Cultura Na Matematica

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O ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO VOLTADO PARA O COTIDIANO O ensino-aprendizagem de matemática no Ensino Médio voltado para o cotidiano do aluno. É importante trabalhar a matemática usando sempre aplicações matemáticas, mostrando ao aluno sua importância em sua vida futura. Os professores que relacionam em suas aulas os conteúdos estudados com questões de aplicações voltadas para o cotidiano dos alunos diminuem as dificuldades existentes nesse estudo. Em conclusão o artigo propõe que os professores de matemática trabalhem relacionando os conteúdos estudados no ensino médio com aplicações matemáticas. Palavras-Chave: Matemática, Cotidiano, Ensino-aprendizagem, Aplicações matemáticas, Professores e Alunos. Introdução “Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar o mundo, o que não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito” (FREIRE, 1999). A falta de aplicação no ensino-aprendizagem, o baixo nível dos alunos que chegam ao Ensino Médio e a falta de preparo por parte dos professores são problemas que estão presentes no ensino da matemática em todos os níveis escolares (DANTE, (1996). Esses problemas provocam mal-estar em professores e alunos. No entanto, este mal-estar parece aumentar e tornar-se mais crítico ultimamente. Os problemas são muitos, variados e difíceis. Seria sempre arriscado e pretensioso procurar abordá-los na sua totalidade.

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MATEMATICA E A CULTURA

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O Ensino-aprendizagem da matemtica no Ensino Mdio voltado para o cotidiano

O ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMTICA NO ENSINO MDIO VOLTADO PARA O COTIDIANOO ensino-aprendizagem de matemtica no Ensino Mdio voltado para o cotidiano do aluno. importante trabalhar a matemtica usando sempre aplicaes matemticas, mostrando ao aluno sua importncia em sua vida futura. Os professores que relacionam em suas aulas os contedos estudados com questes de aplicaes voltadas para o cotidiano dos alunos diminuem as dificuldades existentes nesse estudo. Em concluso o artigo prope que os professores de matemtica trabalhem relacionando os contedos estudados no ensino mdio com aplicaes matemticas.

Palavras-Chave: Matemtica, Cotidiano, Ensino-aprendizagem, Aplicaes matemticas, Professores e Alunos.

IntroduoAprender para ns construir, reconstruir, constatar para mudar o mundo, o que no se faz sem abertura ao risco e aventura do esprito (FREIRE, 1999).

A falta de aplicao no ensino-aprendizagem, o baixo nvel dos alunos que chegam ao Ensino Mdio e a falta de preparo por parte dos professores so problemas que esto presentes no ensino da matemtica em todos os nveis escolares (DANTE, (1996). Esses problemas provocam mal-estar em professores e alunos. No entanto, este mal-estar parece aumentar e tornar-se mais crtico ultimamente. Os problemas so muitos, variados e difceis. Seria sempre arriscado e pretensioso procurar abord-los na sua totalidade.

Considerando que j foram ensaiadas diversas mudanas no ensino de matemtica com vista a melhorar a sua aprendizagem, normalmente mudanas curriculares e programticas, o problema do ensino da matemtica e da sua aprendizagem continua. Talvez o contedo ao ser abordado segundo outras perspectivas, possa produzir melhores resultados. Para Moreira (1999, p.109) o desenvolvimento cognitivo no ocorre independentemente do contexto social e cultural. Esses contextos so normalmente esquecidos no processo de ensino e aprendizagem da Matemtica.

O papel a ser desempenhado pelo professor numa sala de aula o de tornar o caminho entre a matemtica e os alunos o mais curto possvel. Cabe ao professor, colocar-se o suficientemente perto de ambos, matemtica e alunos, para atingir a misso de conduzir a matemtica at aos alunos ou de levar os alunos at matemtica. Alm disso, a conduta dos professores com esse perfil parece ser, pelo menos numa primeira anlise, aquela que est mais ao alcance dos alunos, mais perto da sua realidade e, portanto, neste ponto que podemos comear por exercer a nossa influncia com vista aproximao desejada, levando o cotidiano para dentro da sala de aula.Ensino-aprendizagem da matemtica

O ensino da matemtica, apesar de alguns esforos despendidos por especialistas e professores compromissados com a educao, continua com fortes traos do sistema tradicional, que d mais valor memorizao, e preso rotina que no corresponde s expectativas e ansiedade dos alunos, com pouca aplicao no cotidiano. Esta idia confirmada por Giovani (1992, p. 6), que faz a seguinte pontuao: A matemtica geralmente considerada uma cincia parte, desligada da realidade, vivendo na penumbra de um gabinete fechado, onde no entram rudos do mundo exterior, nem o sol, nem os clamores do homem.A escola no tem levado em considerao a vivncia do aluno, causando-lhe insegurana, provocando muitas vezes traumas. E ainda reprovao, devido inibio imposta pelo distanciamento entre a realidade do aluno e os contedos matemticos que a escola impe. De acordo com posicionamentos de Lopes apud Nova Escola (N 95, 1996, p. 14):

A educao tradicional sempre tratou a criana como um pequeno adulto, um ser que raciocina e pensa como ns, mas desprovido simplesmente de conhecimentos e de experincias. Sendo a criana assim, apenas um adulto ignorante, a tarefa do educador no era tanto a formar o pensamento, mas sim de equip-lo.

O ensino da matemtica deveria ser dinmico e favorecedor do desenvolvimento do pensamento matemtico como significado prtico e coerente. Um campo em que a exatido e o resultado estivessem a servio do raciocnio dos indivduos, para compreender o mundo da matemtica e suas aplicaes no cotidiano. no Ensino Mdio que o trabalho da matemtica envolve a compreenso e o uso da linguagem matemtica com representao significativa e dinmica.

Segundo os PCNs, (1999) necessrio que haja, nas escolas pblicas, em relao ao ensino da matemtica, as seguintes atitudes dos professores de matemtica:

- Maior preocupao dos mesmos em aprimorar-se em leituras reflexivas e suas implicaes metodolgicas diante dos alunos.

- Tornar esses alunos atores no processo de aprendizagem e construo do conhecimento intelectual apropriado e qualificado.

O Mtodo de ensino-aprendizagem na matemtica

Ensinar matemtica sem mostrar a origem e a finalidade dos conceitos como falar de cores a um daltnico: construir no vazio. Especulaes matemticas que, pelo menos no incio, no estejam solidamente apoiadas em intuies, resultam inoperantes, no falam ao esprito, no o iluminam. (SEBASTIAO; SILVA, 1967/68)

necessrio fornecer experincias que faam os alunos dar valor Matemtica, ganhar confiana nas suas capacidades matemticas, tornar-se solucionador de problemas matemticos, comunicar-se matematicamente. Para que essa comunicao realmente exista, o professor deve estabelecer estratgias.

Os Parmetros Curriculares Nacionais PCNs (1999, p. 210) apontam os caminhos para o ensino da matemtica: O ensino Mdio precisa desenvolver o saber matemtico, cientfico e tecnolgico como condio de cidadania, e no como prerrogativa de especialistas.

Podemos colocar que o problema do professor o de interessar o aluno, incentivar o mesmo para a investigao, dar o sentimento de que ele possa construir o conhecimento por si prprio. O professor no deve forar a concluso: deve deix-la formar-se espontaneamente para aumentar a capacidade de compreenso do aluno. Para Mora (2003, p.49):A Matemtica somente ser entendida, aprendida e dominada, pela maioria das pessoas, quando sua relao com elas estiver baseada, em primeiro lugar, no trabalho, ativo, participativo e significativo dos sujeitos atores do processo educativo.Os programas do Ensino Mdio devem usar mtodos ativos e fazer apelo intuio, devem encadear os assuntos, devem adaptar os mtodos idade e s caractersticas dos alunos, sempre dando valor a relao da matemtica com o cotidiano do aluno.

O professor de matemtica deve ser o sujeito que sabe relacionar o contedo com a realidade do aluno, isto , deve habituar o aluno a resolver situaes de sua vida cotidiana relacionando contedos matemticos, aplicando esquemas lgicos da matemtica a problemas concretos. Para Moreira (1999, p.109) o desenvolvimento cognitivo no ocorre independentemente do contexto social e cultural. Esses contextos so normalmente esquecidos no processo de ensino e aprendizagem da Matemtica.

A Importncia do cotidiano nas aulas de Matemtica

No Brasil no inicio do sculo XX, existia uma tradio que se prolongou que o ensino da matemtica no Ensino Mdio era mais uma etapa da escolarizao, que no se preocupava com o cotidiano do aluno nas aulas de matemtica, buscava-se sempre o domnio das operaes e tcnicas necessrias para a resoluo dos problemas sem se importar com a relao desses problemas com a vida diria e sua importncia no futuro escolar e profissional. Para Pavanello (1989) os ramos da matemtica eram tratados de modo puramente de forma abstrata, sem qualquer preocupao com as aplicaes prticas.

Os resultados desastrosos do trabalho pedaggico baseado nessas idias enfatizaram segundo os PCNs (1999) a necessidade de se explorarem noes e conceitos a partir de problemas da realidade do aluno, as aulas dos professores deveriam ter uma relao com o cotidiano, o docente teria que mostrar a importncia de se estudar matemtica, relacionando-a com aplicaes no cotidiano contextualizando quando possveis.Aplicaes da matemtica no cotidiano dos alunos

Sempre se ensinou matemtica, apesar das dificuldades de se relacionar o contedo com o contexto e a realidade. Na verdade, esta disciplina considerada como uma das mais antigas. Faz parte dos currculos escolares, desde o inicio do Ensino Mdio. No entanto, isso no fez com que a Matemtica fosse uma disciplina com um grau elevado de entendimento. Muito pelo contrrio, provavelmente a pouca aplicao destes contedos no cotidiano, faz com que os alunos no se interessam pela disciplina.

A atividade matemtica proporciona, entre outras coisas, o "hbito de analisar o significado do enunciado", "de estabelecer demonstraes" ou de distinguir o essencial do acessrio numa dada situao, razes que so as que se relacionam com a importncia desde sempre atribuda Matemtica, quer para o dia-a-dia das pessoas e para a sua vida profissional, quer para o desenvolvimento das outras cincias, das tcnicas e outros ramos da atividade humana. Conforme Dante (1996) a "Matemtica da vida corrente", como ele a chama, independentemente da sua real importncia, , naquilo que existe de comum na vida das pessoas, cada vez mais aprendida fora da escola do mesmo modo como aprendemos outros conhecimentos que nos so essenciais.

A tendncia na educao da matemtica

Na forma convencional de alguns professores, a Matemtica se resume em os alunos responderem a questes que so repassadas do livro para o caderno, ou, em outros casos, o professor transcrever do seu livro para o quadro. Dada a facilidade inevitvel que essa prtica proporciona, os alunos copiam para o caderno, e muitas vezes no se relaciona o contedo com a realidade do aluno, o que pode causar ao discente um distanciamento com a disciplina, causando vrios transtornos na vida afetiva, cognitiva e social. So essas algumas das caractersticas que tem o ensino atual da Matemtica, no permitindo que o aluno questione, discuta e descubra o gosto de aprender por si mesmo. Existe uma viso errnea e distorcida em relao mente dos alunos, dando somente valor memorizao. E assim, tudo se aprende de uma forma fragmentada.

O ensino da Matemtica, segundo a concepo construtivista, prope uma metodologia centrada no aluno, na qual o professor deve questionar provocar o aluno, para que este se desequilibre e busque um novo equilbrio. O prprio aluno pode verificar se a equao que elaborou verdadeira ou no, pois a verdade est na prpria Matemtica. Ao tentar explicar o que fez, o aluno se organiza mentalmente, procura ordenar o seu ponto de vista com o de seu colega. Discutindo, ele capaz de entender seu prprio raciocnio, construindo seu conhecimento e relacionando-se com suas estruturas mentais, com o mundo fsico e social, idia essa confirmada por Lopes (1996: p. 11).

Novamente os PCNs (1999, p. 251) dizem que:

preciso que o aluno perceba a matemtica como um sistema de cdigos e regras que a tornam uma linguagem de comunicao de idias e permite modelar a realidade e interpret-la.Perspectiva pedaggica da matemtica

Hoje em dia, muitos professores j perceberam que no so os nicos educadores. A sociedade inteira participa direta ou indiretamente do processo de aprendizagem dos indivduos. A educao eficiente exige clareza de idias, reflexes constantes sobre a prtica educativa. De acordo com Kami, (1995, p.201),

Quando o professor sabe o que ele est fazendo e pode justificar sua atividade com uma teoria cientfica, os pais passam a acreditar em seu conhecimento e em seu juzo profissional. Assim como eles acreditam no treinamento cientfico dos mdicos, eles acreditam nos professores que baseiam suas atividades em pesquisas contemporneas.

De acordo com o exposto acima, compreende-se a necessidade de um posicionamento com fundamento numa linha filosfico-pedaggica que tenha uma base consistente e construtiva diante dos alunos e da sociedade que espera e precisa de mudana e transformaes visveis, por parte daqueles que esto dispostos e comprometidos com a educao dos indivduos.

Em vrias circunstncias do cotidiano, quando surge o novo, os professores entram em conflitos, internos ou externos, quanto s hipteses e desafios a serem percorridos.

O professor, quando faz opo por traar suas aulas de matemtica relacionando o contedo com o cotidiano do aluno ou seja, com a realidade, mostrando a importncia de cada contedo na vida futura do aluno ele est usando argumentos sociais para a democratizao da matemtica. Segundo Malheiros (2004, p.50).

Existem alguns argumentos sociais para a democratizao da Matemtica, entre eles esto as aplicaes de contedos matemticos na realidade, que normalmente no so mencionadas em sala de aula. Ela considerada insubstituvel, tendo o poder formatador da sociedade e, finalmente, atribuir s pessoas a capacidade de entender as aplicaes matemticas no dia-a-dia.O professor precisa quando faz essa opo tornar-se um pesquisador em ao e construo de sua fundamentao pedaggica, compreendendo que o aluno constri seu prprio conhecimento, e o professor acompanha e avalia o que est acontecendo com ele. Segundo Mora (2003, p.49):A Matemtica somente ser entendida, aprendida e dominada, pela maioria das pessoas, quando sua relao com elas estiver baseada, em primeiro lugar, no trabalho, ativo, participativo e significativo dos sujeitos atores do processo educativo; em segundo lugar, como parte da estrutura formativa geral bsica de todo o ser humano.Viso do professor sobre o ensino-aprendizagem da matemtica

A postura do professor nesse processo deve transcender o seu tradicional papel de transmissor do saber, para tornar-se o mediador das relaes entre o aluno, o conhecimento e o mundo. Professor e aluno buscam saber o que fazer com os contedos para viverem melhor e terem aprendido a ser autnomos, criativos e livres para construir e reinventar suas aspiraes e expectativas quanto ao conhecimento quantitativo e qualitativo do seu universo. Segundo Pais (2002, p.28),Uma forma de dar sentido ao plano existencial do aluno atravs do compromisso com o contexto por ele vivenciado, fazendo com que aquilo que ele estuda tenha um significado autntico e por isso deve estar prximo a sua realidade.O compromisso que o professor pretende ter diante da qualidade do ensino precisa de desafios constantes para vencer as tendncias pedaggicas que oprimem aqueles que buscam mudanas e transformaes na ao pedaggica.

Segundo os PCNs (1999) os professores necessitam entender que o Ensino Mdio precisa desenvolver o saber matemtico, cientfico e tecnolgico como condio de cidadania, e no como prerrogativa de especialistas. Por isso os estudantes devem ter a liberdade de expresso e possam ser autnomos na construo do seu conhecimento lgico-matemtico, tendo no professor a segurana do companheirismo na caminhada contnua pelo saber.

A PesquisaA pesquisa foi desenvolvida em 10 Escolas das 47 de Ensino Mdio do Municpio de Porto Velho, Estado de Rondnia, e foram pesquisados 20 professores de Matemtica.Iniciou-se a pesquisa com um questionrio a fim de investigar como os professores envolvem o cotidiano nos contedos de matemtica nessas escolas, considerando os seguintes critrios: que aspectos do cotidiano eles utilizam em suas aulas, quais os contedos que so mais adequados a relacionar com o cotidiano do aluno, investigar a opinio do docente quanto ao aprendizado quando envolvem o cotidiano e propor ao docente atividades que envolvam o cotidiano do aluno no desenvolvimento do contedo de matemtica.Apresentao e Discusso dos Resultados Preliminares

Os dados preliminares desta pesquisa sero apresentados a seguir e correspondem as questes do instrumental utilizado na coleta dos dados.

Aps a coleta dos dados, estes foram agrupados, categorizados, tabulados possibilitando, assim, uma leitura e interpretao.

Podemos verificar atravs dessa pesquisa que 56% dos professores pesquisados tm idade entre 30 40 anos, 19% entre 40 50 anos, 19% acima de 50 anos e apenas 6% na faixa de 22 a 30 anos e destes 62% a mais de 10 anos lecionam matemtica no Ensino Mdio. Todos tm graduao completa em matemtica, o que pode mostrar uma certa experincia destes professores.

Quando perguntados sobre exemplos de aplicaes matemticas usadas com mais freqncia em suas aulas no Ensino Mdio, as respostas foram muito diversificadas:

8% no souberam ou no quiseram responder.

29% usam com mais freqncia a matemtica financeira com problemas relacionados ao comrcio, aumento e descontos de produtos, financiamento de veculos e outros. 17% destacaram a geometria plana, com problemas de reas, alturas, semelhanas, muito usadas na engenharia, arquitetura e outras reas afins.12% usam funes do 1 e 2 Graus, com problemas do comrcio, e do dia-a-dia.

8% usam Estatstica, mostrando atravs dos jornais os grficos na poltica, e constroem grficos relacionando a teoria com a prtica.22% usam ainda as quatro operaes em problemas de crdito e dbito no comrcio, probabilidades, conjunto e trigonometria. Podemos destacar aqui que a maioria dos professores pesquisados responderam com o nome do assunto e no o tipo de aplicao como foi pedido na pergunta, o que pode mostrar j uma certa dificuldade em aplicaes matemticas no cotidiano, como afirma Dante e os PCNs.Destacamos tambm que 98% dos professores acreditam ser essencial relacionar a matemtica com situaes da vida real, mostrando como a matemtica deve ser usada em problemas do comrcio e de outras reas do conhecimento, segundo os professores pesquisados isso ajuda a melhorar o rendimento e despertar o interesse para uma viso mais abrangente. Verificamos tambm que assuntos como funes de 1 e 2 graus, estatstica, matemtica financeira (juros simples, composto, descontos, aumentos), os professores tm mais facilidade na aplicao, j outros como: equaes polinomias, polinmios, nmeros complexos, estudo da circunferncia, estudo da reta, sistemas lineares, os professores apresentam muitas dificuldades em relacionar com situaes do cotidiano. Isto mostra que os professores pesquisados acreditam ser essencial mostrar a finalidade daquele assunto, mas muitas vezes no sabem relacionar esse assunto com situaes da vida real talvez por falta de vontade de buscar aplicaes.Quando perguntado ao professor sua opinio sobre a aprendizagem de matemtica nas aulas que envolvem a aplicao de matemtica no cotidiano, 100% responderam que melhor porque relaciona a teoria com a prtica, h uma melhor aprendizagem, mais eficaz, facilita o entendimento do contedo e h um maior interesse dos alunos. Podemos verificar nesta resposta que o professore sabe que quando aplicam os contedos matemticos os resultados de aprendizagem podem ser melhores.

Destacamos aqui comentrios dos professores pesquisados para melhorar o ensino aprendizagem da matemtica:

- A famlia deve acompanhar sempre o rendimento do aluno;

- Os professores de matemtica devem se reunir para troca de idias e experincias;

- Aumento de investimentos na Educao por parte dos Governantes;

- Relacionar o cotidiano com o contedo;

- Aumentar o nmero de aulas de matemtica no Ensino Mdio;

- Mudana no contedo programtico procurando adequ-lo mais a necessidade e realidade do aluno e do mundo em que vivemos;

- Melhor capacitao dos professores;

- Tentar tirar o paradigma que menciona que matemtica difcil;

- Cumprir corretamente os planos de estudos e os projetos junto a coordenao;

- Trabalhar textos matemticos, parta motivar o aluno a curiosidade;

- Melhorar o relacionamento Professor X Aluno;Consideraes FinaisNo cenrio atual, com tantas mudanas e com a competitividade cada vez mais acirrada, as organizaes necessitam buscar solues para aumentar a mo de obra qualificada no mercado de trabalho. Portanto, os professores devero ter conscincia de que os resultados podero ser melhores com um ensino-aprendizagem voltado para a aplicao da matemtica na vida real.

Verificamos que os professores acreditam que essencial para o ensino de matemtica mostrar a sua finalidade quando possvel, mas ainda existe uma necessidade dos professores de matemtica conhecer como relacionar alguns assuntos com aplicaes na vida futura e, alm disso, esses docentes teriam que se comunicar mais, trocar idias que deram certo, bem como discutir as falhas, aprendendo cada vez mais situaes que podemos relacionar o assunto estudado com situaes reais que para Mora (2003); Dante (1996); PCNs (1999) so essenciais para que o aluno possa entender o significado desse estudo. No se pode entender que educadores se isolem com os seus problemas ou com seu sucesso alcanado com uma estratgia de ensino. Faz-se necessria a diviso com os colegas suas experincias, ter humildade para pedir ajuda em assuntos com maior dificuldade se for o caso. A comunicao constitui necessidade em qualquer profisso e fundamental para um ambiente sadio.

Concluindo, o presente artigo sobre o ensino-aprendizagem de matemtica no Ensino Mdio voltado para o cotidiano, onde observamos a necessidade de relacionar sempre mais o assunto estudado com situaes de aplicao no cotidiano no intuito nico de melhorar cada vez mais o ensino-aprendizagem de matemtica e mostrar para o discente o porqu do estudo da matemtica.