Cultura E Modernidade Alguns Conceitos
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Alguns conceitos: Cultura e modernidade
José Roberto Severino
Departamento de História e Geografia - FURB
objetivos
• Instrumentalizar os professores com aparato conceitual sobre cultura e modernidade.
• Analisar aspectos da cultura na contemporaneidade.
Um caminho possível
• Para pensar o Moderno em três tempos.
• Produção cultural e estética
• Cultura
• Cultura de massa
• Pós modernismo
• Uma nova ordem de Subjetividade (imaginário, desejos, memória)
Moderno
• Ascensão contínua, metódica e persistente• Séculos XVI a XIX• Europa como centro que conquistou enormes
porções do globo,permitindo-lhes impor a idéia de vocação civilizatória, para o saber,o poder e a acumulação de riquezas
• Ordem e progresso conduziriam o mundo a um futuro de abundância, racionalidade e harmonia.
• Desencatamento e secularização crescentes• Cultura e Civilização: dois enfoques
O diálogo
• P. Bruegel - The Fight Between Carnival and Lent ( O combate entre o carnaval e a quaresma),
Moderno na revolução científico-tecnologica
• Pós 1875 até a primeira guerra _ Belle èpoque
• Grandes usinas siderúrgicas e mineradoras, ferrovias, indústria química.
• Novos meios de comunicação: telégrafo com e sem fio, rádio, os gramofones, a fotografia,o cinema.
• Higienização e controle “modernos” (engenharia, medicina)
Moderno no século XX
• Grande guerra (1914-1918)
• Segunda guerra (1939-1945)
• Crítica ao mundo industrial
• Mal estar da civilização
• Modernismo – Arte moderna
• Modernidade urbana
Tempos pós-modernos: Estética nas ruas
• Polarização do mundo (guerra fria)
• Cultura da resistência (contra-cultura)
• Guy Debord e o situacionismo
• A cultura jovem
•.
E cultura agora...
• Nosso tempo esta inundado pelo “presentismo”• Colagens de imagens desconexas• Sem utopias redentoras unificadas (o paraíso no
imaginário)• Coisas Modernas X tradição• Cultura como colagem • Cultura como palco das diferenças• Novas formas de estar-juntos• Choque do real• O lugar do sujeito . Estes vão desde o flâneur ou o dândi
de Charles Baudelaire, passando pelo blasé de Georg Simmel e chegando ao zappeur de Nestor Canclini
Algumas aproximações no caso brasileiro
• Histórico-territoriais
• Cultura de elites
• Comunicação de massas
• Dos sistemas de informação e comunicação
Cuia
“Prato do meu avô paterno... Então, ele que contava as historias pra ela (mãe). O senhor dele era muito bravo...
quando ele saia. Mandava ele fazer uma volta, ele cuspia no chão e ele tinha que voltar antes do cuspe secar. A gente
via isso no guarda roupa dela (Tia) e não sabia! Quando chegou um dia, oh tia? O que é essa cuia? ... esse é o
pratinho que meu pai comia...”
O que vocês sentem quando olham estes Objetos?
“Saudades e lembranças. E hoje eu tava lembrando... se a gente tivesse mais oportunidade de conversar com eles pra
poder contar, né?... diz que quem tem mais idade tem mais história pra contar. Se a minha mãe fosse mais aberta, a
gente tinha muito mais história pra contar... É como ela contava... o senhor do meu avô, quando tinha páscoa, reunia
eles pra fazer oração... aí, depois o meu avô passou pra ela essas orações.”
Como sua Mulher e sua Tia não sabiam escrever essa era a forma de comunicação usada - representava saudades e um forte abraço
Cuia do Avô Paterno - Chave da Casa do Avô Materno - Sr, Manoel Lopes Gonçalves. A Sr. sua esposa.
Memorialistas
Brinquedos de madeira
“ Eu fazia tudo que eu tenho aqui ó, eu fazia o carrinho, fazia o carrinho, fazia o boizinho, mas não um bonitinho assim né?
Fazia o carrinho, fazia o boizinho, fazia a carrocinha, não igual a essa né? Até um dia eu lembro que tinha uma carrocinha
e eu tinha um sobrinho, amava muito ele, e um dia nós brigamos por causa da carrocinha, eu quebrei a carrocinha. (risos)
Só que depois eu arrumei tudo de volta.”
“Eu tinha mais ou menos uns 4 ou 5 anos quando eu fiz uma carrocinha, só que era uma carrocinha mal feita né?”
“Eu pegava as sobrinhas do meu avô e seguia ele né? Quando ele ia tomar o café dele eu pegava as ferramentas dele pra
poder fazê, senão não dava né? Porque ele não deixava pegar assim quando era pequeno né?”
Vale do amanhecer - DF
Bibliografia
• BAHBAH, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed UFMG, 1998.
• BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. 3a ed. São Paulo: Perspectiva, 1992
• COELHO, Teixeira. Dicionário crítico de política cultural. São Paulo: Fapesp/Iluminuras, 1999.
• HARVEY, David. A condição pós-moderna. São Paulo: Ed Loyola, 1996.
• JAGUARIBE, Beatriz. O choque do real: estética, mídia e cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.
• JAMESON, Fredric. Pós Modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio. Ed. Àtica, 2000.
• MAFFESOLI, Michel. No fundo das aparências. Petrópolis: Ed. Vozes, 1996.
• SEVCENKO, Nicolau. A corrida para o século XXI. No loop da montanha-russa. São Paulo: Cia das Letras, 2007.
• SODRÉ, Muniz. A máquina de Narciso. Televisão, indivíduo e poder no Brasil. 3 ed. São Paulo:
Cortez, 1994.