Curiosidades Que a Física Explica

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Este guia, que na realidade é organizado a partir de uma compilação das curiosidades

mais comuns do nosso cotidiano, onde a ciência pode explicar, em especial a Física.

Que sirva de estímulo aos estudantes para aguçar a curiosidade e possibilitar que o

acréscimo de conhecimentos seja concreto, principalmente pelo fato estar instigando a busca do

conhecimento em situações que muitas vezes no dia-a-dia nos deparamos a perguntar.

Professor Cristian Fernandes Santos

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INDICE

Sumário 1. Por que os vidros do carro embaçam quando está chovendo? .............................................. 5

2. Qual o fenômeno físico que explica a ocorrência de listas periódicas se movimentando nos monitores de computador quando filmados por câmeras de vídeo? ........................................ 5

3. Porque as crianças sentem mais frio que os adultos?............................................................ 5

4. Por que o milho explode e se transforma em pipoca? ........................................................... 5

5. Como a água quente ajuda a soltar a gordura da panela? ................................................... 5

6. Por que ficamos com "voz de pato" ao inalarmos gás de bexiga? ........................................ 6

7. Por que sai fumaça do chuveiro se a água não chega a 100 ºC? ........................................... 6

8. O que é um buraco branco? ..................................................................................................... 6

9. Como é calculada a sensação térmica?................................................................................... 7

10. Por que estourar uma bexiga ou um saquinho com ar faz tanto barulho?......................... 7

11. Por que o pão sempre cai com a manteiga para baixo? ...................................................... 8

12. Em que situação foi tirada a clássica foto de Albert Einstein com a língua de fora? ......... 8

13. Por que não pode haver velocidade maior que a da luz? .................................................... 9

14. Como é medida a massa das partículas se não dá para pesá-las numa balança? ............. 9

15. Qual é a menor partícula existente? ..................................................................................... 9

16. Por que sentimos uma vibração nos dedos quando tocamos a tela da televisão? .......... 10

17. Porque nos estados do nordeste, a tensão é de 220V, enquanto nos estados do sul ela é apenas 110V? ............................................................................................................................. 10

18. Como funcionam os cartões telefônicos?............................................................................ 10

19. É verdade que as pilhas gastas se recarregam na geladeira? ........................................... 10

20. Por que os pássaros não morrem ao pousar em um fio de alta tensão? .......................... 11

21. Para onde aponta uma bússola no espaço? ....................................................................... 11

22. O timbre da voz muda ao ser gravada? .............................................................................. 11

23. Por que, quando os aviões sobrevoam uma casa, as imagens da televisão sofrem interferência? ............................................................................................................................. 11

24. Por que as juntas das pessoas estalam? ............................................................................. 12

25. O que é microfonia? ............................................................................................................. 12

26. Com um bom equipamento, dá para ouvir um jogo do Vasco em Marte? ....................... 12

27. Por que ouvimos o barulho do mar quando encostamos uma concha no ouvido? .......... 13

28. Por que o Sol e a Lua são maiores no horizonte? ............................................................... 13

29. Por que as estrelas piscam?................................................................................................. 13

30. Por que a chama do fogão ilumina menos que a da vela? ................................................ 13

31. Se a luz se propaga em tinha reta, por que o arco-íris é curvo? ....................................... 14

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32. Um saco plástico com água realmente afasta moscas? .................................................... 14

33. Por que a espuma de sabão é sempre branca? .................................................................. 14

34. O que é o aerossol? Por que ele fica gelado quando agitado? .......................................... 15

35. Por que os aviões a jato deixam um rastro no céu? ........................................................... 15

36. O vidro é considerado como no estado líquido? Por quê? ................................................. 16

37. Existe diferença de peso entre 1 litro de água quente e 1 litro de água fria? .................. 16

38. Por que sentimos frio quando estamos com febre? ........................................................... 16

39. Por que a cerveja, ainda líquida quando retiramos a garrafa do congelador, congela em contato com as mãos? ............................................................................................................... 17

40. Seria possível subir em um balão, esperar a Terra girar, e depois descer em outro lugar?17

41. Por que o ovo não quebra quando pressionado nas extremidades? ................................. 17

42. Por que Vênus e Urano giram em sentido contrário ao dos outros planetas do Sistema Solar?..................................................................................................................................................... 18

43. Por que a velocidade dos barcos é medida em nós? .......................................................... 18

44. A bala de um tiro dado para cima pode matar alguém? ................................................... 18

45. Por que sentimos frio na barriga em descidas?.................................................................. 19

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1. Por que os vidros do carro embaçam quando está chovendo? Para que o vidro embace não é necessário que esteja chovendo. O que ocorre é que nosso ar contém vapor d'água. Quando a temperatura cai muito, esses vapores podem se liquefazer. Então, quando está frio ou chove, o vidro do carro resfria e faz com que o vapor de água presente no ar, de dentro do carro, perca calor. Ele se liquefaz ao se chocar com o vidro, formando gotículas de água, embaçando o vidro!

2. Qual o fenômeno físico que explica a ocorrência de listas periódicas se movimentando nos monitores de computador quando filmados por câmeras de vídeo? Esse fenômeno tem o nome de "flickering". Nosso cérebro é capaz de "ver" até 24 quadros diferentes por segundo. O que é isto? Se projetarmos diversos desenhos numa tela, você irá perceber todos eles... Entretanto, se projetar muitos quadros durante um segundo (mais de 24), seu cérebro irá interpretar as imagens como sendo um desenho animado. O que acontece é que, na tela do computador, são projetados 40 quadros por segundo e você não consegue perceber o intervalo entre um quadro e outro. A câmera de vídeo é capaz de gravar mais de 80 quadros por segundo. Assim, quando você filma a tela do computador, a câmera é capaz de registrar o que o seu olho não consegue: os 40 quadros que a tela do computador forma em um segundo. Então, quando você reproduz a fita, pode observar as listas mencionadas, que mostram como os quadros do computador são projetados. Se ambos tivessem a mesma freqüência (como ocorre quando aparece uma televisão dentro de outra, você não perceberia nada!

3. Porque as crianças sentem mais frio que os adultos? O estudo de áreas e volumes nos ajuda a explicar algumas situações do dia-a-dia como, por exemplo, porque uma criança sente mais frio que um adulto. Para entender esse fato, pense em dois cubos de ferro maciço, um de aresta 3 cm e outro de aresta 6 cm, ambos à mesma temperatura de 36 °C. Colocando-os em um ambiente de temperatura mais baixa, o cubo menor perderá calor mais rapidamente que o maior. Na linguagem do cotidiano dizemos que o menor se resfriará mais rapidamente que o maior. Isso ocorre porque a razão da área total para o volume do cubo pequeno, 6.3²/3³ = 2, é maior que a razão correspondente no cubo grande, 6 . 6²/6³ = 1, ou seja, a superfície em contato com o ambiente é relativamente maior no cubo pequeno. O mesmo acontece com uma criança e um adulto. A razão da área para volume do corpo de uma criança é maior que a razão correspondente em um adulto, por isso a criança tem maior dificuldade em manter o calor de seu corpo e, portanto, sente mais frio.

4. Por que o milho explode e se transforma em pipoca? Um dos fatores que ocasionam a explosão do milho de pipoca é o fato de que dentro do grão podemos encontrar uma pequena quantidade de água. Ao aquecermos o milho aquecemos junto essa “aguinha” lá de dentro, o resultado é um aumento de pressão interna que desencadeia uma explosão. Historicamente os descobridores da pipoca são os índios americanos que faziam verdadeiros churrascos de pipoca, ou seja, eles colocavam as espigas em espetos que eram levados diretamente ao fogo. Infelizmente a sensacional mistura de pipoca e guaraná foi descoberta muito mais tarde, afinal, o guaraná foi cultivado pelos indígenas brasileiros enquanto que a pipoca pelos indígenas da américa do norte

5. Como a água quente ajuda a soltar a gordura da panela? Simples: ela faz a oleosidade derreter. Isso porque até mesmo as gorduras mais duras de roer se tornam líquidas com a maior facilidade. Basta uma temperatura de mais ou menos 80 °C para liquefazer até mesmo

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gorduras sólidas como a banha. Gorduras líquidas, como óleos vegetais (de oliva, girassol, soja etc.), aguentam menos calor ainda: a água quente as deixa instantaneamente menos viscosas e elas se desprendem da panela no ato. É claro que, para uma lavagem perfeita, é necessário um detergente. Esses produtos fazem a gordura líquida aderir à água e ser enxaguada junto com ela. Mas, se a limpeza não for caprichada, a panela irá atrair ainda mais gordura quando for de novo para fogão. A tendência é que mais gordura se cole a uma panela suja do que a uma limpa. A razão disso é que a sujeira tem maior afinidade química com uma superfície já engordurada. Assim, é preciso tomar ainda mais cuidado com aquela panela velha. Ela pode até fazer comida boa, mas, como geralmente tem superfície irregular, fica com muito mais gordura incrustada.

6. Por que ficamos com "voz de pato" ao inalarmos gás de bexiga? Porque nosso aparelho vocal fica repleto de hélio, gás usado para inflar os balões. Como a velocidade do som no hélio é maior do que no ar, o timbre da voz fica distorcido. Ao se formar nas cordas vocais, o som da voz ainda é bem fraquinho. Mas ao caminhar pela garganta, boca e cavidades nasais ele ricocheteia pelas paredes dessas estruturas e aumenta de volume. O veículo que o som usa para percorrer esse caminho, claro, é o ar. Nesse meio, o som viaja a 1 191 km/h, determinando o jeitão normal de nossa voz. No hélio, como a velocidade chega a 3 207 km/h, o som vai rebater quase três vezes mais rápido nas paredes do aparelho vocal. A voz, então, vai ganhar um timbre estilo Pato Donald. Apesar de engraçada, a experiência pode ser perigosa. Há até registros de pessoas que morreram ao inalar muito hélio nessa brincadeira! O máximo que dá para fazer sem risco é respirar o gás de uma pequena bexiga - e só por uma fração de segundo.

7. Por que sai fumaça do chuveiro se a água não chega a 100 ºC? Porque a água não precisa chegar a 100 ºC para passar para o estado gasoso. Se a água só virasse vapor a 100 ºC, nunca haveria chuva, pois rios, lagos e mares jamais entrariam em ebulição. O segredo é que, além da ebulição, a água pode passar do estado líquido para o gasoso por duas outras maneiras. A primeira é a calefação, uma mudança quase imediata de estado. Ela ocorre quando você joga água numa chapa quente, por exemplo. A segunda é a evaporação. Para evaporar, a água precisa estar só um pouco mais quente que o ar. É aí que entra o chuveiro: ele consegue gerar essa diferença de temperatura para fazer a água virar vapor. As gotinhas que caem a uma temperatura de pelo menos 20 ºC superior à do ambiente têm boas chances de evaporar. Só para exemplificar, num banho beeeem quente, com temperatura média em torno dos 45 ºC, cerca de 10% da água se perde em forma de vapor. Em um chuveiro elétrico comum, isso significa que cerca de 1,5 litro passa para o estado gasoso durante uma ducha rápida de apenas cinco minutos. A todo vapor Fumaça é formada por moléculas de água que conseguiram passar para o estado gasoso 1. O que define o estado da água - sólido, líquido ou gasoso - é a agitação de suas moléculas. Quanto mais agitadas, maior será a temperatura do líquido. Na água que desce do chuveiro a uma média de 40 ºC, por exemplo, há algumas gotinhas com moléculas em agitação equivalente a 50 ºC. Para elas, é mais fácil se desgarrar da coluna d’água e virar vapor 2. Nesse mesmo banho a 40 ºC, há gotinhas em que as moléculas têm temperatura de 30 ºC. Como suas moléculas estão menos agitadas, elas têm menos energia e não conseguem passar para o estado gasoso. Elas permanecem no estado líquido e garantem o nosso banho

8. O que é um buraco branco? Do ponto de vista da astrofísica, um buraco branco é o oposto de um buraco negro. Mas isso só vale mesmo de forma conceitual, porque, na prática, não existe nenhuma comprovação da existência de buracos brancos no espaço. Eles nada mais são do que uma conseqüência hipotética da Teoria da Relatividade -

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aquela do Einstein mesmo. Complicado, né?! Vamos tentar, então, colocar a coisa de uma forma mais simples, para desespero dos astrofísicos. Você já deve ter ouvido que um buraco negro suga toda a matéria e a luz ao seu redor, fazendo com que elas simplesmente desapareçam. No passado, alguns astrofísicos acreditavam que essa matéria poderia entrar pelo buraco negro e aparecer em outro universo, através de um buraco branco. Ele seria, portanto, uma espécie de lado oposto do buraco negro: um lugar onde energia e matéria apareceriam espontaneamente. Essa teoria parte do princípio de que existam outros universos, além do nosso. Só que até hoje nem a existência desses outros universos é comprovada. Muito menos a dos buracos brancos. Em função da falta de comprovações da existência dos buracos brancos, esse assunto foi pouco a pouco sendo deixado para trás pelos astrofísicos, que preferiam queimar seus neurônios em temas mais paupáveis, embora, para nós, mortais, nenhum assunto astrofísico pareça muito paupável... Conclusão: além de não existir na prática, o buraco branco está sumindo em teoria.

9. Como é calculada a sensação térmica? O cálculo da sensação térmica, que é a temperatura que realmente sentimos em uma determinada situação, deve levar em conta dois fatores: velocidade do vento e umidade relativa do ar. A tabela disponibilizada no site do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) calcula que a sensação térmica diminui aproximadamente 1ºC a cada vez que os ventos chegam a 7 km/h – quanto maior a velocidade do vento, maior o calor retirado da superfície da pele, e, portanto, maior a sensação de frio. Por exemplo, em um local com temperatura ambiente de 10ºC e ventos de 7 km/h, a sensação térmica é de 9 ºC. Para ter uma idéia, um vento de 7 km/h está longe de ser um furacão, que tem ventos de no mínimo 118 km/h de velocidade. O problema é que as fórmulas usadas pelos institutos de meteorologia no Brasil consideram apenas a velocidade do vento, e não levam em conta a umidade do ar. Numa temperatura xis, com ar seco, sentimos um certo frio. Já, se ocorrer a mesma temperatura com chuva, a tendência é sentirmos ainda mais frio. O frio seco é menos sentido que o frio úmido.

10. Por que estourar uma bexiga ou um saquinho com ar faz tanto barulho? A bexiga cheia tem altas pressão interna e energia elástica (que faz com que ela volte a ficar murcha). Ao abrir uma fresta na boca da bexiga, o ar sai aos poucos e a energia é liberada suavemente. Já quando espetamos uma agulha, a energia é liberada toda de uma vez! Assim, o furo inicial se amplia e o ar que estava ali dentro apertado, louco pra sair, se expande de repente! Essa expansão abrupta provoca uma forte vibração do ar, que viaja a cerca de 340 m/s até nossos ouvidos, onde a vibração do tímpano transforma o ar em som!

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11. Por que o pão sempre cai com a manteiga para baixo? Há algum tempo surgiu esta pergunta bastante pertinente. Tal questionamento surgiu principalmente depois da famosa lei de Murphy. Mas o que vem a ser a lei de Murphy? Para quem não sabe, Murphy foi um cientista que estudava a tolerância humana a altas acelerações. E em um de seus experimentos ele precisou ligar 16 acelerômetros, porém havia 2 formas diferentes para ser ligado cada um deles, um seria a forma correta e a outra errada. Adivinhe o que aconteceu? Todos os 16 foram ligados de forma errada. Foi ai que ele disse “Se há duas ou mais formas de fazer alguma coisa e uma das formas resultar em catástrofe, então alguém a fará“. Porém, o que ele disse foi apenas uma brincadeira, satirizando o que havia acontecido com ele. E posteriormente, com a imaginação popular, criaram-se variantes dessa lei. “Por que o pão sempre cai com a manteiga para baixo?”. Muitos crêem que a única resposta para isso é lei de Murphy. Mas calma você não é tão azarado(a) assim. Algumas pessoas também procuram uma resposta na física para essa pergunta, porém sem nenhum embasamento científico de fato. Ouve-se bastante a “quando você passa manteiga no pão, o pão fica mais pesado do lado da manteiga, então a força gravitacional puxa esse lado pra baixo…”. É exatamente por isso que estamos aqui, para responder e desmistificar essa incógnita. Quando um objeto com o formato parecido de um pão, uma torrada, um livro cai, ele tende a girar e a responsável por esse giro é uma “força” chamada Torque Gravitacional. Mas como a distância entre a mesa e o chão é muito pequena, quando o pão cai, geralmente, não tem altura suficiente para fazer uma volta completa em torno do seu eixo. Por exemplo: quando você passa a manteiga no pão e deixa-o em cima da mesa, você não o deixa com a manteiga para baixo e sim para cima, então quando você esbarra no pão ou o deixa cair de sua mão, ele vai cair girando, mas só vai ter tempo de dar meia volta e cair com a manteiga para baixo.

12. Em que situação foi tirada a clássica foto de Albert Einstein com a língua de fora? Ela foi tirada no dia 14 de março de 1951, quatro anos antes de sua morte. A data marcava o 72° aniversário do cientista, que trabalhava, então, na Universidade de Princeton, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Durante a comemoração, um fotógrafo da agência de notícias United Press International (UPI) pediu que Einstein sorrisse para sair bem no retrato. Ao ridicularizar o pedido, franzindo a testa, arregalando os olhos e mostrando a língua, ele criou uma das imagens mais conhecidas do história da humanidade e que imediatamente vem à nossa mente quando pensamos no criador da Teoria da Relatividade e ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1921. Bastante discreto, Einstein não conseguia entender como havia se tornado cão popular escrevendo livros de interesse tão específico, de difícil compreensão para a grande maioria do público. Mas a pose caricatural ajudou a aumentar ainda mais sua fama. No final das contas, ele gostou tanto da foto que passou a distribuir cópias aos amigos em datas especiais, como aniversários e o dia de Natal.

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13. Por que não pode haver velocidade maior que a da luz? Nenhum objeto consegue ultrapassar 1,08 bilhão de km/h - a velocidade da luz no vácuo - porque todos os corpos ganham massa conforme sua rapidez aumenta. À primeira vista, essa idéia parece absurda: como é possível ficarmos mais pesados à medida que nos movimentamos mais rápido? A verdade é que esse efeito só é perceptível quando a velocidade é muito, muito alta. Imagine que você pudesse correr a 1,07 bilhão de km/h, o equivalente a 99,9% da velocidade da luz. A essa rapidez estonteante, sua massa cresceria espantosamente: um corpo de 80 quilos, digamos, passaria a ter quase duas toneladas! Isso acontece porque energia e massa estão intimamente ligadas. De acordo com a célebre fórmula do físico alemão Albert Einstein, E = MC2 (onde "E" representa a energia, "M", a massa e C2 a velocidade da luz no vácuo), se a energia de alguma coisa aumenta, sua massa vai crescer também. O segredo é que, quando um objeto aumenta de velocidade, isso significa justamente que ele ganhou mais energia. Uma das conseqüências é que o peso também aumenta e torna-se cada vez mais difícil acelerar o corpo. Se algum objeto pudesse chegar à velocidade da luz, sua massa seria infinita. Nessa situação, seria necessária uma força igualmente infinita para acelerar nosso objeto - mas nem o Universo inteiro tem tanta energia. A luz, claro, só alcança sua estonteante velocidade porque não tem massa. Entretanto, para todos os outros objetos do mundo, a massa nunca deixará a rapidez superar esse valor.

14. Como é medida a massa das partículas se não dá para pesá-las numa balança? Por meio de uma medida indireta, com os chamados aceleradores de partículas. No mundo subatômico, a força mais ativa é a eletromagnética, que consegue manter os elétrons orbitando em torno de prótons e nêutrons. Medindo a interação dos minúsculos elementos com essa força, dá para descobrir quanto eles pesam. Para isso, os pesquisadores usam os aceleradores de partículas, criando um campo magnético capaz de impulsionar os elementos subatômicos dentro de um grande tubo. Depois, fazem a partícula bater de frente com outro campo magnético, gerando um desvio em sua trajetória. Quanto menor o desvio, maior a massa. Hoje, as massas das partículas mais importantes são conhecidas. Sabe-se que o próton e o nêutron têm, cada um, 1,6 x 10–24 grama (ou 0,0000000000000000000000016 g). É infinitamente pequeno, mas ainda assim é 1840 vezes mais pesado que a massa do elétron, de apenas 9,1 x 10–28 grama.

15. Qual é a menor partícula existente? Você já ouviu falar em fótons e glúons? Pois são eles os menores componentes do átomo - formados por energia pura, nem massa têm. Fótons são as partículas de luz batizadas por Einstein, enquanto os glúons são chamados de partículas mensageiras, por ligarem os quarks (outro tipo de partícula subatômica) ao interior dos prótons e nêutrons. Entre as partículas que têm alguma massa, a menor é o neutrino. Ele pode ter 4 x 10–33 grama. Isso equivale a um bilionésimo de trilionésimo de trilionésimo de grama - e dá uma massa 100 milhões de vezes menor que a do próton, que tem 1,67 x 10–24 grama. Para ter uma idéia do que isso significa, se o próton fosse do tamanho de uma bola de gude, o átomo seria o equivalente a um estádio de futebol. Seria necessário enfileirar 50 milhões desses Maracanãs microscópicos para poder formar uma linha de apenas 1 centímetro! Ao contrário dos prótons, os neutrinos não são como tijolinhos que compõem matéria - e sim, partículas ejetadas por átomos a partir do interior de estrelas como o Sol. Acredite: bilhões e bilhões dela atravessam seu corpo agora mesmo enquanto você lê este Site.

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16. Por que sentimos uma vibração nos dedos quando tocamos a tela da televisão? O bombardeio de elétrons responsável pela formação de imagens acaba por estabelecer uma carga negativa que recobre toda a tela do aparelho. Ao tocarmos nela, reagimos como um fio-terra, que retira a eletricidade do televisor. Dessa forma, os elétrons saltam para os dedos, produzindo pequenas faíscas que provocam essa sensação parecida com cócegas. É mais fácil observar o mesmo efeito aproximando a cabeça da tela: os cabelos, fortemente atraídos pela carga negativa, ficam literalmente em pé.

17. Porque nos estados do nordeste, a tensão é de 220V, enquanto nos estados do sul ela é apenas 110V? Resumidamente o que acontece é que por questão de economia algumas regiões são abastecidas com voltagem de 220volts. O governo em algumas regiões dá concessões para empresas fornecerem energia elétrica para a população e em troca as empresas constroem as linhas de transmissão que é o mais caro. Para se ter um lucro maior em menor tempo essas empresas economizam na distribuição de energia. Mas como isso é feito ? Fios mais grossos, caros e mais duradouros não são usados e sim fios mais finos e baratos. Com fios mais finos porém, você tem uma maior resistência visto pela equação R = ρ.L/A R = resistência ρ = tipo de material L = comprimento A = área da seção transversal. Os 3 primeiros parâmetros são os mesmos, mas a área de fios mais finos é menor e consequentemente isso levará a uma resistência maior. Tendo que fornecer uma certa corrente para as residências as empresas são obrigadas assim a aumentar a voltagem, visto que V = R.i Com uma maior resistência, para se ter a mesma corrente é necessário aumentar-se a voltagem de abastecimento. Espero que, mesmo tendo exposto tanta coisa e tão resumidamente, você tenha entendido o espírito da coisa. Portanto onde essas concessões do governo se concentram, e o uso de fios mais finos na distribuição se faz, acarretam num aumento da voltagem de fornecimento para 220volts.

18. Como funcionam os cartões telefônicos? O verso do cartão contém microfusíveis distribuídos simetricamente ao longo da sua superfície. Eles vão sendo apagados à medida que se gasta tempo nas ligações. Quando o cartão é introduzido no orelhão e a chamada telefônica é iniciada, o aparelho recebe o impulso de tarifação da central telefônica. Para cada impulso recebido, o aparelho comanda a queima de um microfusível específico, por meio de correntes eletromagnéticas. A central telefônica determina a freqüência de queima de unidades do cartão, que pode ser, conforme a distância, de uma unidade a cada 3 minutos (ligações locais) até dez unidades a cada 30 segundos (ligações de longa distância).

19. É verdade que as pilhas gastas se recarregam na geladeira? Não. A pilha comum chamada seca, utilizada nos brinquedos e aparelhos eletrônicos domésticos, só descarrega — e não recebe — energia, devido ao seu líquido condutor de elétrons, selado e imobilizado. A pilha funciona com um pólo positivo e outro negativo, separados por gases, fazendo passar uma corrente elétrica pelo líquido. A baixas ou altas temperaturas, o choque térmico dilui a camada isolante de gases no líquido, despolarizando a pilha, que funcionará até polarizar-se novamente, logo a seguir. As próprias pilhas têm produtos químicos para diluir a camada de gases, mas eles tendem a perder o efeito com o tempo.

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20. Por que os pássaros não morrem ao pousar em um fio de alta tensão? Porque quando o passarinho pousa na rede elétrica as duas patas do bicho ficam apoiadas no mesmo fio. Nessa situação, não passa nenhuma corrente pelo corpo da ave e ela pode descansar tranqüila. O que faz a corrente elétrica fluir é a diferença de tensão entre dois pontos. A história é diferente quando o bicho toca qualquer parte do corpo em outro lugar enquanto mantém os pés no fio. Se ele encostar a asa em um poste e continuar usando a linha como poleiro, por exemplo, a diferença de tensão chega a 7600 volts. Isso geraria uma corrente violenta, capaz de transformar o pobre animal em uma porção bem torrada de passarinho. É justamente por esse motivo que os técnicos que fazem a manutenção da rede elétrica tomam todos os tipos de precaução enquanto trabalham - a principal delas é manter uma distância segura do poste na hora do conserto.

21. Para onde aponta uma bússola no espaço? Depende! A princípio, ela fica literalmente desnorteada. Se a bússola estiver em uma nave espacial, por exemplo, será afetada pelo campo magnético gerado pelos fios da própria espaçonave. Afinal, uma bússola nada mais é que um detector desse tipo de campo. Caso o instrumento fique livre no espaço, longe de qualquer astro, não encontrará um campo magnético para onde apontar. É que, no vácuo próximo da Terra, o único elemento com alguma força magnética é o vento solar - o jato de partículas ejetado continuamente pelo Sol. Uma bússola convencional, porém, não notaria sua existência, já que ele produz um campo 5 000 vezes mais fraco que o do nosso planeta. Se ela se aproximar de algum corpo com campo magnético forte, como o próprio Sol, apontara para ele. Já se ela estiver perto do astro, mas junto de uma das chamadas manchas solares (regiões escuras e pequenas, mas com um campo magnético fortíssimo), sua agulha será atraída por ela. Resumindo: o equipamento só serve como um guia se estiver na Terra ou bem próximo dela. Nesse último caso, ele apontaria sempre para o Canadá - onde fica o Pólo Norte magnético, a centenas de quilômetros do Pólo Norte geográfico.

22. O timbre da voz muda ao ser gravada? Geralmente, sim. A voz humana alcança freqüências entre 20 e 20 000 hertz. Porém, a maioria dos aparelhos de gravação não capta todas essas freqüências, o que muda o timbre da voz quando é reproduzida pelo aparelho. O equipamento usado em estúdios para gravação profissional é de boa qualidade. Mas, quanto pior a qualidade do gravador, menor a faixa de freqüência que ele capta e maior a diferença do som da voz reproduzido. Quando se trata de ouvir a própria fala gravada, surge outro problema. É que a voz que a pessoa está acostumada a ouvir de si mesma é uma soma do som que sai pela boca e entra pelo ouvido com a vibração sonora que é transmitida pela estrutura óssea craniana. É estranho ouvir a própria voz sem a propagação através da estrutura craniana.

23. Por que, quando os aviões sobrevoam uma casa, as imagens da televisão sofrem interferência?

Essas interferências podem ocorrer por dois motivos. Primeiro, as ondas eletromagnéticas transmitidas pela estação de TV são refletidas na fuselagem do avião, o que faz com que elas cheguem ao aparelho por percurso e momentos diferentes e com potências desiguais. Na recepção do sinal, essas ondas se somam e são sintonizadas pelo receptor ao mesmo tempo. Essa soma produz ondas, que ora se reforçam ora se anulam, o que distorce as imagens no aparelho de televisão. Além disso, pode haver também interferências porque a fuselagem do avião, ao sofrer atrito com o ar, torna-se carregada eletricamente. Essa carga elétrica induz uma corrente elétrica intrusa, não associada ao sinal de TV, na antena receptora do monitor. Essa corrente interfere no sinal recebido, acabando também por prejudicar a imagem final.

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24. Por que as juntas das pessoas estalam? São vários os motivos. Um deles é quando o tendão — tecido fibroso que liga os músculos a outras estruturas anatômicas — se desloca de seu trajeto natural. Ele passa por dentro de uma espécie de túnel, composto por um tecido que o reveste e protege. Quando se desloca por causa de um movimento mais brusco, ocorre um atrito com as paredes desse túnel e o estalo. Fenômeno semelhante acontece com as articulações, que são estruturas cartilaginosas que ligam um osso a outro. Juntamente com os ossos, elas são envolvidas por ar e um líquido lubrificante, e recobertas por uma pele protetora. Um movimento inadequado dessas articulações causa um deslocamento do ar e o estalo. Esses dois casos podem ser considerados normais, mas existem situações em que esses estalos necessitam de uma maior atenção. Um bom exemplo é o da frouxidão ligamentar, quando os ligamentos, que unem uma articulação a outra, por distúrbios metabólicos ou trauma, ficam frouxos. Com isso, aumenta o atrito entre as superfícies articulares e ocorre o estalo.

25. O que é microfonia? É aquele barulho insuportavelmente agudo que costuma ser produzido quando um microfone ligado fica muito próximo da caixa de som. À primeira vista, parece que basta a presença do microfone para causar a interferência - mas não é bem assim. Qualquer ruído que entra pelo microfone ganha corpo nos amplificadores e sai mais alto pelas caixas de som. Se o microfone estiver perto demais dos alto-falantes, acaba captando o próprio ruído que sai deles - que, por sua vez, retorna ao amplificador, sai de novo pelas caixas e volta a alimentar o microfone, criando um círculo vicioso. Isso provoca uma reação em cadeia, na qual o som é amplificado sem parar. O resultado é a microfonia. Como todo o processo acontece em milésimos de segundo, o ruído agudo que ouvimos imediatamente já é resultado de inúmeras voltas que o som deu nesse ciclo. Mas também não é necessário que o microfone esteja próximo das caixas para produzir o fenômeno, se houver muitos deles ligados em um único ambiente. Além disso, instrumentos musicais amplificados também podem causar microfonia. A diferença é que numa guitarra elétrica, por exemplo, os sensores que captam o som das cordas substituem o microfone.

26. Com um bom equipamento, dá para ouvir um jogo do Vasco em Marte? Você pode acompanhar os jogos do Vasco, até mesmo fora do sistema solar. Mas tudo vai depender, é claro, da antena do super-rádio que tentará captar os sinais da transmissão da partida. As maiores antenas existentes– estamos falando de radiotelescópios com dezenas de metros de diâmetro – podem captar ondas eletromagnéticas a bilhões de quilômetros de distância. Alguns desses equipamentos já são usados pelos astrônomos aqui mesmo, na Terra. Eles servem, entre outras coisas, para rastrear possíveis sinais de vida extraterrestre. Mas existem alguns problemas que atrapalham a transmissão interplanetária. O primeiro contratempo é a atmosfera terrestre. As emissoras AM, por exemplo, não conseguem furar o bloqueio natural do nosso planeta e suas ondas não atingem o espaço. O mesmo não acontece com os sinais de TV ou das rádios FM, que se propagam pelo Universo até atingirem algum obstáculo. Também é preciso levar em conta que as ondas demoram para chegar ao destino. O receptor em Marte iria comemorar o gol com vários minutos de atraso. O astronauta também teria um trabalhão para identificar a voz do locutor no meio de vários programas simultâneos. Como existem milhares de rádios no mundo todo operando na mesma freqüência, quase todos esses sinais poderiam ser captados pelo ouvinte espacial. Isso não acontece na Terra porque as emissoras e os aparelhos receptores têm potência limitada. Para completar o desafio, você teria que esperar um bocado até conseguir ouvir um joguinho no solo marciano. Antes de 2014, a agência espacial americana não pretende mandar ninguém para lá.

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27. Por que ouvimos o barulho do mar quando encostamos uma concha no ouvido? Com seu interior semelhante a um labirinto em espiral, a concha funciona como uma caixa de ressonância, que concentra e amplifica os sons, produzindo um efeito apenas parecido com o barulho do mar. Esse fenômeno, conhecido como reverberação, é a soma dos vários ecos gerados dentro da concha. Ela está, na verdade, captando os sons residuais do ambiente, aqueles que não são registrados normalmente porque se propagam em todas as direções; isto é, passam direto pelo ouvido. As ondas sonoras repercutem dentro da concha, refletindo em suas paredes como a fala de alguém numa caverna. Vale lembrar que a reverberação não surge do nada: se estivermos em um compartimento fechado, em silêncio absoluto, não adiantará levar a concha ao ouvido.

28. Por que o Sol e a Lua são maiores no horizonte? Não são. Trata-se de uma ilusão de ótica. Quando se olha o alto do céu, não é possível estimar distâncias, pois não há nada por perto de dimensões conhecidas que possa ser comparada ao Sol ou à Lua. Mas, quando se olha para horizonte, há uma infinidade de pontos de referência: estradas, campos, ruas e montanhas, que estabelecem o padrão de comparação. Como não há nada mensurável entre o horizonte e o céu, a abóbada celeste parece achatada, tornando a trajetória do Sol aparentemente mais próxima no topo. Assim, embora a distância seja praticamente a mesma, o Sol parece maior no horizonte do que quando está a pino.

29. Por que as estrelas piscam? O que pisca, na verdade, não são as estrelas, mas sim as imagens que nós vemos delas. A luz brilhante desses corpos celestes atravessa mais de 100 quilômetros de atmosfera da Terra antes de chegar aos nossos olhos. Durante esse trecho da viagem, os raios são balançados pelo ar, dando a impressão de que as próprias estrelas têm sua luminosidade alterada o tempo todo. É como observar o ralo de uma piscina do lado de fora dela. O balanço da água não faz com que a imagem do objeto pareça sacudir? A atmosfera age na luz das estrelas da mesma maneira. Como esses astros parecem pontinhos pequeninos, a distorção de suas imagens cria o efeito pisca-pisca. Já com os planetas visíveis a olho nu - Mercúrio, Vênus, Marte e Júpiter - isso não ocorre. Como suas imagens no céu são maiores para nós do que as das estrelas, a distorção causada pelo ar não é suficiente para fazê-los piscar. Quer dizer, nem sempre: Quando o ar está muito agitado, até mesmo os planetas parecem cintilar. No espaço sideral, sem a influencia da atmosfera terrestre, o brilho de qualquer astro é sempre fixo.

30. Por que a chama do fogão ilumina menos que a da vela? A resposta está na cor de cada chama: por ser amarelo, o fogo da vela ilumina mais que o do fogão a gás, que emite principalmente luz azul. Isso porque o olho humano está adaptado a enxergar melhor durante o dia. Assim, desenvolveu maior sensibilidade às luzes com cores mais abundantes no espectro solar. Como o Sol emite muita luz na faixa do amarelo e do verde, os nossos olhos também são mais sensíveis a estas cores. Outro fator para enxergarmos pouco a chama do fogão é que a luz azul se dispersa com facilidade pelo ar, enquanto a amarela permanece concentrada por mais tempo. Vemos a luz azul do fogão somente quando olhamos diretamente para a chama, pois ela se espalha pelo ar com mais facilidade. A luz amarela dispersa menos e pode chegar facilmente às paredes, de onde é refletida para os nossos olhos.

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31. Se a luz se propaga em tinha reta, por que o arco-íris é curvo? O arco-íris ocorre porque as gotas da água da chuva (ou de qualquer outra coisa que deixe partículas de água em suspensão, como neblina ou cachoeiras muito altas) funcionam como prismas, ou seja, decompõem a luz solar em vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Cada raio de luz dessas sete cores sai da gota em sentido contrário e num ângulo de 42 graus, aproximadamente, em relação ao raio de luz incidente. Por isso, para observar o arco-íris, é necessário estar entre o Sol e a chuva; e o Sol não deve nem estar muito alto nem muito baixo, para que a luz alcance o observador no ângulo ideal de 42 graus. O arco-íris é curvo porque essa é a única forma de os raios de luz formarem ângulos de 42 graus, de onde quer que se olhe. É como desenhar uma semicircunferência com um compasso aberto em 42 graus: todos os pontos do arco “olharão" o centro do compasso no mesmo ângulo.

32. Um saco plástico com água realmente afasta moscas? Afasta, sim. Na verdade, um saco cheio de água funciona como um excelente repelente não apenas para moscas, mas contra qualquer inseto que voe. Isso acontece porque os bichinhos percebem o objeto como se ele fosse um espelho e mudam a trajetória de seu voo. Ao entrar em um lugar qualquer e topar com o saco cheio d'água, a mosca vê sua imagem refletida no líquido. Aí, por instinto ou mesmo por susto, ela pára e sai do ambiente. É mais ou menos a mesma coisa que acontece quando deparamos com um espelho que reflete a luz do Sol. Se somos atingidos pelos raios solares, isso nos incomoda, e nosso impulso inicial é dar meia-volta ou desviar o caminho, até mesmo como medida de precaução. A comprovação científica desse antigo hábito popular surgiu quando alguns pesquisadores da USP notaram o costume de bares e restaurantes usarem o tal saco d'água para afugentar os insetos. Intrigados, eles decidiram fazer vários testes com a mosca doméstica para comprovar se havia ou não fundamento naquela prática. Não deu outra: depois de uma série de medições, os cientistas publicaram trabalhos em revistas acadêmicas especializadas validando a receita do povão, cerca de seis anos atrás.

33. Por que a espuma de sabão é sempre branca? Porque as bolhas que formam a espuma são bem fininhas. A cor, que já não era tão forte depois de ter sido diluída, torna-se ainda mais fraca nessa camada fina. Assim, cada bolha da espuma fica quase transparente. Mas, então, por que a espuma é branca, e não translúcida como uma bolha isolada? É que cada bolha desvia pelo menos um pouquinho dos raios de luz que chegam até ela. Quanto se juntam incontáveis bolhinhas, como na espuma, os raios acabam sendo ricocheteados para todos os lados, como se estivessem em um jogo de espelhos. Como cada um desses raios corresponde a uma cor diferente, todos os tons possíveis são refletidos para os nossos olhos ao mesmo tempo. E adivinhe qual é a cor que surge da junção de todas as outras? É isso mesmo, a branca.

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34. O que é o aerossol? Por que ele fica gelado quando agitado? Um aerossol é basicamente a mistura de dois líquidos guardados na mesma lata. Um deles é o produto em si, que pode ser creme de barbear, desodorante, tinta ou inseticida. O outro é o chamado propelente, uma substância capaz de impulsionar o produto para fora. Na maioria dos casos, o propelente é um gás líquido.Isso mesmo, um gás líquido! Na verdade, essa aparente contradição é o segredo que faz o aerossol sair com a força de um jato cada vez que aciona-mos o spray. Dentro da lata, a pressão é tão grande que o gás usado como propelente fica comprimido e se transforma em líquido, misturando-se ao produto. Enquanto o frasco está fechado, os dois ficam quietinhos lá dentro, mas quando alguém aperta a válvula, começa uma revolução! A pressão dentro do frasco diminui e uma parte do gás líquido propelente se expande com violência, virando gás de verdade. Como seu volume fica grande demais para o frasco, ele escapa com força total, levando parte do produto para fora. Essa transformação também explica por que a lata fica gelada. Quando chacoalhamos o frasco, as moléculas do gás liquefeito também se agitam e isso faz com que parte delas arrume espaço dentro da própria lata para se expandir. Para que alguma substância consiga passar do estado líquido para o gasoso, ela precisa consumir energia de algum lugar. No caso do aerossol, a energia é tirada da lata. Por isso, a temperatura dela diminui. Hoje, quem protagoniza toda essa reação é o chamado GLP, (gás liquefeito de petróleo). Ele veio para substituir os CFCs, os perigosos clorofluorcarbonos, usados nos sprays até a década de 80. Os CFCs fariam bem o papel de propelentes, mas prejudicavam muito a camada de ozônio da Terra.

35. Por que os aviões a jato deixam um rastro no céu? O rastro de condensação surge quando o avião atravessa regiões do espaço aéreo onde há umidade. Eles são mais facilmente visíveis em dias claros, quando o avião está em cruzeiro, ou seja, voando entre 35 mil e 42 mil pés (de 11.550 km a 13.860 km). Nessa altitude, a temperatura do ar é muito baixa, cerca de 40 a 50 graus Celsius negativos. Pelas leis da Física, sabe-se que quanto maior a altitude e menor a pressão atmosférica, menor é a temperatura necessária para ferver a água. Como na parte de cima das asas dos aviões a pressão é ainda menor, a aeronave, ao atravessar regiões com alta umidade, altera o estado original de equilíbrio da água na atmosfera, "fervendo-a", mesmo quando a temperatura é muito baixa. Outra forma usual de condensação deixada pelos aviões é provocada pelo escapamento dos motores. Com a queima do combustível, o hidrocarbono, geram-se, entre outros subprodutos, o gás carbônico e a água, em forma de vapor. Quando este vapor entra em contato com o ar gelado em que o avião voa, ele se condensa, o que deixa aqueles longos rastros brancos atrás da aeronave.

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36. O vidro é considerado como no estado líquido? Por quê? Há uma ampla crença que o vidro é líquido. Talvez isso seja baseado no mito de que os vidros das antigas catedrais são mais espessos na parte inferior que na superior, sugerindo um escoamento durante os séculos. Mas isso é mito. Pesquisadores descobriram que o tempo necessário para que o vidro "escorra" de forma perceptível na temperatura ambiente seria incrivelmente longo (trilhões de anos!) e seu efeito não poderia ser medido nem nas mais antigas catedrais. Nem mesmo se o primeiro vidro obtido pela humanidade tivesse sido pendurado e deixado assim por todo esse tempo, ainda assim não teríamos como perceber hoje qualquer sinal de escoamento. Portanto, o vidro comum de janelas, em temperatura ambiente, comporta-se com um sólido. Mas que tipo de sólido? O que os cientistas gostam de chamar de sólido tem várias propriedades bem definidas. Por exemplo, sua estrutura microscópica, observado átomo a átomo ou molécula a molécula, deve ser regular. No sal de cozinha os átomos de Na (Sódio) e Cl (Cloro) estão arrumados, sobrepostos e justapostos, de uma forma bem regular. Essa estrutura é chamada de cristalina. Outra propriedade que se espera dos sólidos é que a temperatura de fusão (aquela na qual ele derrete ou se solidifica) seja bem definida. Por exemplo, o gelo derrete quando a temperatura supera, ainda que muito pouco, a 0° C; e a água se torna gelo quando sua temperatura for inferior a 0° C. Assim, dizemos que a Temperatura de solidificação da água ou a temperatura de fusão do gelo (é a mesma coisa) é 0°C Sólidos como o ferro, alumínio, sal de cozinha, gelo, diamante, e muitos outros, tem essas propriedades: seus átomos, íons ou moléculas estão bem aproximadinhos (e por isso são chamados de sólidos cristalinos) e a temperatura de fusão é bem definida. O vidro não tem nenhuma dessas propriedades: sua estrutura não é regular como a do sal de cozinha ou do gelo: o seu padrão de repetição não vai além de dois átomos ou íons seguidos. E na medida em que o vidro é esquentado ele vai amolecendo devagar, ficando cada vez mais mole (menos viscoso) na medida que a temperatura aumenta. Portanto o vidro, destes pontos de vista, não é sólido. Materiais como o vidro, cerâmicas e outros sólidos mais esquisitos do que os bem comportados sólidos cristalinos têm sido estudados, pois suas propriedades podem ser úteis e interessantes.

37. Existe diferença de peso entre 1 litro de água quente e 1 litro de água fria? Existe, sim. Para encher até a boca uma garrafa de 1 litro com água quente, você vai usar uma quantidade de líquido menor do que se fizesse a mesma coisa com água fria. É que o líquido aquecido é menos denso. Ou seja, ele ocupa mais espaço, porque, com o aumento da temperatura, as moléculas ficam mais agitadas e o espaço entre elas aumenta. À questão lembra um pouco outra armadilha clássica, que pergunta: que pesa mais, 1 quilo de ferro ou 1 quilo de penas? Neste caso, é claro, ambos pesam a mesma coisa. A diferença é que o ferro, mais denso, ocupa um volume bem menor do que as penas. Com a água, acontece a mesma coisa. Como o litro não é uma medida de peso, mas sim de volume, um líquido mais denso sempre vai ocupar menos espaço. Na prática, 999,973 gramas de água a 4 °C completam 1 litro. Com o mesmo líquido a 30°C, bastariam 995,944 gramas: uma significativa diferença de 4 gramas.

38. Por que sentimos frio quando estamos com febre? A febre funciona como um alarme de que alguma infecção (seja por vírus, seja por bactérias) está atacando o organismo. Ela dá o sinal para acelerar a produção dos anticorpos que irão combater a doença e é essa atividade mais intensa em nosso organismo que aumenta sua temperatura. A sensação de frio ocorre porque o corpo passa a perder calor mais rapidamente, a partir do momento em que os vasos sangüíneos da pele se dilatam irradiando mais calor para o exterior. Além disso, como os seres humanos têm sua temperatura equilibrada com a do ambiente (cerca de 37°C), ao se aquecer a pessoa passará a sentir o ambiente mais frio. Por isso, embora o corpo esteja quente, a temperatura externa parecerá relativamente mais baixa. Outro fator que contribui para reforçar a sensação de frio é o aumento da transpiração, que, ao evaporar sobre a pele, também tem a função de resfriar o corpo.

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39. Por que a cerveja, ainda líquida quando retiramos a garrafa do congelador, congela em contato com as mãos? Essa bebida recebe, em sua fabricação, a adição de gás carbônico (CO2), que aumenta a pressão dentro da garrafa. O gás está presente em seu interior em duas formas: uma parte no espaço onde não há líquido e o restante dissolvido dentro da cerveja. A pressão e as baixas temperaturas fazem com que uma quantidade maior do gás carbônico permaneça no líquido. Em certas temperaturas pouco abaixo de zero grau Celsius, essa mistura fica em um estado bastante instável, chamado de sobrefusão, em que uma pequena alteração na temperatura basta para congelá-la. Quando seguramos a garrafa pelo bojo, causamos um desequilíbrio em seu interior. O calor de nossas mãos faz com que mais gás carbônico dissolvido na cerveja passe do estado líquido para o gasoso, sendo liberado. Isso reduz ainda mais a temperatura do líquido, que acaba congelando. Quando, porém, seguramos a garrafa pelo gargalo, a alteração é mínima e a cerveja permanece líquida.

40. Seria possível subir em um balão, esperar a Terra girar, e depois descer em outro lugar? Poderíamos imaginar que enquanto o viajante de um balão estiver separado da superfície terrestre, nosso planeta continua girando, como sempre, para leste; e que por isso quando o viajante descer não cairá no mesmo local de onde saiu, mas em outro lugar, estado ou país. Alguém que subisse em um balão em São Paulo, por exemplo, desceria no estado do Mato Grosso ou na Bolívia. Você imagina um meio mais econômico de viajar? Não precisaríamos empreender viagens cansativas por terra ou pelo mar, bastaria esperar, pendurado no ar até que a Terra nos colocasse sobre o nosso destino. Infelizmente este procedimento magnífico é pura fantasia. Em primeiro lugar, porque ao subir no ar nós continuamos ligados à esfera terrestre; nós continuamos na camada gasosa que envolve o planeta, na atmosfera, que também participa do movimento de rotação da Terra. O ar gira junto com a Terra e leva tudo aquilo está nele: as nuvens, os aviões, os pássaros em vôo, os insetos, etc. Se o ar não participasse do movimento de rotação da Terra nós sentiríamos continuamente um vento forte. Os furacões mais terríveis pareceriam brisas suaves comparado com ele (A velocidade de um furacão é de 40 m/s ou 144 km/h). Em segundo lugar, embora nós pudéssemos ir até as camadas superiores da atmosfera onde a Terra não está rodeada de ar, o procedimento de viajar economicamente também seria impossível. Ao nos separarmos da superfície da Terra em rotação seguiríamos uma trajetória contínua, por inércia, com a mesma velocidade com que a Terra se moveria debaixo de nós. Diante destas condições, ao voltar à superfície da Terra nós estaríamos no mesmo lugar de onde partimos.

41. Por que o ovo não quebra quando pressionado nas extremidades? Por causa do seu formato peculiar a força aplicada se distribui igualmente por toda a casca. Assim, ela se dispersa e enfraquece. As moléculas, nesse caso, são praticamente apertadas umas contra as outras, o que dificulta o rompimento. O contrário acontece quando o ovo é apertado nas laterais: o desvio de força é mínimo e ela acaba se concentrando nesses pontos, provocando a flexão e, em conseqüência, a ruptura da casca. O processo é parecido com amassar uma lata de refrigerante: é mais fácil fazer isso pressionando pelos lados do que pelas extremidades. Se o ovo fosse redondo, porém, a força necessária para quebrá-lo não dependeria do ponto onde fosse aplicada: seria sempre a mesma. Agora, para quebrá-lo apertando-o com as mãos nas pontas, é preciso bastante músculo. Ele suporta uma força de até centenas de Newtons, ou seja: o equivalente a algumas dezenas de quilos.

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42. Por que Vênus e Urano giram em sentido contrário ao dos outros planetas do Sistema Solar? Há cerca de 4,5 bilhões de anos, quando o Sistema Solar ainda era um disco de gás e poeira girando em torno do Sol, as nuvens que dariam origem a Vênus e a Urano sofreram turbulências particulares que modificaram para sempre sua rotação. O motivo foram as colisões entre os pedaços que formaram esses dois planetas. Assim, a rotação dos dois astros pode, de fato, ser considerada uma anomalia, já que a dos outros seis planetas do nosso sistema acompanha a rotação do Sol antes mesmo de terem nascido. Isso acontece porque aquele imenso disco de gás e poeira girava junto com a estrela central. Aí, a maior parte dos planetas continuou naturalmente no mesmo sentido. Essa rotação contrária significa que um astronauta que fosse a Vênus veria o Sol nascer no oeste e se pôr no leste. Já em Urano isso não aconteceria. Como o planeta é praticamente "deitado" em relação ao Sol (com um eixo de inclinação de 98 graus), dias e noites são determinados pelo movimento de translação. Só amanhece ou anoitece quando o planeta dá meia volta em torno da estrela - o que equivale a 42 anos terrestres!

43. Por que a velocidade dos barcos é medida em nós? A unidade deriva de um sistema de medição de velocidade bastante primitivo - chamado barquinha - que começou a ser utilizado no século XVI. O instrumento consistia, basicamente, de uma corda com uma das extremidades amarrada a uma prancha pesada, de madeira, e a outra a um carretel, do mesmo material. Essa corda era marcada com nós em intervalos regulares de aproximadamente 14,5 metros. Quando o barqueiro desejava saber a velocidade a que estava navegando, a prancha era lançada ao mar. Com o barco em movimento, a água freava a madeira, fazendo com que a corda se soltasse do carretel que permanecia no barco. Com a ajuda de uma ampulheta, o barqueiro observava quantos nós se desenrolavam em um determinado período de tempo. Atualmente, esse método rudimentar não é mais utilizado, más a palavra nó continua em vogando para calcular a velocidade das embarcações em todo o mundo. Hoje, 1 nó equivale á 1,852 quilômetro(ou 1 milha náutica) por hora.

44. A bala de um tiro dado para cima pode matar alguém? Dependendo do ângulo em que o atirador aponta a arma, pode, sim! Se o tiro for dado exatamente para cima, em um ângulo reto, de 90 graus, a bala provavelmente não vai matar alguém, mas pode causar acidentes graves. Ao atingir uma certa altura, a velocidade do projétil cai a zero e ele despenca como se fosse uma pedra pequena, mas a resistência do ar não deixa a bala passar de 270 km/h ,aproximadamente, no fim do trajeto. Para perfurar o tecido do corpo, ela precisaria atingir pelo menos 350 km/h. A situação complica quando o tiro é disparado em ângulos menores. Nesses casos, o projétil traça um arco no céu sem chegar a parar e boa parte da velocidade inicial é mantida. Para piorar, como a bala sai do cano girando, ela fura o ar como se fosse uma broca e acaba caindo com a ponta virada para baixo, quase sem perder o pique. O drama é que uma bala atirada de um revólver calibre 38 parte a 1042 km/h. O projétil de um fuzil AR-15 é ainda mais veloz: atinge 3500 km/h. Mesmo que elas percam metade da velocidade no trajeto, o tiro dado para cima ainda pode ser letal.

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45. Por que sentimos frio na barriga em descidas? Trata-se de uma reação involuntária, causada pela impressão de imponderabilidade (estar frente ao desconhecido e ao imprevisível) ou de falta de peso causada pela inércia dos órgãos abdominais, que não são corpos rígidos e têm certa mobilidade. Os órgãos possuem células nervosas chamadas mecanoreceptores, que detectam mudanças bruscas de aceleração, causadas basicamente por aumento ou redução na ação da gravidade. Assim quando deslizamos, por exemplo, dentro de um carrinho montanha-russa abaixo, a queda é tão brusca que não há tempo para os órgãos se adaptarem à nova condição - ou seja, descemos, mas nossas vísceras como que permanecem no mesmo lugar onde estavam. Essa náusea instantânea ocorre também nas subidas e é acentuada por uma inspiração profunda involuntária - reflexo condicionado que ocorre sempre que nos sentimos diante de algum perigo iminente. Durante a queda ou a subida, a concentração de átomos eletricamente carregados dentro das células muda rapidamente, devido a uma mudança estrutural na membrana. A mensagem elétrica é, então, enviada para o cérebro, que processa a informação e a transforma no sintomático frio na barriga.