CULTURAACESSÍVEL:’CURADORIA,’...
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Curadorias Acessíveis e Participativas
• Acessibilidade em Espaços Culturais
• Curadorias Acessíveis
• Boas práticas nacionais e internacionais
Acessibilidade Cultural
Um conjunto de adequações, medidas e atitudes que visam proporcionar bem estar, acolhimento e acesso a fruição cultural para
pessoas com deficiência beneficiando públicos diversos.
Acessibilidade em Espaços Culturais e Centros de Memória
• Garantia do direito de alcançar, perceber, usufruir e participar de tudo que é oferecido para o público em geral com respeito, dignidade e sem barreiras físicas, de comunicação, informação e de atitude.
• Exposições, espaços de convivência (jardins, restaurantes, salas multiuso, auditórios), serviços de informação (bibliotecas, arquivos, banco de dados), programas de formação (cursos livres e acadêmicos) e todos os demais serviços básicos e especiais devem estar ao alcance de todos os indivíduos , perceptíveis a todas as formas de comunicação e com sua utilização de forma clara, permitindo a autonomia dos usuários.
Para pessoas com suas diferenças
• Pessoas com deficiência visual, física e intelectual, surdos, surdocegos, pessoas com deficiência múltipla,
• Idosos,
• Crianças muito pequenas, • Visitantes de primeira viagem, • Estrangeiros, imigrantes,
• Pessoas que gostam de formas diferentes de conhecer o patrimônio cultural.
Em diferentes perfis de público como... • Grupos escolares – crianças e jovens no sistema educacional
inclusivo ou em escolas especiais. • Famílias – membros da família – pai, mãe, avó, filhos com
deficiência. • Terceira-idade – aquisição das deficiências (visual, auditiva, física)
pelo aumento da expectativa de vida. • Colaboradores dos espaços culturais
• Turistas
• Público “especialista” – artistas plásticos, historiadores, filósofos, estudantes universitários, pesquisadores com deficiência.
• Formadores de opinião – Diretores e executivos de grandes corporações, diretores de espaços culturais, políticos, jornalistas, escritores e parentes.
Porque os espaços culturais precisam….
Se comprometer com a democratização da cultura
considerando a acessibilidade em uma abordagem multidisciplinar.
Assegurar o direito de todos os visitantes, especialmente das pessoas com deficiência, de se beneficiar com o acesso livre de barreiras, a percepção multissensorial – visão, audição, tato, olfato, paladar e a compreensão livre de
barreiras intelectuais e de fruição do patrimônio cultural.
Assim é necessário trabalhar intensamente para oferecer:
Acessibilidade Física + Comunicação Acessível + Conteúdo Acessível + Experiência Acessível +Acesso a Informação + Acessibilidade Atitudinal + Oportunidades
de Participação =
Curadoria Acessível
“Assumir o compromisso com a democratização da cultura significa também pensar em uma
multidisciplinaridade na qual a questão da acessibilidade deve estar necessariamente inserida.
Trata-se de garantir um direito e, no caso das pessoas com deficiência, uma percepção ambiental que
envolve o TER ACESSO, o PERCORRER, o VER, o OUVIR, o TOCAR e o SENTIR os bens culturais produzidos pela sociedade através dos tempos e
disponibilizados para toda a comunidade.”
Fonte: Cadernos Museológicos: Acessibilidade a Museus – COHEN, 2012
Adequações de acessibilidade cultural
• Acessibilidade Física • Comunicação Acessível • Conteúdo/Experiência Acessível
• Acesso à informação • Acessibilidade Atitudinal
Desenho Universal
Bancos de aluminio para uso livre – Victoria and Albert Museum
Área de mediação interativa – Museu Arqueológico de Alicante
Vitrines com adequação de medidas – Casa Museu La Barbera des Aragones - Vila Joiosa
Comunicação Acessível
Audioguia e apreciação tátil – MAM-SP
Estrategia o l fat iva – Espaço Perfume - SP
Maquete Tátil – Centro de Memória Dorina Nowill
Villamuseo - Museu Arqueologico Municipal de Vila Joiosa - Espanha
Museu Microbiologia – Instituto Butantan
Conteúdo/Experiência Acessível Tato
Museu Nacional do Índio Americano – Introdução de Visita Guiada com Educador Indígena - entoando canto e ritmos indígenas
Museu da Psiquiatria Het Dolhuys - Holanda
Audição
Centro de Memória D o r i n a N o w i l l – D e p o i m e n t o s d o Banco de Memória Oral
Museu do Chocolate Valor – Vila Joiosa - Espanha
Visita Sensorial – Museu da Bolsa de Café - Santos
Paladar
Cine Gastronomia – Centro de Cultura Judaica
Ateliê educativo – Museu Judaico das Crianças - Amsterdã
Exposição Knojo! Pavilhão do Conhecimento - Lisboa
Cheiros da Bíblia – Museu da Bíblia de Barueri - SP
Olfato
Sentidos da Amazônia – Usina Chaminé – Manaus, 2012
Acesso à Informação
Site acessível – Guia de Acessibilidade Cultural da Cidade de São Paulo
Mapa Tátil – Barsotti Além do Olhar
Manual de orientação de fruição para familias com crianças com deficiência – Museu das Crianças de Manhattan
Display com informações acessíveis – Museu Quaibranly - Paris
Oportunidades de Participação Curadoria Acessível
Desenvolve exposições e ações culturais centradas nas relações entre diferentes públicos com o patrimônio cultural, com o objetivo de criar
elos e sentimento de pertencimento com o espaço cultural.
COMO? Através da participação
“O desenvolvimento não pode se fazer sem a participação efetiva, ativa e consciente, da comunidade que detém esse patrimônio. ”
(Varine, 2012)
A participação nas práticas curatoriais tem o benefício adicional de criar e manter a fidelização com novos públicos, desenvolver a função social dos espaços culturais e a apropriação de seus ambientes para
socialização, atividades de lazer e crescimento cultural.
Participação é um direito…. De acordo com a Declaração Universal de Direitos Humanos, a construção do patrimônio cultural é um direito civil:
“Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir das artes e de participar
do progresso científico e de seus benefícios”.
Significa que todos os indivíduos, independente de sua origem, classe social, experiência anterior, deficiência ou qualquer outro fator socioeconômico que os classifique como minorias ou pertencentes a populações socialmente excluídas, tem o direito de usufruir e participar da criação e ressignificação do patrimônio cultural.
..... Que resulta em novas concepções no campo da comunicação cultural
• Curadorias centradas na relação do público com as manifestações culturais.
• Desenvolvimento de produtos culturais considerando a diversidade e inclusão de novos públicos.
• Incentivo à inserção de pessoas com deficiência no mercado cultural (consumidores, público alvo, artistas, educadores, produtores, curadores).
• Promoção de mudança cultural nas linguagens artística e expográfica.
Curadorias Acessíveis Boas Práticas brasileiras e estrangeiras
• Curadorias de exposições, criação de museus e projetos educativos com participação na criação/produção/gestão de visitantes, representantes de novos públicos e comunidades de interesse.
• Os resultatos mostram qualidade, garantem a satisfação dos visitantes e concretizam os objetivos das instituições.
Exposição “E tudo começou assim: ações, projetos e histórias que mudaram a vida das
pessoas com deficiência visual”
• O tema da exposição foi criado com abordagem participativa durante as atividades do Programa de Educação Patrimonial oferecido a todos os colaboradores e voluntários da organização.
• Todos os colaboradores foram convidados a participar de equipes multidisciplinares de curadoria; programa educativo e projeto de memória oral.
• Os participantes desenvolveram novas idéias e formas de falar sobre suas experiências como pessoas com deficiência ou como profissionais que trabalham diretamente com esse público.
Museu do Marajó • Projeto e execução de todos os recursos da exposição sob
responsabilidade de membros da comunidade junto com Gallo, usando materiais reutilizados e baratos.
• Após a morte de Gallo em 2003, os membros da comunidade que já colaboravam como voluntários no museu, criaram uma associação de amigos para ajudar na administração e financiamento da instituição.
• Eles continuaram a oferecer os programas educativos - visitas e escola de música.
• Atualmente (e sempre) tem poucos recursos financeiros, repasse de verbas públicas e patrocínio. Os membros da associação, pessoas simples, doam dinheiro, objetos, equipamentos para manter o museu.
Amsterdam Museum - Holanda • Desde os anos 90 desenvolve projetos de curadoria colaborativa com
participação de cidadãos com diferentes perfis: imigrantes, habitantes de bairros afastados do centro, comerciantes, idosos que viveram no orfanato que atualmente é a sede do museu, prostitutas e internautas.
• Os projetos de exposições e pesquisa ocorrem na sede do museu e em parceria com estabelecimentos comerciais nos bairros afastados, nas janelas de residências privadas, na internet.
• O último projeto, Mix Mach Museum, em parceria com outros museus da Holanda, realizou um concurso pela internet onde os participantes (sem limite de idade e perfil) tinham como desafio elaborar uma proposta de curadoria com os objetos das coleções dos museus envolvidos. Em abril foi inaugurada a exposição física no Amsterdam Museum com 4 projetos selecionados.
Museum of World Cultures – Gotemburgo - Suécia
• Criou novas estratégias participativas para atrair o público infantil, famílias e pessoas com deficiência.
• A primeira exposição, “Earthlings”, com curadoria participativa de um grupo de 60 crianças obteve um excelente resultado e passou a atrair muitas escolas e famílias com crianças de 3 a 10 anos, além de despertar a curiosidade de jovens e adultos.
• A segunda exposição “Together”, em fase de elaboração está contando com curadoria participativa de 20 famílias com crianças com e sem deficiência.
Tate Museums – Tate Collectives • Programa para jovens de 15 a 25 anos que
ocorre em todos os museus Tate (Tate Britain, Tate Modern, Tate St. Ives e Tate Liverpool).
• O programa promove cursos, debates, coaching,oportunidades de estágios, plataforma on-line para exposição de trabalhos artísticos e ações culturais participativas: eventos, oficinas educativas e exposições (Source and Space) nas galerias da isntituição.
Benefícios ampliados
• Todos os visitantes são beneficiados com os projetos expográficos, educativos e ações culturais acessíveis desenvolvidos nos programas participativos.
• Espaços expositivos acessíveis para diferentes públicos ( adultos, crianças, pessoas com deficiência física, famílias com bebês e crianças pequenas)
• Ambientes e atividades que propiciam a interação entre os grupos e os visitantes individuais.
• As estratégias de comunicação multissensorial são boas para todos os visitantes. Possibilitam o uso de outras habilidades e inteligências.
• O tempo e quantidade de trabalho investido em propostas de curadoria participativa são recompensados pelos resultados de alta qualidade e pelo reconhecimento dos diversos públicos em visitas e atividades educativas e culturais.
• As ações de preservação e comunicação do patrimônio
cultural que possibilitam o protagonismo e o acesso livre de barreiras sociais e culturais contribuem com o crescimento, com a visibilidade e com a abertura dos espaços culturais e centros de memória para novos públicos e parceiros.
Aprendizados
• O patrimônio cultural tem o potencial de se tornar acessível e inclusivo a partir de novas proposições que considerem os indivíduos criadores, produtores, espectadores, fruidores em sua diversidade e diferenças rompendo com as barreiras sociais, físicas e atitudinais.
• No século XXI vivemos em uma sociedade que reconhece as diferenças dos indivíduos por meio de políticas, leis e pela participação das pessoas com deficiência em todas as esferas sociais.
• Restringir o acesso de qualquer indivíduo ao patrimônio cultural é negar seu caráter público e educativo.
Contatos
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