Curiosidades dos reis magos

16
Curiosidades Natalícias O hábito de se celebrar o Natal foi introduzido em Portugal no reinado de D. Luís. Até aí, a tradição era celebrar-se o Dia de Reis. PRESÉPIO A tradição do presépio começou no século XIII, quando São Francisco de Assis, instalou, dentro de uma gruta, um presépio onde colocou uma imagem do Menino Jesus, e ao lado um boi e um jumento vivos. Neste cenário celebrou-se a missa de Natal de 1223. O sucesso foi tão grande que o costume de montar presépios, usando pequenas figuras, se espalhou rapidamente pela Itália e por toda a Europa e depois, por todo o Mundo ARVORE DE NATAL A origem da Árvore de Natal remonta a um ou dois milénios antes de Cristo. Naquele tempo muitos povos indo-

Transcript of Curiosidades dos reis magos

Page 1: Curiosidades dos reis magos

Curiosidades Natalícias

O hábito de se celebrar o Natal foi introduzido em Portugal

no reinado de D. Luís. Até aí, a tradição era celebrar-se o Dia

de Reis.    

PRESÉPIO

A tradição do presépio começou no século XIII, quando São Francisco de

Assis, instalou, dentro de uma gruta, um presépio onde colocou uma imagem do

Menino Jesus, e ao lado um boi e um jumento vivos. Neste cenário celebrou-se a

missa de Natal de 1223. O sucesso foi tão grande que o costume de montar

presépios, usando pequenas figuras, se espalhou rapidamente pela Itália e por toda

a Europa e depois, por todo o Mundo

ARVORE DE NATAL

A origem da Árvore de Natal remonta a um ou dois milénios antes de Cristo.

Naquele tempo muitos povos indo-europeus que espalhavam-se pela Europa e pela

Ásia, Adoravam as árvores como a expressão das forças fecundantes da natureza.

Inicialmente o "roble" (carvalho) era considerado a árvore-rei. Como no inverno

perdia as folhas, os seus galhos eram cobertos de adornos para compensar esta

perda. Segundo uma lenda, no século VIII, quando um "roble" "sagrado"

venerado pelos pagãos caiu sobre um abeto que, apesar do golpe, ficou de pé, este

foi proclamado a "Árvore do Menino Jesus". Transformou-se na sua forma

triangular como símbolo da Santíssima Trindade. Mas, a actual árvore de Natal

Page 2: Curiosidades dos reis magos

teve origem na Alemanha por volta do século XVI. Só no século XIX começou a

espalhar-se pela Europa e depois pelo resto do mundo. A ornamentação da Árvore

de Natal tem seu precedente nos antigos adornos do '"roble".

Outros indicam que foi na região da Alsácia, em França, que apareceu o primeiro

pinheiro de Natal. Nesta região, era costume erguer-se um pinheiro muito grande

no largo principal das cidades e aldeias.

À noite, as pessoas dançavam à volta da árvore (que tinha sido enfeitada com

grandes maçãs vermelhas) e era também à volta desta que se faziam espectáculos

para todos assistirem.

A tradição do pinheiro de Natal espalhou-se pelo mundo inteiro graças aos

comerciantes que viajavam de terra em terra.

No início as pessoas penduravam o pinheiro no tecto, com uma maçã espetada na

base do tronco. Mais tarde, as pessoas passaram a colocar os pinheiros em vasos

cheios de areia (para que este se mantivesse de pé sem cair).Os enfeites também

foram evoluindo: inicialmente os pinheiros eram enfeitados com maçãs, mas depois

começaram a ser usados bolos, rebuçados coloridos, bolas e fitas de diferentes

cores e formas. Também era habitual colocarem-se 12 velas no pinheiro, cada uma

representando um mês do ano. A árvore era salpicada com farinha para imitar a

neve, mas depois começou-se a utilizar algodão para este efeito.

ENFEITES DE NATAL:

SINOS

Os sinos são símbolos de júbilo e alegria pelas festas de Natal. Com elas se

enfeita não só a árvore de Natal, mas também as portas das casas, etc. Várias

canções de Natal falam dos sinos como manifestação desta alegria natalícia.

Page 3: Curiosidades dos reis magos

VELAS

As velas, agora substituídas por lâmpadas e pisca-piscas, são um importante

símbolo do Nascimento de Jesus, que é a Luz do Mundo. Uma vela acesa simboliza

não apenas a Luz de Cristo, mas também a luz que cada um deve projectar na sua

própria vida e nas dos outros. Simbolizam também a purificação. As velas estão

muitas vezes adornadas com fitas, desenhos, etc. Alguns comentadores chegam ao

ponto de dar a cada cor um simbolismo especial. Assim:

Velas vermelhas: representam Isaías, o profeta da vinda de Jesus.

Velas azuis: representam João Batista, precursor do Messias.

Velas rosas: representam a Mãe de Jesus.

Velas Amarelas: representam a realeza de Jesus.

ESTRELAS

As estrelas que costumam ornamentar a Árvore de Natal têm a sua origem

na Estrela que orientou os Reis Magos a caminho de Belém. Ao mesmo tempo

recordam as estrelas que brilhavam na noite em que Jesus nasceu.

BOLAS COLORIDAS

Antigamente eram maçãs as que ornamentavam a Árvore de Natal,

substituídas pouco a pouco, a partir do século XVIII, por bolas coloridas. São

símbolos da abundância e das boas obras.

PINHAS

As pinhas, onde estão ocultas as sementes do pinheiro, simbolizam a

imortalidade.

MEIAS

Page 4: Curiosidades dos reis magos

Em Patras, cidade onde nasceu São Nicolau, havia três irmãs cujo pai estava

arruinado. Por isso elas não tinham dote para se casar. O pai, então, muito

contristado, decidiu, segundo o costume da época, vendê-las à medida que chegava

a idade de casá-las. Quando ia ser vendida a primeira, São Nicolau ficou a saber do

que acontecia e, de noite, aproximou-se às escondidas da janela da cozinha da casa

das irmãs, abriu-a, e vendo uma meia pendurada a secar junto à lareira sob a

chaminé, jogou dentro uma bolsa cheia de moedas de ouro. A mesma coisa fez com

a segunda irmã. O pai, admirado, quis descobrir o que estava acontecendo, e,

quando chegou a vez da terceira irmã, ficou espiando durante toda a noite. Dessa

maneira reconheceu o bispo Nicolau e contou a todo o mundo a sua generosidade.

Esta lenda deu origem à sua fama de distribuidor de presentes e às meias como

lugar de recebê-los.

CARTÕES DE NATAL

A origem dos Cartões de Natal deve - se a um jornal de Barcelona que, em

1831, inaugurou o uso da litografia no jornal, imprimindo um cartão para desejar

um Feliz Natal a seus leitores. Este costume espalhou-se com rapidez, usando

litografias onde se deixava um espaço para escrever algumas palavras. Em 1870, a

introdução da cor em esta técnica revolucionou este tipo de Cartão de Natal. Por

outro lado costuma atribuir-se ao inglês Henry Cole a confecção do primeiro

cartão, em 1843, 12 anos depois do jornal espanhol, com os dizeres: Feliz Natal e

próspero ano novo".

CEIA DE NATAL

A ceia de Natal é uma maneira de celebrar em família o Natal. Como na

Europa o Natal cai no inverno, o frio e a neve convidavam também a uma

celebração natalícia ao aconchego do lar. O Natal sempre teve um sentido muito

familiar.

Page 5: Curiosidades dos reis magos

A MISSA DO GALO

Este é o nome com que se conhece a missa de Natal celebrada à meia noite do

dia 24 para o 25. Segundo uma tradição popular, foi o galo que anunciou ao

mundo o nascimento de Jesus. O costume de anunciar o nascimento dentro das

igrejas com o canto do galo, real ou imitado, durou muitos séculos. Esta missa

surgiu no século V e era uma celebração jubilosa.

PRESENTES

O acto de trocar presentes entre aqueles que estão mais

próximos é o mais antigo de todos os costumes do solstício do

Inverno. As suas origens remotas podem ser seguidas até à

Idade da Pedra Polida, há cerca de 10 mil anos, quando os

seres humanos começaram a substituir a incerteza da vida

caçadora, pelas garantias mais seguras da agricultura. O aparecimento da

agricultura, traduziu-se pela primeira vez, num excedente de comida, o que tornou

possível criar provisões de alimentos que ajudariam as pessoas durante os meses

duros do Inverno. A troca de comida foi o costume original da troca de presentes

no solstício do Inverno e transformou-se no núcleo central das festividades. Tudo o

resto que se desenvolveu mais tarde se centralizava em volta dela. Ao longo dos

séculos, a gama de presentes aumentou, passando a incluir outras coisas além da

comida. Os presentes dados às pessoas que se amam são símbolos de gratidão e

reforçam os laços sociais

O costume de colocar presentes debaixo da árvore de Natal surgiu no reinado de

Elisabeth I (filha de Henrique VIII) na Inglaterra, no século XVI. Esta rainha

organizava as festas natalícias, recebendo muitos presentes. A número de presentes

era de tal forma elevado, que era impossível recebe-los directa e pessoalmente.

Assim, adoptou-se o costume de se deixarem esses mesmos presentes debaixo da

Page 6: Curiosidades dos reis magos

árvore de Natal montada nos jardins do palácio, em vez de se entregarem

pessoalmente.

Os primeiros a receberem presentes de Natal foram os servidores públicos,

carteiros, guardas, lixeiros, etc., como um agradecimento das pessoas pelos

serviços prestados. Pouco a pouco, este costume foi estendendo-se às outras pessoas

a quem se desejava um Feliz Natal, acrescentando algum presente. As crianças

também começaram a receber brinquedos como presente de Natal, em geral como

prémio do seu bom comportamento durante o ano. Os presentes de Natal

converteram-se num dos aspectos mais populares destas festas, afastando-se

muitas vezes do sentido religioso do Natal. Segundo a tradição de cada país, os

presentes são trazidos pelo próprio Menino Jesus, pelos Reis Magos, por São

Nicolau, por Santa Claus, pelo Pai Natal

OS REIS MAGOS

Não se sabe ao certo se eram 3 Reis Magos. Sabe-se apenas que eram mais

de um, porque a citação está no plural e não há nenhuma menção de que eram

reis. Não há evidência histórica da existência dessas pessoas. A designação “Mago”

era dada, entre os Orientais, à classe dos sábios ou eruditos, contudo esta palavra

também era usada para designar o astrólogo. Isto fez com que, inicialmente, se

pensasse que estes magos eram sábios astrólogos, membros da classe sacerdotal de

alguns povos orientais, como os caldeus, os persas e os medos.

São personagens criados pelo evangelista Mateus para simbolizar o

reconhecimento de Jesus por todos os povos. De qualquer forma, a tradição

permaneceu viva e foi apenas no século III que eles receberam o título de

Page 7: Curiosidades dos reis magos

reis provavelmente como uma maneira de confirmar a profecia contida no Salmo

72: “Todos os reis cairão diante dele”. Cerca de 800 anos depois do nascimento de

Jesus, eles ganharam nomes e locais de origem: Melchior, rei da Pérsia; Gaspar,

rei da Índia; e Baltazar, rei da Arábia. Em hebreu, esses nomes significavam rei da

luz (melichior), o branco (gathaspa) e senhor dos tesouros (bithisarea). Quem hoje

for visitar a catedral de Colônia, na Alemanha, será informado de que ali

repousam os restos dos reis magos. De acordo com uma tradição medieval, os

magos reencontraram-se quase 50 anos depois do primeiro Natal, em Sewa, uma

cidade da Turquia, onde viriam a falecer.

Outros estudos indicam que a partir do século IV prevaleceu o número de

três e somente no século VI aparece o título de "reis". No século XVI surgiram as

características raciais, identificando-os com os filhos de Noé, Sem, Cam e Jafé, que,

após o dilúvio povoaram toda a terra. Assim Baltasar, negro, representa a África.

MelChior, branco, a Europa, e Gaspar, a Ásia.

Os Reis Magos que levaram seus presentes ao Menino Jesus, tornaram-se

posteriormente também portadores de presentes, em geral limitados a

necessidades da vida quotidiana, como alimentos, guloseimas, etc. Só no século

XIX, os Reis Magos tornaram -se distribuidores de presentes às crianças. Afinal,

devemos aos magos até a tradição de dar presentes no Natal. No ritual da

antiguidade, ouro era o presente para um rei; Incenso, para um religioso e mirra,

para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente,

representava a mortalidade).

OURO

O ouro, considerado um "metal nobre", desde os tempos mais antigos,

simboliza a realeza: poder, majestade, riqueza...

- Oferecendo OURO ao Menino Jesus, os magos reconheciam sua Realeza. Esta

Page 8: Curiosidades dos reis magos

Realeza, unida à sua Divindade (veja mais adiante "INCENSO"), recorda o Reino

de Deus que Ele anunciaria durante os três anos de sua vida pública...

INCENSO

O incenso é uma resina produzida por algumas árvores orientais. Pura ou

misturada com outras resinas ou produtos aromáticos, era queimada enchendo o

ambiente de agradável aroma. O seu uso era frequente como símbolo de adoração

a Deus e das orações que, como a fumaça do incenso, subiam aos céus. Mas

também era usado como purificador de espaços fechados, como é o caso do antigo

e famoso "Botafumeiro" da Catedral de Santiago de Compostela (Espanha).

- Oferecendo INCENSO ao Menino Jesus, os magos reconheciam sua Divindade e

o adoravam...

MIRRA

Como o incenso, a mirra é uma resina. Ela é produzida por uma espécie de

espinheiro. É amarga e produz a quem a consume, efeito anestesiante. O

evangelista Marcos (15,23) conta que os soldados que crucificaram Jesus,

ofereceram-lhe vinho misturado com mirra... às vezes é apresentada como símbolo

da imortalidade, porque era usada para embalsamar os corpos, simboliza o ser

humano, sua fragilidade, seu sofrimento, suas dores, suas amarguras, etc...

Bolo – Rei

Não é possível falar-se na doçaria típica da época natalícia, sem se falar do famoso

Bolo-Rei, com a sua forma de coroa, as frutas cristalizadas e frutos secos

(amêndoas, nozes e pinhões).

Este bolo está carregado de simbologia e representa os presentes oferecidos pelos

Reis Magos ao Menino Jesus.

A côdea (a parte exterior) simboliza o ouro, as frutas secas e as cristalizadas

representam a mirra e o incenso está representado no aroma do bolo. A fava no

Page 9: Curiosidades dos reis magos

interior no Bolo-Rei, já pouco utilizada, está ligada a uma lenda, segunda a qual

quando os Reis Magos, Baltasar, Belchior e Gaspar, viram a Estrela de Belém que

anunciava o nascimento de Menino, disputaram entre si de quem seria o primeiro

a entregar os presentes que levavam.

Como estes não conseguiam chegar a um acordo, um padeiro, para pôr termo à

discussão, propôs fazer um bolo com uma fava no interior da massa, em seguida,

cada um dos três magos do Oriente pegaria numa fatia, o que tivesse a sorte de

retirar a fatia com a fava, ganharia o direito ser o primeiro a entregar os presentes

a Jesus.

É claro q u e isto é só uma lenda. O Bolo-Rei tem, na verdade, origem francesa.

A receita do Bolo Rei correu mundo, muito contribuiu para isso a fama que o bolo

ganhou de proporcionar prosperidade a quem comesse a fatia que possuísse a fava.

Contudo, dita a tradição que quem receber a fatia com a fava, tem de oferecer o

Bolo-rei no ano seguinte.

Origem da fava e do Bolo-rei

Os romanos costumavam votar com favas, prática introduzida nos banquetes das

Saturnais, durante as quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também

chamado Rei da fava. Diz-se que este costume teve origem num inocente jogo de

crianças, muito frequente durante aquelas festas e que consistia em escolher o rei,

tirando-o à sorte com favas.

O jogo acabou por ser adaptado pelos adultos, que passaram a utilizar as favas

para votar nas assembleias.

 Como aquele jogo infantil era característico do mês de Dezembro, a Igreja

Católica passou a relacioná-lo com a Natividade e, depois, com a Epifania, ou seja,

com os dias 25 de Dezembro e 6 de Janeiro.

 A influência da Igreja na Idade Média determinou a criação do Dia de Reis,

simbolizado por uma fava introduzida num bolo, cuja receita se desconhece.

De qualquer modo, a festa de Reis começou muito cedo a ser celebrada na corte

dos reis de França. O bolo-rei teria surgido no tempo de Luís XIV para as festas do

Ano Novo e do dia de Reis. Vários escritores escrevem sobre ele, e Greuze

celebrou-o num quadro, exactamente com o nome de Gâteau des Rois.

Page 10: Curiosidades dos reis magos

Com a Revolução Francesa , em 1789, este bolo foi proibido. Só que os confeiteiros

tinham ali um bom negócio, e em vez de o eliminarem, passaram a chamar - lhe

Gâteau des sans-cullottes.

Em Portugal, depois da proclamação da República, este para ser também proibido

a ser proibido, mas a história do bolo-rei é uma história de sucesso, e hoje como

ontem as confeitarias e pastelarias não se poupam a esforços na sua promoção

Tanto quanto se sabe, a primeira casa onde se vendeu, em Portugal, o Bolo – Rei,

foi em Lisboa, na Confeitaria Nacional, depois de 1869. A pouco e pouco, a receita

generalizou-se e outras confeitarias de Lisboa passaram a fabricá-lo, o que deu

origem a versões diversas, que de comum tinham apenas a fava. No Porto, foi posto

à venda pela primeira vez em 1890, por iniciativa da Confeitaria de Cascais.

Inicialmente, só era fabricado na véspera do Dia de Reis, mas a hoje poderá

encontrar-se durante todo o ano.

Peru de Natal

O hábito de comer peru no Natal surgiu em Plymouth, Massachusetts, nos EUA,

em 1621. Nesse ano, no Dia de Ação de Graças, serviu-se peru selvagem, criado

pelos índios mexicanos, como prato principal. Os espanhóis levaram-no para a

Europa por volta do século 16. Nessa época eram servidos gansos, cisnes e pavões,

aves nobres. O peru, além de ser mais barato, ganha peso mais facilmente.

Cristóvão Colombo conheceu o peru quando chegou à América. Ele acreditava

estar a chegar às Índias por um novo caminho. Por isso, o peru ficou conhecido na

Itália como gallo d'Índia (ou dindio/dindo); na França, como coq d'Índe ou dinde;

e na Alemanha, como calecutischerhahn, numa referência a Calcutá.

Por seu excelente sabor, foi logo aceito na Europa. De tanto sucesso, em 1549, foi

Page 11: Curiosidades dos reis magos

oferecido à rainha Catarina de Médicis, em Paris. No banquete foram servidos cem

aves (70 "galinhas da Índia" e 30 "galos da Índia"). Era tão apreciado que se

tornou o símbolo de alimento das grandes ocasiões.

Nos Estados Unidos, o peru representou o fim da fome dos primeiros colonos

ingleses que lá chegaram, e hoje é prato obrigatório no Thanksgiving, ou Festa de

Acção de Graças. No Brasil a ave é apreciada desde a época colonial.

Origem do Cantar dos reis ou Janeiras

Segundo reza a história, o grande surto de peste em Portugal e que dizimou entre um terço a metade da população, iniciou-se em 1348  e que ficou conhecida como a peste negra. No entanto existem dados de que Portugal teria sido acometido por pestes epidémicas em outras ocasiões onde se salienta a data de 1599 e que, se viu livre desse mal, após actos públicos suplicando a intervenção de S. Sebastião. Actos públicos esses que seriam copiados ou inspirados em Itália, pois anos antes tinha sido acometida também por pestes epidémicas onde as súplicas ao S.Sebastião teriam tido bons resultados.

Assim, julga-se a o cantar dos Reis tem origem numa promessa a S. Sebastião para livrar a população da Peste Negra que teria acontecido em 1599 e estes actos públicos de súplica ao Santo reproduziram-se um pouco por todo Portugal e que, a ser assim, esta tradição terá mais de 400 anos de existência.

As Janeiras ou cantar as Janeiras é uma tradição que em Portugal que consiste na reunião de grupos que se passeiam pelas ruas no início do ano, cantando de porta em porta e desejando às pessoas um feliz ano novo.

Este mês era o mês do Deus Jano, o Deus das portas e da entrada. Era o porteiro dos Céus e por isso muito importante para os romanos que esperavam a sua protecção. Era-lhe pedido que afastasse das casas os espíritos maus, sendo especialmente invocado no mês de Janeiro.Era tradição que os romanos se saudassem em sua honra no começar de um novo ano e daí derivam as Janeiras.