Curso: Ciências Biológicas · AD1 AD2 C1 0 10 20 30 40 50 g-1) n alcanos (ug.g-1,p.s._ Outliers...
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Rua Marquês de São Vicente, 225 - Gávea - 22453-900 Rio de Janeiro - RJ - Tel. (21) 3527 1330 FAX (21) 3527 1637
1
Relatório PIBIC 2014.1
Aluno: Luis Felipe Lunau de Hollanda Cavalcanti
Curso: Ciências Biológicas
Título: Avaliação estatística dos dados do Projeto de Monitoramento Ambiental da
Área de Descarte de Sedimentos provenientes da Dragagem para Ampliação do
Sistema de Injeção de Água do Campo Marítimo de UBARANA na Bacia Potiguar
Orientação: Dra Angela de Luca rRebello Wagener
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1 -Introdução
O presente relatório apresenta os resultados de duas campanhas do Projeto de
Monitoramento Ambiental da Área de Descarte de Sedimentos provenientes da
Dragagem para ampliação do sistema de injeção de água do campo marítimo de
Ubarana na Bacia Potiguar. O objetivo foi identificar os possíveis efeitos das atividades
de deposição e retirada de sedimentos dragados no ambiente bentônico da área de
descarte, por meio da caracterização das condições ambientais (sedimentológicas,
químicas e biológicas), antes e após a realização dessas atividades, bem como
comparar estes resultados com dados pretéritos produzidos nas mesmas áreas.
Na Bacia potiguar, foi instalado o aqueduto de Ubarana, e para tal, foi
necessária a escavação (dragagem) de uma vala e posterior enterramento da mesma,
de modo a evitar a exposição aérea do duto e consequentemente ameaça à
segurança operacional do mesmo. Parte dos sedimentos dragados foi transportada
para local pré-estabelecido, denominado de área de descarte temporário. Os
sedimentos dragados foram depositados temporariamente na área de descarte e
posteriormente retornaram à posição original na vala.
O efeito das atividades de perfuração e exploração de petróleo sobre o meio
ambiente tem sido extensivamente estudado nos últimos anos, pois se apresentam
como uma fonte potencial de impactos para os oceanos e meio ambiente. Além dos
acidentes durante a operação, prospecção e perfuração de campos de petróleo, outros
acidentes são de particular interesse ambiental, uma vez que não apenas petróleo,
mas outros produtos químicos podem ser lançados para o ambiente durante tais
processos, afetando diretamente a biota oceânica, que está, em geral, exposta a
níveis muito baixos destas substâncias (Kans e Cravey, 1987; Neff, 1982; Melton et al
2000.; Rezende et al. 2002; Breurer et al. 2004).
Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) constituem um grupo de
compostos orgânicos derivados de fontes petrogênicas (petróleo) e pirolíticas
(combustão incompleta de matéria orgânica) e têm sido incorporados a estudos de
análise de risco e remediação por apresentarem-se persistentes no meio ambiente e
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exibirem efeitos tóxicos, carcinogênicos e mutagênicos (Stroomberg et al, 1999;
Zemanek et al, 1997). Órgãos nacionais e internacionais, responsáveis pela regulação
ambiental, reconhecem os perigos em potencial da ocorrência dos HPA no ambiente,
uma vez que mais de 30 HPA e seus derivados apresentam efeitos carcinogênicos.
Isto faz deles a maior classe conhecida de compostos carcinogênicos.
2 - Metodologia
2.1 – Metodologia de Campo
As coletas dos sedimentos na área de Dragagem foram realizadas em julho de
2011 (C1), pela empresa C&C technologies do Brasil Ltda, e em dezembro de 2013
(C2), pela empresa E3 Serviços de Meio Ambiente e Segurança. A malha amostral foi
definida a partir do mapa gerado com a localização da área de descarte de sedimentos
prédeterminada e a existência de dados pretéritos nessa área (Figura 2.1). Foram
estabelecidas duas estações de coleta, sendo uma delas localizada na extremidade
oeste da área de descarte, na mesma coordenada da estação de coleta E14 do projeto
de monitoramento ambiental dos emissários, que foi executado nos anos de 2002-
2004 (Figura 2.2). A outra estação de coleta foi disposta na extremidade leste da área
de descarte. As informações sobre as coordenadas destas estações se encontram na
Tabela 2.1.
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Figura 2.1 - Detalhe da malha de monitoramento ambiental da área de descarte com a
localização das estações de monitoramento.
Figura 2.2 - Mapa da área de descarte de sedimentos provenientes da dragagem da vala para
instalação do duto de injeção de água do campo marítimo de Ubarana na Bacia
Potiguar. Observa-se a localização das estações de monitoramento e
caracterização ambiental de projetos já executados.
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2.2 – Metodologia de Laboratório
Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, considerados nesse
trabalho, foram os 16 compostos prioritários segundo a USEPA (naftaleno,
acenaftileno, acenafteno, fluoreno, fenantreno, antraceno, fluoranteno, pireno,
benzo(a)antraceno, criseno, benzo(b)fluoranteno, benzo(k)fluoranteno,
benzo(a)pireno, indeno(1,2,3-c,d)pireno, dibenzo(a,h)antraceno,
benzo(ghi)perileno), incluindo-se também o dibenzotiofeno, o perileno e o
benzo(e)pireno. Os 16 HPA USEPA são considerados prioritários em função
de suas comprovadas características mutagênicas e carcinogênicas. Além
destes compostos também foram quantificados os seguintes HPA alquilados:
C1 a C4 naftalenos, C1 a C3 fluorenos, C1 a C3 dibenzotiofenos, C1 a C4
fenantrenos, C1 e C2 pirenos, e C1 e C2 crisenos. O protocolo analítico
utilizado baseou-se no método EPA-8270C.
Na fração dos hidrocarbonetos alifáticos foram quantificados os
compostos resolvidos e não-resolvidos, cujo somatório representa os
hidrocarbonetos alifáticos totais. Os alifáticos resolvidos incluem os n-alcanos
individuais (do n-C12 ao n-C40), os isoprenóides pristano e fitano e outros picos
identificados no cromatograma, mas que não podem ser relacionados a um
composto específico. Os compostos ditos não-resolvidos são identificados no
Tabela 2.1.
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cromatograma como uma elevação da linha base, e são chamados, em
conjunto, de mistura complexa não resolvida (MCNR). A MCNR é quantificada
pela área entre a elevação da linha base e a posição “normal” desta, a qual,
por sua vez, é obtida pela análise cromatográfica do solvente puro (n-hexano).
A determinação dos hidrocarbonetos alifáticos foi baseada no método EPA
8015B.
As análises foram realizadas na rotina do LABMAM (Laboratório de
Estudos Marinhos e Ambientais).
2.3 – Análise dos Dados
Para avaliação e comparação dos dados obtidos nas duas campanhas
(denominadas de C1 e C2), bem como na comparação com dados pretéritos das
avaliações anteriores realizadas na Bacia Potiguar (estação E14, período de 2002 a
2003), foi utilizado o teste paramétrico da Análise de Variância Unifatorial (ANOVA
one-way). O teste não paramétrico Kruskal-Wallis foi utilizado como alternativa, caso a
premissa da homocedecidade das variâncias não tenha sido obtida. Todos os testes
estatísticos foram realizados no programa STATISTICA 11.0. Os valores abaixo dos
limites de detecção e de quantificação foram substituídos pela metade para avaliar a
distribuição dos parâmetros analisados ao longo das estações e campanhas.
Foram verificadas as correlações entre os parâmetros determinados utilizando-
se os testes de Spearman e de Pearson.
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3 – Resultados
3.1 – Concentrações de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA)
As concentrações de HPA foram baixas nas duas campanhas realizadas, e
variaram de 0,38 a 17 ng g-1, para o somatório dos HPAs (38HPA) na campanha
realizada em 2011 (C1), e de <LQ a 40 ng g-1, na campanha realizada em 2013 (C2).
Na campanha C1, resultados dos testes de Kruskal-Wallis não mostraram haver
diferenças estatísticas entre as duas estações (p=0,51 para ambos, 16 HPA e
S[A1]38HPA), Figura 3.1-1. O mesmo ocorreu na campanha 2 (p=0,80 e p=0,48 para os
16 HPA e S38HPA, respectivamente), Figura 3.1-2.
Apesar da aparente diferença encontrada entre a estação AD2 (C2) para o
somatório de HPA das demais estações, não foram estabelecidas diferenças
estatísticas entre ambas as campanhas (teste de Kruskal-Wallis, p=0,14 e p=0,59 para
os, 16 HPA e S38HPA, respectivamente). A Figura 3.1-3 apresenta os resultados
obtidos nas duas estações em ambas as campanhas.
AD1 AD2
C1
0
5
10
15
20
25
HP
A (n
g.g-1
, p.s
.)
16 HPA (ng.g-1,p.s.)
Outliers
Extremes
HPA (ng.g-1,p.s.)
Outliers
Extremes
Figura 3.1-1. Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (ng g-1) dos 16 HPA e
do 38 HPA analisados nas amostras de sedimento nas duas estações avaliadas na
campanha de junho de 2011 (C1) do Projeto de Monitoramento Ambiental da Área de Descarte
de Sedimentos provenientes da Dragagem para ampliação do sistema de injeção de água do
campo marítimo de Ubarana na Bacia Potiguar.
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8
AD1 AD2
C2
0
10
20
30
40
50
HP
A (
ng
.g-1
, p
.s.)
16 HPA (ng.g-1,p.s.)
Outliers
Extremes
HPA (ng.g-1,p.s.)
Outliers
Extremes
Figura 3.1-2. Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (ng g-1) dos 16 HPA e
do 38 HPA analisados nas amostras de sedimento nas duas estações avaliadas na
campanha de junho de 2013 (C2) do Projeto de Monitoramento Ambiental da Área de Descarte
de Sedimentos provenientes da Dragagem para ampliação do sistema de injeção de água do
campo marítimo de Ubarana na Bacia Potiguar.
AD1 (C1) AD2 (C1) AD1 (C2) AD2 (C2)
Estações
0
10
20
30
40
50
HP
A (
ng
.g-1
, p
.s.)
16 HPA (ng.g-1,p.s.)
Outliers
Extremes
HPA (ng.g-1,p.s.)
Outliers
Extremes
Figura 3.1-3. Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (ng g-1) dos 16 HPA e
do 38 HPA analisados nas amostras de sedimento nas duas estações avaliadas nas
campanhas de junho de 2011 (C1) e julho de 2013 (C2) do Projeto de Monitoramento
Ambiental da Área de Descarte de Sedimentos provenientes da Dragagem para ampliação do
sistema de injeção de água do campo marítimo de Ubarana na Bacia Potiguar[A2].
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3.2 – Concentrações de Hidrocarbonetos Alifáticos (n-alcanos, alifáticos e MCNR)
As concentrações de hidrocarbonetos alifáticos também foram baixas nas duas
campanhas realizadas e variaram de 0,01 a 31 µg g-1, para os alifáticos totais na
campanha de junho de 2011 (C1), e de 0,11 a 15 µg g-1, na campanha de 2013 (C2).
Assim como os aromáticos, a fração saturada obtida para as duas estações
avaliadas não apresentaram diferenças significativas entre si e tampouco entre as
campanhas. O Teste de Kruskal-Wallis mostrou valores de “p” acima de 0,05 para os
n-alcanos, hidrocarbonetos resolvidos, MCNR e alifáticos totais. As distribuiçõpes
destes parâmetros nas campanhas C1, C2 e a comparação entre ambas, estão
apresentadas nas Figuras 3.2-1 a 3.2-3.
AD1 AD2
C1
0
10
20
30
40
50
Hid
roca
rbo
ne
tos a
lifá
tico
s (
ug
.g-1
,p.s
.)
n alcanos (ug.g-1,p.s._
Outliers
Extremes
Alif. resolvidos (ug.g-1,p.s._
Outliers
Extremes
Alif. totais (ug.g -1,p.s._
Outliers
Extremes
Figura 3.2-1. Box-plot das concentrações de n-alcanos, alifáticos resolvidos e alifáticos totais
nas duas estações avaliadas em junho de 2011 (C1). Resultados expressos em
µg g-1 (peso seco).
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AD1 AD2
C2
0
5
10
15
20
25
30
Hid
roca
rbo
ne
tos
alif
átic
os
(ug
.g-1
,p.s
.)
n alcanos (ug.g-1,p.s._
Outliers
Extremes
Alif. resolvidos (ug.g-1,p.s._
Outliers
Extremes
Alif. totais (ug.g-1,p.s._
Outliers
Extremes
Figura 3.1-2. Box-plot das concentrações de n-alcanos, alifáticos resolvidos e alifáticos totais
nas duas estações avaliadas em junho de 2013 (C2). Resultados expressos em
µg g-1 (peso seco).
AD1 (C1) AD2 (C1) AD1 (C2) AD2 (C2)
Estações
0
10
20
30
40
50
Hid
roca
rbo
ne
tos a
lifá
tico
s (
ug
.g-1
,p.s
.)
n alcanos (ug.g-1,p.s._
Outliers
Extremes
Alif. resolvidos (ug.g -1,p.s._
Outliers
Extremes
Alif. totais (ug.g -1,p.s._
Outliers
Extremes
Figura 3.1-3. Box-plot das concentrações de n-alcanos, alifáticos resolvidos e alifáticos totais
nas duas estações avaliadas em ambas as campanhas: junho de 2011 (C1) e
junho de 2013 (C2). Resultados expressos em µg g-1 (peso seco).
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A estação AD2R1, da campanha C1 apresentou um perfil cromatográfico com
presença de n-alcanos C23 a C33 (Figura 3.1-4). Porém, o valor quantificado para os
alifáticos totais (31 ug.g-1,p.s.) é considerado baixo para este parâmetro. Considera-se
como contaminados sedimentos estuarinos com concentrações de hidrocarbonetos
alifáticos totais maiores que 100 µg g-1. Já concentrações na faixa de 0,1 a 10 µg g-1
podem ser consideradas típicas de ambientes não contaminados e entre 10 e 99 µg g-
1 moderadamente contaminada (Bouloubassi e Saliot, 1993; 2001). Assim, apenas
uma réplica da estação AD2 R1 (C1) e uma da estação AD2 R2 (C2) apresentaram
níveis de hidrocarbonetos típicas de áreas moderadamente contaminadas, as demais
se apresentaram isentas de contaminação para hidrocarbonetos alifáticos totais.
Minutes
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Milliv
olt
s
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
C
12
C1
3
C1
4
C1
5
C1
6d
C1
6
C1
7
Pri
sta
no
C1
8
Fit
an
o
C1
9
C2
0
C2
1
C2
2
C2
3
C2
4d
C2
4
C2
5
C2
6
C2
7
C2
8
C2
9
C3
0d
C3
0
C3
1
C3
2
C3
3
C3
4
C3
5
C3
6
C3
7
C3
8
C3
9
C4
0
Focus GC-FID
S366BPOT_0811
S366BPOT_0811.dat
Name
Figura 3.1-4 Cromatograma da fração saturada da amostra AD2R1, campanha junho de 2011
Os isoprenoides pristano e fitano (marcadores de ambientes deposicional óxido
ou anóxidos) foram detectados apenas na réplica 2 da estação AD2 da campanha C2,
em concentrações que variaram de 0,017 a 0,019 µg g-1, respectivamente. A presença
destes compostos tem como origem a degradação do fitol, uma cadeia carbônica
AD2R1(C1)
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presente na molécula de clorofila. Segundo Blumer & Sass (1972) em uma dada
amostra ambiental, as relações entre n-C17/Pristano e n-C18/Fitano com valores
maiores que um (> 1) mostram a presença de óleo recente, enquanto que valores
baixos (< 1) são decorrentes de óleo degradado. No presente estudo, foram
quantificados valores de 1,35 e 1,12, respectivamente, para a estação AD2R1 (C2). A
presença destes compostos, mesmo em baixas concentrações, pode indicar pequena
influência de resíduos de óleo derivado de atividades antrópicas, e/ou ser oriundo até
mesmo de navegação local, assim como considerado para os aromáticos.
4 – Discussão
4.1 –Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA)
Na literatura, o índice TEL (Treshold Effects Level), proposto pela NOAA
(Buchman, 1999) que é de 1684 ng[A3] g-1 para o total de HPA e o índice ERL (Effect
Range-Low), indicativo de concentrações abaixo das quais efeitos adversos raramente
ocorrem na biota (valor do ERL para ∑ 16 HPAs ≤ 4.022 ng g-1), norteiam as
avaliações dos níveis de HPA no ambiente. Além disto, especificamente para estudos
envolvendo áreas de dragagens, o CONAMA 344/04 preconiza alguns limites para
compostos orgânicos. O nível de classificação dos materiais a ser dragados (em peso
seco) é de 3000 ng g-1 para o somatório de HPA. Baseado nessas referências, a área
estudada pode ser classificada como isenta destes compostos.
Ressalta-se que a localização da estação AD1 é a mesma que a estação E14,
avaliada em monitoramentos realizados entre 2002 e 2004. Para os hidrocarbonetos
aromáticos não foram identificadas diferenças estatísticas entre as mesmas (p=0,30
para ambos os parâmetros). A distribuição dos mesmos pode ser visualizada na Figura
4.1-1.
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Figura 4.1-1 Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (ng g-1) dos 16 HPA e
do 38 HPA analisados nas amostras de sedimento das estações AD1 (campanhas de junho
de 2011 (C1) e 2013 (C2)) e da estação E14 (Campanhas de 2002 (C1), 2003 (C2 e 2004
(C3)).
4.2 –Hidrocarbonetos Alifáticos
A aplicação de testes estatísticos na comparação dos resultados da estação AD1
com a estação E14, avaliada em monitoramentos realizados entre 2002 e 2004,
também mostrou não haver diferenças significativas entre as mesmas para os n-
alcanos (Figura 4.1-1, p=0,25), hidrocarbonetos resolvidos (Figura 4.1-2, p=0,24) e
alifáticos totais (Figura 4.1-3, p=0,26), embora possa ser observada um decréscimo[A4].
E14 (C1) E14 (C2) E14 (C3) AD1 (C1) AD1 (C2)
AD1xE14
0
5
10
15
20
25
30
35H
PA
(n
g.g
-1.
p.s
.)
16 HPA (ng.g-1,p.s.)
Outliers
Extremes
HPA (ng.g-1,p.s.)
Outliers
Extremes
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Figura 4.1-1 Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (µg g-1) dos n-alcanos
analisados nas amostras de sedimento das estações AD1 (campanhas de junho
de 2011 (C1) e 2013 (C2)) e da estação E14 (Campanhas de 2002 (C1), 2003 (C2
e 2004 (C3)).
Figura 4.1-2 Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (µg g-1) dos
hidrocarbonetos resolvidos analisados nas amostras de sedimento das estações
AD1 (campanhas de junho de 2011 (C1) e 2013 (C2)) e da estação E14
(Campanhas de 2002 (C1), 2003 (C2 e 2004 (C3)).
E14 (C1) E14 (C2) E14 (C3) AD1 (C1) AD1 (C2)
AD1xE14
-500
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
n a
lca
no
s (
ug
.g-1
,p.s
.)
Median
25%-75%
Non-Outlier Range
Outliers
Extremes
E14 (C1) E14 (C2) E14 (C3) AD1 (C1) AD1 (C2)
AD1xE14
-500
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
Alif
. re
so
lvid
os (
ug
.g-1
,p.s
.)
Median
25%-75%
Non-Outlier Range
Outliers
Extremes
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Figura 4.1-3 Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (µg g-1) dos alifáticos
totais analisados nas amostras de sedimento das estações AD1 (campanhas de
junho de 2011 (C1) e 2013 (C2)) e da estação E14 (Campanhas de 2002 (C1),
2003 (C2 e 2004 (C3)).
Como já citado, os resultados reportados neste estudo se encontram distantes
dos valores preconizados Bouloubassi e Saliot (1993; 2001), podendo se caracterizar a
área dragada como não contaminada pelos compostos estudados.
As correlações entre hidrocarbonetos e granulometria, não foram significativas
(Teste de Spearman, p<0,05). Provavelmente, esses resultados decorrem do grande
percentual de valores próximos ao limite de quantificação das metodologias de
hidrocarbonetos e carbono orgânico, que dificultam o cálculo adequado dos índices de
correlação.
E14 (C1) E14 (C2) E14 (C3) AD1 (C1) AD1 (C2)
AD1xE14
-500
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
Alif
. to
tais
(u
g.g
-1,p
.s.)
Median
25%-75%
Non-Outlier Range
Outliers
Extremes
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5 – Conclusões
De forma geral, os sedimentos da área de dragagem apresentaram baixas
concentrações de hidrocarbonetos aromáticos (16 HPA) e alifáticos (totais, MCNR,
resolvidos e n-alcanos) nas duas campanhas realizadas. A composição dos
sedimentos, caracterizada pelo elevado teor de areia e pelas baixas concentrações de
matéria orgânica, refletem o caráter não deposicional do ambiente estudado e
justificam os resultados encontrados,
As faixas de concentração entre menor que 0,26 ng g-1 e 35 ng g-1 para os 16
HPA USEPA e entre menor que 0,003 µg g-1 e <10 µg g-1 para alifáticos totais, nas
quais se enquadra a grande maioria das amostras analisadas, podem ser
consideradas como o nível de referência para hidrocarbonetos nos sedimentos da
Bacia Potiguar.
Comparados aos dados reportados na literatura, os valores encontrados são
típicos de áreas com baixo impacto antrópico. Por fim, os valores de HPAs nos
sedimentos coletados, segundo critérios internacionais de qualidade, não implicam em
toxicidade para a biota.
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6 – Referências Bibliográficas
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ANEXO 1
Tabela 1-1 – Resultados de HPA nas estações AD1 e AD2, coletadas em junho de 2011,
expressas em ng g-1, peso seco.
Composto AD1 R1
(C1) AD1 R2
(C1) AD1 R3
(C1) AD2 R1
(C1) AD2 R2
(C1) AD2 R3
(C1)
N <LD <LD <LD <LD <LD <LD
2MeN <LQ <LQ <LQ <LD <LD <LQ
1MeN <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C2N <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C3N <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C4N <LD <LD <LD <LD <LD <LD
Aceft <LD <LD <LD <LD <LD <LD
Ace <LD <LD <LD <LD <LD <LQ
Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C1Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C2Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C3Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD
DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C1DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C2DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C3DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD
Fen <LD 0,33 <LQ <LD <LD <LD
C1Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C2Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C3Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C4Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD
Ant 0,39 0,41 <LQ <LQ <LQ 0,69
Ft 0,58 0,26 <LD <LD <LD <LD
Pi 0,65 <LQ <LQ 0,28 <LD <LD
C1Pi <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C2Pi <LD <LD <LD <LD <LD <LD
BaA 0,51 <LD <LD <LQ <LD <LD
Cri 2,76 0,29 <LQ <LQ <LD 0,38
C1Cri <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C2Cri <LD <LD <LD <LD <LD <LD
BbFt 4,13 0,78 0,47 0,40 0,38 0,65
BkFt 2,36 <LD <LD <LD <LD 0,29
BePi 0,91 <LD <LD <LD <LD <LD
BaPi <LQ <LD <LD <LD <LD 0,51
Per <LD <LD <LD <LD <LD <LD
I-Pi 3,00 <LD <LD <LD <LD <LD
DBahA <LD <LD <LD <LD <LD <LD
BghiPe 2,42 <LD <LD <LD <LD <LQ
16HPA 16,81 2,07 0,47 0,69 0,38 2,52
S HPA 17,71 2,07 0,47 0,69 0,38 2,52
p-TERPHd1 87 78 77 90 69 92 Legenda: N:Naftaleno; 2MN: 2Metilnaftaleno; 1MN: 1Metilnaftaleno; C2N: C2 naftalenos; C3N: C3 naftalenos; C4N: C4 naftalenos; Ace: Acenafteno; Aceft: Acenaftileno; Flu: Fluoreno; C1Flu: C1 fluorenos; C2Flu: C2 fluorenos; C3Flu: C3 fluorenos; DBT: Dibenzotiofeno; C1DBT: C1 dibenzotiofenos; C2DBT: C2 dibenzotiofenos; C3DBT: C3 dibenzotiofenos; Fen: Fenantreno; C1Fen: C1 fenantrenos: C2Fen: C2 fenantrenos: C3Fen: C3 fenantrenos: C4Fen: C4 fenantrenos: Ant: Antraceno; Ft: Fluoranteno; Pi: Pireno; C1Pi: C1 pirenos; C2Pi: C2 pirenos; BaA: Benzo(a)antraceno; Cri: Criseno; C1Cri: C1 crisenos; C2Cri: C2 crisenos; BbFt: Benzo(b)fluoranteno; BkFt: benzo(k)fluoranteno; BaPi: Benzo(a)pireno; Per: Perileno I-Pi: Indeno(1,2,3-cd)pireno; DbahA: Dibenzo(a,h)antraceno; BghiPe: Benzo(ghi)perileno.
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Tabela 1-2 – Resultados de HPA nas estações AD1 e AD2, coletadas em junho de 2013,
expressas em ng g-1, peso seco.
Composto AD1 R1
(C2) AD1 R2
(C2) AD1 R3
(C2) AD2 R1
(C2) AD2 R2
(C2) AD2 R3
(C2)
N <LD <LQ <LD <LQ <LD <LD
2MeN <LQ <LD <LQ <LQ <LQ 1,09
1MeN <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C2N <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C3N <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C4N <LD <LD <LD <LD <LD <LD
Aceft <LD <LD <LD <LD <LD <LD
Ace <LD <LD <LD <LD <LD <LD
Flu <LD <LD <LD <LQ <LD 1,51
C1Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C2Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C3Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD
DBT <LD <LD <LD 0,60 <LD <LD
C1DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C2DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C3DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD
Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C1Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C2Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C3Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C4Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD
Ant <LD 0,77 <LD <LD <LD <LD
Ft <LD <LD <LD <LD <LD <LD
Pi <LD <LD <LD <LQ <LD <LD
C1Pi <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C2Pi <LD <LD <LD <LD <LD <LD
BaA <LD <LD <LD <LQ <LD 0,45
Cri <LD <LD <LD <LD <LD 3,06
C1Cri <LD <LD <LD <LD <LD <LD
C2Cri <LD <LD <LD <LD <LD <LD
BbFt <LD 0,32 <LD <LD <LD <LD
BkFt <LD <LQ <LD <LD <LD <LD
BePi <LD <LD <LD <LD <LD 1,07
BaPi <LQ <LD <LD <LD <LD 3,18
Per <LD <LD <LD <LD <LD 2,65
I-Pi <LD <LD <LD <LD <LD 11,63
DBahA <LD <LD <LD <LD <LD 6,01
BghiPe <LD <LD <LD <LD <LD 9,59
16 HPA <0,26 1,09 <0,26 <0,26 <0,26 35,43
SHPA <0,26 1,09 <0,26 <0,26 <0,26 40,24
p-TERPHd1 75 92 88 103 92 54 Legenda: N:Naftaleno; 2MN: 2Metilnaftaleno; 1MN: 1Metilnaftaleno; C2N: C2 naftalenos; C3N: C3 naftalenos; C4N: C4 naftalenos; Ace: Acenafteno; Aceft: Acenaftileno; Flu: Fluoreno; C1Flu: C1 fluorenos; C2Flu: C2 fluorenos; C3Flu: C3 fluorenos; DBT: Dibenzotiofeno; C1DBT: C1 dibenzotiofenos; C2DBT: C2 dibenzotiofenos; C3DBT: C3 dibenzotiofenos; Fen: Fenantreno; C1Fen: C1 fenantrenos: C2Fen: C2 fenantrenos: C3Fen: C3 fenantrenos: C4Fen: C4 fenantrenos: Ant: Antraceno; Ft: Fluoranteno; Pi: Pireno; C1Pi: C1 pirenos; C2Pi: C2 pirenos; BaA: Benzo(a)antraceno; Cri: Criseno; C1Cri: C1 crisenos; C2Cri: C2 crisenos; BbFt: Benzo(b)fluoranteno; BkFt: benzo(k)fluoranteno; BaPi: Benzo(a)pireno; Per: Perileno I-Pi: Indeno(1,2,3-cd)pireno; DbahA: Dibenzo(a,h)antraceno; BghiPe: Benzo(ghi)perileno.
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ANEXO 2
Tabela 2-1 – Resultados de hidrocarbonetos alifáticos nas estações AD1 e AD2, coletadas em
junho de 2011 (C1), expressas em µg g-1, peso seco.
Composto AD1 R1 (C1) AD1 R2 (C1) AD1 R3 (C1) AD2 R1 (C1) AD2 R2 (C1) AD2 R3 (C1)
C12 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C13 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C14 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C15 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C16 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C17 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
Pristano <0,003 <0,003 <0,003 <0,006 <0,003 <0,003
C18 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
Fitano <0,003 <0,003 <0,006 <0,003 <0,003 <0,003
C19 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C20 <0,003 <0,003 <0,003 0,007 <0,003 <0,003
C21 <0,006 <0,003 0,006 0,009 <0,003 <0,003
C22 <0,006 <0,003 <0,006 0,028 <0,003 <0,003
C23 <0,006 <0,003 <0,006 0,028 <0,003 <0,003
C24 <0,006 <0,003 <0,003 0,053 <0,003 <0,003
C25 0,007 <0,003 <0,003 0,123 <0,003 <0,003
C26 0,006 <0,003 <0,003 0,084 <0,003 <0,003
C27 <0,006 <0,003 <0,003 0,084 <0,006 <0,003
C28 <0,003 <0,003 <0,003 0,095 <0,003 <0,003
C29 <0,003 <0,003 <0,003 0,077 <0,003 <0,003
C30 <0,003 <0,003 <0,003 0,068 <0,003 <0,003
C31 <0,003 <0,003 <0,003 0,049 <0,003 <0,003
C32 <0,003 <0,003 <0,003 0,022 <0,003 <0,003
C33 <0,003 <0,003 <0,003 <0,006 <0,003 <0,003
C34 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C35 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C36 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C37 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C38 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C39 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C40 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
Total de n-alcanos 0,01 <LQ 0,01 0,73 <LQ <LQ
Hidrocarbonetos Resolvidos 0,39 0,09 0,50 30,52 0,21 0,01
MCNR <0,533 <0,533 <0,533 0,66 <0,533 <0,533
Total de alifáticos 0,39 0,09 0,50 31,18 0,21 0,01
Recuperação (%) 76 67 86 62 83 84
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Tabela 2-2 – Resultados de hidrocarbonetos alifáticos nas estações AD1 e AD2, coletadas em
junho de 2013 (C2), expressas em µg g-1, peso seco.
Composto AD1 R1 (C2) AD1 R2 (C2) AD1 R3 (C2) AD2 R1 (C2) AD2 R2 (C2) AD2 R3 (C2)
C12 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C13 <0,003 <0,003 <0,003 0,013 <0,006 <0,003
C14 <0,003 <0,003 <0,003 0,014 <0,003 <0,003
C15 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,006 <0,003
C16 <0,003 <0,003 <0,003 0,020 <0,003 <0,003
C17 <0,003 <0,006 <0,006 0,023 <0,006 <0,003
Pristano <0,003 <0,003 <0,003 0,017 <0,003 <0,003
C18 <0,003 <0,003 <0,003 0,021 <0,003 <0,003
Fitano <0,003 <0,003 <0,003 0,019 <0,003 <0,003
C19 <0,003 <0,003 <0,003 0,011 <0,003 <0,003
C20 <0,003 <0,003 <0,003 0,017 <0,003 <0,003
C21 <0,003 <0,003 <0,003 0,018 <0,003 <0,003
C22 <0,003 <0,003 <0,003 0,018 <0,003 <0,003
C23 <0,003 <0,003 <0,003 0,018 <0,003 <0,003
C24 <0,003 <0,003 <0,003 0,023 <0,003 <0,003
C25 <0,003 <0,003 <0,003 0,025 <0,003 <0,003
C26 <0,003 <0,003 <0,003 0,027 <0,003 <0,003
C27 <0,003 <0,003 <0,003 0,032 <0,006 <0,003
C28 <0,003 <0,003 <0,003 0,032 <0,003 <0,003
C29 <0,003 <0,003 <0,003 0,030 <0,003 <0,003
C30 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C31 <0,003 <0,003 <0,003 0,041 0,010 <0,003
C32 <0,003 <0,003 <0,003 0,030 <0,003 <0,003
C33 <0,003 <0,003 <0,003 0,027 <0,003 <0,003
C34 <0,003 <0,003 <0,003 0,009 <0,003 <0,003
C35 <0,003 <0,003 <0,003 0,012 <0,003 <0,003
C36 <0,003 <0,003 <0,003 <0,006 <0,003 <0,003
C37 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C38 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003
C39 <0,003 <0,003 <0,003 0,007 <0,003 <0,003
C40 <0,003 <0,003 <0,003 <0,006 <0,003 <0,003
Total de n-alcanos <LQ <LQ <LQ 0,51 0,01 <LQ
Hidrocarbonetos Resolvidos 0,13 0,11 0,08 0,51 0,31 0,21
MCNR <0,533 <0,533 <0,533 1,026 14,991 <0,533
Total de alifáticos 0,13 0,11 0,08 1,53 15,30 0,21
Recuperação (%) 84 84 79 106 83 70