmo de valsa. Dó menor

Capítulo 5: Vamos juntar as mãos?

Agora que você já praticou bastante o ritmo de

valsa na mão esquerda, vamos começar a juntar as

mãos. Os seis primeiros exercícios que preparei para hoje são muito fáceis. Veja só:

vamos utilizar apenas as cinco primeiras notas

da escala de dó maior – dó, ré, mi, fá, sol.

o dedilhado (ou seja, o dedo que você deve

usar para tocar cada nota) encontra-se em

cima das notas.

você deve tocar bastante somente a mão

direita antes de tentar juntar com os baixos.

Esse é o passo mais difícil para quem está

começando a tocar o acordeom: a coordenação

entre a mão esquerda, que além de executar as

notas também tem que coordenar o movimento

de entrada e saída de ar no fole, e a mão

direita. Por tanto, não canso de repetir:

ESTUDE MUITO A MÃO DIREITA ANTES DE

TENTAR JUNTAR COM OS BAIXOS.

a mão direita deve ficar o mais relaxada

possível, os dedos um pouco flexionados,

levemente pousados sobre as teclas.

tente juntar um compasso de cada vez. Vá com

calma e lembre-se que novos mecanismos

levam um certo tempo para serem

automatizados pelo nosso cérebro. Depois de

treinar bastante, quando a gente menos

espera, o movimento acontece. É como

aprender a andar de bicicleta, ou a dirigir um

automóvel.

os seis exercícios de hoje estão em dó maior. A

melodia (mão direita) foi feita em cima daquela

seqüência de baixos que você já estudou na

última aula.

comece tocando bem devagar, ouvindo a

gravação. Quando se sentir bem seguro,

comece a tocar mais rápido. então, mãos à obra e boa sorte!

Vamos juntar as mãos, pessoal?

Seis exercícios preliminares em dó maior

Exercício preliminar nº 1.

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Exercício preliminar nº 2.

Capítulo 5: Vamos juntar as mãos? - Continuação

Exercício preliminar nº 3.

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Exercício preliminar nº 4.

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Exercício preliminar nº 5.

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Exercício preliminar nº 6.

Capítulo 6: Vamos juntar as mãos em Dó

menor ?

Vamos continuar com nossos Exercícios

Preliminares, que estão nos preparando para as futuras músicas que tocaremos.

Continuaremos utilizando as cinco primeiras notas

da escala e o mesmo dedilhado. Só que hoje vamos

utilizar a escala de dó menor. Isso mesmo! Serão os

mesmos Exercícios Preliminares, só que tocaremos

o mi bemol ( a nota preta que fica entre o ré e o

mi). È que a escala de dó menor possui três bemóis: o si bemol, o mi bemol e o lá bemol.

O mecanismo de estudo continua o mesmo: praticar

primeiro a mão direita, bem devagar. Aos poucos

vai acelerando o andamento. Juntar a mão esquerda quando estiver tocando sem errar.

Já que utilizei o recurso de transformar em dó

menor os exercícios preliminares das aulas

anteriores, aproveitem para observar e perceber a diferença entre um tom maior e um tom menor.

Por hoje é só. Continuem enviando seus e-mails

com sugestões e notícias sobre o aprendizado de vocês.

Vamos juntar as mãos em tom menor?

Seis exercícios preliminares em dó menor (Cm)

Exercício preliminar nº 1.

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Exercício preliminar nº 2

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Exercício preliminar nº 3.

Capítulo 6: Vamos juntar as mãos em Dó

menor ?- Continuação

Exercício preliminar nº 4.

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Exercício preliminar nº 5.

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Exercício preliminar nº 6.

Capítulo 7: Vamos tocar essa música ?

Olá pessoal, no capítulo desse mês vamos estudar uma valsa muito interessante.

- A mão esquerda é muito fácil, utilizamos apenas os seguintes acordes:

Fá maior (fica embaixo do Dó)

Si bemol maior e Si bemol menor (embaixo do

Fá)

Dó sétima

- Já na mão direita, você vai necessitar de mais estudo. O procedimento é o mesmo:

estudar bastante a mão direita separadamente,

antes de juntar com a mão esquerda. Os

números que se encontram em cima das notas

referem-se aos dedos que devem tocar cada nota (dedilhado).

Espero que vocês sejam persistentes e tenham logo um bom resultado.

Vamos a Valsa:

Capítulo 8: Acompanhamento para músicas em

compasso binário e/ou quartenário

O triângulo na mão esquerda

Chamamos de triângulo a uma forma básica de

acompanhamento que serve para músicas em

compasso binário ou quaternário. Recebe esse

nome porque a seqüência de notas que tocamos

forma mesmo o desenho de um triângulo conforme

você pode observar nos gráficos que se seguem.

Basta seguir o esquema abaixo e você conseguirá

tocar. Depois ouça a gravação do triângulo em dó

maior . Pratique bem só a mão esquerda. Por fim

toque a música que se segue.

Boa sorte!

Triângulo de dó maior nos baixos

!º) com o 4º dedo toca a nota dó

2º) com o 3º dedo toca o acorde de dó maior

3º) com o 2º dedo toca a nota sol

4º) com o 3º dedo toca de novo o acorde de dó maior

Triângulo de fá maior

!º) com o 4º dedo toca a nota fá

2º) com o 3º dedo toca o acorde de fá maior

3º) com o 2º dedo toca a nota dó

4º) com o 3º dedo toca de novo o acorde de fá maior

Triângulo de sol 7

!º) com o 4º dedo toca a nota sol

2º) com o 2º dedo toca o acorde de sol 7

3º) com o 3º dedo toca a nota ré

4º) com o 2º dedo toca de novo o acorde de sol 7

Triângulo em C Mão Esquerda

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Juntando a mão Direita

Capítulo 9: Praticando o Triângulo

Olá, queridos internautas

Desculpem a minha ausência neste último mês.

Precisei resolver alguns problemas particulares que

me tomaram muito tempo. Agora que já está tudo bem,vamos retomar as nossas aulas.

Como tiveram bastante tempo para estudar o triângulo, devem estar craques , não é mesmo?

Hoje trouxe pra vocês duas canções que todo

brasileiro conhece, com certeza, e que podem ser acompanhadas com o triângulo na mão esquerda.

A primeira é uma cantiga de roda: A canoa virou.

Vocês podem reparar que o ritmo é de uma

marchinha, em compasso binário. Vocês podem

aproveitar para tocar outras marchinhas que vocês conhecem usando o triângulo na mão esquerda.

A segunda música é de Lupicínio Rodrigues e

chama-se Felicidade. Está escrita em compasso

quaternário, por isso escrevemos o

acompanhamento na mão esquerda em semínimas.

Mas é só a forma que muda. O sistema de

acompanhamento é o mesmo triângulo que vocês já aprenderam.

Então, vejam a partitura e ouçam o som.

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Capítulo 10: Triângulo em Tom Menor

Hoje vamos aprender como se tocam os acordes

menores usando o triãngulo. O dedilhado é igual ao

que usamos para tocar o triângulo com acorde de

sétima, só que não esticamos tanto o segundo

dedo. Vejam o quadro abaixo que vocês vão

entender logo logo. Vamos começar com o acorde

de lá menor, que é o tom relativo de dó maior ou

seja, é o tom menor que possui a mesma armadura

de clave de dó maior. Se você não sabe ainda o que

é um tom relativo, vale a pena dar uma olhada em algum livro de teoria musical.

Triângulo de lá menor nos baixos

!º) com o 4º dedo toca a nota lá

2º) com o 2º dedo toca o acorde de lá menor

3º) com o 3º dedo toca a nota mi

4º) com o 2º dedo toca de novo o acorde de lá menor

Triângulo de ré menor

!º) com o 4º dedo toca a nota ré

2º) com o 2º dedo toca o acorde de ré menor

3º) com o 3º dedo toca a nota lá

4º) com o 2º dedo toca de novo o acorde de ré menor

Triângulo de dó menor

!º) com o 4º dedo toca a nota dó

2º) com o 2º dedo toca o acorde de dó menor

3º) com o 3º dedo toca a nota sol

4º) com o 2º dedo toca de novo o acorde de dó menor

Capítulo 10: Triângulo em Tom Menor

(Continuação)

Depois de praticar bem só a mão esquerda, toque a

pequena melodia que se segue para exercitar as duas mãos.

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Agora você vai aprender a tocar uma das músicas

brasileiras mais belas, tanto no que se refere à

melodia, quanto a letra, que é poesia pura. Vai

exigir um pouco mais de estudo. Comece tocando

só a mão direita, bem devagar. Os números abaixo

das notas referem-se ao dedilhado. Depois junte as

mãos, bem devagar. Essa música pode ser tocada

bem lenta ou mais rápida. Depende da interpretação de cada um.

Capítulo 11: Rimo Ternário(como acompanhar

a melodia)

Oi, pessoal

Aqui estamos nós com mais novidades para vocês.

Hoje vamos voltar ao ritmo ternário e estudar uma

valsa brasileira bem antiga. O critério que estou

usando para a escolha de uma música para o curso

é que ela seja de boa qualidade, que talvez possa

ser conhecida por ser tradicional, que possa ser

tocada com uma harmonia simples e cuja melodia

seja de fácil execução. O objetivo é que vocês

conheçam os recursos que o instrumento oferece e

possam partir para a escolha do seu próprio repertório.

A novidade de hoje refere-se a como vamos

acompanhar a melodia. Vocês estão lembrados

daquela aula em que estudamos a forma de

escrever os baixos? Lembram dos exemplos? Pois

hoje vamos aplicar aquele conhecimento. Nós

dissemos que, até a terceira linha da pauta

escrevemos as notas. A partir da terceira linha

escrevemos os acordes. Podemos tocar um acorde

invertido (por exemlo: Cm/Eb, ou seja, quero tocar

um dó menor com o baixo em mi bemol).Então eu

escrevo, na pauta dos baixos, o mi bemol numa

linha suplementar inferior e, na linha suplementar

superior eu escrevo o dó, com um "m" em cima,

para indicar que o acorde é menor. É isso que vai

acontecer com o acompanhamento da valsa de Gastão Lamounier. Teremos três tipos de acordes;

* acorde na posição fundamental --- Gm; Dm; A7; D7.

acorde invertido ----- Gm/Bb (sol menor com o baixo em si bemol, que será tocado

(3ª menor no baixo) com o 5º dedo, conforme está explicado na pauta. Você tem

que abrir um pouco a mão para alcançar o si bemol, que fica

em baixo do fá)

Dm/F ( o mesmo procedimento)

acorde invertido ------- A7/C# ( a terça maior fica na fileira dos contrabaixos, atrás

(3ª maior no baixo) do lá. É tocado com o 4º dedo).

acorde invertido-------A7/E ( a 5ª do acorde é a nota imediatamente superior à nota

(5ª no baixo) fundamental do acorde. É tocada com o 3º dedo.

Então, o que muda é o baixo: pode ser a nota

fundamental do acorde ou não. Agora, o acorde,

continua o mesmo. A cifra Gm/Bb eu toco: si bemol,

acorde de sol menor duas vezes, e assim por diante.

Estas explicações estão também na pauta.

Aqueles que possuem um acordeom pequeno, sem

os contrabaixos, podem tocar o acorde no estado

fundamental.

Espero que vocês tenham entendido !

Capítulo 12: Rimo Ternário(como acompanhar

a melodia)

Prezados alunos

Depois desta longa ausência,por motivos alheios à

minha vontade, estamos de volta ao nosso mini

curso de acordeom. Hoje vamos falar de um

assunto muito interessante. Todos já devem estar

tocando muito bem o triângulo. Com certeza já

pesquisaram músicas que podem ser acompanhadas

por ele. Pois bem: fazendo algumas mudanças na

estrutura rítmica do triângulo, podemos usa-lo para

tocar uma infinidade de ritmos, brasileiros ou não. É isso que vamos começar a ver na aula de hoje.

1) Para tocar marcha-rancho, ciranda de

Pernambuco ou marchinha de carnaval, podemos usar a seguinte variação :

OBS. Como você pôde observar, ás vezes tocamos

os dois compassos que formam esta estrutura

rítmica com um mesmo acorde, às vezes tocamos

cada compasso com um mesmo acorde. Depende da harmonia da música.

O exercício que se segue é para ser tocado somente

com os baixos. Vocês devem estar muito firmes com esse ritmo antes de tocar qualquer música.

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E , como o carnaval já está bem próximo, que tal

aprendermos algumas marchinhas tradicionais do carnaval carioca?

ALLAH-LA-Ô ( Haroldo Lobo e Nássara)

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Allah-la-ô ô ô ô ô ô ô ô

Mas que calooooooor

Atravessamos o deserto do Saara

O sol estava quente

E queimou a nossa cara

Allah-la-ô ô ô ô ô ô ô ô

Mas que calooooooor

Viemos do Egito

E muitas vezes nós tivemos que rezar

Alá, Alá, Alá meu bom

Alá Mande água pra Ioiô

Mande água pra Iaiá

Alá meu bom Alá

Allah-la-ô ô ô ô ô ô ô ô Mas que calooooooor

OBS. As marchinhas de carnaval também podem

ser tocadas com o triângulo simples. Depende do

andamento que você quer tocar, da interpretação que você vai dar

Capítulo 13: Praticando com músicas

Prezados alunos

Aproveitando o ritmo que estudamos na última

aula, hoje vamos aprender uma ciranda do folclore

de Pernambuco.Chama-se Praia de Janga e a letra segue abaixo.

PRAIA DE JANGA

Eu fui à praia de Janga

Pra ver a ciranda No seu cirandar.

O mar estava tão belo

E um peixe amarelo

Eu vi navegar

Não era peixe, não era Era Iemanjá,

rainha Dançando a ciranda, ciranda (bis ) No meio do mar

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Boa sorte e divirtam-se com esta nova música

Um grande abraço à todos, bom estudo e até breve com mais novidades!

Fáthima Rodrigues

Dúvidas, sugestões e maiores informações sobre o curso:

[email protected]

Até os próximos capítulos!!!

LIMPEZA DO INSTRUMENTO

*Manter a limpeza de seu instrumento é um dos fatores mais importantes para que a qualidade dure por um maior tempo.Existem à

venda produtos específicos para limpeza de instrumentos, corpo, escalas, cordas, etc. Recomendo que use sempre o material recomendado pelo fabricante (que pode variar

conforme o tipo de acabamento e material do instrumento). A maioria dos fabricantes recomenda cera de carnaúba para limpeza do

corpo e escala e a mesma pode ser encontrada em boas lojas de música. Nunca passe qualquer produto num instrumento.

Antes de limpar seu instrumento com algum produto, consulte algum técnico no assunto para que ele mostre a sua opiniao sobre o material de limpeza adequado.

*Jamais use produtos abrasivos (como cera

de carro) ou solventes. Na falta de material adequado use um pano seco ou um pano

levemente umedecido. Aconselho a limpeza

total do instrumento quando você for trocar o encordamento pois fica mais fácil de se limpar todo o equipamento, principalmente a escala.

* Se algum parafuso estiver enferrujando ou

se já estiver enferrujado, retire-o de seu instrumento e passe esponja de aço (BomBril) seca no parafuso. Você pode passar na escala Poliflor, que é usado também para limpar

móveis. Para partes de difícil acesso utilize um cotonete.

* E para complementar o trabalho, no final passe em todo o instrumento uma flanela seca

que não solte muitos "fiapinhos". Sempre que acabar de tocar passe um pano seco nas cordas para retirar a sujeira e células mortas

de seus dedos, assim elas irão durar mais tempo e enferrujarão mais tarde. Lembre-se: Mantendo sempre as cordas limpas e novas, a qualidade do som é bem mais destacada.

COMO EVITAR PROBLEMAS COM SEU EQUIPAMENTO

Você que toca um instrumento musical ou pretende comprar um, deve dar muita atenção a ele. Até mais do que você pensa.

Abaixo estão algumas dicas para que seu violão ou guitarra dure bastante tempo em suas mãos sem ter grandes problemas com o mesmo.

* Nunca deixe seu instrumento musical jogado

em um canto qualquer de sua casa. Procure limpá-lo antes de guardar. Guarde de preferência e em um case ou numa capa

própria pro equipamento. Se você toca todos os dias, compre um apoio próprio para o seu instrumento, assim quando você acabar de

tocar, limpe as cordas e coloque seu instrumento neste apoio. Se não tiver apoio, deixe o instrumento de cordas para baixo em uma superfície, ou se for encostado em uma

parede, deixe as cordas viradas para a parede.

* Nunca deixe seu instrumento no sol, mais precisamente em ambientes que se

encontrem em altas temperaturas, com muito calor. O calor irá empenar o braço do instrumento.

* Nunca deixe também seu instrumento na chuva (se deixar, nunca seque-o no sol, como

citado acima). A chuva ou até mesmo o sereno irá prejudicar as partes elétricas do instrumento e as cordas, pois em regiões com

muita umidade, há uma grande dificuldade de afinação.

* Mantenha seu instrumento sempre limpo.

* Use cabos e conectores de qualidade, e nunca pise sobre eles. Ao enrolar os cabos

para guardar, siga as formas de enrolamento que vieram quando novos.

* Nunca envolva seu pedal ou pedaleira com plástico, pois com ele, fica impossível a ventilação do equipamento. Nunca toque na chuva também.

* Verifique a voltagem do lugar que for tocar, pois caso esta seja maior do que o seu equipamento suporta, este certamente será danificado.

* Tome muito cuidado ao transportar

amplificadores valvulados, eles são extremamente sensíveis.

CUIDADOS A SEREM TOMADOS

Se mal empregadas as técnicas a seguir podem prejudicar seu instrumento. A partir de

agora não me responsabilizo por nenhum tipo de dano e não recomendo a execução dos procedimentos a seguir a pessoas que não tenham um mínimo de prática e conhecimento

do assunto. Achei isso em alguns livros sobre instrumentos elétricos e em algumas hps internacionais e portanto, em caso de

dúvidas, procure o auxílio de um luthier (profissional que resolve problemas em instrumentos musicais). Entre estes, porém

como em qualquer outra profissão, existem os bons e maus profissionais. Procure

referências. Apenas lembrando alguns

detalhes importantes que não devem ser esquecidos:

a) Cuidado com o acabamento de seu instrumento ao trabalhar com chaves sobre

ele. Lembre-se de colocá-lo em uma superfície que não o arranhe e onde o mesmo fique apoiado firmemente.

b) Execute os ajustes com muita paciência acompanhando cuidadosamente o resultado.

Prefira executar um ajuste aos poucos, em intervalos pequenos. Alguns ajustes executados erradamente conforme dito podem

prejudicar seu instrumento. Em alguns casos como o ajuste de tensor do braço o prejuízo pode ser irreversível.

c) O uso de material inadequado (chaves de

fenda quando deveriam ser usadas chaves allen, por exemplo) podem estragar a peça a ser ajustada. O investimento para a compra de um bom jogo de chaves adequado para ajustes em instrumentos é mínimo.

d) Tenha em mente que a execução de um ajuste vez por outra pode tornar necessária a execução de outros. Por exemplo, ao fazer um

ajuste de ponte para aproximar as cordas do braço do instrumento pode ser necessário um novo ajuste de tensor para evitar o trastejamento que por sua vez pode gerar um

novo ajuste de afinação na ponte. De maneira

geral, porém os ajustes podem ser feitos isoladamente.

e) Tenha em mente que os ajustes se executados erradamente podem piorar o

problema que você deseja corrigir ou criar novos problemas.

f) Na dúvida não tente o ajuste sozinho, peça a ajuda de alguém mais experiente ou mesmo entregue seu instrumento a um profissional.

O equipamento mínimo necessário para a execução dos ajustes a seguir consiste em:

a) Um bom jogo de chaves de fenda, de estrela e principalmente chaves allen (as mais usadas em ajustes de ponte e tensor,

podendo ser encontradas em boas lojas para músicos. A maioria das marcas já oferecem estas chaves junto com o equipamento.

b) Um bom afinador cromático para testes de afinação.

PROBLEMAS E SOLUÇÕES

Problema: cordas muito afastadas do

braço em guitarras ou violão elétrico, gerando desconforto ao tocar.

*Para aproximar as cordas do braço usa-se o ajuste de altura da ponte.

*Na maioria das guitarras o ajuste de

distância entre as cordas e o braço é feito para cada corda separadamente através de dois pequenos parafusos que controlam a altura de cada corda.

*Em pontes de guitarras do tipo Les Paul ou similares são comuns apenas dois parafusos para o controle da altura de toda a ponte, afastando ou aproximando do braço todas as cordas de uma só vez.

*Ao executar este ajuste tenha em mente que uma distância muito pequena entre as cordas e o braço, embora mais confortável, pode

gerar o problema conhecido como trastejamento que prejudica demasiadamente o som do instrumento gerando sons "fantasmas" bastante incômodos.

Problema: cordas muito próximas do braço, gerando ruído de trastejamento.

*Trata-se do problema mais comum em guitarras.

*Geralmente pode ser feito um pequeno ajuste na ponte inverso ao explicado acima

para aumentar um pouco a distância entre as cordas e o braço. Caso seja necessária uma distância grande demais entre as cordas e o

braço para evitar o trastejamento, é possível

que o braço do instrumento esteja com problemas.

*Um outro problema que pode gerar trastejamento é o desgaste do capotraste, peça de plástico, marfim ou osso próxima a

extremidade do braco, por onde passam as cordas. Em instrumentos antigos, com a afinação constante e o atrito das cordas sobre o capotraste, o mesmo pode se gastar,

fazendo com que a corda o corte e permitindo que a corda fique mais próxima aos trastes, gerando trastejamento. Pode-se trocar o

capotraste ou (a título de experiência) retirá-lo (a maioria fica solta quando afrouxadas todas as cordas) e colocá-lo novamente sobre

uma camada de papel ou papelão (para que fique um pouco mais alto, afastando um pouco as cordas do braço).

*Os capotrastes de osso ou marfim (comuns em instrumentos mais antigos) podem

também se deteriorar (esfarelando e permitindo que as cordas fiquem mais próximas dos trastes) em virtude de contato com o óxido das cordas.

*Em alguns modelos de guitarras e baixos existe uma peça de metal responsável por puxar para baixo algumas cordas de forma

que melhore o contato das mesmas com o capotraste. Quando retirada esta peça podem ocorrer problemas de trastejamento.

Colocacão errada das cordas (quando presas

na parte de cima da tarracha ao invés da parte inferior) podem também gerar problema semelhante.

Problema: cordas que não afinam ou que perdem a afinação rapidamente.

*A causa mais comum e óbvia são cordas de má qualidade. Se for este o caso troque de marca.

*Um outro problema muito comum mesmo

entre músicos com alguma experiência é a falta de cuidado quanto a colocação da corda na tarracha. Uma má colocação (geralmente poucas voltas sobre a tarracha) pode gerar

falta de contato entre corda e tarracha permitindo que a corda se afrouxe.

*A sua maneira de tocar pode influenciar definitivamente na perda da afinação

principalmente se em conjunto com os problemas acima.

*Consta entre alguns guitarristas e violonistas a informacão de que umidade excessiva pode prejudicar a afinação. Exemplos: tocar em

ambientes próximos ao mar ou próximos a máquinas de gelo seco.

Problema: cordas isoladas afinam

perfeitamente mas ao afinar uma corda as desafinam.

*É natural que ao afinar uma corda com o aumento de tensão todas as outras cordas se

afrouxem um pouco (devido ao corpo e braço do instrumento naturalmente cederem um pouco à nova tensão se encurvando). Isso é fácil de perceber quando se têm todas as

cordas desafinadas e se afina uma por uma. Após afinar a última corda é necessário reafinar todas as outras já afinadas. De forma

geral, porém, isso só precisa ser repetido uma ou duas vezes no máximo.

*Este problema se complica em caso de guitarras com ponte flutuante (com alavanca).

Visto que a ponte flutuante normalmente cede com o aumento de tensão em uma corda, as outras cordas tendem a afrouxar, desafinando, o que não ocorre na mesma

intensidade em instrumentos de ponte fixa (onde apenas o braço e corpo do instrumento cedem à tensão das cordas conforme explicado).

*Caso a ponte esteja muito frouxa (macia) obviamente irá ceder mais à tensão das cordas que estão sendo afinadas. Em alguns

casos torna-se impossível afinar corretamente o instrumento sem que se aumente a tensão na ponte.

Problema: as cordas estão perfeitamente afinadas quando soltas ou quando nas casas mais externas, porém desafinadas quando se toca na mais interna do braço.

*Neste caso é necessário o ajuste do

comprimento das cordas na ponte (também conhecido por ajuste de oitava).

*A maioria das pontes tanto de guitarras possui um ajuste em cada corda que permite

que o descanso da mesma seja deslizado para frente ou para trás, encurtando ou aumentando o comprimento da corda.

Geralmente este ajuste é feito por um pequeno parafuso paralelo à corda que prende o descanso da mesma à ponte. Em caso de algumas pontes flutuantes o leito de cada

corda deve ser apenas solto (afrouxando um parafuso ou dois que o prendem) e deslizado manualmente sendo posteriormente preso de novo.

*Este ajuste de comprimento das cordas é necessário para que a corda esteja afinada tanto na posicão solta como quando apertada em qualquer traste.Trata-se de um erro muito

comum entre músicos iniciantes (ou nem tanto) ajustarem a ponte de forma que todos os leitos de todas as cordas fiquem alinhados,

o que gera uma melhor aparência (e por outro

lado impede que o instrumento seja corretamente afinado).

*O procedimento (individual para cada corda) para verificar este ajuste em um instrumento consiste no seguinte. É recomendado

obviamente o uso de um afinador cromático para precisão no teste.

a) Afine perfeitamente a corda solta.

b) Aperte a corda na décima segunda casa (geralmente diferenciada). Apertando a corda na décima segunda casa você deverá gerar a

mesma nota da corda solta (o que deve ser verificado no afinador cromático). Obviamente a nota deverá ser a mesma uma oitava acima

(12 meios tons), o que não faz diferença para o afinador cromático.

c) Caso a corda apertada na décima segunda casa não esteja perfeitamente afinada (e estando afinada quando solta) isso indica que

o ajuste do comprimento da corda precisa ser refeito.

d) Caso a nota conseguida na décima segunda casa tenha ficado abaixo da nota esperada,

você deverá encurtar o comprimento da corda (trazendo o leito da mesma em direcão ao braço da guitarra).

e) Caso a nota conseguida na décima segunda

casa tenha ficado acima da nota esperada,

você deverá aumentar o comprimento da

corda (fazendo o inverso do descrito no item anterior).

f) Afine novamente a corda solta (que tera desafinado em virtude do ajuste) e repita todo

o procedimento até que a corda apresente exatamente a mesma nota tanto na corda solta quanto na décima segunda casa. Quando isto ocorrer a corda estará perfeitamente

afinada em qualquer casa do braço (desde que se trate de um bom instrumento e com o braço perfeitamente ajustado, claro).

g) Repita o procedimento para cada corda.

Problema: as cordas precisam estar

muito afastadas do braço para evitar trastejamento. Quando colocadas a uma distância confortável as cordas trastejam.

*Caso o problema seja apenas a distância das cordas ao braço veja o ajuste mais simples anteriormente recomendado. O ajuste a

seguir se aplica apenas quando é impossível colocar as cordas a uma distância confortável do braço sem que as mesmas trastejem.

*Ao contrário do que sugere o senso comum o braço perfeito de um bom instrumento não

deve ser reto e sim ligeiramente côoncavo quando afinado.

*Importante: todos os testes e ajustes a seguir devem ser feitos com o instrumento afinado visto que a tensão das cordas vai influir na curvatura do braço.

*Para verificar a concavidade aperte a corda mais grossa do instrumento no primeiro traste e no último traste ao mesmo tempo. Verifique então qual a distância entre a corda e o traste

do meio. O correto é que exista uma pequena distância de 1mm a 2mm que indica justamente a concavidade correta do braço.

*A falta desta concavidade ou uma

concavidade muito pequena ou muito grande podem gerar o trastejamento. Com o braço perfeitamente ajustado e com a concavidade

correta em bons instrumentos é possível usar distâncias mínimas entre cordas e braço sem nenhum problema de trastejamento.

*Para o ajuste da concavidade é usado o tensor, peça de metal existente no interior do braço e que pode ser apertado ou afrouxado.

*O tensor deve ser ajustado através de aperto em uma de suas extremidades através de uma chave allen adequada. A extremidade do

tensor geralmente está localizada na extremidade do braço, em alguns casos

protegida por uma pequena placa

aproximadamente triangular de plástico. Geralmente será preciso tirar uma ou duas cordas para retirada desta placa e acesso ao tensor.

*Mais raramente o tensor deve ser ajustado através de uma abertura existente entre o corpo e o braço do instrumento. Mais raramente o ajuste do tensor necessita da

retirada do braço do instrumento (o que dificulta o trabalho pois será necessário recolocar o braço para testá-lo antes de fazer um novo ajuste).

*De forma geral quando apertado o tensor aumenta a concavidade do braço. Mas verifique se o efeito não está sendo inverso ao que você deseja.

*O ajuste do tensor quando mal executado pode prejudicar (talvez irremediavelmente) o instrumento e portanto precisa obedecer a algumas regras de segurança extras:

a) Muita paciência. Aperte vagarosamente o

tensor (apenas um quarto de volta de cada vez) e espere algum tempo (algumas horas de preferência) para que o braço se adapte à

nova tensão. Só então verifique qual foi o efeito do ajuste (verifique a concavidade conforme explicado acima), se será necessário continuar com o mesmo ou se já alcançou o

desejado. Recomendo que você prefira gastar

um ou dois dias fazendo o serviço a correr o risco de estragar o tensor.

b) A cada etapa experimente demoradamente o instrumento, experimente aproximar as

cordas e teste a afinação. Verifique se o problema melhorou ou piorou, ou se surgiram novos problemas.

c) O ajuste do tensor exige geralmente um bocado de força. Muito cuidado porém para

não estragar a chave, a porca ou mesmo o tensor em virtude de força exagerada.

d) Ao torcer o tensor tome o cuidado de segurar o braço do instrumento firmemente

pela mesma extremidade aonde esta apertando o tensor (para evitar torcer o braço ao invés do tensor). Jamais segure o instrumento pelo corpo.

Baixos de seis cordas e instrumentos mais

preciso podem apresentar vez por outra dois tensores que devem ser ajustados individualmente para controlar além da

concavidade a direção do braço em relacão ao corpo do instrumento. Este ajuste é bem mais complicado do que o ajuste de um único tensor e não o recomendo a leigos.

Problema: Ponte flutuante (alavanca)

dura demais ou macia demais. A alavanca muito macia pode gerar problemas de afinação.

De forma geral o ideal é que a ponte fique

paralela ao corpo do instrumento. Contudo devido a jogos de cordas mais finos ou mais grossos bem como gosto pessoal do músico este ajuste pode precisar ser feito. A resposta

da alavanca pode ser modificada de três modos.

a) Acrescentando ou retirando as molas que prendem a ponte ao corpo do instrumento.

Geralmente existe espaço para cinco molas sendo que apenas três são usadas. Proteja os olhos e cuidado com os dedos ao retirar ou

acrescentar molas; visto as mesmas serem bastante duras, é fácil se ferir caso elas escapem e saltem de seu suporte ao serem colocadas ou retiradas.

b) Apertando ou afrouxando os parafusos que

prendem as molas ao corpo do instrumento. Este método é mais preciso e recomendado. Cuidado para não afrouxar demais o parafuso

permitindo que a mola correspondente o arranque da madeira (o que irá prejudicar a sua colocação posteriormente).

c) Colocando molas mais duras ou mais

macias ou mesmo amaciando as molas existentes.

*Para ter acesso à molas citadas na maioria das guitarras basta tirar a tampa de plástico ou metal na parte de trás do corpo.

*Tenha em mente que afrouxando demais a ponte haverão problemas de afinação conforme explicado anteriormente.

Problema: O instrumento apresenta chiados quando ligado ao amplificador.

*O motivo mais comum é simplesmente cabo com mau contato ou curto-circuito. Prefira cabos de boa marca (mais caros) e blindados.

*Experimente também limpar os contatos dos potenciômetros e chaves seletoras de

captadores com produto adequado vendido em lojas de eletrônica.

*Experimente ainda tocar na parte metálica do plugue aonde é ligado o cabo no

instrumento. Caso o ruído diminua você poderá acrescentar um fio ligando a ponte do instrumento à carcaça (neutro) do plugue, o que fará com que o corpo do músico funcione

como aterramento, diminuindo a interferência sempre que ele toque nas cordas. Este

detalhe presente na maioria dos instrumentos

geralmente passa desapercebido e quando se faz troca de captadores ou reformas, maus profissionais não se lembram de ligar a ponte

à parte elétrica. Note por outro lado que esta ligação irá causar pequenos choques elétricos no músico.

*Apenas com um esquema elétrico da guitarra em questão (ou examinando um modelo

similar) é possível saber aonde deve ser feita a ligação correta do aterramento na guitarra. Na maior parte dos casos a ligação pode ser

feita ao corpo do plugue, mas isso não é um caso geral e o resultado por não ser o ideal.

*A maneira mais correta de resolver o problema é providenciar o que se chama de

blindagem da parte elétrica do instrumento. Consiste em revestir de pintura metálica própria ou com uma camada de papel alumínio adesivo toda a cavidade onde se

aloja o circuito do instrumento de forma que este fique protegido contra interferências externas. O circuito do instrumento deverá

então ser aterrado na sua blindagem. Infelizmente não tenho maiores informações sobre como proceder a blindagem.

*Uma dica muito boa é pegar um arame tipo

aquele que vem em cadernos escolares e envolver no início do cabo onde liga no violão ou guitarra(parte do ferro). Depois disso

pegue a outra parte do arame que esta

envolto e coloque dentro da calça de forma que fique em contato com o corpo. Prnto, agora verifique se o chiado sumiu e toque a vontade.

Problema: o instrumento apresenta chiados quando ligado ao amplificador. E quando se toca nas cordas o problema diminui.

*O chiado de forma geral é causado por

interferência de outros aparelhos elétricos e eletrônicos próximos. Instrumentos com captadores simples costumam apresentar

mais problemas de interferência do que captadores duplos. Com uma correta blindagem em sua parte eletrônica o problema

diminui. Aterrando o amplificador o problema também diminui (em casos de amplificadores com tomada de apenas dois pinos sem terra procure um pequeno fio extra). Você pode

tentar também ligar o amplificador a uma outra tomada.

*Caso haja um grande variação do ruído quando você toca ou deixa de tocar qualquer

parte metálica do instrumento (incluindo cordas) é provável que o problema seja realmente o explicado acima. As cordas

(juntamente com ponte e tarrachas por estarem todos em contato) são ligadas eletricamente ao circuito do instrumento de

forma que o corpo do músico seja usado como

aterramento ao tocar, diminuindo o chiado. Normalmente o contato é feito através de um fio preso entre a madeira e a ponte da guitarra ou baixo.

Problema: o instrumento dá choques.

*Infelizmente isso é natural conforme explica o item acima e servem as mesmas dicas. O contato elétrico entre a ponte (e consequentemente cordas) e o circuito do

instrumento é usado para eliminar o chiado. Possivelmente aterrando o amplificador você eliminará o problema de choques. Por outro

lado basta tocar calçado ou não tirar os dedos completamente das cordas visto que o choque desagradável ocorre apenas na hora da faísca quando se toca as cordas repentinamente.

Problema: Som apagado, nível baixo, sem agudos, sem brilho.

*Os problemas mais comuns e óbvios são cordas de má qualidade ou gastas bem como problemas ou equalizações erradas no

amplificador. Verifique estes itens inicialmente. Verifique também os potenciômetros, procedendo a limpeza

conforme explicado anteriormente. Uma maneira de tentar melhorar o som é levantar os captadores ou baixar as cordas de forma que as cordas e captadores fiquem mais

próximos. Distâncias muito pequenas porém

podem prejudicar o som. Para levantar ou abaixar os captadores use os parafusos localizados em suas extremidades.

OBS: Vale lembrar que muitos dos

problemas, soluções e cuidados apresentados acima servem tanto para guitarras e baixos como para violão elétrico. Portanto, preste atenção em

tudo que foi dito, pois pode ser de vital importância para a vida de seu instrumento!!!!!