Curso básico de socorrismo (formação)

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CURSO BÁSICO DE SOCORRISMO ENQUADRAMENTO TEÓRICO Todos os dias são bons para salvar uma vida. Existem países nos quais os conhecimentos de primeiros socorros são um acto de cidadania, pois todos nós podemos encontrar alguém um dia, a quem precisamos de prestar primeiros socorros. E deste modo, nalgumas empresas é obrigatória a formação nesta área. O socorrismo, mais concretamente os primeiros socorros, englobam um conjunto de atividades que podem permitir ao cidadão salvar uma vítima de doença aguda ou reagudização de uma doença crónica. O socorrista tem por objetivo estabilizar a vítima no local do acidente, reconhecendo a situação, e alertando a ajuda necessária. Existe um conjunto de critérios que um socorrista deve ter. São eles, a tecnicidade, preferentemente uma constituição física forte, deve ter um grande poder de observação, deve ter algum ‘sangue-frio’, sendo preferível, por vezes, uma postura de autoridade para dar segurança às restantes pessoas que possam estar no local, deve ser perseverante, não devendo ser egoísta e sabendo trabalhar em equipa, e deve ter uma boa destreza manual, acompanhada de algum bom senso, uma vez que nem sempre pode resolver todas as situações e deve conhecer as suas limitações. O socorrista deve ter como princípios gerais o prevenir, pois deve fazer os possíveis por impedir o agravamento da vítima, o alertar, chamando ajuda médica treinada e especializada e, por fim, socorrer, pois há situações nas quais os primeiros minutos podem fazer a diferença. A partir daqui, deve proceder ao afastamento da vítima do local de acidente ou do perigo, à avaliação do estado da vítima, à execução dos primeiros socorros, e, por fim, à evacuação das mesmas do local. A estes últimos passos chama-se delinear o plano de atuação. É urgente formar a nossa sociedade no sentido da responsabilização. O cidadão comum pode salvar uma vida se conseguir atuar nos primeiros minutos e muitos cidadãos já o sabem mas não possuem conhecimentos para isso. O curso de socorrismo, com uma grande componente prática e exemplificações adaptadas de situações reais faz falta a toda a sociedade. É obrigatório pensar desta forma: ‘Hoje por ti, amanhã por mim’, para que assim possamos fazer a diferença!

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CURSO BÁSICO DE SOCORRISMO

ENQUADRAMENTO TEÓRICO

Todos os dias são bons para salvar uma vida. Existem países nos quais os

conhecimentos de primeiros socorros são um acto de cidadania, pois todos nós

podemos encontrar alguém um dia, a quem precisamos de prestar primeiros socorros.

E deste modo, nalgumas empresas é obrigatória a formação nesta área.

O socorrismo, mais concretamente os primeiros socorros, englobam um conjunto de

atividades que podem permitir ao cidadão salvar uma vítima de doença aguda ou

reagudização de uma doença crónica. O socorrista tem por objetivo estabilizar a vítima

no local do acidente, reconhecendo a situação, e alertando a ajuda necessária.

Existe um conjunto de critérios que um socorrista deve ter. São eles, a tecnicidade,

preferentemente uma constituição física forte, deve ter um grande poder de

observação, deve ter algum ‘sangue-frio’, sendo preferível, por vezes, uma postura de

autoridade para dar segurança às restantes pessoas que possam estar no local, deve

ser perseverante, não devendo ser egoísta e sabendo trabalhar em equipa, e deve ter

uma boa destreza manual, acompanhada de algum bom senso, uma vez que nem

sempre pode resolver todas as situações e deve conhecer as suas limitações.

O socorrista deve ter como princípios gerais o prevenir, pois deve fazer os possíveis

por impedir o agravamento da vítima, o alertar, chamando ajuda médica treinada e

especializada e, por fim, socorrer, pois há situações nas quais os primeiros minutos

podem fazer a diferença.

A partir daqui, deve proceder ao afastamento da vítima do local de acidente ou do

perigo, à avaliação do estado da vítima, à execução dos primeiros socorros, e, por fim,

à evacuação das mesmas do local. A estes últimos passos chama-se delinear o plano

de atuação.

É urgente formar a nossa sociedade no sentido da responsabilização. O cidadão

comum pode salvar uma vida se conseguir atuar nos primeiros minutos e muitos

cidadãos já o sabem mas não possuem conhecimentos para isso. O curso de

socorrismo, com uma grande componente prática e exemplificações adaptadas de

situações reais faz falta a toda a sociedade. É obrigatório pensar desta forma: ‘Hoje

por ti, amanhã por mim’, para que assim possamos fazer a diferença!

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CURSO BÁSICO DE SOCORRISMO

Área de formação:

O presente curso está inserido na Área (CIME) 723, Enfermagem e sub-área, 723.04,

Socorrismo e Emergência Médica.

Título:

O curso intitula-se “Curso Básico de Socorrismo”.

Carga horária:

O curso tem uma duração total de 54h, dividindo-se em 10 módulos.

Horário:

Pós-laboral, de 18h30 a 22h30, durante 13 dias úteis, de 2ª a 5ª feira

Local:

O curso irá realizar-se no Centro de Estudos e Formação EDUCATE.

Destinatários:

Este Curso Básico de Socorrismo, devido aos conhecimentos básicos que transmite e

ao tempo destinado para cada conteúdo, é destinado a estudantes de áreas de saúde,

professores, educadores e profissionais de risco (seguranças, bombeiros, polícias, …).

Pré-requisitos:

Idade igual ou superior a 18 anos, nível de escolaridade igual ou superior ao 9º ano e

bom nível de Português falado e escrito.

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Formadora:

Ana Marina Carreira Leal

Nº de formandos:

Número par, entre 8 e 14

Objetivo geral do curso:

Pretende-se, com este curso, que o formando aprenda a atuar com segurança em

áreas de reconhecimento da emergência básica, adquirindo conhecimentos teóricos e

práticos básicos e que o permitam dar resposta a possíveis situações de emergência

com as quais se pode deparar no dia-a-dia.

Objetivos específicos do curso:

No final do Curso Básico de Socorrismo, o formando deverá ser capaz de:

Definir situação de emergência e saber em que situações específicas poderá

atuar;

Avaliar situações de emergência prioritárias e não prioritárias;

Conhecer o CIAV, e saber as suas indicações para atuar em caso de

envenenamento e intoxicação;

Reconhecer sinais e sintomas característicos de uma crise de hipo e

hiperglicémia;

Conhecer os passos a realizar a uma vítima em crise convulsiva;

Atuar perante uma vítima com alterações da respiração, conhecendo os

procedimentos a realizar em caso de asfixia;

Reconhecer uma paragem cardiorespiratória e técnica de suporte básico de

vida no adulto e pediátrico.

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MÓDULO 1

Introdução ao socorrismo

OBJETIVO GERAL:

O objetivo geral do módulo Introdução ao Socorrismo consiste na definição e

reconhecimento de uma emergência, assim como o conhecimento do Sistema

Integrado de Emergência Médica (SIEM).

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

O formando deverá ser capaz de:

Definir situação de emergência, enunciando, por escrito, três situações de

emergência prioritárias, sem recorrer ao manual e sem falhas;

Reconhecer a importância de atuação do cidadão em casos de emergência,

identificando por escrito e com uma taxa de sucesso de 100%, de cinco

situações propostas, duas situações em que poderá actuar;

Identificar, verbalmente, duas entidades pertencentes ao SIEM, recorrendo aos

conhecimentos transmitidos pelo formador;

Citar, por escrito e sem falhas, o os três princípios gerais do socorrismo,

recorrendo ao manual do curso;

Identificar, por escrito recorrendo ao quadro, os passos a seguir no exame

geral da vítima, sem errar;

Demonstrar, executando o exame geral da vítima, com recurso ao manequim

presente na sala, os passos a seguir no caso de encontrar uma vítima sem

reacção aparente, podendo recorrer à ajuda dos restantes formandos.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

A situação de emergência

O cidadão perante a emergência

Sistema Integrado de Emergência Médica

Princípios gerais do socorrismo

Exame geral da vítima

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METODOLOGIA:

Neste módulo, serão utilizados os métodos expositivo, método interrogativo, com a

utilização da técnica das perguntas e método ativo, com o recurso à técnica de

brainstorming e trabalho de grupo.

CARGA HORÁRIA:

6 horas

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MÓDULO 2

Traumatismos térmicos: Queimaduras

OBJETIVO GERAL:

O objetivo geral do módulo Traumatismos térmicos: Queimaduras consiste aquisição

de conhecimentos sobre a identificação e a avaliação de uma queimadura, assim

como sobre produtos indicados a usar em cada caso.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

O formando deverá ser capaz de:

Identificar, sem erros, uma queimadura quanto ao grau da mesma, de acordo

com os conhecimentos transmitidos pelo formador;

Avaliar extensão de uma queimadura, calculando a percentagem corporal

afectada, com uma margem de erro de 20% e sem recorrer à calculadora;

Identificar e enunciar os passos a seguir no caso de uma queimadura de 1º

grau, sem recorrer ao manual e sem falhas;

Identificar sinais e sintomas de melanoma provocado por queimadura solar,

citando-os verbalmente em 2 minutos e podendo recorrer ao manual.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Grau da queimadura

Extensão da queimadura

Consequências de queimaduras

Neoplasia da pele

METODOLOGIA:

Neste módulo serão utilizados os métodos expositivo, interrogativo com a técnica das

perguntas, e ativo, com a realização de trabalhos de grupo.

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CARGA HORÁRIA:

2 horas

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MÓDULO 3

Lesões cutâneas: Feridas

OBJETIVO GERAL:

O objetivo geral do módulo Lesões cutâneas: Feridas consiste na identificação

primária das feridas, assim como na transmissão de conhecimentos acerca dos

produtos indicados.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

O formando deverá ser capaz de:

Indicar, por escrito e sem falhas, em que consiste uma ferida, sem recorrer ao

manual;

Descrever verbalmente uma ferida apresentada pelo formador quanto ao seu

tipo, sem falhas e em 30 segundos;

Identificar, verbalmente e tendo por base o esquema presente no manual, o

tratamento mais indicado para uma ferida não contaminada, com facilidade.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Definição de ferida

Tipos de feridas quanto à profundidade, complexidade, formato e agente

causador

Tratamento de feridas

METODOLOGIA:

Neste módulo serão utilizados os métodos expositivo e interrogativo com o recurso à

técnica das perguntas.

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CARGA HORÁRIA:

4 horas.

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MÓDULO 4

Traumatismos mecânicos: Fraturas

OBJETIVO GERAL:

O objetivo geral do módulo Traumatismos mecânicos: Fracturas consiste na

classificação de fraturas, quanto à causa e lesão envolvente e nos tipos de tratamento

possíveis.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

O formando deverá ser capaz de:

Identificar corretamente uma fratura quanto à causa, sem recorrer ao manual;

Identificar corretamente uma fratura quanto à lesão envolvente, sem recorrer

ao manual;

Exemplificar, sem hesitar e com recurso a outro formando voluntário, o correto

alinhamento de 2 articulações, sendo uma do membro inferior e outra do

membro superior;

Executar, com facilidade e tendo em conta o alinhamento articular, uma

imobilização de uma fratura de membro inferior.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Causas das fraturas

Classificação de fraturas quanto à lesão envolvente e quanto à causa

Alinhamento articular

Imobilização articular

METODOLOGIA:

Neste módulo serão utilizados os métodos expositivo, interrogativo com o recurso à

técnica das perguntas e demonstrativo, utilizando a técnica da demonstração.

Page 11: Curso básico de socorrismo (formação)

CARGA HORÁRIA:

6 horas.

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MÓDULO 5

Lesões vasculares: Choque e Hemorragia

OBJETIVO GERAL:

O objetivo geral do módulo Lesões vasculares: Choque e Hemorragia consiste na

distinção entre choque e hemorragia, sabendo como atuar em cada caso.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

O formando deverá ser capaz de:

Distinguir, corretamente e por escrito, hemorragia de choque hipovolémico,

tendo por base os conhecimentos transmitidos pelo formador;

Identificar, verbalmente e sem falhas, através da apresentação de uma

situação real pelo formador, o grau de hemorragia de uma vítima;

Identificar, por escrito e em 30 segundos, as causas possíveis do choque

hipovolémico;

Enunciar, verbalmente e sem hesitar, 3 sinais e 3 sintomas do choque

hipovolémico descritos num texto baseado numa situação real, fornecido pelo

formador.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Definição de hemorragia e choque hipovolémico

Graus de hemorragia

Causas do choque hipovolémico

Distinção entre hemorragia e choque

Sinais e sintomas da hemorragia e do choque hipovolémico

METODOLOGIA:

Page 13: Curso básico de socorrismo (formação)

Neste módulo serão utilizados os métodos expositivo e interrogativo com o recurso à

técnica das perguntas.

CARGA HORÁRIA:

2 horas.

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MÓDULO 6

Envenenamento e intoxicação (2h)

OBJETIVO GERAL:

O objetivo geral do módulo Envenenamento e intoxicação consiste na identificação de

uma vítima de envenenamento, agindo de acordo com as indicações do CIAV.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

O formando deverá ser capaz de:

Identificar corretamente a designação da sigla CIAV, sem recorrer ao manual;

Enumerar, verbalmente e sem erros, os grupos profissionais da equipa que

constituem o CIAV, tendo por base os conhecimentos transmitidos na

formação;

Enunciar, pela ordem devida, os passos a seguir perante uma vítima de

intoxicação, de acordo com as guidelines estabelecidas;

Identificar, por escrito, duas consequências de uma intoxicação por sedativos,

sem hesitar.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Definir intoxicação e envenenamento

Conhecer o CIAV

Intoxicações medicamentosas

METODOLOGIA:

Neste módulo serão utilizados os métodos expositivo e interrogativo, recorrendo à

técnica das perguntas.

CARGA HORÁRIA:

2 horas

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MÓDULO 7

Alterações na glicemia capilar

OBJETIVO GERAL:

O objetivo geral do módulo Alterações na glicemia capilar consiste na identificação das

principais alterações do metabolismo, sabendo actuar perante uma situação

emergente de hiper e hipoglicémia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

O formando deverá ser capaz de:

Definir, corretamente e por escrito, os conceitos de hipoglicémia e

hiperglicémia sem recorrer ao manual;

Identificar, por escrito e sem falhas, 2 sinais e sintomas de uma crise

hipoglucémica;

Demonstrar, executando a técnica de avaliação da glicemia capilar, recorrendo

apenas ao kit do diabético e em 30 segundos;

Identificar, citando correctamente e por escrito, os diferentes tipos de insulina

quanto à rapidez de actuação;

Descrever verbalmente os passos para administração de insulina,

demonstrando como se manipula uma caneta de insulina, sem recorrer ao

formador

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Alterações no metabolismo

Sinais e sintomas

Avaliação da glicemia capilar

Tipos de insulina

Page 16: Curso básico de socorrismo (formação)

METODOLOGIA:

Neste módulo serão utilizados os métodos expositivo, interrogativo, recorrendo à

técnica das perguntas e demonstrativo, realizando uma demonstração da técnica

mencionada.

CARGA HORÁRIA:

4 horas

Page 17: Curso básico de socorrismo (formação)

MÓDULO 8

Crise convulsiva

OBJETIVO GERAL:

O objetivo geral do módulo Crise Convulsiva consiste em dotar o formando de

conhecimentos para actuar perante uma vítima em crise convulsiva.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

O formando deverá ser capaz de:

Identificar, verbalmente e sem erros, 4 causas que podem provocar uma crise

convulsiva, tendo como referência o manual fornecido

Saber posicionar corretamente a vítima de crise convulsiva, exemplificando

com o modelo de formação

Identificar corretamente os passos a seguir perante uma vítima em crise

convulsiva, sem recorrer ao manual

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Definição de crise convulsiva

Causas da crise convulsiva

O que fazer e não fazer perante uma crise convulsiva

Posicionamento da vítima

METODOLOGIA:

Neste módulo serão utilizados os métodos expositivo, interrogativo, recorrendo à

técnica das perguntas e demonstrativo, recorrendo à demonstração.

CARGA HORÁRIA:

4 horas

Page 18: Curso básico de socorrismo (formação)

MÓDULO 9

Alterações respiratórias: Asfixia

OBJETIVO GERAL:

O objetivo geral do módulo Alterações respiratórias: Asfixia consiste na obtenção de

conhecimentos por parte do formando sobre a principal emergência respiratória, a

asfixia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

O formando deverá ser capaz de:

Identificar alterações respiratórias, citando corretamente dois exemplos destas,

sem recorrer ao manual;

Exemplificar, sem erros, a colocação de uma vítima em posição de PLS, com a

ajuda de outro formando;

Simular a abertura de via aérea em vítimas sem reacção aparente,

exemplificando com um colega de formação e sem ajuda.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Anatomia do sistema respiratório

Alterações respiratórias. Sinais e sintomas

Posição Lateral de segurança

Desobstrução da via aérea

Manobra de Heimlish

METODOLOGIA:

Neste módulo serão utilizados os métodos expositivo, interrogativo com a técnica das

perguntas e demonstrativo, realizando uma demonstração.

Page 19: Curso básico de socorrismo (formação)

CARGA HORÁRIA:

8 horas

Page 20: Curso básico de socorrismo (formação)

MÓDULO 10

Paragem cardiorrespiratória. Cadeia de sobrevivência e SBV

OBJETIVO GERAL:

O objetivo geral do módulo Paragem cardiorrespiratória. Cadeia de sobrevivência e

SBV consiste em adquirir conhecimentos sobre o sistema cardiorrespiratório, assim

como reconhecer uma vítima em paragem cardiorrespiratória e atuar corretamente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

O formando deverá ser capaz de:

Conhecer a anatomia do sistema cardiorrespiratório, identificando duas

diferenças entre anatomia deste sistema no adulto e na criança, sem erros

Definir verbalmente e sem erros, paragem cardíaca, paragem respiratória e

paragem cardiorrespiratória, sem recorrer ao manual

Enunciar corretamente e por escrito, as duas primeiras etapas da cadeia de

sobrevivência

Simular um diálogo com o CODU (chamada 112), dizendo com uma taxa de

sucesso de 90%, todas as informações relevantes a dar por telefone.

Identificar, por escrito e sem falhas, pelo menos 2 erros numa simulação do

algoritmo SBV no adulto.

Realizar, com precisão técnica, as compressões e ventilações inerentes ao

algoritmo SBV pediátrico e do adulto, sem recorrer ao auxílio do formador.

Enunciar, verbalmente e sem erros, 2 diferenças entre SBV no adulto e

pediátrico

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Anatomia do sistema cardiorrespiratório

Paragem cardíaca e paragem respiratória

Cadeia de sobrevivência

CODU

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SBV no adulto e pediátrico

METODOLOGIA:

Neste módulo serão utilizados os métodos expositivo, interrogativo com a técnica das

perguntas, demonstrativo, recorrendo à demonstração de uma situação prática, e

método ativo, recorrendo ao brainstorming.

CARGA HORÁRIA:

14 horas

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AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS

A avaliação das aprendizagens adquiridas durante o Curso de Socorrismo Básico

encontra-se dividida em três fases: uma avaliação diagnóstica, uma avaliação

formativa e uma avaliação sumativa.

A avaliação diagnóstica, que é realizada no início do curso, contempla um conjunto de

informações acerca dos conhecimentos que o formando já possui. Neste sentido,

pretende completar os dados previamente fornecidos pelos formandos durante a

inscrição no curso, realizando um exercício escrito inicial que será realizado em

grupos. Este tipo de avaliação tem como finalidade o diagnóstico dos conhecimentos,

essencialmente teóricos, dos formandos sobre os temas que serão abordados durante

o curso, havendo uma correcção conjunta que servirá como ponte para a introdução

ao primeiro módulo do curso.

A avaliação formativa, consistindo numa avaliação contínua ao longo do período de

formação, permite ao formador avaliar a aquisição de conhecimentos e a colocação

dos mesmos em prática. Desta forma, recorrer-se-á à realização de simulações

práticas/demonstrações e posterior reprodução, à formulação de perguntas, assim

como à formulação de situações reais, para que os formandos procurem a solução.

A avaliação sumativa, ou avaliação final, pretende a comparação entre objectivos

propostos e resultados atingidos pelos formandos. Pretende avaliar se o formando no

final desta formação consegue actuar perante uma situação emergente/inesperada,

mantendo a calma, e, ao mesmo tempo, exercendo a autoridade necessária para a

resolução de problemas. Incidirá, também, na realização de um novo exercício escrito,

que será já realizado de forma individual e que engloba os conhecimentos transmitidos

durante o curso, considerados mais importantes. Esse exercício final terá a duração de

30 minutos, sendo que haverá novamente uma correcção conjunta.

Os módulos serão, também, avaliados individualmente, e será o conjunto que definirá

o aproveitamento do formando no curso. O aproveitamento varia numa escala

numérica que varia do nível 1 ao nível 5, sendo que a sua correspondência em termos

qualitativos verifica-se do seguinte modo:

Nível 1: Muito Insuficiente

Nível 2: Insuficiente

Nível 3: Suficiente

Nível 4: Bom

Nível 5: Muito Bom.

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A ponderação de cada um dos elementos apresentados como formas de avaliação

realizar-se-á do seguinte modo:

1. Avaliação das aprendizagens por módulos (50%)

2. Exercício escrito de avaliação final (50%)

No final do curso, o aproveitamento do formando será estabelecido da seguinte forma:

Formando com aproveitamento (APTO) se a sua classificação for igual ou

superior ao nível 3, correspondendo a “Suficiente”, “Bom” ou “Muito Bom” e

tendo registado uma assiduidade de 90% sobre a duração total do curso;

Formando sem aproveitamento (NÃO APTO) se a sua classificação foi igual

ou inferior ao nível 2, correspondendo a “Insuficiente” ou “Muito Insuficiente”

ou não tendo registado uma assiduidade mínima de 90% sobre a duração

total do curso.

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RECURSOS MATERIAIS/DIDÁTICOS

Para cada módulo, o formador necessitará de utilizar alguns recursos materiais e

didácticos. Deste modo, apresentam-se seguidamente os recursos necessários, de

acordo com os módulos nos quais serão utilizados.

Em todos os módulos:

14 mesas

14 cadeiras

14 kit do curso (manual impresso em papel + caneta + bloco de notas)

Quadro branco

Videoprojector

Computador

Nos módulos 1, 8 e 9:

Manequim cabeça, tronco e membros

No módulo 4:

14 Toalhas ou lençóis

14 Planos duros (pau, pedaço de madeira,…)

No módulo 7:

1 Kit diabético (glucómetro, caneta de insulina e lanceta)

15 lancetas

15 bolinhas de algodão

1 solução alcoólica

3 ampolas de insulina (rápida, mista e lenta)

No módulo 10:

Manequim cabeça e tronco

Máscara com válvula unidireccional

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RECURSOS BIBLIOGRÁFICOS

Conselho Português de Ressuscitação. Manual de Suporte Básico de Vida.

Edição 2007

PHIPPS, Wilma J. et al. Enfermagem Médico-Cirúrgica. 6.ª ed. Loures:

LusoCiência, 2003.

European Ressuscitation Council Guidelines 2010

www.inem.pt